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MUSCULAÇÃO APLICADA À ERGONOMIA, PREVENÇÃO

E REABILITAÇÃO DE LESÕES

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Sumário
Sumário ..................................................................................................................... 1

NOSSA HISTÓRIA .................................................................................................... 3

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4

2. MUSCULAÇÃO PASSADO E PRESENTE ...................................................... 5

3. O CONCEITO DE MUSCULAÇÃO .................................................................. 6

4. MUSCULAÇÃO E TREINAMENTO: FORÇA, HIPERTROFIA E RESISTÊNCIA


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4.1 FORÇA ............................................................................................................ 9


4.2 HIPERTROFIA ............................................................................................ 11
4.3 RESISTENCIA MUSCULAR .......................................................................... 12
4.3 FORMAS DE TREINAMENTOS SUGERIDOS POR UCHIDA ................... 13
4.4 RELAÇÃO ENTRE AS APLICAÇÕES DA MUSCULAÇÃO E OS TREINOS
DE FORÇA, HIPERTROFIA E RESISTÊNCIA MUSCULAR ......................................... 14
5. A MUSCULAÇÃO E PROBLEMAS COMUNS ............................................... 17

5.1- Ergonomia/ Postura/ Técnica ........................................................................... 17

6.LESÕES NA MUSCULAÇÃO ............................................................................... 18

6.1 TIPOS DE LESÕES ....................................................................................... 19


 6.1.1 Lesões Musculares ............................................................................ 19

 6.1.2 Lesões Articulares ............................................................................. 21

 6.1.3 Lesões Ligamentares ......................................................................... 22

 6.1.4 Lesões Tendinosas ............................................................................ 23

6.2 PREVENÇÃO DE LESÕES ........................................................................... 24


7. LESÕES NA ARTICULAÇÃO DO JOELHO ................................................... 25

7.1 Tendinite ........................................................................................................ 26


7.2 Lesões traumáticas ..................................................................................... 27
7.3 Lesões Dos Ligamentos Cruzados ............................................................. 28
7.4 Lesões do Ligamento Colateral Medial ....................................................... 29
7.5 Lesão da Cartilagem Meniscal e Articular..................................................... 30
7.6 Disfunção Patelofemoral ............................................................................. 31

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7.7 Princípios Gerais da Reabilitação do joelho ............................................... 32
7.8 CONDROMALACIAPATELAR .................................................................... 33
7.8 O profissional de Educação Física no processo de reabilitação ................. 34
7.9 Amplitude de Movimento e Flexibilidade ..................................................... 35
7.10 Alongamento Segundo ............................................................................ 35
7.11 Fortalecimento Muscular ......................................................................... 37
7.12 A musculação .......................................................................................... 38
7.13 Exercícios mais utilizados........................................................................ 40
8. LESÕES NA ARTICULAÇÃO DO OMBRO ................................................ 42
CONCLUSÃO.......................................................................................................... 46

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 47

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em


atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em
nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras
normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável


e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do
serviço oferecido.

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1. INTRODUÇÃO

A musculação é uma das modalidades mais praticadas hoje em dia. Ela permite as
mais variadas modificações para que seja adequada ao praticante e também para que
sejam alcançados os mais diferentes objetivos, como de melhorar performances, qualidade
de vida e também esteticamente, entre outros que serão apontados mais adiante.

É fato que o crescimento da população praticante desta modalidade começa a se


tomar relevante, principalmente para os professores de Educação Física, pois podem atuar
diretamente nesta área como preparadores fisicos. Pelo fator do crescimento da
musculação e também das academias, transformou-se em um produto que se vende a fim
de atrair uma maior quantidade de clientes para o estabelecimento, prometendo bons
resultados através da prática e orientação fornecida pelos serviços prestados pela
academia, e assim se tornou uma área de estudos para proporcionar melhor qualidade de
vida e melhores resultados para os praticantes desta atividade.

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2. MUSCULAÇÃO PASSADO E PRESENTE

Antigamente a musculação era vista como um treinamento para os militares a fim de


conseguir um melhor condicionamento fisico para as missões e um esporte para os mais
brutos. Como já dito, antes disso, ela tinha um motivo puramente estético e exibicionista,
os praticantes eram aqueles que apenas se preocupavam com o físico, para fazer
exibições de sua massa corporal e de levantamentos de peso em público (LEIGHTON,
1986). Os treinamentos físicos dessa modalidade eram praticados em campo aberto e com
pesos quase sempre irregulares, podendo ser desde troncos de árvores até pedras muito
pesadas.

Com o tempo os treinos de musculação foram se desenvolvendo e o homem também


passou a estudar mais esse tipo de esporte e a si mesmo, descobrindo novas técnicas e
aprimorando exercícios, até surgirem as primeiras barras e halteres, por volta

do começo do século XX (LEIGHTON, 1986). Desde então, não pararam de surgir novos
aparelhos e máquinas que promovem o exercício muscular.

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Hoje em dia a musculação ganhou outro sentido na vida das pessoas, juntamente
com o conceito de qualidade de vida, que significa melhorar o bem estar e facilitar a
realização das atividades cotidianas. A musculação ganhou um significado de saúde, ou
seja, podendo gerar saúde, seja pelo fato de prevenir ou pelo fato de promover a
reabilitação de lesões e doenças (como veremos no próximo item, onde Bittencourt (1984),
propõe a aplicação profilática e terapêutica da musculação). Por isso hoje ela está ainda
em desenvolvimento e muitas pesquisas estão sendo realizadas a respeito, mas todas as
descobertas já feitas levaram a aumentar muito o número de praticantes dessa modalidade,
pois a preocupação hoje está na qualidade de vida e a musculação juntamente com um
trabalho aeróbio pode ser considerada a atividade mais completa e sistemática para
melhorar a qualidade de vida de seus praticantes.

3. O CONCEITO DE MUSCULAÇÃO

A musculação pode ser conceituada como a atividade física desenvolvida,


predominantemente, através de exercícios analíticos, utilizando resistências
progressivas fornecidas por recursos materiais tais como: halteres, barras, anilhas,
aglomerados, módulos, extensores, peças lastradas, o próprio corpo e/ou seus
segmentos, etc. (GODOY 1994, p. 03)

Bittencourt (1984) propôs cinco diferentes aplicações para a prática da musculação:

a) Competitiva ~ visa preparar o indivíduo para competições de altos níveis


(levantamento olímpico, levantamento básico e culturismo).

b) Profilática ~visa educar o individuo sobre a importância de prevenir as anomalias


fisicas e cultivar a saúde.

c) Terapêutica~ direcionada a fim de corrigir problemas acarretados ao longo da


vida, tais como: desvios de coluna, assimetria da musculatura, etc.

d) Estética- dirigida às academias clubes e condomínios.

e) Preparação física - auxiliar no desenvolvimento das capacidade físicas


necessárias a prática do desporto - desenvolver as capacidades fisicas em busca de uma
melhoria.

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Esse autor definiu essas cinco aplicações para a musculação, mas podemos ainda
fazer algumas ressalvas e atualiza-las completando suas definições. Concordo com suas
definições de aplicação e acho ainda que não existe alguma outra finalidade para a
modalidade além dessas já citadas, porém, ele mesmo, Bittencourt (1986), citou mais uma
juntamente com a finalidade de estética, a de recreação.

Quando damos a aplicação de recreação para a musculação podemos estar


entrando em uma outra área da Educação Física que seria justamente a de Recreação e
Lazer e assim confundido termos e conceitos estudados pela mesma e ainda entrando em
confronto de conceitos e definições de acordo com os conceitos de recreação e lazer
adotados pelo autor. Por esse motivo prefiro não encaixar a finalidade de recreação para a
musculação.

Dessa forma, segundo meu entendimento, as aplicações poderiam ser explicadas


dessa forma:

a) Competitiva - onde se pratica um treinamento a base de exercícios resistidos


para que o aluno se tome um atleta com capacidade para competir e buscar recordes.

b) Profilática- usar da musculação para prevenir desvios e distúrbios e ainda


prevenir lesões músculo·articulares.

c) Terapêutica- reabilitar e corrigir problemas de saúde já existentes.

d) Estética - desenvolver a musculatura através da hipertrofia muscular e deixar os


músculos bem torneados, ganhar tonicidade nos músculos e como forma de manutenção
corporal.

e) Preparação Física - visa preparar fisicamente o aluno/atleta através de


treinamentos resistidos, para que este consiga alcançar seus objetivos finais.

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Portanto, a partir de uma conversa com o aluno e depois de realizada uma anamnese
para traçar o perfil do aluno, podemos encaixa-lo em algum desses cinco grupos de
aplicações da musculação e promover um programa ideal de treinamento para alcançarmos
o objetivo que o aluno deseja e ajudar nos possíveis problemas que apresentou no início
do programa.

