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Módulo 4 – Miologia
V1_2010
Curso Cardio Fitness e Musculação
Manual de Formação
Módulo 4 - Miologia
Indice
Indice ................................................................................................................................... 2
Introdução ............................................................................................................................. 4
Tipos de Músculos ................................................................................................................... 4
Músculo Liso ........................................................................................................................ 4
Músculo Cardíaco ................................................................................................................. 4
Músculo Esquelético Estriado ................................................................................................. 4
Estrutura do Músculo .............................................................................................................. 5
Tipos de Tecido ...................................................................................................................... 5
Tecido Conjuntivo ................................................................................................................ 5
Tecido Muscular Esquelético .................................................................................................. 6
Fibras Musculares ................................................................................................................... 6
Fibras Tipo I ........................................................................................................................ 7
Fibras Tipo II ....................................................................................................................... 7
A Contracção Muscular ............................................................................................................ 8
Unidade Motora ................................................................................................................... 9
Características Moleculares ................................................................................................... 9
Fases de Contracção........................................................................................................... 10
Excitação da fibra muscular .............................................................................................. 10
Acoplamento excitação-contracção .................................................................................... 10
Ciclo das pontes cruzadas ................................................................................................ 11
Relaxamento muscular..................................................................................................... 11
Ressíntese de ATP ........................................................................................................... 12
Propriedades do Músculo..................................................................................................... 12
Classificação dos Músculos .................................................................................................. 12
Quanto à sua Localização ................................................................................................. 12
Quanto à sua Forma ........................................................................................................ 12
Quanto à sua Função ....................................................................................................... 13
Funções dos Músculos ........................................................................................................... 13
Músculos da Cabeça .............................................................................................................. 13
Esternocleidomastoídeo ...................................................................................................... 13
Músculo do Tórax e Membro Superior ................................................................................... 14
Pequeno Peitoral ................................................................................................................ 14
Grande Dentado ................................................................................................................ 14
Supraespinhoso ................................................................................................................. 14
Infraespinhoso................................................................................................................... 15
Grande Redondo ................................................................................................................ 15
Pequeno Redondo .............................................................................................................. 15
Subescapolar ..................................................................................................................... 15
Coifa dos Rotadores ........................................................................................................... 15
Deltóide ............................................................................................................................ 16
Bicepete Braquial ............................................................................................................... 16
Coracobraquial .................................................................................................................. 16
Braquial Anterior ................................................................................................................ 16
Braqueo-radial ................................................................................................................... 17
Tricepete Braquial .............................................................................................................. 17
Ancóneo ........................................................................................................................... 17
Músculos Dorsais Superficiais ................................................................................................. 17
Trapézio ........................................................................................................................... 17
Grande Dorsal ................................................................................................................... 18
Músculos da Goteira Vertebral ................................................................................................ 18
Grande Romboíde .............................................................................................................. 18
Angular da Omoplata .......................................................................................................... 18
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Módulo 4 - Miologia
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Módulo 4 - Miologia
Introdução
Os mais de 600 músculos existentes no nosso corpo podem ser divididos em três tipos: músculo liso,
músculo estriado cardíaco e músculo estriado esquelético.
Tipos de Músculos
Músculo Liso
Os músculos lisos são controlados pelo sistema nervoso autónomo. É
musculatura de contracção involuntária. Nas células do músculo liso, os canais
de cálcio induzem contracção.
Músculo Cardíaco
O músculo estriado cardíaco forma a camada muscular do coração: o
miocárdio. As fibras se dispõem lado a lado e juntam-se através de
“junções de abertura”. Essas junções permitem que o impulso passa
com grande facilidade às outras.
Fibras musculares excitatórias e condutoras só se contraem de modo mais fraco. Eles contêm poucas
fibras contrácteis. Ao contrário apresentam ritmicidade e velocidade de condução varáveis, formando
um sistema excitatório para o coração.
Os músculos esqueléticos constituem cerca de 44-51% do peso corporal total de um homem, e 35-
42% do peso corporal total de uma mulher. A degradação da massa muscular (característica visível
nos indivíduos idosos) toma a designação de sarcopénia.
