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DIRETRIZ CORPORATIVA
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1. Objetivo
Este documento estabelece as diretrizes de Gerenciamento de Saúde, Segurança do
Trabalho e Segurança de Processos. Define requisitos mínimos de conformidade em saúde
e segurança para todas as unidades.

2. Abrangência
 Todas as unidades industriais, comerciais e de transformação da Gerdau.
 Aplica-se a todos os colaboradores e prestadores de serviço.

3. Referências
 Manual Integrado de Saúde, Segurança e Meio Ambiente
 Manual de Gestão Comportamental em Segurança do Trabalho
 Manual de Riscos Críticos
 Manual de Atendimento a Emergências e Gestão de Crises
 DC-21 Diretriz Corporativa Riscos Críticos
 DC-28 Diretriz Corporativa para Gestão de Terceiros
 DO-82 Requisitos de Saúde para Riscos Críticos (aplicável somente Brasil)
 DO-83 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO (aplicável
somente Brasil)
 ISO 31000:2018 Gestão de Riscos - Diretrizes
 ISO/IEC 31010:2019 Avaliação de Riscos-Seleção de ferramentas e técnicas de Risk
Assessment

4. Definições Conceituais:
Uma ação efetiva em segurança envolve a identificação e análise de todos os eventos, sejam eles
com perdas (Acidentes => Com Perda de Tempo - CPT, Sem Perda de Tempo - SPT, First Aid e
Com Danos Materiais-CDM) ou sem perdas (Quase Acidentes e Desvios => Atos, Condições e
Procedimentos Abaixo do Padrão).
Será considerado Acidentes Com Perda de Tempo (CPT) o acidente que resulta em lesões às
pessoas e que impede o acidentado de voltar ao trabalho, em suas funções normais*, após o dia
seguinte ao do acidente, no horário normal de trabalho. Também é considerado acidente CPT
aquele que resulta em perda de vida, incapacidade permanente total, incapacidade permanente
parcial ou incapacidade temporária total.
* Se o acidentado puder e concordar em executar a maioria (50%) de suas atividades de rotina,
sem a necessidade de ser substituído por outro colaborador, este acidente não será considerado
CPT. No entanto, caso o acidentado siga trabalhando, porém com mudança de função, este evento
será considerado CPT.
A distribuição estatística dos eventos típica na Gerdau, segue a pirâmide abaixo (figura 1).

Figura 1 Figura 2
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Além da identificação e reporte de todos os eventos, também é fundamental conhecer o potencial


de severidade de cada um. Estudos mostram que as fatalidades e os acidentes graves ocorrem
devido a causas relacionadas a eventos e desvios de potencial de severidade alta (A) demonstrados
na parte central da pirâmide (figura 2). Estes eventos normalmente estão relacionados a atividades
de alto risco.
A definição do Potencial de Gravidade dos eventos utilizada na Gerdau é a seguinte:
A – Potencial de acidente fatal ou incapacidade permanente
B – Potencial de lesão séria ou perda permanente
C - Potencial de lesão leve ou incapacidade temporária
Existem situações que são típicas geradoras de eventos de alto potencial de severidade (A), tais
como: manutenções não planejadas, atuação frente a instabilidade de processos, falta de gestão
em mudanças, procedimentos inadequados em situações de emergência, etc.
Sendo assim, um trabalho eficaz e preventivo para eliminação de acidentes graves deve ter foco
identificar as atividades e situações que podem originar eventos de potencial de severidade alta (A)
em todos os níveis da pirâmide e eliminar as suas causas.
A identificação dos perigos e a determinação correta do potencial de severidade associado, define
a estratégia adequada de atuação. Para a eliminação de fatalidades e acidentes graves deve-se
utilizar o caminho vermelho indicado na figura abaixo, onde a aplicação de soluções de nível alto
da hierarquia de controles é fundamental.

O gerenciamento do processo de saúde e segurança engloba ações preventivas e eficazes para a


defesa nas três barreiras: físicas, sistêmicas e comportamentais, conforme representado na figura
abaixo:
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As barreiras físicas são dispositivos, equipamentos e condições que garantam a proteção quanto
a exposição a riscos. Os requisitos mínimos e obrigatórios estão detalhados na DC-21 - Diretriz
Corporativa Riscos Críticos. O detalhamento de cada requisito e orientações sobre melhores
práticas podem ser consultadas no Manual de Riscos Críticos da Gerdau.