4. MUSCULAÇÃO E TREINAMENTO: FORÇA,


HIPERTROFIA E RESISTÊNCIA

Segundo Uchida et al. (2003, p. 5 - 13) existem variáveis que podem ser controladas
pelos professores de Educação Física, para que o treino seja adequado ao objetivo do
aluno:

• Escolha dos exercícios e equipamentos que sejam adequados ao condicionamento


fisico do aluno;

• Ordem dos exercícios de acordo com o principal objetivo do aluno;

• Volume - o volume de treinamento é definido pelo número de séries x repetições x


peso;

• Intensidade, controlando o número de repetições e os pesos (é importante que o


aluno trabalhe próximo ao número de repetições máximas para garantir um estímulo real
para o objetivo);

• Freqüência do treino, planejando o número de sessões ideal para que o aluno atinja
seu objetivo;

• Intervalo, controlando o tempo deste entre as séries e os exercícios para que assim
o aluno não fuja do treino que foi elaborado;

• Formas de controle da carga, aumentando pesos, repetições e séries ou diminuindo


a velocidade de execução do movimento, realizar os exercícios com grande amplitude
articular, etc;

• Tipo de respiração no treinamento.

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4.1 FORÇA

"O conceito de força do ser humano pode ser compreendido como a sua capacidade
de vencer, suportar ou atenuar uma resistência mediante a atividade muscular".
(PLATONOV e BULA TOV A, 2003, p. 33).

Esses autores definem as características e resultados que um treino de força pode


gerar, como, aumentar a massa muscular ativa, reforçar os tecidos conectivos, conjuntivos
e de apoio. Além de melhorar a constituição corporal do atleta, e paralelamente ao aumento
da força, criam-se condições para a melhora da velocidade, flexibilidade e coordenação,
partes:

Platonov e Bulatova (2003) ainda dividem e caracterizam a força em três

• Forca Máxima: capacidade máxima que o atleta pode demonstrar durante uma
contração voluntária máxima.

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• Forca de Velocidade: capacidade do sistema neuromuscular em mobilizar o
potencial funcional para manifestar elevados níveis de força no menor período de tempo
possível (semelhante à força explosiva).

• Forca de Resistência: capacidade manter índices de força relativamente altos


durante o maior período de tempo possível. Se traduz na capacidade de vencer a fadiga,
realizar um volume elevado de repetições do movimento, e aplicação prolongada de força
em condições de contraposição a uma resistência externa.

"Força muscular máxima é a capacidade de exercer força máxima para dado


movimento corporal[ ... ]" (UCHIDA et ai., 2003, p 51).

Muitos autores discutem o conceito de força muscular, alguns a caracterizando corno


simplesmente o ato de reagir contra uma resistência e outros como a capacidade de
promover um movimento ante a maior resistência possível e ainda alguns, como Platonov
e Bulatova (2003) e Weineck (2003a), a dividem em força máxima, força de velocidade e
força de resistência.

Em um treinamento de força o atleta ou aluno visa aumentar seu ganho de força


muscular seja qual for o seu objetivo. Nesse tipo de treino, as fibras musculares que
realizam o trabalho são essencialmente as fibras do tipo 11. A principal fonte energética é
a fosfocreatina, que é rapidamente reposta e em questão de minutos está totalmente
recomposta e assim o músculo está novamente preparado para realizar contrações.

"Os fosfatos de alta energia (ATP, CP) desempenham um papel decisivo no


desenvolvimento da força máxima, uma vez que o período de tempo compreendido até o
desenvolvimento da força máxima é de alguns poucos segundos [ ... ]" (WEINECK, 2003a,
p. 226).

É importante ressaltar que o ganho de força segue uma linha e inicialmente a maior
contribuição vem da adaptação neural, que melhora a coordenação e eficiência do exercício,
a seguir sim, o aumento da massa muscular se faz importante para o ganho de força.

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4.2 HIPERTROFIA

"Hipertrofia muscular é um aumento na secção transversa do músculo, e isso


significa aumento no tamanho e no número de filamentos de actina e miosina e adição de
sarcômeros dentro das fibras musculares já existentes". (UCHIDA et al., 2003, p. 49).

Segundo Weineck (2003a, p. 241) "a hipertrofia muscular deve-se à hipertrofia de


cada fibra muscular isoladamente, devido ao aumento das miofibrilas e de sua secção
transversal".

Nesse tipo de treinamento o atleta ou aluno busca aumentar a massa muscular. A


principal fonte energética é o glicogênio muscular que é capaz de "alimentar" o músculo
por um período mais longo de tempo comparado a fosfocreatina, porém sua reposição é
muito mais demorada levando de 24 a 48 horas para se recompor totalmente.

Este substrato energético, glicogênio muscular, fica armazenado no próprio músculo.


As fibras musculares trabalhadas nesse tipo de treinamento são as fibras de tipo li que são
mais recrutadas nos trabalhos de potência e em contrações de alta intensidade.

Segundo Tesch (1994) citado por (UCHIDA et ai., 2003, p 09), "realizar duas sessões
de treinamento para cada grupo muscular (por semana) é suficiente para induzir uma
resposta adaptativa ótima para a hipertrofia muscular".

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4.3 RESISTENCIA MUSCULAR

"[ ... ] capacidade muscular de aproveitar melhor o oxigênio que chega aos músculos
para ressíntese de ATP" (VERKHOSHANSKY e OLIVEIRA, 1995, p. 26).

"É o tempo máximo em que um indivíduo é capaz de manter a força isométrica ou


dinâmica em um determinado exercício. A resistência muscular também pode ser definida
como a capacidade de manter a atividade contrátil do músculo" (UCHIDA et al., 2003, p.
53).

O treinamento de resistência muscular almeja que o aluno ou atleta resista por maior
quantidade de movimentos ou de tempo a uma determinada carga. A fonte energética mais
utilizada nesse treinamento também é o glicogênio muscular junto com o sistema aeróbio,
podendo, em algumas vezes, exigir a quebra de lipídeos ou proteínas para a produção
energética demandada, de acordo com o número de exercícios, repetições, velocidade de
execução e condicionamento fisico do aluno ou atleta. Quanto mais se eleva a intensidade
da carga, maior é participação da glicólise (VERKHOSHANSKY e OLIVEIRA, 1995), ou

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seja, em exercícios de longa duração o sistema aeróbio tem predominância na ressíntese
de ATP. Nesse tipo de treino as fibras do tipo I são mais requisitadas.

4.3 FORMAS DE TREINAMENTOS SUGERIDOS POR UCHIDA

Força muscular máxima

• Repetições inferiores a 6, sendo a carga superior a 85% de 1 RM

(uma repetição máxima);

• Mínimo de 4 séries por grupo muscular;

• Freqüência de 2 a 3 vezes por semana;

• Intervalo entre a sessões de 48 a 72 horas em média;

• Intervalo entre as séries e exercícios: descanso maior que 3 minutos;

• Velocidade de execução do exercício: lenta, tanto na fase concêntrica

como na fase excêntrica;

Hipertrofia Muscular

• De 6 a 12 repetições com a carga de 67 a 85% de 1 RM;

• Mínimo de 03 séries por grupo muscular;

• Freqüência semanal para o mesmo grupo muscular de 1 a 3 dias,

dependendo da treinabilidade do praticante, intensidade e volume do

treinamento;

• Intervalo entre as sessões de 48 a 72 horas em média;

• Intervalo entre as séries menores que 1,5 minuto;

• Velocidade de execução do exercício: lenta, tanto na fase concêntrica

como na fase excêntrica;

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Resistência Muscular

• Repetições de 15 a 50, com até 65% de 1 RM;

• De 2 a 3 séries por grupo muscular;

• Freqüência semanal para o mesmo grupo muscular de 3 dias;

• Intervalo entre as sessões: de 24 a 48 horas em média;

• Intervalo entre as séries e exercícios: de 30 segundo a 2 minutos;

• Velocidade de execução do movimento é moderada;

4.4 RELAÇÃO ENTRE AS APLICAÇÕES DA MUSCULAÇÃO E OS


TREINOS DE FORÇA, HIPERTROFIA E RESISTÊNCIA
MUSCULAR

Abaixo proponho um quadro relacionando as aplicações da musculação os treinos


de Força, Hipertrofia e Resistência Muscular:

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Esse quadro acaba se tomando uma conclusão de quais senam os treinamentos
mais adequados para cada finalidade da musculação propostas por Bittencourt (1984).
Analisando as definições propostas por ele, para a finalidade competitiva, que visa preparar
os indivíduos para competições de altos níveis (levantamento olímpico, levantamento
básico e fisiculturismo) os atletas precisam desenvolver muita força para melhorarem suas
marcas, já os fisiculturistas necessitam desenvolver a hipertrofia muscular para deixar os
músculos bem torneados. O treino de resistência muscular não é muito utilizado nessa
finalidade, pois como podemos observar, os atletas dessas modalidades não precisam
resistir muito tempo a uma determinada carga.

Na aplicação profilática, visa a prevenção de lesões e problemas músculo


articulares, desenvolver a força muscular e a resistência muscular podem ajudar contra
traumas. A musculação pode fortalecer a musculatura e os tecidos moles (tendão e
ligamentos), podendo assim evitar lesões musculares, articulares e ligamentares
(PLATONOV e BULATOVA, 2003). O ponto interessante nessa aplicação não seria de
ganhar massa muscular, mas sim fortalecer a musculatura.

Assim como na profilática, a resistência muscular também é importante na


aplicação terapêutica. Os treinos de força e hipertrofia não são interessantes pois trabalham
com uma carga elevada e como o objetivo da terapêutica é de reabilitação do aluno, não

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devemos colocar uma sobrecarga nas articulações, mas sim fortalecer a musculatura para
que ela volte a realizar os movimentos com maior estabilidade e confiança.

