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DIRETRIZ CORPORATIVA
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1. OBJETIVO:

Este documento estabelece requisitos mínimos a serem cumpridos na gestão de Meio


Ambiente na Gerdau.

2. ESCOPO:

Esta Diretriz Corporativa aplica-se a todas as empresas e Operações de Negócio da Gerdau.

3. DIRETRIZES:

As seguintes diretrizes estabelecem requisitos mínimos para os temas relevantes de meio


ambiente, com base nas políticas existentes: Política de Gestão Integrada e Política de
Sustentabilidade.

3.1. Gestão de Meio Ambiente – Pontos Relevantes

a) Todos os colaboradores e terceiros devem atuar de maneira responsável, manter a


imagem da empresa, cumprir os requisitos, diretrizes e boas práticas da Gerdau,
considerando a otimização do uso de recursos naturais e minimização de seu impacto
no meio ambiente.
b) Todas as áreas devem gerenciar os aspectos e os impactos ambientais relacionados
aos seus processos, tarefas, produtos e serviços e devem adotar ações preventivas e
corretivas para eliminar ou minimizar impactos adversos. Os aspectos significativos
devem estar refletidos no ICAS (Índice de Conformidade de Aspectos Significativos),
serem gerenciados pelos responsáveis e estarem alinhados com o processo de
gerenciamento de riscos.
c) Cada Operação de Negócio deve definir uma governança para o acompanhamento dos
indicadores dos temas relevantes tratados neste documento, a saber: Resíduos e
Coprodutos; Emissões Atmosféricas; Emissões de Gases de Efeito Estufa; Gestão de
Água; Ruído; Proteção Radioativa; Cinturões Verdes e Áreas Especialmente Protegidas;
e Áreas Contaminadas. Todas as operações são responsáveis pela medição e gestão
dos Indicadores de Meio Ambiente. As operações devem buscar a melhoria contínua de
sua performance ambiental com indicadores e metas definidas.
d) Utilizar o sistema definido pela área corporativa de Meio Ambiente como ferramenta
oficial da Gerdau para registro de indicadores ambientais, atualizando as informações
periodicamente.
e) Todos os líderes devem buscar a redução / substituição do consumo de recursos não
renováveis e gerenciar todos os aspectos da sustentabilidade com o objetivo de
alavancar a prevenção de impactos ambientais, garantir a perenidade do negócio e
atender às demandas externas.
f) Todos os líderes são responsáveis em garantir a manutenção preventiva/preditiva de
equipamentos de controle críticos para meio ambiente.
g) Todos os colaboradores responsáveis pelo Meio Ambiente das unidades deverão manter
os arquivos (estudos ambientais, negociações com o stakeholders, ofícios, cumprimento
de condicionante, prestação de informações ao órgão ambiental, etc) organizados, bem
ainda ordenar os prazos e as solicitações ambientais dentro do sistema de gestão
indicado pela área de Meio Ambiente da organização.
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h) Todos os colaboradores e terceiros devem conhecer e cumprir as regras de Meio


Ambiente, listadas abaixo. A área de Meio Ambiente da unidade deve garantir que as
mesmas estejam disponíveis e visíveis. São elas:
1. Conheça e Cumpra as regras e padrões críticos de Meio Ambiente:
2. Gerencie os aspectos, impactos, controles ambientais relacionados à sua
atividade. Pratique o direito de recusa.
3. Mantenha em funcionamento todos os dispositivos e sistema de controle
ambiental. Em caso de inoperância, não realize a atividade.
4. Somente execute modificações e tarefas em que os riscos ambientais já estejam
devidamente avaliados, controlados e autorizados.
5. Não realize cortes ou podas de árvores e não interaja com animais silvestres sem
as devidas autorizações.
6. Realize a segregação/destinação correta de resíduos.
7. Elimine desperdícios de recursos naturais.
8. Comunique imediatamente todos os eventos, atos e condições ambientais abaixo
do padrão.

3.2. Requisitos Legais

Todas as operações devem atender aos requisitos legais vigentes e realizar a gestão de
suas demandas ambientais para manter o atendimento a estes requisitos. As operações
regularmente devem verificar e revisar sua conformidade com as leis/regulações vigentes e
aplicáveis e, quando necessário, prontamente desenvolver e implementar projetos incluindo
CAPEX (Capital Expenditure) e OPEX (Operational Expenditure) para a solução de
potenciais não conformidades.