As barreiras sistêmicas são práticas e ferramentas que garantem um gerenciamento proativo dos
riscos existentes nas atividades. Os requisitos mínimos e obrigatórios estão listados no capítulo 6
desta diretriz. O detalhamento de cada requisito e orientações sobre melhores práticas podem ser
consultadas no Manual Integrado de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Gerdau.

As barreiras comportamentais são práticas proativas para o desenvolvimento de atitudes e


comportamentos seguros de forma consciente visando construir uma Cultura de Segurança. Os
requisitos mínimos e obrigatórios estão listados no item 7.13 desta diretriz. O detalhamento de cada
requisito e orientações sobre melhores práticas podem ser consultadas no Manual de Gestão
Comportamental da Gerdau.

A abordagem de Segurança dos Processos está de maneira intrínseca relacionada às atividades


de operação e tem como foco a identificação e o tratamento de riscos relacionados a eventos que,
mesmo com baixa probabilidade de ocorrência, tenham alto potencial de danos. Estes eventos em
geral são relacionados a perdas de contenção primárias (vasos, tanques, tubulações), perdas de
contenção secundárias (diques de contenção e sistemas de drenagem), incêndios, explosões,
eventos com metal líquido, etc...

Para tanto, o conhecimento dos fundamentos técnicos dos processos com uma adequada
gestão dos repositórios de sua documentação deve ser assegurado pela liderança das unidades.
Um programa de Avaliação de Perigos e Identificação de Riscos deve estar estabelecido de forma
cíclica nas unidades com envolvimento de todos os níveis da organização.

Os riscos dos processos devem ser gerenciados através do desdobramento de seus controles
nos procedimentos operacionais, nas verificações de segurança após longas paradas, nos planos
de manutenção e confiabilidade dos ativos considerados críticos, nos treinamentos operacionais,
na aplicação disciplinada da gestão de modificações e na definição de cenários e preparação para
resposta a emergências.

A Avaliação de Perigos e Identificação de Riscos, assim como os respectivos controles devem ser
aplicados tanto às operações existentes como dentro das etapas de um novo projeto de forma a
permitir a gestão de riscos futuros.

A organização deve estabelecer um conjunto de indicadores que possibilitem o monitoramento


dos controles implementados, bem como um mecanismo de governança, nos diversos níveis
organizacionais, para assegurar que tais controles estejam ativos.

5. Riscos Críticos
São atividades e situações que possuem um alto potencial de severidade que podem causar perdas
graves e até fatalidade. O tratamento dos Riscos Críticos referentes a atividades de Manuseio de
Sucata, Aço Líquido, Equipamentos Móveis, Pontes Rolantes, Espaço Confinado, Trabalho em
Altura, Circulação de veículos e Pessoas, Bloqueios de Energia, Ferrovias, Proteção de Máquinas,
Edificações & Construções e Gases deve ser garantido pelo cumprimento dos requisitos da DC-21
- Diretriz Corporativa Riscos Críticos.
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A empresa mantem uma lista de atividades e situações relacionadas a Riscos Críticos, as quais
devem ser adequadamente tratadas com proteções eficazes nas 3 Barreiras. Todas os eventos
ocorridos relacionada a atividades e situações de Riscos Críticos devem ser classificados sempre
como Potencial de Severidade A.

