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Manual de Formação

Curso Cardio Fitness e Musculação

Módulo 4 – Miologia

V1_2010
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 4 - Miologia

Indice
Indice ................................................................................................................................... 2
Introdução ............................................................................................................................. 4
Tipos de Músculos ................................................................................................................... 4
Músculo Liso ........................................................................................................................ 4
Músculo Cardíaco ................................................................................................................. 4
Músculo Esquelético Estriado ................................................................................................. 4
Estrutura do Músculo .............................................................................................................. 5
Tipos de Tecido ...................................................................................................................... 5
Tecido Conjuntivo ................................................................................................................ 5
Tecido Muscular Esquelético .................................................................................................. 6
Fibras Musculares ................................................................................................................... 6
Fibras Tipo I ........................................................................................................................ 7
Fibras Tipo II ....................................................................................................................... 7
A Contracção Muscular ............................................................................................................ 8
Unidade Motora ................................................................................................................... 9
Características Moleculares ................................................................................................... 9
Fases de Contracção........................................................................................................... 10
Excitação da fibra muscular .............................................................................................. 10
Acoplamento excitação-contracção .................................................................................... 10
Ciclo das pontes cruzadas ................................................................................................ 11
Relaxamento muscular..................................................................................................... 11
Ressíntese de ATP ........................................................................................................... 12
Propriedades do Músculo..................................................................................................... 12
Classificação dos Músculos .................................................................................................. 12
Quanto à sua Localização ................................................................................................. 12
Quanto à sua Forma ........................................................................................................ 12
Quanto à sua Função ....................................................................................................... 13
Funções dos Músculos ........................................................................................................... 13
Músculos da Cabeça .............................................................................................................. 13
Esternocleidomastoídeo ...................................................................................................... 13
Músculo do Tórax e Membro Superior ................................................................................... 14
Pequeno Peitoral ................................................................................................................ 14
Grande Dentado ................................................................................................................ 14
Supraespinhoso ................................................................................................................. 14
Infraespinhoso................................................................................................................... 15
Grande Redondo ................................................................................................................ 15
Pequeno Redondo .............................................................................................................. 15
Subescapolar ..................................................................................................................... 15
Coifa dos Rotadores ........................................................................................................... 15
Deltóide ............................................................................................................................ 16
Bicepete Braquial ............................................................................................................... 16
Coracobraquial .................................................................................................................. 16
Braquial Anterior ................................................................................................................ 16
Braqueo-radial ................................................................................................................... 17
Tricepete Braquial .............................................................................................................. 17
Ancóneo ........................................................................................................................... 17
Músculos Dorsais Superficiais ................................................................................................. 17
Trapézio ........................................................................................................................... 17
Grande Dorsal ................................................................................................................... 18
Músculos da Goteira Vertebral ................................................................................................ 18
Grande Romboíde .............................................................................................................. 18
Angular da Omoplata .......................................................................................................... 18
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Massa Comum ................................................................................................................... 18


Longo Dorsal do Tórax ........................................................................................................ 19
Ílio-costal.......................................................................................................................... 19
Feixo Curto Espinhoso ........................................................................................................ 19
Complicado da Espinha ....................................................................................................... 19
Músculos do Abdómen ........................................................................................................... 20
Transverso do Abdómen ..................................................................................................... 20
Grande Oblíquo.................................................................................................................. 20
Pequeno Oblíquo ................................................................................................................ 20
Grande recto Abdominal ..................................................................................................... 20
Diafragma ......................................................................................................................... 21
Grande Psoas .................................................................................................................... 21
Ilíaco ................................................................................................................................ 21
Quadrado dos Lombos ........................................................................................................ 21
Músculos da Cintura Pélvica ................................................................................................... 22
Grande Glúteo ................................................................................................................... 22
Médio Glúteo ..................................................................................................................... 22
Pequeno Glúteo ................................................................................................................. 22
Músculo da Coxa................................................................................................................... 22
Custureiro ......................................................................................................................... 22
Tensor da Fasquia Lata ....................................................................................................... 23
Quadricipede Crural............................................................................................................ 23
Médio Adutor ..................................................................................................................... 23
Grande Adutor ................................................................................................................... 23
Pequeno Adutor ................................................................................................................. 24
Pectineo............................................................................................................................ 24
Recto Interno .................................................................................................................... 24
Bicípete Crural ................................................................................................................... 24
Semitendinoso ................................................................................................................... 24
Semimembranoso .............................................................................................................. 25
Músculos da Perna ................................................................................................................ 25
Tíbia Anterior .................................................................................................................... 25
Gemeos ............................................................................................................................ 25
Solear .............................................................................................................................. 25
Popliteu ............................................................................................................................ 26
Bibliografia .......................................................................................................................... 27

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Introdução
Os mais de 600 músculos existentes no nosso corpo podem ser divididos em três tipos: músculo liso,
músculo estriado cardíaco e músculo estriado esquelético.