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Estrutura do Músculo
O músculo estriado voluntário necessita, para sua função de contracção e estiramento, de se ligar a
estruturas ósseas, que lhe garantam de fixação afim de executar. Todo o músculo tem uma origem,
um ventre e uma inserção muscular.
O origem muscular é o local de união do músculo com o osso, que num processo de contracção
muscular normalmente tende a ficar fixo. O ventre muscular é a porção contráctil do músculo,
constituída por fibras musculares que se contraem. Em alguns músculos o ventre muscular pode ter
origem directamente do osso, e pode não apresentar um tendão.
A inserção muscular é o local de união do músculo com o osso, que num processo de contracção
muscular normalmente é deslocado.
Tipos de Tecido
No músculo encontramos principalmente tecido muscular esquelético e tecido conjuntivo. O tecido
muscular esquelético encontra-se sobretudo no ventre muscular sendo responsável pela produção da
força. O tecido conjuntivo forma os tendões que permitem a transmissão de força aos ossos.
Tecido Conjuntivo
É responsável pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo. Este papel mecânico é dado
por um conjunto de moléculas (matriz) que conecta e liga as células e órgãos.
Diferente de outros tecidos que são formados apenas por células, o principal constituinte do tecido
conjuntivo é matriz. O tecido conjuntivo consiste de uma substância fundamental
(glicosaminoglicanas, proteoglicanas, glicoproteínas), fibras (colágenas, elásticas, reticulares) e de
água.
O epimísio é uma camada de tecido conjuntivo que envolve todo o músculo. O perimísio é uma
bainha de tecido conjuntivo que agrupa conjuntos de 10 a 100 fibras musculares em fascículos. O
endomísio é uma camada de tecido conjuntivo que envolve uma fibra muscular e é composta
principalmente de fibras reticulares. O endomísio também contém capilares, nervos e vasos
linfáticos.
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Uma aponeurose é como um invólucro ao redor dos músculos e adere à superfície da região dos osso
em que o músculo se prende.
O tendão é uma “fita” fibrosa, formado por tecido conjuntivo denso modelado. O tendão liga os
músculos aos órgãos. As três membranas de tecido conjuntivo (endomísio, perimísio, epimísio)
unem-se nas extremidades do músculo para formarem o tendão. As suas fibras penetram no
periósteo e se enterram firmemente na camada óssea externa.
O tendão têm elevada % de fibras de colágenio dispostas de forma muito regular no sentido do eixo
do tendão. Isso permite transmitir com eficácia as forças desenvolvidas pelas fibras musculares aos
locais de inserção do músculo.
O tecido muscular esquelético é formado por fibras musculares (células multinucleadas), que se
originam da fusão de células embrionários (os miosítos).
Fibras Musculares
As fibras apresentam três componentes principais:
Os sarcómeros são dispostos em linha e percorrem a fibra em todo o seu comprimento. O sarcómero
pode ser considerado a mais pequena unidade contráctil do músculo. Os sarcómeros são
responsáveis pela geração de tensão e pela produção de trabalho mecânico.
Logo abaixo do endomísio existe uma membrana que cobre a fibra muscular, chamada o sarcolema.
O sarcolema é uma membrana plasmática das células do tecido muscular e apresenta característica
de excitabilidade e condutibilidade. O sarcolema envolve o sarcoplasma.
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A classificação das fibras musculares faz-se de acordo com o metabolismo energético dominante, da
velocidade de contracção e da sua coloração.
Aquelas que possuem este pigmento em maior quantidade apresentam uma coloração vermelha e
são designadas de fibras vermelhas, sendo as que apresentam este pigmento em menor quantidade,
denominadas de fibras brancas.
Em cada músculo esquelético existem 2 tipos básicos de fibras musculares: fibras tipo 1 e fibras tipo
11.
Fibras Tipo I
Fibras tipo I - vermelhas, de contracção lenta (slow twitch), usadas para actividades de longa
duração e com intensidade baixa a média; fibras com menor diâmetro, maior fornecimento
sanguíneo. São fibras com um metabolismo energético de predomínio aeróbio, resultando uma
grande produção de ATP.
