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Aptidão neuromuscular

Diana Luz, Inês Pinto e Micaela Albino


Diana Luz, Inês Pinto, Micaela Albino, 12ºC

Índice
O que é?..........................................................................................................................................................................2
No que interfere o exercício neuromuscular?.................................................................................................................2
Estudos desenvolvidos no tema......................................................................................................................................2
Que campos do desporto integra?..................................................................................................................................3
Força física/muscular......................................................................................................................................................3
O que é?...................................................................................................................................................................... 3
Que tipos de força muscular existem?........................................................................................................................3
A importância da força física......................................................................................................................................4
Estudos desenvolvidos no campo da força muscular...................................................................................................5
A ligação entre a força muscular e a idade..................................................................................................................5
Velocidade...................................................................................................................................................................... 6
Tipos de velocidade.....................................................................................................................................................6
Velocidade de reação.............................................................................................................................................6
Velocidade acíclica..................................................................................................................................................7
Velocidade cíclica....................................................................................................................................................7
Velocidade de deslocamento.................................................................................................................................7
Velocidade dos membros.......................................................................................................................................7
Velocidade de ação.................................................................................................................................................7
Fatores que influenciam a velocidade.........................................................................................................................8
Relação com a saúde...................................................................................................................................................8
Agilidade.........................................................................................................................................................................9
Descrição.....................................................................................................................................................................9
Fatores que desenvolvem a agilidade.........................................................................................................................9
Vantagens do exercício físico de agilidade................................................................................................................10
Exemplos de desporto onde agilidade é fundamental..............................................................................................10
Flexibilidade..................................................................................................................................................................11
Tipos de flexibilidade.................................................................................................................................................11
Flexibilidade ativa.................................................................................................................................................11
Flexibilidade passiva.............................................................................................................................................11
Fatores que afetam a flexibilidade............................................................................................................................12
Benefícios.................................................................................................................................................................. 13
Relação com a saúde.................................................................................................................................................13
Testes da aptidão neuromuscular.............................................................................................................................14
Conclusão...................................................................................................................................................................... 17
Bibliografia.................................................................................................................................................................... 18

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Aptidão neuromuscular
Diana Luz, Inês Pinto, Micaela Albino, 12ºC

O que é?

A aptidão neuromuscular envolve a força muscular/física, a resistência, a velocidade, a


agilidade e a flexibilidade. A atividade neuromuscular implica a cooperação entre os sistemas
muscular e nervoso.

O treino neuromuscular tem como objetivo melhorar componentes da aptidão física a nível
de saúde e de habilitações e prevenir lesões.

No que interfere o exercício neuromuscular?

No geral, o exercício neuromuscular aumenta a qualidade de vida através da redução da


rapidez com que os músculos de degradam, do prolongamento da independência e da redução
do risco de lesões. Contribui também para a melhoria do controlo muscular e do movimento,
assim como dos sistemas cardiovascular e respiratório.

A nível de doenças neuromusculares, como distrofia muscular, há exercícios específicos


para abrandar o peso da doença no tecido muscular ou prevenir um degradamento mais
avançado do estado físico da pessoa.

Estudos desenvolvidos no tema

Num artigo de pesquisa de Granacher e Borde foi examinado o efeito de um programa de


um 1 ano de treino de um desporto específico e/ou de educação física na aptidão física,
composição física, performance cognitiva e académica num grupo de atletas jovens e num grupo
de estudantes não atléticos. Participaram 45 crianças de uma turma que praticam desporto ou
crianças da mesma idade de uma turma normal. Durante o período de 1 ano, os autores
observaram uma média semanal de 620 minutos de prática de exercício físico por parte do grupo
de atletas e 155 minutos por parte do grupo não-atlético. Foi notado um aumento da aptidão física
e das notas de educação física, assim como da componente cognitiva e do nível académico no
grupo de atletas jovens. Este estudo levou os autores a concluir que a participação num desporto
específico em junção com a educação física promove o desenvolvimento físico de jovens e não
impede a sua performance académica e cognitiva.

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Que campos do desporto integra?