Tipos de Músculos

Músculo Liso
Os músculos lisos são controlados pelo sistema nervoso autónomo. É
musculatura de contracção involuntária. Nas células do músculo liso, os canais
de cálcio induzem contracção.

O músculo liso é composto por células fusiformes mononucleados. Podem


reagir a estímulos vindos de células vizinhas ou a hormónios.

Encontramos músculos lisos nos órgãos ocos, vasos sanguíneos, bexiga,


útero, tracto gastrointestinal, etc. Tem um papel preponderante de impulsionar sangue, urina,
esperma, bile, etc.

Músculo Cardíaco
O músculo estriado cardíaco forma a camada muscular do coração: o
miocárdio. As fibras se dispõem lado a lado e juntam-se através de
“junções de abertura”. Essas junções permitem que o impulso passa
com grande facilidade às outras.

O coração é formado por três tipos principais de músculos: ventricular,


atrial, fibras musculares excitatórias e condutoras. O músculo
ventricular e atrial contraem-se de forma parecida com o músculo
esquelético, mas a duração de contracção é maior.

Fibras musculares excitatórias e condutoras só se contraem de modo mais fraco. Eles contêm poucas
fibras contrácteis. Ao contrário apresentam ritmicidade e velocidade de condução varáveis, formando
um sistema excitatório para o coração.

Músculo Esquelético Estriado


É um órgão que está muito bem adaptado as desenvolvimento de trabalho mecânico e ao
desempenho das diversas funções motoras. É um dos efectores do sistema nervoso. Distinguese dos
outros efectores pelo facto da sua actividade esta totalmente sobre seu controle (sistema nervoso
somático).

Os músculos esqueléticos constituem cerca de 44-51% do peso corporal total de um homem, e 35-
42% do peso corporal total de uma mulher. A degradação da massa muscular (característica visível
nos indivíduos idosos) toma a designação de sarcopénia.

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Estrutura do Músculo
O músculo estriado voluntário necessita, para sua função de contracção e estiramento, de se ligar a
estruturas ósseas, que lhe garantam de fixação afim de executar. Todo o músculo tem uma origem,
um ventre e uma inserção muscular.

O origem muscular é o local de união do músculo com o osso, que num processo de contracção
muscular normalmente tende a ficar fixo. O ventre muscular é a porção contráctil do músculo,
constituída por fibras musculares que se contraem. Em alguns músculos o ventre muscular pode ter
origem directamente do osso, e pode não apresentar um tendão.

A inserção muscular é o local de união do músculo com o osso, que num processo de contracção
muscular normalmente é deslocado.

Tipos de Tecido
No músculo encontramos principalmente tecido muscular esquelético e tecido conjuntivo. O tecido
muscular esquelético encontra-se sobretudo no ventre muscular sendo responsável pela produção da
força. O tecido conjuntivo forma os tendões que permitem a transmissão de força aos ossos.

Tecido Conjuntivo
É responsável pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo. Este papel mecânico é dado
por um conjunto de moléculas (matriz) que conecta e liga as células e órgãos.

Diferente de outros tecidos que são formados apenas por células, o principal constituinte do tecido
conjuntivo é matriz. O tecido conjuntivo consiste de uma substância fundamental
(glicosaminoglicanas, proteoglicanas, glicoproteínas), fibras (colágenas, elásticas, reticulares) e de
água.

O epimísio é uma camada de tecido conjuntivo que envolve todo o músculo. O perimísio é uma
bainha de tecido conjuntivo que agrupa conjuntos de 10 a 100 fibras musculares em fascículos. O
endomísio é uma camada de tecido conjuntivo que envolve uma fibra muscular e é composta
principalmente de fibras reticulares. O endomísio também contém capilares, nervos e vasos
linfáticos.

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Uma aponeurose é como um invólucro ao redor dos músculos e adere à superfície da região dos osso
em que o músculo se prende.

O tendão é uma “fita” fibrosa, formado por tecido conjuntivo denso modelado. O tendão liga os
músculos aos órgãos. As três membranas de tecido conjuntivo (endomísio, perimísio, epimísio)
unem-se nas extremidades do músculo para formarem o tendão. As suas fibras penetram no
periósteo e se enterram firmemente na camada óssea externa.

O tendão têm elevada % de fibras de colágenio dispostas de forma muito regular no sentido do eixo
do tendão. Isso permite transmitir com eficácia as forças desenvolvidas pelas fibras musculares aos
locais de inserção do músculo.

Tecido Muscular Esquelético


O tecido muscular esquelético apresenta uma forma cilíndrica e alongada podendo ser decomposto
em fásciculos, os quais por sua vez, se compõem de fibras musculares.