Fibras Tipo II
Fibras tipo II - brancas, de contracção rápida (fast twitch), usadas para actividades de alta
intensidade, mas com muito menos resistência. São as fibras de maior diâmetro, com predomínio de
metabolismo energético de tipo anaeróbio. Possuem grandes quantidades de enzimas ligadas a este
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tipo de metabolismo (p.e. CPK, creatinafofquínase) necessária à regeneração rápida de ATP a partir
da fosfocreatina (CP).
Fibras tipo IIa são fibras com predomínio do metabolismo anaeróbio, mas com uma
capacidade oxidativa maior do que as fibras tipo IIb.
Fibras IIb são fibras nas quais o metabolismo anaeróbio é dominante. São facilmente
fatigáveis. Origina-se uma grande acumulação de ácido láctico no final do exercício. Quando
sujeitas a um treino de resistência, tendem a apresentar características mais semelhantes à
do IIa.
Fibras IIc possuem predomínio do metabolismo anaeróbio. Tem uma capacidade oxidativa
bastante superior à do subtipos IIa e IIb e é mais resistente à fadiga.
A maioria dos músculos contém uma mistura aproximadamente igual de fibras Tipo I e Tipo II,
apesar de existirem músculos específicos que são considerados “vermelhos” ou “brancos”, conforme
a quantidade de fibras predominante. P.e. o solear (com percentagem média de 98% de Tipo I)
possui mais 25% a 40% de fibras Tipo I que os outros músculos da perna.
Nenhum estudo conseguiu provar que as fibras de tipo II se transformam em fibras do tipo I. No
entanto sabe-se que uma mudança de um tipo de treino de força para um tipo de treino de carácter
aeróbio possibilita que as fibras de tipo IIb adquiram maior capacidade aeróbia, transformando-se
assim em fibras do tipo IIa.
A Contracção Muscular
O primeiro requisito para que um músculo se contraia é que ocorra um estímulo nervoso que
desencadeie todo o processo de contracção muscular. De facto, se se desligar os músculos das suas
ligações nervosas, eles são incapazes de se contrair voluntariamente, impossibilitando a realização
de qualquer gesto.
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A unidade funcional através da qual o SNC regula os mecanismos da contracção muscular, designa-
se de unidade motora (UM).
Unidade Motora
A unidade motora é o conjunto de um motoneurónio e todas as fibras musculares que enerva. É a
unidade funcional através da qual o SNC regula a contracção muscular. Um grupo motor é o conjunto
de unidades motoras de um músculo.
As unidades motoras tónicas são constituídos por motoneurónios ligados à fibras tipo I. As unidades
motoras fásicas se estendem até as fibras tipo II. A regulação da força produzida por um músculo
baseia-se em dois mecanismos: número de UM’s recrutadas e a $equência de descarga de cada uma.
O número de fibras musculares a que cada motoneurónio está acoplado pode variar bastante. Em
músculos que requerem grande precisão, como os dos olhos ou os músculos das mãos, cada
motoneurónio está ligado a um pequeno número de fibras musculares, enquanto que em outros,
como o grande dorsal ou quadricipite, a cada motoneurónio corresponde um número muito maior de
fibras musculares.
Regra de “tudo ou nada”: uma vez excitado o motoneurónio, todas as suas fibras musculares se
contraem. O motoneurónio não tem a a capacidade de contrair apenas uma % das suas fibras.
Características Moleculares
A banda I é uma zona mais clara, formada pela miofilamentos contrácteis finos, actina.
Apresenta-se mais clara porque a luz polarizada atravessa facilmente os finos filamentos de
actina que a constituem. No meio da banda-I encontramos a linha-Z.
A banda A apresenta-se mais escura por ser composta de miofilamentos espessos, a miosina,
em sobreposição com os miofilamentos contrácteis finos.
Pode ainda ser observada uma zona mais clara a meio da banda-A, denominada banda ou
zona H. Esta zona é constituída exclusivamente por filamentos de miosina.
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Localizada no meio da zona H pode ainda observar-se uma linha escura delgada, a linha M.
A Linha Z divide a meio cada banda I. Os filamentos de actina estão ligados a essa linha,
estendendo-se para cada lado dessa membrana para se interligarem com os filamentos de
miosina. A linha Z também passa de miofibrilha a miofibrilha, ligando-as entre si através de
toda a fibra muscular. A unidade estrutural a que se referem todos os fenómenos do ciclo
contráctil é o sarcómero. O sarcómero é o segmento compreendido entre duas linhas Z
consecutivas.
