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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3

2 BIOMECÂNICA ........................................................................................... 4

3 BREVE HISTÓRIA DA BIOMECÂNICA ...................................................... 6

4 A DIFERENÇA DE ATUAÇÃO ENTRE BIOMECÂNICA E


CINESIOLOGIA........................................................................................................... 7

5 CONCEITO DE BIOMECÂNICA E LEIS, INÉRCIA, AÇÃO E REAÇÃO. .... 8

5.1 Conceitos de inércia ............................................................................. 8

6 A INÉRCIA .................................................................................................. 9

6.1 Conceito de ação e reação................................................................. 11

7 TERCEIRA LEI DE NEWTON (AÇÃO E REAÇÃO) .................................. 12

7.1 Aplicações da 3º Lei de Newton ......................................................... 12

8 CINEMETRIA ............................................................................................ 13

9 DINAMOMETRIA ...................................................................................... 14

10 ELETROMIOGRAFIA ............................................................................ 14

11 ANTROPOMETRIA ............................................................................... 16

12 AVALIAÇÃO POSTURAL ...................................................................... 17

12.1 Postura ............................................................................................ 18

12.2 Avaliação postural na prática .......................................................... 19

13 ALTERAÇÕES DA COLUNA ................................................................. 22

13.1 Hiperlordose e hipolordose ............................................................. 22

13.2 Cifose .............................................................................................. 23

13.3 Escoliose ......................................................................................... 24

14 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL25

14.1 Problemas posturais comuns em crianças ...................................... 28

15 AVALIAÇÃO POSTURAL NA ADOLESCÊNCIA ................................... 30

1
16 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ADULTOS .............................................. 32

17 AVALIAÇÃO POSTURAL EM IDOSOS ................................................. 34

17.1 Alterações degenerativas associadas à idade ................................ 36

18 AVALIAÇÃO POSTURAL: QUALITATIVA, ............................................ 37

18.1 Instrumento de coleta das informações da avaliação postural


qualitativa............................................................................................................... 38

19 HÁBITOS POSTURAIS ......................................................................... 40

20 AVALIAÇÃO POSTURAL NA BIOMECANICA ...................................... 42

20.1 Postura padrão e a coluna vertebral ............................................... 42

20.2 Postura padrão vista posterior ........................................................ 42

20.3 Postura padrão vista lateral............................................................. 43

20.4 Postura padrão vista lateral............................................................. 43

20.5 Postura padrão vista lateral............................................................. 43

21 CONCLUSÃO ........................................................................................ 44

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 45

22 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 52

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 BIOMECÂNICA

Fonte: professorromario.com.br

Biomecânica é a ciência que investiga o movimento sob aspectos mecânicos,


suas causas e seus efeitos no corpo. É o estudo das forças mecânicas que estão
envolvidas nos movimentos do corpo humano, incluindo a interação entre os
indivíduos e seu meio ambiente físico.
Nos exercícios de força, é exercido uma carga extra sobre ossos e articulações.
Nessa situação, é fundamental observar o alinhamento dos segmentos: Como a
cabeça em relação ao tronco ou o quadril em relação aos pés, evitando assim, ativar
corretamente os grupos musculares envolvidos e evitar a formação silenciosa de
lesões.

A pesquisa biomecânica enfoca uma ampla imagem de problemas e


questões, sendo que a mesma é uma das subdisciplinas da cinesiologia, mas
com enfoque no estudo do movimento humano. (HALL, 2009, apud
MARCIANO, 2018).

Alguns ajustes biomecânicos previnem fraturas, quadro álgico, aumentando a


eficácia do treino. Como por exemplo: qualquer exercício realizado em pé, o peso do
corpo deve estar na parte anterior dos pés, facilitando o trabalho dos abdominais e
distribuindo melhor a carga entre as vértebras da coluna.
O corpo humano é um dos principais objetos de estudo do homem. À busca por
compreender o seu funcionamento, contrapõe-se sua complexidade, levando
cientistas e estudiosos a aprofundar cada vez mais os seus estudos.
4
No século XX ocorreram grandes avanços tecnológicos que se refletiram nos
métodos experimentais usados em praticamente todas as áreas de atuação científica,
incluindo a Biomecânica, ocasionando um grande avanço nas técnicas de medição,
armazenamento e processamento de dados, fatos estes que contribuíram para o
estudo e melhor compreensão do movimento humano.
A Biomecânica é um dos métodos para estudar a maneira como os seres vivos
(principalmente o homem) se adaptam às leis da mecânica quando realizando
movimentos voluntários.
A Biomecânica estuda diferentes áreas relacionadas ao movimento do ser
humano e animais, incluindo: funcionamento de músculos, tendões, ligamentos,
cartilagens e ossos; cargas e sobrecargas de estruturas específicas; fatores que
influenciam a performance.
A Biomecânica do Esporte se dedica ao estudo do corpo humano e do
movimento esportivo em relação a leis e princípios físico-mecânicos, incluindo os
conhecimentos anatômicos e fisiológicos do corpo humano.
No Brasil, os resultados das pesquisas em Biomecânica têm influenciado
diretamente na medicina, ergonomia, fabricação de equipamentos esportivos e muitos
outros aspectos da vida humana.
Ela também pode auxiliar na produção de conhecimento para aquisição de
competências tecno-motoras, que levam em consideração as características dos
participantes, do contexto e sua organização, possibilitando uma efetiva
aprendizagem.
A Biomecânica tem acompanhado o ensino das técnicas associando a
prevenção musculoesquelética do indivíduo nas ações cotidianas, evitando assim que
certos esforços desnecessários possam danificar suas estruturas e que sua ação
motora seja racionalizada.
O progresso da Biomecânica como disciplina científica que estuda funções dos
seres vivos tornou-se, ao longo dos últimos três séculos, muito amplo e disso
resultaram múltiplas divisões didáticas e delimitação de território de especialidades
científicas, tais como Biomecânica do Movimento Humano, Biomecânica Clínica e de
Reabilitação, Biomecânica de Tecidos e Biomateriais, Biomecânica
Musculoesquelética e Métodos e Técnicas de Pesquisa em Biomecânica.

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3 BREVE HISTÓRIA DA BIOMECÂNICA

Fonte: toscanalibri.com.br

A preocupação com a análise física do movimento humano é bastante antiga.


Obras clássicas de pensadores como Aristóteles evidenciam que o interesse do
homem em analisar o movimento, a partir de preceitos físicos, é antiquíssimo.
Interesse esse que se aprofundou durante os séculos seguintes, como demonstram
os estudos clássicos de Borelli (século XVI) e Marey (século XIX), e que continua em
curso até os dias atuais. Entretanto, apesar de o estudo do movimento ser antigo, a
consolidação da Biomecânica como uma ciência e, posteriormente, como uma
disciplina acadêmica é bastante recente.
Por conseguinte, a história da Biomecânica no Brasil começou a ser escrita há
poucos anos. Esta trajetória foi fortemente influenciada pelo apoio que algumas
instituições de ensino superior brasileiras receberam do governo alemão. Um dos
marcos históricos desta relação deu-se em 1965, ano em que foi concretizado o
convênio cultural entre o Brasil e a República Federal da Alemanha para a introdução
da Biomecânica nos cursos de Educação Física no Brasil. Como uma das ações
previstas nesse convênio, no ano de 1976, o professor Hartmut Riehle ministrou
cursos na Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo e na
Universidade Federal de Santa Maria, com o intuito de fomentar o desenvolvimento
dá área, e estabelecer as bases para o curso de formação de especialistas em
Biomecânica.

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4 A DIFERENÇA DE ATUAÇÃO ENTRE BIOMECÂNICA E CINESIOLOGIA

O estudo do movimento humano é uma prática extremamente antiga. Contudo,


só a partir do século XX é que houve um desenvolvimento acerca das abordagens e
formas de análise de cada atividade locomotora. Por conta disso, ainda existe muita
confusão quanto aos limites de atuação da biomecânica e da cinesiologia.
A principal diferença entre as duas disciplinas é a perspectiva. Biomecânica e
cinesiologia dividem um mesmo objeto de estudo, que é o movimento humano, mas
fazem isso a partir de óticas distintas. Portanto, as duas disciplinas acabam sendo
complementares e fundamentais para o entendimento de cada situação do esporte.
Na prescrição de exercícios, por exemplo, pode ser importante saber quando e
quais músculos são usados em cada atividade. Além disso, as mudanças no uso dos
músculos que ocorrem de acordo com a intensidade ou a característica do exercício
são dados que podem comprometer de forma contundente um trabalho de um atleta.
Por conta disso, biomecânica e cinesiologia são duas disciplinas importantes
para o entendimento minucioso de como funcionam as articulações. A partir desse
conhecimento é que os profissionais ligados ao esporte podem formular a
programação de treinamento ou determinar a carga de cada atividade.

Postura é a posição, atitude de um corpo, maneira em que suas partes se


encontram para realizar uma atividade específica, ou a forma de suportar o
próprio peso corporal. (KISNER, 2005, apud CARVALHO, 2011).

“É importante que as duas áreas sejam compreendidas em cada estudo, até


por serem coisas complementares para o entendimento dos movimentos. São duas
disciplinas bem distintas, mas uma afeta a outra de maneira contundente”, analisou
Jefferson Loss, da sociedade brasileira de biomecânica.
A biomecânica é o uso de técnicas da mecânica clássica no entendimento do
sistema biológico. Ela se preocupa com o funcionamento e a geração de força num
exercício e faz comparações entre ambientes, por exemplo. É essa disciplina que se
encarrega de apontar a resistência em cada atividade e o efeito da força.
A mecânica é usada por engenheiros para elaborar e construir qualquer
estrutura, já que possibilita o estudo das forças envolvidas nesses projetos e ajuda a
previsão sobre os movimentos de máquinas e objetos.