O tecido muscular esquelético é formado por fibras musculares (células multinucleadas), que se
originam da fusão de células embrionários (os miosítos).

Fibras Musculares
As fibras apresentam três componentes principais:

1. os miofilamentos (parte contráctil)


2. o retículo sarcoplasmático (excitação da fibra muscular)
3. as mitocôndrias (produção metabólica de energia).

As fibras estão divididas em miofibrilhas. As miofibrilhas se


dispõem em paralelo suspensas numa matriz líquida (o
sarcoplasma). Possuem um grande número de mitocôndrias.
A fibra muscular é um tipo particular de célula cilíndrica e
multinucleada, cujo comprimento pode chegar a ser o
mesmo que o do músculo.

As miofibrilhas formam os sarcómeros. São compostos por


miofilamentos contrácteis e por outras proteínas e filamentos
de suporte.

Os sarcómeros são dispostos em linha e percorrem a fibra em todo o seu comprimento. O sarcómero
pode ser considerado a mais pequena unidade contráctil do músculo. Os sarcómeros são
responsáveis pela geração de tensão e pela produção de trabalho mecânico.

Logo abaixo do endomísio existe uma membrana que cobre a fibra muscular, chamada o sarcolema.
O sarcolema é uma membrana plasmática das células do tecido muscular e apresenta característica
de excitabilidade e condutibilidade. O sarcolema envolve o sarcoplasma.

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A classificação das fibras musculares faz-se de acordo com o metabolismo energético dominante, da
velocidade de contracção e da sua coloração.

A fibra muscular apresenta no sarcoplasma (o citoplasma da célula muscular) um pigmento vermelho


denominado mioglobina, a qual desempenha a função de armazenar O2 no seu interior sob a forma
de oximioglobina.

Aquelas que possuem este pigmento em maior quantidade apresentam uma coloração vermelha e
são designadas de fibras vermelhas, sendo as que apresentam este pigmento em menor quantidade,
denominadas de fibras brancas.

Em cada músculo esquelético existem 2 tipos básicos de fibras musculares: fibras tipo 1 e fibras tipo
11.

Fibras Tipo I
Fibras tipo I - vermelhas, de contracção lenta (slow twitch), usadas para actividades de longa
duração e com intensidade baixa a média; fibras com menor diâmetro, maior fornecimento
sanguíneo. São fibras com um metabolismo energético de predomínio aeróbio, resultando uma
grande produção de ATP.

Fibras Tipo II
Fibras tipo II - brancas, de contracção rápida (fast twitch), usadas para actividades de alta
intensidade, mas com muito menos resistência. São as fibras de maior diâmetro, com predomínio de
metabolismo energético de tipo anaeróbio. Possuem grandes quantidades de enzimas ligadas a este

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tipo de metabolismo (p.e. CPK, creatinafofquínase) necessária à regeneração rápida de ATP a partir
da fosfocreatina (CP).

Podem ainda dividir-se em 3 subtipos- IIa, IIb e IIc.

Fibras tipo IIa são fibras com predomínio do metabolismo anaeróbio, mas com uma
capacidade oxidativa maior do que as fibras tipo IIb.
Fibras IIb são fibras nas quais o metabolismo anaeróbio é dominante. São facilmente
fatigáveis. Origina-se uma grande acumulação de ácido láctico no final do exercício. Quando
sujeitas a um treino de resistência, tendem a apresentar características mais semelhantes à
do IIa.
Fibras IIc possuem predomínio do metabolismo anaeróbio. Tem uma capacidade oxidativa
bastante superior à do subtipos IIa e IIb e é mais resistente à fadiga.

A maioria dos músculos contém uma mistura aproximadamente igual de fibras Tipo I e Tipo II,
apesar de existirem músculos específicos que são considerados “vermelhos” ou “brancos”, conforme
a quantidade de fibras predominante. P.e. o solear (com percentagem média de 98% de Tipo I)
possui mais 25% a 40% de fibras Tipo I que os outros músculos da perna.

Nenhum estudo conseguiu provar que as fibras de tipo II se transformam em fibras do tipo I. No
entanto sabe-se que uma mudança de um tipo de treino de força para um tipo de treino de carácter
aeróbio possibilita que as fibras de tipo IIb adquiram maior capacidade aeróbia, transformando-se
assim em fibras do tipo IIa.

Características Tipo I Tipo II Tipo III

Velocidade Contracção Lentas Rápidas Rápidas

Força Contracção Fraca Intermédia Forte

Fadiga Baixa Baixa Alta

Cor vermelha Escura Escura Pálida

Mioglobina Alta Alta Baixa

Mitocôndrias Bastantes Bastantes Poucas

Glicogénio Baixo Alto Alto

Fosfocreatina Baixo Alto Alto


Actividade Enzimática Alta Média / Alta Baixa

A Contracção Muscular
O primeiro requisito para que um músculo se contraia é que ocorra um estímulo nervoso que
desencadeie todo o processo de contracção muscular. De facto, se se desligar os músculos das suas
ligações nervosas, eles são incapazes de se contrair voluntariamente, impossibilitando a realização
de qualquer gesto.

