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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
2 BIOMECÂNICA ........................................................................................... 4
6 A INÉRCIA .................................................................................................. 9
8 CINEMETRIA ............................................................................................ 13
9 DINAMOMETRIA ...................................................................................... 14
10 ELETROMIOGRAFIA ............................................................................ 14
11 ANTROPOMETRIA ............................................................................... 16
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16 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ADULTOS .............................................. 32
21 CONCLUSÃO ........................................................................................ 44
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 45
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 BIOMECÂNICA
Fonte: professorromario.com.br
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3 BREVE HISTÓRIA DA BIOMECÂNICA
Fonte: toscanalibri.com.br
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4 A DIFERENÇA DE ATUAÇÃO ENTRE BIOMECÂNICA E CINESIOLOGIA
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Desenvolvida a partir dos anos 1960, a biomecânica transportou esse
conhecimento os conceitos da mecânica para o “funcionamento” dos seres vivos. A
disciplina avalia o movimento de um organismo e o efeito da força a cada momento,
em uma abordagem que pode ser qualitativa (descrição do movimento) ou quantitativa
(medida das variáveis envolvidas).
Já a cinesiologia permite duas formas distintas de entendimento. A disciplina é
a responsável por descrever o conteúdo de uma matéria em que o movimento humano
é avaliado pelo exame de sua fonte e de suas características.
Além disso, de uma forma mais global, a cinesiologia é o estudo científico do
movimento humano, e pode ser um termo genérico usado para falar de qualquer
avaliação anatômica, fisiológica, psicológica ou mesmo mecânica do movimento.
De uma maneira bem simplificada, podemos pegar como exemplo a flexão de
um joelho de um atleta. A cinesiologia vai dizer como foi o movimento do músculo e
quais foram os músculos que trabalharam para isso acontecer. A biomecânica vai
explicar como funcionou a geração de força para o exercício ser possível e comparar
com outras atividades para ver o que se encaixa melhor em cada situação do
treinamento.
Conceitos de Biomecânica
Biomecânica é uma ciência que investiga o movimento sob aspectos
mecânicos, suas causas e efeitos nos organismos vivos. (Encontro Internacional
sobre Biomecânica do Esporte).
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Muitos anos mais tarde Newton ao formular sua teoria sobre as Leis da
Mecânica, anunciou sua primeira lei, conhecida como a Lei da Inércia, que baseada
nas conclusões de Galileu, dizia:
Por inércia, um corpo em repouso tende a continuarem repouso (Ex: por isso
que quando uma pessoa está em pé dentro de um ônibus e este “dá uma arrancada”
brusca, esta pessoa é jogada para trás, pois tende a permanecer parada).
Por inércia, um corpo que está se movendo tende a continuar em movimento.
Daí se tem a ideia de equilíbrio estático.
Equilíbrio Dinâmico.
Para que tenhamos a ideia correta sobre referencial devemos observar que:
Referencial não-Inercial pode ser considerado sempre estático, definido como
as estrelas mais distantes da Terra. Pois para qualquer movimento estas estrelas
muito distantes irão sempre permanecer paradas.
6 A INÉRCIA
Uma das propriedades fundamentais dos corpos massivos talvez seja a inércia.
Ela implica na existência da massa, a medida da quantidade de inércia de um corpo.
Bem no início da história da Física, quando ainda não havia sido formulada
nenhuma das leis físicas conhecidas na modernidade, ainda não se tinha uma ideia
de que esta seria uma das chaves da mecânica. Aliás, pensadores importantes, que
deram importantes passos para a Física Clássica, como Aristóteles, por exemplo, não
acreditavam que existisse tal propriedade (GALILEI - 1631).
Aristóteles (384–322 a.C.) acreditava que os corpos celestes estariam em
movimento com velocidade constante devido a uma força atuante sobre eles, uma
espécie de força motriz.
