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RELATÓRIO – ATIVIDADE

FLEXIBILIDADE MUSCULAR

Iara Ribeiro, nº 5180180

Margarida Branco, nº 5180402

Mariana Rodrigues, nº 5180172

Milene Moniz, nº 5180225

Leiria, 24 de novembro de 2020


RELATÓRIO – ATIVIDADE
FLEXIBILIDADE MUSCULAR

Iara Ribeiro, nº5180180

Margarida Branco, nº 5180402

Mariana Rodrigues, nº5180172

Milene Moniz, nº5180225

Unidade Curricular: Fisiologia do Exercício

Docentes: Nuno Morais e Marlene Rosa

Leiria, 24 de novembro de 2020


RELATÓRIO – ATIVIDADE FLEXIBILIDADE
MUSCULAR

LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIGLAS

AD – Alongamento Dinâmico

ADM – Amplitude de Movimento

AE – Alongamento Estático

CR – Contrair-relaxar

CRCA - Contração-relaxamento-contração-antagonista

PNF - Propriocetive Neuromuscular Facilitation

SR – Segurar-relaxar

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz ii novembro de 2020
RELATÓRIO – ATIVIDADE FLEXIBILIDADE
MUSCULAR

ÍNDICE

ÍNDICE DE FIGURAS ......................................................................................................... IV


INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5
1 MEDIÇÃO E EXERCÍCIO DE FLEXIBILIDADE MUSCULAR ........................................ 7
1.1 MUSCULO QUADRANTE SUPERIOR .............................................................................. 7
1.1.1 Grande dorsal .................................................................................................. 7
1.2 MUSCULO QUADRANTE INFERIOR ............................................................................... 8
1.2.1 Isquiotibiais ...................................................................................................... 8
2 RESULTADOS ..............................................................................................................11
3 DISCUSSÃO .................................................................................................................12
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................14

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz iii novembro de 2020
RELATÓRIO – ATIVIDADE FLEXIBILIDADE
MUSCULAR

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Medição Pré e Pós-Strech do Grande Dorsal ................................................... 7


Figura 2 - Alongamento Estático do Grande Dorsal ......................................................... 8
Figura 3 - Medição Pré e Pós-Strech dos Isquiotibiais ..................................................... 9
Figura 4 - Alongamento Estático de Isquiotibiais ............................................................10

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz iv novembro de 2020
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MUSCULAR

INTRODUÇÃO

No âmbito da unidade curricular de Fisiologia do Exercício, que incorpora o plano de estudos


do 1º semestre do 3º ano da licenciatura de Fisioterapia da Escola Superior de Saúde do
Instituto Politécnico de Leiria, foi-nos proposto a elaboração de um relatório com o objetivo de
prescrever e avaliar os efeitos imediatos de um exercício de flexibilidade muscular do músculo
grande dorsal do quadrante superior e dos músculos isquiotibiais do quadrante inferior.

Um alongamento consiste no aumento da distância entre a origem e inserção de um músculo,


que corresponde ao aumento do comprimento de uma unidade músculo-tendinosa. No
alongamento a relação músculo tensão é inversamente proporcional, ou seja, quanto maior o
comprimento da unidade músculo-tendinosa menor a tensão. Por outro lado, o alongamento
de um músculo leva a um aumento da tensão das estruturas envolventes, como cápsula
articular e a fáscia, pois estas são constituídas por tecidos com diferentes biomecânicas
(Page, 2012).

Desta forma, existem 3 tipos de alongamentos, o Estático, Dinâmico e Pré-Contração. Todos


estes têm como objetivo aumentar a amplitude do movimento (ADM) imediatamente após o
alongamento. O Alongamento Estático (AE) é o mais tradicional, que consiste em manter uma
posição específica em que o músculo se encontra em tensão até ao ponto de sensação de
alongamento e de forma repetida. O AE pode ser realizado de forma passiva pelo terapeuta
ou de forma ativa pelo indivíduo, sendo que está associado a uma melhoria da performance
e à diminuição de incidentes relacionados com a atividade física. Apesar de ser um método
capaz de aumentar a amplitude do movimento articular, ao ser realizado num aquecimento
antes do exercício é prejudicial à força muscular medida pelo dinamômetro e desempenho na
corrida e no salto (Page, 2012).

