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Manual de Formação

Curso Cardio Fitness e Musculação

Módulo 2 – Osteologia

V1_2010
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 2 – Osteologia

Indice
Indice ................................................................................................................................... 2
Introdução ............................................................................................................................. 3
Tecido Ósseo .......................................................................................................................... 3
Composição ........................................................................................................................ 3
Funções Mecânicas ............................................................................................................... 3
Funções Metabólicas ............................................................................................................. 4
Tipos de Células ..................................................................................................................... 4
Osteoblastos ....................................................................................................................... 4
Osteocitos ........................................................................................................................... 4
Osteoclastos ........................................................................................................................ 4
Desenvolvimento e Crescimento Ósseo ...................................................................................... 5
Arquitectura Óssea ................................................................................................................. 5
Classificção dos Ossos ............................................................................................................. 6
Ossos Longos ...................................................................................................................... 6
Ossos Alongados .................................................................................................................. 7
Ossos Curtos ....................................................................................................................... 7
Ossos Planos ....................................................................................................................... 7
Ossos Irregulares ................................................................................................................. 7
Ossos Pneumáticos .............................................................................................................. 8
Ossos Sesamoides ............................................................................................................... 8
Ossificação............................................................................................................................. 8
Ossificação Membranosa ....................................................................................................... 9
Ossificação Encondral ........................................................................................................... 9
Esqueleto .............................................................................................................................. 9
Ossos da Cabeça .................................................................................................................... 9
Ossos do Torax..................................................................................................................... 10
Costelas............................................................................................................................ 10
Coluna Vertebral ................................................................................................................ 11
Esqueleto dos Membros e Cinturas .......................................................................................... 14
Cintura Escapular ................................................................................................................. 15
Omoplata .......................................................................................................................... 15
Membro Superior .................................................................................................................. 15
Úmero .............................................................................................................................. 16
Ossos da Mão .................................................................................................................... 16
Cintura Pélvica ..................................................................................................................... 16
Membro Inferior ................................................................................................................... 16
Fémur .............................................................................................................................. 17
Tíbia e Perónio ................................................................................................................... 17
Osso do Pé ........................................................................................................................ 18
Artrologia ............................................................................................................................ 18
Articulação ........................................................................................................................ 18
Ligamentos ....................................................................................................................... 18
Meniscos ........................................................................................................................... 19
Articulação ........................................................................................................................ 19
Bibliografia .......................................................................................................................... 21

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Introdução
A forte estrutura do corpo é formada pelo sistema esquelético. O sistema esquelético é constituído
por ossos distintos unidos por articulações, o sistema esquelético (SE) não só dá forma ao corpo
como também fornece um ponto de fixação aos músculos que o movem, além de suportar e proteger
os órgãos vitais, como o cérebro, o coração e os pulmões. Além disso o SE desempenha um
importante papel na homeostase mineral.

O ser humano possui 206 ossos, valor que pode variar um pouco consoante o género, a idade e/ou
critérios de contagem.

Tecido Ósseo

O osso é um órgão rígido constituído por tecido conjuntivo mineralizado, especializado no suporte
de pressões e por isso de uma dureza notável. É um tipo especializado de tecido conjuntivo, formado
por material intercelular calcificado, ou também chamado matriz óssea.

Composição
Os ossos aliam uma grande leveza a uma força equivalente à do aço. São ligeiramente elásticos, o
que os ajuda a suportar choques ou solavancos repentinos. Esta invulgar combinação de
características provém da sua estrutura, ou seja, a dureza deste tecido, bem como a sua resistência,
derivam essencialmente da sua composição química.

O osso vivo não é um material inerte e imutável, pelo contrário: uma vez que se trata de um
complexo emaranhado de elementos orgânicos minerais em constante renovação, é um tecido com
uma actividade intensa. É constituído por células ósseas separadas por uma matriz, na qual se
considera uma parte mineral (65% do peso do osso) e uma parte orgânica (35% do peso do osso).
A primeira é constituída por cristais minerais enquanto a segunda é constituída por fibras de proteína
(90% das proteínas ósseas são fibras de colagénio). É a parte mineral que proporciona a força e a
rigidez do osso e é depósito para 99% do cálcio corporal, 85% do fósforo corporal e 65% do sódio e
do magnésio do organismo. A parte orgânica inclui as células ósseas e as proteínas da matriz.