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Desenvolvida a partir dos anos 1960, a biomecânica transportou esse
conhecimento os conceitos da mecânica para o “funcionamento” dos seres vivos. A
disciplina avalia o movimento de um organismo e o efeito da força a cada momento,
em uma abordagem que pode ser qualitativa (descrição do movimento) ou quantitativa
(medida das variáveis envolvidas).
Já a cinesiologia permite duas formas distintas de entendimento. A disciplina é
a responsável por descrever o conteúdo de uma matéria em que o movimento humano
é avaliado pelo exame de sua fonte e de suas características.
Além disso, de uma forma mais global, a cinesiologia é o estudo científico do
movimento humano, e pode ser um termo genérico usado para falar de qualquer
avaliação anatômica, fisiológica, psicológica ou mesmo mecânica do movimento.
De uma maneira bem simplificada, podemos pegar como exemplo a flexão de
um joelho de um atleta. A cinesiologia vai dizer como foi o movimento do músculo e
quais foram os músculos que trabalharam para isso acontecer. A biomecânica vai
explicar como funcionou a geração de força para o exercício ser possível e comparar
com outras atividades para ver o que se encaixa melhor em cada situação do
treinamento.

5 CONCEITO DE BIOMECÂNICA E LEIS, INÉRCIA, AÇÃO E REAÇÃO.

Conceitos de Biomecânica
Biomecânica é uma ciência que investiga o movimento sob aspectos
mecânicos, suas causas e efeitos nos organismos vivos. (Encontro Internacional
sobre Biomecânica do Esporte).

5.1 Conceitos de inércia

Um corpo só pode permanecer em movimento se existir uma força atuando


sobre ele”. “Se um corpo está em repouso ele irá permanecer neste estado até que
uma força externa seja aplicada neste corpo”. “Se um corpo está em movimento
uniforme este permanecerá em movimento até que uma força mude isso.

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Muitos anos mais tarde Newton ao formular sua teoria sobre as Leis da
Mecânica, anunciou sua primeira lei, conhecida como a Lei da Inércia, que baseada
nas conclusões de Galileu, dizia:
Por inércia, um corpo em repouso tende a continuarem repouso (Ex: por isso
que quando uma pessoa está em pé dentro de um ônibus e este “dá uma arrancada”
brusca, esta pessoa é jogada para trás, pois tende a permanecer parada).
Por inércia, um corpo que está se movendo tende a continuar em movimento.
Daí se tem a ideia de equilíbrio estático.
Equilíbrio Dinâmico.
Para que tenhamos a ideia correta sobre referencial devemos observar que:
Referencial não-Inercial pode ser considerado sempre estático, definido como
as estrelas mais distantes da Terra. Pois para qualquer movimento estas estrelas
muito distantes irão sempre permanecer paradas.

6 A INÉRCIA

Uma das propriedades fundamentais dos corpos massivos talvez seja a inércia.
Ela implica na existência da massa, a medida da quantidade de inércia de um corpo.
Bem no início da história da Física, quando ainda não havia sido formulada
nenhuma das leis físicas conhecidas na modernidade, ainda não se tinha uma ideia
de que esta seria uma das chaves da mecânica. Aliás, pensadores importantes, que
deram importantes passos para a Física Clássica, como Aristóteles, por exemplo, não
acreditavam que existisse tal propriedade (GALILEI - 1631).
Aristóteles (384–322 a.C.) acreditava que os corpos celestes estariam em
movimento com velocidade constante devido a uma força atuante sobre eles, uma
espécie de força motriz.
Com o passar dos tempos, algumas dessas ideias foram mudando. Mas desde
aquele período até praticamente o fim do século XVI, em que viveram Galileu
Galilei (1564–1642) e Isaac Newton (1643–1727) havia muita repressão por parte da
igreja contra as modernidades que a ciência apresentava. Deste modo, alguns
cientistas tiveram alguma dificuldade em divulgar suas ideias. Talvez isto possa ter
causado um atraso no desenvolvimento da Física.

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Mas depois de muito tempo de poucos avanços significativos, onde havia
perdurado o modelo geocêntrico criado por Claudio Ptolomeu (87–151), surge um
modelo novo criado por Nicolau Copérnico (1473–1543). Este último já apresenta
ideias mais revolucionárias, que seriam consideradas até mesmo após todas as
revoluções da física clássica.
Isaac Newton, depois de muitas análises acerca do movimento dos corpos,
chegou a um conjunto de leis fundamentais da Física, especialmente da dinâmica. As
três leis enunciadas por Newton basicamente tratam da inércia e das forças. Em 1686,
Newton publica o trabalho Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, mais
conhecido como Principia. O primeiro dos três enunciados, os principias, diz:
“I – Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter
in directum, nisi quatenus illud a viribus impressis cogitur statum suum mutare.
” (FITAS -1996)
Esta é muito conhecida como lei da inércia, que em português assume a
seguinte forma, conforme extraído de Física 1:
Considere um corpo no qual não atue nenhuma força resultante. Se o corpo
estiver em repouso, ele permanecerá em repouso; se o corpo estiver em movimento
com velocidade constante, ele continuará neste estado do movimento.
Mas esta lei é válida somente para referenciais inerciais, ou seja, referenciais
para os referenciais que medem uma mesma aceleração para um dado corpo. Assim,
esta lei pode ser expressa da seguinte forma:
Se a força resultante que atua sobre um corpo for nula, então é possível
encontrar um conjunto de referenciais nos quais este corpo não tem aceleração.
Ou seja, se um referencial não é acelerado, consequentemente, não será
observada nenhuma variação na aceleração de um corpo que não possa ser
constatada em outro referencial não acelerado.
Tais conclusões podem ser feitas se analisando o caso de um objeto
executando um movimento circular uniforme, por exemplo. Se forem feitas
comparações quanto ao estado de repouso e de movimento, especialmente se
envolvendo as forças atuantes, nota-se uma diferença entre a configuração observada
por um observador neste respectivo referencial e um observador no referencial em
repouso.

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Esta talvez seja uma das mais sutis, que acabou por desestruturar conceitos
antigos. No caso em questão, achava-se necessária a aplicação de uma força para
manter um objeto em movimento, para qualquer situação. O que não é verdade, visto
que, se fosse possível eliminar totalmente o atrito, um corpo em movimento iria se
manter neste estado por um tempo infinito, na ausência de forças externas.

6.1 Conceito de ação e reação

Com a sua terceira lei, Newton postula um dos pilares da mecânica clássica.
Para toda interação, na forma de força, que um corpo A aplica sobre um corpo
B, dele A irá receber uma força de mesma direção, intensidade e sentido oposto.
Assim:
|FA-B| = |FB-A|

Em casos de troca de forças é indiferente saber qual corpo realizou a ação e


qual realizou a reação, pois as forças sempre estarão aos pares, quando existe uma
ação sendo realizado sempre haverá uma reação. Que é o equivalente a dizer que
não existe uma ação sem reação.
Exemplos quando uma bola bate na parede a parede bate na bola com a
mesma intensidade, direção e em sentido oposto.

Fonte: podoslife.com.br

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É usual utilizamos a notação F e – F quando representamos um par de forças
ação-reação. O sinal negativo representa que o sentido da força é o oposto de F.
A natureza da força de reação é sempre a mesma da de ação, por exemplo
ambas de contato, ou ambas elétricas, entre outros.

7 TERCEIRA LEI DE NEWTON (AÇÃO E REAÇÃO)

Como as duas primeiras Leis de Newton (lei da inércia e princípio fundamental


da mecânica) descrevem como é o comportamento de uma força, a terceira lei irá
analisar o sistema de troca de forças entre os corpos.
Assim:
|FA-B| = |FB-A|

Em casos de troca de forças é indiferente saber qual corpo realizou a ação e


qual realizou a reação, pois as forças sempre estarão aos pares, quando existe uma
ação sendo realizado sempre haverá uma reação. Que é o equivalente a dizer que
não existe uma ação sem reação.
Exemplos quando uma bola bate na parede a parede bate na bola com a
mesma intensidade, direção e em sentido oposto.
É usual utilizamos a notação F e – F quando representamos um par de forças
ação-reação. O sinal negativo representa que o sentido da força é o oposto de F.
A natureza da força de reação é sempre a mesma da de ação, por exemplo
ambas de contato, ou ambas elétricas, etc.

7.1 Aplicações da 3º Lei de Newton

Toda força que um corpo recebe é consequência da força que ele aplicou:
Quando uma pessoa caminha sobre uma superfície, ela é direcionada para
frente graças à força que ela aplicou sobre o chão.
Um foguete para entrar em órbita aplica uma constante ação de forças, sobre
o ar atmosférico, e em reação à esta força o foguete é impulsionado para cima. Note
que quando já em órbita o foguete só necessita de propulsão para alterar sua rota,
pois como prevê a 1º Lei de Newton o corpo irá permanecer em movimento, para

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mudar sua rota no espaço o foguete aplica uma força para o lado oposto que necessita
ir, e pela 3º Lei de Newton é direcionado para o outro lado.