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A unidade funcional através da qual o SNC regula os mecanismos da contracção muscular, designa-
se de unidade motora (UM).

Unidade Motora
A unidade motora é o conjunto de um motoneurónio e todas as fibras musculares que enerva. É a
unidade funcional através da qual o SNC regula a contracção muscular. Um grupo motor é o conjunto
de unidades motoras de um músculo.

As unidades motoras tónicas são constituídos por motoneurónios ligados à fibras tipo I. As unidades
motoras fásicas se estendem até as fibras tipo II. A regulação da força produzida por um músculo
baseia-se em dois mecanismos: número de UM’s recrutadas e a $equência de descarga de cada uma.
O número de fibras musculares a que cada motoneurónio está acoplado pode variar bastante. Em
músculos que requerem grande precisão, como os dos olhos ou os músculos das mãos, cada
motoneurónio está ligado a um pequeno número de fibras musculares, enquanto que em outros,
como o grande dorsal ou quadricipite, a cada motoneurónio corresponde um número muito maior de
fibras musculares.

Regra de “tudo ou nada”: uma vez excitado o motoneurónio, todas as suas fibras musculares se
contraem. O motoneurónio não tem a a capacidade de contrair apenas uma % das suas fibras.

Características Moleculares

Em cortes longitudinais podem-se observar estrias transversais, características das miofibrilhas.


Essas estrias devem-se à presença de actina e miosina, as duas principais proteínas contrácteis do
músculo.

A banda I é uma zona mais clara, formada pela miofilamentos contrácteis finos, actina.
Apresenta-se mais clara porque a luz polarizada atravessa facilmente os finos filamentos de
actina que a constituem. No meio da banda-I encontramos a linha-Z.

A banda A apresenta-se mais escura por ser composta de miofilamentos espessos, a miosina,
em sobreposição com os miofilamentos contrácteis finos.

Pode ainda ser observada uma zona mais clara a meio da banda-A, denominada banda ou
zona H. Esta zona é constituída exclusivamente por filamentos de miosina.

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Localizada no meio da zona H pode ainda observar-se uma linha escura delgada, a linha M.

A Linha Z divide a meio cada banda I. Os filamentos de actina estão ligados a essa linha,
estendendo-se para cada lado dessa membrana para se interligarem com os filamentos de
miosina. A linha Z também passa de miofibrilha a miofibrilha, ligando-as entre si através de
toda a fibra muscular. A unidade estrutural a que se referem todos os fenómenos do ciclo
contráctil é o sarcómero. O sarcómero é o segmento compreendido entre duas linhas Z
consecutivas.

O miofilamento fino e composto por três proteínas diferentes: a actina e duas proteínas reguladoras
(a tropomiosina e complexo de troponina). A actina é uma proteína contráctil. Em conjunto com a
miosina e moléculas de ATP, gera movimentos celulares e musculares. A tropomiosina é uma
proteína formada por duas subunidades que são colocadas de forma que recubra os locais activos
das moléculas de actina, impedindo a sua ligação à miosina. O cácio liga-se à troponina, que se
traduz em alterações da diposição do complexo.

O miofilamento espesso, a proteína miosina, é uma ATPase. Se movimento ao longo da actina e em


presença de ATP são responsáveis pela contracção muscular. É uma enzima mecanoquímica.
Converte a energia em mecânica e por isso é também conhecida com proteína motora.

Fases de Contracção
A contracção muscular pode ser subdividido nas seguintes fases: Excitação da fibra – Acoplamento
excitação/contracção - Ciclo das pontes cruzadas - Relaxamento muscular.

Excitação da fibra muscular

A excitação da fibra muscular ocorre em vários etapas:

1. Chegada de um impulso nervoso


2. Libertação da acetilcolina (neurotransmissor) na fenda sináptica
3. Acetilcolina liga se aos ACRh (os receptores da acetilcolina)
4. Após ligação ocorre a passagem de iões de sódio e de potássio. Sódio vai para o interior da
fibra e potássio no sentido contrário.
5. Despolarização do sarcolema e o aparecimento do chamado potencial da placa motora

Acoplamento excitação-contracção

É o conjunto de mecanismos que desencadeiam a actividade das proteínas contrácteis em resposta à


excitação da fibra. Um sistema de tubos-T conduz o potencial de acção até à regiões mais interiores
do músculo. O retículo sarcoplasmático liberta cálcio para o citosol em resposta à excitação. A
transição para estado de contracção marca o fim do processo de acoplamento.