Com o passar dos tempos, algumas dessas ideias foram mudando. Mas desde
aquele período até praticamente o fim do século XVI, em que viveram Galileu
Galilei (1564–1642) e Isaac Newton (1643–1727) havia muita repressão por parte da
igreja contra as modernidades que a ciência apresentava. Deste modo, alguns
cientistas tiveram alguma dificuldade em divulgar suas ideias. Talvez isto possa ter
causado um atraso no desenvolvimento da Física.
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Mas depois de muito tempo de poucos avanços significativos, onde havia
perdurado o modelo geocêntrico criado por Claudio Ptolomeu (87–151), surge um
modelo novo criado por Nicolau Copérnico (1473–1543). Este último já apresenta
ideias mais revolucionárias, que seriam consideradas até mesmo após todas as
revoluções da física clássica.
Isaac Newton, depois de muitas análises acerca do movimento dos corpos,
chegou a um conjunto de leis fundamentais da Física, especialmente da dinâmica. As
três leis enunciadas por Newton basicamente tratam da inércia e das forças. Em 1686,
Newton publica o trabalho Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, mais
conhecido como Principia. O primeiro dos três enunciados, os principias, diz:
“I – Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter
in directum, nisi quatenus illud a viribus impressis cogitur statum suum mutare.
” (FITAS -1996)
Esta é muito conhecida como lei da inércia, que em português assume a
seguinte forma, conforme extraído de Física 1:
Considere um corpo no qual não atue nenhuma força resultante. Se o corpo
estiver em repouso, ele permanecerá em repouso; se o corpo estiver em movimento
com velocidade constante, ele continuará neste estado do movimento.
Mas esta lei é válida somente para referenciais inerciais, ou seja, referenciais
para os referenciais que medem uma mesma aceleração para um dado corpo. Assim,
esta lei pode ser expressa da seguinte forma:
Se a força resultante que atua sobre um corpo for nula, então é possível
encontrar um conjunto de referenciais nos quais este corpo não tem aceleração.
Ou seja, se um referencial não é acelerado, consequentemente, não será
observada nenhuma variação na aceleração de um corpo que não possa ser
constatada em outro referencial não acelerado.
Tais conclusões podem ser feitas se analisando o caso de um objeto
executando um movimento circular uniforme, por exemplo. Se forem feitas
comparações quanto ao estado de repouso e de movimento, especialmente se
envolvendo as forças atuantes, nota-se uma diferença entre a configuração observada
por um observador neste respectivo referencial e um observador no referencial em
repouso.
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Esta talvez seja uma das mais sutis, que acabou por desestruturar conceitos
antigos. No caso em questão, achava-se necessária a aplicação de uma força para
manter um objeto em movimento, para qualquer situação. O que não é verdade, visto
que, se fosse possível eliminar totalmente o atrito, um corpo em movimento iria se
manter neste estado por um tempo infinito, na ausência de forças externas.
Com a sua terceira lei, Newton postula um dos pilares da mecânica clássica.
Para toda interação, na forma de força, que um corpo A aplica sobre um corpo
B, dele A irá receber uma força de mesma direção, intensidade e sentido oposto.
Assim:
|FA-B| = |FB-A|
Fonte: podoslife.com.br
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É usual utilizamos a notação F e – F quando representamos um par de forças
ação-reação. O sinal negativo representa que o sentido da força é o oposto de F.
A natureza da força de reação é sempre a mesma da de ação, por exemplo
ambas de contato, ou ambas elétricas, entre outros.
Toda força que um corpo recebe é consequência da força que ele aplicou:
Quando uma pessoa caminha sobre uma superfície, ela é direcionada para
frente graças à força que ela aplicou sobre o chão.
Um foguete para entrar em órbita aplica uma constante ação de forças, sobre
o ar atmosférico, e em reação à esta força o foguete é impulsionado para cima. Note
que quando já em órbita o foguete só necessita de propulsão para alterar sua rota,
pois como prevê a 1º Lei de Newton o corpo irá permanecer em movimento, para
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mudar sua rota no espaço o foguete aplica uma força para o lado oposto que necessita
ir, e pela 3º Lei de Newton é direcionado para o outro lado.