8 CINEMETRIA

A cinemetria consiste na análise de parâmetros cinemáticos, tendo por base a


recolha de imagens do movimento em estudo e a sua posterior análise.
Este método permite, fundamentalmente, a caracterização cinemática das
técnicas em estudo. Por exemplo, a análise da distância, do tempo, da velocidade e,
da aceleração obtida por um dado segmento corporal ou pelo centro de massa do
sujeito ao realizar um determinado gesto.
Existem diversos processos de análise cinemática, como a cinematografia, a
cronociclografia, cineradiografia e, a estroboscopia.

No processo de investigação do movimento em biomecânica, busca-se a


definição de um método para a orientação da análise experimental,
procedimento que poderá envolver uma técnica ou um conjunto delas
permitindo o esclarecimento de problemas na estrutura da investigação.
(AMADIO, 2000, apud AMADIO, 2015).

Todavia, hoje em dia, o processo mais frequente na análise cinemática é


videografia. Existem dois tipos distintos de análises cinemáticas: as análises
bidimensionais e as tridimensionais.
Os procedimentos metodológicos incluem, num primeiro momento, a filmagem
de um objeto de calibração e do movimento em estudo, por câmaras colocadas num
só plano (estudos bidimensionais) ou em diversos planos (estudo tridimensional).
Numa segunda fase, é utilizado um sistema vídeo-analógico de medição do
movimento, ou seja, um programa informático, através do qual se captará os dados
por meio de um procedimento manual ou automático de digitalização dos pontos de
referência anatómica do indivíduo, em cada fotograma. Este procedimento tem como
objetivo a criação de imagens animadas de modelos espaciais, isto é, de um modelo
que represente o sujeito através de segmentos rígidos e articulados, correspondentes
aos diversos segmentos anatómicos a realizar a tarefa em estudo.
Antes, realizar-se-á o cálculo do fator escala, a partir de um objeto de calibração
do tipo bidimensional ou tridimensional, de acordo com o tipo de estudo a realizar, o

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qual permitirá a conversão das coordenadas do sistema informático em coordenadas
reais.
Após a digitalização das imagens, os dados serão tratados, isto é, através de
determinadas técnicas de filtragem, as informações obtidas serão corrigidas,
aumentando a fiabilidade dos resultados.
Finalmente, serão recolhidos os dados de interesse para o estudo sob a forma
numérica, gráfica ou, pictórica.

9 DINAMOMETRIA

A dinamometria refere-se a todo o tipo de processos que tem em vista a


medição de forças, bem como, a medição da distribuição de pressões.
Uma das técnicas fundamenta-se na utilização de plataformas de força. São
dispositivos que registam a força de reação do solo, nas suas diversas componentes
(vertical, lateral e, anteroposterior) em relação à plataforma.
Esses valores são enviados para um processador, o qual através de um
aplicativo informático, regista esses dados, os quais serão tratados e analisados.
Uma outra técnica consiste na utilização de plataformas de pressão. Estes são
dispositivos que fornecem mapas gráficos e digitais das pressões. Os equipamentos
mais frequentes são os sistemas de medição das pressões plantares. Mais não são
que palmilhas que contêm transdutores, os quais medem a pressão nas diversas
regiões da planta do pé.

Diferentes aparelhos foram projetados para mensurar a força de preensão


manual e são classificados em quatro categorias básicas: hidráulica,
pneumático, mecânico e extensômetros. (SHECHTMAN, 2005, apud
SANTOS, 2016).

10 ELETROMIOGRAFIA

Refere-se ao estudo da atividade neuromuscular, através da representação


gráfica da atividade eléctrica do músculo (Pezzarat Correia et al., 1993).

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Fonte: treinoemfoco.com.br

A Eletromiografia caracteriza-se pela detecção e recolha de uma corrente


eléctrica, com origem nas fibras musculares. Essas correntes eléctricas tem origem
nas alterações eletroquímicas das fibras musculares ao serem excitadas, ou seja, nos
potenciais de ação.
São atualmente utilizadas duas formas de recolher os sinais eletromiográficos:
através da colocação de eléctrodos sobre a pele (Eletromiografia de superfície) ou no
interior do músculo (Eletromiografia de profundidade).
O sinal depois de recolhido, será processado, ou seja, tratado através de um
conjunto de técnicas para que seja possível medir com fiabilidade os valores obtidos.
Segundo De Luca (1993) e Pezzarat et al. (1993), atualmente, as aplicações
mais comuns da Eletromiografia consiste em:
a) Determinar o tempo de ativação do músculo;
b) Medir o nível de excitação, enquanto indicador da força produzida;
c) Utilizar o sinal eletromiográficos enquanto indicador de fadiga.

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11 ANTROPOMETRIA

Fonte: prezi.com

A Antropometria tem em vista determinar as características e as propriedades


do aparelho locomotor. Ou seja, consiste na caracterização e determinação das
propriedades da massa corporal.
O estudo do centro de massa de um corpo é um dos elementos fundamentais
na análise dos movimentos. E para tal será necessário determinar previamente a sua
localização. Para tal, será necessário recorrer-se aos conhecimentos oriundos da
Antropometria.

A antropometria é um dos métodos mais usados na prática clínica para


avaliação da composição corporal e do EN do indivíduo principalmente na
infância e na adolescência, por ser simples, não invasiva e de baixo custo.
(HOFFMAN, 2001, apud CORADINE, 2015).

Uma outra área de interesse, para a Biomecânica, é a construção e


aperfeiçoamento de equipamentos e materiais. E, mais uma vez, os conhecimentos
oriundos da Antropometria serão determinantes para levar a bom termos essas
investigações.
A Antropometria, no âmbito biomecânico dedica-se, fundamentalmente ao
estudo de: A geometria da massa corporal; O centro de massa do corpo; O momento
de inércia de cada segmento corporal; O centro de massa de cada segmento; As
dimensões e as proporções corporais.

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Esta área auxilia na descrição e análise do movimento, apoiando-se na construção de
modelos antropométricos do corpo humano, tendo por base leis matemáticas e físicas,
procurando a optimização do rendimento.

12 AVALIAÇÃO POSTURAL

Fonte: studiopilatesteresina.com.br

Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que podem vir


a ser influenciada por vários fatores: anomalias congênitas e/ou adquiridas, má
postura, obesidade, alimentação inadequada, atividades físicas sem orientação e/ou
inadequadas, distúrbios respiratórios, desequilíbrios musculares, frouxidão ligamentar
e doenças psicossomáticas.
A análise da postura envolve a identificação e a localização dos segmentos
corpóreos relativos à linha de gravidade. É importante lembrar que a avaliação
postural deve determinar se um segmento corporal ou articulação desvia-se de um
alinhamento postural ideal. Portanto, podemos entender que na avaliação postural o
paciente deve sentir-se à vontade e evitar rigidez e posições não-naturais. Há a
necessidade de ser visualizado o equilíbrio global do corpo. O fio de prumo situa-se
no ponto Anteroposterior anterior ao maléolo lateral e, para os desvios laterais, entre
os calcanhares.

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A postura é vista como um processo estático, mas a gravidade e os
mecanismos de controle neural provocam constantemente um deslocamento
sutil do alinhamento do corpo, que necessita de controle postura. (BONDER,
2009, apud CARVALHO, 2011).

Postura Padrão, é uma postura ideal, ao invés de uma postura média. O


alinhamento esquelético ideal utilizado como padrão consiste nos princípios científicos
válidos, envolvendo uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga, e conduz à do
corpo.
O objetivo principal da avaliação postural é identificar os desequilíbrios mais
evidentes a fim de evitar prescrição de exercícios que possam vir a acentuar esses
desequilíbrios. A boa postura é aquela que melhor ajusta nosso sistema
musculoesquelético, equilibrando e distribuindo todo o esforço de nossas atividades
diárias, favorecendo a menor sobrecarga em cada uma de suas partes.
Diversos profissionais da área corporal têm utilizado a avaliação postural como
forma de aumentar o número de serviços prestados a seus clientes.

12.1 Postura

A postura é a capacidade de manter e movimentar as partes corporais de


maneira coordenada e confortável, sem perder a funcionalidade dos gestos, sem
sobrecarregar o sistema ósteo-articular e sem gerar tensões desnecessárias. Esses
aspectos são peculiares a cada indivíduo. Não há como estabelecer um padrão
postural.
A postura do ser humano pode ser definida como a posição que nosso corpo
adota no espaço, bem como a relação direta de suas partes com a linha do centro de
gravidade.
Postura é um composto das posições das diferentes articulações do corpo num
dado momento. Para que possamos estar em boa postura, é necessária uma
harmonia/equilíbrio do sistema neuromusculoesquelético.
Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que podem vir
a ser influenciada por vários fatores: Anomalias congênitas e/ou adquiridas, Má
postura, Obesidade, Alimentação inadequada, Atividades físicas sem orientação e/ou
inadequadas, Distúrbios respiratórios, Desequilíbrios musculares, Frouxidão
ligamentar e Doenças psicossomáticas.

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A postura também pode ter relação com os seguintes aspectos:
Socioculturais: Cada cultura pode adotar diversos hábitos posturais, tais como
formas de dormir, lugares onde dormir, formas de caminhar, dançar, sentar.
Psicológicos: Percepção pessoal em relação ao mundo. Como a pessoa se
sente e se porta em relação aos outros e perante certas situações. Estas atitudes
geralmente estão associadas à personalidade de cada um.
Biológicos: São as características biológicas de cada ser humano. Aspectos
anatômicos (largura, comprimento e forma dos ossos), fisiológicos (níveis de
flexibilidade, força, resistência, etc.), genéticos (diferentes etnias) e biomecânicos
(funcionalidade do movimento).