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O cálcio é captado pela troponina, que se encontra ligada a tropomiosina. Ambas estão ligadas à
actina. Após recepção de cálcio este complexo levante-se e deixa descoberto os pontos de ligações
entre a actina e as cabeças de miosina.

Ciclo das pontes cruzadas

A contracção muscular e a força produzida resulta da interacção cíclica entre a acinta e a miosina. A
actina e miosina juntos formam o complexo actomiosina. A formação e ruptura cíclicias dos
complexos actomiosina é responsável pela força produzida e pelo deslocamento dos miofilamentos. O
filamento fino desliza-se no sentido do centro do sarcómero.

No inicio do ciclo ocorre uma formação de uma ligação forte entre a actina e miosina. A cabeça da
miosina está “carregado” de ATP, a qual em consequência da união é decomposto. O ATP é
decomposto através da intervenção da enzima miosina-ATPase. Após de ser decomposto é libertada
energia, quando o filamento fino é puxado para o centro do sarcómero.

As alterações do comprimento do músculo esquelético devem-se essencialmente aos movimentos de


deslize entre os filamentos de actina e miosina. Durante esse deslize, as filas de filamentos finos
deslocam-se para o interior das filas de filamentos grossos, levando a um encurtamento e aumento
da espessura das miofibrilhas.

Os filamentos finos são puxados para o centro do


sarcómero pelas pontes cruzadas da miosina (de
modo simplista pode-se dizer que as pontes cruzadas
são as projecções dos filamentos de miosina). A este
processo dá-se o nome de ciclo das pontes cruzadas.
O comprimento dos filamento mantém-se constante,
mas, como os filamentos de actina estão ligados às
linhas-Z, o sarcómero diminui de tamanho.

Relaxamento muscular

O relaxamento muscular depende da recaptação do


cálcio para o retículo sarcoplasmático, através das
bombas do cálcio da membrana do retículo
sarcoplasmático.

O aumento da concentração de cálcio livre no citosol desencadeia a actividade da proteína presente


na membrana que faz o transporte activo de cálcio para o interior do retículo sarcoplasmático. O
transporte de cálcio é possível graça a energia obtida pela hidrólise do ATP. É um processo activo e
consome energia. As actividades das bombas do cálcio da membrana do retículo sarcoplasmático e
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do sódio e potássio do sarcolema, consumem um terço do total de ATP durante a contracção


muscular. Esta bomba de cálcio (designada Ca²⁺-ATPase) transporta dois iões por cada molécula de
ATP hidrolisada.

Ressíntese de ATP

A quantidade de ATP armazenada na fibra é apenas suficiente para manter a contracção durante
cerca de dois segundos. Depois ocorre a ressíntese de ATP. Sabe se que a concentração de ATP no
interior da fibra muscular sofre apenas uma ligeira redução durante a contracção muscular, mesmo
durante contracções intensas e quando apresenta-se fadiga muscular.

Propriedades do Músculo
As capacidades do músculo resultam de um conjunto de propriedades, nomeadamente:

1. Contractilidade: é a propriedade mais importante, constituindo a resposta natural do músculo


a qualquer estimulo no sentido de produzir força;

2. Condutibilidade: capacidade do músculo em conduzir estímulos;

3. Tonicidade: o músculo possui sempre um estado de contracção residual, designado de tónus


muscular;

4. Extensibilidade: capacidade do músculo aumentar o seu tamanho, quando se exercem forças


de tracção nas suas extremidades;

5. Elasticidade: intimamente associada à extensibilidade, consiste na capacidade do músculo em


voltar ao seu comprimento normal, quando se deixam de exercer forças de tracção nas suas
extremidades;

6. Excitabilidade: capacidade do músculo de reagir a um estimulo exterior. Do balanço entre a


contractilidade, da extensibilidade e da elasticidade resulta a tensão muscular.

Classificação dos Músculos

Quanto à sua Localização

Logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na


Superficiais
camada profunda da derme (p.e. na cabeça, na mão)
Não apresentam inserções na camada profunda da derme, se encontram
Profundos
abaixo da fáscia superficial

Quanto à sua Forma

Longos Se encontram especialmente nos membros

Curtos Se encontram nas articulações cujos moivmentos tem pouca amplitude

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Quanto à sua Função

Agonistas músculos responsáveis por determinada acção ou movimento


músculos cuja potencial acção é contrária à desempenhada pelos
Antagonistas
agonistas
Sinergistas músculos que auxiliam o agonista em determinada acção
músculos que suportam e estabilizam o corpo enquanto os agonistas
Estabilizadores
actuam
músculos que anulam ou reduzem uma acção indesejável de outro
Neutralizadores
músculo

Funções dos Músculos


Movimento: Os músculos esqueléticos produzem uma variedade de movimentos; o músculo
cardíaco envia sangue a todos os tecidos do corpo e o músculo liso movimenta órgãos
internos (p.e.: empurrar dos alimentos pelos intestinos);

Postura: Certos músculos esqueléticos permanecem num estado de contracção parcial de


modo a que o corpo se mantenha na vertical;

Estabilidade articular: Alguns músculos esqueléticos, quando se contraem, ajudam a


estabilizar articulações de grande mobilidade, como seja o caso dos ombros;

Termogénese: Por não serem totalmente eficazes, os músculos geram calor quando se
contraem, mantendo a temperatura corporal constante. Num meio muito frio o corpo recorre
a contracções involuntárias (treme) para gerar calor adicional.