Na aplicação estética o treinamento mais desenvolvido é o de hipertrofia muscular,


pois o objetivo é fazer com que os músculos "apareçam", o treino de força é moderado
porque quanto maior a carga no treino de hipertrofia, maior será a degradação protéica e
consequentemente melhor será o resultado, porém o treino de força não é o principal. Já o
treino de resistência muscular é pouco utilizado, pois a verdadeira intenção não é melhorar
a resistência a uma detemünada carga e sim aumentar o volume muscular.

Por último a aplicação de preparação fisica, esta é uma das mais completas, e o
treinamento de hipertrofia muscular é o menos desenvolvido, visto que o ganho de força e
uma maior resistência a um determinado estímulo podem definir o resultado de' um jogo ou
luta ou alguma outra modalidade. Weineck (2003a) afirma que o treinamento de força pode
melhorar as capacidades técnicas e de condicionamento do atleta, e Platonov e Bulatova
(2003) complementam que além de melhorar a constituição corporal do atleta, e
paralelamente ao aumento da força, criam-se condições para a melhora da velocidade,
flexibilidade e coordenação, tudo isso deixando o atleta/aluno mais bem preparado.

É importante ressaltar que os treinos de força, hipertrofia e resistência muscular


podem e devem ser diferentes de acordo com a aplicação e com o aluno, ou seja, o treino
de força de um atleta de levantamento olímpico (aplicação competitiva) deve ser
diferenciado do treino de força de alguém que se encaixa na aplicação profilática.

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5. A MUSCULAÇÃO E PROBLEMAS COMUNS

Já discutimos os beneficios da prática da musculação, mas também existem


problemas envolvidos com essa atividade fisica, tanto para os praticantes quanto com
relação aos profissionais que atuam nessa área.

5.1- Ergonomia/ Postura/ Técnica

Assim como a musculação


pode ter uma finalidade terapêutica e
auxiliar os praticantes a manter ou
desenvolver a postura correta,
melhorando dores musculares e
articulares, e fortalecendo os músculos
sustentadores, ela também pode ser
prejudicial ao aluno caso este não siga
as instruções corretamente e realize os
exercícios de maneira errônea,
prejudicando as articulações e a
estrutura óssea, fazendo com que haja
um desgaste das mesmas, como
comprova Weineck (2003a, p. 316) "Diversos estudos chamam a atenção para lesões da
coluna vertebral devido a esforços excessivos. Freqüentemente a causa disso é a falta de
técnica". Segundo Fleck I Kraemer (1997, p. 188) "Além disso, a técnica correta deve ser
sempre salientada porque muitas lesões em exercícios de força estão relacionadas à
técnica não adequada de exercício". A falta de técnica pode ainda prejudicar a postura do
aluno, fortalecendo ou desgastando a musculatura de maneira indesejada.

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6.LESÕES NA MUSCULAÇÃO

O tecido muscular esquelético possui a maior massa do corpo humano, com 45%
do peso total. As lesões musculares podem ser causadas por contusões, estiramentos ou
lacerações. A atual classificação separa as lesões entre leve, moderada e grave. Os sinais
e sintomas das lesões grau I são edema e desconforto; grau II, perda de função, gap e
equimose eventual; grau III, rotura completa, dor intensa e hematoma extenso. O
diagnóstico pode ser confirmado por: ultrassom - dinâmico, barato, porém examinador-
dependente; tomografia ou ressonância magnética - maior definição anatômica, porém
estático. A fase inicial do tratamento se resume ao protocolo PRICE. AINH, ultrassom
terapêutico, fortalecimento e alongamento após a fase inicial e amplitudes de movimento
sem dor são utilizados no tratamento clínico. Já o cirúrgico possui indicações precisas:
drenagem do hematoma, reinserção e reforço musculotendíneos.

O diagnóstico da lesão muscular inicia-se com uma história clínica detalhada do


trauma, seguida por um exame físico com a inspeção e palpação dos músculos envolvidos,
assim como os testes de função com e sem resistência externa.

Já as lesões ocasionadas no esporte, não são adquiridas somente por atletas


profissionais, nem somente por atletas amadores, ou até mesmo só por quem pratica
exercícios por lazer. É algo que faz parte de todos os níveis de pessoas que praticam
alguma atividade física ou executam tarefas cotidianas.

Sem o conhecimento da atividade que a pessoa está praticando, ou sem o


acompanhamento de um profissional da área, o risco é constante. Para Homsi (2007) e
Gonçalves e Mantellini (2005), atualmente muito se fala sobre as lesões musculares de
atletas de alto nível, ou então de profissionais e amadores que correm sem uma equipe de
apoio, formada por fisioterapeutas e médicos que possam orientar o atleta no caso de
contusão. Mas, dentro desse quadro, a pior situação é do atleta de fim de semana, já que
ele deve tomar mais cuidado, porque a falta de treinamento o expõe a lesões ainda mais
complicadas. Homsi (2007) ainda afirma que os atletas de fim de semana, geralmente
adquirem luxações, tendinites, contusões, entorses, distensões musculares, rupturas de
tendões e ligamentos e, até mesmo, fraturas. Reeves et al. apud Almeida, (2003, p.56),
dizem que como fatores contribuintes a essas lesões, observa-se principalmente: técnica
incorreta, falta de supervisão, imaturidade esquelética e abuso de esteróides. É nesse

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sentido que se observa a necessidade de profissionais especializados na área, os quais
prescrevem exercícios adequados ao praticante, supervisionam a execução desses
exercícios e passam informações sobre suplementos e esteróides anabolizantes, deixando
os praticantes evoluírem no seu tempo certo, sem utilização de substâncias para
acelerarem seus resultados.

6.1 TIPOS DE LESÕES

Subdividiram-se os tópicos conforme a estrutura afetada na lesão, abordando as


lesões que são mais comuns de acontecer na prática da musculação, destacando as lesões
musculares, articulares, ligamentares e tendinosas.

 6.1.1 Lesões Musculares

As lesões musculares ocorrem com


grande frequência nas academias de
musculação. Pensa-se em academia, como um
local para melhorar saúde, fortalecer a
musculatura, recuperar lesões. No entanto, não
é isso que se vê muitas vezes, devido à
ansiedade dos praticantes em obter resultados.
A academia que deveria ser um lugar para recuperar lesões acaba, muitas vezes, gerando
lesões. Há vários tipos de lesões musculares e pode se citar: as distensões, os
estiramentos e as contraturas. Tudo depende de como foi feito o exercício para a lesão ser
adquirida.

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De acordo com Silva (1998, p. 74), a distensão é o grau menos grave entre as lesões.
O quadro clínico apresenta dor, porem não há impotência funcional. O músculo se
encontra dolorido em toda sua extensão, não há um ponto localizado de maior
intensidade. Caso haja insistência em continuar a atividade, haverá uma diminuição
da eficiência mecânica provocada pela dor, podendo inclusive conduzir ao
agravamento da lesão.

Essas lesões podem ocorrer devido à falta de aquecimento, ou pouco aquecimento,


contrações musculares rápidas durante os exercícios, perda de equilíbrio, principalmente
durante exercícios livres com halteres ou barras, ou até mesmo, movimentos incorretos.
Tudo isso, pode ajudar na obtenção de lesões musculares.

Estiramento é uma lesão mais grave do que a distensão. Ainda de acordo com Silva
(1988, p. 75), “pode ocorrer o rompimento de algumas poucas fibras, acompanhado de dor
intensa, ou podem ocorrer rupturas maiores, muitas vezes, impedindo a movimentação de
todo o membro afetado”. Neto (2010, s.p.), afirma que “o estiramento muscular é uma lesão
indireta frequente entre os corredores. É causado por um alongamento das fibras
musculares além de sua capacidade normal de trabalho e ocorre geralmente na junção
músculo-tendínea”. Pensa-se que quando a lesão é de baixo grau, com pouca dor, não há
problema em continuar com a atividade. Deve-se pensar que se há dor, algo de errado está
acontecendo e a atividade não deve ser mantida, pois a lesão tenderá em se agravar. Deve-

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se pensar também em não anestesiar apenas as dores, mas sim em recuperar as lesões
(fortalecimento muscular, fisioterapia, avaliações médicas, entre outras terapias) para voltar
aos treinamentos com mais segurança.

 6.1.2 Lesões Articulares

As entorses são lesões articulares muito comuns de acontecer, tanto em atividades


físicas, como por exemplo, a musculação, como em atividades esportivas, como por
exemplo, futebol, voleibol, basquetebol, entre muitas outras modalidades. Segundo Silva
(1998, p. 56) “uma entorse ocorre quando uma articulação é forçada a realizar um
movimento que extrapola as suas capacidades fisiológicas”.

De acordo com essa definição de entorse, percebe-se que essa lesão acontece
devido a um movimento que a articulação não costuma fazer, como por exemplo, fazer
movimentos de adução e abdução com a articulação do cotovelo, que apenas realiza flexão
e extensão. Deve-se tomar muito cuidado com esse tipo de lesão. Dependendo da violência
e da força as quais forem submetidas, algumas ou todas as estruturas componentes da
articulação podem ser danificadas. Tem se como exemplos das estruturas que podem ser
danificadas ou rompidas, os ligamentos, músculos e vasos sanguíneos, tornando-se lesões
gravíssimas, podendo ser até piores do que uma fratura.

