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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4

2 ANATOMIA ESQUELÉTICA ....................................................................... 5

2.1 Crânio ................................................................................................... 5

2.2 Membro superior .................................................................................. 6

2.3 Membro Inferior .................................................................................... 7

2.4 Coluna vertebral e Tórax ...................................................................... 8

3 SISTEMA MUSCULAR ............................................................................... 9

3.1 Membro superior ................................................................................ 10

3.2 Membro inferior .................................................................................. 11

3.3 Dorso .................................................................................................. 12

4 POSTURA................................................................................................. 14

4.1 Estabilidade corporal .......................................................................... 15

5 ANAMNESE E AVALIAÇÃO INICIAL ........................................................ 16

5.1 Componentes da Anamnese .............................................................. 16

6 AVALIAÇÃO POSTURAL ......................................................................... 18

6.1 Tipos de avaliação postural ................................................................ 19

6.2 Avaliação estática .............................................................................. 21

6.3 Tabela de Grau de Eficiência Muscular .............................................. 22

6.4 Prova de Função Muscular................................................................. 22

6.5 Trofismo Muscular .............................................................................. 29

6.6 Tônus Muscular .................................................................................. 29

6.7 Problemas posturais ........................................................................... 31

7 AVALIAÇÃO ÓSTEOMIOARTICULAR SEGUMENTARErro! Indicador


não definido.
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7.1 Avaliação das Cadeias Musculares .................................................... 32

7.2 Desvios patológicos da coluna ........................................................... 33

8 RECURSOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO POSTURAL ........................ 35

8.1 Biofotogrametria ................................................................................. 35

8.2 Fotogrametria ..................................................................................... 35

8.3 Software para Avalição Postural- SAPO ............................................ 36

9 AVALIAÇÃO DA MARCHA E EQUILÍBRIO .............................................. 37

9.1 Conceitos em Cinemática................................................................... 38

9.2 Ciclos/ Fases da Marcha .................................................................... 38

9.3 Marchas anormais .............................................................................. 39

9.4 Equilíbrio ............................................................................................ 40

9.5 Escala de equilíbrio de BERG ............................................................ 42

9.6 Escala de Tinetti ................................................................................. 43

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 46

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 ANATOMIA ESQUELÉTICA

.
Fonte: brasilescola.com.br

2.1 Crânio

O crânio é formado por 22 ossos, sendo que 14 ossos compreendem o


esplancnocrânio (esqueleto da face) e oito formam o neurocrânio (caixa craniana). O
crânio abriga e protege o encéfalo, órgãos sensoriais, vasos e nervos. A caixa
craniana é composta pelos ossos parietais, frontal, occipital, esfenoide, temporais e
etmoide, formando uma cavidade que aloja o encéfalo.

O crânio de um recém-nascido é composto de múltiplos ossos e suturas que,


para permitir sua passagem através do canal de parto e acomodar o encéfalo,
o tornam maleável e sujeito a forças externas que o deformam, visto que o
volume do cérebro é quadruplicado nos dois primeiros anos de vida.
(SLATER, 2008, apud GHIZONI, 2016).

Os ossos do esplancnocrânio: vômer, maxilas, zigomáticos, palatinos, nasais,


lacrimais e mandíbula, protegem a entrada para os sistemas digestório e respiratório,
além de fornecerem áreas para inserção de músculos que são responsáveis pela

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expressão facial e pela mastigação. As margens dos ossos do crânio estão unidas por
meio de articulações imóveis (suturas).
A sutura lambdoide localiza-se na parte posterior do crânio unindo o osso
occipital aos ossos parietais. A sutura coronal une o osso frontal aos parietais,
enquanto que a sutura sagital une os ossos parietais e estende-se da sutura
lambdoide até a coronal. A sutura escamosa ocorre em cada lateral do crânio unindo
o osso temporal ao osso parietal. A sutura frontonasal marca o limite entre o osso
frontal e os ossos nasais.
O processo de formação do crânio envolve vários centros de ossificação e, ao
longo do seu desenvolvimento, vão ocorrendo fusões entre os ossos, as quais fazem
com que o número de ossos vá diminuindo. Por exemplo, o osso esfenoide inicia sua
formação com 14 centros de ossificação, pois ao nascimento, a fusão ainda não está
completa. Além disso, o crescimento dos ossos do crânio é atrasado em relação ao
crescimento encefálico, e ao nascimento, os ossos são interligados por áreas de
tecido fibroso, sendo chamados de fontículos ou fontanelas. Os fontículos moldam o
crânio durante o parto, permitem a acomodação do encéfalo enquanto este se
desenvolve e aumentam a resiliência.

Um detalhe importante é que os ossos do crânio são membranosos (sem uma


fase cartilaginosa anterior), o que resulta em crescimento por meio de
deposição óssea na região da sutura; esse crescimento ocorre perpendicular
à sutura. Por exemplo, as suturas coronais permitem o crescimento
anteroposterior do crânio, enquanto a sutura sagital permite o crescimento do
crânio biparietal. (SLATER, 2008, apud GHIZONI, 2016).

2.2 Membro superior

O membro superior articula-se ao tronco por meio do cíngulo do membro


superior (cintura escapular), composto pelos ossos clavícula e escápula.
Clavícula e ossos do membro superior: A clavícula articula-se com o
manúbrio do osso esterno pela articulação esternoclavicular, sendo esta a única
articulação do membro superior com o esqueleto axial e, também, articula-se com a
escápula por meio da articulação acromioclavicular. Os ossos do membro superior

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compreendem: úmero (braço), rádio e ulna (antebraço), ossos carpais (punho), ossos
metacarpais e falanges (dedos das mãos).
Úmero: O úmero é um osso proximal do membro superior e sua extremidade
proximal articula-se com a escápula através da articulação glenoumeral (articulação
do ombro), enquanto que sua extremidade distal articula-se com o rádio e a ulna,
através das articulações úmeroradial e úmero-ulnar, que compõem a articulação do
cotovelo.
Punho: O punho é formado por oito ossos carpais agrupados em duas fileiras,
sendo que a fileira distal se articula com os ossos metacarpais da mão. Os ossos
metacarpais articulam-se com as falanges proximais formando o esqueleto da mão.
O polegar possui apenas a falange proximal e a distal e os demais dedos possuem
três falanges: as falanges proximal, média e distal.

A anatomia humana é uma disciplina de extrema importância para todos os


estudantes ingressantes na área da saúde. Nela, os alunos aprendem a
forma e a localização das estruturas do corpo humano, correlacionando-as
com suas funções (LINS et al., 2012, apud FABBRIS, 2018).

2.3 Membro Inferior

O membro inferior está fixo ao esqueleto axial pelo cíngulo do membro inferior,
o qual é composto pelos ossos do quadril (ossos pélvicos). Cada osso do quadril é
formado pela fusão de três ossos: ílio, ísquio e púbis os quais estão separados ao
nascimento.
Fêmur: O fêmur articula-se ao osso do quadril através do acetábulo. A pelve é
uma estrutura formada pelos ossos do quadril, o sacro e o cóccix, posteriormente. A
abertura inferior da pelve é fechada pela musculatura do assoalho pélvico, que
durante a vida sustentam os órgãos intrapélvicos.
O membro inferior é formado pelos ossos fêmur, patela, tíbia, fíbula, tarso,
metatarsos e falanges. O fêmur é considerado o osso mais comprido e pesado do
corpo e articula-se distalmente com a tíbia na articulação do joelho.
Patela: A patela é um osso sesamoide, formado no interior do tendão do
quadríceps femoral, com a função de proteger a porção anterior da articulação do
joelho.
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Tíbia e fíbula: A tíbia é medial na perna e se articula proximalmente com os
côndilos femorais através dos côndilos lateral e medial. Distalmente, a tíbia articula-
se ao osso tálus na articulação do tornozelo. Além disso, a tíbia articula-se
lateralmente com fíbula, o osso lateral da perna. Embora a fíbula não participe da
articulação do joelho, serve como local para inserção muscular e estabilidade na
articulação do tornozelo.
Pés: O pé é constituído pelos ossos do tarso, metatarsos e falanges. Os ossos
do tarso são: tálus, calcâneo, cuboide, navicular e cuneiformes medial, intermédio e
lateral. Os ossos cuboide e cuneiformes articulam-se distalmente com os ossos
metatarsais. Os ossos metatarsais articulam-se os ossos das falanges proximais. O
hálux possui apenas as falanges proximal e distal, enquanto que os demais dedos do
pé possuem três falanges.