8 CINEMETRIA
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qual permitirá a conversão das coordenadas do sistema informático em coordenadas
reais.
Após a digitalização das imagens, os dados serão tratados, isto é, através de
determinadas técnicas de filtragem, as informações obtidas serão corrigidas,
aumentando a fiabilidade dos resultados.
Finalmente, serão recolhidos os dados de interesse para o estudo sob a forma
numérica, gráfica ou, pictórica.
9 DINAMOMETRIA
10 ELETROMIOGRAFIA
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Fonte: treinoemfoco.com.br
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11 ANTROPOMETRIA
Fonte: prezi.com
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Esta área auxilia na descrição e análise do movimento, apoiando-se na construção de
modelos antropométricos do corpo humano, tendo por base leis matemáticas e físicas,
procurando a optimização do rendimento.
12 AVALIAÇÃO POSTURAL
Fonte: studiopilatesteresina.com.br
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A postura é vista como um processo estático, mas a gravidade e os
mecanismos de controle neural provocam constantemente um deslocamento
sutil do alinhamento do corpo, que necessita de controle postura. (BONDER,
2009, apud CARVALHO, 2011).
12.1 Postura
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A postura também pode ter relação com os seguintes aspectos:
Socioculturais: Cada cultura pode adotar diversos hábitos posturais, tais como
formas de dormir, lugares onde dormir, formas de caminhar, dançar, sentar.
Psicológicos: Percepção pessoal em relação ao mundo. Como a pessoa se
sente e se porta em relação aos outros e perante certas situações. Estas atitudes
geralmente estão associadas à personalidade de cada um.
Biológicos: São as características biológicas de cada ser humano. Aspectos
anatômicos (largura, comprimento e forma dos ossos), fisiológicos (níveis de
flexibilidade, força, resistência, etc.), genéticos (diferentes etnias) e biomecânicos
(funcionalidade do movimento).
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5. L5 ou L4 – Processo espinhoso.
6. T12 – Processo espinhoso.
7. T8 ou T7 – Processo espinhoso.
8. C7 – Processo espinhoso.
Após verificar os pontos anatômicos, a avaliação é feita sempre partindo de um
ponto específico em relação ao fio de prumo.
Segmento Lateral: O ponto utilizado como referência para alinhar ao fio de
prumo será a articulação calcâneo cuboidea. Após submeter o indivíduo corretamente
ao fio de prumo, verificar:
1. Geral – À frente, atrás ou sobre o fio de prumo.
2. Tornozelo – Dorso flexão, flexão plantar ou neutro.
3. Joelho – Hiperestendido, flexionado ou neutro.
4. Coxo femoral – Anteversão, retroversão, neutra.
5. Coxo femoral – Antepulsão, retropulsão e neutra.
6. Coluna lombar – Hiperlordose, retificação ou neutra.
7. Coluna dorsal – Hipercifose, retificação ou neutra.
8. Coluna cervical – Hiperlordose, retificação e neutra.
9. Ombro – Rotação medial, lateral e neutro.
10. Ombro – Protração, retração e neutro.
11. Cabeça – Projeção anterior, posterior e neutra.
Segmento Posterior: O ponto referência utilizado em relação ao fio de prumo
será a linha equidistante entre os calcanhares. Após submeter o indivíduo
corretamente ao fio de prumo, verificar:
1. Geral – À direita, à esquerda e sobre o fio de prumo.
2. Calcanhares – Pronado, supinado ou neutro.
3. Joelhos – Varo, valgo ou neutro.
4. Quadril – Alinhamento horizontal das EIPS.
5. Coluna – Desvios laterais e gibosidades/saliências paraespinhais.
6. Ombros – Alinhamento horizontal.
7. Triângulo de Tales – Assimetrias.
Segmento Anterior: O ponto referência utilizado em relação ao fio de prumo
será a linha equidistante entre os calcanhares. Após submeter o indivíduo
corretamente ao fio de prumo, verificar:
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1. Geral – À direita, à esquerda e sobre o fio de prumo.