Músculos da Cabeça

Esternocleidomastoídeo
Origem: manúbrio do esterno, 1/3 interno da clavícula

Inserção: os occipital e apófise mastoidea

Função: Estabilização da cabeça

Bilateral: flexão das vértebras cervicais inferiores extensão das


vértebras
cervicais superiores.

Unilateral: Flexão lateral da cabeça para o mesmo lado e rotação para o


lado contrário.

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Músculo do Tórax e Membro Superior


Origem: 2/3 internos da clavícula, manúbrio e corpo do esterno, 2ª a 6ª
cartilagen costal

Inserção: goteira bicipital do úmero

Função: Adução, adução horizontal, rotação interna do braço, flexão do


braço (com braço em rotação interna); protracção escápulo-umeral

Pequeno Peitoral

Origem: 3ª-4ª-5ª costela (perto da parte condral)

Inserção: apófise coracóide da omoplata

Função: depressão, abdução e rotação interior da omoplata; músculo


inspirador.

Grande Dentado

Origem: 1ª-9ª costela (face externa)

Inserção: bordo interna da omoplata

Função: abdução e rotação superior da omoplata; flexão do braço (superior


à plano horizontal); músculo inspirador.

Supraespinhoso

Origem: fossa supraespinhosa

Inserção: faceta superior do troquíter do úmero

Função: Rotação externa e abdução do braço

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Infraespinhoso
Origem: fossa infraespinhosa, parte inferior da espinha da omoplata

Inserção: faceta média do troquíter do úmero

Função: Rotação externa do braço parte superior: abdução do braço; parte


inferior: adução do braço

Grande Redondo
Origem: ângulo inferior e bordo lateral da omoplata

Inserção: goteira bicipital (crista tuberculi minoris) do úmero

Função: rotação interna e adução do braço

Pequeno Redondo
Origem: fossa infraespinhosa e bordo lateral

Inserção: faceta inferior troquíter do úmero

Função: rotação externa e adução do braço

Subescapolar
Origem: fossa subescapular

Inserção: troquíno do úmero

Função: rotação interna e adução do braço

Coifa dos Rotadores


O conjunto de músculos formado pelo supraespinhoso, in$aespinhoso, pequeno redondo e
subescapular designa-se de Coifa dos Rotadores. A sua particular importância prende-se com a
estabilização da articulação escapulo-umeral (ombro).

O músculo supraespinhoso apresenta a importante função de não deixar a cabeça do úmero ser
levada pela força de gravidade e sair da cavidade glenóide. Os músculos infraespinhoso e pequeno
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redondo funcionam como travões em movimentos de rotação interna do braço. Um exemplo muito
comum é o movimento de remate no andebol, claramente estes músculos “vestem-se” de travões
(tendões) de modo a que o movimento seja controlado.

Deltóide
Origem: 1/3 externo da clavícula, acrómio, espinha da omoplata

Inserção: tuberosidade deltoídea (úmero)

Função: Parte anterior: adução, adução horizontal, rotação interna e flexão


do Braço Parte média: abdução do braço Parte posterior: adução, abdução
horizontal, rotação externa e extensão do braço

Bicepete Braquial
Origem: Longa porção: por cima da cavidade glenóide da omoplata Curta
porção: apófise coracóide do omoplata

Inserção: tuberosidade bicipital no rádio

Função: flexão e supinação do antebraço, protracção escápulo-umeral Longa


porção: abdução, rotação externa do braço; Curta porção: adução e rotação
interna do braço.

Coracobraquial
Origem: ponta da apófise coracóide

Inserção: A meio da diáfise do úmero (parte anterior e medial)

Função: rotação interna e adução do braço; protracção escápulo-umeral

Braquial Anterior

Origem: diáfise do úmero (parte ventral e medial, distal da tuberosidade do


deltóide)

Inserção: tuberosidade do cúbito

Função: flexão do antebraço

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Braqueo-radial
Origem: margo lateralis do úmero, septum intermusculare brachii laterale

Inserção: apófise estilóide do rádio

Função: flexão antebraço (principalmente na 2ª metade do movimento);


pronação/supinação (1ª metade do movimento)

Tricepete Braquial
Origem: Longo porção: abaixo da cavidade glenóide; A cabeça medial e
lateral: diáfise do úmero