O miofilamento fino e composto por três proteínas diferentes: a actina e duas proteínas reguladoras
(a tropomiosina e complexo de troponina). A actina é uma proteína contráctil. Em conjunto com a
miosina e moléculas de ATP, gera movimentos celulares e musculares. A tropomiosina é uma
proteína formada por duas subunidades que são colocadas de forma que recubra os locais activos
das moléculas de actina, impedindo a sua ligação à miosina. O cácio liga-se à troponina, que se
traduz em alterações da diposição do complexo.
Fases de Contracção
A contracção muscular pode ser subdividido nas seguintes fases: Excitação da fibra – Acoplamento
excitação/contracção - Ciclo das pontes cruzadas - Relaxamento muscular.
Acoplamento excitação-contracção
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O cálcio é captado pela troponina, que se encontra ligada a tropomiosina. Ambas estão ligadas à
actina. Após recepção de cálcio este complexo levante-se e deixa descoberto os pontos de ligações
entre a actina e as cabeças de miosina.
A contracção muscular e a força produzida resulta da interacção cíclica entre a acinta e a miosina. A
actina e miosina juntos formam o complexo actomiosina. A formação e ruptura cíclicias dos
complexos actomiosina é responsável pela força produzida e pelo deslocamento dos miofilamentos. O
filamento fino desliza-se no sentido do centro do sarcómero.
No inicio do ciclo ocorre uma formação de uma ligação forte entre a actina e miosina. A cabeça da
miosina está “carregado” de ATP, a qual em consequência da união é decomposto. O ATP é
decomposto através da intervenção da enzima miosina-ATPase. Após de ser decomposto é libertada
energia, quando o filamento fino é puxado para o centro do sarcómero.
Relaxamento muscular
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Ressíntese de ATP
A quantidade de ATP armazenada na fibra é apenas suficiente para manter a contracção durante
cerca de dois segundos. Depois ocorre a ressíntese de ATP. Sabe se que a concentração de ATP no
interior da fibra muscular sofre apenas uma ligeira redução durante a contracção muscular, mesmo
durante contracções intensas e quando apresenta-se fadiga muscular.
Propriedades do Músculo
As capacidades do músculo resultam de um conjunto de propriedades, nomeadamente:
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Termogénese: Por não serem totalmente eficazes, os músculos geram calor quando se
contraem, mantendo a temperatura corporal constante. Num meio muito frio o corpo recorre
a contracções involuntárias (treme) para gerar calor adicional.
Músculos da Cabeça
Esternocleidomastoídeo
Origem: manúbrio do esterno, 1/3 interno da clavícula
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Pequeno Peitoral
Grande Dentado
Supraespinhoso
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Infraespinhoso
Origem: fossa infraespinhosa, parte inferior da espinha da omoplata
Grande Redondo
Origem: ângulo inferior e bordo lateral da omoplata
Pequeno Redondo
Origem: fossa infraespinhosa e bordo lateral
Subescapolar
Origem: fossa subescapular
O músculo supraespinhoso apresenta a importante função de não deixar a cabeça do úmero ser
levada pela força de gravidade e sair da cavidade glenóide. Os músculos infraespinhoso e pequeno
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redondo funcionam como travões em movimentos de rotação interna do braço. Um exemplo muito
comum é o movimento de remate no andebol, claramente estes músculos “vestem-se” de travões
(tendões) de modo a que o movimento seja controlado.
Deltóide
Origem: 1/3 externo da clavícula, acrómio, espinha da omoplata
Bicepete Braquial
Origem: Longa porção: por cima da cavidade glenóide da omoplata Curta
porção: apófise coracóide do omoplata
Coracobraquial
Origem: ponta da apófise coracóide
Braquial Anterior
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Braqueo-radial
Origem: margo lateralis do úmero, septum intermusculare brachii laterale
Tricepete Braquial
Origem: Longo porção: abaixo da cavidade glenóide; A cabeça medial e
lateral: diáfise do úmero
Ancóneo
Origem: epicôndilo lateral do úmero
Trapézio
Origem: os occipital, apófises espinhosas das vértebras cervicais e dorsais
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Grande Dorsal
Origem: apófises espinhosas das vértebras D6-L5, crista sagrada e crista ilíaca
Grande Romboíde
Origem: apófises espinhosas das vértebras D1-D4
Angular da Omoplata
Origem: apófises transversas das vértebras C1-C4
Massa Comum
Na região dorsal a massa comum dá origem a três músculos:
1. um externo: iliocostal
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Ílio-costal
Origem: porção externa da massa comum
Complicado da Espinha
É constuído pelo conjunto de todos os feixes curtos espinhosos. Estendese desde a
massa comum até à áxis.