2.4 Coluna vertebral e Tórax

A coluna vertebral de uma pessoa adulta é composta por 26 ossos e 33


vértebras, sendo 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 vértebras lombares, 1 sacro
(formado por 5 vértebras fusionadas) e 1 cóccix (formado por 4 vértebras fusionadas).
Dentre todas as vértebras, somente duas (o sacro e o cóccix) não se
movimentam, as vértebras restantes (cervicais, torácicas e lombares) são móveis.
Além disso, a coluna aloja a medula espinal, permitindo a passagem dos nervos
espinais, mantém a postura e movimentação do tronco e cabeça.
A coluna vertebral possui ainda quatro curvaturas: Duas curvaturas primárias e
duas curvaturas secundárias.
Curvaturas Primárias: curvaturas torácicas (cifose torácica) e sacral (cifose
sacral). Estas se formam durante o desenvolvimento fetal.
Curvaturas Secundárias: curvaturas cervicais (lordose cervical) e as
lombares (lordose lombar). Surgem alguns meses após o nascimento, auxiliando na
sustentação do peso do corpo e acentuando-se quando a criança começa a andar.
O esqueleto do tórax é constituído pelas costelas, que formam a parte
anterolateral, pelo osso esterno, que se estende pela linha mediana do tórax e pelas

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vértebras torácicas, posteriormente. As vértebras torácicas articulam-se
posteriormente ao esqueleto do tórax através das articulações costovertebrais.
Existem 12 pares de costelas (I a XII) sendo as sete primeiras classificadas como
costelas verdadeiras, pois se articulam diretamente ao osso esterno por cartilagens
individuais (cartilagens costais). As costelas VIII, IX e X são classificadas como falsas,
pois se fixam ao osso esterno indiretamente, por meio da cartilagem costal da VII
costela. As costelas XI e XII são classificadas como flutuantes, por não estarem
articuladas ao osso esterno.
As partes de uma costela típica são: cabeça, colo, tubérculo costal e corpo. O
ângulo da costela indica a localização na qual o corpo inicia sua curvatura em direção
ao osso esterno.
O esterno é um osso plano que possui três partes: o manúbrio, que se articula
com a clavícula e com as cartilagens costais do primeiro par de costelas; o corpo, que
representa a maior parte e possui as incisuras costais para o II ao VII par de costelas;
e o processo xifoide, que é parte mais inferior e menor, servindo para fixação do
músculos diafragma e reto abdominal.

3 SISTEMA MUSCULAR

Fonte: anatomiaemfoco.com.br

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Os músculos da cabeça e do pescoço compreendem os músculos da face, os
músculos extrínsecos do bulbo ocular, os músculos da mastigação e os músculos da
faringe. Os músculos da face estão envolvidos com a expressão facial e possuem
inserção na superfície do crânio, enquanto que os músculos extrínsecos do bulbo
ocular são responsáveis pela posição e movimento do globo ocular. Os músculos da
mastigação são responsáveis pelo movimento da mandíbula e da articulação
temporomandibular. Os músculos da língua são responsáveis pelos movimentos da
língua, os quais envolvem a deglutição e a fala, enquanto que a musculatura da faringe
tem função no processo da deglutição. Na parte anterior do pescoço existem vários
músculos responsáveis pelo controle da posição da laringe e pela abertura da boca,
além de sustentarem os músculos da língua e da faringe. Estes músculos do pescoço
também podem ser classificados conforme sua localização em relação ao osso hioide,
sendo divididos em supra hioideos e infra hioideos.

3.1 Membro superior

A musculatura do membro superior é dividida em músculos que posicionam o


cíngulo superior, músculos que movimentam o braço, músculos que movimentam o
antebraço e a mão e músculos que movimentam as mãos e os dedos.
Os músculos que posicionam o cíngulo superior são: levantador da escápula,
peitoral menor, romboides, serrátil anterior, subclávio e trapézio. Estes trabalham em
conjunto com a musculatura que movimenta o braço, sendo formada pelos músculos:
coracobraquial, deltoide, supraespinal, infraespinal, subescapular, redondo maior,
redondo menor, latíssimo do dorso e peitoral maior.
Os tendões dos músculos supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo
menor unem-se à cápsula da articulação do ombro, formando o manguito rotador, que
reforça e sustenta a articulação. A musculatura que movimenta o antebraço e a mão
geralmente tem origem no úmero, sendo formada pelos seguintes músculos: braquial,
braquiorradial, bíceps braquial, tríceps braquial, ancôneo, flexor ulnar do carpo, flexor
radial do carpo, palmar longo, pronador quadrado, pronador redondo, supinador,

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extensor ulnar do carpo, extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do
carpo.
Em geral, a musculatura extensora está localizada na superfície posterior e
lateral do antebraço, enquanto que a musculatura flexora está localizada nas porções
anterior e medial do antebraço.
Os músculos que movimentam a mão e os dedos são divididos em músculos
intrínsecos e extrínsecos da mão. Os músculos extrínsecos que movimentam os
dedos estão localizados no antebraço: abdutor longo do polegar, extensor dos dedos,
extensor curto do polegar, extensor longo do polegar, extensor do indicador, extensor
do dedo mínimo, flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos e flexor longo
do polegar. A musculatura intrínseca é formada pelos músculos da mão: adutor do
polegar, oponente do polegar, palmar curto, abdutor do dedo mínimo, abdutor curto
do polegar, flexor curto do dedo mínimo, flexor curto do polegar, oponente do dedo
mínimo, lumbricais, interósseos dorsais e interósseos palmares.

3.2 Membro inferior

A musculatura do membro inferior pode ser dividida da seguinte forma: os


músculos que movimentam a coxa, os músculos que movimentam a perna e os
músculos que movimentam os pés e os dedos.
Os músculos que movimentam a coxa possuem suas origens na pelve, sendo
eles: glúteos (máximo, médio e mínimo), tensor da fáscia lata, piriforme, obturadores
(interno e externo), gêmeos (superior e inferior), quadrado femoral, adutor magno,
adutor curto, adutor longo, pectíneo, grácil e iliopsoas.
Os músculos que movimentam a perna são separados em dois grupos: os
extensores da perna, localizados na parte anterior da coxa e os músculos flexores da
perna, localizados na parte posterior da coxa. Os músculos extensores da perna são:
reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio e os músculos flexores são:
bíceps femoral, semitendíneo, semimembranáceo, sartório e poplíteo.
Os músculos que movimentam o pé e os dedos são divididos em músculos
extrínsecos do pé e dos dedos e músculos intrínsecos. Os músculos extrínsecos estão

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localizados sob a tíbia e a fíbula: tibial anterior, gastrocnêmio medial e gastrocnêmio
lateral, fibular curto, fibular longo, plantar, sóleo, tibial posterior, flexor longo dos
dedos, flexor do hálux, extensor longo dos dedos e extensor longo do hálux. Os
músculos extensores e dorsiflexores estão localizados na parte anterior da tíbia e da
fíbula e os músculos flexores estão localizados na face posterior da tíbia e da fíbula.
Finalmente, os músculos intrínsecos do pé, e que movimentam os dedos,
possuem suas inserções nos ossos do tarso, metatarsos e falanges: músculos
interósseos dorsais e plantares, músculo flexor curto do hálux, músculo adutor do
hálux, músculo abdutor do hálux, músculo flexor curto dos dedos, músculo quadrado
plantar, músculos lumbricais, músculo flexor curto do dedo mínimo e músculo extensor
curto dos dedos.

3.3 Dorso

Os músculos do dorso estão dispostos em grupos anterior e posterior. Os


músculos do grupo anterior, pré-vertebrais, incluem músculos do pescoço e da parede
posterior do abdome. Os do grupo posterior, pós-vertebrais, compreendem vários
músculos dispostos: Mais superficialmente estão o trapézio e o grande dorsal. Em
posição média estão o levantador da escápula, os romboides e os serráteis
posteriores. Mais profundamente situam-se os músculos do dorso propriamente dito
ou pós-vertebrais profundos, inervados pelos ramos dorsais dos nervos espinhais.
Eles atuam sobretudo na coluna vertebral.
Os músculos serráteis posteriores são dois músculos delgados, parcialmente
membranosos e de pouca significação. O serrátil póstero-superior, coberto pelo
músculo rombóide, estende-se do ligamento da nuca e dos processos espinhosos da
7ª vértebra cervical e de várias vértebras torácicas superiores até as costelas (2ª a
5ª). O músculo serrátil póstero-inferior, coberto pelo grande dorsal, estende-se dos
processos espinhosos das vértebras torácicas inferiores para as quatro costelas
inferiores.
Os músculos pós-vertebrais situados mais profundamente constituem duas
grandes massas em relevo nos lados da coluna vertebral, facilmente palpáveis. A

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massa muscular longitudinal, de cada lado, compõe-se de três camadas de músculos
pós-vertebrais.
Camada profunda: Constituída por músculos interespinhais. Unem os
processos espinhosos das regiões cervical e lombar.
Músculos intertransversais: Unem os processos transversos adjacentes. Os
músculos que se originam nos processos transversos e se dirigem medial e
superiormente para se fixarem na lâmina da vértebra suprajacente são rotadores
curtos. Os músculos levantadores das costelas têm origem nos processos transversos
e prendem-se nas costelas subjacentes e só existem na região torácica. Os músculos
suboccipitais, que movem a cabeça, pertencem também ao grupo de músculos pós-
vertebrais profundos.
Camada média: Os músculos da camada média cobrem os profundos e têm
disposição bastante complicada, com maior grau de fusão e alguns feixes saltando
vários segmentos, o que lhes valeu o nome de complexo transverso-espinhal. Seus
componentes são: o músculo multífido, o músculo semiespinhal do tórax, o músculo
semiespinhal do pescoço, o músculo semiespinhal da cabeça.
Camada superficial: Os músculos da camada superficial são denominados em
conjunto, eretor da espinha ou complexo sacro-espinhal. A porção mais inferior
origina-se no ílio, em vértebras lombares e em espessa aponeurose estendida neste
intervalo, de onde ascende lateralmente até a última costela. Entre os músculos da
camada superficial deve ser incluído o músculo esplênio que cobre os outros
músculos pós-vertebrais nas regiões torácicas alta e cervical.
Coluna lateral: denominada músculo iliocostal, formada pelos músculos
iliocostal lombar, iliocostal torácico e iliocostal cervical.
Coluna intermédia: denominada músculo dorsal longo, sendo subdividida nos
músculos longuíssimo do tórax, longuíssimo do pescoço e longuíssimo da cabeça.
Coluna medial: denominada músculo espinhal, são os músculos espinhal do
tórax, espinhal do pescoço e espinhal da cabeça.