As operações devem conhecer seus riscos potenciais e possuir planos em andamento para
eliminação ou minimização para níveis permitidos. Cada Operação de Negócio deve
conhecer e decidir os assuntos sobre os temas levantados, reportando ao Comitê de Risco
Corporativo quando aplicável.

3.3. Gestão das partes Interessadas (Stakeholders)

Todas as Operações de Negócio devem:


a) Participar de fóruns locais para decisão e influência, acompanhar tendências e iniciativas
socioambientais para se antecipar às demandas.
b) Trabalhar proativa e corretivamente com órgãos públicos e a comunidade.
c) Responder às demandas socioambientais levantadas pelos stakeholders.

3.4. Gestão de Riscos

a) Todas as operações devem garantir o correto gerenciamento dos seus riscos ambientais,
provendo os recursos necessários para que estejam controlados e avaliados nas tomadas
de decisão. Dito isso, devem ser considerados os requisitos mínimos para uma
sistemática adequada de identificação de potenciais riscos, bem como avaliação e
controle de todos os riscos associados a atividades e processos produtivos.
b) Todos os processos devem ser analisados e revisados quando necessário, visando
identificar os riscos associados que possam trazer consequências negativas a pessoas,
a operação, imagem e ao meio ambiente com o acompanhamento e o monitoramento
periódicos.
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c) As análises de riscos devem utilizar ferramentas de identificação de riscos apropriadas


ao tipo de risco/processo e avaliados segundo a matriz de riscos da Gerdau, priorizando-
os através do critério de criticidade e realizando as tratativas previstas.

3.5. Resíduos e Coprodutos

Todas as Operações de Negócio devem:


a) Cumprir os requisitos legais vigentes para resíduos e coprodutos.
b) Reduzir a geração de resíduos e coprodutos por meio da avaliação dos processos de
produção, manutenção, práticas de contratação (matérias-primas, serviços,
equipamentos, etc.) e atividades administrativas.
c) Promover a utilização dos coprodutos, inclusive a inserção dos mesmos em outros
processos, evitando o uso de aterros sempre que possível e promover o
reaproveitamento interno de resíduos e coprodutos e buscar novas tecnologias
sustentáveis para viabilizar o reaproveitamento.
d) Avaliar todas as etapas (internas e externas) da gestão de resíduos e coprodutos,
buscando oportunidades de melhoria contínua de maneira sustentável, de modo a evitar
a contaminação do próprio resíduo, solo e da água subterrânea.
e) Maximizar a transformação de resíduos em coprodutos ou produtos para comercializar.
f) Reduzir o estoque interno de resíduos e coprodutos, quando existente.
g) Ter responsável definido pelo desenvolvimento de novas aplicações para o
reaproveitamento de coprodutos.
h) Se a reutilização, o reaproveitamento ou a reciclagem não forem possíveis devido a
razões econômicas, técnicas ou regulatórias, aterros devem ser utilizados. No caso de
aterros internos, os mesmos devem estar autorizados pelos órgãos ambientais com
controles e monitoramento que garantam a não geração de passivos ambientais. O uso
de aterro externo deve ser aprovado pelo líder de Meio Ambiente da unidade. Os aterros
devem ser licenciados e regularmente auditados.
i) Realizar e registrar anualmente o inventário dos resíduos/coprodutos gerados em suas
unidades conforme a Diretriz Corporativa-03.
j) Atualizar suas caracterizações de resíduos/coprodutos periodicamente, de acordo com
sua respectiva Diretriz operacional e legislação vigente.
k) Atender as metas de gestão de resíduos e coprodutos estabelecidas para cada
Operação de Negócio.
l) Todas as destinações de resíduos devem ser avaliadas e autorizadas pelas equipes de
meio ambiente, de acordo com as legislações e diretrizes operacionais locais.