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Meneses, (1983, p. 47), afirma que “entorse é o estiramento do aparelho neuro ligamentar
de uma articulação, sem perda de contato entre as superfícies articulares, com
extravasamento de sangue e/ou linfa dos vasos lesados”. Existem também, as luxações.
De acordo com Meneses (1983, p. 47), “luxação é uma rotura ou superdistensão exagerada
da cápsula articular, provocando perda de contato entre as superfícies articulares”. Há
vários tipos de luxação: subluxação, luxação completa e luxação exposta. Baseando-se nas
afirmações de Meneses, (1983), uma subluxação é quando ainda existe algum contato
entre as superfícies articulares e os ligamentos não foram rompidos, apenas distendidos.
Denomina-se luxação completa quando os ligamentos romperam-se e não há mais contato
entre as superfícies articulares. Por fim, luxação exposta é aquela que acabou causando
um ferimento, gerando um contato da articulação com o meio externo. Percebe-se quão
grave é esse tipo de lesão para a musculação. Com uma experiência na modalidade,
observa-se que luxações acontecem muito, principalmente na articulação do ombro, que é
a mais recrutada nos exercícios. Basta a realização de movimentos amplos e incorretos
com a utilização de grandes cargas que o risco aumenta.

 6.1.3 Lesões Ligamentares

As lesões ligamentares acontecem em grande


proporção em praticantes de musculação e são
consideradas lesões agudas, ou seja, lesões traumáticas
súbitas e intensas que ocorrem imediatamente (ou em
algumas horas) e provocam dor. A maioria das dores
agudas resulta de alguma espécie de impacto ou trauma
como uma queda, uma entorse ou uma colisão, sendo
bastante óbvia a causa da lesão. Um exemplo de lesões
ligamentares geradas por entorses.

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 6.1.4 Lesões Tendinosas

Existem diversas lesões de caráter crônico que podem acontecer em praticantes


de musculação devido a inflamações não tratadas. Tendinite, tenossinovite, sinovite e
bursite são algumas que podem ocorrer. Há diferenças entre cada uma delas, as quais
serão citadas no decorrer do estudo, porém, dar-se-á ênfase a mais comum, que é a
tendinite. De acordo com Deliberato (2007, p. 252), “tenossinovite é uma inflamação da
bainha sinovial que envolve o tendão. Se for acompanhada de espessamento da bainha é
denominada tenovaginite. Sinovite é uma inflamação da membrana sinovial, ocasionando
um excesso de fluido intra-articular, geralmente devido a trauma ou doença”. Bursite é a
inflamação da bursa, pequena bolsa contendo líquido que envolve as articulações e
funciona como amortecedor entre ossos, tendões e tecidos musculares. A bursite ocorre
principalmente nos ombros, cotovelos e joelhos (Varella, s.d.). A tendinite, lesão mais
comum entre as lesões de caráter inflamatório, é considerada crônica e ocorre pela
execução incorreta dos exercícios de musculação.

23
Deliberato (2007, p. 252), afirma que “tendinite é uma distensão ou laceração do
tendão com ruptura vascular e resposta inflamatória associada”.

6.2 PREVENÇÃO DE LESÕES

A prevenção é muito importante para quem não quer adquirir lesões em algum
esporte. Após a primeira lesão, outras lesões ficam mais vulneráveis de surgir, pois o corpo
humano é um conjunto e cada parte depende da outra. Quando um setor do corpo fica
prejudicado, outros poderão se prejudicar também. Como já diz o ditado popular “é melhor
prevenir do que remediar”. De acordo com Meneses (1983, p. 56), há três áreas principais
em que as lesões esportivas podem ser prevenidas. Primeiro, e antes de mais nada, vem
o condicionamento geral. A maioria das lesões esportivas sobrevém em virtude da
deficiência das condições físicas, psicológicas, técnicas, táticas e do automatismo dos
movimentos, e com maior incidência nas etapas finais dos encontros, quando a fadiga torna
os movimentos incoordenados e facilita os acidentes e aumenta os riscos. Os profissionais
de Educação Física, atuantes na área da musculação, devem estar muito atentos às
técnicas apresentadas aos praticantes. Realizar a técnica dos exercícios de forma incorreta,
com grandes cargas, aumenta, e muito, o risco de lesões agudas e acidentes durante o
treino. Quando não gera lesão aguda, pode gerar apenas algum desconforto que, mais
tarde, se transformará em uma lesão crônica. 12 Ainda, segundo Meneses, ele considera
a segunda área de prevenção a ser considerada: os equipamentos protetores. Estes devem
suportar ou defender as partes do corpo expostas a possíveis lesões e o material utilizado
na sua confecção deve ser resistente, durável e não restringir os movimentos lentos,
rápidos ou bruscos, que o atleta executar. Silva (1998), a respeito dos equipamentos de
proteção, afirma que sempre que possível, deve-se proteger as articulações mais sujeitas
a movimentos bruscos ou, ainda, aquelas que já possuam uma historia anterior de entorses.

O terceiro aspecto que deve ser analisado, de acordo com Meneses (1983), são as
regras dos esportes, que não é o caso da musculação, pois não há regras durante os treinos,
por ser um esporte individual, apenas técnicas que devem ser observadas, estudadas e
realizadas da melhor forma possível. Outro jeito de prevenir lesões é com treinos de
fortalecimento muscular, para que as cargas sejam aumentadas de acordo com o que a
musculatura do praticante suporta. Não se alcança os resultados de um dia para o outro. O

24
processo de hipertrofia (ganho de massa muscular) deve ser gradual e o praticante deve
ter conhecimento disso e muita paciência, diminuindo a ansiedade em adquirir ganhos
musculares e evitando o uso excessivo de suplementos e esteróides anabolizantes, os
quais dão uma falsa força para quem usa, aumentando seriamente os riscos de lesões.
Aquecimentos prévios e graduais também são importantes, para preparar as articulações,
tendões e ligamentos para os exercícios, aumentando a produção de liquido sinovial,
diminuindo a viscosidade deste liquido, aumentando a temperatura corporal e preparando
o sistema cardiovascular e respiratório para os exercícios.

7. LESÕES NA ARTICULAÇÃO DO JOELHO

Segundo BARBANTI (1994), lesão é qualquer descontinuidade traumática ou


patológica do tecido ou perda de função de uma parte. Estas podem ser divididas em lesões
traumáticas (acontecimento imprevisto), e por excesso de uso (usualmente repetitivo). O
joelho é muito propenso a lesões, por causa de sua mobilidade e da variedade de tensões
a que o submetemos. O tipo mais comum de lesão traumática do joelho é a torção, que
acontece mais freqüentemente quando ele esta dobrado, sustentando o peso do corpo
(GRISOGONO, 2000). O joelho é vulnerável também a lesões por excesso de uso: dores
provocadas por uma atividade que se agravam progressivamente. A posição do joelho entre

25
os ossos longos do membro inferior, ao lado de suas funções de sustentador de peso e de
locomoção, tomam-no suscetível a lesões (HALL, 1991).

7.1 Tendinite

Segundo LIMA (1985), tendinite é um processo inflamatório dos tendões, podendo


ser de origem traumática ou inflamatória. Para entender melhor estes mecanismos de lesão
tendinosa, abordaremos um pouco mais sobre o tecido envolvido, ou seja, o tendão. Os
tendões são constituídos por feixes de fibras colágenas, que conferem a estes, uma
considerável resistência a forças de tração. Contrariamente, as fibras colágenas são pouco
extensíveis, resultando em uma fraca capacidade dos tendões em serem estirados sem
serem danificados. Alem disto o tendão é pouco vascularizado, o que induz a uma lenta
recuperação após a lesão ( ESPANHA, 1989). A lesão tendinosa de maior ocorrência no
joelho é a tendinite patelar, também chamada de joelho de saltador. O fator responsável
segundo SMILLE (1980), é a solicitação exagerada, combinada com fatores constitucionais
(forma da patela e de sua superfície deslizante; o joelho varo e valgo; a posição da tíbia em
rotação externa; os erros de postura e os vícios de posição dos pés).

26
7.2 Lesões traumáticas

Segundo SMILLE (1980), a ocorrência de lesões traumáticas de contato, a direção


e a intensidade da força é que determinam o local e a intensidade da lesão. Outro tipo de
lesão traumática de grande incidência são as torções. A entorse consiste na realização de
um movimento anormal da articulação, ou seja, forçar além das suas possibilidades
anatômicas. Em conseqüência ocorre uma distensão ou uma ruptura dos meios de união
da articulação, especialmente dos ligamentos (ESPANHA, 1989). A maior ou menor
gravidade da entorse traduz-se por diferentes graus e ocasionando dependendo do caso
edemas, hidrartroses, dor espontânea e principalmente incapacidade funcional, que
restringe em maior ou menor grau a utilização da articulação.