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4 POSTURA

Fonte: metrojornal.com.br

A postura pode ser definida como: “Estado de equilíbrio entre músculos e


ossos, com capacidade de proteger as demais estruturas do corpo humano
dos traumatismos, seja na posição em pé, sentado ou deitado” (BRACCIALLI,
2000, apud NEVES, 2016).

Para realizar uma boa avaliação postural, temos que ter em mente o que é
postura e qual é a postura correta.
Postura é a posição na qual você mantém seu corpo contra a gravidade
enquanto está em pé, sentado ou deitado.
A boa postura implica em treinar o corpo para ficar na posição de pé,
deambular, sentar e deitar em posições que gerem menor tensão possível nos
músculos de suporte e nos ligamentos, seja durante o movimento ou nas atividades
de suporte de peso. Inclui também manter os ossos e articulações no alinhamento
postural ideal, fazendo com que os músculos sejam utilizados de forma apropriada,
evitando alinhamentos anormais da coluna vertebral.
Existem fatores que influenciam a postura, como: Condições Hereditárias;
Posturas que assumimos durante o trabalho ou durante movimentos repetitivos;
Fatores Patológicos; Trauma (resultando em danos nos tecidos e/ou ossos); Equilíbrio

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Muscular alterado, ou seja, mudanças na interação entre músculos ou grupos
musculares diferentes; fraqueza muscular.
Até o modo que dormimos pode influenciar na postura. A posição mais
recomendada para dormir é de lado ou de barriga para cima, tentando sempre manter
a coluna alinhada.
Para o controle da postura é necessário a intervenção e interação de alguns
sistemas, tais como:
Sistema visual: Baseado nas informações sobre o ambiente, localização,
direção e velocidade do movimento. Possui como função, de maneira geral, orientar
o posicionamento e o movimento da cabeça em relação ao meio externo. Possui um
importante papel no planejamento de reação antecipatória.
Sistema somatossensorial: Baseado nas informações de contato e posição
do corpo, possui receptores pelo corpo, que respondem a estímulos de tato,
temperatura, dor e propriocepção. Estes receptores proprioceptivos enviam as
informações da posição do corpo para o Sistema Nervoso Central.
Sistema vestibular: Baseado nas forças gravitacionais, é responsável pelo
envio sobre o posicionamento da cabeça em relação as mudanças temporais das
velocidades angular e linear.
O mecanismo de controle postural se dá através de um processo executado
pelo Sistema Nervoso Central em que padrões de atividades musculares são
produzidos para que ocorra uma relação entre o centro de massa e a base de
sustentação.

4.1 Estabilidade corporal

TEIXEIRA (2010) afirma que, como o controle postural utiliza informações de


vários sistemas (sistema visual, sistema vestibular, sistema somatossensorial), a sua
estabilidade é garantida mesmo que haja problema em algum deles. Essa estabilidade
irá depender da noção da posição e movimento do corpo em relação ao campo
gravitacional e do Ambiente em que esse corpo se encontra.

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O sistema de controle postural é integrante do sistema de controle motor e
alguns autores consideram que os ajustes posturais necessários para manter o corpo
em posição ereta irão depender de certo feedback sensorial. Vindo ele do sistema
sensorial, proprioceptivo, visual e cutâneo e estratégias associadas aos movimentos
voluntários.
Os Músculos Eretores da Coluna, em conjunto com os músculos do
Core (Transverso do Abdome, Reto Abdominal, Oblíquo) sustentam a Coluna
Vertebral. A grande importância é a manutenção destes músculos através do
fortalecimento dos mesmos. MAGEE (2002) relata que qualquer posição que aumente
o estresse sobre as articulações, pode ser vista como uma postura inadequada.

5 ANAMNESE E AVALIAÇÃO INICIAL

A Anamnese reconstrói os fatos do paciente que incitaram as causas da doença


para que dessa forma o diagnóstico seja seguro.
É importante conversar com o paciente sobre o vestuário do mesmo durante a
avaliação. Para se obter uma boa avaliação (conseguir visualizar todas as áreas que
serão avaliadas) o mesmo deverá usar roupas confortáveis, como por exemplo roupas
de banho: biquíni para as mulheres e sunga para os homens. Também é possível
utilizar top ou bermudas acima dos joelhos.

5.1 Componentes da Anamnese

FICHA DE ANAMNESE

Nome:

Sexo: Idade:
Endereço:
Telefone de contato: Data da Avaliação:
Profissão
Encaminhamento:
Diagnóstico Médico:
IMC (Peso/Altura²):

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Queixa Principal:

História de Doenças Familiares:

História da Doença Atual (HDA):

História da Doença Pregressa:

Outras Patologias:
AVALIAÇÃO POSTURAL

VISTA ANTERIOR
CABEÇA: ( ) Alinhada ( ) Rodada à D ( ) Rodada à E ( ) Inclinada à E ( ) Inclinada à D.
ALTURA DOS OMBROS: ( ) Nivelados ( ) Esquerdo mais elevado ( ) Direito mais elevado
CLAVÍCULA: ( ) Simétricas ( ) Oblíquas para baixo
LINHA ALBA: ( ) Retilínea ( ) Desvio à E ( ) Desvio à D
TRIÂNGULO DE TALLES: () Simétricos ( ) Maior à D ( ) Maior à E
TESTE DE ADAMS: () Sem giba () Gibosidade à E ( ) Gibosidade à D
ALTURA DAS MÃOS: () Simétricos () D mais alta ( ) E mais alta
CRISTA ILÍACA: () Simétricas () D mais alta ( ) E mais alta
ESPINHA ILÍACA ANTERO-SUPERIOR (EIAS:) ( ) Simétricas ( ) D mais alta ( ) E mais alta
JOELHOS: () Valgo ( ) Varo ( ) Normal
PATELAS: () Convergentes ( ) Divergentes ( ) Normais
PÉS: ( ) Planos ( ) Cavos ( ) Normais
HÁLUX: ( ) Hálux Valgo ( ) Alinhado

VISTA LATERAL

CABEÇA: ( ) Anteriorizada ( ) Posteriorizada ( ) Normal


CERVICAL: ( ) Hiperlordose ( ) Retificada ( ) Normal
OMBRO: ( ) Protusos ( ) Anteriorizado ( ) Posteriorizados ( ) Normais
MÃOS: ( ) Anterior à Coxa ( ) Posterior à Coxa ( ) Alinhadas
DORSO: ( ) Curvo ( ) Plano ( ) Normal
ABDOMEN: ( ) Protuso ( ) Ptose ( ) Normal
LOMBAR: ( ) Hiperlordose ( ) Retificada ( ) Normal
PELVE: ( ) Anteversão ( ) Retroversão ( ) Normal
TRONCO: ( ) Antepulsão ( ) Retropulsão ( ) Normal
JOELHOS: ( ) Recurvatum ( ) Fletidos ( ) Normal

VISTA POSTERIOR

CABEÇA: ( ) Alinhada ( ) Rodada à D ( ) Rodada à E ( ) Inclinada à E ( ) Inclinada à D.


ALTURA DOS OMBROS: ( ) Nivelados ( ) Esquerdo mais elevado ( ) Direito mais elevado
ESCÁPULAS: ( ) D mais alta ( ) E mais alta ( ) Rotação Superior à D ( ) Rotação Superior à E ( ) Rotação Inferior à D
() Rotação Inferior à E ( ) Escápulas Abduzidas ( ) Escápulas Aduzidas () Escápula Alada à D () Escápula Alada à E () Simétricas.
TESTE DE ADAMS: () Convexidade à D ( ) Convexidade à E
Local: () LOMBAR () TORÁCICA () CERVICAL () EM “s”

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PREGA GLÚTEA: ( ) Simétricas ( ) D mais alta ( ) E mais alta
LINHA POPLÍTEA: ( ) Simétricas ( ) D mais alta ( ) E mais alta
CALCÂNEO: ( ) Simétricos ( ) Valgo ( ) Varo
Testes específicos:
Palpação
Perimetria
Goniometria
Tipo de marcha:
OBSERVAÇÕES:

6 AVALIAÇÃO POSTURAL

Segundo KISNER (1985), o alinhamento postural ideal é definido, a partir de


uma vista lateral, como uma linha reta na vertical, que passa pelo lobo da orelha, dos
corpos das vértebras cervicais, da ponta do ombro, na linha média do tórax, através
dos corpos das vértebras lombares, ligeiramente posterior à articulação do quadril,
discretamente anterior ao eixo da articulação do joelho e imediatamente ao maléolo
lateral. Neste tipo de alinhamento postural, espera-se que toda a estrutura corpórea,
com seus músculos e articulações, encontre-se em equilíbrio, tendo o mínimo de
esforço e sobrecarga, proporcionando assim uma ótima eficiência do aparelho
locomotor.
Mesmo existindo um consenso em relação à boa postura e suas implicações,
a postura corporal é um fenômeno complexo e de difícil mensuração. Porém há
tempos a avaliação da postura corporal na posição ortostática, tem sido amplamente
utilizada como um instrumento de diagnóstico, planejamento e acompanhamento de
tratamentos. O ideal é realizarmos uma avaliação que aborde tanto a parte estática
da postura, quanto a parte dinâmica, para podermos traçar os objetivos corretos e
garantir que o Método tenha o efeito desejado de acordo com a necessidade de cada
indivíduo.