Funções Mecânicas
1. Sustentação do organismo: fornece uma estrutura de suporte aos tecidos e órgãos, dando
forma ao corpo;

2. Movimento: base mecânica para o movimento. Fornece uma estrutura forte mas leve e um
ponto de fixação para os músculos, possibilitando que da sua contração resulte o
deslocamento dos ossos. As articulações conferem ao corpo flexibilidade;

3. Proteção de estruturas vitais: protege os órgãos internos: as costelas protegem o coração


e os pulmões, o crânio protege o encéfalo, a coluna vertebral a espinal medula e a bacia
protege o útero e a bexiga.

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Funções Metabólicas
1. Armazenamento de sais minerais: em especial de cálcio e fósforo. Os ossos efectuam
constantes trocas de cálcio com o resto do corpo.

2. Hematopoiética: a medula óssea é o local de formação de glóbulos vermelhos (via medula


vermelha1).

Tipos de Células

Osteoblastos
Os osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica da matéria óssea (colágeno tipo I,
proteoglicanas e glicoproteínas). Participam na mineralização da matriz e encontram-se nas
superfícies ósseas (lado à lado). Possuem prolongamentos unindo-se entre si. A matriz óssea, recém
formada, adjacente aos osteoblastos activos, ainda não calcificada recebe o nome osteóide. Uma
vez aprisionado pela matriz recém sintetizado, o osteoblasto é chamado osteócito. Os osteoblastos
metabolicamente activos possuem uma duração de vida de aproximadamente 3 meses. Aos 3 meses
sofrem apoptose, são circundados por matriz óssea e se transformam em osteócitos.

Osteocitos
Os osteócitos são as células ósseas definitivas que resultam do aprisionamento dos osteoblastos no
seio da matriz óssea calcificada. São encontrados em lacunas no interior da matriz. Se comunicam
por prolongamentos que permitem o fluxo intercelular, necessária para a nutrição, crescimento e
desenvolvimento dos ossos. São essenciais para a manutenção da matriz óssea. A sua morte é
seguida de reabsorção da matriz. Os osteócitos são mais numerosas do que qualquer os osteoblastos
e superam os osteoblastos em uma proporção de cerca 10:1.

Na altura do nascimento todos os ossos contêm medula vermelha mas na adolescência parte dela é
substituída por medula amarela. Nos adultos a medula vermelha encontra-se sobretudo no osso
esponjoso.

Osteoclastos
São células gigantes, móveis e extensamente ramificada. Produzem enzimas e colagenase que fazem
a absorção óssea. Absorvem a parte orgânica da matriz. Participam na remodelação da parte óssea.
Os osteoblastos e osteoclastos actuam em coordenação e são considerados como a unidade
multicelular básica (Robbins, 2005). Os processos de formação e reabosrção óssea são conjugados
e o equilíbrio entre estes processos determina a massa esquelética. Durante o crescimento e
aumento de volume do esqueleto (modelação), a formação de osso predomina.

Uma vez que o esqueleto atinge a maturidade, a degradação e a renovação do osso que são
responáveis pela manutenção do esqueleto é chamado remodelação. A remodelação se inicia em
partes do osso que apresentam fadiga e microdanos. Do ponto de vista morfológico as actividades
dos diferentes tipos de células ósseas incluem o crescimento, modelação, remodelação e reparação.
O crescimento (aumento da massa óssea) e a modelação (alteração da sua forma) são processos
associados ao desenvolvimento ósseo. Estes dois processos ocorrem apenas durante o
desenvolvimento ósseo, cessando com o encerramento da cartilagem de conjugação.
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Contrariamente, a remodelação e a reparação óssea são processos que perduram durante toda a
vida. Remodelação é o processo através do qual o osso adapta continuamente a sua massa e
geometria às exigências funcionais e mecânicas. Reparação está relacionada com a cura de fracturas
ou micro fracturas, e é de tal modo perfeita que o osso novo pode readquirir a arquitectura e
composição interna normais. Seis horas após a fractura, o osso começa a autoreparar-se. Um
coágulo de sangue forma-se entre as extremidades, selando quaisquer vasos sanguíneos do interior
do osso. As células do periósteo dividem-se, para que ele volte a crescer em torno do local da
fractura. Ao fim de 3 semanas, o periósteo está completo e o coágulo foi substituído por tecido
fibroso, formando uma massa a que se chama calo. Através do calo crescem vasos sanguíneos e os
osteoblastos começam a depositar dentro dele tecido ósseo novo. Finalmente, 3 a 4 meses depois a
fractura está quase totalmente reparada. O calo foi substituído por osso novo. Os osteoclastos
começam a actuar, absorvendo quaisquer fragmentos de osso morto.