O Alongamento Dinâmico (AD) traz conotação de movimento, ou seja, explora a capacidade


de ativamente levar cada articulação ao seu ponto máximo de amplitude, por meio da
utilização de todos os músculos envolvidos naquele movimento e é constituído pelo Ativo e
Balístico. O Ativo tem de ser realizado até ao final da amplitude de movimento disponível no
membro em que o alongamento é aplicado e de forma repetida. O Balístico não é o mais
recomendado, uma vez que é realizado de forma rápida ou alternando movimentos no final
da amplitude do movimento, o que potência um elevado risco de lesão. Este alongamento não
está associado a défices de força ou desempenho, e demonstrou melhorar a potência medida
no dinamómetro, bem como no desempenho no salto e corrida. Este tipo de alongamento é
igualmente eficaz no aumento da ADM (Page, 2012).

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 5 novembro de 2020
RELATÓRIO – ATIVIDADE FLEXIBILIDADE
MUSCULAR

Por último, o Alongamento de Pré-Contração mais comum é o Propriocetive Neuromuscular


Facilitation (PNF), que consiste numa contração do músculo agonista, que vai ser alongado,
ou do antagonista antes do alongamento. Engloba 3 métodos, Contrair-Relaxar (CR),
Segurar-Relaxar (SR) e Contração-Relaxamento-Contração-Antagonista (CRCA). O CRCA é
uma combinação dos outros dois e tem o efeito mais positivo no desempenho atlético (Page,
2012).

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 6 novembro de 2020
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MUSCULAR

1 MEDIÇÃO E EXERCÍCIO DE FLEXIBILIDADE MUSCULAR

1.1 MUSCULO QUADRANTE SUPERIOR

1.1.1 Grande dorsal

Antes de partir para o processo de medição de flexibilidade/encurtamento do músculo grande


dorsal consideramos fundamental relembrar a sua origem, inserção e a ação do mesmo.
Assim o grande dorsal tem origem nos processos espinhosos das sete últimas vértebras
dorsais, nas vértebras lombares, crista sagrada, crista ilíaca e nas três últimas costelas e
insere-se na goteira bicipital. Este, tem como ação a adução, extensão, rotação interna do
braço e depressão do ombro (Pina, 1998).

Para realizar a medição pré e pós stretch estático do músculo grande dorsal o indivíduo deverá
estar em decúbito dorsal com os joelhos a 90°, ancas fletidas a 45° e pés apoiados na
marquesa. Um examinador posiciona o goniómetro para medição da flexão do ombro. O
examinador de teste flete o cotovelo a 90° e leva o ombro ao máximo de rotação externa.
Depois o ombro é fletido passivamente até que seja sentida uma firme resistência ao
movimento, determinando o final da amplitude de teste. Um terceiro examinador assegura que
durante a flexão do ombro a pélvis é mantida em máxima retroversão/rotação posterior.

No seguimento da atividade foi necessário recorrer ao goniômetro para o registo da medição


pré-stretch e pós-stretch. Desta forma, o eixo do goniômetro deve estar próximo do acrómio,
o braço fixo deve ser colocado ao longo da linha axilar média, apontando para o trocânter
maior do fémur. Por último, o braço móvel do goniômetro deve ser colocado sobre a superfície
lateral do corpo do úmero em direção ao epicôndilo lateral (Marques, 2014).

Figura 1 - Medição Pré e Pós-Strech do Grande Dorsal

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 7 novembro de 2020
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MUSCULAR

Após realizar a medição pré-stretch estático, passamos ao alongamento estático do grande


dorsal direito. Para isso, devem ser dadas indicações ao utente de colocar as suas duas mãos
num ponto fixo, neste caso o espaldar, que se encontra ao seu lado esquerdo tendo em conta
que estas devem de estar acima da altura da cabeça. Além disso, devemos pedir ao utente
para juntar os pés e perto do ponto fixo (posição inicial). De seguida, pedir ao utente para
inclinar-se lentamente para o lado contralateral, neste caso para o lado esquerdo e deve ir
afastando a anca e a lombar do ponto fixo (Chachques et al., 1997).

Posto isso, foram realizadas três repetições de 30 segundos e descanso de 10 segundos,


sendo que o alongamento deve ser realizado até que haja uma ligeira sensação de
desconforto (Page, 2012).