A avaliação puramente observacional não permite verificar pequenas


alterações, dando margem a erros e variações entre examinadores. Desta
forma a utilização da fotogrametria pode facilitar a quantificação das variáveis
morfológicas relacionadas à postura, trazendo dados mais confiáveis. Fato
este, torna-se importante para a credibilidade da fisioterapia clínica. (IUNES,
2005, apud CARDOZO, 2012).

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Segundo BALDUINO (2012), para se ter um tratamento eficiente e que atinja
os objetivos propostos, é necessária uma avaliação bem-feita de forma a permitir um
diagnóstico cinético-funcional bem elaborado.
Sendo assim, uma boa Avaliação Postural Estática irá permitir um bom
tratamento. Para se entender uma Avaliação Postural Estática, é preciso
conhecermos as definições descritas de posturas.
Segundo KENDALL (1987), a postura corporal é um conjunto das posições de
todas as articulações do corpo dado em qualquer momento.

O controle postural será a habilidade em que o corpo possui de manter o


centro de massa corporal dentro de uma base de apoio tanto em uma postura
estática quanto em uma postura dinâmica (SALVE 2003, MELO 2009).

6.1 Tipos de avaliação postural

Estática: Indica desequilíbrios musculares ou alterações no comprimento do


músculo (longo, fraco, curto ou tenso).
A postura estática irá indicar áreas de desequilíbrios, dando assim, a
possibilidade de alterar a qualidade do movimento e a habilidade de realizar o
exercício.

Fonte: aulasdefisioterapia.com

19
Dinâmica: É avaliada durante o movimento em atividades específicas,
exercícios dinâmicos irão demonstrar qualquer padrão incorreto de movimento. Na
avaliação dinâmica incluímos movimentos assistidos e realizados pelo paciente. O
objetivo é identificar os esquemas adaptativos realizados pelo corpo para proteger
suas estruturas. O corpo sempre estará buscando posturas de readaptabilidade para
respeitar as três leis biomecânicas:
Lei do Equilíbrio: o corpo prioriza sempre o equilíbrio corporal;
Lei do Conforto: o funcionamento do corpo deve sempre ser confortável, caso
não esteja ele realizará compensações para alcançar esse estado;
Lei da Economia: o corpo sempre busca a economia energética, mesmo que
isso signifique compensações e perda de mobilidade.
Segundo KENDALL (1987), se faz necessário ter um conhecimento também
dos princípios básicos relacionados ao alinhamento, articulações e músculos, que
segundo ele são:
O alinhamento anormal é consequência de estresses indevidos nos ossos,
articulações, ligamentos e músculos;
O posicionamento das articulações aponta quais musculaturas podem estar
alongadas ou encurtadas;
Relação entre os testes musculares e o alinhamento, se a postura for habitual;
A musculatura encurtada provoca a aproximação entre sua origem e inserção;
Relação entre o encurtamento adaptativo e a permanência da musculatura
encurtada;
A musculatura fraca provoca a separação entre origem e inserção;
A musculatura fraca associada com o alongamento pode ocorrer em músculos
que já permanecem alongados.

Os desvios posturais que se manifestam na população são denominados de


três formas: hiperlordose lombar, hipercifose dorsal e escoliose. A
hiperlordose lombar é o aumento exagerado da curvatura lombar, hipercifose
dorsal é o aumento da região dorsal, e escoliose avalia a curvatura lateral da
coluna. (CESAR, 2004, apud NEVES, 2016).

20
6.2 Avaliação estática

Fonte: scielo.br

Imagem mostra Análise postural estática com o programa SAPO (a) vista
anterior, (b) vista posterior, (c) vista lateral direita, (d) vista lateral esquerda.

Na posição em pé o avaliador, irá examinar a vista anterior, a posterior e as


laterais. Em todas as posições analisadas o avaliador tomará como referência a linha
vertical da gravidade. Todos os seguimentos que, de acordo com os critérios do
avaliador, não estiverem compatíveis com este eixo perpendicular ao solo, podem ser
considerados em desequilíbrio
Vista anterior: Observar na vista anterior o avaliador se o alinhamento da
cabeça em relação aos ombros; se tem rotação interna de ombros; se as clavículas
encontram-se niveladas e são iguais; o ângulo de correção em cada cotovelo é igual;
os joelhos são retos; as cabeças das fíbulas encontram-se niveladas; os pés
apresentam uma angulação lateral igual; entre outras características.
Vista lateral: Observar o paciente de lado, procurando verificar se o lóbulo da
orelha está alinhado à ponta do ombro e o ponto alto da crista ilíaca; se cada segmento
da coluna vertebral apresenta uma curva normal; o ângulo pélvico é normal; os joelhos
estão discretamente flexionados;
Vista posterior: Observar se os ombros encontram-se nivelados e a cabeça
encontra-se na linha média; as espinhas e os ângulos inferiores das escápulas
21
encontram-se nivelados; a coluna vertebral esta reta ou possui curvaturas; os ângulos
da cintura encontram-se nivelados; as espinhas ilíacas póstero superiores encontram-
se niveladas; as articulações dos joelhos encontram-se niveladas; entre outras
características.

6.3 Tabela de Grau de Eficiência Muscular

GRADUAÇÃO MUSCULAR DESCRIÇÃO


GRAU V Normal Movimentação completa contra
a gravidade e com resistência
total

GRAU IV Bom Movimentação completa contra


a gravidade e com alguma
resistência

GRAU III Mediano Movimentação completa contra


a gravidade

GRAU II Sofrível Movimentação completa


eliminada a gravidade

GRAU I Difícil Evidência de pouca


contratilidade, não havendo
mobilidade
articular

GRAU 0 Não há evidência de


contratilidade

6.4 Prova de Função Muscular

Testes de Função Muscular do Ombro

Exame Muscular: O exame muscular do ombro envolve a avaliação de nove


movimentos: flexão, extensão, abdução, adução, rotação externa, rotação interna,
elevação da escápula (encolhimento do ombro), retração da escápula (posição de
“atenção”) e prolongamento do ombro (alcance). Em face das proporções desta
discussão, estes movimentos foram divididos em categorias distintas. No entanto,
para facilitar o desenrolar do exame, habitue-se a prosseguir um teste após o outro

22
sem interrupções. Por exemplo, em se sabendo que o arco descrito pelo movimento
de flexão é contínuo ao de extensão, proceda o teste de extensão a seguir ao de
flexão, por exemplo. No decorrer do exame neurológico, o paciente poderá estar de
pé ou sentado, dependendo unicamente do que for mais confortável. Os músculos da
cintura escapular são examinados por grupos funcionais.

A avaliação postural clássica, ou seja, aprendida no ensino de graduação e,


normalmente, realizada pelos fisioterapeutas, baseia-se inicialmente na
análise visual por meio da observação qualitativa das curvaturas da coluna
vertebral e por assimetrias corporais no plano sagital e frontal anterior e
posterior. (DUNK, 2004, apud IUNES, 2009).