3.6. Emissões Atmosféricas

Todas as Operações de Negócio devem:


a) Cumprir os padrões legais/regulatórios vigentes de emissões atmosféricas e qualidade
do ar.
b) Garantir a manutenção de processos com emissões atmosféricas controladas e de forma
a mitigar impactos na comunidade que está inserida.
c) Assegurar a correta operação e manutenção e calibração dos equipamentos de controle
de emissões atmosféricas, mantendo assim eficiência operacional e capacidade,
eliminando ou reduzindo emissões visíveis de material particulado de forma eficiente.
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3.7 Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)

Todas as Operações de Negócio devem:


a) Promover a otimização do uso dos recursos naturais renováveis e não renováveis, incluindo
a minimização ao desperdício e eficiência energética.
b) Promover iniciativas para monitoramento regular, controle e redução de emissões de GEE,
associados principalmente a eficiência energética.
c) Assegurar que a metodologia de contabilização de GEE está em conformidade com a
regulamentação local e os requisitos da Worldsteel no mínimo.
d) Incentivar pesquisa e investimentos em melhorias operacionais e estimar o potencial de
redução de emissões GEE nas melhorias de eficiência energética, operacionais, novas
operações e projetos e no consumo de combustíveis renováveis.
e) Identificar, avaliar e gerenciar as questões relacionadas a mudança do clima, observando
riscos e oportunidades, incluindo o tema em sua estratégia e planejamento financeiro da
Operação de Negócio.
f) Garantir que os processos industriais e operacionais sejam energeticamente eficientes e
utilizem fontes de carbono de menor potencial de emissões de gases de efeito estufa (GEE),
por meio de soluções economicamente viáveis e inovadoras para atender as metas definidas
pela organização.
g) Garantir a busca constante por redução de sua pegada de carbono e quando aplicável, ter
como diferencial o uso do carvão vegetal como um de seus insumos estratégicos para
produção do aço.
h) Atender as metas de redução de GEE estabelecidas para cada Operação de Negócio.

3.8 Gestão da água

Todas as Operações de Negócio devem:


a) Cumprir a legislação e os padrões aplicáveis para a captação de água e lançamento de
efluentes, incluindo águas pluviais.
b) Otimizar a recirculação e o reuso de água, minimizando o descarte de efluentes e
reduzindo o consumo.
c) Possuir instalações e manutenções adequadas para assegurar que os sistemas de
recirculação e tratamento de águas e efluentes previnam a contaminação das águas
superficiais e subterrâneas de forma eficiente.
d) Possuir diagrama com balanço hídrico geral da planta.
e) Usar água de reposição, cuja captação, vazão e uso sejam regularmente outorgados
pela Administração Pública Hídrica ou Ambiental, cumprindo as exigências legais.
f) Promover iniciativas para ampliar a eficiência energética e de processo além de
automatizações dos sistemas de reposição, recirculação e tratamento de águas.
g) Atender as metas de gestão hídrica estabelecidas para cada Operação de Negócio.

3.9 Ruído

Em todas as Operações de Negócio:


a) O ruído ambiental deve estar dentro dos limites legais permitidos.
b) Quando necessário, o site deve identificar e monitorar fontes críticas de ruído, estudar e
implementar medidas para reduzir o impacto do ruído a níveis conformes, incluindo
avaliações para novos investimentos e alterações de processos que possam impactar
os níveis de ruído ambiental.
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3.10 Proteção Radioativa

a) Todas as medidas apropriadas devem ser tomadas para eliminar o risco de


contaminação radioativa nas operações da companhia.
b) Todas as unidades receptoras de sucata ou laminações que recebam tarugos não
manufaturados pela Gerdau devem definir um coordenador responsável por gerir as
questões de radioproteção.
c) O processo de identificação de fontes radioativas deve definir as responsabilidades de
fiscalização e ação, operação dos alarmes de detectores e um plano detalhado para o
armazenamento de qualquer material radioativo identificado.
d) Nas usinas de produção de aço que utilizam sucata, barreiras de radioproteção devem
estar presentes nestas quatro operações: pátio de sucata, carregamento do cestão,
despoeiramento e laboratórios.
e) Em operações menores ou isoladas como shredders, pátios e/ou depósitos de sucata,
barreiras de radioproteção devem estar instaladas nos locais de entrada e recebimento
de sucata.
f) Para operações de laminação que recebem tarugos não manufaturados pela Gerdau,
barreiras de radioproteção devem estar instaladas nos locais de entrada e recebimento
do material.
g) Todas as operações devem ter um Programa de Radioproteção que assegure que todas
as fases do processo de fiscalização e controle de radiação são realizadas, incluindo:
1. Inspeção de 100% da sucata que ingressa na unidade.
2. Definição dos limites de radiação permitidos.
3. Procedimentos de resposta caso os limites admissíveis de radiação sejam
excedidos.
4. Colaboradores responsáveis pelo plano de detecção são treinados e qualificados
para trabalhar com fontes radioativas (onde aplicável).
5. Desenvolvimento de um Plano de Resposta a Emergências Radioativas.

