ETEC DE ITAQUAQUECETUBA

2° MTEC DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

ABEL GARCIA, ALEXANDRE MUHAMMAD, CAINÃ SANDES, GABRIEL

CALIDONIO, GEOVANNE AMORIM, PEDRO SILVESTRE E WELLINGTON
SILVA

APRENDIZAGEM MOTORA

ITAQUAQUECETUBA – SP
2023
 ABEL GARCIA, ALEXANDRE MUHAMMAD, CAINÃ SANDES, GABRIEL
CALIDONIO, GEOVANNE AMORIM, PEDRO SILVESTRE E WELLINGTON
SILVA

APRENDIZAGEM MOTORA

Relatório Técnico-Científico apresentado na

disciplina de Educação Física do curso de
Desenvolvimento de Sistemas da ETEC (de
Itaquaquecetuba).

Professor: William.

ITAQUAQUECETUBA – SP
2023
 Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5
2. ONDE SURGIU O CONCEITO? .................................................................. 5
3. HABILIDADES MOTORAS BÁSICAS.......................................................... 5
3.1. Manipulação ou coordenação motora ................................................... 5
3.2. Locomotora ........................................................................................... 6
3.3. Estabilização ......................................................................................... 6
4. MÉTODOS DE APRENDIZAGEM MOTORA .............................................. 6
4.1. Prática em Bloco ................................................................................... 6
4.2. Prática Randômica ................................................................................ 7
4.3. Prática constante .................................................................................. 7
4.4. Prática variada ...................................................................................... 8
5. CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM MOTORA ............................... 9
5.1. Individualidade ...................................................................................... 9
5.2. Capacidade limitada .............................................................................. 9
5.3. Aprendizagem contínua ........................................................................ 9
5.4. Prática é essencial ................................................................................ 9
5.5. Retorno dado pelo feedback (Retroalimentação) ................................ 10
5.6. Equilíbrio do estado emocional ........................................................... 10
5.7. Variabilidade contextual ...................................................................... 10
5.8. Transferência de aprendizagem .......................................................... 10
5.9. Influência da idade e estágio de desenvolvimento (indivíduo) ............ 10
6. DESENVOLVIMENTO MOTORA .............................................................. 11
7. AMPULHETA DE GALLAHUE ................................................................... 13
8. FASES DA APRENDIZAGEM MOTORA ................................................... 14
8.1. Fase Motora Reflexiva ........................................................................ 14
8.2. Fase Motora Rudimentar..................................................................... 15
8.3. Fase Motora Fundamental .................................................................. 16
8.3.1. Estágio inicial ................................................................................ 17
8.3.2. Estágio elementar ......................................................................... 17
8.3.3. Estágio maduro............................................................................. 17
8.4. Fase Motora Especializada ................................................................. 17
8.4.1. Estágio de transição ..................................................................... 18
8.4.2. Estágio de aplicação..................................................................... 18
8.4.3. Estágio de utilização vitalícia ........................................................ 18
9. APRENDIZAGEM MOTORA NO TCHOUKBALL ...................................... 19
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 20
11. BIBLIOGRAFIA....................................................................................... 21
1. INTRODUÇÃO

A Aprendizagem Motora é um processo de mudanças no sistema

motor a partir de interações com o ambiente em volta, são recebidos vários
estímulos. Com a prática do desenvolvimento motor, obtém-se maior domínio
sobre o corpo.

As habilidades motoras podem estar em diferentes contextos sendo

ele, capacidades, padrão de movimentos, desenvolvimento ou aprendizagem
motora. Para educação física, principalmente durante a educação infantil, as
habilidades motoras ocupam uma parte boa do aprendizado.

Segundo Richard Magill (autor do livro Aprendizagem e controle

motor), “Quando aprende habilidades motoras, o aprendiz tem que processar
informações”. Com isso já percebemos que o desenvolvimento motor não
acontece de forma isolada e que as habilidades não devem ser tratadas como
algo fora de contexto.