Flexão
Flexores primários: porção anterior do deltoide nervo axilar, C5; coracobraquial
nervo músculocutâneo, C5-C6.
Flexores secundários: peitoral maior (cabeça da clavícula); bíceps; porção
anterior do deltoide.
Permaneça de pé atrás do paciente e coloca sua mão, com a palma voltada
para baixo, por sobre o acrômio de modo a estabilizar a escápula e palpar a porção
anterior do deltoide. Com sua mão livre próxima ao cotovelo, envolva a face anterior
do braço e o bíceps. Quando o cotovelo estiver fletido a 90º, peça ao paciente para
começar a fletir o ombro. Assim que este movimento for iniciado, aumente
gradativamente a resistência até que seja possível estabelecer o máximo de
resistência que ele é capaz de vencer. Examine o ombro oposto de forma ao obter
parâmetro de comparação e avaliar os achados de acordo com o grau de eficiência
do músculo.
Extensão
Extensores primários: grande dorsal nervo toracodorsal, C6, C7, C8; teres
maior nervo infra escapular, C5, C6; poção posterior do deltoide nervo axilar, C5 e C6.
Extensores secundários: teres menor; tríceps (porção longa).
Permaneça de pé, às costas do paciente, mantendo sua mão estabilizadora
sobre o acrômio. Coloque seu polegar na face posterior do ombro, de modo que
durante a extensão ativa seja possível avaliar o tônus da porção posterior do deltoide;
mantenha a mão, que imprime resistência, na face posterior do cotovelo, de forma que

23
a eminência tenar e a palma estejam voltadas de encontro à porção posterior do
úmero. Durante o exame da musculatura responsável pela extensão, palpe o bíceps
com o polegar. Para que a transição do teste de flexão para o de extensão não seja
brusca, simplesmente transfira a mão que impõe resistência, que anteriormente se
achava em posição anterior, para uma posição posterior ao braço. Peça ao paciente
para fletir o cotovelo e estenda o braço posteriormente com vagar. Enquanto o ombro
move-se em extensão, aumente gradualmente a pressão de modo a determinar a
resistência máxima que ele pode superar.
Abdução

Fonte: actafisiatrica.org.br

Abdutores primários: porção média do deltoide nervo axilar, C5 e C6; supra-


espinhal nervo supra- escapular, C5, C6. Abdutores secundários: porção anterior e
posterior do deltoide; serrátil anterior (ação direta na escápula). Permaneça de pé às
costas do paciente. Continue estabilizando o acrômio; no entanto, desliza a mão
lateralmente para que, enquanto fixar a cintura escapular, possa também palpar a
porção média do deltoide. Mantenha a mão livre próximo ao cotovelo, mas mova-a em
direção à face póstero-lateral do úmero para que a resistência máxima possa ser
exercida. Agora a palma de sua mão deve ser comprimida de encontro ao epicôndilo
lateral e à linha supracondiliana do úmero, mantendo os dedos envolvendo a face
anterior do braço. Peça ao paciente para abduzir o braço e, quando o movimento for

24
iniciado, vá gradativamente aumento a pressão de modo a determinar a resistência
máxima que ele é capaz de vencer.
Adução
Adutores primários: peitoral maior nervo torácico medial e anterolateral, C5, C6,
C7, C8, T1; grande dorsal nervo toracodorsal C6, C7, C8.
Adutores secundários: teres maior; porção anterior do deltoide.
Permaneça às costas do paciente mantendo a cintura escapular fixada com
uma das mãos sobre o acrômio, enquanto que a outra imprime resistência próxima o
cotovelo. Visto ser o peitoral maior o principal adutor, movimente a mão que estabiliza
a cintura escapular, anterior e inferiormente ao acrômio, de modo a palpar o peitoral
maior durante o exame de adução. Oriente o paciente de forma a que ele aduza o
braço em vários graus e coloque a mão que imprime resistência em posição que
permita ao polegar a permanecer de encontro à face média do úmero. Peça-lhe para
começar a aduzir e, enquanto isso, gradativamente vá aumentando a força de
resistência até avaliar o que o paciente consegue vencer.

A escoliose é uma alteração tridimensional das vértebras, caracterizada por


uma curvatura lateral da coluna vertebral. Ocorre extensão, inclinação lateral
e rotação das vértebras da região acometida. A rotação acontece em direção
à convexidade da curva e, na coluna torácica, as costelas acompanham o
movimento, gerando uma caixa torácica mais estreita desse lado (HALL,
2007, apud DOS SANTOS 2012).

Rotação externa
Rotadores Externos Primários: infraespinal nervo supra escapular, C5, C6;
teres menor ramo do nervo axilar, C5.
Rotadores Externos Secundários: porção posterior do deltoide.
Coloque-se ao lado do paciente e faça-o pender o cotovelo a 90º, mantendo o
antebraço em posição neutra. Estabilize a extremidade mantendo o cotovelo fletido
de encontro à cintura. Esta manobra impedirá que o paciente substitua a rotação
externa por adução. Transfira a mão que impõe resistência para o punho, de modo
que sua eminência tenar repouse sobre a superfície dorsal do punho do paciente,
obtendo desta forma o máximo de resistência. Em vista da necessidade de impor
resistência e manter a estabilização longe da projeção dos músculos que perfazem a
rotação externa, estes não poderão ser palpados durante o teste de mobilidade. Estes
25
músculos encontram-se em camadas profundas não podendo pois, de qualquer
forma, ser palpados. Oriente o paciente de modo a rodar o braço para fora. Enquanto
ele faz a rotação externa, gradativamente aumente a resistência até determinar o
máximo que pode ser vencido.

Rotação interna e rotação externa


Fonte: actafisiatrica.org.br

Rotação interna
Rotadores internos primários: subescapulares- nervos subescapulares superior
e inferior, C5, C6; peitoral maior nervo torácico medial e anterolateral, C5, C6, C7, C8,
T1; grande dorsal nervo toracodorsal, C6, C7, C8; teres maior nervo subescapular
inferior, C5, C6. Rotadores internos secundários: porção anterior do deltoide.
Permaneça ao lado do paciente e oriente-o a manter o cotovelo fletido a 90º,
enquanto o braço continua fixado através da compressão do cotovelo de encontro à
cintura. A fixação do cotovelo impedirá que o paciente substitua o movimento de
rotação interna por abdução. Mantenha a mão estabilizadora próxima ao punho,
deslocando os dedos para que os mesmos envolvam a superfície volar do punho,
ficando a palma por sobre processo estiloide do rádio. Peça ao paciente para que rode
gradativamente do braço à frente do corpo e, enquanto ele executa este movimento,
aumente gradualmente a resistência.
Elevação da escápula: (encolhimento dos Ombros).

26
Fonte: Efdeportes.com

Elevadores primários: trapézio nervo espinhal acessório; elevador da escápula


C3, C4 e frequentemente ramos do nervo dorsal da escápula, C5. Elevadores
secundários: rombóide maior; rombóide menor.
Permaneça às costas do paciente colocando cada uma de suas mãos por sobre
um dos acrômios. A posição lateralizada de sua mão permite a livre movimentação do
trapézio e promove uma firme base de suporte. Cada uma das mãos, enquanto faz
resistência ao movimento de encolher dos ombros, promove o equilíbrio ao outro lado.
Posicione seu polegar posteriormente à porção lateral do trapézio, o que permite que
o músculo seja palpado durante o exame de mobilidade. O elevador da escápula se
origina no ângulo súpero-medial da escápula, profundamente sob o trapézio, não
sendo, portanto, acessível à palpação. Oriente o paciente a como encolher os ombros,
e pressione suas mãos lentamente para baixo, de forma a avaliar o grau de resistência
que o paciente pode superar (Fig. 63). Normalmente, os elevadores da escápula são
capazes de manter as escápulas elevadas a despeito da resistência imposta. Eles
deverão ser testados bilateralmente e qualquer diferença entre as elevações deve ser
notada.
Retração da escápula: (“Posição de Atenção”).

27
Fonte: Scapular Dyskinesis and Its Relation to Shoulder Injury- Kibler, et al. 2012

Retratores primários: rombóide maior nervo escapular dorsal, C5; rombóide


menor nervo escapular dorsal, C5. Retrator secundário: trapézio.
Ponha-se à frente do paciente e coloque as mãos sobre os ombros dele, tendo
as palmas voltadas para o acrômio e os dedos sobre a face posterior do ombro. Os
dedos do examinador devem permanecer atrás do ombro para que assim possam
avaliar a força do movimento, quando o paciente tentar empurrar ou curvar os ombros
em torno do fulcro que será formado pelo seu polegar. Solicite ao paciente para
deslocar os membros para trás em posição de atenção (retração máxima), então faça
com que seus dedos, lentamente, apliquem uma pressão com o intuito de curvar os
ombros em direção ao polegar. Tome cuidado para não aprofundar os dedos na
musculatura do paciente.
Extensão da escápula: (Alcance ou teste de Apley).

Fonte: cbosteopatia.com.br
28
Extensores primários da escápula: serrátil anterior nervo torácico longo, C5,
C6, C7.
A extensão escapular se refere ao movimento da escápula anteriorizando-se
ao tórax visando os últimos graus de prolongamento e alcance. Para preparar o
paciente, oriente-o a fletir o braço a 90º (de modo a torná-los paralelos ao chão) e, em
seguida, fletir o cotovelo até que a mão do paciente toque o ombro. Coloque de suas
mãos sobre a coluna de modo a fixar o tronco e impedir que a rotação do tronco
substitua a extensão pura da escápula. A mão que imprime resistência deve ficar sob
o cotovelo envolvendo-o com a palma da mão. A seguir peça-o para forçar o braço
para fora como se estivesse querendo tocar a parede com o cotovelo. Enquanto ele
estende o ombro, aumente gradativamente a resistência contraria a este movimento
de extensão até que a resistência máxima seja vencida. Enquanto testar a extensão
do ombro, observe o movimento para poder perceber qualquer inclinação que
sobrevenha. Neste caso, a inclinação traduz hipotonia do serrátil anterior. Esta
hipotonia se faz mais evidente quando o paciente empurra o corpo de encontro a uma
parede.

6.5 Trofismo Muscular

Trofismo, se refere a massa muscular e deve ser analisado de forma geral.


