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Catarina Coutinho
Mariana Marques
Mónica Freitas
Tatiana Vassalo
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4
1 ENQUADRAMENTO TEÓRICO ......................................................................................... 5
1.1 QUAIS OS TIPOS DE ALONGAMENTO MUSCULAR QUE EXISTEM? ...................................... 5
1.2 QUAIS AS VANTAGENS/DESVANTAGENS DE CADA UM? .................................................... 5
1.3 O QUE DEFENDE CADA UMA DAS TEORIAS PARA EXPLICAR OS GANHOS EM AMPLITUDE DE
MOVIMENTO OBSERVADOS APÓS UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE MUSCULAR ? 6
ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE DE FIGURAS
INTRODUÇÃO
1 ENQUADRAMENTO TEÓRICO
O alongamento estático é o mais comum dos três. Este é conseguido quando se mantém uma
posição com o músculo em tensão até que o indivíduo tenha a sensação de alongamento. O
alongamento estático tanto pode ser realizado ativamente pelo indivíduo como passivamente
pelo terapeuta (Page, 2012).
A teoria sensitiva defende que se ao realizar um alongamento houver apenas uma mudança
no fim da amplitude angular da articulação não há alteração de comprimento, mas sim uma
alteração na sensação do indivíduo, devido a um início da dor, máximo de estiramento ou
máximo de dor tolerado) (Weppler & Magnusson, 2017).
Este artigo mostra como muitos autores testaram as teorias mecânicas, testando os efeitos
biomecânicos do alongamento, incluindo a dimensão da tensão na avaliação do comprimento
muscular, conseguindo construir curvas de torque/angulo e medir as propriedades
biomecânicas dos músculos antes e depois de um alongamento. Se o aumento na
extensibilidade muscular observado após o alongamento for devido a um aumento no
comprimento dos músculos, causados por qualquer uma das explicações mecânicas, deve
ter havido uma mudança duradoura em curvas de torque/angulo passivo. Em vez disso, a
única alteração observada na curva passiva de torque/angulo foi um aumento no fim da
amplitude angular da articulação e torque aplicado, pois o fim do alongamento foi a sensação
do indivíduo (início da dor, máximo de estiramento e máximo de dor tolerado) (Weppler &
Magnusson, 2017).
A medição da flexibilidade do músculo reto anterior do quadricípite foi realizada com recurso
a um goniómetro, como observado na Figura 1. O indivíduo esteve na posição de decúbito
dorsal com as pernas penduradas. Este flexionou o joelho contralateral e puxou-o até ao peito
o máximo possível usando os dois braços com a anca e coxa em posição estacionária e
planas contra a marquesa, enquanto que o outro joelho permanece em flexão. O comprimento
foi medido através da flexão do joelho, sendo que se este se mantiver a 90 graus de flexão
indica uma boa flexibilidade.
Após o registo da medição pré stretch estático, foi implementado o plano de flexibilidade para
este músculo que consiste nos alongamentos estáticos realizados pelo próprio indivíduo,
expostos nas Figura 3 e Figura 4. Foram realizadas 2 repetições de cada exercício com uma
duração de 30 segundos cada, perfazendo assim 60 segundos. A cada 30 segundos de
exercício foi realizado um intervalo de descanso de 10 segundos, como está representado na
seguinte Tabela 1. Após realizados os alongamentos, voltamos a medir a flexibilidade deste
músculo (Figura 2), registando o valor obtido na Tabela 2.
2.1.2 RESULTADOS
pre-post
Quadrante Registo da medição pré- Registo da medição stretching
Inferior stretch estático pós-stretch estático estático
Reto anterior do
quadricípite 118 106 -12
Posto isto, através da Figura 3 podemos verificar que o exercício 1 não foi realizado nas
condições ideais, dada a postura inadequada que o individuo apresentou (báscula anterior da
pélvis e hiperlordose). Ou seja, esta postura não permitiu o afastamento máximo da origem e
inserção do músculo, limitando assim um alongamento eficaz do mesmo.