2. ONDE SURGIU O CONCEITO?

No início do século passado, muito pesquisadores e estudiosos da

maturação acreditavam que a hereditariedade e a genética são os responsáveis
pelo surgimento do desenvolvimento motor, como se você fosse uma mistura de
seus pais no futuro, imitando os movimentos corporais, distribuição de massa e
vários outros aspectos físicos e fisiológicos.

Vários maturacionistas entendem que o desenvolvimento ocorre de

forma natural junto ao sistema de maturação biológico, se baseando na Teoria
da Evolução de Charles Darwin, e também pelo sistema nervoso e neural.

3. HABILIDADES MOTORAS BÁSICAS

3.1. Manipulação ou coordenação motora

A coordenação motora condiz com ato de fazer movimentos, mas não é um
movimento, mas um conjunto de habilidades para conseguir realizar um
movimento.

A má aplicação dessas habilidades pode afetar negativamente a criança,

fazendo com que a aprendizagem seja mais atrasada, por isso a coordenação
ela tem diversos subtemas para a maior compreensão dos estudos, duas delas
são as coordenações motoras fina e grossa.

Movimentos de manipulação grossa são aqueles que é necessário dar

ou receber força em objetos para sua execução, utilizar um grupo de músculos
maiores para movimentos mais complexos, por exemplo: arremessar e receber,
chutar, agarrar e rebater.

Movimentos de manipulação fina são movimentos simples

controlando algo, sendo que, ao segurar um objeto, necessitam de um controle
motor e precisão no movimento, por exemplo: colorir, cortar com uma tesoura,
amarrar os cadarços do sapato.

3.2. Locomotora
São habilidades que o corpo muda de direção, seja para horizontal ou
vertical de um ponto para o outro, por exemplo: andar, correr, saltar e saltitar.

3.3. Estabilização
São movimentos que necessitam de domínio do corpo junto ao
equilíbrio, por exemplo: rolar, equilibrar e flexionar.

4. MÉTODOS DE APRENDIZAGEM MOTORA

Os métodos servem para guiar o praticante a formas de desenvolver

suas habilidades motoras, dando maior entendimento em determinada área,
habilidade, ação, movimento etc. Em todos os métodos se é trabalhado a prática,
raciocínio e coordenação.

4.1. Prática em Bloco

Essa prática funciona da seguinte forma, será organizada uma
sequência de séries de um mesmo movimento ou ação, a prática impulsiona o
desempenho imediato da sequência.

AÇÃO LETRA QUANTIDADE BLOCO

Pular A 3x 1º
Rolar B 3x 2º
Correr C 3x 3º
 Logo teremos: Pular 3x; Rolar 3x; Correr 3x ou AAA; BBB; CCC.
Realizando a prática bloco por bloco. Caso troquemos “pular” e “rolar”, teríamos:
BBB; AAA; CCC.

Impulsionando o desempenho, estamos atingindo uma aplicação de

prática e assimilação, dando entendimento para o que se foi praticado. A
aprendizagem motora utiliza disso para uma mesma área, maior desempenho
em uma área traz entendimento focado na mesma, sequenciando esses treinos
se pode trazer locomoção, manipulação e estabilização parte por parte.

4.2. Prática Randômica

Essa prática funciona da seguinte forma, serão escolhidos
movimentos e ações que serão realizados de forma aleatória, colocando um
movimento diferente do anterior.

AÇÃO LETRA ÁREA

Arremessar A Manipulação
Girar B Estabilização
Desviar C Locomoção

Podendo ser: A, B, C, B, A, C, A, C, B... ou até mesmo C, A, B, A, B,

C, B, A, B, A, C... contanto que não repita movimento anteriormente feito.

A prática randômica age em função de maior aprendizagem,

deslocando o corpo e a mente para diversos movimento, deixando o praticante
atento e preparado.

Impulsionando maior aprendizagem, já proporcionando uma boa

forma de praticar aprendizagem motora, traz para assimilação e prática, expande
a compreensão e área motora do praticante.