Classificação:
Hipotrofia: diminuição da massa muscular;
Normotrofia: massa muscular condizente com a idade do indivíduo;
Hipertrofia: aumento da massa muscular.

6.6 Tônus Muscular

O tônus muscular é o estado de tensão permanente dos músculos. Este estado


de tensão depende de vários fatores, sendo alguns de ordens físicas e outros
nervosos.

29
Tônus de Repouso ou Residual: Os fatores físicos proporcionam a
elasticidade própria do tecido muscular e as condições anatômicas eutróficas ou
atróficas que podem modificar a consistência das fibras.
Tônus Postural e de Ação: Dependem essencialmente de mecanismos
reflexos, sendo o reflexo miotático a base do fenômeno tonígeno. Durante a execução
de movimentos normais e para que eles possam ocorrer entram em jogo: o tônus de
ação em determinados grupos musculares (agonistas do movimento), o tônus postural
em outros (músculos antigravitacionais), além da diminuição do tônus naqueles
grupos musculares que poderiam dificultar os movimentos (músculos antagonistas do
movimento).
Mecanismo do Tônus: O reflexo miotático é a base do fenômeno tonígeno. O
arco reflexo miotático apresenta uma via aferente que conduz o estímulo até o corno
dorsal da medula; da medula que é o centro integrador entre o estímulo aferente e
eferente e a via eferente que tem início no corno ventral da medula e estende-se até
o músculo. O estímulo adequado para a obtenção do reflexo é o estiramento muscular
e, dependendo do modo de pesquisa, pode-se obter dois tipos de resposta: fásico ou
tônico. A contração reflexa fásica caracteriza-se por ser brusca, de caráter cinético,
isto é, capaz de provocar deslocamento do segmento correspondente, são os reflexos
profundos (patelar, aquileu, bicipital). A contração reflexa tônica é prolongada, intensa
e tem caráter predominantemente estático. Estes reflexos sustentam as atividades
posturais e participam da regulação dos movimentos.
Avaliação do Tônus: O tônus muscular pode ser avaliado através da inspeção,
palpação, percussão, movimentação passiva e balanço passivo das articulações. O
melhor meio de avaliar o tônus muscular é através da movimentação passiva dos
seguimentos, pois fornece duas informações importantes: a extensibilidade e a
passividade.

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ESCALA DE ASCHWORTH MODIFICADA
0 Tônus muscular normal.
1 Leve aumento do tônus muscular, manifestado por
tensão momentânea ou por mínima resistência no
final da amplitude do movimento, quando a região
afetada é movida em extensão ou flexão.
1+ Leve aumento do tônus muscular, manifestado por
tensão abrupta, seguido de resistência mínima em
menos da metade da amplitude do movimento
restante.
2 Aumento mais marcante do tônus muscular durante
a maior parte da amplitude do movimento, mas a
região afetada é movida facilmente.
3 Considerável aumento do tônus muscular. O
movimento passivo é fácil.
4 Parte rígida em flexão ou extensão.

Fonte: diretrizes.amb.org.br

6.7 Problemas posturais

Várias características anatômicas podem afetar uma postura correta. Estes


fatos podem causar problemas adicionais quando combinados com condições
patológicas ou congênitas. Tais patologias podem ser consequência do efeito
acumulativo de pequenos estresses repetidos durante longo período de tempo, ou de
estresses anormais durante um tempo menor.
O problema postural mais comum é o mau hábito postural, onde, por alguma
razão, o indivíduo não mantém uma boa postura. Este tipo de situação é observado
em indivíduos que permanecem em pé ou sentado por longos períodos de tempo.
Dentre as causas da má postura pode-se citar principalmente o desequilíbrio muscular
e a contratura muscular. Outras causas como a dor, fraqueza geral e excesso de peso,
também podem ser responsáveis pela má postura do indivíduo.

O ponto na linha onde o fio de prumo é suspenso deve ser ponto fixo
padronizado. Como o único ponto fixo na postura é na base onde os pés estão
em contato com o solo, o ponto de referência deve ser a base
(KENDALL,1996, apud MORAES, 2002).
31
7 AVALIAÇÃO DAS CADEIAS MUSCULARES

É fundamental que a avaliação das alterações cinéticofuncionais, sejam


globais e chegue ao real comprometimento do sistema osteomioarticular.
(MARQUES, 1994, apud MORAES, 2002).

Segundo DENYS- STRUYF (1995), Cadeias musculares, é a organização dos


músculos em cadeias de forma integrada e global visando manter o indivíduo em
equilíbrio postural. As cadeias musculares referem-se a um procedimento preventivo
e/ou corretivo, sendo um método de leitura da postura e de conscientização, para a
utilização adequada e harmoniosa do corpo visando preservar sua mecânica.
Os músculos se organizam em cadeias, responsáveis por manter o indivíduo
em equilíbrio. Segundo SOUCHARD (1986), são cinco as cadeias musculares:
Cadeia respiratória: compreende os músculos escalenos, peitoral menor,
intercostais, diafragma e seu tendão. Comprometimentos desta cadeia: protração dos
ombros, tórax inspiratório, protração da cabeça e aumento da lordose lombar.
Cadeia posterior: músculos espinhais, glúteo máximo, isquiotibiais, poplíteo,
tríceps sural e os da planta do pé. Comprometimentos desta cadeia: protração da
cabeça, desequilíbrios das curvas vertebrais, coxofemoral aberto, alterações do joelho
e calcâneo (varo ou valgo), ângulo tíbio-társico aberto ou fechado.
Cadeia anteromedial do quadril: iliopsoas, adutores pubianos (pectíneo,
adutor curto, adutor longo, grácil e porção anterior do adutor maior).
Comprometimentos desta cadeia: aumento da lordose lombar, flexão de quadril,
rotação medial e adução do quadril, joelhos valgos.
Cadeia anterior do braço: suspensores do braço, do antebraço, da mão e
dedos. Trapézio superior, deltoide médio, coracobraquial, bíceps, braquiorradial,
pronador redondo, palmares, flexores dos dedos e os músculos da região tenar e
hipotenar. Comprometimento desta cadeia: ombros elevados, cotovelo fletido,
pronação de antebraço e flexão de punhos e dedos.
Cadeia anteromedial do ombro: subescapular, coracobraquial e peitoral
maior. Prolonga-se pela cadeia anterior do braço. A perda de flexibilidade desta cadeia
ocasiona adução e rotação medial do braço. Comprometimento desta cadeia: adução
de ombros e rotação medial dos ombros.
32
8 DESVIOS PATOLÓGICOS DA COLUNA

Fonte: jornalboavista.com.br

A coluna vertebral apresenta curvaturas fisiológicas na região do pescoço


(lordose cervical), do tórax (cifose torácica), da cintura (lordose lombar) e da bacia
(cifose sacrococcígea), que lhe conferem o aspecto de um S. Essas curvaturas são
consideradas normais, porque resultam da adaptação natural do corpo humano a
posições adotadas nas diferentes fases do desenvolvimento motor, incluindo o
período embrionário e o nascimento.
Tais alterações anatômicas são consideradas patológicas, quando há redução
ou aumento acentuado de uma ou mais curvaturas, o que compromete o alinhamento
da coluna e prejudica o bom desempenho de suas múltiplas funções.
Pode-se dizer, portanto, que cifose e lordose são desvios normais da coluna
vertebral, essenciais para sua integridade e o funcionamento do organismo. A
principal característica da cifose é uma curvatura posterior no eixo da coluna, nas
regiões torácica e sacral. Na lordose, a curva está presente nas áreas lombar e
cervical da coluna e avança para frente do corpo, na direção do abdômen ou da
garganta. Já a escoliose é considerada um desvio patológico da coluna para os lados
(direito ou esquerdo), correlacionado com a rotação dos corpos vertebrais na parte

33
convexa da curva. Essa rotação provoca uma proeminência denominada gibosidade
(ou giba) que produz as deformidades próprias da doença num dos lados do tórax.
As principais causas de desvios anormais da coluna são anomalias congênitas,
processos patológicos que afetem as vértebras, hábitos viciosos de postura e
traumatismos, mas eles podem também ter causas desconhecidas (idiopáticas).
Hipercifose: A hipercifose torácica pode ser causada por osteoporose,
osteocondrose espinhal, erros posturais e traumas. Ou ser multifatorial, envolvendo
mais de uma dessas causas. Deve- se diferenciar a cifose de desvios posturais da
cintura escapular (ombros caídos), apesar de que tais alterações quase sempre
aparecem de forma conjunta. A hipercifose é um desvio postural causado pelo
aumento da curvatura torácica do paciente.
Características: Cabeça anteriorizada, cervical hiperextendida, escápulas
abduzidas, torácica em flexão, lombar hiperextendida, pelve em inclinação anterior;
flexores do quadril encurtados e joelhos hiperextendidos.
Hiperlordose: A hiperlordose (aumento da curvatura lombar) pode causar
dores quando a pessoa fica muito tempo em pé e ao praticar atividades que causam
a extensão da coluna lombar.
Escoliose: A escoliose é idiopática na maioria das vezes e pode ser originada
na infância, na fase juvenil ou na adolescência, mas também pode ser decorrente de
miopatias, osteopatias, alterações funcionais ou posturais. Pode haver cifose
e lordose ao mesmo tempo, devidas a movimentos compensatórios de adaptação ou
associação da cifose com a escoliose (cifoescoliose), normalmente por doença
congênita.
Possui como características: Cervical reta, ombro assimétrico, escápulas -
abduzidas com a direita levemente deprimida, torácica e lombar - convexa a esquerda
e pelve em inclinação lateral.