A aptidão neuromuscular é a base da ciência por trás da corrida competitiva,


especificamente maratonas. Numa maratona o objetivo não é correr depressa, mas sim correr por
mais tempo. Manter um ritmo constante por um longo
período de tempo envolve uma grande resistência à
fatiga física, isso implica uma comunicação eficiente
entre o cérebro e os músculos.

Força física/muscular

O que é?

A força física é, resumidamente, a quantidade de força que é imposta por uma pessoa ou a
quantidade de peso que uma pessoa pode levantar.

Que tipos de força muscular existem?

Força máxima/absoluta: quantidade de peso máxima que


uma pessoa é capaz de levantar num movimento que não é
repetido. Está presente em movimentos não-
dinâmicos como agachamentos e deadlift
(levantamento terra).

Força relativa: quantidade de força que um


indivíduo possui e a quantidade de peso que essa
pessoa consegue mover em comparação com o
seu peso corporal. É útil em movimentos ginásticos, e pode ser aumenta através de pull ups.

Força explosiva: a velocidade com que uma


pessoa aplica uma força intensa de uma só vez, em
movimentos rápidos e de curta duração. É traduzida
em exercícios dinâmicos como correr, saltar ou

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boxing. Uma maneira de aumentar a força explosiva é a realização de vários exercícios como
agachamentos com salto ou flexões de impulso.

Força resistente: a habilidade de exercer


força contra alguma forma de resistência
repetitivamente. É visto em atividades que requerem
um longo período de tensão muscular com um
mínimo de diminuição de eficiência. Pode-se
adquirir valores mais elevados de força resistente
pela realização de exercícios de pilates, corrida ou
saltar à corda.

A importância da força física

A força muscular influencia as características


força-tempo, que são importantes no desempenho
desportivo pois atletas mais fortes apresentam mais
força explosiva e taxa de produção de força. Está, ainda, diretamente relacionada com a redução
do número de lesões, devido à melhoria da qualidade nos ligamentos, tendões, cartilagens e
tecido muscular. Ser forte implica conseguir efetuar ações de grande esforço físico durante mais
tempo e com intervalos de tempo de recuperação menores. É comum associarmos a força a um
grande esforço físico. Tudo o que fazemos está associado à força muscular, pois os músculos
proporcionam a energia necessária para os movimentos articulares. Logo, a força muscular tem
um papel crucial na vida do homem. Sem a força perdemos a autonomia, pois ela está associada
à execução de tarefas motoras básicas como andar, sentar e levantar.

Todas as ações demandam uma determinada quantidade de força aplicada em um


determinado grupo muscular para realizar uma tarefa.

Sendo assim, é importante aprimorar a força através do treino, pois ao envelhecer


perdermos força muscular. Já quando associada ao sedentarismo essa perda pode ser ainda
maior, resultando em limitações físicas maiores.

Estudos desenvolvidos no campo da força muscular

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No conjunto das capacidades motoras, a força parece ser uma das que menos se trabalha
no âmbito das aulas de Educação Física. Considerando a sua importância ao nível da saúde,
bem-estar e qualidade de vida, nos rendimentos motores e desportivos, na aquisição da aptidão
física, etc., este é sem dúvida um tema que merece grande atenção. Por isso, pretendemos
evidenciar a treinabilidade da força nos jovens adolescentes, testando a eficácia de um protocolo
de treino da força, nas condições da aula de Educação Física, durante 8 semanas à razão de 2
unidades semanais de treino. Este protocolo foi desenvolvido a partir de duas formas
diferenciadas de trabalho com cargas contínuas e cargas descontínuas a partir do qual testámos
também a eficácia de cada uma delas. Por fim, analisámos a evolução dos ganhos de força no
tempo, após três semanas de destreino. A amostra foi constituída por 73 alunos dos 8º anos de
escolaridade e de ambos os sexos, pertencentes à Escola EB 2,3/ S Dr. Daniel de Matos, em Vila
Nova de Poiares (distrito de Coimbra). Foram constituídos seis grupos de trabalho: 2 de controle,
2 que trabalharam com cargas contínuas e 2 que trabalharam com cargas descontínuas. A partir
da análise comparada das médias dos testes, pudemos constatar a existência de ganhos
significativos de força em ambos os sexos; o trabalho contínuo mostrou-se mais efetivo no
desenvolvimento da força; no trabalho com cargas descontínuas esses aumentos foram mais
evidentes nos rapazes; e após o destreino, os rapazes perderam menos força que as raparigas.
Podemos concluir que: é possível melhorar a força nas condições da aula de Educação Física,
com apenas duas unidades semanais de treino e durante 8 semanas; os rapazes, no geral, são
mais fortes que as raparigas e apresentam uma treinabilidade maior do que elas.