4.3. Prática constante

Essa prática funciona da seguinte forma, um movimento ou ação será
repetido de forma específica diversas vezes, constantemente.
 AÇÃO ESPECIFICAÇÃO
Chutar Chutar no canto superior direito do gol
Estender Estender até a ponta dos pés
Pular Pular 2m

Sendo assim, será sempre uma variação de uma única ação sendo
realizada até o fim da sessão.

Prática constante traz maior aprendizagem específica, maximizando

o controle de uma ação e domínio sobre a variação dela.

A prática traz assimilação e prática. O fato de o praticante ter ciência

de qual ação deve realizar enquanto faz a sessão demonstra que para ter um
desenvolvimento em cima disso, ele mantém a prática pós.

4.4. Prática variada

Essa prática funciona da seguinte forma, um movimento ou ação
escolhido será repetido de forma diversificada várias vezes, constantemente.

AÇÃO VARIAÇÃO
Agarrar bola Agarrar bola no canto superior
esquerdo
Agarrar bola no canto superior direito
Agarrar bola no canto inferior
esquerdo
Agarrar bola no canto inferior direito
Agarrar bola no canto intermediário
esquerdo
Agarrar bola no canto intermediário
direito
Agarrar bola no centro

Sendo assim, há várias de formas de se realizar uma mesma ação,

então, praticante terá a mesma ação durante toda sessão.
 A prática variada traz maior desempenho, focando no domínio
completo de uma área ou ação.

Levando em conta a variação da ação, não há como o praticante ter

ciência do próximo movimento que deverá fazer, tendo maior sucesso com uma
prática e entendimento ao longo delas, então, temos uma prática e assimilação.
A prática máxima o domínio completo da ação, demonstrando várias formas para
se controlar e obter sucesso em um movimento, ou área motora.

5. CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM MOTORA

A aprendizagem motora refere-se ao processo pelo qual uma pessoa

adquire habilidades motoras, como andar, correr, saltar, lançar e chutar. Essas
habilidades motoras podem ser aprendidas por meio de diferentes atividades,
como jogos, esportes e exercícios físicos. Algumas características da
aprendizagem motora são:

5.1. Individualidade
cada pessoa é única e aprende em um ritmo e de uma maneira
diferente. Por isso, é importante que o ensino de habilidades motoras seja
adaptado às necessidades individuais de cada aluno.

5.2. Capacidade limitada

a capacidade de uma pessoa para processar informações e realizar
movimentos é limitada. Portanto, é importante que o ensino seja seguido em
etapas progressivas, para que o aluno possa assimilar as informações de
maneira mais eficiente.

5.3. Aprendizagem contínua

a aprendizagem motora é um processo contínuo e pode levar anos
para se alcançar a maestria em uma habilidade. Portanto, é importante que o
aluno seja encorajado a continuar praticando e aperfeiçoando suas habilidades
motoras.

5.4. Prática é essencial

A prática é fundamental para o processo de aprendizagem motora,
pois é por meio da repetição que se desenvolve uma habilidade. Além disso, é
importante que a prática seja consistente e variada, a fim de garantir uma
progressão adequada na aprendizagem.

5.5. Retorno dado pelo feedback (Retroalimentação)

É a informação fornecida ao aluno sobre o desempenho, que pode ser
positivo ou negativo. Existem dois tipos principais de retroalimentação: a
retroalimentação intrínseca, que é a informação que o aprendiz recebe de suas
próprias sensações, registradas enquanto realiza uma habilidade. E a
retroalimentação extrínseca, ou seja, a informação que é fornecida por uma fonte
externa, como um treinador ou dispositivo de auxílio. O feedback pode ser crucial
para a aprendizagem, pois ajuda o aluno a corrigir erros e aprimorar suas
habilidades motoras.

5.6. Equilíbrio do estado emocional

O estado emocional do indivíduo pode afetar sua capacidade de
aprender uma habilidade motora. O estresse, a ansiedade e a motivação podem
ter um impacto significativo na aprendizagem, e é importante que os professores
de Educação Física trabalhem para criar um ambiente positivo e motivador para
os alunos.