Figura 2 - Alongamento Estático do Grande Dorsal

1.2 MUSCULO QUADRANTE INFERIOR

1.2.1 Isquiotibiais

Os isquiotibiais são um grupo de músculos constituídos pelos músculos semitendinoso,


semimembranoso e bicípite femoral. Os músculos semimembranoso e semitendinoso
encontram-se situados na porção-póstero-medial da coxa, sendo o semitendinoso mais
superficial que o semimembranoso. Estes inserem-se superiormente na tuberosidade
isquiática e inferiormente na extremidade superior da tíbia e têm como ação fletir o joelho
sendo também rotadores mediais da coxa. O bicípite femoral tem origem na tuberosidade

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 8 novembro de 2020
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isquiática inserindo-se no ápice da cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia, sendo este um
flexor e rotador lateral da perna e extensor da coxa-femoral (Pina, 1998).

De forma a proceder à medição pré e pós stretch estático dos músculos isquiotibiais, o
indivíduo deve estar em decúbito dorsal com as pernas alinhadas e o tornozelo da perna em
teste numa posição descontraída. Um suporte lombar deve ser usado para manter a curva
lordótica normal. Um primeiro examinador mantém a perna contralateral direita para evitar
rotação externa e fixa a pélvis para tentar minimizar a inclinação pélvica posterior (posição
inicial). Um segundo examinador alinha o goniómetro com o tronco e a coxa do participante.
A perna do participante é então levada passivamente por um terceiro examinador para flexão
coxofemoral com o joelho em extensão. O tornozelo é mantido numa posição relaxada para
minimizar a influência do músculo gémeos.

Para a medição pré e pós stretch estático foi necessário recorrer ao goniômetro para a
medição do ângulo de flexão coxo-femoral. O eixo deve estar colocado ao nível do trocânter
maior, o braço fixo do goniômetro deve ser colocado na linha média axilar do tronco e o braço
móvel deve ser colocado paralelamente sobre a superfície lateral da coxa, em direção ao
côndilo lateral do fémur (Marques, 2014).

Figura 3 - Medição Pré e Pós-Strech dos Isquiotibiais

Após a medição do pré-stretch estático passamos ao alongamento estático dos isquiotibiais.


Para o alongamento o utente deve ter o membro que não está a ser alongado em flexão do
joelho e posição neutra da coxo-femoral, para isso é necessário que este membro
esteja apoiado numa cadeira com um colchão para dar altura e conforto respetivamente. O
membro alongado deve estar apoiado sobre a marquesa com extensão do joelho e flexão
da coxo-femoral a 90º, com uma ligeira flexão do tronco à frente. As indicações dadas ao

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 9 novembro de 2020
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utente devem ser para este manter uma ligeira flexão do tronco à frente e mantê-lo ativo
(Apostolopoulos et al., 2018).

Posto isso, foram realizadas três repetições de 30 segundos e descanso de 10 segundos,


sendo que o alongamento deve ser realizado até que haja uma ligeira sensação de
desconforto (Page, 2012).

Figura 4 - Alongamento Estático de Isquiotibiais

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 10 novembro de 2020
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MUSCULAR

2 RESULTADOS

Para medição de flexibilidade do grande dorsal realizou-se o teste Latissimus dorsi muscle
length anteriormente descrito, e obteve-se uma amplitude (pré-stretch estático) de 160°. Após
a implementação do alongamento devidamente parametrizado, obtivemos um uma amplitude
(pós-stretch estático) de 166°. Isto corresponde a uma diferença pré-pós stretching de 6°, no
entanto devido ao erro intra observador que corresponde a 5° só ganhamos 1° de amplitude
efetivo.

Para medição de flexibilidade dos isquiotibiais realizou-se o teste passive


straight leg raise, anteriormente descrito, e obteve-se uma amplitude (pré-stretch estático) de
90°. Após a implementação do alongamento devidamente parametrizado, obtivemos uma
amplitude (pós-stretch estático) de 100°. Isto corresponde a uma diferença pré-pós stretching
de 10°. Após calcularmos a percentagem de variação pré-pós intervenção, obtivemos um
resultado de 11,1% , sendo que o erro intra examinador é de 11% significa que os ganhos
efetivos foram de 0.1%, não sendo este um valor significativo.