12.2 Avaliação postural na prática

Com o indivíduo vestindo roupas apropriadas e em pé, primeiramente é feito a


marcação/verificação dos pontos anatômicos.
Vista Lateral:
1. Tornozelo – Articulação calcâneo cuboidea.
2. Joelho – Epicôndilo lateral do fêmur.
3. Coxo femoral – Trocânter maior.
4. Ombro – Acrômio.
5. Cabeça – Meato auditivo externo.
Vista Anterior:
1. Calcanhares – Linha equidistante.
2. Joelhos – Linha equidistante aos côndilos mediais.
3. EIAS – Espinhas Ilíacas Antero Superiores.
4. Cicatriz umbilical.
5. Externo.
6. Nariz.
Vista Posterior:
1. Calcanhares – Linha equidistante.
2. Joelhos – Linha equidistante aos côndilos mediais.
3. Linha Interglútea.
4. EIPS – Espinhas Ilíacas Póstero Superiores.

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5. L5 ou L4 – Processo espinhoso.
6. T12 – Processo espinhoso.
7. T8 ou T7 – Processo espinhoso.
8. C7 – Processo espinhoso.
Após verificar os pontos anatômicos, a avaliação é feita sempre partindo de um
ponto específico em relação ao fio de prumo.
Segmento Lateral: O ponto utilizado como referência para alinhar ao fio de
prumo será a articulação calcâneo cuboidea. Após submeter o indivíduo corretamente
ao fio de prumo, verificar:
1. Geral – À frente, atrás ou sobre o fio de prumo.
2. Tornozelo – Dorso flexão, flexão plantar ou neutro.
3. Joelho – Hiperestendido, flexionado ou neutro.
4. Coxo femoral – Anteversão, retroversão, neutra.
5. Coxo femoral – Antepulsão, retropulsão e neutra.
6. Coluna lombar – Hiperlordose, retificação ou neutra.
7. Coluna dorsal – Hipercifose, retificação ou neutra.
8. Coluna cervical – Hiperlordose, retificação e neutra.
9. Ombro – Rotação medial, lateral e neutro.
10. Ombro – Protração, retração e neutro.
11. Cabeça – Projeção anterior, posterior e neutra.
Segmento Posterior: O ponto referência utilizado em relação ao fio de prumo
será a linha equidistante entre os calcanhares. Após submeter o indivíduo
corretamente ao fio de prumo, verificar:
1. Geral – À direita, à esquerda e sobre o fio de prumo.
2. Calcanhares – Pronado, supinado ou neutro.
3. Joelhos – Varo, valgo ou neutro.
4. Quadril – Alinhamento horizontal das EIPS.
5. Coluna – Desvios laterais e gibosidades/saliências paraespinhais.
6. Ombros – Alinhamento horizontal.
7. Triângulo de Tales – Assimetrias.
Segmento Anterior: O ponto referência utilizado em relação ao fio de prumo
será a linha equidistante entre os calcanhares. Após submeter o indivíduo
corretamente ao fio de prumo, verificar:

20
1. Geral – À direita, à esquerda e sobre o fio de prumo.
2. Antepés – Hálux valgo, dedos em garra ou neutro.
3. Pés – Plano, cavo ou neutro.
4. Calcanhares – Pronado, supinado ou neutro.
5. Joelhos – Varo, valgo ou neutro.
6. Quadril – Alinhamento horizontal das EIAS.
7. Quadril – Rotação medial, lateral ou neutro.
8. Ombros – Alinhamento horizontal.
9. Triângulo de Tales – Assimetrias.
A análise da postura envolve a identificação e a localização dos segmentos
corpóreos relativos à linha de gravidade.
É importante lembrar que a avaliação postural deve determinar se um
segmento corporal ou articulação desvia-se de um alinhamento postural ideal.
Portanto, podemos entender que na avaliação postural o paciente deve sentir-
se à vontade e evitar rigidez e posições não-naturais. Há a necessidade de ser
visualizado o equilíbrio global do corpo.
O fio de prumo situa-se no ponto Anteroposterior anterior ao maléolo lateral e,
para os desvios laterais, entre os calcanhares. Agora, quando falamos da Postura
Padrão, nos referimos a uma postura “ideal” ao invés de uma postura média. O
alinhamento esquelético ideal utilizado como padrão consiste nos princípios científicos
válidos, envolvendo uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga.
O objetivo principal da avaliação postural é identificar os desequilíbrios mais
evidentes a fim de evitar prescrição de exercícios que possam vir a acentuar esses
desequilíbrios. A avaliação postural deve ser realizada de tempos em tempos.

Os reflexos são responsáveis por manter a postura, ou seja, a posição


adequada de equilíbrio. Esta, por sua vez, proporciona uma distribuição de
peso à massa corporal, a fim de evitar as quedas. A postura é necessária à
habilidade motora para vencer a gravidade. (FOURNIOL, 1998, apud
CORRÊA, 2018).

No entanto, após realizada a avaliação postural, se faz necessário que os pais tomem
conhecimento dos resultados e que se necessário, seja orientado a procurar um
ortopedista, para um melhor acompanhamento da criança.

Na movimentação corporal, a articulação do quadril é a que mais oscila e a


partir dela são necessárias as correções e ajustes no movimento. Isto
acontece porque além desta articulação ter maior possibilidade de movimento
21
comparado com as articulações do joelho e tornozelo, os ajustes na
articulação proximal refletem nas articulações distais, facilitando o controle
do movimento. Devido ao grande número de graus de liberdade a articulação
do quadril tem uma maior mobilidade (BARBIÉRI, 2008, apud MARCIANO,
2018).

13 ALTERAÇÕES DA COLUNA

Fonte: escoladepostura.com.br

13.1 Hiperlordose e hipolordose

Lordose lombar: A lordose é outra curvatura normal da coluna vertebral. Ela se


desenvolve depois do nascimento nas regiões cervical e lombar e é importante para
melhor distribuição das cargas que incidem sobre a coluna.
Alterações no grau da curva lordótica da região lombar, para mais ou para
menos, indicam a presença de desvios posturais, que podem ser de dois tipos:
Hiperlordose: quando há aumento excessivo da curvatura para dentro do
corpo, na direção da frente do abdômen, o que deixa os glúteos mais destacados
(síndrome do bumbum arrebitado) e a barriga mais saliente.

O aumento da lordose lombar pode comprometer a função dos músculos


flexores do quadril, dos extensores lombares e do grupamento abdominal,
além de sobrecarregar o ligamento longitudinal anterior, de estreitar o espaço
discal posterior e o forame intervertebral, comprimindo a dura-máter, vasos
sanguíneos de raízes nervosas. (KISNER, 2009, apud SIQUEIRA, 2015).

22
Hipolordose: quando existe redução dessa curvatura a ponto de provocar
retificação da coluna nas regiões cervical e lombar. Tanto a hiperlordose quanto a
hipolordose podem comprometer a mobilidade da coluna na região afetada.
Lombalgia (dor nas costas) é o sintoma típico dessa desordem, especialmente
depois de atividades que envolvem a extensão da coluna lombar, como ficar sentado
ou em pé, imóvel, por muito tempo, erguer ou carregar objetos pesados sem os
cuidados necessários para proteger a coluna.

13.2 Cifose

Cifose é o termo que serve para designar tanto a curvatura fisiológica nas
regiões torácica e sacrococcígea da coluna vertebral, quando vista de perfil, como a
hipercifose, ou seja, o aumento pronunciado da curvatura para trás, no sentido ântero-
posterior da região torácica da coluna.
A principal característica da cifose torácica (ou hipercifose torácica) é o
abaulamento das costas provocado pelo aumento exagerado da curvatura posterior
dessa parte da coluna. Para compensá-la, ombros, pescoço e cabeça são projetados
para frente, o que favorece o aparecimento da lordose cervical.
A deformação se instala aos poucos e não necessariamente vem
acompanhada de sintomas. Quando eles se manifestam, os mais comuns são dor,
fadiga e rigidez da coluna.

A hipercifose é um exagero da curva normal observada na coluna torácica,


sendo que existem várias causas para tal, incluindo a tuberculose óssea,
fraturas por compressão vertebral, doença de Scheuermann, espondilite
anquilosante, osteoporose senil, tumores, compensação em conjunção com
a presença de hiperlordose e anomalias congênitas. (MAGEE, 2002, apud
BARBIERI, 2014).

A cifose torácica pode manifestar-se em qualquer idade. Rara nos recém-


nascidos, comum na infância e adolescência (costuma afetar os meninos muito altos
para a idade e as meninas no período do crescimento das mamas), acomete também
as pessoas mais velhas. Nessa fase da vida, o desgaste das vértebras, a perda da
flexibilidade dos discos intervertebrais, que se desidratam, e o enfraquecimento da
musculatura dorsal representam fatores de risco para a ocorrência da hipercifose
torácica.

23
13.3 Escoliose

As curvas em nossa coluna vertebral ajudam a parte superior do corpo a manter


alinhamento e equilíbrio adequados. No entanto, quando existem curvas anormais por
toda a coluna vertebral, referimo-nos a isso como escoliose.

A escoliose é um desvio da coluna vertebral resultante de uma curvatura


lateral no plano frontal, associado ou não, com a rotação dos corpos
vertebrais nos planos axiais e sagitais. (SOUCHARD, 2005, apud PETRINI,
2015).