5.7. Variabilidade contextual

Refere-se à necessidade de experimentar a habilidade em diferentes
ambientes e situações para alcançar um mais amplo e adaptativo. Por exemplo,
um jogador de futebol pode ter habilidades induzidas em um campo de grama,
mas pode enfrentar dificuldades em um campo de terra ou de grama sintética.
Portanto, é importante para o aprendiz experimentar a habilidade em diferentes
contextos para desenvolver uma capacidade mais ampla e adaptativa.

5.8. Transferência de aprendizagem

É a capacidade de aplicar habilidades motoras aprendidas em uma
situação para outras situações. Isso significa que, ao aprender uma habilidade
motora, o aluno também deve ser capaz de aplicá-la a outras atividades físicas.

5.9. Influência da idade e estágio de desenvolvimento (indivíduo)

Esses dois fatores podem afetar a aprendizagem das habilidades
motoras, pois as crianças têm habilidades motoras diferentes em comparação
aos adultos, e é importante que os professores de Educação Física levem em
consideração essas diferenças ao ensinar e desenvolver o conhecimento.

Na Educação Física, é necessário oferecer uma variedade de

atividades motoras que levem em conta as necessidades individuais dos alunos,
bem como a progressão das habilidades ensinadas. Além disso, é importante
incentivar os alunos a continuar praticando e aperfeiçoando suas habilidades
motoras, oferecendo oportunidades de transferência de aprendizagem para
outros contextos.

Em resumo, as características da aprendizagem motora são

fundamentais para a Educação Física, pois ajudam a entender como as
habilidades motoras são adquiridas e aprimoradas ao longo do tempo. Os
professores de Educação Física devem levar em consideração essas
características ao ensinar habilidades motoras, a fim de garantir um aprendizado
efetivo e uma progressão adequada.

6. DESENVOLVIMENTO MOTORA

O comportamento motor é um item que engloba a aprendizagem

motora como subitem, podemos defini-lo como a realização de um determinado
movimento de acordo com comandos ordenados pela ação cerebral. Dentro do
comportamento motor temos itens como o desenvolvimento humano e a
aprendizagem motora já dita.

O desenvolvimento humano é relacionado ao período de

autodesenvolvimento do indivíduo ao longo do seu período de desenvolvimento
em si, ou seja, a pessoa aprende características motoras, cognitivas e afetivas
por si própria até indeterminado momento de sua vida.

A aprendizagem motora por sua vez é relacionada ao aprendizado

e desenvolvimento de características motoras com relação do ambiente, ou seja,
o ambiente que o indivíduo convive influencia diretamente na construção de suas
capacidades motoras, cognitivas e afetivas. Aqui o indivíduo aprende novas
habilidades através de processos de prática e de tempo para assim obter a
excelência na sua execução, esse período de aprendizado costuma ocorrer
desde sua infância até o fim da sua vida adolescente, porém com mais
frequência na fase infantil.

Após a prática de uma nova habilidade se adquire uma memória

motora e celular, onde elas são permanentes. Porém ao cessar a prática da
habilidade por certo período, se perde a eficiência da execução da prática, onde
será necessária uma readaptação. Um exemplo disso seria no futebol, onde um
jogador que joga constantemente sofre uma lesão e depois do período afastado
precisa se readaptar para voltar a jogar em alto nível, outro caso seria após a
aposentadoria, onde o jogador vai gradualmente perdendo suas capacidades
devido ao envelhecimento.

Na educação física escolar deve ser fornecido o máximo de

estímulos ao aluno, para assim que o indivíduo experimente o máximo de
movimentos e definir melhor os padrões motores, isso em todos os sentidos,
utilizando os braços, pernas, etc. Quanto mais cedo a criança aprende maior a
retenção da aprendizagem motora. No quesito de iniciação esportiva, se há o
ajuste dos padrões motores de forma organizada do mais simples ao mais
complexo, para assim o indivíduo assimilar os padrões motores.