6. Diretrizes Gerais de Saúde, Segurança do Trabalho e Segurança de Processos


6.1. Liderança
Os requisitos mínimos para assegurar o envolvimento, o compromisso e a responsabilidade de cada
líder no processo de melhoria contínua em Saúde e Segurança, através do apoio efetivo e da
participação em atividades fundamentais para o programa são:
 O Gestor da Unidade e demais líderes da unidade devem demonstrar de forma prática
seu compromisso com esta diretriz através da disseminação, compreensão e prática da
Política Integrada de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, bem como da execução de
práticas e ações de rotina e melhoria em Saúde e segurança.
 O Líder é responsável por analisar, propor e executar investimentos ou melhorias a custo
para a melhoria contínua de processos, condições físicas e mitigação dos riscos em sua
célula, área e unidade.
 A liderança deve conhecer seus maiores riscos e assegurar que seus controles estejam
ativos através de uma governança periódica na rotina da operação/unidade.
 A liderança é responsável por assegurar que os riscos relacionados a Segurança de
Processos sejam identificados, avaliados, tratados e monitorados em suas respectivas
áreas.
 A liderança é responsável por tratar os seus riscos iniciando com os de maior criticidade
e reduzindo-os a um nível tolerável.
 A liderança é responsável por registrar e gerenciar as tratativas e tendências dos riscos
sob sua responsabilidade, comunicando-os para a organização de forma clara e
estruturada.
 Objetivos e Metas em Segurança devem estar definidos e ter planos de ação adequados
para sua execução, divulgados e desdobrados até o nível operacional. Eles devem ser
acompanhados junto com os respectivos indicadores.
 A Hora da Segurança deve ser realizada pela Liderança de linha diariamente, baseada
em uma agenda que engloba verificações de condições físicas e riscos críticos, a gestão
de segurança e práticas comportamentais, interagindo com as equipes operacionais. A
liderança da unidade deve realizar uma Hora de Segurança conjunta semanalmente, em
diferentes áreas, contribuindo pelo seu exemplo na construção de ambientes mais seguros
e propiciando a troca de boas práticas e nivelamento entre áreas.
 A análise crítica do sistema de gestão de Segurança e Saúde deve ser realizada pelo
menos anualmente, gerando um diagnóstico suficientemente detalhado, que permita o
estabelecimento de um plano de ação para o ciclo seguinte, compreendendo ações
relacionadas com o atendimento às diretrizes corporativas, à legislação, às barreiras
físicas, sistêmicas e comportamentais, bem como as principais causas de eventos
ocorridos. O uso da Hierarquia dos controles deve ser comprovado por ações no plano de
ação anual da unidade.

6.2 Treinamento, Capacitação e Competências


Os requisitos mínimos para gerenciar e prover conhecimentos, atitudes e habilidades são:
 Requisitos importantes para funções críticas à saúde e segurança devem ser pré-
requisitos no recrutamento e os certificados e habilitações devem ser checados para as
atividades críticas.
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 Integração geral de saúde e segurança para TODOS próprios e terceiros devem ser
realizadas antes do início das atividades na unidade. Deve ser aplicado teste escrito após
a integração com nota mínima para aprovação.
 Deve ser realizada uma integração específica no posto de trabalho, que contemple
acompanhamento por padrinho, para todo novo colaborador, colaborador transferido ou
que retorne de afastamento superior a 45 dias.
 Deve existir uma matriz de treinamentos de Saúde, Segurança do Trabalho e Segurança
de Processos para todas as funções incluindo os procedimentos de tarefas críticas,
identificação e análises de riscos, requisitos legais e outros requisitos da Gerdau.

6.3 Inspeções Planejadas


Os requisitos mínimos para garantir a manutenção das condições físicas de todas as áreas da
Gerdau, incluindo estruturas, ferramentas, equipamentos e materiais são:
 Deve existir um padrão para Inspeções Gerais Planejadas - IGP, Inspeções de Pré-Uso e
Inspeções de Equipamentos de Emergência, Incêndio, Resgate, Proteção e Detecção,
considerando uma lista de equipamentos e instalações críticas identificadas nas análises
de riscos ocupacionais e de segurança de processo.
 As IGP´s devem ter check lists específicos para cada área com frequência de inspeção
definidas segundo a classificação de criticidade (A, B, C) e em requisitos legais quando
aplicáveis.
 Devem ser utilizados check lists específicos para todos os equipamentos que necessitam
de Inspeção de Pré-Uso. Eles devem ter indicação dos itens críticos que interditam o
equipamento e parâmetros de aceitabilidade definidos.

6.4 Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos


Os requisitos mínimos para uma sistemática adequada de identificação de perigos e avaliação e
controle de todos os riscos associados a atividades e processos produtivos são:
 As tarefas de rotina de todos os processos devem ter seus riscos avaliados conforme
matriz de determinação de risco da tarefa.
 As Tarefas Críticas devem ser desdobradas em atividades/passos.
 As Tarefas Críticas, que não puderem ser eliminadas ou ter seus riscos reduzidos, devem
possuir procedimentos escritos.
 Todos os executantes de Tarefas Críticas devem ser auditados (Auditoria de Padrões) em
todas as suas Tarefas Críticas em um período máximo de 2 anos.
 Todos os processos devem ser analisados, visando identificar os riscos associados que
possam trazer consequências a pessoas.
 As análises de riscos de processo devem utilizar ferramentas de identificação de riscos
apropriadas ao tipo de risco/processo.
 Os riscos devem ser avaliados e analisados segundo a matriz de riscos da Gerdau,
priorizando-os através do critério de criticidade.
 O tratamento dos riscos de alta criticidade deve adotar a hierarquia dos controles visando
a sua redução.
 O processo de gestão de riscos deve ser monitorado periodicamente a fim de assegurar
que todas as suas etapas estejam ocorrendo (Identificação, análise e avaliação,
tratamento e controle dos riscos).
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 A periodicidade de revisão das avaliações de risco deve variar em função da criticidade


