Você está na página 1de 11

INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE CASTELO BRANCO

PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO E CONTROLO DO EXERCÍCIO

MESTRADO EM ATIVIDADE FÍSICA


UC: AVALIAÇÃO, PRESCRIÇÃO E CONTROLO DO EXERCÍCIO

Docente: Prof. Adjunto: Rui Paulo


Discente: Eduardo Martins; Ricardo Veiga

Fevereiro de 2022
Índice

Introdução...................................................................................................................................3
Ergo-Jump....................................................................................................................................4
Protocolos....................................................................................................................................5
Bateria de Testes de Bosco – Prova Standard.............................................................................6
Pedalo - Plataforma de Equilíbrio...............................................................................................8
Bibliografia.................................................................................................................................10

2
Introdução

O presente trabalho foi elaborado no âmbito da unidade curricular de


avaliação, controlo e prescrição do exercício, inserida no plano de estudos do primeiro
semestre do Mestrado de Atividade Física da ESECB. O principal objetivo do trabalho
desenvolvido foi pesquisar e obter conhecimentos acerca de protocolos de avaliação
da aptidão e condição física, através de um levantamento de bateria de testes e da
abordagem de vários indicadores de forma a efectuar a avaliação da condição física
nos parâmetros delineados de acordo com o docente da unidade curricular, sendo eles
a composição corporal e parâmetros fisiológicos. A avaliação através de testes
motores, permite verificar os estágios progressivos da função física, de modo a
detectar os declínios nos parâmetros físicos e planear estratégias efetivas de
intervenção.” (Massako Ueno, L. (1999).

3
Ergo-Jump

De acordo com CIANCIABELLA (1996), o Ergojump é um dos mais avançados


instrumentos para avaliar as capacidades físicas dos atletas com valores de absoluta
precisão. Este aparelho tem como possibilidades operacionais dentro de um
laboratório de biomecânica, reservado aos institutos especializados (plataformas de
força, eletromiografos, análise cinematográfica de alta velocidade, etc..). Este teste
converte com um método versátil para os técnicos de todas as modalidades e para os
estudiosos de fenômenos ligados à atividade motriz. O Ergojump também deteta as
propriedades musculares dos membros inferiores, (ação de corrida e saltos), este está
conectado a uma plataforma de contato sensível que através de microprocessadores
se conecta a um computador. Através destes requisitos, o teste é preparado para
realizar as seguintes avaliações: Força explosiva dos membros inferiores; Programa
Squat Jump e cargas variáveis (curva força/velocidade); Força explosiva com
capacidade de reutilização de energia elástica; Programa Counter Movement Jump
(força elástica/% de elasticidade muscular); Força explosiva balístico reativa - Programa
Drop Jump (salto em profundidade ou pliométrico); Força reativa (programa run-
teste); Potência anaeróbica alática (Programa Jump 15"); Resistência anaeróbica lática
(Programa Jump 30"/60") e Percentagem de fibras velozes.

4
Protocolos
Os protocolos dos testes mais utilizados como (GALDI, 2000): O teste de Squat
Jump é realizado com as seguintes regras: a planta dos pés em contato com o tapete;
ângulo dos joelhos de 90 graus; mãos na cintura e tronco ereto; salto - ângulos do
joelho a 180 graus; pés de volta ao tapete. Neste teste, o sujeito deve efetuar um salto
vertical partindo da posição do meio Squat (joelhos a 90°), com o tronco ereto e
mantendo as mãos na cintura ou quadril. O sujeito deve seguir o teste sem fazer
contramovimento; o salto partindo da inércia, realizado sem o auxílio dos braços.
Qualidade investigada: força explosiva, capacidade de recrutamento nervoso,
expressão de um percentual de fibras rápidas. Modalidade de ativação: trabalho
concêntrico (positivo).

O Counter Movement Jump (CMJ) é uma prova na qual a ação do salto versus a
altura é realizada graças as ciclo estiramento-encurtamento. Neste método, o sujeito
encontra-se em posição ereta, com as mãos na cintura, e deve efetuar um salto
vertical depois o contramovimento para baixo. Durante a realização do movimento o
tronco deve permanecer o mais ereto possível para evitar quaisquer influências sobre
o trabalho das articulações inferiores. Qualidade investigada: força explosiva,
capacidade de recrutamento nervoso, expressão de percentual elevado de fibras
rápidas, reutilização de energia elástica, coordenação intra e intermuscular.
Modalidade de ativação: trabalho concêntrico precedido da ativação excêntrica
(contramovimento).