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Músculos do Abdómen
Transverso do Abdómen
Origem: crista ilíaca, 6 últimas costelas, ligamento inguinal, apófises transversas
das vértebras lombares
Função: A sua contracção desenvolve uma tensão que empurra as vísceras para
dentro, sendo o principal responsável pela manutenção de uma pressão intra-
abdominal adequada. É um músculo expirador. Actua nos mecanismos de micção,
de defecção, de vómito e do parto.
Grande Oblíquo
Origem: 5ª ou 6ª costela à 12ª costela
Pequeno Oblíquo
Origem: crista ilíaca e ligamento inguinal
Inserção: bordo inferior das três últimas costelas e cartilagens costais, linha
alba
Inserção: púbis
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Diafragma
Músculo achatado que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. Possui orifícios que dão
passagem ao esófago, à aorta e à veia cava inferior. Os orifícios da veia
cava inferior e da aorta não são influenciados pela contracção muscular
mas o do esófago diminui o seu diâmetro.
Grande Psoas
Origem: D12 - L4 (parte lateral do corpo vertebral)
Função:
flexão da coxa, rotação interna da coxa;
flexão lateral da coluna lombar
Quando o iliopsoas contrai ao mesmo tempo do que os gluteos, ocorre uma
rotação externa da coxa.
Ilíaco
Origem: fossa ilíaca, espinha ilíaca anterior inferior (EIAI); parte anterior da
cápsula da coxa
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Grande Glúteo
Origem: fossa ilíaca externa, sacro (face dorsal), ligamento sacrotuberal
Médio Glúteo
Origem: fossa ilíaca externa
Pequeno Glúteo
Origem: fossa ilíaca externa
Músculo da Coxa
Custureiro
Origem: EIAS
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Função:
ajuda na flexão da coxa;
abdução da coxa;
extensão da perna
Quadricipede Crural
Origem: 4 porções
Recto femoral: EIAS
Vasto medial: linha áspera
Vasto lateral: linha áspera até o grande trocanter
Vasto intermédio: diáfise do fémur (parte anterior)
Médio Adutor
Origem: Os púbis (parte inferior)
Grande Adutor
Origem:
os isquio (tuberosidade isquiática)
Inserção:
linha áspera (2/3 proximal), epicôndilo medial
Função:
adução, extensão e rotação externa da coxa da coxa
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Pequeno Adutor
Origem: Os púbis (parte inferior)
Pectineo
Origem: crista pectinea
Recto Interno
Origem: os pubis (parte inferior)
Bicípete Crural
Origem:
longa porção: tuberosidade isquiática
curta porção: linha áspera (1/2 distal)
Semitendinoso
Origem: tuberosidade isquiática
Função:
flexão da perna e rotação interna (com joelho em extensão);
extensão da coxa
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Semimembranoso
Origem: tuberosidade isquiática
Inserção:
côndilo medial da tíbia, ligamento poplíteo
Função:
flexão e rotação interna da perna (com joelho flectido)
extensão da coxa
Músculos da Perna
Tíbia Anterior
Origem:
tíbia (côndilo lateral e face lateral), membrana interóssea
Função:
flexão dorsal do pé
supinação do pé
Gemeos
Origem: epicôndilos do fémur
Função:
supinação do pé e flexão plantar do pé
flexão da perna (é biarticular)
Solear
Origem: cabeça e face posterior do peróneo, face posterior da tíbia
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Popliteu
Origem:
epicôndilo lateral do fémur, menisco lateral, cabeça do peróneo
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Curso Cardio Fitness e Musculação
Manual de Formação
Módulo 4 - Miologia
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