Desenvolvimento e Crescimento Ósseo


Antes do nascimento, o esqueleto é na sua maioria constituído por cartilagem. À medida que o
corpo cresce, a cartilagem vai sendo substituída por osso, embora continue a existir nas articulações,
no nariz e nas orelhas. A ossificação processa-se durante toda a infância e adolescência e só está
completa depois do 24º ano de idade.

O desenvolvimento esquelético e as funções do osso são ditados pela actividade de 3 tipos de células
(osteoblastos, osteoclastos e osteócitos). Os osteoblastos depositam proteína e sais minerais na
estrutura cartilagínea, transformando-a pouco a pouco em osso. Os osteoblastos estão
imediatamente abaixo do periósteo e vão construindo o osso de fora para dentro. Ao mesmo tempo
os osteoclastos fazem o inverso: são as células ósseas responsáveis pela reabsorção óssea (destruição
da matriz óssea), através da libertação de enzimas.

Equilibrando os 2 processos o corpo consegue que os ossos cresçam. Além disso mantêm-nos fortes
renovando ou remodelando as partes que sofrem maior desgaste. Quando o osso cresce os
osteoblastos ficam “incorporados” no próprio osso. Então cessam a sua actividade osteogénica e
abandonam a produção de osso, tornam-se células ósseas maduras, os osteócitos. Os osteócitos
passam a ter como função a manutenção do osso e a troca de nutrientes e impurezas com o sangue
mantendo assim a renovação mineral da matriz óssea.

Arquitectura Óssea
Os ossos longos são mais densos e duros na parte exterior, onde sofrem maior pressão. Todos os
ossos estão rodeados por um tecido conjuntivo denso: o periósteo. O periósteo reveste a superfície
externa do osso, excepto à cartilagem articular. O periósteo é uma membrana dura e extremamente
vascularizada que permite que estes cresçam em espessura. A sua importância deve-se aos seus
vasos sanguíneos, que mantêm o osso vivo, fazendo chegar às células ósseas as substâncias
nutritivas. Protege o osso e serve como fixação para os músculos.

O endósteo é uma camada de tecido conjuntivo que reveste interiormente o osso. É uma
monocamada de células osteoprogenitores e osteoblastos. Imediatamente por baixo existe uma
camada de osso compacto. Apesar de parecer liso e sólido, é constituído por feixes paralelos, cada um
composto de tubos concêntricos. Cada um desses tubos designa-se de Canal de Havers ou Ósteon e
têm menos de 1 mm de diâmetro. O osso compacto fornece força para sustentar o peso.

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Logo abaixo uma camada de osso esponjoso.


É constituído por traves ósseas dispostas em
forma de rede. O osso esponjoso é mais denso
junto às epífises que, sendo as zonas das
articulações, estão sujeitas a maior pressão.

A cavidade central, no interior do osso, não


possui qualquer tipo de tecido duro. Essa
cavidade interior é oca (o que lhe reduz o
peso) e está cheia de medula. A medula é uma
substância que armazena gordura e onde se
fabrica os elementos do sangue periférico
(eritrócitos, leucócitos, plaquetas). É um órgão
hematopoiético. Ao nascermos todos os ossos
contém medula vermelha, medula que é
capaz de produzir sangue. Durante o
crescimento a maior parte da medula vai
perdendo sua função, sendo substituída por
tecido gorduroso que também é chamado
medula amarela.

Classificção dos Ossos


Os ossos são classificados segundo a sua morfologia, sendo que essa classificação assenta na
preponderância relativa de cada dimensão do osso.

Ossos Longos

São osso cujo comprimento predomina sobre a largura e


espessura. São considerados ossos longos a maioria dos ossos dos
membros. Em geral são um pouco encurvados que lhes permitem
absorver o estresse mecânico do peso corporal.

Este tipo de ossos tem duas regiões distintas: a diáfise na parte


média, e as epífises, nas duas extremidades (proximal e distal). A
diáfise é constituída principalmente de tecido compacto,
proporcionando, considerável resistência ao osso longo. A epífise
consiste de uma camada de osso compacto que reveste o osso
esponjoso e são recobertas por cartilagem.

Até a idade adulta, a diáfise e as epífises são separadas entre si,


ou, melhor, estão unidas somente por um tecido cartilaginoso, a
cartilagem de conjugação, que permite o desenvolvimento do osso
em comprimento, e permanece até que o indivíduo complete o seu
desenvolvimento esquelético.

