O documento analisa a presença do Grifo na poesia de Fernando Pessoa, especificamente na obra "Mensagem". O Grifo simboliza a união entre a natureza humana e divina, sendo representado por diferentes figuras como D. Henrique, D. João II e Afonso de Albuquerque, que compartilham características como visão de futuro, desejo de conquista e eventual esquecimento. Elementos como a procura da ascensão e a referência à mitologia são comuns tanto à "Mensagem" quanto à obra "Os Lusíadas".
O documento analisa a presença do Grifo na poesia de Fernando Pessoa, especificamente na obra "Mensagem". O Grifo simboliza a união entre a natureza humana e divina, sendo representado por diferentes figuras como D. Henrique, D. João II e Afonso de Albuquerque, que compartilham características como visão de futuro, desejo de conquista e eventual esquecimento. Elementos como a procura da ascensão e a referência à mitologia são comuns tanto à "Mensagem" quanto à obra "Os Lusíadas".
O documento analisa a presença do Grifo na poesia de Fernando Pessoa, especificamente na obra "Mensagem". O Grifo simboliza a união entre a natureza humana e divina, sendo representado por diferentes figuras como D. Henrique, D. João II e Afonso de Albuquerque, que compartilham características como visão de futuro, desejo de conquista e eventual esquecimento. Elementos como a procura da ascensão e a referência à mitologia são comuns tanto à "Mensagem" quanto à obra "Os Lusíadas".
Análise da poesia da obra “Mensagem” de Fernando pessoa
O papel do Grifo na mitologia
Também chamado de “Timbre”, o Grifo é uma
criatura mítica com cabeça e asas de águia e corpo de leão, que simboliza a união de duas naturezas distintas: a humana e a divina. A sua parte leão remete para a terra, enquanto que a parte águia remete para os céus. A cabeça do Grifo - “O infante D Henrique”
D. Henrique é visto como símbolo de
sabedoria; Em seu trono entre o brilho das esferas, Estatura de poder superior e imperial; Com seu manto de noite e solidão, Homem que busca conhecimento; Tem aos pés o mar novo e as mortas eras- Vive em solidão; O único imperador que tem, deveras, Tem um passado de ignorância; O globo mundo em sua mão. É um idealizador grandioso. Esquema rimático: ABAAB Uma asa do Grifo - “D. João o Segundo”
Braços cruzados, fita além do mar.
Parece em promontório uma alta serra Postura firme e confiante, mas calma; O limite da terra a dominar Visionário que procura passar os limites; O mar que possa haver além da terra. Ideia de solidão que permite realizar grandes feitos; Seu formidável vulto solitário Personalidade que instiga medo nas pessoas; Enche de estar presente o mar e o céu. Determinado a desvendar segredos e E parece temer o mundo vário mistérios. Que ele abra os braços e lhe rasgue o véu.
Esquema rimático: ABABCDCD
A outra asa do Grifo – “Afonso de Albuquerque”
De pé, sobre os países conquistados
Herói cansado; Desce os olhos cansados
Destinado ao esquecimento; De ver o mundo e a injustiça e a sorte. O seu sucesso é invejado; Não pensa em vida ou morte, O seu desejo de conquista foi Tão poderoso que não quer o quanto ultrapassado pelo seu poder; Pode, que o querer tanto É referido o número da perfeição (três); Calcara mais do que o submisso mundo Os impérios podem corresponder a Goa, Malaca e Ormuz, as cidades fortes Sob o seu passo fundo. conquistadas. Três impérios do chão lhe a Sorte apanha.
Criou-os como quem desdenha.
Esquema rimático: AABBCCDDEE “Lusíadas” e “Mensagem”
A procura da ascensão, assim como a referência à mitologia…
Os heróis e a fome por descobrimento… O facto das asas remeterem para o desejo de ascensão… A eventual queda no esquecimento… … todos estes aspetos são comuns aos Lusíadas