Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1993
TCCjUNICAMP ~,.,
014p ...,
............
~ u 111\\1\lllllll
1ZSOOOZ45Z i
'
1993
SUMÁRIO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO lll
CAPÍTULO IV
L.evantamonto da terra '."''.".'' ................ '''"''' .. '"''' .. '"' ,, .... ..' ' 21
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
4
RESUMO
O motivo pelo qual realizou-se esse trabalho, foi o de contribuir com a ciência do
esporte na investigação dos métodos de treinamento para um ótimo rendimento na
expressão máxima da força.
O objetivo é sugerir um método de treino, enquadrado nos princípios da
periodização para permitir modificações nos sistemas orgânicos e melhora significativa
na performance.
O primeiro capitulo faz uma abordagem à modalidade no que se refere às regras e
descrição dos movimentos na competição. O capítulo li descreve as capacidades
flsicas envolvidas e as conceitua de acordo com alguns autores. O capítulo 111 comenta
as adaptações do metabolismo perante o treino da força e as fontes energéticas
utilizadas. Já a ação dos músculos nos exercícios competitivos é abordada pelo
capítulo IV.
• As regras da competição
Na competição feminina, existem dez categorias de peso, e cada equipe pode ter
dez competidoras, sendo que, no máximo, haja duas em uma mesma categoria. As dez
categorias são: até 44 Kg, até 48 Kg, até 52 Kg, até 56 Kg, até 60 Kg, até 67,5 Kg,
até 75 Kg, até 82,5 Kg, até 90 Kg e acima de 90 Kg. Em toda competição oficial, a
pesagem dos atletas é realizadas duas horas antes do início.
Os halteres das competições são constituídos por barras e anílias, sendo que as
barras devem ter um comprimento de 2,20 m e um diâmetro de 28 mm no mínimo e 29
mm no máximo. O diâmetro da maior anília é de 45 em e para as anílias de 25 Kg ou
mais, a espessura máxima é de 5 em; para anílias de 20 Kg ou menos, a máxima
espessura é de 3 em. O peso da maior anília é de 45 Kg ou 50 Kg e as demais anílias
devem ter 20 Kg, 15 Kg, 10 Kg, 5 Kg, 2,5 Kg e 1,25 Kg; a fim de se atingirem
recordes numa tentativa de levantamento extra, podem ser adicionadas anílias de no
mínimo 0,5 Kg. A barra, juntamente com as presilhas que seguram as arúJias, devem
pesar 25 Kg.
O competidor pode realizar três tentativas para cada levantamento com intervalos
de três minutos ou mais entre cada uma, tendo como objetivo registrar um melhor
levantamento.
contínuo até ficar ereto, de joelhos e cotovelos estendidos; os ombros não devem ficar
protusos. O juiz dá o único sinal e o competidor deve recolocar a barra no chão.
O atleta poderá ter o levantamento da terra invalidado se:
ocorrer qualquer parada da barra durante a fase concêntrica do movimento;
os joelhos não ficarem estendidos no final do levantamento;
- ocorrer qualquer movimento dos pés durante o exerclcio;
não conseguir ficar de pé, ereto;
apoiar a barra nas coxas;
abaixar a barra antes do sinal do juiz;
soltar a barra após o sinal do juiz.
CAPÍTULO 11
•A capacidade de força
A força, nas suas formas de manifestação, pode ser dividida em diferentes tipos,
de acordo com as diferentes formas de observação: sob o aspecto da parcela de
musculatura envolvida, diferenciamos entre geral e local; sob o aspecto da
especificidade da modalidade esportiva, força geral e especial; sob o aspecto do tipo
de trabalho do músculo, força dinâmica e estática; sob os aspectos das principais
formas de exigência motora envolvidas, força máxima, força rápida e resistência de
força; e sob o aspecto da relação do peso corporal, força absoluta e relativa (Weineck
1991,181).
• A força máxima
De acordo com Poliquin e Patterson (1989), a força máxima pode ser definida
como a mais elevada força que o sistema neuro-muscular é capaz de produzir em uma
úrúca e máxima contração voluntária.
Volume muscular
2.75
2.70
2.65
•
2.60
•
2.55
2
.soJé__lr,'_j-5T~1~r;-~;-r 2.b5 !2.11;
1,70 1.80 1.90 2.00 2.10
logm
hg 2
A dependência da massa (;mpora/ (lox m) e da forra múxima (log /')
(\·cgrmdo ZaciorskU 1977 em Wehu!Ck 199/, 11?5).
Estrutura do músculo
Sexo e idade
De acordo com Frey (1977, 341), em Weineck (1991, 191), a força máxima
dinâmica é a força máxima que o sistema nervo-músculo pode realizar dentro de uma
seqüência de movimento, com uma contração.
Grau de fadiga
força (Nm)
1000
900
800
700
máximo
600
500
isométrico ".,
':1
[j-
Giferença de força
±dinâmica
400 ------1
I
300 I
I
I
200 I
I '
I
I
I '
r· r T
I
·r T -, r 1 1 I I f' f I I r------.-
403530 25 2015 10 5 o 5 10 t5 20 25 30 35 40 freqüência
dinâmica positiva dinâmica negativa
f<ig 3
A for~:a dinâmica pnsitim e negatim em d{j'erentes l'elocidades de movimento
OVeineck Sdme/1 JC)85 em Weine<·k IIJI.J I, /I.J-1).
• A força relativa
A força relativa pode ser definida como a máxima força que um atleta pode
expressar por unidade de peso corporal (Poliquin 1991, 36).
Tabela 1
A dependência da força de um halterojilista da massa cotporal (dados de recordi.vfa,v
mundiais em 01101/63) (Zaciorskij 1977, 14 em Weineck 1991, 186).