(Estudo desenvolvido por Rodrigues, Marco António Correia; Universidade do Porto)

A ligação entre a força muscular e a idade

A força muscular está ligada com a capacidade funcional e também com a taxa de
mortalidade. Isso porque com o processo de envelhecimento ocorre a sarcopenia (perda de
massa muscular), o que acarreta grandes perdas de força, podendo chegar até 60%. Essa falta
de força quando associada à capacidade funcional, está associada ao decline na qualidade de
vida de um indivíduo. Uma vez que há uma redução do equilíbrio, o número de quedas aumenta
por falta de força, gerando grandes complicações de saúde e podendo levar à morte.

Velocidade

A velocidade é um dos componentes mais


importantes do desempenho esportivo. No entanto,
ela não deve ser vista como uma capacidade
isolada. A velocidade deve ser considerada como
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um componente parcial das exigências complexas necessárias para o desempenho esportivo. Em


combinação com um alto padrão de movimentos tectónicos e
de coordenação, com a especificidade do desporto ou da
disciplina, as diversas manifestações da capacidade física
velocidade são de importância primordial para o sucesso em
desportos individuais ou coletivos.

A importância da velocidade para o desempenho varia


consideravelmente, dependendo do desporto, da disciplina e
do campo de aplicação. Por exemplo, ela é relativamente sem importância para atividades de
condicionamento físico para a saúde, quando comparada a fatores como capacidade aeróbia,
força e caraterísticas do movimento. No entanto, o desporto de lazer, em geral, exige pelo menos
certo nível básico de algumas formas de velocidade, como a velocidade de reação. A importância
da velocidade para os desportos de elite não pode ser avaliada de forma geral porque as
exigências da velocidade são determinadas por requerimentos específicos do desporto ou
disciplina em questão.

Tipos de velocidade

Velocidade de reação

A velocidade de reação é a capacidade de reagir a um estímulo no menor tempo possível.


É uma qualidade física imprescindível para velocistas de um modo geral (Atletismo e Natação,
jogadores de vólei, etc…)

Velocidade acíclica

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A velocidade acíclica contém movimentos únicos motores (ex: arremesso). A ação começa,
de uma maneira e terminam de outra. A velocidade acíclica manifesta-se no desporto na forma de
lançamento, de arremesso, de chute ou de batida.

Velocidade cíclica

A velocidade cíclica consiste numa sequência de ações motoras, ritmicamente repetida,


independentemente do fato de se tratar de movimentos das extremidades superiores ou
inferiores, assim como do tronco.

Velocidade de deslocamento

A velocidade de deslocamento representa uma forma


especial da velocidade cíclica e refere-se à capacidade
locomotora das extremidades inferiores, ou seja, a capacidade
máxima de um indivíduo deslocar-se de um ponto para outro.
Também é chamada de velocidade de movimento.

Velocidade dos membros

É a capacidade de mover os braços ou pernas tão


rápido quanto possíveis. É uma valência física essencial para
os corredores e nadadores de velocidade, lutadores de Boxe,
ciclistas, esgrimistas, voleibolistas e outras modalidades
desportivas.

Velocidade de ação

A velocidade de ação diz respeito à orientação do emprego da velocidade em


determinados desportos ou em grupos de desportos, abstraindo-se do aspeto motor e enfatiza
fortemente os fatores espaciais e temporais que regem as exigências subjetivas da ação. Nesse
caso, um importante papel é assumido por fatores psicológicos, como a perceção, a tomada de
decisões, emoções e motivações.