2. Antepés – Hálux valgo, dedos em garra ou neutro.
3. Pés – Plano, cavo ou neutro.
4. Calcanhares – Pronado, supinado ou neutro.
5. Joelhos – Varo, valgo ou neutro.
6. Quadril – Alinhamento horizontal das EIAS.
7. Quadril – Rotação medial, lateral ou neutro.
8. Ombros – Alinhamento horizontal.
9. Triângulo de Tales – Assimetrias.
A análise da postura envolve a identificação e a localização dos segmentos
corpóreos relativos à linha de gravidade.
É importante lembrar que a avaliação postural deve determinar se um
segmento corporal ou articulação desvia-se de um alinhamento postural ideal.
Portanto, podemos entender que na avaliação postural o paciente deve sentir-
se à vontade e evitar rigidez e posições não-naturais. Há a necessidade de ser
visualizado o equilíbrio global do corpo.
O fio de prumo situa-se no ponto Anteroposterior anterior ao maléolo lateral e,
para os desvios laterais, entre os calcanhares. Agora, quando falamos da Postura
Padrão, nos referimos a uma postura “ideal” ao invés de uma postura média. O
alinhamento esquelético ideal utilizado como padrão consiste nos princípios científicos
válidos, envolvendo uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga.
O objetivo principal da avaliação postural é identificar os desequilíbrios mais
evidentes a fim de evitar prescrição de exercícios que possam vir a acentuar esses
desequilíbrios. A avaliação postural deve ser realizada de tempos em tempos.
No entanto, após realizada a avaliação postural, se faz necessário que os pais tomem
conhecimento dos resultados e que se necessário, seja orientado a procurar um
ortopedista, para um melhor acompanhamento da criança.
13 ALTERAÇÕES DA COLUNA
Fonte: escoladepostura.com.br
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Hipolordose: quando existe redução dessa curvatura a ponto de provocar
retificação da coluna nas regiões cervical e lombar. Tanto a hiperlordose quanto a
hipolordose podem comprometer a mobilidade da coluna na região afetada.
Lombalgia (dor nas costas) é o sintoma típico dessa desordem, especialmente
depois de atividades que envolvem a extensão da coluna lombar, como ficar sentado
ou em pé, imóvel, por muito tempo, erguer ou carregar objetos pesados sem os
cuidados necessários para proteger a coluna.
13.2 Cifose
Cifose é o termo que serve para designar tanto a curvatura fisiológica nas
regiões torácica e sacrococcígea da coluna vertebral, quando vista de perfil, como a
hipercifose, ou seja, o aumento pronunciado da curvatura para trás, no sentido ântero-
posterior da região torácica da coluna.
A principal característica da cifose torácica (ou hipercifose torácica) é o
abaulamento das costas provocado pelo aumento exagerado da curvatura posterior
dessa parte da coluna. Para compensá-la, ombros, pescoço e cabeça são projetados
para frente, o que favorece o aparecimento da lordose cervical.
A deformação se instala aos poucos e não necessariamente vem
acompanhada de sintomas. Quando eles se manifestam, os mais comuns são dor,
fadiga e rigidez da coluna.
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13.3 Escoliose
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14 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Fonte: dicasdemusculacao.org
Desde que assumiu a postura ereta, o maior desafio do Homem foi ficar em
pé sem sobrecarregar a estrutura óssea e as articulações. Para isso, o corpo
se defende diariamente na luta contra a gravidade a fim de compensar
deficiências de equilíbrio ou dores (SOUCHARD, 1996 apud MADEIRA et al,
2002).