3.11 Cinturões Verdes e Áreas Especialmente Protegidas

a) Nas unidades da Gerdau, onde aplicável e necessário, devem existir barreiras arbóreas
compostas preferencialmente por plantas nativas, para minimizar o impacto visual,
carreamento de sedimentos e o ruído da operação.
b) Áreas especialmente protegidas, tais como Reserva Particular do Patrimônio Natural
(RPPN) , reserva legal, pântanos devem possuir um plano de manejo ou plano de
conservação em operação e , onde aplicável, as áreas devem estar em conformidade
com o código florestal, não devendo ser convertidas em áreas produtivas, mantendo o
manejo sustentável de suas florestas e seguindo a política de não conversão de áreas
nativas em áreas produtivas.
c) A Gerdau se compromete a respeitar os direitos dos povos indígenas à terra e práticas
como a identificação e avaliação de áreas protegidas, terras indígenas e outras áreas de
importância natural e cultural nas proximidades da empresa, mantendo o diálogo e
envolvimento com as comunidades.
d) Garantir que o carvão vegetal utilizado em suas unidades operacionais é oriundo
exclusivamente de florestas plantadas, evitando assim o desmatamento de florestas
nativas.
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3.12 Áreas Contaminadas

Quando aplicável, as operações devem ter projetos em andamento para eliminar fontes de
contaminação existentes e tomar ações para prevenir contaminação de novas áreas,
conforme o Anexo 01.

3.13 Fornecedores

A Gerdau legitima a importância de parâmetros de compras sustentáveis e na gestão e


seleção de fornecedores como modelo a proporcionar o desenvolvimento sustentável. Para
tanto, todas as Operações de Negócio devem garantir o compromisso de gerenciar suas
cadeias de suprimentos, buscando no mínimo o atendimento legal e estimulando a gestão
ambiental de seus fornecedores. Não é permitida a compra de empresas produtoras de
biorredutor que utilizem madeira de origem nativa e/ou que ocupem áreas de proteção
ambiental e/ou áreas destinadas a povos indígenas ou adjacentes a eles.

4. RESPONSABILIDADES

4.1. Líderes das Operações de Negócio (ON): Alocar recursos para garantir que sua Operação
mantenha conformidade com requisitos legais, assegurar que sejam estabelecidas
anualmente prioridades ambientais e, quando necessário, reportar à diretoria as questões
ambientais importantes que possam impactar o negócio.

4.2. Líder do Site: Assegurar que os recursos necessários para implementação, cumprimento e
monitoramento dos requisitos ambientais sejam compreendidos por todas as operações sob
sua responsabilidade. Orientar a implementação de recursos de forma a prevenir / minimizar
impactos ambientais, cumprir com os requisitos legais e encaminhar todas as atividades
críticas para as operações sob sua responsabilidade.

4.3. Meio Ambiente Local: Prover orientação técnica à unidade operativa para a
implementação, cumprimento e monitoramento de requisitos ambientais e de eventuais
Termos de Ajustamento de Conduta e Termo de Compromissos firmados. Monitorar práticas
e avaliar desempenho ambiental e dar andamento em planos de ação preventivos /
corretivos para melhorias ambientais no site.

4.4. Gestores: Assegurar a implementação de metas e o cumprimento dos regulamentos e


procedimentos ambientais nas áreas sob sua reponsabilidade. Assegurar que todos os
colaboradores estejam cientes dos impactos ambientais causados pelas atividades de suas
áreas e possuam o conhecimento e habilidade para prevenir ou minimizar esses impactos.

4.5. Jurídico: Apoiar os líderes das operações de negócio, líder do site, meio ambiente local e
gestores na implementação dessas diretrizes corporativas, atuando preventivamente e
indicando os aspectos (riscos e soluções) legais pertinentes às demandas por eles
suscitadas, bem como apoiar e aprovar a negociação e assinatura de todo Termo de
Ajustamento de Conduta e Termo de Compromisso. Além disso, o Jurídico é responsável
pela condução dos processos contenciosos judiciais e extrajudiciais decorrentes de
questões socioambientais.
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5. COMUNICAÇÃO E SUPORTE DA DIRETRIZ

Cada Operação de Negócio é responsável por divulgar e comunicar esta Diretriz nas suas
operações, avaliando o atendimento aos requisitos ambientais e implantando as medidas de
adequação em atendimento a esta Diretriz.