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Fatores que influenciam a velocidade

a. Sistema neuromuscular – a velocidade depende sempre da ação integrada entre


músculos;

b. Tipos de musculatura – biópsias mostraram que a parcela de musculatura de


contração tem correlação positiva com a velocidade dos movimentos;

c. Força da musculatura – uma melhora da força vem sempre acompanhada de um


aumento velocidade de movimento;

d. Tipo de obtenção de energia – a velocidade máxima do músculo depende muito do


nível de energia, assim, um maior armazenamento de energia, aumenta a
velocidade de contração do músculo;

e. Capacidade coordenativa – uma alta frequência de movimentos só pode ser


alcançada com alternância mais rápida entre estimulação e inibição do sistema
nervo-muscular;

f. Fadiga - uma velocidade máxima não pode ser alcançada em condições de fadiga,
pois os processos de controlo do SCN (sistema central nervoso) são prejudicados e
a alta capacidade de coordenação imprescindível para o desenvolvimento da
velocidade, está com seu desempenho prejudicado.

g. Sexo e idade – a velocidade básica de pessoas não treinadas do sexo feminino é


10-15% menor do que das do sexo masculino. A menor velocidade básica das
mulheres deve-se principalmente à menor força. A velocidade básica sofre uma
redução mais acentuada com o aumento da idade. Isto está relacionado a
diminuição da força e da coordenação.

Relação com a saúde

A velocidade é uma componente da aptidão neuromuscular considerada e utilizada como


indicador da saúde do tecido ósseo. Adicionalmente, e de uma forma mais geral, a velocidade
relaciona-se inversamente com fatores de risco de doenças cardiometabólicas (ex.: infartos,
hipertensão arterial, diabetes, etc. ...).

Agilidade

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Descrição

A agilidade é a habilidade de mudar a posição do corpo de maneira eficaz. É uma


qualidade que se atribui a uma pessoa mediante a qual obtém um controlo total das partes do seu
corpo, e pode movê-las com rapidez. Requer a integração de
habilidades referidas a movimentos individuais usando uma
combinação de equilíbrio, coordenação, velocidade, reflexos, força e
resistência.

Fatores que desenvolvem a agilidade

I. Equilíbrio, habilidade de manter-se estável pela


realização de ações coordenadas ou pelas funções
sensoriais (estático, capacidade de manter o centro de
gravidade  acima do ponto de apoio numa posição
estática e dinâmico, habilidade para manter o equilíbrio quando o corpo está em
movimento);

II. Coordenação, habilidade de controlar o movimento do corpo;

III. Velocidade, capacidade de mover todo ou parte do corpo de forma rápida;

IV. Força.

Além dos já mencionados, como equilíbrio e coordenação, existem outros fatores decisivos para
tornar um atleta mais ou menos ágil:

1. Habilidade motora básica: possibilidade de realizar os movimentos básicos com


qualidade e facilidade;

2. Capacidade específica motora: capacidade de realizar movimentos mais específicos


com igual qualidade e facilidade;

3. Capacidade psicomotora: capacidade de realizar movimentos coordenados e


precisos no espaço e no tempo;

4. Habilidade física básica: relaciona-se com a qualidade integral do indivíduo em


termos de condições musculoesqueléticas, flexibilidade e força.

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Vantagens do exercício físico de agilidade

Melhorar o desempenho - Um bom exercício físico gradualmente desenvolve maior resistência e


melhor desempenho na prática do desporto;

Aumentar a resistência - O corpo é treinado para suportar a demanda de atividades desportivas


por mais tempo sem muito desgaste.

Além disso, isso leva o atleta a exigir menos tempo para sua recuperação a curto e médio prazo.

Previne lesões - O treinamento periódico, além de aumentar a agilidade, fortalece músculos e


ossos e "ensina-os" a comportarem-se e a reagir corretamente a eventualidades dentro e fora do
campo de jogo. Os músculos “aprendem” a aquecer rapidamente e não se cansam, e o corpo
sabe como se movimentar evitando lesões, estando melhor preparado para contingências.

Melhorar o equilíbrio e controlo do corpo - O atleta é mais capaz de corrigir e manter o seu centro
de gravidade, o que evita quedas e garante estabilidade durante a prática desportiva.