Existem muitas causas de escoliose, incluindo deformidades congênitas da


coluna, problemas genéticos, problemas neuromusculares e desigualdade de
comprimento dos membros. Outras causas de escoliose incluem paralisia cerebral,
espinha bífida, distrofia muscular, atrofia muscular espinhal e tumores. Mais de 80%
dos casos de escoliose, no entanto, não tem nenhuma causa conhecida.
Os sintomas para escoliose irão variar em cada indivíduo. No entanto, alguns
sintomas podem incluir o seguinte: Ombros em alturas diferentes (uma escápula mais
proeminente do que a outra); Cabeça não centrada diretamente acima da pélvis;
Aparência de um quadril proeminente, levantado; Costelas com alturas diferentes;
Cintura irregular; Mudanças na aparência ou textura da pele sobre a coluna; Inclinação
do corpo inteiro para um lado; Proeminência da costela quando dobrada.
Desequilíbrios: Músculos do lado oposto a curvatura alongados; Músculos do
mesmo lado curtos e fortes flexores laterais do tronco direito; Adutores do quadril;
abdutores do quadril esquerdo; tibial direito; flexor longo do Hálux; flexor longo dos
dedos; Fibulares longos e curto esquerdo, típica em indivíduos destros.

A escoliose apresenta os seguintes tipos de curvatura: estruturais e


funcionais, podendo apresentar-se em forma de “C” única curva ou “S” dupla
curva, sendo que, nesse caso, a curvatura maior deve ser considerada a
primária. (HEBERT, 2003, apud PETRINI, 2015).

24
14 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Fonte: dicasdemusculacao.org

Desde que assumiu a postura ereta, o maior desafio do Homem foi ficar em
pé sem sobrecarregar a estrutura óssea e as articulações. Para isso, o corpo
se defende diariamente na luta contra a gravidade a fim de compensar
deficiências de equilíbrio ou dores (SOUCHARD, 1996 apud MADEIRA et al,
2002).

A maior vantagem da postura ereta é habilitar as mãos a ficar livres e os olhos


a focar mais longe à frente. Porém, as desvantagens incluem a sobrecarga aumentada
sobre a coluna e os membros inferiores e dificuldades comparáveis na respiração e
transporte do sangue à cabeça, o que se torna simples quando se tem postura
adequada.
Por definição, postura é a posição ou a atitude do corpo em disposição estática
ou o arranjo harmônico das partes corporais a situações dinâmicas, resultado da
capacidade que os ligamentos, cápsulas e tônus muscular têm de suportar o corpo
ereto, permitindo a permanência em dada posição por períodos prolongados sem
desconforto e com baixo consumo energético.
Na postura padrão, a coluna apresenta curvaturas normais, e os ossos dos
membros inferiores ficam em alinhamento ideal para a sustentação de peso. A posição
neutra da pelve conduz ao bom alinhamento de abdome, tronco e membros inferiores.
O tórax e a coluna superior se posicionam de forma que a função ideal dos órgãos
respiratórios seja favorecida. A cabeça fica ereta, bem equilibrada, minimizando a

25
sobrecarga sobre a musculatura cervical. Quando o equilíbrio não acontece, surgem
os desvios posturais, que na infância podem ser tratáveis.

Desvio postural na infância

Vários são os desvios posturais apresentados pela criança durante a fase de


desenvolvimento devido às alterações provenientes do próprio crescimento. Na
infância e adolescência que a postura se encontra em processo de desenvolvimento.
A postura decorrente de maus hábitos pode causar alterações na estrutura
óssea durante a infância e a adolescência, gerando complicações no âmbito funcional,
ortopédico, respiratório e outros, além de algias musculares.

Os problemas posturais quase sempre têm sua origem na infância,


principalmente aqueles relacionados com a coluna vertebral, os quais podem
ser desencadeados por traumatismos, fatores emocionais, socioculturais e
hereditários, ou ainda, por indumentária inadequada. (SANTOS, 1998, apud
CORRÊA, 2018).

As afecções do sistema musculoesquelético, particularmente as algias


vertebrais, constituem um problema tão sério na sociedade moderna que equipes
multidisciplinares procuram desenvolver normas para a adequada avaliação da coluna
vertebral, a fim de diagnosticar precocemente problemas relacionados a postura.
Assim, a avaliação passa a ser de enorme importância não apenas para o
tratamento, mas também como fator de prevenção de intercorrências e feedback.
Excluindo-se as patologias de ordem traumática, senil ou infecciosa, acredita-
se que as deformações ósseas tenham origem entre o nascimento e os 20 anos de
idade. Justifica-se, diante disso, a importância de diagnosticar, na época de
adolescência, os desvios posturais que ocorrem.
O diagnóstico precoce, principalmente dos desvios da coluna vertebral, é
fundamental. É aconselhável que todas as crianças sejam examinadas
periodicamente, e com maior atenção na fase do crescimento rápido.
Deve-se ficar atento às alterações posturais encontradas em crianças na faixa
etária de 7 a 12 anos por ser um período intermediário entre o primeiro estirão de
crescimento, que ocorre do nascimento até o 3º ano de idade, e o segundo, que
acontece na adolescência.

26
Crianças em idade escolar passam entre quatro e cinco horas na escola e
permanecem sentadas a maior parte do tempo, e a escola tem se tornado o ambiente
que mais favorece a postura de sustentação na posição sentada, tendo em vista que
a criança permanece assim durante horas.
Na infância e adolescência, a postura encontra-se em processo de
desenvolvimento. Nesse período, qualquer alteração funcional em função da má
postura irá repercutir negativamente no futuro. A partir daí, vem a necessidade do
avanço na reflexão das principais características que envolvem a má postura. Para
detectar os desvios posturais, deve ser realizada avaliação postural por meio de um
dos vários instrumentos de diagnose relatados na literatura. Após a análise dos
resultados, sugere-se que as crianças sejam atendidas de acordo com as
necessidades, podendo ser encaminhadas a outros profissionais, como fisioterapeuta
ou ortopedista.

Outras alterações musculoesqueléticas são comumente encontradas na


segunda infância, tais como as alterações nos joelhos, sendo as mais
frequentes: o joelho valgo ou varo, que apresenta estágios normais durante
o desenvolvimento dos membros inferiores. Inicialmente, ocorre um varismo,
seguido de valguismo extremo, que regride gradativamente até ceder lugar à
posição normal do valguismo, no meio e no final da segunda infância, o joelho
recurvato. (BURNS, 1999, apud CORRÊA, 2018).

Na escola, por meio das aulas de Educação Física, pode ser potencializado o
fortalecimento de musculaturas fragilizadas e o alongamento daquelas encurtadas, já
que os exercícios terapêuticos são o principal meio pelo qual o equilíbrio muscular é
restaurado. Além disso, fica clara a necessidade de desenvolver a consciência
corporal.
A idade escolar compreende a fase ideal para recuperação das disfunções na
coluna vertebral de maneira eficiente, pois a correção precoce nesse momento
possibilita padrões posturais corretos na vida adulta e é o período de maior
importância para o desenvolvimento musculoesquelético do indivíduo.
O aumento significativo de problemas posturais em crianças de todo o mundo
se deve à má postura durante a atividade escolar, como uso incorreto de mochila
escolar, na maioria das vezes pelo excesso de peso de livros e cadernos, utilização
de calçados inadequados, sedentarismo e obesidade.
A avaliação postural é de fundamental importância para o planejamento do
tratamento fisioterapêutico e para o acompanhamento da evolução e dos resultados

27
do tratamento. Normalmente, a avaliação postural é feita pelo método clássico, que
consiste da análise visual do aspecto anterior, lateral e posterior do corpo, com o
sujeito em trajes sumários, analisando os desníveis de ombro, clavículas, mamilo,
cintura, espinhas ilíacas, joelhos e pés.

O alongamento muscular, aparentemente, parece ser um procedimento muito


simples. Na verdade, envolve mecanismos extremamente complexos de
regulação periférica do movimento, os quais nem sempre são bem
explorados (CHEBEL, 2008, apud SANTOS, 2016).

Entre as várias lesões posturais encontradas na fase escolar, a principal é a


escoliose, que se define como desvio no eixo sagital da coluna correspondente a
valores maiores que 10 graus. A alteração inicia-se na infância e adolescência
podendo acarretar, se não tratada devidamente, uma instalação definitiva dessa
anomalia vertebral, afetando drasticamente a aparência física e possivelmente
encurtando a expectativa de vida.
Principalmente no período de 7 a 12 anos de idade, quando ocorre a busca do
equilíbrio para as novas proporções do corpo, que se evidenciam as transformações
posturais.

14.1 Problemas posturais comuns em crianças

Hipercifose: ombros fletidos para a frente e cabeça fletida para baixo.