27
7.3 Lesões Dos Ligamentos Cruzados

Os ligamentos cruzados são duas fortes faixas que ligam a tíbia ao fêmur, cruzando
o centro do joelho. É necessária muita força para danifíca-los. Forças sustentadas pelo
joelho na face anterior podem lesar o Ligamento Cruzado Posterior, e forças dirigidas à face
posterior do joelho podem lesar o Ligamento Cruzado Anterior (HALL, 1991). Eles podem
ser rompidos numa grave torção. Um considerável esforço transverso pode romper ambos
os ligamentos cruzados, geralmente afetando uma ou ambas as cartilagens ao mesmo
tempo. Uma lesão moderada pode romper um dos cruzados completamente, sem causar
danos ao outro, com ou sem repercussão na cartilagem. Qual deles é lesado depende
inteiramente da natureza e direção da força traumatizante anormal. A lesão grave é
extremamente dolorosa, e o joelho, na grande maioria dos casos, edemacia imediatamente.
Se ambos os cruzados forem rompidos, o joelho fica completamente frouxo, se é que se
consegue movimenta-lo.

Na verdade o que acontece é que ele passa a fletir na posição contraria à normal.
As lesões mais moderadas são tão dolorosas quanto as que causam ruptura na cartilagem,
com mais ou menos edema, conforma a gravidade. (GRISOGONO, 2000) Em relação ao
tratamento do Ligamento Cruzado Anterior, os exercícios de movimentação devem se
iniciados imediatamente, concentrando-se na extensão passiva para evitar a fibrose rápida
na chanfradura intercondiliana. A extensão plena também permite maior facilidade no
recrutamento do quadríceps. Segundo ANDREWS, HARRELSON e WILK (2000) ocorre

28
uma redução da força do quadríceps após a lesão. A sustentação do peso deve ser
aumentada em níveis tolerados pela dor. A reabilitação deve progredir, com maior
concentração no fortalecimento do quadriceps e no controle neuromuscular dos músculos
isquiostibiais. Um aprimoramento no tempo de recrutamento dos músculos ísquios-tibiais
pode impor menos estresse ao LCA durante atividades funcionais. Portanto, a reabilitação
deve ser concentrada em facilitar o controle dos músculos ísquio-tibiais. A lesão do
Ligamento cruzado posterior é relativamente incomum na população atlética. Segundo
ANDREWS, HARRELSON e WILK (2000), estudos sugerem que 2% a 20% de todas a s
lesões de joelho acometem o LCP. O joelho com um LCP deficiente pode resultar em dano
da cartilagem articular tíbiofemural e patelofemoral.

7.4 Lesões do Ligamento Colateral Medial

Segundo HALL (1991), traumas na face lateral do joelho são mais comuns que na
face mediai, isto porque a perna oposta protege esta face da articulação. Quando o pé esta
fixo no chão e um trauma lateral de grande intensidade é sustentado, o resultado é um
estiramento ou ruptura do ligamento colateral medial. A reabilitação após haver lesões
isoladas do LCM varia muito, como ocorre com protocolos de qualquer lesão ligamentar de
joelho, porém com todos os protocolos serão realçados o movimento precoce e a proteção
contra estresse em valgo. A ADM plena e os exercícios vigorosos com recrutamento do
quadriceps devem ser utilizados com cada lesão do LCM. A maioria das diferenças no

29
tratamento resulta do uso de órteses de reabilitação para proteção contra o estresse valgo
e no inicio da sustentação de peso.

7.5 Lesão da Cartilagem Meniscal e Articular

Em Biomecânica Básica (1991), HALL afirma que a ruptura do menisco é a lesão


de joelho mais comum, sendo a do menisco medial 10 vezes mais freqüente que a do
menisco lateral. O mecanismo de lesão freqüentemente envolve uma rotação corporal
enquanto o pé é mantido fixo no solo, durante a sustentação do peso. A condição é
problemática porque a cartilagem não inserida sai de sua posição normal, interferindo no
mecanismo normal da articulação. Ainda sobre o mecanismo de lesão, KAPANDJI (1987),
afirma que os meniscos podem ser lesados quando não seguem os deslocamentos dos
côndilos sobre os glenóides, sendo assim, esmagados, como no caso de uma extensão
brusca do joelho, quando ocorre uma torção do joelho associada a um movimento de
lateralidade e rotação externa da perna e quando há ruptura do ligamento cruzado, fazendo
com que o côndilo corte o como posterior do menisco. As lesões meniscais são reparadas,
ou então se realiza meniscectomia parcial, que seria a remoção da porção lacerada do
menisco. Será preservado o máximo possível do menisco, na esperança de que continuará
realizando, até certo ponto, sua função essencial. As lesões meniscais estão
freqüentemente associadas a outras patologias intra-articulares, geralmente ruptura do
LCA. (ANDREWS, HARRELSON e WILK ,2000)

30
7.6 Disfunção Patelofemoral

Segundo ANDREWS, HARRELSON e WILK (2000), a dor na região anterior do


joelho, ou mais comumente chamada de dor patelofemoral, esta relacionada com disfunção
da articulação patelofemoral. Esta designação é usada para descrever muitas afecções
associadas com disfunção patelofemoral, incluindo síndrome de alinhamento inadequado
da patela, condromalácia da patela e subluxação ou luxação da patela, até mesmo a
tendinite patelar enquadra-se nesta categoria diagnostica. A dor na região patelofemoral
pode ser devida a um traumatismo ou pode ser de início insidioso, como ocorre nas lesões
por uso excessivo. A condromalácia da patela é descrita como um amolecimento da
cartilagem articular. A crepitação da articulação não indica necessariamente a existência
de condromalácia . A reabilitação da disfunção patelofemoral devera concentrar-se na
normalização da mobilidade patelar e no aumento da flexibilidade geral e do controle
muscular de toda extremidade inferior (ANDREWS, HARRELSON e WILK ,2000).

31
7.7 Princípios Gerais da Reabilitação do joelho

A reabilitação do joelho mudou profundamente nos últimos dez anos. A maior


mudança consistiu em permitir o movimento controlado e o fortalecimento seletivo de uma
fase mais anterior ao processo de reabilitação, o que acaba resultando em um retomo mais
rápido as atividades. Os padrões temporais são importantes em qualquer programa de
reabilitação para permitir que se processe uma cicatrização adequada. Após um
traumatismo de joelho tanto por lesão quanto por cirurgia, deve ser abordado o processo
de inflamação inicial seguido por reeducação muscular, mobilidade e proteção da patela,
fortalecimento, propriocepção e eventual retomo à função. O recrutamento precoce do
quadríceps é extremamente importante e pode ser iniciado como um dos primeiros
exercícios em um programa de reabilitação do joelho. A mobilização articular deve ser
iniciada na articulação patelofemoral durante a fase inicial de movimento a fim de ajudar a
restaurar artrocinemática normal. A patela deve ser mobilizada superior, inferior, medial e
lateralmente (ANDREWS, HARRELSON e WILK, 2000). Deve-se também proporcionar um
alongamento lento e gradual que ajudará na deformação plástica dos tecidos, necessária
para restaurar o movimento. Depois destes passos pode ser iniciado o processo de
fortalecimento. Este devera progredir de forma a proporcionar proteção às estruturas em
fase de cicatrização. Exercícios de cadeia aberta permitem um isolamento muscular. Se um
peso for acrescentado muito antecipadamente, o fortalecimento não ocorrerá através da
amplitude plena de movimento, deixando de ocorrer o fortalecimento adequado do
quadríceps. Com o aumento da força dos membros inferiores, podem ser iniciados os
exercícios de propriocepção. A propriocepção definida por SHERRINGTON, refere-se a
todo impulso neural proveniente das articulações, músculos, tendões e tecidos associados.
A propriocepção, também designada de sensação da posição articular, parece ser
determinada principalmente pelos receptores dos fusos musculares. Esses receptores
musculares são ajudados em menor grau pelos receptores cutâneos e articulares,
proporcionando assim o controle neuromuscular necessário para que uma articulação
possa funcionar eficientemente. À medida que a ADM, a força e a propriocepção continuam
avançando, deverá ser ressaltada a resistência (endurance) cardiovascular e muscular. A
reabilitação do joelho devera oferecer cada opção possível para ajudar a pessoa a retomar
ao nível da fase de pré-lesão. Cada um deve ser avaliado constantemente durante todo o
processo de reabilitação, para que possa progredir adequadamente. As lesões não são

32
idênticas, pois são diferentes as capacidades físicas, mentais e de cicatrização de cada
pessoa. Cada programa de reabilitação deve ser elaborado de forma a maximizar o
potencial da pessoa com maior rapidez e segurança possível.