17
CAPÍTULO 111
As fibras do tipo ll, com alta atividade ATPase, apresentam tempo de contração
relativamente curto, sistema enzimático glicolítico bem desenvolvido, menor conteúdo
mitocondrial e menor atividade oxidativa. Porém, elas podem ser divididas em três
subgrupos: tipo lia, tipo llb e tipq llc. O tipo lia possui aJto potencial oxidativo e
potência glicolítica intermediária. E, também, relativamente resistente à fadiga. Já o
tipo Ilb é a "típica" fibrajast twitch com baixo potencial aeróbio. Finalmente, a fibra
do tipo llc é considerada uma fibra relativamente pouco diferenciada.
IH
O ATP é ressintetizado através do fosfato de creatina. Os fosfatos ricos em energia
(ATP e CP) possibilitam um trabalho por um tempo de no máximo 20 segundos.
19
CAPÍTULO IV
• Agachamento
Segundo Rasch e Burke ( 1977), os músculos que atuam nos movimentos acima
citados são:
- na flexão do quadril: psoas, ilíaco, sartório (acessório), reto femoral, pectíneo,
tensor da fáscia lata (acessório), glúteo médio (acessório - fibras anteriores), glúteo
mínimo (acessório - fibras anteriores), grácil (acessório), adutor longo (acessório),
adutor breve (acessório), adutor magno (acessório - fibras superiores) e extensores do
quadril, por se tratar da fase excêntrica do movimento;
- na extensão dos joelhos: reto femoral, vasto lateral, vasto intermédio, vasto
mediai.
• Desenvolvimento supino
Ae principaia articulações envolvidas ne11e movimenta •iio;
-ombros: extensão na fase excêntrica e flexão na fase concêntrica;
-cotovelos: flexão na fase excêntrica e extensão na fase concêntrica.
• Levantamento da terra
Pode-se citar também a ação isométrica dos músculos flexores e extensores dos
cotovelos.
21
CAPÍTULO V
• A metodologia
Intensidade 60-82%
Repetições 6-20 RM"'
Séries 3-6
Intervalos de repouso 2'-4' (entre as séries)
Ritmo de execução (fase conçêntrica) 1"-1 O" por RPT"""
Ritmo de execução (fase excêntrica) 4"-10" por RPT**
Duração total da série 40"-70"
Número de exercícios por sessão 6-12
"'Repeução Má.'i:llllll (RM). *• RcpcUç!io (RPT) .
Tabela 2
A (:arga no mdlodo tkr hlp111'Ü't~fia.
22
Segundo Poliquin ( 1991 ), o treinador de halterofilismo da Bulgária, Ivan
Abadjiev, sugere múltiplas sessões diárias de treino, pois as sessões de trabalho que
excedem 60 minutos provocam uma rápida diminuição dos níveis de androgênio,
afetando a relação testosterona-cortisol.
Intensidade 85-100%
Séries 5-12
Tabela 3
A carga no método da carga máxima.
23
85%, 90%, 95%, 100% 3 séries
Método Búlgaro 5 3 2 I
Método Kulesza 80% ' 90% , 95% , 1]0%. 85-90% 3-5 séries
2 1 2 I 2-3
90% 3 séries
3
Método Harre e 95%
2 séries
colaboradores 2
100% 1 série
I
Nota: os numeros nos denommadores referem-se às repellções.
Tabela 4
Exemplos de carga nos métodos de carga máxima.
Segundo Poliquin (1991), a fase de acumulação é aquela que tem como objetivo
aumentar o volume de trabalho e conseqüente secção transversal do músculo e/ou
aumentar a resistência muscular. Já a fase de intensificação é aquela em que a
intensidade é maior e o objetivo é o aumento da força relativa.
Poliquin ( 1991) apresenta duas variantes para a fase de acumulação pelo método
cluster (por acumulação de cargas):
Iª variante:
O atleta faz 3-4 destas séries e só as interrompe se não conseguir completar uma
nova repetição após 1O segundos de pausa.
Iª variante:
2ª variante:
1. Idem ao passo "º 1 da primeira variante, só que , neste caso, um companheiro
do executante aplica uma resistência manual na fase excêntrica;
2. Pausa de 4-5 minutos;
3. Repetir o procedimento em 4-5 séries.
O sistema de treino com redução dos intervalos para repouso é mais uma
variação de método para aumento da força relativa apresentado por Poliquin (1991), e
que consiste em rea1izar, por 3 vezes no microciclo de sete dias, um número pré-
determinado de repetições isoladas, feitas com uma intensidade de 92-95% de 1 RM.
Exemplo de treino com redução dos intervalos de repouso, para um atleta que
pretende melhorar o resultado de l 00 Kg no supino:
Aquecimento:
Após apresentados esses vários métodos discute-se qual seria a melhor forma de
aplicação.
Séries 4 5 3 6 4 8
Fase preparatória que, se não fosse pela curta duração, iria conduzir a uma
situação de hipertrofia.
É importante salientar que o atleta deverá ter um descanso ativo nesta fase,
realizando os Levantamentos Básicos e os exercícios complementares - objetivando,
principalmente, a resistência muscular - utilizando, porém, baixo volume e baixa
intensidade.
27
CAPÍTULO VI
• Conclusão
Conclui-se, portanto, que a alternância das fases de maior volume de treino com
as de maior intensidade podem provocar aumento da força, evitando tanto over use,
ou sobretreino, quanto o aumento significativo da massa corporal, sendo, assim, uma
proposta para a melhora do rendimento nos Levantamentos Básicos.
28
CAPÍTlJLO VIl
• Referências Bibliográficas
29