dos riscos operacionais. Para riscos de alta criticidade a revisão deve ter periodicidade
mínima de 1 (um) ano.
 Deve ser considerada a hierarquia dos controles (Eliminar, Substituir, Engenharia, Gestão,
Equipamento de Proteção Individual - EPI) na definição de ações para redução dos riscos
das Tarefas e Processos Críticos.
 Colaboradores e terceiros devem realizar Avaliação Preliminar de Riscos para as tarefas
fora de rotina que possuem Potencial de Severidade A e B (médio e alto), decompondo-a
em atividades (passos), sendo identificado os riscos e as medidas preventivas necessárias
para cada um deles. Estas Avaliações devem ser validadas, assinadas e aprovadas no
local de trabalho (na área).

6.5 Incidentes
Os requisitos mínimos para identificar, comunicar, investigar a ocorrência de incidentes, e evitar que
voltem a ocorrer, bem como divulgar os aprendizados são:
 Os colaboradores devem emitir relatos de desvios (acidentes, quase-acidentes, CDM,
Atos, Condições e Procedimentos) na unidade e classificá-los de acordo com o potencial
de severidade (A-B-C).
 É obrigatória a verificação da eficácia nos eventos concluídos com potencial de severidade
A.
 A liderança da unidade deve ser informada de imediato quando da ocorrência de acidente
ou quase acidente de potencial de severidade A e comunicar corporativamente em até no
máximo o próximo dia útil depois da ocorrência.
 Devem ser investigados todos os acidentes com pessoas (CPTs e SPTs), Acidentes
CDMs com potencial de severidade A e os Quase acidentes com potencial de severidade
A.
 A unidade deve possuir indicador que monitore a ocorrência de acionamentos de sistemas
de emergência (Ex.: uso de extintores/hidrantes, abertura de válvulas de alívio, alarmes
sobre vazamentos de gás, etc.).
 Acionamentos de sistemas de emergência devem ser registrados como eventos de
Potencial de Severidade A e terem suas causas investigadas.
 A unidade deve utilizar a metodologia de Árvore de Causas ou similar para eventos com
potencial de severidade "A".
 Os líderes devem possuir treinamento em investigação de acidentes e iniciar as
investigações imediatamente (até 12 horas fora do horário administrativo) após a
ocorrência do evento.
 Os colaboradores ou seus representantes devem ser envolvidos durante o processo de
investigação de acidentes e quase acidentes.
 As investigações devem ser consistentes, levando-se em conta todas eventuais falhas nas
3 barreiras de proteção e chegando as causas raízes, estabelecendo ações efetivas e
baseadas na hierarquia dos controles.
 Devem ser lançados todos os acidentes e quase acidentes no sistema oficial da Gerdau
(HSE-D).
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6.5.1 Fatalidades e Acidentes com Lesões Graves (SIF´s)


 Devem ser comunicadas a alta liderança da organização em até 24 horas.
 As investigações são de responsabilidade das unidades com participação direta da equipe
corporativa com participação de especialistas internos e externos.
 As Investigações devem ser concluídas e apresentados a alta liderança da empresa em
até 15 dias
 As Investigações devem ser apresentadas aos comitês de gestão pelos líderes das
unidades e operações.

6.6 Requisitos Legais, Outros Requisitos e Controle de Documentos


Os requisitos mínimos para um efetivo controle de identificação e avaliação de conformidade com
requisitos legais e outros requisitos pertinentes são:
 A unidade deve manter uma lista atualizada com os requisitos de saúde e segurança
aplicáveis.
 As autorizações externas tais como ambientais, de incêndio, de segurança e saúde para
operação devem estar identificadas e atualizadas e os registros de atendimento devem
estar devidamente organizados e mantidos arquivados, incluindo novos projetos.
 A unidade deve atender os requisitos legais de saúde e segurança ou possuir acordo
firmado com órgão governamental para adequação, quando aplicável.
 Os documentos e padrões da unidade devem incluir os requisitos de segurança e saúde.
 Os registros vitais e legais para saúde e segurança devem ser identificados, organizados
rastreáveis e possuir proteção contra danos, deterioração ou perda.