Este quadro é comum em crianças acanhadas, envergonhadas e que sentam
muito errado, como no computador ou no hábito diário de jogar vídeo games. Na
adolescência, este quadro é mais comum em meninas, pela vergonha e necessidade
de proteger ou esconder as mamas.
Hiperlordose: bumbum empinado para trás.
Embora seja bem visto pela cultura brasileira, este é um quadro comum de má
postura, obesidade e fragilidade da musculatura abdominal. Existe, embora menos
comum, muitos casos de meninos com este problema. Alguns esportes, como o balé
e a natação, podem agravar este quadro, e o profissional responsável, assim como os
pais, deverão estar atentos, na forma de evitar agravamentos.
Escoliose: ombro caído para um dos lados
Causada principalmente pela utilização de bolsas ou mochilas em um ombro
só, puxar mochila de rodinha ou andar com gingado.
28
Todos estes problemas posturais se não forem tratados, irão, ao longo do
crescimento, aumentando as tensões, as compensações e curvaturas. Dores
localizadas irão surgir cada vez com maior frequência, além de sinais de
enfraquecimento abdominal, atonias musculares e comprometimentos da coluna, do
movimento e da disposição.
Todos esses fatores devem chamar a atenção dos pais e parentes, para assim,
recorrerem a um profissional para que haja uma investigação e boa orientação.
Um alerta: muitos pais (ou parentes) ficam realizados em implementar a prática
de um esporte no cotidiano de seus filhos (sobrinhos, netos, etc.). Demandam grande
energia econômica (custo, uniformes, etc.) e de tempo (levar, pegar, etc.) para realizar
este sonho saudável. Mas, é preciso estar atento sobre a existência de algum dos
problemas posturais mencionados acima, pois o esporte praticado sem integrar a
devida correção postural, irá agravar ou até deixar sequelas.
O primeiro passo a ser tomado é procurar um médico especializado em
ortopedia para que sejam realizados exames específicos e avaliadas as reais
condições de comprometimento postural.
Outro passo importante é consultar um fisioterapeuta especializado em RPG
(Reeducação Postural Global), para que se faça uma reconstrução de sua postura,
com reeducação via conscientização dos seus hábitos de movimento e postura.
Quanto mais cedo for detectado o problema postural, mais fácil será sua correção e
cura.

29
15 AVALIAÇÃO POSTURAL NA ADOLESCÊNCIA

Fonte: correndodebemcomavida.com

Avaliação postural na escola de maneira geral não é de costume dos


professores de educação física em aplicar um método subjetivo de análise. As fontes
bibliográficas interferem muito nesta questão e citam um leque de informações onde
se determina que utilizando um método didático e estimulando os alunos participam
das aulas de avaliação postural.
Os alunos do ensino médio transportam excesso de material escolar, livros
pesados. Dores de coluna nesta faixa etária são os primeiros sintomas que podem
aparecer e causar desvios. O método de avaliação depende de cada profissional que
irá aplicar.
Na experiência em sala de aula, a realidade dos maus hábitos que estes alunos
têm, assim criando estratégias, planejamento bimestral em adotar um método
avaliativo para verificar os desvios da coluna vertebral. O método de avaliação
depende de cada sala de aula em nível de comportamento e de cada professor, assim
usando uma didática metodológica que proporciona interesse na participação de
todos.
Percebe-se que é durante a fase de crescimento e desenvolvimento onde há
decorrência de alterações posturais, principalmente nos alunos do ensino médio que
passam longos períodos sentados de maneira incorreta em sala causando
desequilíbrio postural da coluna vertebral e prejudicando a marcha.

30
Uma pessoa que fica sentada ou de pé por períodos longos tende a ter má
postura. Isso pode resultar em um desequilíbrio muscular.

Podemos citar alguns problemas musculoesqueléticos (referentes ao sistema


locomotor) e neuromusculares (referentes aos nervos periféricos e aos
músculos) relatados por músicos. São eles: dor; dormência ou formigamento;
fadiga ou fraqueza muscular; distonia focal - o termo usado para descrever
um grupo de doenças caracterizado por espasmos musculares involuntários
que produzem movimentos e posturas anormais; problemas nos nervos
periféricos (saem da medula nervosa e vão para os membros) entre outros,
muitas vezes causados pela "Síndrome de Sobrecarga ou uso excessivo" ou
"Síndrome de Superuso", que ocorre quando o estresse nas estruturas do
corpo é maior do que aquela que podem suportar. (ANDRADE, 2000,
apud ALVES, 2012).

Educação física é saúde e são fundamentais para o aprendizado dos alunos e


por isso eles aparecem descritos nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Com a
educação física os estudantes buscam maior conhecimento sobre o corpo, prevenção.
O Desequilíbrio que acomete as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral é
gerado pelas tensões musculares, maus hábitos posturais, disfunção postural,
sedentarismo, causando modificações da coluna aumentando a hiperextensão das
curvaturas Lordose e Cifose, acometendo síndromes dolorosas relacionadas a má
postura.
A coluna vertebral possui quatro curvaturas fisiológicas: lordose cervical, cifose
torácica, lordose lombar e cifose do sacro. Cada uma delas tem a sua função, mas,
quando o ângulo da curvatura é aberto ou fechado demais, elas podem causar
problemas ao paciente.
O aluno que ainda está na fase escolar senta muitas vezes errado prejudicando
a coluna lombar, onde está situada a lordose, que quando fica muito tempo nesta
posição há possibilidade de alterar a lordose para Hiperlordose. A Hipercifose pode
estar associada a um encurtamento dos músculos peitorais e a um aumento de tensão
no grupo abdominal.
A Hiperlordose pode ser definida como “a acentuação da curvatura lordótica
fisiológica, podendo ocorrer em nível cervical ou lombar [...]”. Esses desvios são
caracterizados por aumento e retificação das curvaturas na região cervical e lombar,
onde os maus hábitos de sentar-se errado e posicionar incorretamente.
Outro problema que se torna grave em questão aos desvios da coluna vertebral
é a Escoliose, é definido como um desvio lateral da coluna vertebral ou simplesmente
uma curvatura lateral da coluna, dependendo o lado que se altera forma “S” ou “C”;
31
ela pode ser classificada em Escoliose Lateral à Direita ou Esquerda, tanto Lombar
quanto Torácica.
Quanto ao diagnóstico pode ser feito pelo método simples de avaliação postural
com um profissional de Educação Física e através de exames radiográficos solicitados
por um médico.
A Inadequação do mobiliário escolar em relação ao peso e estatura das
crianças e o peso excessivo das bolsas e mochilas escolares também agravam a
aquisição ou o aumento dos problemas posturais da coluna sendo fácil observar que
as crianças ficam todas tortas com uma imensa mochila, carregada de material
escolar.
A avaliação postural na escola deve ser estimulada pelo professor de educação
física numa forma didática que seja possível a compreensão dos alunos e
participação. É possível fazer esse trabalho mesmo que haja evacuações dos alunos
nas horas em que as aulas de Educação Física são vivenciadas.
Por fim, a avaliação postural da coluna vertebral pode ser aplicada por qualquer
profissional da área da saúde. De maneira geral dentro da escola quem fica
responsável por esse processo é o professor de Educação Física. Ele pode orientar
em ao aluno hábitos de atitudes saudáveis; se o caso for sério, alertar os familiares
que buscam tratamento adequado.

16 AVALIAÇÃO POSTURAL EM ADULTOS

Fonte: acessa.com

32
O estilo de vida atual torna as pessoas mais sedentárias do que no passado
quando, ao experimentar vários tipos de brincadeiras, promoviam um maior equilíbrio
entre a musculatura estática e dinâmica, evitando grandes retrações musculares e
fixações das articulações.
Os adultos têm uma grande tendência a desenvolver essas retrações e
fixações, por causa do tempo em que permanecem exercendo apenas um tipo de
postura, em sala de aula, na frente do computador, vídeo games, trabalhos
domésticos, escritório entre outras atividades diárias. Mais tarde começam os
problemas de coluna.
Os esportes mais praticados nem sempre são uma garantia de que não
desenvolverão algum problema de coluna. Se o indivíduo praticar apenas um esporte
durante um longo período pode também estar exposto a um desequilíbrio entre as
cadeias musculares.
Alterações posturais são ocorrências significativamente presentes nas
pessoas, daí a necessidade de avaliações periódicas desde cedo, para que
comportamentos que possam causar ou agravar essas alterações sejam corrigidos
preventivamente, e para evitar a prescrição de exercícios e esportes que possam vir
a acentuar esses problemas.
A partir da avaliação de um profissional especializado, poderão ser melhor
orientadas quanto às práticas preventivas e corretivas das quais poderá se beneficiar.
Com a supervisão deste especialista, é possível desenvolver programas de
orientação e intervenção imediata na escola, trabalho e atividades físicas corretivas
para os desequilíbrios posturais.

O joelho tem como função sustentar grandes forças, oferecer estabilidade e


grande amplitude de movimento. A mobilidade é fornecida pela estrutura
óssea, e a estabilidade é fornecida pelos tecidos moles, ligamentos, músculos
e cartilagem (ALMEIDA; JUNIOR, 2010, apud MARCIANO, 2018).

Pais e empresas serão estimulados a conscientizar seus filhos e pares para a


importância de bons hábitos posturais nas atividades rotineiras como, sentar à frente
do computador, TV, no trabalho, no transporte, na realização das tarefas de casa,
enfim, em todas as atividades diárias.
O trabalho preventivo é sempre o mais efetivo e o que traz resultados mais
satisfatórios a longo prazo. Contudo, na presença da alteração já instalada e havendo

33
a necessidade, procure um especialista para avaliação, tratamento e
acompanhamento.

17 AVALIAÇÃO POSTURAL EM IDOSOS

Fonte: fisioweb.com.br

Postura Posição ou atitude do corpo, a disposição relativa das partes do corpo


para uma atividade específica, ou uma maneira característica de sustentar o próprio
corpo.
A boa postura é conceituada como a posição que o corpo assume no espaço
em função do equilíbrio de vértebras, discos, articulações e músculos. Deve envolver
interações complexas entre os ossos, as articulações, o tecido conjuntivo, os
músculos esqueléticos e os sistemas nervosos central e periférico.
Sabe-se que o controle da postura é um grande desafio para o corpo humano,
sobretudo em idosos, pois o processo de envelhecimento traz várias alterações
anatômicas e fisiológicas, como distúrbios na coluna vertebral, que apresenta as
curvaturas: cervical (concavidade posterior), torácica (convexidade posterior), lombar
(concavidade posterior) e sacra (convexidade posterior).