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sobrecarga sobre a musculatura cervical. Quando o equilíbrio não acontece, surgem
os desvios posturais, que na infância podem ser tratáveis.
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Crianças em idade escolar passam entre quatro e cinco horas na escola e
permanecem sentadas a maior parte do tempo, e a escola tem se tornado o ambiente
que mais favorece a postura de sustentação na posição sentada, tendo em vista que
a criança permanece assim durante horas.
Na infância e adolescência, a postura encontra-se em processo de
desenvolvimento. Nesse período, qualquer alteração funcional em função da má
postura irá repercutir negativamente no futuro. A partir daí, vem a necessidade do
avanço na reflexão das principais características que envolvem a má postura. Para
detectar os desvios posturais, deve ser realizada avaliação postural por meio de um
dos vários instrumentos de diagnose relatados na literatura. Após a análise dos
resultados, sugere-se que as crianças sejam atendidas de acordo com as
necessidades, podendo ser encaminhadas a outros profissionais, como fisioterapeuta
ou ortopedista.
Na escola, por meio das aulas de Educação Física, pode ser potencializado o
fortalecimento de musculaturas fragilizadas e o alongamento daquelas encurtadas, já
que os exercícios terapêuticos são o principal meio pelo qual o equilíbrio muscular é
restaurado. Além disso, fica clara a necessidade de desenvolver a consciência
corporal.
A idade escolar compreende a fase ideal para recuperação das disfunções na
coluna vertebral de maneira eficiente, pois a correção precoce nesse momento
possibilita padrões posturais corretos na vida adulta e é o período de maior
importância para o desenvolvimento musculoesquelético do indivíduo.
O aumento significativo de problemas posturais em crianças de todo o mundo
se deve à má postura durante a atividade escolar, como uso incorreto de mochila
escolar, na maioria das vezes pelo excesso de peso de livros e cadernos, utilização
de calçados inadequados, sedentarismo e obesidade.
A avaliação postural é de fundamental importância para o planejamento do
tratamento fisioterapêutico e para o acompanhamento da evolução e dos resultados
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do tratamento. Normalmente, a avaliação postural é feita pelo método clássico, que
consiste da análise visual do aspecto anterior, lateral e posterior do corpo, com o
sujeito em trajes sumários, analisando os desníveis de ombro, clavículas, mamilo,
cintura, espinhas ilíacas, joelhos e pés.
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15 AVALIAÇÃO POSTURAL NA ADOLESCÊNCIA
Fonte: correndodebemcomavida.com
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Uma pessoa que fica sentada ou de pé por períodos longos tende a ter má
postura. Isso pode resultar em um desequilíbrio muscular.
Fonte: acessa.com
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O estilo de vida atual torna as pessoas mais sedentárias do que no passado
quando, ao experimentar vários tipos de brincadeiras, promoviam um maior equilíbrio
entre a musculatura estática e dinâmica, evitando grandes retrações musculares e
fixações das articulações.
Os adultos têm uma grande tendência a desenvolver essas retrações e
fixações, por causa do tempo em que permanecem exercendo apenas um tipo de
postura, em sala de aula, na frente do computador, vídeo games, trabalhos
domésticos, escritório entre outras atividades diárias. Mais tarde começam os
problemas de coluna.
Os esportes mais praticados nem sempre são uma garantia de que não
desenvolverão algum problema de coluna. Se o indivíduo praticar apenas um esporte
durante um longo período pode também estar exposto a um desequilíbrio entre as
cadeias musculares.
Alterações posturais são ocorrências significativamente presentes nas
pessoas, daí a necessidade de avaliações periódicas desde cedo, para que
comportamentos que possam causar ou agravar essas alterações sejam corrigidos
preventivamente, e para evitar a prescrição de exercícios e esportes que possam vir
a acentuar esses problemas.
A partir da avaliação de um profissional especializado, poderão ser melhor
orientadas quanto às práticas preventivas e corretivas das quais poderá se beneficiar.