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Ossos Alongados
Ossos cujo comprimento predomina sobre a largura e espessura e sem canal medular (costelas e
clavícula).

Ossos Curtos
São ossos cujo cumprimento, largura e espessura se equivalem (ossos do carpo e do tarso). São
compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há uma fina camada de tecido de ósseo
compacto.

Ossos Planos
Ossos cujo comprimento e largura predominam sobre a espessura (ossos cranianos e das raízes dos
membros). São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com
camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável protecção e oferecem
superfícies para inserção de músculos.

Ossos Irregulares
São ossos que apresentam um forma irregular e que não podem ser classificados em nenhuma das
categorias prévias. Estes ossos podem apresentar quantidades variáveis de osso esponjoso e
compacto.

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Ossos Pneumáticos
São ossos que apresentam uma cavidade contendo ar (osso frontal, maxilar, esmóide, esfenóide).
Apresentam pequeno peso em relação ao seu volume.

Ossos Sesamoides
São ossos curtos que se desenvolvem no interior de cartilagens ou tendões e auxilia no deslizamento
desses tendões (patela, articulação metacarpofalangiana e metatarsofalangiana). Podem variar de
tamanho e número e não são sempre completamente ossificadas.

Ossificação
Os ossos formam-se no embrião a partir de um esboço constituído por tecido cartilaginoso e por
tecido membranoso que representam o osso primário e secundário. Com o tempo, esses esboços
começam a ossificar-se e o processo de ossificação inicia-se em pontos particulares: os centros de
ossificação. O processo através do qual o tecido ósseo é formado no organismo designa-se por
ossificação ou osteogénese.

O esqueleto do embrião é composto por membranas fibrosas e cartilagem hialina que têm
aproximadamente a forma dos ossos. O ossificação inicia-se sensivelmente à 6ª semana de vida do
embrião e continua pela vida adulta.

Este processo pode ocorrer a partir de uma membrana fibrosa (ossificação membranosa) ou a partir
de um molde cartilagíneo (ossificação encondral). Os processos osteogénicos, em ambos os casos,
são fundamentalmente os mesmos.

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Ossificação Membranosa
Este tipo de ossificação é restrito e próprio dos ossos chatos, nomeadamente da maior parte dos
ossos da cabeça e do tronco. Inicialmente forma-se um esboço de tecido conjuntivo denso muito
vascularizado. Surgem em seguida vários pontos de ossificação, embora exista um principal, onde se
dá a diferenciação dos fibroblastos em osteoblastos que começam a sintetizar a matriz óssea
orgânica. Esta, seguidamente, irá calcificar formando-se então, uma matriz óssea
verdadeira.

Ossificação Encondral
A ossificação dos ossos curtos e dos ossos longos, consiste na substituição de um molde cartilagíneo
pelo tecido ósseo. Este processo consiste na formação de cartilagem, seguida de degradação da
cartilagem e substituição desta por osso (a cartilagem é mineralizada).

Esqueleto
O esqueleto é o conjunto de ossos, cartilagens e articulações que irão formar o arcabouço ósseo do
corpo humano. Pode ser classificado como:

1. Axial: ossos da cabeça, tronco e pescoço


2. Apendicular: ossos dos membros superior e inferior.

Ossos da Cabeça
Os ossos que formam a cabeça são 22, dos quais 8, estreitamente ligados entre si, encaixados e
fixos uns com outros, formam o crânio que protege o cérebro. Estes são: 1 frontal, 2 parietais (na
parte superior-lateral), 2 temporais, o occipital (nuca); o esfenóide (a base do crânio), e o etmóide
(entre este último e o frontal). Na face os ossos são: os maxilares, os zigomáticos, os nasais e a
mandíbula, que serve para a mastigação e é o único osso móvel da cabeça.

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Ossos do Torax
O tórax é formado por ossos que, no seu conjunto, constituem a caixa torácica. Para formar a caixa
torácica concorrem posteriormente as vértebras torácicas ou dorsais e frontalmente um osso ímpar -
o esterno. A prega de cartilagem sob o esterno chama-se apêndice xifóide.

Entre o esterno e as vértebras, encontram-se as costelas. O esterno está ligado às costelas por faixas
de cartilagem.