7.8 CONDROMALACIAPATELAR

A condromalacia patelar é uma doença degenerativa da cartilagem articular da


patela e dos côndilos femorais tendo como uma das causas, ineficiência ou impotência dos
músculos vasto lateral e medial, e está tambem relacionado com a osteoartrite devido à
degeneração da cartilagem do joelho (SANTOS et al, 2015). A condromalacia patelar se
apresenta como uma patologia pouco estudada no campo da Educação Física. No entanto,
muitos médicos já vêm alertando para o grande
risco dessa doença, principalmente pelo fato de
estar relacionada àosteoartrite devidoa à
degeneração da cartilagem (MACHADO;
AMORIN, 2005). O indivíduo que possui
condromalaciapatelar necessita de exames
complementares de imagem para definir a
magnitude da lesão, para que se possa
organizar um protocolo de reabilitação para
restabelecer a limitação funcional (ARAÚJO et
al., 2017). O tratamento para condromalácia é conservador e dificilmente reverterá o quadro
de lesão da cartilagem. A preocupação maior da patologia, atualmente,

é o cuidado que se deve ter tanto no programa de reabilitação quanto na melhoria da dor e
desconforto, abordando todos os aspectos biomecânicos do membro inferior, e
principalmente, no fortalecimento dos grupos musculares dos membros inferiores, assim
como a preocupação com um alongamento correto (SILVA; MEJIA 2016). O tratamento
conservador incide na correção do “mau alinhamento” da patela sendo através de
programas de fortalecimento da musculatura, fortalecendo os estabilizadores dinâmicos da
patela. Neste sentindo, o recrutamento seletivo do Vasto Medial Oblíquo, com o intuito de
aperfeiçoar o tratamento (MONNERAT et al, 2010).

33
Para alguns autores o agachamento profundo, pode trazer malefícios para o
portador da patologia, devido a quanto maior for à amplitude do movimento maior será o
uso do músculo esquelético, aumentando a pressão sobre a articulação do joelho,
prejudicando ainda mais a região já afetada pela condromalácia, não sendo viável para
alguns praticantes (SILVA, SOUZA, 2012).

7.8 O profissional de Educação Física no processo de reabilitação

A maioria dos médicos concorda que a musculação é a melhor maneira de se evitar


lesão de joelho. A execução correta de exercícios como agachamentos, leg press, flexões
de perna - todos exercícios que constroem uma rede muscular mais forte em tomo do joelho,
e assim deve ser considerada com a primeira linha de defesa contra lesão de joelho. Mas
a musculação não atua somente na prevenção, atua também na reabilitação (GROVES,
1987). Aqui, o profissional de Educação Física tem seu papel relacionado às fases finais da
recuperação da lesão, tendo um trabalho em conjunto com médicos e fisioterapeutas,
dando continuidade a seu trabalho. Este atuaria na parte do retomo do individuo a sua
condição anterior, feito isto principalmente através de fortalecimento muscular e
alongamentos específicos.

34
7.9 Amplitude de Movimento e Flexibilidade

A amplitude de movimento é a quantidade de movimento disponível em uma


articulação, ao passo que a flexibilidade é a capacidade de as estruturas que compõem os
tecidos moles, como músculo, tendão e
tecido conjuntivo se alongarem através da
amplitude disponível de movimento articular.
Se estiver sendo submetido a um
alongamento terapêutico durante a
reabilitação pós-lesão ou durante um
programa de rotina de flexibilidade, o tecido
conjuntivo é o foco físico mais importante
dos exercícios de amplitude de movimento.
O tecido conjuntivo envolvido no processo
de reparo do organismo após um
traumatismo ou uma cirurgia limita com
freqüência o movimento articular normal. O
conhecimento das estruturas e dos processos associados com a limitação do alongamento
do tecido saudável é fundamental na elaboração e implementação dos programas
destinados a aprimorar e manter a amplitude de movimento e a flexibilidade.

7.10 Alongamento Segundo

ANDREWS, HARRELSON e WILK (1991), o tecido conjuntivo é formado por


colágeno e outra fibra dentro de uma substancia fundamental, representada por um
complexo de proteína-polissacarídeo. O tecido conjuntivo possui propriedades
viscoelásticas, definidas como dois componentes do estiramento que permitem o
alongamento do tecido. O componente viscoso que permite um estiramento plástico, que
resulta em um estiramento permanente do tecido depois que a carga é removida.
Inversamente o componente elástico toma possível o estiramento (alongamento) elástico,
que é um alongamento temporário. As técnicas de exercício de movimento devem ser
elaboradas principalmente de forma a produzir a deformação plástica. Todas as técnicas

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de alongamento baseiam-se na premissa do reflexo de alongamento que envolve dois
receptores musculares - órgão tendinoso de golgi e o fuso muscular que são sensíveis à
mudança do comprimento do músculo. O OTG também é afetado pelas mudanças de
tensão muscular. Esses receptores devem ser levados em conta no processo de seleção
de qualquer procedimento de alongamento. O fuso muscular intrafusal responde ao
alongamento rápido desencadeando uma contração reflexa do músculo que está sendo
alongado. Se um estiramento (alongamento) é mantido por um período suficiente de tempo
(de pelo menos seis segundos), o mecanismo protetor poderá ser anulado pela ação do
OTG que pode sobrepujar os impulsos provenientes do fuso muscular. Esse relaxamento
reflexo que resulta recebe o nome de inibição autogênica, e permite o alongamento efetivo
do tecido muscular. (ANDREWS, HARRELSON e WILK, 1991) Em relação a lesões de
joelho deve-se enfocar os músculos envolvidos na manutenção desta articulação - ísquios-
tibiais (semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral), tríceps sural (sóleo e
gastrocnêmicos) e quadríceps (reto da coxa, vastos, faseia lata, grácil, sartório e poplíteo).
As camadas tendinosas dos semimembranosos, do bíceps femoral e dos gastrocnêmicos
delimitam o losango poplíteo, constituindo um sistema de proteção dos pontos do ângulo
póstero-intemo e externo do joelho. Sua participação na contração excêntrica aumenta
consideravelmente o poder de freagem dos desses músculos. Pouco extensíveis, essas
camadas conjuntivas são o principal local das retrações musculares e serão particularmente
solicitadas durante o alongamento. (CHATRENET e KERKOUR, 2002) A quantidade e
duração da força aplicada e a temperatura do tecido durante a realização do alongamento
são os principais fatores que determinam o grau de alongamento elástico ou plástico que
ocorre com o alongamento do tecido conjuntivo. O alongamento elástico é exarcebado pelo
alongamento com muita força e pouca duração, ao passo que o alongamento plástico
resulta do alongamento de pouca força e longa duração. Numerosos estudos assinalaram
a eficácia do alongamento prolongado com níveis baixos a moderados de tensão. A
pesquisa sugeriu que os alongamentos estáticos devem ser mantidos por períodos de 15 a
30 segundos. A amplitude de movimento articular limitada causada pela restrição de tecidos
moles inibe com freqüência o início ou o encerramento do processo de reabilitação. O
alongamento ideal é conseguido somente quando as resistências musculares voluntárias e
reflexas são superadas ou eliminadas. Em geral são conhecidos três tipos de técnicas de
alongamento: balística, estática e FNP. O alongamento balístico consiste de movimentos
vigorosos e repetitivos. Este não tem sido aconselhado, pois poderiam ser aplicadas forças
em um músculo que ultrapassam sua extensibilidade ou que ativamos fusos musculares

36
descritos previamente, o que poderia ocasionar microtraumatismos das fibras musculares.
O alongamento estático envolve o alongamento de um músculo até o ponto de desconforto
e na manutenção do alongamento por um certo período de tempo. A FNP envolve a
alternância de contrações e alongamentos musculares. A eficácia de todas as três técnicas
já foi avaliada. Todas aprimorarão sendo que a mais segura é o alongamento estático.
(CHATRENET e KERKOUR, 2002)

7.11 Fortalecimento Muscular

Segundo COHEN e ABDALLA (2003), tem sido prática comum prescrever


exercícios de fortalecimento na tentativa de acelerar a recuperação de lesões, bem como
reduzir a reincidência dessas lesões após a volta do paciente a suas atividades cotidianas.
A finalidade da recuperação muscular é evidentemente a aptidão para executar as
seqüências de gestos ajustados e adaptados ao contexto do ambiente cotidiano,
profissional ou esportivo. (CHATRENET e KERKOUR, 2002) O quadríceps é de grande
importância para a função da articulação do joelho, sendo considerado o estabilizador
dinâmico primário do joelho, sendo responsável pela sua extensão. Os músculos
posteriores da coxa, funcionam flexionando o joelho e produzindo rotação tibial. Devido à
inserção dos músculos ísquio-tibiais sobre a tíbia, eles podem agir como contensões
dinâmicas nos joelho com deficiências. (ANDREWS, HARRELSON e WILK, 1991) Segundo
KNIGHT, citado por GROVES (1987), existem oito elementos considerados eficazes na
reabilitação: Estabelecimento de percurso de movimento indolor: após a lesão o percurso
de movimento do joelho ficara bastante restrito, antes de passar por qualquer outra fase de
reabilitação, deve-se conseguir um percurso maior da articulação. Restabelecimento da
forca muscular: uma vez conseguido um bom percurso de movimento, o paciente pode
começar na reconstrução da força do joelho lesado. Isto feito através da musculação,
preferindo o levantamento isotônico de pesos progressivamente mais pesados, conforme a
força da articulação. Redesenvolvimento da resistência muscular: conseguido através de
exercícios repetitivos como a corrida e a natação. Restabelecimento da velocidade,
coordenação, agilidade e potência: conseguidas através de atividades especificas.
Restabelecimento da resistência cardiovascular: próximo ao afinal da recuperação, quando
o joelho for capaz de suportar os exercícios que aumentam a intensidade.