Na aprendizagem motora temos o desenvolvimento motor, que é

utilizado para compreender o desenvolvimento humano e os aspectos
relacionados. Dentro desse contexto existem três estágios que definem esse
desenvolvimento motor, nas quais são o estágio cognitivo, associativo e
autônomo. O estágio cognitivo é caracterizado pela leitura do que ocorre no
ambiente para a execução do movimento. Com o tempo de prática se passa do
estágio cognitivo para o estágio associativo, onde como o nome diz é a
associação de uma situação com um padrão de movimento. O estágio autônomo
é algo relacionado a automatização das habilidades motoras, ou seja, o indivíduo
faz um movimento de forma que nem percebe que realizou a ação, acontece que
os receptores musculares recebem rapidamente uma resposta do raciocínio
psicológico.
7. AMPULHETA DE GALLAHUE

Segundo a proposta de modelo em ampulheta de David Gallahue, a

aprendizagem motora pode ser dividida em fases que apresentam as
características do desenvolvimento motor do indivíduo. O modelo possui esse
nome devido a sua representação que se assemelha a uma ampulheta como
propriamente dito. Ele possui parte inferior e superior que representam as partes
de crescimento e maturação, onde também há uma parte intermediária que
determina o momento mais crítico do desenvolvimento motor.

De acordo com o modelo a parte de crescimento é aquela fase inicial

da infância em que o indivíduo começa a se familiarizar com o desenvolvimento
motor, onde acontece transformações físicas e fisiológicas no mesmo. A parte
de maturação representa a fase final de crescimento do indivíduo, ou seja, da
sua adolescência pra vida adulta, nesta fase ocorre mudanças físicas como
hormonais e musculares e também de questões da capacidade de resistência.

A parte intermediária é considerada a mais crítica justamente porque

é nela que as habilidades motoras fundamentais são receptadas e
desenvolvidas, habilidades essas como saltar, pular, correr e manipular objetos.
As habilidades motoras fundamentais são de extrema importância para a o
desenvolvimento de outras habilidades mais complexas das fases seguintes a
ela, na qual envolvem movimentos combinados ou certamente difíceis.

Também segundo Gallahue, a aprendizagem motora não se limita

somente aos movimentos motores, mas que a parte motora estará sempre
associada à parte intelectual, no caso as habilidades motoras possuem relação
com a parte psicossocial, ou seja, para resolução de um problema dentro de um
contexto esportivo por exemplo, deve se unir a parte motora com a parte de
tomada de decisão.

Abordando sobre as fases da aprendizagem motora presentes no

modelo ampulheta de Gallahue, temos quatro definições, sendo elas: fase
motora reflexiva, fase motora rudimentar, fase motora fundamental e fase motora
especializada.
8. FASES DA APRENDIZAGEM MOTORA

8.1. Fase Motora Reflexiva

A fase motora reflexiva é a primeira fase da aprendizagem motora,
onde é definida pela execução de movimentos motores involuntários, os
chamados reflexos, por parte do indivíduo, que usualmente acontece pela troca
de informação da criança com o ambiente externo. Essa fase tem seu início a
partir da formação do feto no útero e dura até por volta do primeiro ano de idade.

Esses movimentos motores reflexivos e a captação de informação

do ambiente se encaixam nos chamados estágios de codificação e
decodificação. O estágio de codificação é relacionado aos movimentos
involuntários, já o estágio de decodificação é o processamento das informações
recebidas. Ambos servem como base para o desenvolvimento motor da criança.

Uma criança comum nasce fisicamente com todos os membros,

porém fisiologicamente não. Essa fase tem o papel de trabalhar com os aspectos
fisiológicos do indivíduo, na qual são importantes para a gradual aquisição da
habilidade motora. Ao desenvolver dessa fase, ocorre-se diversas mudanças no
sistema nervoso que permite com que seja possível o indivíduo desenvolver
coordenação e controle para ações rápidas e automáticas.