6.7 Preparação e Atendimento a Emergências


Os requisitos mínimos de preparação e atendimento a emergências que possam ocorrer na unidade
são:
 A unidade deve possuir um plano para atendimento às emergências, em meio físico, com
todos os cenários de emergência identificados baseados em avaliações de riscos.
 A unidade deve ter todos os recursos necessários para atendimento adequado às
emergências.
 A unidade deve possuir pessoas qualificadas e treinadas para atendimento ao seu plano
de emergência na quantidade suficiente e cobrindo todas as áreas e turnos.
 Simulados devem ser previstos, conforme requisitos legais ou necessidades identificadas
nos cenários, avaliações de riscos e outros procedimentos (ex.: caminho do aço líquido).
Os aprendizados de simulados devem retroalimentar a necessidade de revisão dos
documentos e práticas do Plano de Emergência da Unidade.
 Devem ser comunicadas as principais recomendações do plano de emergência e o
ramal/telefone de emergência para os todos os colaboradores e terceiros na integração.
 As rotas de fuga e pontos de encontro, devem estar devidamente sinalizados e
identificados.
 As máquinas e equipamentos com partes móveis e com possibilidade de agarramento
devem possuir botões de emergência identificados, em boas condições e em locais que
possam ser acionados pelo próprio operador.
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6.8 Regras e Permissão para Trabalho


Os requisitos mínimos para estabelecimento de regras e permissões de trabalho na unidade são:
 Regras Gerais de Segurança corporativas devem estar exibidas e comunicadas a todos
os colaboradores próprios e terceiros. São elas:
1. Obedeça a todos os padrões, instruções, sinalizações e regras de segurança. Em
caso de dúvida sobre qualquer questão de segurança, sempre pergunte.
2. Somente pessoas treinadas e autorizadas podem operar equipamentos e acessar
áreas restritas.
3. Somente execute tarefas ou modificações que os riscos já estejam devidamente
avaliados e controlados.
4. Bloqueie todas as fontes de energias antes de intervir em máquinas e equipamentos.
5. Respeite e mantenha operantes todos os dispositivos de segurança.
6. Mantenha sempre uma distância segura de cargas suspensas, dispositivos de
içamento e ganchos.
7. Siga pelas vias de circulação de pedestres designadas à circular pela planta.
8. Mantenha as mãos distantes de equipamentos em movimentos ou com risco de
agarramento.
9. Use sempre os EPI's exigidos para cada área e atividade.
10. Comunique imediatamente todos os acidentes, quase acidentes, atos ou condições
abaixo do padrão.
 Devem ser elaboradas Regras Específicas de Segurança, com a participação dos
colaboradores, para todas as necessidades críticas identificadas (áreas, equipamentos e
processos) e estar exibidas e comunicadas a todos os colaboradores próprios e terceiros.
 As Regras Específicas de Segurança devem ser revisadas periodicamente com a
participação dos colaboradores e em casos de modificação nas instalações, processos ou
equipamentos, ou necessidade identificada através de outras práticas de segurança (Ex.:
análise de acidentes, avaliação de riscos, inspeções em área, recusas tarefas, etc.).
 Devem ser utilizadas Permissões para Trabalho - PT para todas as atividades listadas e
que se aplicam a unidade. (Espaço Confinado, Trabalho a Quente, Escavação, Radiação,
Trabalho com Fontes de Energia, Trabalho em Altura, Grandes Içamentos, Produtos
Químicos Perigosos e outras, conforme necessidade).
 A unidade deve possuir procedimentos e verificações de pré-partida que assegurem que
todos os sistemas de segurança e emergência estejam operativos na retomada de
operação de equipamentos e processos críticos.
 Devem ser identificadas as operações que necessitam de certificação e/ou autorização,
considerando pelo menos os Riscos Críticos e requisitos legais. Todas as certificações
e/ou autorizações devem estar atualizadas e gerenciadas.
 A unidade deve ter uma matriz de EPI´s necessários para cada cargo/função, atividade ou
posto de trabalho, inclusive para visitantes.