Para medir a flexibilidade do pequeno peitoral usamos uma fita métrica e um marcador, sendo
realizada em repouso e em atividade (medição da extensibilidade). O comprimento do
pequeno peitoral em ambas as condições do teste, é definida como a distância entre o
processo coracóide e o aspeto medial inferior da quarta costela adjacente à junção
esternocostal. Em repouso (Figura 6) o pequeno peitoral foi medido com o indivíduo em pé na
sua posição natural enquanto que em atividade (Figura 5) o indivíduo elevou e retraiu as
omoplatas ao máximo, tendo o terapeuta medido o comprimento do músculo.
Após o registo da medição pré stretch estático, foi implementado o plano de flexibilidade para
este músculo que consiste nos alongamentos estáticos realizados pelo próprio indivíduo,
expostos nas Figura 3 Figura 8 e Figura 7Figura 4. Foram realizadas 2 repetições de cada
exercício com uma duração de 30 segundos cada, perfazendo assim 60 segundos. A cada 30
segundos de exercício foi realizado um intervalo de descanso de 10 segundos, como está
representado na Tabela 1. Após realizados os alongamentos, voltamos a medir a flexibilidade
deste músculo, registando o valor obtido na Tabela 3.
3.1.2 RESULTADOS
Registo da pre-post
Registo da medição medição pós- stretching
Quadrante Superior pré-stretch estático stretch estático estático
Um dos erros possíveis, durante a execução da medição, foi a imprecisão na localização das
estruturas aquando o uso da fita métrica. Para tentar combater o mesmo, usamos um
marcador para assinalar o processo coracóide e no aspeto medial inferior da 4ª costela.
A construção de um plano de exercícios para adultos deve apresentar, para além das
atividades do quotidiano do utente, vários exercícios como é o caso dos de flexibilidade. Estes
permitem o aumento da amplitude de movimento, da flexibilidade e ainda da estabilidade e do
equilíbrio postural quando combinados com exercícios de resistência. Estes possibilitam
igualmente a redução de lesões musculo-tendinosas. Mas também podem levar à diminuição
da força muscular, da potência e desempenho desportivo quando este se dá logo após os
alongamentos. Assim sendo é essencial enquadrar os exercícios de flexibilidade no estilo de
vida do utente. Utilizamos o princípio FITT-VP para a construção do plano de flexibilidade
presente na Tabela 4 (American College of Sports Medicine, 2014).
Tabela 4 - FITT-VP
Fonte: (American College of Sports Medicine, 2014)
Frequência Superior ou igual a 2-3 dias por semana dos principais grupos
musculares se bem que melhores resultados são conseguidos
quando são feitos todos os dias
CONCLUSÃO
De uma forma geral não conseguimos observar ganho real de flexibilidade no pequeno
peitoral e no reto anterior do quadricípite, com o plano proposto. Assim sendo, achamos que
devíamos ter realizado quatro repetições dos exercícios, em vez das duas realizadas. Estas
quatro repetições estão igualmente fundamentadas na evidência encontrada.
Concluímos ainda que podemos não ter escolhido o melhor elemento do grupo para a
realização desta atividade, uma vez que a pessoa utilizada já apresenta alguma flexibilidade
e, portanto, não foi possível observar grandes alterações na flexibilidade como era o
pressuposto. Não obstante, conseguimos compreender os efeitos que os alongamentos
estáticos provocam nos músculos, apesar de estes apresentarem melhores resultados
quando incorporados num plano de treino.
BIBLIOGRAFIA
American College of Sports Medicine. (2014). ACSM’s Guidelines for Exercise Testing and
Prescription. (L. s. Pescatello, R. Arena, D. Riebe, & P. D. Thompson, Eds.) (Ninth
Edit). Wolters Kluwer.
Page, P. (2012). Current Concepts in Muscle Stretching for Exercise and Rehabilitation. The
International Journal of Sports Physical Therapy, 7(1), 109–119.