O Meio Ambiente Corporativo Global é responsável por suportar as ONs no entendimento dos
requisitos desta diretriz e, periodicamente, verificar a sua aplicação nas visitas estruturadas
às unidades.

São Paulo, 19 de Maio de 2021.

___________________________
Gustavo Werneck da Cunha
CEO – Diretor Presidente
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Anexo 01

1. Identificação de Novas Áreas Contaminadas

Áreas que podem ser consideradas novas áreas contaminadas e requerem avaliação são
identificadas considerando:
1.1. Áreas nas quais foram identificadas evidências de contaminação de solo e/ou água
subterrânea que possam impactar ou que já estejam impactando bens a proteger.

1.2. Área que por demanda de partes interessadas, como órgãos públicos e comunidade ou
legislação ambiental específica, sejam consideradas potencialmente impactadas. Estão
incluídas demandas de renovação de licença e encerramento de unidades.

1.3. Unidades ou operações que estejam em processo de encerramento de atividades.

1.4. Outras situações que podem gerar passivos ambientais com demandas de remediação e
correção. Estes casos devem ser validados pelo líder de Meio Ambiente da ON e Líder da
ON.

2. Procedimento de Identificação e Gerenciamento de Áreas Contaminadas

Ao ser identificada a necessidade de avaliação de uma nova área contaminada, é seguida a


sequência de atividades abaixo, descritas nos próximos itens:
 Comunicação.
 Avaliação e Investigação incluem as etapas de: Avaliação Preliminar, Investigação
Confirmatória, Investigação Detalhada e Avaliação de Riscos.
 Remediação.

2.1. Comunicação

O responsável de Meio Ambiente na Unidade deve comunicar ao Gestor da Unidade e ao


Líder de Meio Ambiente da ON ou País os seguintes dados:
 Localização e descrição geral da área sob suspeita de contaminação.
 A razão da ocorrência, se conhecida, e a motivação da necessidade de avaliação, por
exemplo: incidentes como derramamentos ou vazamentos, práticas impróprias de
disposição de resíduos, demanda de órgão público, demanda da comunidade,
encerramento de atividade, venda de ativo, etc.
 A divulgação de informações relacionadas à área contaminada é restrita às demandas
legais existentes e aos envolvidos descritos neste documento.

2.2. Avaliação e Investigação

O Líder de Meio Ambiente da ON ou País, juntamente com o Responsável de Meio Ambiente


da Unidade devem:
 Obter aprovação do Gestor da Unidade e comunicar ao Diretor Industrial da ON que
as etapas de avaliação e investigação de uma área contaminada serão conduzidas.
 Assegurar que a Avaliação/Investigação seja conduzida utilizando metodologia
relevante, como revisão de dados históricos, inspeção visual, entrevistas, sondagem
e amostragem de solo e água subterrânea, deve ser realizada em conformidade com
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a legislação e requisitos locais, utilizando empresas com reconhecida capacidade de


condução dos trabalhos.
 Após a finalização de cada etapa de investigação, o Líder de Meio Ambiente da ON
ou País deve comunicar os resultados ao Gestor da Unidade, ao Diretor Industrial da
ON e a Área responsável pelas informações globais de Meio Ambiente.
 De acordo com as legislações vigentes, a autoridade ambiental deverá ser
comunicada de cada etapa da investigação e, quando necessário, deverá receber a
aprovação das ações previstas.
 A divulgação de informações relacionadas às etapas de Avalição e Investigação é
restrita às demandas legais existentes e aos envolvidos descritos neste documento;
 Conclusão: Concluída esta etapa, os planos para remediação e provisão dos custos
associados são iniciados, baseados nos resultados da investigação e avaliação.

3. Provisão e Gerenciamento de Custos

 O Líder de Meio Ambiente na ON ou País e o responsável de Custos da ON devem


aprovar e provisionar os valores necessários para a remediação na conta de
contingências ambientais junto ao Líder da ON. Estes custos devem estar
relacionados à remediação do solo e água subterrânea e monitoramentos para
remediação. Não devem estar incluídos investimentos para eliminação de fontes
existentes ou avaliações e investigações, em alguns casos críticos o Comitê da
Operação decidirá.
 O Líder de Meio Ambiente na ON ou País deve comunicar esta atualização de provisão
ao responsável pelas informações globais de Meio Ambiente ao Diretor Industrial da
ON.
 O responsável pelas informações globais de Meio Ambiente deve atualizar o saldo das
provisões para a Contabilidade Corporativa semestralmente.