A agilidade prepara o corpo para um melhor desempenho na vida quotidiana, pois está
intimamente relacionada com a energia necessária para o dia a dia. Além disso, uma boa
condição física ajuda a estar preparado para reagir corretamente às contingências do quotidiano.

Exemplos de desporto onde agilidade é fundamental

 Ginástica;

 Natação;

 Boxe.

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Flexibilidade

A flexibilidade pode ser definida como a capacidade de a estrutura muscular esquelética se


estender, sem danos, ferimentos ou lesões e com ampla movimentação numa articulação ou
grupos de articulações como a capacidade de uma articulação mover-se com facilidade em sua
amplitude de movimento. Embora exista vasta literatura científica sobre o assunto, ainda não há
consenso quanto a definição precisa da flexibilidade e outras definições podem ser encontradas.

A flexibilidade não se apresenta de modo uniforme nas diversas articulações e nos


movimentos corporais, sendo comum, em um dado indivíduo, que sua amplitude máxima seja boa
para determinados movimentos e limitada para outros.

Tipos de flexibilidade

Flexibilidade ativa

Flexibilidade ativa é a maior amplitude de movimento


alcançada usando apenas a contração dos músculos. O
desenvolvimento deste tipo de flexibilidade pode ser mais difícil pois
requer a flexibilidade passiva para assumir a posição inicial e da contração dos músculos para
mantê-la. Algumas atividades que necessitam o desenvolvimento deste tipo de flexibilidade são:  
Ginástica rítmica, ginástica olímpica, ballet, Artes marciais, entre outras.

Flexibilidade passiva

Flexibilidade passiva é a maior amplitude de movimento que se


pode assumir utilizando forças externas, por exemplo: peso do corpo,
a ajuda de um parceiro, o uso de aparelhos, entre outros. A
flexibilidade passiva é sempre maior que a flexibilidade ativa, e a
diferença entre as duas é chamada de "reserva de movimentos".

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Fatores que afetam a flexibilidade

I. Tecido conjuntivo

Quando o músculo alonga, o tecido conjuntivo adjacente fica mais tenso. Além disso, o tipo
de tecido desempenha um papel importante na rigidez de uma articulação.

II. Estrutura articular

A flexibilidade por ser afetada pela forma e a direção dos ossos que, por motivos
genéticos, são anatomicamente diferentes de indivíduo para indivíduo. Uma melhora da
capacidade articular pode ser induzida, de maneira limitada, pelo treinamento intenso.

III. Massa muscular

Quando muito desenvolvida, a massa muscular por ser um fator de limitação mecânica. No
entanto, isto não afeta a capacidade de alongamento do músculo.

IV. Idade

Na transição entre a infância e a adolescência a flexibilidade apresenta o seu valor


máximo. Por isto, em desportos como Ginástica olímpica, que dependem de uma flexibilidade
ótima, os atletas já alcançam o alto nível nesta idade. A musculatura apresenta alterações em
função do avançar da idade, como a perda de água e elasticidade dos tecidos, refletindo na perda
de capacidade de alongamento muscular. O treinamento regular não é capaz de evitar esta perda
fisiológica, mas pode retardá-la até certo ponto.

V. Sexo

O sexo feminino apresenta maior capacidade de alongamento e elasticidade da


musculatura, ligamentos e tendões. Isto pode ser explicado por diferenças na composição
corporal, retenção de líquidos e nas diferenças hormonais.

VI. Temperatura

A temperatura ambiente, a temperatura corporal geral e a temperatura muscular


influenciam a flexibilidade. Esta pode aumentar cerca de 20% sob boas condições de
aquecimento. Por este motivo, os exercícios de alongamento devem ser realizados após um bom
aquecimento, como corrida leve.

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Benefícios

A flexibilidade é um componente frequentemente negligenciado em um programa de


condicionamento físico, embora o aprimoramento e manutenção de uma boa amplitude de
movimento ajudem a melhorar a qualidade de vida e auxiliem no desempenho desportivo. Entre
alguns benefícios, podemos citar:

 Profilaxia de lesões;

 Profilaxia postural e de desequilíbrio muscular;

 Otimização das capacidades motoras condicionantes e coordenativas.