Inserção: oleocrâneo do cúbito

Função: extensão do antebraço; longa porção: adução do braço

Ancóneo
Origem: epicôndilo lateral do úmero

Inserção: face posterior do cúbito (distal do oleocrâneo)

Função: extensão do antebraço

Músculos Dorsais Superficiais

Trapézio
Origem: os occipital, apófises espinhosas das vértebras cervicais e dorsais

Inserção: espinha da omoplata, acrómio, 1/3 externo da face anterior da


clavícula

Função: (ajuda na inspiração) Trapézio superior: elevação, rotação superior


da omoplata, rotação da
cabeça para o lado contrário Trapézio médio: adução e depressão da
omoplata Trapézio inferior: depressão, adução e rotação inferior da
omoplata

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Grande Dorsal

Origem: apófises espinhosas das vértebras D6-L5, crista sagrada e crista ilíaca

Inserção: goteira bicipital do úmero

Função: Adução e extensão do braço; Retracção escápulo-umeral

Músculos da Goteira Vertebral

Grande Romboíde
Origem: apófises espinhosas das vértebras D1-D4

Inserção: bordo medial (espinhal) da omoplata

Função: elevação e adução da omoplata

Angular da Omoplata
Origem: apófises transversas das vértebras C1-C4

Inserção: ângulo superior da omoplata

Função: elevação e adução da omoplata. flexão lateral e rotação da cabeça


para o mesmo lado

Massa Comum
Na região dorsal a massa comum dá origem a três músculos:

1. um externo: iliocostal

2. dois internos: longo dorsal do tórax, transversário

Origem: apófises espinhosas das vértebras lombares, crista sagrada e


tuberosidade ilíaca

Função: Bilateral: extensão da coluna lombar; Unilateral: flexão lateral e


rotação para o mesmo lado da coluna lombar
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Longo Dorsal do Tórax


Origem: porção interna da massa comum

Inserção: apófises transversas das vértebras lombares


apófises espinhosas e transversas das vértebras dorsais
costelas (face externa)

Função: Bilateral: extensão da coluna lombar e dorsal; Unilateral:


flexão lateral e rotação para o mesmo lado da coluna lombar e dorsal

Ílio-costal
Origem: porção externa da massa comum

Inserção: apófises transversas das 5 últimas vértebras cervicais; face


posterior de todas as costelas

Função: extensão da coluna, flexão lateral e rotação para o mesmo lado da


coluna vertebral

Feixo Curto Espinhoso


Origem: vértice da apófise transversa

Inserção: base da apófise espinhosa da 2ª e 3ª vértebra situada acima

Função: a mesma da massa comum

Complicado da Espinha
É constuído pelo conjunto de todos os feixes curtos espinhosos. Estendese desde a
massa comum até à áxis.

Origem: vértice de todas as apófises transversas

Inserção: base de todas as apófises espinhosas

Função: a mesma da massa comum

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Músculos do Abdómen

Transverso do Abdómen
Origem: crista ilíaca, 6 últimas costelas, ligamento inguinal, apófises transversas
das vértebras lombares

Inserção: bordo externo do recto abdominal, púbis e sínfise púbica

Função: A sua contracção desenvolve uma tensão que empurra as vísceras para
dentro, sendo o principal responsável pela manutenção de uma pressão intra-
abdominal adequada. É um músculo expirador. Actua nos mecanismos de micção,
de defecção, de vómito e do parto.

Grande Oblíquo
Origem: 5ª ou 6ª costela à 12ª costela

Inserção: crista ilíaca, ligamento inguinal, bordo externo do recto abdominal

Função: bilateral: flexão do tronco; unilateral: rotação do tronco para o lado


contrário; retroversão da bacia

Pequeno Oblíquo
Origem: crista ilíaca e ligamento inguinal

Inserção: bordo inferior das três últimas costelas e cartilagens costais, linha
alba

Função: bilateral: flexão do tronco; unilateral: rotação e flexão lateral do


tronco para o mesmo lado; retroversão da bacia

Grande recto Abdominal


Origem: 5ª-7ª cartilagens costais, apêndice xifóide do esterno

Inserção: púbis

Função: manter uma pressão intra-abdominal adequada flexão do tronco,


retroversão da bacia
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Diafragma
Músculo achatado que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. Possui orifícios que dão
passagem ao esófago, à aorta e à veia cava inferior. Os orifícios da veia
cava inferior e da aorta não são influenciados pela contracção muscular
mas o do esófago diminui o seu diâmetro.

Origem: parede torácica

Inserção: apêndice xifóide do esterno, seis últimas costelas, quadrado


dos lombos, iliopsoas e coluna vertebral (corpos vertebrais e apófises
transversas).