34
9 RECURSOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO POSTURAL

9.1 Biofotogrametria

A avaliação postural por intermédio da imagem fotográfica tem sido utilizada


por muitos pesquisadores, embora alguns ainda se utilizem desse recurso apenas
como uma forma de documentação e avaliação qualitativa, ou seja, apenas para
detectar e registrar a presença de assimetrias, sem o uso de uma ferramenta para
quantificar tais desvios. Dessa forma, com o grande desenvolvimento da informática,
tem sido estudada a utilização de fotos obtidas analógica ou digitalmente para
avaliação postural quantificava.

A avaliação postural por intermédio da imagem fotográfica tem sido utilizada


por vários pesquisadores, embora alguns ainda se utilizem desse recurso
como uma forma de documentação e avaliação qualitativa, ou seja, apenas
para detectar e registrar a presença de assimetrias, sem o uso de uma
ferramenta para quantificar tais desvios. Dessa forma, com o grande
desenvolvimento da informática, tem sido estudada a utilização de fotos
obtidas analógica ou digitalmente para avaliação postural quantificativa
definida como fotogrametria ou bioestriometria. (YI, 2003, apud IUNES,
2009).

9.2 Fotogrametria

A fotogrametria é uma técnica que utiliza uma câmera e softwares de avaliação


para identificar pontos anatômicos em desequilíbrio. Para realizá-lo o avaliador deve
posicionar o paciente próximo à câmera com os pés na posição correta.
A câmera tira uma sequência de fotos que depois passa pelo software, que
marca uma série de pontos anatômicos. Os principais pontos analisados pela
fotogrametria são: Acrômio; Maléolos; Espinha Ilíaca; Trocânter Maior; Patela; Linha
Articular do Joelho; Tuberosidade da Tíbia; Ângulo Inferior da Escápula; C7 e T3;
Calcâneo; Ponto Médio entre Maléolos; Ponto Médio da Perna.
Por ser um método de avaliação estática computadorizado a fotogrametria
apresenta diversas limitações. Em primeiro lugar, ela é incapaz de realizar uma
avaliação eficiente de membros superiores. Ela também realiza uma análise
bidimensional, sem considerar todos os planos existentes no corpo.
35
O relatório gerado pela fotogrametria deve ser utilizado somente como um
complemento para as outras avaliações realizadas em aula. Ele é incompleto e
inconfiável demais para servir como base para planejar todo o tratamento ou identificar
a causa dos desequilíbrios.

GANGNET et al, descrevem a postura como sendo a composição do


posicionamento de todos os segmentos corporais num determinado
momento. Em qualquer exame clínico o estudo das alterações posturais
requer a definição de uma postura de referência. Na postura ereta a
referência é definida pela relação entre a linha de gravidade e os segmentos
do corpo. (GANGNET, et al, 2003, apud, DUARTE, 2005).

9.3 Software para Avalição Postural- SAPO

Segundo DUARTE (2005), SAPO é um projeto que visa disponibilizar uma


ferramenta livre e de código aberto para procedimentos científicos de análise postural.
Além disso, o projeto SAPO tem como meta a criação de uma base de dados
integrada, de âmbito nacional, de análises posturais da população brasileira. Isso o
caracteriza como um projeto que deve operar em rede, e por simplicidade, utilizando
a Web como base. Entretanto, aplicativos puramente Web rodam em navegadores, o
que impõe limites para o acesso aos recursos locais. Dessa forma, escolhemos
desenvolver um aplicativo instalável (desktop) para o usuário final e um aplicativo Web
para a integração dos dados.

Para avaliação de alterações posturais, uma eficiente alternativa está na


utilização do Software de Avaliação Postural (SAPO). O SAPO consiste em
um programa para computador gratuito que pode ser utilizado por
profissionais da saúde para a mensuração da posição, comprimento, ângulo
e alinhamento, entre outras propriedades, dos segmentos corporais de um
indivíduo. (YI, 2008, apud DOS SANTOS, 2012).

A lógica do programa e seus recursos de interface contemplam a calibração de


escala, rotação de imagens para definição de vertical, ajuste de zoom, medição de
ângulos e distâncias, marcação livre de pontos e principalmente a marcação de pontos
segundo protocolos, dentre os quais o protocolo principal é o Protocolo SAPO. O
programa também permite definir novos protocolos, que persistem no banco de dados
local, em interface adequada.

36
9.4 Outros instrumentos utilizados na avaliação postural

Balança antropométrica digital: permite medidas com precisão de 100


gramas. Utilizada para determinação do peso corporal total.
Lápis dermatográfico: utilizado para marcar os processos espinhosos, auxilia
a verificação de alterações posturais durante o teste de gibosidade.
Simetrógrafo ou Fio de prumo profissional: Utilizado para determinar se os
pontos de referência estão alinhados com os pontos da postura padrão.
Prancha de postura: tábua de madeira compensada de 60cm x 60cm na qual
são desenhadas as impressões dos pés. Durante a avaliação, o indivíduo fica sobre
a prancha postural com os pés na posição indicada pelas impressões podálicas.

10 AVALIAÇÃO DA MARCHA E EQUILÍBRIO

Fonte:gramho.com

A correção postural pode ser realizada em várias posições: deitada, sentada


e em pé, procurando individualizar tanto as desarmonias físicas, observadas
através da avaliação; como as desarmonias dinâmicas evidenciadas e
percebidas pelo indivíduo (TRIBASTONE, 2001, apud MORAES, 2002).

Marcha significa locomoção, deambulação, caminhada. Possui um padrão


cíclico de movimentos corporais que se repete indefinidamente a cada passo, ou seja,
é um processo de locomoção.

37
A avaliação do movimento é indicada para compreender mecanismos da
marcha patológica; quantificar o afastamento de padrões da normalidade; realizar uma
comparação pré e pós-tratamento; sugerir correções das alterações encontradas;
reproduzir os dados que ajudarão na reabilitação.

10.1 Conceitos em Cinemática

Cadência: É o número de passos dados em uma unidade de tempo,


normalmente expresso como passos por minuto.
Passo: É o espaço compreendido entre o contato inicial de um pé e o contato
inicial do pé contralateral no solo. Pode ser expresso em tempo ou em comprimento.
Passada: É o espaço compreendido entre o contato inicial de um pé no solo e
o novo contato inicial do mesmo pé. Assim, uma passada corresponde a dois passos.

A marcha em pontas é caracterizada pela ausência de contato do calcanhar


com o chão na fase do contato inicial da marcha. (ENGELBERT, 2011, apud
DOMINGUES, 2016).

10.2 Ciclos/ Fases da Marcha

Fase de apoio
Fase de toque/ apoio do calcanhar (Contato Inicial): com o toque do calcanhar,
ocorre o contato inicial do pé com o solo. Tipicamente, isto envolve todo o calcanhar
ou apenas o calcâneo.
Fase de contato (Aplainamento do pé): como a região plantar entra em maior
contato com a superfície do solo, o indivíduo assume a posição de pé chato (ou pé
plano). Durante o achatamento do pé, o corpo da pessoa começa a se desviar para
frente com o momentum.
Fase de apoio médio/ intermediário (Deslocamento anterior da tíbia): ponto no
qual o peso corporal se move centralmente sobre o pé.
Fase de saída do calcanhar/ impulso (Retirada do calcanhar): à medida em que
o corpo continua em seu momentum para frente, o calcanhar acaba sendo elevado do
solo em preparação para o próximo passo, que é o componente da saída do

38
calcanhar. Durante a saída do calcanhar, a maior parte do peso do corpo está apoiada
sobre a porção anterior do pé (antepé).
Fase de propulsão (pré-balanço): componente final da fase de apoio. O hálux
é o último segmento a deixar o solo.
Fase de balanço
Fase de balanço inicial (Aceleração): durante a aceleração, o pé deixa o chão
e se move anteriormente de uma posição ligeiramente posterior ao corpo para uma
posição abaixo do corpo. Ocorre a flexão do joelho e a dorsiflexão do tornozelo,
permitindo que o membro acelere para frente.
Fase de balanço médio: é quando o membro está sob o corpo.
Fase de balanço final (Desaceleração): à medida que o membro inferior
continua a se mover anteriormente e reduz sua velocidade ao se preparar para outro
toque do calcanhar, dizemos que está na fase de desaceleração.
A marcha humana normal pode apresentar, portanto, períodos de apoio simples
(apenas um dos pés está em contato com o solo) e períodos de duplo apoio (ambos
os pés estão em contato com o solo.

Durante a realização das atividades diárias, o corpo humano é


constantemente submetido a forças externas, como as forças de reação e as
forças de inércias. Essas forças externas são equilibradas por forças internas
produzidas ou conservadas durante o movimento por músculos, ligamentos,
tendões, fáscias e demais estruturas articulares. (FONSECA, et al., 2007,
apud DA SILVA, 2010).