37
É importante ressaltar que estes oito elementos podem ser feitos em salas de
musculação, através da aparelhagem adequada, tanto através das máquinas,
alongamentos e também através de bicicletas e esteiras e sob a orientaçãp de profissionais
de educação física adequadamente capacitados para lidar com este tipo de situação.

7.12 A musculação

Segundo TUBINO (1984), musculação são meios de preparação física utilizadas


para o desenvolvimento das qualidades físicas relacionadas com estruturas musculares.
Também chamada de treinamento de força, objetiva principalmente os três tipos de força
(dinâmica, estática e explosiva) e a resistência muscular. Na musculação pode-se encontrar
alguns tipos de meios de desenvolvimento, os quais são identificados predominantemente
pelas caracterizações das contrações musculares. Os movimentos são realizados através
de fenômenos denominados contrações musculares, sendo elas denominadas: contrações
isotônicas, contrações isométricas e contrações isocinéticas. Cada uma dessas contrações
tem características próprias e praticamente provocam uma classificação dos exercícios
físicos. Assim encontram-se caracterizados como meios de musculação: treinamento
isotônico, isométrico e isocinético. A contração isotônica, também denominada contração
dinâmica, é aquela que provoca movimento de uma parte do corpo diante de uma
resistência qualquer. A energia química é transformada em energia mecânica e calorífera.
Esse tipo de contração provoca um encurtamento, ou então um alongamento muscular. Os

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exercícios que provocam uma contração isotônica são chamados exercícios isotônicos. A
contração dinâmica é dividida em concêntrica e excêntrica. A contração dinâmica
concêntrica é aquela capaz de mobilizar uma parte do corpo sobre a qual se aplica a tensão ,
vencendo a resistência e provocando um encurtamento muscular. A contração dinâmica
excêntrica é aquela em que a resistência é maior que a tensão envolvida pelo músculo,
ocorrendo um alongamento muscular. Segundo MOURA , citado por COHEN e ABDALLA
(2003), um músculo é capaz de gerar maior quantidade de trabalho positivo - ou uma maior
potência máxima com a qual este trabalho pode ser feito - durante uma ação concêntrica,
quando é submetido um pouco antes a uma ação excêntrica. Esse chamado ciclo
excêntrico- concêntrico representa o padrão de movimento mais comum nas atividades de
locomoção. Os exercícios execêntricos-concêntricos devem ser parcelados e introduzidos
de forma progressiva (principio da sobrecarga) no que diz respeito ao grau de dificuldade.
Estes exercícios podem ser executados com halteres ou máquinas tradicionais de
musculação. A contração isométrica, também chamada de contração estática, é aquela que
é insuficiente para provocar movimento de uma parte do corpo frente a uma resistência
qualquer. O músculo não altera o seu comprimento. Os exercícios que são feitos com
contração estática são denominados exercícios isométricos. Segundo TUBINO (1984), os
chamados exercícios isométricos, introduzidos cientificamente na literatura internacional do
treinamento desportivo em 1953 por HETTINGER e MULLER, sofreram diversas evoluções
em termos metodológicos de emprego, tendo parte de sua evolução cientifica justificada
pelo emprego na reabilitação física. A principal limitação do treinamento isométrico é que
esse meio de musculação desenvolve diretamente a força estática, não sendo indicada
para os outros tipos de força (dinâmica e explosiva) e para resistência muscular localizada,
sendo para estas um meio indireto ou intermediário de desenvolvimento. Tem uma grande
utilidade na recuperação de atrofias musculares, onde é altamente eficaz. Pode ser
desenvolvido através do trabalho com halteres ou máquinas convencionais de musculação.
A contração isocinética é o tipo de contração em que a tensão desenvolvida pelo músculo
em ação, assim como o seu encurtamento é igual em todos os ângulos articulares da
extensão do movimento. A contração isocinética só foi possível graças à criação de uma
máquina específica, que por meio de mecanismos internos com base na forca centrífuga
permitiu uma resistência acomodativa nas trajetórias dos movimentos. Os exercícios
realizados nestas máquinas são denominados isocinéticos. O aparecimento destes
exercícios deve-se mais à procura de um novo trabalho sem as limitações dos isotônicos
ou isométricos. Em 1967, JAMES PERRINE e HISLOP (EUA) criaram o primeiro

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equipamento isocinético, o “Cybex Exerciser” o qual visava principalmente tratamentos de
recuperação muscular. O treinamento isocinético pode ser conceituado como um
treinamento de musculação efetuado com o auxilio de uma máquina especial, a qual toma
a resistência uma função da força aplicada. O dispositivo atrasa a velocidade da trajetória
do exercício, sendo que a carga se acomoda com a força aplicada durante o exercício,
mantendo-a constante.

7.13 Exercícios mais utilizados

Segundo CHATRENET e KERKOUR (2002) e ANDREWS, HARRELSON e WILK,


(1991) estes seriam os exercícios mais adequados para o fortalecimento muscular da
região do joelho, respeitando os estágios de evolução de cada indivíduo. Adução de quadril:
A extremidade inferior afetada é posicionada com o quadril ao nível do eixo do braço de
alavanca. O braço de alavanca é posicionado de forma que a almofada para a extremidade
inferior fique apoiada contra a parte interna da coxa, quando a extremidade acometida é
abduzida até onde for possível. Realiza uma pausa, abaixa o peso ate a posição inicial de
uma maneira lenta e controlada e repete. Leg-press: E uma máquina onde o individuo
trabalha com carga constante em cadeia cinética fechada (posição de agachamento deitado)
em um setor angular escolhido. O individuo fica instalado em posição deitada sobre a
maquina, móvel sobre trilhos, os pés tomam apoio na plataforma, e os ombros são
bloqueados por apoios. O encosto inclinável permite variar o ângulo tronco-coxa para
solicitar ou não os ísquios-tibiais. A escolha da carga é determinada de acordo com o
objetivo e o estagio de evolução. Flexão do quadril: A extremidade inferior afetada é
posicionada como quadril ao nível do eixo do braço de alavanca. O braço de alavanca é
posicionado de forma que a almofada para a extremidade inferior fique apoiada contra a
parte anterior da coxa quando o individuo fica de pé apoiado em ambas às pemas. Levanta-
se o peso erguendo a coxa até ficar paralela ao solo, sem arquear as costas, abaixa o peso
ate a posição inicial de uma maneira lenta e controlada e repete. Abdução do quadril: A
extremidade inferior afetada é posicionada com o quadril no eixo do braço de alavanca. O
braço de alavanca é posicionado de forma que a almofada para a extremidade inferior fique
apoiada contra a parte externa da coxa. Levanta-se o peso movimentando a perna adiante
e para longe do corpo sem torcer o corpo, realiza uma pausa, abaixa o peso ate a posição

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inicial de uma maneira lenta e controlada e repete. Extensão do quadril: A extremidade
inferior é posicionada com o quadril no eixo do braço de alavanca. O braço de alavanca é
posicionado de forma que a almofada fique apoiada contra a parte posterior da coxa,
quando esta é elevada para ficar paralela ao solo. Levanta-se o peso movimentando a coxa
para baixo enquanto o joelho é estendido sem arquear as costas, realiza uma pausa, abaixa
o peso ate a posição inicial de uma maneira lenta e rítmica, e repete. Elevações da
panturrilha na posição ereta: As almofadas para os ombros fiquem posicionadas de maneira
que os joelhos fiquem ligeiramente dobrados quando indivíduo fica em pé no aparelho. Este
apóia a bola de cad pé a uma distancia que corresponde aproximadamente à largura dos
ombros, levanta o peso erguendo-se apoiado sobre eis bolas dos pés, abaixa o peso
lentamente e ritimadamente de maneira controlada até onde for possível, e repete.
Extensão do ioelho: O banco é ajustado par trás de forma que a almofada fique plana contra
as costas do indivíduo e os joelhos fiquem alinhados contra o eixo do braço de alavanca. A
almofada para a extremidade inferior é ajustada imediatamente acima do tornozelo e são
indicados os limites para a amplitude do movimento. Levanta-se o peso retificando ambos
os joelhos, realiza uma pausa, abaixa o peso até a posição inicial de maneira lenta e
controlada, e repete. Rosca dos Isquiotibiais: A almofada para perna é ajustada
imediatamente acima do tendão de Aquiles. O indivíduo fica deitado sobre o banco com os
joelhos sobre a superfície da almofada e alinhados com o eixo do braço de alavanca,
levanta o peso dobrando ambos os joelhos, realiza uma pausEi, abaixa o peso até a posição
inicial de maneira lenta e controlada, e repete. Estes exercícios podem sofrer variações de
máquinas ou até mesmo a utilização de outros meios de contração como os trabalhos
isométricos ou da utilização de movimentos somente iniciais ou finais em determinadas
máquinas, desde que estas variações respeitem os estágios de evolução em que se
encontra cada indivíduo a ser recuperado.