6.9 Gestão de Modificações


Os requisitos mínimos para uma Gestão de Modificações em processos, equipamentos, materiais
ou outros elementos relevantes à saúde, segurança, meio ambiente, operação e manutenção são:
 A unidade deve definir para quais tipos de modificações é necessária uma análise de
impactos gerados em Segurança, Saúde e Meio-ambiente, operação e manutenção.
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 As modificações devem ser avaliadas por uma equipe multidisciplinar utilizando


metodologia adequada a complexidade da modificação. Todo processo de gestão de
mudança deve ser registrado.
 Os documentos, incluindo desenhos, referentes às mudanças realizadas devem estar
atualizados, comunicados e os envolvidos devem ser treinados nos documentos
revisados.
 As unidades devem ter indicadores para a gestão de modificações (Modificações abertas,
modificações em atraso e modificações concluídas). Estes indicadores devem abranger
modificações permanentes e temporárias (Ex. Jump/force, supressão de sistemas de
emergência, testes de equipamentos, novas matérias primas, etc.)

6.10 Comunicações e Promoções


Os requisitos mínimos para garantir a comunicação interna e externa e as formas de promoções
alinhadas e difundidas para todas as partes interessadas são:
 A unidade deve garantir que os temas de saúde e segurança sejam tratados em todos os
níveis através de encontros mensais do gestor de área com seus líderes e do facilitador
da célula com sua equipe.
 A unidade deve identificar os temas críticos em saúde e segurança, baseados em causas
de acidentes, epidemias, legislação local, etc, com a participação dos operadores. Devem
ser planejadas e realizadas campanhas com temas críticos de segurança.

6.11 Gestão de Fornecedores de Produtos e Serviços


Os requisitos mínimos para contratação e gerenciamento de prestadores de serviço e aquisição e
uso de produtos químicos perigosos são:
 Todas as empresas prestadoras de serviço devem estar cadastradas e aprovadas na
Gerdau de acordo com o risco do serviço a ser executado.
 Todos os colaboradores devem possuir a qualificação adequada, os exames médicos
devem estar dentro da validade e alinhados com as suas atividades e respectivo grau de
risco, atendendo a legislação aplicável e outras diretrizes da Gerdau.
 Todos os líderes e equipes de segurança e saúde das empresas contratadas de categoria
de risco mais elevado devem receber capacitação no sistema de segurança e saúde da
Gerdau, incluindo o procedimento de PT e APR.
 Os coordenadores de contratos devem realizar uma avaliação periódica de segurança
(Condições Físicas, Gestão e Comportamento) junto aos contratados. Contratadas com
baixa performance devem possuir plano de ação para melhoria de seu resultado
acompanhado pelo coordenador da contratada.
 Ao final do serviço de terceiros deve ser realizada uma avaliação para assegurar a
organização, limpeza e controle de eventuais riscos residuais.
 Deve existir controle da entrada para produtos químicos perigosos e a aprovação deve ser
realizada pela área de Segurança ou, na ausência desta, por pessoa designada.
 A unidade deve disponibilizar e manter arquivos atualizados com Fichas de Segurança de
Produtos Químicos - FISPQ e Fichas de Emergência de todos os produtos químicos
perigosos aprovados existentes na unidade.
 Antes de utilizar um produto químico perigoso os usuários devem ser treinados e estar
cientes das recomendações de segurança (Ficha de Emergência). Os perigos devem ser
identificados e incluídos na APR, incluindo medidas em caso de emergência.
 Os produtos químicos perigosos devem possuir locais adequados para seu
armazenamento com informações sobre emergências.
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6.12 Saúde e Higiene Ocupacional


Os requisitos mínimos para uma gestão de Saúde e Higiene Ocupacional alinhado com a legislação
local são:
 Programa de Higiene Ocupacional
 Controle Médico de Saúde Ocupacional
 Programa de Ergonomia
 Controle de Uso de Álcool e Drogas
 Programa de Proteção Respiratória
 Programa de Conservação Auditiva