Uma das mudanças fisiológicas mais importante que ocorre

durante a fase reflexiva é o desenvolvimento da propriocepção. A propriocepção
é a capacidade de sentir a posição e o movimento do próprio corpo e é
importante para o controle motor preciso e a percepção da postura corporal.

Outra mudança fisiológica que acontece durante essa fase é a

ativação dos reflexos medulares. Esses reflexos são respostas motoras
involuntárias à estímulos específicos, como por exemplo o reflexo patelar, que
nada mais é que a contração do músculo da coxa em resposta a um estímulo no
tendão do joelho.

Os reflexos acontecem justamente por conta de as conexões

neurais necessárias para controle motor não terem sido completamente
desenvolvidas em algumas áreas do cérebro. A aprendizagem motora surge
para contribuir com o desenvolvimento de novas conexões neurais no sistema
nervoso central, incluindo a formação de novas sinapses entre os neurônios.
Essas conexões neurais são necessárias para a coordenação e o controle motor,
permitindo que o indivíduo ajuste e refine seus movimentos.

8.2. Fase Motora Rudimentar

A fase motora rudimentar começa a ser aplicada de fato na criança
a partir do primeiro ano de idade e dura até o seu segundo ano de vida, mas
também acontece desde o seu nascimento até seu primeiro ano de vida, ou seja,
anda junto com a fase reflexiva. Essa fase é caracterizada pela formação de
habilidades motoras básicas como equilíbrio, estabilização, locomoção e
manipulação de objetos, na qual, chamamos-vos de movimentos voluntários ou
rudimentares, os quais são movimentos grosseiros e certamente desordenados.

O estágio em que ocorre do nascimento até o primeiro ano de idade

é chamado de estágio de inibição de reflexo, que basicamente é o estágio em
que o indivíduo começa a assimilar um maior controle mesmo que limitado em
seus movimentos, onde ele aumenta a sua atividade cerebral relacionada aos
movimentos e começa a realizar movimentos mais voluntários e claro deixando
de lado os movimentos involuntários.

A partir de 1 ano de idade, a criança dá início ao estágio de pré-

controle, em que é aprimorado mais ainda suas capacidades fisiológicas que se
dão a partir de estímulos sonoros, olfativos, sinestésicos e visuais, o que torna
maior a atividade nas áreas cerebrais responsáveis pelos movimentos
controlados, na qual, a criança ordena esses estímulos em forma de movimento.
Esses movimentos são caracterizados como movimentos rudimentares
controlados. A partir do segundo ano de vida a execução dos movimentos
ganham um maior domínio e precisão.

Assim como na fase reflexiva, a fase rudimentar da aprendizagem

motora também envolve o desenvolvimento de aspectos fisiológicos, que são a
coordenação e o controle, porém de uma forma mais refinada. Essa fase envolve
também mudanças no sistema nervoso do indivíduo para aumentar a eficiência
na execução de suas habilidades motoras.

Uma mudança fisiológica que acontece durante a fase rudimentar

é o aumento da atividade do córtex motor primário, como visto anteriormente. O
córtex motor primário é a região do cérebro responsável pelo controle voluntário
dos movimentos motores. O aumento da atividade do córtex motor primário é
dado a partir da experiência e treinamento que consequentemente fornece
gradualmente a execução de movimentos mais precisos e refinados.

Outra mudança que acontece é o desenvolvimento da sinergia

muscular. A sinergia muscular é a coordenação dos músculos e das articulações
para produção de movimentos mais eficientes. Durante a fase rudimentar, o
indivíduo começa a desenvolver essa coordenação, aprendendo a usar os
músculos de maneira adequada e sincronizada para realizar a tarefa com mais
eficiência.

Uma mudança fisiológica importante que ocorre durante a fase

rudimentar é o desenvolvimento da plasticidade cerebral. A plasticidade cerebral
é a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar em resposta à experiência e
ao treinamento. Durante a fase rudimentar, o indivíduo estará sempre se
adaptando a uma nova habilidade motora e seu cérebro se reorganizará para
acomodar essas mudanças.