Com a supervisão deste especialista, é possível desenvolver programas de
orientação e intervenção imediata na escola, trabalho e atividades físicas corretivas
para os desequilíbrios posturais.
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a necessidade, procure um especialista para avaliação, tratamento e
acompanhamento.
Fonte: fisioweb.com.br
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A senescência caracteriza-se como um processo de comprometimento e
decadência das funções motoras e cognitivas, de modo que ocorrem modificações
fisiológicas no sistema neuromusculoesquelético, as quais associadas a doenças
crônico-degenerativas, podem levar a déficits de equilíbrio e alterações na marcha,
influenciando na aquisição de desvios posturais o que predispõem à ocorrência de
quedas, ocasionando graves consequências sobre o desempenho funcional, bem
como na realização de atividades de vida diária (AVD’s).
O componente sensorioperceptual é responsável pelo controle da postura e do
equilíbrio, está governado por informações aferentes de três sistemas: o visual, o
vestibular e o proprioceptivo; cada um deles é dirigido a um sistema distinto de
coordenadas externas e nenhum deles percebe o centro da gravidade do corpo
diretamente. Já o integrador central faz as escolhas das informações sejam elas,
corretas ou incorretas, para que isso ocorra é necessária uma ação integradora do
sistema nervoso central.
No idoso pode-se observar uma diminuição da integridade destes
componentes, causando compensações ao alinhamento da coluna vertebral, que é
influenciada pela diminuição do arco medial do pé, um aumento das curvaturas da
coluna, bem como a diminuição no tamanho da coluna vertebral, decorrentes de
perdas do líquido nos discos das articulações intervertebrais. Muitas destas alterações
são ocasionadas pelos esforços submetidos ao decorrer da vida, maus hábitos
alimentares e/ou sedentarismo.
O organismo passa por mudanças físicas e fisiológicas com o passar do tempo.
Isto resulta em perdas funcionais progressivas, geradas por fatores como: mutações
genéticas, ambientais, surgimento de doenças e declínios nos sistemas do corpo.
Dentre as estruturas de perda funcional encontram-se os tendões e ligamentos, que
sofrem redução do conteúdo de água e, como decorrência, aumento da rigidez dessas
estruturas, e os ossos, que sofrem uma considerável alteração, no que diz respeito à
densidade mineral e a microarquitetura óssea durante o envelhecimento, havendo
ainda alteração no disco intervertebral. A taxa média de diminuição na altura é de
cerca de 2cm por década, em homens e mulheres entre 60 e 80 anos, podendo atingir
até 12 cm em casos mais extremos de perda óssea.
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As lesões e o envelhecimento reduzem irreversivelmente a capacidade de
absorção de água pelos discos, resultando numa diminuição na sua capacidade de
absorção de choque.
Essas alterações ocorrem mais precocemente na coluna vertebral,
principalmente no corpo da vértebra, do que nos membros, afetando de forma mais
acentuada o sistema osteomioarticular, responsável pelos sistemas ósseo, muscular
e articular.
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A hipercifose ocasiona uma projeção da cabeça no sentido de manter o olhar
horizontalizado. Outro problema postural que acomete os idosos é a escoliose,
definida como um desvio lateral da coluna, e apresenta como causas desde
modificações no posicionamento dos pés, no comprimento dos membros, no
posicionamento pélvico, retrações musculares, mal funcionamento da ATM, entre
outras.
As alterações posturais podem também causar dor, como lombalgia e
cervicalgia, e redução do movimento da coluna vertebral, sobretudo os movimentos
sutis de rotação envolvidos no rolamento segmentar e padrão recíproco normal dos
membros na marcha normal.