Os distúrbios do equilíbrio decorrentes do envelhecimento alteram os


sistemas sensitivos, visual e efetor e ainda estão associados às doenças
crônico- -degenerativas e ao ambiente em que o idoso está inserido, gerando
instabilidade postural e risco de quedas. (GONÇALVES, 2009, apud
CARVALHO, 2012).

34
A senescência caracteriza-se como um processo de comprometimento e
decadência das funções motoras e cognitivas, de modo que ocorrem modificações
fisiológicas no sistema neuromusculoesquelético, as quais associadas a doenças
crônico-degenerativas, podem levar a déficits de equilíbrio e alterações na marcha,
influenciando na aquisição de desvios posturais o que predispõem à ocorrência de
quedas, ocasionando graves consequências sobre o desempenho funcional, bem
como na realização de atividades de vida diária (AVD’s).
O componente sensorioperceptual é responsável pelo controle da postura e do
equilíbrio, está governado por informações aferentes de três sistemas: o visual, o
vestibular e o proprioceptivo; cada um deles é dirigido a um sistema distinto de
coordenadas externas e nenhum deles percebe o centro da gravidade do corpo
diretamente. Já o integrador central faz as escolhas das informações sejam elas,
corretas ou incorretas, para que isso ocorra é necessária uma ação integradora do
sistema nervoso central.
No idoso pode-se observar uma diminuição da integridade destes
componentes, causando compensações ao alinhamento da coluna vertebral, que é
influenciada pela diminuição do arco medial do pé, um aumento das curvaturas da
coluna, bem como a diminuição no tamanho da coluna vertebral, decorrentes de
perdas do líquido nos discos das articulações intervertebrais. Muitas destas alterações
são ocasionadas pelos esforços submetidos ao decorrer da vida, maus hábitos
alimentares e/ou sedentarismo.
O organismo passa por mudanças físicas e fisiológicas com o passar do tempo.
Isto resulta em perdas funcionais progressivas, geradas por fatores como: mutações
genéticas, ambientais, surgimento de doenças e declínios nos sistemas do corpo.
Dentre as estruturas de perda funcional encontram-se os tendões e ligamentos, que
sofrem redução do conteúdo de água e, como decorrência, aumento da rigidez dessas
estruturas, e os ossos, que sofrem uma considerável alteração, no que diz respeito à
densidade mineral e a microarquitetura óssea durante o envelhecimento, havendo
ainda alteração no disco intervertebral. A taxa média de diminuição na altura é de
cerca de 2cm por década, em homens e mulheres entre 60 e 80 anos, podendo atingir
até 12 cm em casos mais extremos de perda óssea.

35
As lesões e o envelhecimento reduzem irreversivelmente a capacidade de
absorção de água pelos discos, resultando numa diminuição na sua capacidade de
absorção de choque.
Essas alterações ocorrem mais precocemente na coluna vertebral,
principalmente no corpo da vértebra, do que nos membros, afetando de forma mais
acentuada o sistema osteomioarticular, responsável pelos sistemas ósseo, muscular
e articular.

17.1 Alterações degenerativas associadas à idade

Podem afetar predominantemente o disco vertebral de alguns pacientes,


enquanto em outros podem afetar principalmente as articulações apofisárias. A
maioria dos discos mostra alguns sinais de degeneração com a idade, sendo que
combinado com a diminuição da altura do corpo vertebral, resulta numa diminuição da
estatura do idoso. Ressalta também, que a degeneração do disco e
subsequentemente a reduzida capacidade de absorção de choques da coluna
vertebral, contribui para a formação de osteófitos.

Como uma forma de minimizar esses efeitos o organismo produz o osteófito,


que é uma nova formação óssea em torno da vértebra, tem o objetivo de
fortalecer a região lesada, essa formação dos osteófitos pode constringir os
canais por onde passam os nervos podendo levar a uma leve paralisia
muscular (QUINTANILHA, 2002, apud RIZZXI, 2015).

Os osteófitos são uma “formação óssea anormal, muito frequente, que é


produzida na proximidade das articulações vertebrais, podendo ter outras
localizações. É o responsável pelo chamado “bico de papagaio”. Dependendo do
tamanho destes osteófitos, pode ocorrer uma restrição do movimento da coluna
vertebral, comum em indivíduos idosos.
Algumas alterações nas curvaturas da coluna vertebral como hipercifose
torácica e hiperlordose lombar, quase sempre estão presentes em indivíduos idosos.
A hiperlordose lombar pode estar relacionada à obesidade, fraqueza dos
músculos abdominais e a má postura mantida e ainda a anteversão pélvica. A
hipercifose pode ser resultado de fatores ambientais, ocupacionais, nutricionais e
raciais, e pode acarretar na redução nos movimentos do tronco para as respostas
respiratórias e motoras, na protração escapular e pode provocar patologias no ombro.

36
A hipercifose ocasiona uma projeção da cabeça no sentido de manter o olhar
horizontalizado. Outro problema postural que acomete os idosos é a escoliose,
definida como um desvio lateral da coluna, e apresenta como causas desde
modificações no posicionamento dos pés, no comprimento dos membros, no
posicionamento pélvico, retrações musculares, mal funcionamento da ATM, entre
outras.
As alterações posturais podem também causar dor, como lombalgia e
cervicalgia, e redução do movimento da coluna vertebral, sobretudo os movimentos
sutis de rotação envolvidos no rolamento segmentar e padrão recíproco normal dos
membros na marcha normal.

18 AVALIAÇÃO POSTURAL: QUALITATIVA,

Para se fazer uma boa avaliação postural qualitativa, deve-se ter alguns
princípios: Possuir um bom referencial de alterações postural, como um retináculo ou
similar para desníveis; O avaliado deverá possuir a menor quantidade de roupa
possível, ou seja, para homens calção de banho (sunga) e mulheres sunquíni ou
biquíni; Possuir um ângulo de visão de não ultrapasse alguns metros para não perder
a definição das alterações; Inicia-se com o avaliado na posição posterior para o
avaliador com os pés próximos; A avaliação inicia-se sempre de baixo para cima, ou
seja, observando os calcanhares até atingir a cabeça; Depois se posiciona o avaliado
em qualquer perfil, para depois observar o outro; Por último, o perfil anterior, sempre
com a mesma estratégia, ou seja, de baixo para cima; Anotam-se todas as
observações em papel pré-fixado as variáveis e qualificando de acordo com alguns
referenciais.
As qualificações poderão seguir diversos critérios. O importante é que se crie
um e o assuma para todas as futuras avaliações. Pois não adiante observar uma
acentuação do arco lordótico lombar, sem classifica-la em que graduação esta se
apresenta. Pois uma coisa é ter uma pequena acentuação e outra é uma severa
acentuação. Para a prescrição dos exercícios, isto realmente é muito importante.
Discreta (grau I): quando a observação é feita com muito detalhe para se chegar
às conclusões. Tem-se dificuldade de encontrar aquela alteração da normalidade;

37
Moderada (grau II): Quando a observação é fácil de ser observada, sem
grandes preocupações ou dúvidas, porém sem ser algo que chame muita a atenção;
Severa (Grau III): Quando o avaliador se espanta com tamanha alteração.
Chega a ser visível para qualquer leigo, sendo necessário sempre uma opinião médica
para melhor diagnóstico.

18.1 Instrumento de coleta das informações da avaliação postural qualitativa

Neste instrumento, basta apenas assinalar em qual qualificação lhe parece o


quadro e depois informar o lado em que está, se é que cabe este tipo de análise na
região observada.
Pé cavo: acentuação do arco plantar. Vista no plano frontal com os pés
afastados;
Pé plano: redução do arco plantar. Vista no plano frontal com os pés afastados;
Tornozelo pronado: visto no perfil posterior no plano coronal, quando o
calcâneo gira para dentro em relação a perna;
Tornozelo supinado: Exatamente o oposto do anterior;
Tornozelo abduzido: Quando a coxa estiver alinhada no marco zero, e o pé
estiver ligeiramente rodado externamente. Vista no perfil superior no plano transverso;
Tornozelo aduzido: exatamente o oposto do anterior;
Tíbia vara: visto no perfil anterior plano coronal, é quando há uma acentuação
da curvatura da tíbia se torna evidente;
Joelho valgo: Com uma linha imaginária entre a perna e a coxa, forma-se um
ângulo externamente, projetando os joelhos para dentro;
Joelho varo: exatamente o oposto do anterior;
Joelhos recurvatum: visto no plano sagital, a linha que imaginamos entre perna
e coxa, é formado um ângulo inferior a 180º na parte anterior, projetando os joelhos
para trás;
Coxa em rotação externa: muito confundida com pés abduzidos. Lembre-se
que o pé não abduz e sim o tornozelo. Observe se os posicionamentos dos pés estão
relacionados com a coxa. Se todo o segmento (patela, coxa) estiverem em rotação,
pode ter certeza que foi a coxa quem rodou.
Coxa em rotação interna: exatamente o oposto;