10.3 Marchas anormais

Marcha ebriosa: ataxia cerebelar;


Marcha talonante;
Marcha miopática: Marcha em sapo (miopatias), hiperlordose leva a fraqueza
de adutores, como na Síndrome de Duchenne;
Marcha a pequenos passos: Ataxia frontal. Ocorre em doenças como
Parkinson;
Marcha escarvante: Déficit de dorsoflexão do pé: Lesão de nervo fibular ou
ciático ou raiz de L5. Os pés se elevam sem flexão dorsal e eversão;

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Marcha ceifante: Síndrome piramidal. Ocorre hipertonia dos músculos
extensores (não flete, pé caído), movimento de foice;
Marcha parética: Lesão piramidal. Arrasta membro parético;
Marcha atáxica: Lesão cerebelar. Não mantém linha reta;
Coreia: Ocorre movimentos amplos (flutuação de tônus, mais distal), e
desordenados, como onda;
Marcha de Trendelenburg: Doença de Legg -Calvé-Perthes.

Algumas alterações na biomecânica da marcha já foram apontadas quando


há deficiência muscular. Por exemplo, quando o músculo glúteo máximo está
fraco, pode haver uma impulsão do tórax para trás no momento do contato
inicial para manter a extensão do quadril do membro inferior de apoio
(MAGEE, 2005, apud DA SILVA, 2010).

10.4 Equilíbrio

Fonte: clivinat.com.br

De acordo com a SILVEIRA (2006), equilíbrio é a capacidade de manter o


centro de gravidade sobre a base de apoio com um mínimo de oscilação. Este, por
sua vez, fica na dependência de um minucioso controle realizado pelo SNC sobre
os músculos e articulações, de tal maneira que o corpo seja capaz de sustentar certas
posições estáticas sem ser vencido pela força gravitacional ou ainda deslocando-se
através de movimentos harmoniosos resistindo às forças contrárias.

40
Este controle é inconsciente, porém constante e dinâmico, com exceção de
quando o corpo se encontra em repouso (deitado), pois para mantê-lo em determinada
posição é necessário que haja tensão muscular, sendo que à medida que os
movimentos são realizados, ocorre uma adequação dessa tensão. Este equilíbrio é
fundamental, uma vez que, diferentemente dos outros animais terrestres, os humanos
utilizam somente dois membros para locomover-se.
Para que o SNC possa realizar os devidos ajustes constantemente, é
imprescindível que o mesmo receba informações precisas ininterruptamente a
respeito de cada uma das partes do corpo. Esta informação deriva-se de diferentes
fontes. Em contrapartida, os receptores sensitivos presentes na pele e articulações
encaminham informações ao encéfalo sobre a situação do corpo no espaço e sobre a
posição relativa de cada parte do corpo. Já a visão é responsável por propiciar uma
imagem global da situação do corpo em relação ao espaço que o envolve. Por fim, há
também o aparelho vestibular localizado no ouvido interno que fornece informações
sobre a posição e os movimentos da cabeça.
A informação recebida por todas as partes do corpo chegam ao encéfalo de
forma constante, especialmente aos centros nervosos situados no tronco cerebral e
no cerebelo, locais onde ocorre a análise automaticamente das mesmas para que, por
conseguinte, sejam envidas aos músculos ordens adequadas com a necessidade em
questão.

O controle postural deficitário é apontado como importante fator de risco para


quedas em idosos, havendo indicativos de que diminui com o passar da
idade, aumentando a velocidade de oscilação do centro de pressão (CP)
durante a posição vertical. (MELZER, 2004, apud MENESES, 2012).

Conforme MÜJDECI et al (2012), a principal queixa do desequilíbrio é a tontura.


Sua origem está associada a diversas condições, podendo ser proveniente do sistema
vestibular ou não, como: as disfunções cérebro vasculares, as doenças metabólicas
e vasculares, alterações cervicais, doenças neurológicas, hipotensão postural, uso de
medicamentos, dentre outras. Existem também captores que interferem no controle
postural: os pés e os olhos. O comprometimento de um desses causará um
desequilíbrio tônico postural e com ele um desarranjo das forças contrárias normais.
Quando a informação advinda desses captores é desigual ou patológica, ela produz
41
um ajustamento postural errôneo (que o organismo considera como correto),
causando desequilíbrio
O controle postural é importante para a execução de todas as tarefas diárias e
pode ser medido por alguns instrumentos de avaliação funcional do equilíbrio. Entre
estes processos podemos citar as escalas de equilíbrio de BERG e a de TINETTI.

10.5 Escala de equilíbrio de BERG

A escala de equilíbrio de Berg, foi criada em 1989, por Katherine Berg. É um


instrumento validado, de avaliação funcional do equilíbrio estático e dinâmico,
avaliando de forma objetiva e funcional os diferentes aspectos do equilíbrio e o risco
de quedas (principalmente em idosos), incluindo o efeito do ambiente na função.
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG
Descrição dos itens Pontuação (0 -4)
1 Sentado para em pé
2 Em pé sem apoio
3 Sentado sem apoio
4 Em pé para sentado
5 Transferências
6 Em pé com os olhos fechados
7 Em pé com os pés juntos
8 Reclinar à frente com os braços estendidos
9 Apanhar objeto no chão
10 Virando- se para olhar para trás
11 Girando 360 graus
12 Colocar os pés alternadamente sobre um banco
13 Em pé com um pé em frente ao outro
14 Em pé apoiado em um dos pés
TOTAL
Fonte: scielo.br

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Compreende de uma escala com 14 tarefas, com cinco hipóteses de avaliação.
Especificamente de 0 a 4 para cada tarefa, onde Zero (0) é incapaz de realizar a tarefa
e quatro (4), realiza a tarefa de maneira independente. O escore total varia de 0 a 56
pontos.

10.6 Escala de Tinetti

A escala de Tinetti é uma escala de equilíbrio e mobilidade desenvolvida por


Tinetti em 1986. Segundo Tinetti (1996), a mobilidade é a habilidade de se locomover
num ambiente, sendo uma função complicada e, composta de múltiplas manobras.
Estas manobras, por sua vez, dependem de uma integração de múltiplos
características: físicas, cognitivas e psicológicas.
A avaliação desta escala pode ser utilizada clinicamente para identificar:
Componentes da mobilidade da pessoa que provavelmente estão a afetar as
atividades da vida diária; Possíveis justificativas para dificuldades em manobras
particulares (a observação direta da função orienta a procura para a compreensão das
anormalidades); Outros problemas, que a pessoa é susceptível (por exemplo:
quedas); Intervenções que auxiliam na reabilitação e na prevenção e que podem
melhorar a mobilidade. Consiste numa escala de 16 tarefas que são avaliadas por
meio da observação do examinador. A cada tarefa a resposta pode ser classificada
como: Normal: 0;
Adaptável:1;
Anormal:2.
São atribuídos pontos de 0-2 na realização das tarefas totalizando no máximo
48 pontos. O valor abaixo de 19 pontos e entre 19 e 24 pontos representam
respectivamente um alto e moderado risco de quedas.
O Índice de Tinetti é compreendido por duas escalas: de equilíbrio e de marcha.
A primeira possui nove itens: equilíbrio sentado, levantar da cadeira, tentativas de
levantar, equilíbrio em pé, equilíbrio ao girar. Já a segunda possui sete: início da
marcha, comprimento e altura dos passos, simetria dos passos, continuidade dos
passos, direção, tronco e distância dos tornozelos. Nas tarefas/manobras em que é

43
necessário o uso de uma cadeira, o paciente inicia a avaliação numa cadeira rígida,
sem braços e costas eretas.
ESCALA DE TINETTI

1- Equilíbrio sentado Escorrega 0()


Equilibrado 1()
2- Levantamento Incapaz 0()
Usa os braços 1()
Sem os braços 2()
3- Tentativas de levantar Incapaz 0()
Mais de uma tentativa 1()
Única tentativa 2()
4- Assim que levanta Desequilibrado 0()
(primeiros cinco segundos) Estável, mas usa suporte 1()
Estável sem suporte 2()
5- Equilíbrio em pé Desequilibrado 0()
Suporte ou base de sustentação maior 1()
de 12 cm
Sem suporte e base estreita 2()

6- Teste dos três tempos Começa a cair 0()


Agarra ou balança (os braços) 1()
Equilibrado 2()
7- Olhos fechados (mesma Desequilibrado, instável 0()
posição do item 06) Equilibrado 1()

8- Girando a 360º Passos descontínuos 0()


Passos contínuos 1()
Instável (desequilíbrios) 0()
Estável (equilibrado) 1()
9- Sentado Inseguro (erra a distância e cai na 0()
cadeira)
Usa os braços ou movimentação 1()
abrupta
Seguro, movimentação suave 2()

Fonte: efdeportes.com

44
Para definir o equilíbrio e a marcha, o Índice de Tinetti é bem aplicado, uma
vez que detecta alterações na locomoção, diagnostica e quantifica a
gravidade do comprometimento e prediz o risco de quedas. (FREITAS et al.,
2002 apud CARVALHO, 2007).

45
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