Para se fazer uma boa avaliação postural qualitativa, deve-se ter alguns
princípios: Possuir um bom referencial de alterações postural, como um retináculo ou
similar para desníveis; O avaliado deverá possuir a menor quantidade de roupa
possível, ou seja, para homens calção de banho (sunga) e mulheres sunquíni ou
biquíni; Possuir um ângulo de visão de não ultrapasse alguns metros para não perder
a definição das alterações; Inicia-se com o avaliado na posição posterior para o
avaliador com os pés próximos; A avaliação inicia-se sempre de baixo para cima, ou
seja, observando os calcanhares até atingir a cabeça; Depois se posiciona o avaliado
em qualquer perfil, para depois observar o outro; Por último, o perfil anterior, sempre
com a mesma estratégia, ou seja, de baixo para cima; Anotam-se todas as
observações em papel pré-fixado as variáveis e qualificando de acordo com alguns
referenciais.
As qualificações poderão seguir diversos critérios. O importante é que se crie
um e o assuma para todas as futuras avaliações. Pois não adiante observar uma
acentuação do arco lordótico lombar, sem classifica-la em que graduação esta se
apresenta. Pois uma coisa é ter uma pequena acentuação e outra é uma severa
acentuação. Para a prescrição dos exercícios, isto realmente é muito importante.
Discreta (grau I): quando a observação é feita com muito detalhe para se chegar
às conclusões. Tem-se dificuldade de encontrar aquela alteração da normalidade;
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Moderada (grau II): Quando a observação é fácil de ser observada, sem
grandes preocupações ou dúvidas, porém sem ser algo que chame muita a atenção;
Severa (Grau III): Quando o avaliador se espanta com tamanha alteração.
Chega a ser visível para qualquer leigo, sendo necessário sempre uma opinião médica
para melhor diagnóstico.
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Pelve desnivelada: Inclinação da crista ilíaca em relação a outra para um dos
lados, tornando-a mais alta. Geralmente devido a diferença de segmentos. Observe o
lado mais alto;
Anteposição pélvica: Posição adquirida devido a extensão lombar e flexão de
coxofemoral;
Retroposição pélvica: exatamente o oposto;
Cintura escapular desnivelada: Como na pelve, apresenta-se com a elevação
de um dos ombros. Geralmente provocada pela escoliose, mas também pode ser em
função dos encurtamentos musculares;
Acentuação lordótica lombar: A curvatura fisiológica lombar, que é a lordose,
foi acentuada. Vista no perfil sagital. Pode-se atribuir graus de inclinação. Não usar o
termo hiperlordose deliberadamente.
Retificação lordótica lombar: O oposto. Quando a curvatura deixa de existir em
função de um novo posicionamento das vértebras. Sugere-se anteposição pélvica;
Acentuação cifótica torácica: Mesmo que na lombar. Porém o acometimento se
dá em uma curvatura de convexidade posterior, tornando o sujeito inclinado para
frente.
Retificação cifótica torácica: O oposto ao anterior. A vista será a postura mais
ereta, porém não fisiológica;
Acentuação lordótica cervical: Como na lombar, provoca proeminência da
sétima vértebra cervical ou a primeira torácica. Costuma projetar também a cabeça à
frente;
Retificação lordótica cervical: Uma postura que normalmente provoca
alterações em todo o resto do corpo, devido ao posicionamento da cabeça;
Triângulo de tales: ao desnivelar a pelve, haverá uma abertura maior entre um
dos braços e o tronco. Normalmente do lado oposto a inclinação;
Retroposição da cintura escapular: Quando o complexo retroage em função de
encurtamento muscular ou pela postura retificada da cifose torácica. Tende a projetar
os ombros para trás. Vista no plano sagital;
Anteposição da cintura escapular: O oposto ao anterior. Não há relação direta
com a acentuação da cifose, mas poderá estar presente;
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Ombros em rotação interna – A dica é observar a interlinha articular do cotovelo
pelo perfil anterior, pois caso haja a rotação interna, esta não é visível neste perfil, ou
se tem grande dificuldade de se observar;
Ombros em rotação externa – Ao contrário da anterior, com facilidade de
observação da linha interarticular, e também com a palma da mão voltada para frente;
Cabeça anteposicionada – como o nome sugere, a cabeça se torna protusa,
pode ser gerada pela flexão de cervical, ou pela extensão, pois a cervical possui dois
pilares. Importante é observar se um ponto perto do meato acústico externo está muito
projetado à frente;
Cabeça retroposicionada – exatamente o oposto da anterior;
Escápulas – esta poderá estar posicionada de diversas formas, mas esta é fácil
perceber pelo que sugere o próprio nome.