Um ponto que vale a pena a ser citado sobre essa fase é que nela
algumas pessoas acabam facilitando ou impedindo alguns movimentos que as
crianças tentam realizar, e ao interromper a criança nesse contexto, estamos na
verdade impedindo a criança de desenvolver seus potenciais exploratórios,
locomotores e intelectuais, o que acabará causando um déficit no
desenvolvimento motor futuro. O ideal é incentivar a criança a estimular suas
capacidades motoras e neurais, de forma com que ela possa dominar os
movimentos de estabilidade, locomoção e manipulação, pois eles influenciam no
desenvolvimento motor posterior.

8.3. Fase Motora Fundamental

A terceira fase inicia-se no terceiro ano de vida e vai até aos sete anos
de idade, onde ocorre os primeiros movimentos que serão como base para
habilidades e movimentos complexos que serão adquiridos mais para frente.
Nesta fase, os movimentos realizados são por exemplo, correr, saltar,
arremessar, entre outros, com um pouco de dificuldade no começo. Será
detalhado com mais detalhes nos tópicos a seguir.
8.3.1. Estágio inicial
O primeiro estágio ocorre no início dos três anos de vida da criança,
onde ela começa a tentar executar seus primeiros movimentos fundamentais.
Quando são executados, há o uso exacerbado do corpo inteiro, e também, a falta
de ritmo e coordenação dos movimentos.

8.3.2. Estágio elementar

Normalmente, ocorre entre o quarto e o quinto ano de vida, a criança
se encontra no estágio elementar, ou também chamado de emergencial, onde
ela tem uma melhora na coordenação rítmica e também na execução dos
movimentos fundamentais. Por mais que tenha uma melhora, ainda tem um
pouco de exagero e limitação para a execução dos movimentos.

8.3.3. Estágio maduro

O estágio maduro ou proficiente, é o último e o mais importante que a
criança deve passar, onde tem uma melhor concretização dos movimentos, com
a melhora na execução, na coordenação e no ritmo. Este estágio é bem
desenvolvido com estímulos, a criança buscando praticar os movimentos, tendo
bastante repetições dos mesmos. Um dos pontos mais importante é que o
ambiente é uns dos estímulos ao desenvolvimento, sendo até bem importante.

Existe uma barreira proficiente, onde este estágio é mal desenvolvido

ou nem desenvolvido, assim, impossibilitando a criança a ir à próxima fase.

8.4. Fase Motora Especializada

Por fim, a última fase, onde temos o aperfeiçoamento dos movimentos
fundamentais, com um foque maior em movimentos complexos, onde são
executados mais de dois movimentos fundamentais realizados ao mesmo
tempo, como correr e em seguida, saltar e arremessar algo, com uma boa
coordenação.

Apesar do desenvolvimento das funções ter ocorrido na infância,

ainda são utilizados pro resto da vida, podemos dividir em três estágios: de
transição, de aplicação, e de utilização vitalícia.
8.4.1. Estágio de transição
Este estágio tem um nome bem sugestivo, já que é a saída do estágio
maduro da fase anterior para o primeiro estágio da última fase. Este estágio ele
dura dos sete aos dez anos de vida.

Profissionais na área de educação física precisam se planejar para

que as crianças tenham um bom desempenho neste estágio, criando estímulos
que direcionam além da melhora dos movimentos, a mescla deles mesmo, que
sejam em jogos ou em brincadeiras que pelo menos, mesclem dois movimentos
fundamentais, por exemplo correr e pular, pular e arremessar, girar e receber,
entre outros.

8.4.2. Estágio de aplicação

Perto dos 11 anos de idade, já tem mudanças significativas que
afetam o desempenho do aprimoramento no desenvolvimento motor. No estágio
anterior, a criança divide o foco de aprendizagem para toda atividade.

Entretanto, a partir dos 11 anos para frente a criança começa a focar

um certo grupo de movimentos que são voltados a realizar determinada função,
o que ocorre é que ela começar a focar em algum esporte ou em algo que ela
gosta que exige series de movimentos específicos, por causa disso, os
movimentos complexos se tornam cada ver mais refinados, alguns exemplos:
aprender a tocar um instrumento, aprender a jogar futebol, aprender a desenhar,
assim por diante.