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 11 novembro de 2020
RELATÓRIO – ATIVIDADE FLEXIBILIDADE
MUSCULAR

3 DISCUSSÃO

A extensibilidade muscular está relacionada com o comprimento muscular e é definida como


a capacidade de um músculo alongar até certo ponto, que varia consoante o indivíduo e
corresponde à sensação de alongamento da pessoa. Uma extensibilidade considerada
“normal” está associada a um movimento eficiente, permitindo uma capacidade de adaptação
às tensões impostas e diminuindo o risco de lesão. Por outro lado, quando um músculo
demonstra que não tem extensibilidade suficiente (encurtado), o movimento entre as
superfícies articulares pode estar limitado, resultando em movimentos articulares restritos que
pode ser explicado por um aumento da rigidez muscular (Weppler & Magnusson, 2010).

Analisando os resultados obtidos após a implementação dos alongamentos, foi possível


verificar que ocorreu um aumento das amplitudes articulares (gleno-umeral e coxo femural),
o que pode sugerir que existiu um aumento do comprimento muscular do grande dorsal e dos
isquiotibiais. No entanto, os ganhos obtidos não revelam ser muito significativos uma vez que
se tem de ter em conta o erro intra-observador e assim os ganhos efetivos são mínimos.

Desta forma, existem duas grandes teorias que justificam os ganhos do comprimento
muscular, ou seja, a extensibilidade muscular, que são a Teoria Sensorial e a Teoria
Mecânica. A Teoria Mecânica refere que o aumento da extensibilidade muscular observada
após um alongamento intermitente envolve um aumento comprimento mecânico do músculo
alongado. Estas teorias mecânicas incluem deformação viscoelástica, deformação plástica,
aumento dos sarcómeros em série, e relaxamento neuromuscular (Weppler & Magnusson,
2010).

Por outro lado, a Teoria Sensorial sugere que os aumentos da extensibilidade muscular
observados imediatamente após o alongamento são apenas devidos a uma modificação da
perceção. Esta teoria acrescenta que a extensibilidade muscular não provém apenas de
alterações biomecânicas, mas varia também da perceção do indivíduo, sendo que esta pode
depender de uma alteração psicológica na perceção sensorial ou da disposição dos sujeitos
para tolerar maior aplicação de torque (Weppler & Magnusson, 2010).

Na atividade realizada, podemos concluir que, como apenas realizámos três vezes o
alongamento, os ganhos de extensibilidade muscular acontecem sobretudo tendo em conta
os princípios da teoria sensorial. Isto deve-se ao facto de que a intervenção teve uma duração
demasiado curta para que haja alterações biomecânicas nos músculos envolvidos (Weppler
& Magnusson, 2010).

Tendo em conta a literatura um alongamento repetido ao longo do tempo irá aumentar a


capacidade de relaxamento dos músculos alongados e consequentemente os ganhos de

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 12 novembro de 2020
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MUSCULAR

extensibilidade muscular. Desta forma para obter resultados mais significativos, será então
interessante realizar estes alongamentos repetidamente em várias sessões e não apenas de
uma forma isolada.

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 13 novembro de 2020
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MUSCULAR

BIBLIOGRAFIA

Apostolopoulos, N. C., Lahart, I. M., Plyley, M. J., Taunton, J., Nevill, A. M., Koutedakis, Y., Wyon, M., & Metsios,
G. S. (2018). The effects of different passive static stretching intensities on recovery from unaccustomed
eccentric exercise – A randomized controlled trial. Applied Physiology, Nutrition and Metabolism, 43(8),
806–815. https://doi.org/10.1139/apnm-2017-0841

Chachques, J. C., Chekroun, P., Dardan, P., Fischer, E. C., & Carpentier, A. (1997). Latissimus Dorsi muscle
strengthening and training before cardiomyoplasty. Basic and Applied Myology, 7(1), 9–13.

Marques, A. P. (2014). Manual de Goniometria (M. Ltda (ed.); 3rd ed.).

Page, P. (2012). Current Concepts in Muscle Stretching for Exercise and Rehabilitation. The International Journal
of Sports Physical Therapy, 7(1), 109–119.

Pina, J. A. E. (1998). Anatomia Humana da Locomoção (4.a). Lidel.

Weppler, C. H., & Magnusson, S. P. (2010). Increasing muscle extensibility: A matter of increasing length or
modifying sensation? Physical Therapy, 90(3), 438–449. https://doi.org/10.2522/ptj.20090012

Iara Ribeiro, Margarida Branco


Mariana Rodrigues e Milene Moniz 14 novembro de 2020

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