Relação com a saúde

Uma boa flexibilidade durante a infância e a adolescência está associada a uma boa
amplitude de movimento. Pode promover uma postura correta e um alinhamento eficaz da cintura
pélvica promovendo a redução de dores na região lombar. O teste Senta e Alcança permite ainda
determinar simetrias (ou assimetrias) na flexibilidade dos músculos posteriores da coxa.

Testes da aptidão neuromuscular

Abdominais

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- Consiste na execução do maior número de abdominais a uma cadência predefinida.

- Este teste tem como objetivo avaliar a força de resistência dos músculos da região
abdominal.

Flexões de Braços

- Consiste na execução do maior número de flexões de braços a uma cadência pré-


definida.

- Este teste tem como objetivo avaliar a força de resistência dos membros superiores

Impulsão horizontal

- O teste de Impulsão Horizontal consiste em atingir a máxima distância num salto em


comprimento, movimentando os pés em simultâneo.

- Este teste tem como objetivo avaliar a força explosiva dos membros inferiores.

Impulsão vertical

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- Consiste em atingir a máxima distância num salto vertical, movimentando os pés em


simultâneo.

- Este teste tem como objetivo avaliar a força explosiva dos membros inferiores.

Agilidade (4x10 m)

- Consiste na realização de um percurso pré-determinado, combinando a velocidade


máxima de execução, com a coordenação traduzida no movimento de agarrar, transportar e
colocar uma esponja num lugar pré-determinado.

- Tem como objetivo caracterizar a capacidade de aceleração, a coordenação dos


movimentos requeridos e a sua velocidade de execução.

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Velocidade (20m / 40m)

- A velocidade de deslocamento é a capacidade máxima de um indivíduo se deslocar de


um ponto para outro.

- A prova consiste em realizar uma corrida de 40 m ou 20 m, no menortempo possível.

- Tem como objetivo avaliar a capacidade de aceleração e a velocidade dos alunos.

Flexibilidade dos ombros

- O teste de Flexibilidade dos Ombros consiste no contacto dos dedos das duas mãos atrás
das costas.

- Tem como objetivo avaliar a flexibilidade dos membros superiores.

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Flexibilidade dos membros inferiores

- É avaliada através do teste senta e alcança.

- O teste de Senta e Alcança consiste na flexão máxima do tronco na posição de sentado


no chão.

- Tem como objetivo avaliar a flexibilidade dos membros inferiores.

Conclusão

Neste trabalho aprendemos e compreendemos o que é a aptidão neuromuscular e no que


ela consiste. A aptidão neuromuscular associada com a saúde deve ser uma preocupação de
todos os indivíduos de todas as faixas etárias ao longo da vida, dado que está relacionada com a
flexibilidade, a força (capacidade de um músculo ou grupo muscular exercer força e a resistência
muscular), resistência, agilidade e velocidade. Sendo assim, é definida como um estado
caracterizado pela capacidade de realizar tarefas diárias com vigor e capacidades que estão
associadas a um baixo risco de desenvolvimento de doenças hipocinéticas. Estas doenças são
classificadas como toda alteração que atinge a saúde humana por meio de hábitos inapropriados,
principalmente o sedentarismo, má alimentação, falta de exercícios físicos e não dormir a
quantidade de horas necessárias. A aptidão neuromuscular é trabalhada nas aulas de Educação
Física como forma de prevenção de doenças e diminuição de fatores de risco, além de que nos
promove maoir vontade e energia para o trabalho e o lazer. Em suma, este trabalho enriqueceu o
nosso vocabulário e contribuiu para a assimilação e compreensão de alguns conceitos.

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Bibliografia

https://thestrengthclinic.training/a-importancia-da-forca-nas-restantes-qualidades-fisicas/

https://blogeducacaofisica.com.br/forca-muscular/

https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/9914
https://www.invictusbrasil.com.br/blogs/artigos/entendendo-os-4-tipos-de-forcas

Medical Definition of Neuromuscular - RxList

https://www.rxlist.com › neuromuscular › definition

https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fphys.2018.01264/full

https://exerciseright.com.au/neuromuscular-disease/

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