Portanto, quanto mais pratica de movimentos e mais experiencias nos

estágios anteriores, melhor e mais fácil será ao autoconhecimento de suas
aptidões, assim guiando para uma modalidade que seja benéfico e prazeroso à
criança.

8.4.3. Estágio de utilização vitalícia

Aqui é último ponto de tudo, que ocorre dos 14 anos de idade até o
fim da vida, onde a pessoa domina os movimentos fundamentais, os mesclados
e os que adquiriu de algum esporte ou de outra área distinta, onde serão usados
por longos dias.
 A pessoa ainda continua se aperfeiçoando e aprendendo novos
movimentos, o que vai influenciar nessa aprendizagem será a situação que se
encontra a pessoa, ambiente, equipamentos, tempo, condições sociais entre
outros casos.

9. APRENDIZAGEM MOTORA NO TCHOUKBALL

A aprendizagem motora no Tchoukball envolve o desenvolvimento de

habilidades motoras básicas e específicas do esporte, bem como habilidades
cognitivas importantes para cada jogadores.

A aprendizagem motora no Tchoukball envolve o desenvolvimento de

habilidades motoras básicas, como corrida, salto, lançamento e captura de bola,
além de habilidades específicas do esporte, como o arremesso do tchouk (bola
de borracha usada no jogo) na quadra de forma a dificultar a defesa do oponente
e o posicionamento adequado do corpo para evitar colisões e permitir um bom
desempenho.

No tchoukball, a aprendizagem motora é importante porque ajuda os

jogadores a desenvolver as habilidades necessárias para jogar efetivamente, e
também é muito importante para se tornar um jogador bom, eficaz e competente.

Algumas das habilidades motoras que os jogadores de tchoukball

utilizam são:

1) Habilidades de arremesso: os jogadores precisam ser capazes de

arremessar a bola com precisão e força para marcar pontos e evitar que
o time adversário pegue a bola;
2) Habilidades de recepção: os jogadores precisam ser capazes de receber
a bola com precisão e controle para manter a posse de bola e iniciar novos
ataques;
3) Habilidades de corrida e movimentação: os jogadores precisam ser
rápidos e ágeis para se movimentar pelo campo e encontrar posições
vantajosas para receber a bola e marcar pontos.
A aprendizagem motora também ajuda os jogadores a melhorar sua
tomada de decisão, coordenação motora e capacidade de se adaptar a
diferentes situações de jogo os jogadores podem aprimorar suas habilidades
motoras no tchoukball e se tornarem jogadores mais eficazes e competentes.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Aprendizagem motora é um processo de aprimorar as habilidades

físicas através da prática, são movimento físicos como correr, saltar ou chutar.

A aprendizagem motora é muito importante em diversos lugares,

como na educação física e esportes, compreender esse processo é fundamental
para melhorar o desempenho físico e desenvolver habilidades mais complexas.

Na aprendizagem motora temos o desenvolvimento motor, que é

utilizado para compreender o desenvolvimento humano e os aspectos
relacionados.

A aprendizagem motora é importante porque está diretamente

relacionada com o controle e a coordenação dos movimentos do corpo. Além
disso, a aprendizagem motora pode ajudar na prevenção de lesões e no
aumento na segurança durante a realização de atividades físicas ou esportivas.
11. BIBLIOGRAFIA

Disponível em:
<https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://edisciplinas.usp.br/plugin
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ARNOLD Gesell. Wikipedia. Disponível em: <https://en.m.wikipedia.org/wiki/Arnold_Gesell>.

Acesso em: Abril 2023.

ARNOLD Gesell: uma biografia deste psicólogo, filósofo e pediatra. Maestrovirtuale.com.

Disponível em: <https://maestrovirtuale.com/arnold-gesell-uma-biografia-deste-psicologo-
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