O método do teste Drop Jump consiste em o sujeito se encontra sobre um


banco se deixa cair (se joga) sobre o tapete de teste, ao contato do qual deve reagir
com um esforço violento para procurar realizar um salto vertical máximo. A altura da
queda varia segundo a capacidade do sujeito (20-100cm). Para iniciar o sujeito deve se
encontrar em cima do banco em posição ereta, pernas estendidas (ângulo de 180° com
o joelho), mãos na cintura. O salto versus o baixo vem seguido levando a frente um pé
e deixando-se cair sob o efeito da gravidade. O momento de contraste ocorre ao deter

5
(bloquear) o mais rápido possível o movimento versus o baixo, procurando travar
o joelho. Qualidade

investigada: stiffnes muscular que representa a capacidade neuromuscular de


desenvolver altíssimos valores de força durante o ciclo estiramento-encurtamento,
comportamento viscoelástico dos extensores, reflexo amiotático ou reflexo do
estiramento, comportamento dos proprioceptores inibidores (Corpúsculo Tendinoso
de Golgi). Modalidade de ativação: ativação muscular segundo o ciclo "estiramento-
encurtamento" dos músculos extensores da perna. Caindo da altura de cerca de 30-
40cm solicita-se o tríceps sural, com altura superior vem sempre mais e quadríceps.

O teste de Multiple Jump consta basicamente de uma série de sucessivos saltos


verticais realizados com as mãos fixas na cintura, os pés paralelos e separados
aproximadamente à largura dos ombros. Os saltos são realizados com ligeiras "flexões"
das articulações dos quadris, joelhos e tornozelos, sendo utilizados os mecanismos
musculares envolvidos no ciclo estiramento-encurtamento. Este teste é utilizado para
diagnosticar os processos neuromusculares e força explosiva.

Bateria de Testes de Bosco – Prova Standard

Actualmente, a velocidade e a potência são as características mais importantes


para se obter êxito no desporto (Mouche, 2001). Para se treinar optimamente a força
explosiva, a condição indispensável para a velocidade e a potência, é necessário avaliar
correctamente os seus valores. Bosco (1982), idealizou um método, (apelidado de “di
Bosco”), para avaliar a força dos membros inferiores, mediante uma série de saltos
efectuados num tapete especial: ERGOJUMP BOSCO SYSTEM. O computador que lhe
está associado calcula o tempo de toque no solo, o tempo de vôo e a distância do
salto, em altura, através da fórmula s = 1/2gTt. Através da aparelhagem

6
electromecânica concebida por Carmelo Bosco (1982), pode ser obtida
informação importante acerca da força explosiva e força reactiva. Este equipamento
permite realizar um conjunto de testes de força de impulsão, os quais o referido autor
agrupou no protocolo seguinte:

o Salto de impulsão partindo da posição estática — Static Jump (SJ) que expressa a
capacidade de saltos e a força explosiva (máxima) produzida pelos músculos
extensores dos membros inferiores (MI);

o O SJ com carga-extra para avaliação da força concêntrica durante a fase de aceleração;


se forem utilizadas diferentes cargas este teste descreve as características de força -
velocidade dos músculos extensores MI; esta informação pode ser usada para
orientação do processo de treino de diferentes parâmetros físicos, desde a velocidade
à força máxima;

o O salto vertical com contramovimento - counter mouvement jump (CMJ), em que,


durante a fase de balanço descendente, é armazenada energia elástica nos músculos e
tendões, a qual pode ser utilizada na subsequente fase de propulsão (concêntrica);
desta forma, o CMJ corresponde ao denominado ciclo de alongamento - encurtamento
longo (CAE longo); a elasticidade expressa-se, grosso modo, pelo resultado da
diferença entre o SJ e o CMJ;

o Na avaliação da força reactiva curta (CAE curto), são utilizados os saltos em


profundidade com ressalto de diferentes alturas — drop jump (DJ);

o A avaliação da potência mecânica média (PMM), é feita através da realização de saltos


verticais máximos consecutivos durante um período de 15 segundos, o que permite a
partir deste teste descrever a capacidade de resistir à fadiga dos músculos extensores
do MI durante a execução de um exercício de alta exigência.