Função: principal músculo inspirador (faz depressão do pavimento do tórax)

Grande Psoas
Origem: D12 - L4 (parte lateral do corpo vertebral)

Inserção: pequeno trocanter do fémur

Função:
flexão da coxa, rotação interna da coxa;
flexão lateral da coluna lombar
Quando o iliopsoas contrai ao mesmo tempo do que os gluteos, ocorre uma
rotação externa da coxa.

Ilíaco
Origem: fossa ilíaca, espinha ilíaca anterior inferior (EIAI); parte anterior da
cápsula da coxa

Inserção: pequeno trocanter do fémur

Função: flexão da coxa, rotação interna da coxa, anteversão da bacia

Quadrado dos Lombos


Origem: crista ilíaca, ligamento iliolombar

Inserção: 12ª costela, apófises transversas das vértebras L1-L4

Função: músculo expirador;


flexão lateral para o mesmo lado do tronco e elevação da bacia

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Músculos da Cintura Pélvica

Grande Glúteo
Origem: fossa ilíaca externa, sacro (face dorsal), ligamento sacrotuberal

Inserção: tuberosidade gluteal e fita íliotibial (fita de Massiat)

Função: extensão e rotação externa da coxa


Parte proximal: abdução da coxa
Parte distal: adução da coxa

Médio Glúteo
Origem: fossa ilíaca externa

Inserção: grande trocanter (parte lateral)

Função: abdução da coxa


Parte anterior: rotação interna da coxa
Parte posterior: rotação externa da coxa
fixação da bacia no lado do membro inferior que sustenta o peso

Pequeno Glúteo
Origem: fossa ilíaca externa

Inserção: grande trocanter (parte proximal)

Função: abdução da coxa, rotação interna da coxa

Músculo da Coxa

Custureiro
Origem: EIAS

Inserção:parte medial da tuberosidade da tíbia

Função: flexão, abdução e rotação externa da coxa


flexão da perna e rotação interna da perna (com joelho flectido)

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Tensor da Fasquia Lata


Origem: EIAS

Inserção: fita íliotibial (fita da Massiat)

Função:
ajuda na flexão da coxa;
abdução da coxa;
extensão da perna

Quadricipede Crural
Origem: 4 porções
Recto femoral: EIAS
Vasto medial: linha áspera
Vasto lateral: linha áspera até o grande trocanter
Vasto intermédio: diáfise do fémur (parte anterior)

Inserção: Através de um tendão em comum as partes inserem na parte


proximal e lateral da rotula e a seguir insere-se através do ligamento
rotuliano na tuberosidade da tíbia.

Função: Extensão da perna


O recto femoral faz flexão da coxa (é biarticular)

Médio Adutor
Origem: Os púbis (parte inferior)

Inserção: linha áspera (1/3 médio)

Função: adução e flexão da coxa

Grande Adutor
Origem:
os isquio (tuberosidade isquiática)

Inserção:
linha áspera (2/3 proximal), epicôndilo medial

Função:
adução, extensão e rotação externa da coxa da coxa

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Pequeno Adutor
Origem: Os púbis (parte inferior)

Inserção: linha áspera (1/3 proximal-medial)

Função: adução, extensão e rotação externa da coxa

Pectineo
Origem: crista pectinea

Inserção: linha pectinea

Função: adução, flexão e rotação externa da coxa

Recto Interno
Origem: os pubis (parte inferior)

Inserção: tuberosidade da tíbia (parte medial)

Função: adução da coxa, flexão da perna (puxa a perna para medial)

Bicípete Crural
Origem:
longa porção: tuberosidade isquiática
curta porção: linha áspera (1/2 distal)

Inserção: cabeça do peróneo

Função: flexão da perna


rotação externa e extensão da coxa

Semitendinoso
Origem: tuberosidade isquiática

Inserção: parte interna da tuberosidade da tíbia

Função:
flexão da perna e rotação interna (com joelho em extensão);
extensão da coxa

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Semimembranoso
Origem: tuberosidade isquiática

Inserção:
côndilo medial da tíbia, ligamento poplíteo

Função:
flexão e rotação interna da perna (com joelho flectido)
extensão da coxa

Músculos da Perna

Tíbia Anterior
Origem:
tíbia (côndilo lateral e face lateral), membrana interóssea

Inserção: 1º cuneiforme, 1º metatarso

Função:
flexão dorsal do pé
supinação do pé

Gemeos
Origem: epicôndilos do fémur

Inserção: calcâneo (através do tendão de aquiles)

Função:
supinação do pé e flexão plantar do pé
flexão da perna (é biarticular)

Solear
Origem: cabeça e face posterior do peróneo, face posterior da tíbia

Inserção: calcâneo (através do tendão de aquiles)

Função: supinação do pé e flexão plantar do pé

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Popliteu
Origem:
epicôndilo lateral do fémur, menisco lateral, cabeça do peróneo

Inserção: face posterior da tíbia

Função: flexão e rotação interna da perna

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