3.1. Remediação

O responsável de Meio Ambiente da Unidade deve coordenar o projeto de Remediação e


supervisionar os seguintes requisitos:
 Após a finalização das avaliações e investigações, quando necessário, devem tomar
ações de intervenção imediatas para início dos trabalhos de remediação.
 Quando confirmada a necessidade de remediação da área, deve ser elaborada a
especificação de projeto com escopo da intervenção segundo definição técnica
aprovada junto ao órgão ambiental.
 A divulgação de informações relacionadas à Remediação é restrita às demandas
legais existentes e aos envolvidos descritos neste documento.

4. Contratação de Estudos de Investigação de Áreas Contaminadas

Prestadores de serviço para as atividades de análise, monitoramento de água subterrânea,


investigação, remediação, consultoria e serviços associados às áreas contaminadas devem
ser contratadas somente após as aprovações, segundo item 4, e devem ser empresas com
conhecimento técnico suficiente para a condução das atividades.
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5. Processo de Reabilitação de Áreas Contaminadas

O escopo da reabilitação deve atender à legislação e requisitos locais e ser baseado em metas
específicas e outros requisitos do projeto/área.
Toda a atividade de remediação deve ser conduzida de forma a viabilizar a rastreabilidade de
informações históricas através de registros fotográficos e topográficos, entre outros, além de
evidências formais sobre a destinação dos materiais removidos.
Deve ser providenciado o comprovante de recebimento do órgão ambiental com uma
declaração de reabilitação (por escrito) atestando que a área foi remediada, considerando a
redução do nível de risco (eliminação ou redução a níveis aceitáveis). Os custos para as
etapas de Remediação devem ser atualizados e acompanhados rotineiramente, como
descrito no item 1. O custo inicial das provisões deve ser estabelecido conforme descrito no
item 4.

6. Atualização e Gerenciamento das Provisões Ambientais

6.1. As Unidades Industriais, em conjunto com os Líderes do Processo de Meio Ambiente nas
ONs ou Países, são responsáveis pela rotina mensal de gerenciamento das atividades de
avaliação e remediação das áreas contaminadas, incluindo o acompanhamento trimestral
dos valores gastos conforme planejamento de gastos anual.

6.2. Os valores atualizados de provisões ambientais devem ser acompanhados e apresentados


trimestralmente, englobando as seguintes atividades:

6.2.1. As equipes de Meio Ambiente das Unidades e os Líderes de Meio Ambiente nas
ONs ou Países devem submeter à área responsável pelas informações globais de Meio
Ambiente:

6.2.1.1. Uma descrição das últimas etapas concluídas, das etapas em andamento e das
próximas atividades previstas para cada área contaminada.
6.2.1.2. A atualização do valor da provisão, alinhado com a contabilidade local. O valor
da provisão deve ser alinhado com a contabilidade local, a fim de que o valor
divulgado nas Demonstrações Financeiras seja igual ao valor do controle de
Meio Ambiente.

6.2.2. A área responsável pelas informações globais de Meio Ambiente deve:

6.2.2.1. Solicitar as informações acima descritas às Unidades Industriais e Líderes de


Meio Ambiente nas ON ou Países, definindo prazo.
6.2.2.2. Verificar as informações Contábeis junto à Gestão de Informações Contábeis
(GIC).
6.2.2.3. Consolidar as informações e enviá-las ao Comitê de Riscos, quando necessário.

6.2.3. A áreas de contabilidade das ONs devem:


6.2.3.1. Realizar o cálculo dos fluxos de caixa trazidos a valor presente, conforme
orientação da Gestão de Informações Contábeis (GIC).

6.3. Prazos de Entrega.


O prazo de entrega das atualizações de provisões ambientais é 10 dias após a data de
encerramento do trimestre. A informação atualizada pelos Líderes de Meio Ambiente das
Unidades Industriais, das ON ou Países deve ser enviada a área responsável pelas
informações globais de Meio Ambiente e sempre referente à data do fechamento do trimestre.

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