6.13 Cultura de Segurança e Gestão do Comportamento


Os requisitos mínimos para desenvolvimento de líderes e operadores em comportamentos seguros
como parte de suas responsabilidades e a construção de uma Cultura de Segurança são:
 A atuação pró ativa dos Líderes de linha deve ser medida mensalmente pelo Indicador
Proativo do Líder - IPL, promovendo a gestão do desempenho, realizada através de
feedbacks trimestrais individuais, entre Gestor e Facilitador
 Líderes devem realizar Observações e Abordagens Comportamentais - OAC seguindo a
metodologia do Manual Comportamental e checar os compromissos de mudança de
comportamentos inseguros em desvios críticos (potencial A). Os desvios devem ser
avaliados e analisados, por categoria e criticidade, e gerar ações planejadas para os casos
de alta criticidade ou de alta reincidência.
 A evolução do Comportamento Seguro deve ser avaliada mensalmente através do
Indicador de Comportamento Seguro - ICS seguindo a metodologia do Manual
Comportamental.
 O cuidado entre os operadores deve ser estimulado e praticado de forma estruturada,
através de um programa de observação que deve desenvolver a percepção de risco e
reforçar comportamentos seguros na equipe, construindo um ambiente adequado de
vigilância compartilhada. A liderança deve realizar acompanhamento periódico destas
observações, tratando os casos mais graves junto à equipe.
 A Política de Consequências deve estar implantada e ser utilizada rotineiramente,
conforme abaixo:
 Ações positivas devem ser reconhecidas no dia a dia, reforçando os comportamentos
seguros, devem existir programas formais de reconhecimento da equipe e celebração
de resultados atingidos. A equipe deve perceber e valorizar os reconhecimentos
realizados na unidade como motivadores para a evolução dos comportamentos
seguros.
 Comportamentos de risco devem ser identificados e tratados adequadamente,
separando erros de violações e a análise deve ser realizada através da Árvore para
Tomada de Decisões (metodologia ABC). Casos críticos devem ser discutidos no
Comitê da Unidade. A equipe deve perceber as ações como justas e equilibradas.
 A unidade deve possuir a prática de Recusa do Risco de Tarefa, para atividades com
riscos desconhecidos e/ou não controlados. Operadores devem se sentir à vontade para
praticá-las e os Líderes devem estimular a prática e tratar a recusa adequadamente.
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7. Responsabilidades
7.1. CEO: Definição de metas e acompanhamento periódico da evolução de saúde e segurança,
promovendo os requisitos contidos neste documento. Garantir a governança dos riscos de
saúde, segurança e segurança de processos em todos os níveis. As metas de segurança
definidas pelo CEO deverão ser desdobradas em todos os níveis de liderança da
organização.
7.2. Líderes de Operação de Negócio/País: Promover o atingimento de resultados em saúde
e segurança através da destinação adequada de recursos, desenvolvimento de líderes e
promoção da cultura de segurança.
7.3. Líderes de unidades: Garantir análise anual das necessidades em saúde e segurança
estabelecendo ações necessárias para o atingimento das metas estabelecidas. Destinar os
recursos necessários à implantação das ações e acompanhar periodicamente o
desempenho. Garantir o atendimento aos requisitos estabelecidos nas diretrizes de saúde e
segurança.
7.4. Líderes de áreas e células operacionais: Garantir o desenvolvimento de um ambiente livre
de acidentes e doenças, através do cumprimento da Política Integrada e da execução das
práticas de saúde e segurança.
7.5. Operadores: Cumprir com os procedimentos e práticas de saúde e segurança, cuidando da
sua segurança e de seus colegas e não se expondo a riscos percebidos e eventualmente
não controlados.
7.6. Saúde e Segurança Corporativa: Definir as diretrizes de saúde e segurança para toda a
Gerdau, disseminar melhores práticas, assessorar tecnicamente as operações e avaliar a
aderência das operações/unidades aos requisitos das diretrizes.
7.7. Saúde e Segurança das ON´s/Unidades: Disseminar e apoiar a implantação das diretrizes
e melhores práticas. Assessorar tecnicamente os líderes no desenvolvimento de uma cultura
de segurança. Monitorar o desempenho das práticas e resultados, promovendo análise dos
dados com os líderes e acompanhando a execução dos planos de ação de correção e
melhoria.

8. Disseminação desta Diretriz:


Cada ON/País é responsável por divulgar e garantir o cumprimento dos requisitos desta
diretriz, bem como o atendimento dos requisitos legais pertinentes a sua localidade.
A equipe de Saúde e Segurança Corporativa é responsável por apoiar as ON´s no
entendimento e cumprimento dos requisitos desta diretriz.

São Paulo, 04/05/2021.

Gustavo Werneck da Cunha


CEO – Diretor Presidente

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