19 HÁBITOS POSTURAIS
Fonte: kmpilates.com.br
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Começa pela escolha da roupa, do sapato adequado e confortável, assim como
optar por uma mochila não muito pesada. E, certamente que devemos observar a
qualidade da pele, unhas, cabelo e dentes de todos nós. Não só a questão do asseio,
mas o brilho, viço ou fragilidade. Mas, não podemos esquecer de prestar atenção em
questões posturais como:
Altura dos ombros; Joelhos; Coluna.
Estas observações estão na nossa frente apontando uma desarmonia, mas que
pais e professores não estão preparados para enxergar como um problema postural,
que se não tratado a tempo, poderá desencadear problemas no futuro. A observação
pode ser mesmo indireta, por exemplo, pela forma como estão gastos os calçados.
A coluna vertebral (ossos) funciona como um tronco de uma árvore, mas quem
lhe dá movimento são os músculos e tendões, que devem ser fortes, tônicos e
flexíveis. Qualquer alteração ou descompensação acarretará em desequilíbrio, que
para compensar descompensa na postura (acentuação de curvaturas), e assim vai
até cristalizar numa patologia mais grave.
A maioria dos problemas de coluna são causados pelos vícios posturais e pela
má conduta de postura. A musculatura do tronco é estática, ou seja, utilizada apenas
para sustentação e não para mobilidade, como pernas e braços. Seu movimento é
realizado quando estimulado, sendo assim, quanto menos movimentá-lo, mais fraco
se tornará e mais dificuldade haverá ao realizar o movimento.
Devemos começar a observar (e evitar) desde o posicionamento do berço, algo
muito importante, pois a criança sempre irá perceber e procurar a luz e o barulho,
muitas vezes virando a cabeça sempre para o mesmo lado, bem como seu corpo. O
certo é posicionar o berço de tal forma que a criança não precise fazer esforço algum
para enxergar a luminosidade (nem acima, nem atrás, nem ao lado), e os pés da
criança fiquem de frente para a porta.
Na fase de crescimento e desenvolvimento é primordial ela que tenha uma
postura adequada, para que seus músculos se formem fortes e sua estrutura óssea
íntegra. Portanto, várias transformações podem ser evitadas, se notadas ou
prevenidas precocemente.
41
A prevenção de atitudes prejudiciais, somada ao controle de equilíbrio das
necessidades corporais, alcançam um resultado satisfatório.
Fonte: consultoriodefisioespecializada.com.br
Ponto médio entre os maléolos; Ponto médio da pelve; Centro das vertebras
(proc. Espinhosos); Ponto médio das escápulas; Centro do crânio; Centro da fissura
sagital.
42
20.3 Postura padrão vista lateral
Pelve e coluna lombar; Relação entre a pelve e quadril; Pelve pode inclinar-se
anterior e posteriormente sobre o eixo da articulação do quadril;
43
Ombro e Cintura escapular: A posição do ombro depende da posição da
escápula; as escápulas ficam planas, contra a superfície torácica e afastadas
aproximadamente 10 cm; A linha de referência passa na linha média coincide com o
centro das escápulas.
Coluna torácica: Num bom alinhamento, a coluna torácica se curva
posteriormente (convexa); desta forma alterações da coluna torácica podem ser
refletidas na coluna cervical; O alinhamento da coluna torácica também depende da
curvatura da coluna lombar; existem efeitos compensatórios sistêmicos.
21 CONCLUSÃO
44
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