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8. LESÕES NA ARTICULAÇÃO DO OMBRO

As lesões são fatos que podem ocorrer no dia-a-dia de qualquer pessoa, uns com
maior freqüência, outros com maior gravidade, mais ninguém é poupado da dor. Frontera
et al. (2001) atenta para o fato de que todas as doenças articulares possuem fatores
intrínsecos como rigidez, dor, deformidade articular, contratura nos tecidos moles, atrofia
muscular, falta de condicionamento físico generalizado e a diminuição da função, fatores
esses que podem levar a perda de força. Muitas lesões possuem uma causa mecânica,
que influencia inclusive em seu grau. Segundo Whiting e Zernicke (1998), lesão é o dano
causado por trauma físico. Uma lesão significativa no ombro pode encerrar uma carreira
esportiva de um atleta, tornar necessária uma mudança de profissão de um trabalhador ou
até dificultar as tarefas mais simples do cotidiano de um indivíduo. Quanto mais novo um
indivíduo, mais rápido seu organismo se recupera de uma lesão, mais é claro que se deve
levar em conta que tenha um tratamento sério e efetivo no período de recuperação.
Segundo Silva (2002), também existem lesões que possuem causas extrínsecas que,
apesar de acometer regiões afastadas do ombro, podem produzir sintomas que são
percebidos pelos pacientes como estando neles localizadas. A procura por essas doenças,
que constituem o grupo das chamadas doenças extrínsecas de sintomas do ombro,
representa uma parte importante do exame de rotina, como por exemplo: artrose cervical,
hérnia de disco, neurite do plexo, infarto colecistite, pancreatite dentre outras. Outras,
podem ser localizadas em vísceras, cujos estímulos dolorosos são conduzidos pelo nervo
frênico, formado por fibras originárias das raízes C3, C4 e C5, as mesmas que inervam
partes das estruturas do ombro. Todas podem produzir sintomas confundíveis com os
causados pelas doenças localizadas no ombro.

Uma das lesões que atinge a articulação do ombro é a lesão acromioclavicular, em


que as forças aplicadas tendem a separar o acrômio da extremidade distal da clavícula. Ela
é muito confundida com luxação do ombro, o que é um erro, sendo que o correto é ser
denominada por separação do ombro. Segundo Whiting e Zernicke (1998), quando um
indivíduo sofre um impacto que projete o acrômio inferiormente à clavícula e não sofre uma
fratura, a força faz com que a lesão progrida de ligeira para moderada distensão do
ligamento acrômio clavicular com acometimento do ligamento coracoclavicular para
luxação acrômio clavicular completa com laceração das inserções claviculares dos
músculos deltóide e trapézio e ruptura completa do ligamento coracoclavicular. Ela pode

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acontecer também quando uma força é transmitida pelo braço pelo úmero e chega até o
acrômio, causando uma separação entre o acrômio e a clavícula. O ombro possui muita
mobilidade, mais isso faz com que também tenha pouca estabilidade. Por ter a fossa
glenóidea com pouca profundidade e área de contato limitada com o úmero, a articulação
glenoumeral se torna uma articulação instável. Esta articulação também possui uma
congruência óssea precária e uma limitada musculatura de apoio, o que também é fator da
causa de instabilidade. Esses fatores diminuem a capacidade dela em resistir a luxações.
A articulação do corpo mais comumente sofre luxações é a glenoumeral. A luxação de uma
articulação ocorre quando as superfícies articulares ficam completamente separadas umas
das outras, levando danos às estruturas articulares envolvidas como rompimento parcial ou
total dos ligamentos, estiramento da musculatura e traumas na cápsula e cartilagem
articulares.

A articulação acrômio-clavicular liga a porção mais lateral da clavícula ao acrômio,


que é recoberta por uma cápsula e também possui ligamentos que são responsáveis em
manter sua estabilidade. O rompimento desses ligamentos juntamente com sua cápsula
articular ocasiona tal lesão citada anteriormente, ou seja, a luxação do ombro ou da
articulação acrômio-clavicular. Segundo Kendall at al. (2007), um indivíduo também pode
sentir dor no ombro resultante da tração da junta do ombro decorrente da perda de tônus e
do mau alinhamento da junta, consumando uma subluxação do ombro. A causa pode ser
paresia secundária a um acidente vascular cerebral, trauma do plexo braquial ou lesão do
nervo axilar. De acordo com a intensidade de uma lesão no ombro, pode ocorrer apenas
um estiramento dos ligamentos e cápsula, uma lesão parcial dos ligamentos, ou até a uma
lesão completa de todos os ligamentos e cápsula. No momento da lesão de alguma luxação
traumática, sente-se uma dor muito forte que é superior a de uma fratura, dando realmente
uma sensação de ruptura e perdendo a capacidade de movimentação do membro lesionado.

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Uma deformidade pode parecer bem clara em uma luxação, pois pode modificar o contorno
dela, mais também pode haver casos em que ela não fique tão clara assim, podendo ter
até uma fratura associada dificultando seu diagnóstico e percepção. Dependendo do grau
da lesão, o indivíduo pode até perder a movimentação do membro. A grande participação
dos membros superiores nos exercícios de musculação traz uma grande incidência de
lesões no ombro, mais especificamente a Síndrome do Impacto do Ombro (SIO), o que
impossibilita os indivíduos que possuem tal lesão de realizar as tarefas e atividades da vida
cotidiana, do trabalho e também de atividades de lazer e desportos. A SIO consiste em um
processo inflamatório causado por um trauma ou excesso de movimentos com o ombro em
abdução maior que 90 graus, levando a uma degeneração das estruturas supra-umerais
devido ao atrito contra a superfície do acrômio e do ligamento coracoacromial, que formam
o arco coracoacromial, o qual se caracteriza por dor e limitação da amplitude articular
(ANDREWNS, HARRELSON e WILK, 2000). Essa patologia que também é conhecida por
Síndrome do Pinçamento, que caracteriza-se por uma dor na face ântero-lateral do ombro,
podendo acometer diversas faixas etárias, em indivíduos que praticam atividades que
solicitam o uso dos membros superiores. Segundo Volpon e Muniz (1997), a Síndrome do
Pinçamento é uma tendinopatia que comprime o tendão (por isso, também é chamada de
Síndrome do Impacto) do músculo supra-espinhoso, do infra-espinhoso ou cabeça longa
do bíceps braquial no arco córaco-acromial, provocada pela elevação excessiva do braço
acima de um ângulo da linha do ombro. O termo impigment inicialmente descrito por Neer
(1972) tem sido utilizado como Síndrome do Pinçamento ou Síndrome da Colisão Posterior,
para designar a mesma patologia. Neer (1972) classificou o aparecimento desta patologia
em 3 fases: Fase I: ocorre edema e hemorragia local, Fase II: ocorre presença de tendinite
e fibrose, Fase III: ocorre formação de osteófito e ruptura do tendão do supra-espinhoso ou
do cabo longo do bíceps. Após os 40 anos de idade, as dores nos ombros aumentam por
uma conseqüência natural, o envelhecimento biológico. Algumas pessoas convivem bem
com o problema, suportam a dor e convivem bem com o problema e outras não. Quando o
ombro é exposto a uma situação de constante elevação, como nadadores, tenistas,
golfistas, empregadas domésticas, professores que escrevem muito na lousa, carregadores,
dentre outros, ele ter esse envelhecimento mais rápido, o que não isenta quem pratica
pouca atividade física para os ombros de poder ter lesões no futuro. Tendo como base
esses dados, tem-se a necessidade de uma maior visualização acerca das lesões desta
articulação, que compreende vários movimentos, como por exemplo, todos dos membros

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superiores, responsáveis por inúmeras atividades cotidianas dos indivíduos, práticas de
esportes, prática de musculação em academias, dentre vários outros.

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CONCLUSÃO

Como vimos, a musculação está deixando de ser aquela atividade rude por assim
dizer - que era praticada somente com o objetivo de ganhar força, massa e definição
muscular para as competições e está passando a ser vista como mais uma atividade fisica
que pode ser praticada por qualquer pessoa dentro de suas capacidades, para também
melhorar a sua qualidade de vida e atingir seus objetivos pessoais.

Os mitos sobre essa atividade estão caindo e os estudos e pesquisas estão


comprovando pensamentos que sempre foram excluídos na sociedade, como o
treinamento infantil e para a terceira idade, por exemplo.

A sociedade está mudando sua visão quanto a essa atividade fisica, vendo que a
musculação pode melhorar as capacidades fisicas e por conseqüência melhorar o
desempenho em outras atividades, seja em jogos coletivos, individuais, performances,
atividades do cotidiano ou atividades realizadas esporadicamente.

Toda essa metamorfose sofrida pela musculação fez com que se tomasse uma
atividade muito praticada devido a sua abrangência de objetivos e por ser considerada uma
das atividades mais completas, podendo trabalhar uma ampla série de capacidades fisicas
simultaneamente, que pode dar suporte para qualquer outra prática esportiva.

Essa nova visão da musculação despertou novos interesses e acarretou o


surgimento de muitos novos estabelecimentos que proporcionam essa atividade fisica aos
clientes. Isso ocorreu quando a musculação começou a ser vista corno uma atividade fisica
e por conseqüência encarada como um produto pelas academias, as quais vendem o
produto musculação a fim de satisfazer as necessidades, desejos e objetivos do aluno, que
passa a assumir um papel de cliente neste momento.

A Pratica exercícios diariamente ajuda no combate da lesão, trazendo benefícios


para o portado dessa patologia. Sendo assim, a musculação tem o intuito de fortalecimento
muscular.

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