7
Pedalo - Plataforma de Equilíbrio

Com o Teste de Equilíbrio Pedalo-Sensamove, foi desenvolvido um software que capta


os movimentos com muita sensibilidade e fornece informações sobre a estabilidade corporal,
tempo de processamento de reação e possíveis desequilíbrios em diversas variantes de teste.
O teste de equilíbrio pedalo-Sensamove é, portanto, um complemento útil para a análise e
controle do treinamento de costas e saúde .

O Teste de Equilíbrio Pedalo-Sensamove destina-se a todas as áreas onde a melhoria


do desempenho não deve ser apenas visível por um longo período de tempo, mas
sobretudo ser comprovada e claramente documentada, avaliada e comparada. Este é
o caso de desporto escolar, instalações de fitness e saúde, desporto competitivos e
terapia e reabilitação para controlar o curso da terapia.

É importante avaliar a integridade do equilíbrio sistema para estimar as capacidades


de equilíbrio individuais. Vários testes de equilíbrio estático, dinâmico e funcional têm
sido desenvolvidos para avaliar o desempenho.

Objetivo: Avaliar a validade e capacidade de resposta do Center Of Faixa de pressão


(COP) e oscilação do COP tiradas do Pedalo®-

Dispositivo de equilíbrio Sensomove com testes de equilíbrio clínico em diabéticos

Pacientes com neuropatia periférica (DPN).

Materiais e Métodos: Vinte sujeitos (idade: 60,45±8,79) com DPN foram recrutados
para A validade foi avaliada correlacionando a faixa de COP e oscilação do COP medida

8
usando a balança pedalo®-Sensomove sistema com Teste de Alcance Funcional
(FRT), One Leg Stance (OLS) e teste Time Up and Go (TUG). A capacidade de resposta
foi avaliada comparando o alcance do COP e a oscilação do COP, antes e depois a
conclusão do treino de equilíbrio. A análise dos dados foi feita usando SPSS versão 21.
A validade de construto foi estabelecida avaliando a relação do alcance do COP e da
oscilação do COP com Distância FRT (usando coeficiente de correlação de Pearson) e
OLS (usando o coeficiente de correlação de lanceiro).

Figura 1 - Características demográficas dos participantes.

Figura 2 - Correlação entre a distância do


Teste de Alcance Funcional com a) Faixa de centro de pressão b) Centro de oscilação de pressão

9
Figura 3 - Correlação entre a oscilação do centro de pressão com a) Postura de uma perna elevada com os
olhos abertos e b) Postura de uma perna elevada com os olhos fechados

Figura 4 - Centro de pressão com alcance frente-trás, (b)


centro de pressão esquerda-direita e (c) centro de pressão
em balanço

Bibliografia

ÁVILA, A. O. V. et al. Métodos de medição em biomecânica do esporte: descrição de


protocolos para a aplicação nos Centros de Excelência Esportiva (REDE CENESP-MET).
Brazilian Journal of Biomechanics. São Paulo, ano 3, n. 4, 2002.

CAMPOS, A. M. A. Índice de capacidade de saltos - o teste de campos. Revista Sprint, p.


116, mai/jun. [199?]

CAMPOS, C. G.; MENZEL, H. J. Aplicação de testes motores e biomecânicos no sistema


diagnóstico de saltos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 9., 2001, Porto
Alegre. Anais... Porto Alegre: Impressão Gráfica UFRGS, 2001. p.17.

CIANCIABELLA, J. E. ¿Que es el Ergojump Bosco System?. Lecturas: Educación Física y


Deportes. Revista Digital. ano 1, n.3. Disponível em: Acesso em 27 nov. 2002.

GALDI, E. H. G. Pesquisas com salto vertical: uma revisão. Revista Treinamento


Desportivo, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 27, 1994.

GARCIA, M. A. C. et al. Variáveis biomecânicas do salto vertical em atletas de voleibol.


In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 5., 1993, Santa Maria. Anais... Santa
Maria: Impressa Universitária UFSM, 1993. p.75.

MOUCHE, M. Evaluación de la potência anaeróbica con Ergojump. Lecturas: Educación


Física y Deportes. Revista Digital. ano 6, n. 30. Disponível em: Acesso em 27 nov. 2002.

10
11

Você também pode gostar