38
Pelve desnivelada: Inclinação da crista ilíaca em relação a outra para um dos
lados, tornando-a mais alta. Geralmente devido a diferença de segmentos. Observe o
lado mais alto;
Anteposição pélvica: Posição adquirida devido a extensão lombar e flexão de
coxofemoral;
Retroposição pélvica: exatamente o oposto;
Cintura escapular desnivelada: Como na pelve, apresenta-se com a elevação
de um dos ombros. Geralmente provocada pela escoliose, mas também pode ser em
função dos encurtamentos musculares;
Acentuação lordótica lombar: A curvatura fisiológica lombar, que é a lordose,
foi acentuada. Vista no perfil sagital. Pode-se atribuir graus de inclinação. Não usar o
termo hiperlordose deliberadamente.
Retificação lordótica lombar: O oposto. Quando a curvatura deixa de existir em
função de um novo posicionamento das vértebras. Sugere-se anteposição pélvica;
Acentuação cifótica torácica: Mesmo que na lombar. Porém o acometimento se
dá em uma curvatura de convexidade posterior, tornando o sujeito inclinado para
frente.
Retificação cifótica torácica: O oposto ao anterior. A vista será a postura mais
ereta, porém não fisiológica;
Acentuação lordótica cervical: Como na lombar, provoca proeminência da
sétima vértebra cervical ou a primeira torácica. Costuma projetar também a cabeça à
frente;
Retificação lordótica cervical: Uma postura que normalmente provoca
alterações em todo o resto do corpo, devido ao posicionamento da cabeça;
Triângulo de tales: ao desnivelar a pelve, haverá uma abertura maior entre um
dos braços e o tronco. Normalmente do lado oposto a inclinação;
Retroposição da cintura escapular: Quando o complexo retroage em função de
encurtamento muscular ou pela postura retificada da cifose torácica. Tende a projetar
os ombros para trás. Vista no plano sagital;
Anteposição da cintura escapular: O oposto ao anterior. Não há relação direta
com a acentuação da cifose, mas poderá estar presente;

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Ombros em rotação interna – A dica é observar a interlinha articular do cotovelo
pelo perfil anterior, pois caso haja a rotação interna, esta não é visível neste perfil, ou
se tem grande dificuldade de se observar;
Ombros em rotação externa – Ao contrário da anterior, com facilidade de
observação da linha interarticular, e também com a palma da mão voltada para frente;
Cabeça anteposicionada – como o nome sugere, a cabeça se torna protusa,
pode ser gerada pela flexão de cervical, ou pela extensão, pois a cervical possui dois
pilares. Importante é observar se um ponto perto do meato acústico externo está muito
projetado à frente;
Cabeça retroposicionada – exatamente o oposto da anterior;
Escápulas – esta poderá estar posicionada de diversas formas, mas esta é fácil
perceber pelo que sugere o próprio nome.

19 HÁBITOS POSTURAIS

Fonte: kmpilates.com.br

Parar e observar a forma como praticamos pequenas coisas em nossa rotina


é, sem dúvida, algo que passa desapercebido para a grande maioria das pessoas.
Uma atenção e pequenos cuidados podem melhorar nossa qualidade de vida, a
postura saudável de nossos filhos, trazendo bem-estar e minimizando possíveis
patologias.

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Começa pela escolha da roupa, do sapato adequado e confortável, assim como
optar por uma mochila não muito pesada. E, certamente que devemos observar a
qualidade da pele, unhas, cabelo e dentes de todos nós. Não só a questão do asseio,
mas o brilho, viço ou fragilidade. Mas, não podemos esquecer de prestar atenção em
questões posturais como:
Altura dos ombros; Joelhos; Coluna.
Estas observações estão na nossa frente apontando uma desarmonia, mas que
pais e professores não estão preparados para enxergar como um problema postural,
que se não tratado a tempo, poderá desencadear problemas no futuro. A observação
pode ser mesmo indireta, por exemplo, pela forma como estão gastos os calçados.
A coluna vertebral (ossos) funciona como um tronco de uma árvore, mas quem
lhe dá movimento são os músculos e tendões, que devem ser fortes, tônicos e
flexíveis. Qualquer alteração ou descompensação acarretará em desequilíbrio, que
para compensar descompensa na postura (acentuação de curvaturas), e assim vai
até cristalizar numa patologia mais grave.

A avaliação postural realizada por meio da inspeção visual, na maioria das


vezes, é subjetiva, pois depende exclusivamente da habilidade e experiência
do avaliador para interpretar os resultados. (FEDORAC, 2003, apud
GLANER, 2012).

A maioria dos problemas de coluna são causados pelos vícios posturais e pela
má conduta de postura. A musculatura do tronco é estática, ou seja, utilizada apenas
para sustentação e não para mobilidade, como pernas e braços. Seu movimento é
realizado quando estimulado, sendo assim, quanto menos movimentá-lo, mais fraco
se tornará e mais dificuldade haverá ao realizar o movimento.
Devemos começar a observar (e evitar) desde o posicionamento do berço, algo
muito importante, pois a criança sempre irá perceber e procurar a luz e o barulho,
muitas vezes virando a cabeça sempre para o mesmo lado, bem como seu corpo. O
certo é posicionar o berço de tal forma que a criança não precise fazer esforço algum
para enxergar a luminosidade (nem acima, nem atrás, nem ao lado), e os pés da
criança fiquem de frente para a porta.
Na fase de crescimento e desenvolvimento é primordial ela que tenha uma
postura adequada, para que seus músculos se formem fortes e sua estrutura óssea
íntegra. Portanto, várias transformações podem ser evitadas, se notadas ou
prevenidas precocemente.
41
A prevenção de atitudes prejudiciais, somada ao controle de equilíbrio das
necessidades corporais, alcançam um resultado satisfatório.

20 AVALIAÇÃO POSTURAL NA BIOMECANICA

Fonte: consultoriodefisioespecializada.com.br

20.1 Postura padrão e a coluna vertebral

Alinhamento da Postura de Referência da linha da gravidade que permite


estabelecer um padrão de simetria: fio de prumo.
Vista posterior: ponto médio entre os calcanhares; metades iguais esquerda e
direita.
Vista lateral: ligeiramente anterior ao maléolo lateral; metade frontal e dorsal,
de igual peso.

20.2 Postura padrão vista posterior

Ponto médio entre os maléolos; Ponto médio da pelve; Centro das vertebras
(proc. Espinhosos); Ponto médio das escápulas; Centro do crânio; Centro da fissura
sagital.

42
20.3 Postura padrão vista lateral

Levemente anterior ao maléolo


Levemente anterior ao joelho
Levemente posterior ao quadril; Centro das vértebras lombares; Centro articular
do ombro; Centro da maioria das vertebras cervicais; Meato auditivo; levemente
posterior a sutura coronal.

20.4 Postura padrão vista lateral

Pelve e coluna lombar; Relação entre a pelve e quadril; Pelve pode inclinar-se
anterior e posteriormente sobre o eixo da articulação do quadril;

20.5 Postura padrão vista lateral

Quadril e Joelho: O arranjo articular entre o quadril e o joelho determinam a


estabilidade da pelve; se a linha da gravidade passar fora da posição neutra, surge
um momento fletor ou extensor ao redor das articulações; Sustentação dos momentos
deve ser corrigida por forças musculares e/ou por outras estruturas (exemplo:
ligamentos).
Tornozelo e Pés: Lateralmente, a linha de referência da gravidade passa
levemente anterior ao maléolo lateral e aproximadamente através do ápice do arco
plantar; na posição ereta, o ângulo de dorsiflexão é de aproximadamente 10 graus,
quando o sujeito está sem calçado; os pés devem estar num alinhamento que
corresponda a aproximadamente 8 a 10 graus da linha média.
Cabeça e Pescoço: O alinhamento ideal é aquele em que a cabeça está numa
posição equilibrada e é mantida com mínimo esforço muscular;
Na vista lateral a linha de referência coincide com o lobo da orelha e o pescoço
possui uma curvatura anterior normal.
Na vista posterior, a linha de referência coincide com a linha média da cabeça
e com os processos espinhosos das vértebras cervicais. O alinhamento da cabeça,
em muitos casos depende da ação muscular dos extensores do pescoço.

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Ombro e Cintura escapular: A posição do ombro depende da posição da
escápula; as escápulas ficam planas, contra a superfície torácica e afastadas
aproximadamente 10 cm; A linha de referência passa na linha média coincide com o
centro das escápulas.
Coluna torácica: Num bom alinhamento, a coluna torácica se curva
posteriormente (convexa); desta forma alterações da coluna torácica podem ser
refletidas na coluna cervical; O alinhamento da coluna torácica também depende da
curvatura da coluna lombar; existem efeitos compensatórios sistêmicos.

21 CONCLUSÃO

Biomecânica é a ciência que investiga o movimento sob aspectos mecânicos,


suas causas e seus efeitos no corpo. É o estudo das forças mecânicas que estão
envolvidas nos movimentos do corpo humano, incluindo a interação entre os
indivíduos e seu meio ambiente físico.
A Biomecânica do Esporte se dedica ao estudo do corpo humano e do
movimento esportivo em relação a leis e princípios físico-mecânicos, incluindo os
conhecimentos anatômicos e fisiológicos do corpo humano.
Cada indivíduo apresenta características individuais de postura que podem vir
a ser influenciada por vários fatores: anomalias congênitas e/ou adquiridas, má
postura, obesidade, alimentação inadequada, atividades físicas sem orientação e/ou
inadequadas, distúrbios respiratórios, desequilíbrios musculares, frouxidão ligamentar
e doenças psicossomáticas.

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