Costelas
As costelas, ossos chatos e elásticos, são em nº de 12
pares e, dispostos em ambos os lados do tórax, ligam o
esterno à coluna vertebral onde se inserem nas vértebras
dorsais (nas fóveas costais das vértebras dorsais). Têm
uma forma curva, como um arco, e a sua direcção não é
horizontal - partindo da vértebra torácica, a costela dirige-
se para baixo. A sua extremidade anterior (esternal) é
mais baixa do que a posterior (vertebral).

Os primeiros 7 pares de costelas chamam-se costelas


verdadeiras porque a cartilagem costal insere-se
directamente no esterno. A 8ª, a 9ª e a 10ª costela não
terminam no esterno, mas no bordo inferior da costela que se encontra acima – costelas falsas. A
11ª e a 12ª costela não estão ligadas ao esterno,
mas ficam livres e por isso são chamadas costelas
flutuantes.

A caixa torácica tem a forma semelhante a um


cone, com a base menor voltada para cima. A
superfície externa da caixa torácica apresenta
posteriormente uma saliência, que corre de alto a
baixo, devido à série das apófises espinhosas
vertebrais. A caixa torácica é aberta em cima,
para o pescoço, a fim de dar passagem ao
esófago, à traqueia e a grandes vasos, sendo por
baixo fechada por o diafragma. O interior da caixa
torácica constitui a cavidade torácica, ocupada,
lateralmente, pelos pulmões, e, ao centro, pelo
coração.

A forma da caixa torácica modifica-se com a idade e as condições fisiológicas do indivíduo, e é


diversa de acordo com o sexo. No homem tem uma forma cónica, enquanto na mulher é
arredondada na sua parte mediana. A diferença depende dos diversos tipos de respiração: a mulher,
na verdade, respira pelo tórax, enquanto no homem a respiração é abdominal. Também essa
diversidade tem a sua utilidade: na mulher a respiração abdominal seria muito prejudicada por
ocasião da gravidez.

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Coluna Vertebral
É constituída por 33 ou 34 ossos ditos vértebras. A vértebra é formada por um corpo vertebral em
forma de disco, de espessura variável conforme a região. Do corpo partem as lâminas vertebrais que
convergem para dentro, e, reunindo-se, formam um anel. Da sobreposição desses anéis resulta um
canal no qual está contida a espinal medula. Esse canal designa-se de canal raquidiano (formado
pelos forâmes vertebrais de cada vértebra – aberturas por onde passa a espinal medula).

Os anéis apresentam, dos lados e posteriormente, apêndices ósseos, chamados apófises – as laterais
chamam-se apófises transversais e a posterior chama-se apófise espinhosa. As apófises permitem a
inserção de músculos e ligamentos. A vértebra articula-se com a vértebra que está acima e com
aquela que está abaixo mediante as apófises articulares superiores e inferiores.

Todas as vértebras têm particularidades próprias, de acordo com o lugar que ocupam na coluna
vertebral. As vértebras classificam-se em cervicais, torácicas ou dorsais, lombares, sacras e
coccígeas. As abreviações C, D, L e S são usadas para indicar as regiões da coluna vertebral.

Nem todas as pessoas têm 33 ou 34 vértebras,


mas o número de vértebras cervicais é constante
(assim como todos os mamíferos, incluindo a
girafa, que também só têm 7 vértebras cervicais).
Apenas 24 delas (7 cervicais, 12 torácicas e 5
lombares) são móveis. Em aproximadamente 5%
das pessoas normais podem ocorrer variações no
número de vértebras torácicas, lombares e sacras.
As diferenças no número podem ser uma alteração
numa região (+ ou -), sem alteração em outras
regiões, ou uma alteração numa região à custa de
outra (Bergman et al., 1988).

As 24 vértebras móveis conferem à coluna


vertebral considerável flexibilidade. A estabilidade
da coluna vertebral é fornecida pela forma e
resistência das vértebras e pelos discos intervertebrais, ligamentos e músculos.

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Vértebras cervicais

A coluna vertebral possui 7 vértebras cervicais. A primeira vértebra cervical chama-se atlas: articula-
se, em cima, com o crânio, e, por baixo, com a 2ª vértebra cervical designada por áxis.

Estas duas vértebras são muito diversas das restantes porque têm a finalidade de permitir os
movimentos da cabeça. A atlas não tem corpo vertebral e recebe, no seu anel, uma apófise da áxis,
o dente da áxis (apófise odontóide). A 7ª vértebra cervical denomina-se proeminente porque se
destaca e determina, principalmente nos indivíduos magros, uma saliência visível.

Vértebras dorsais

Existem 12 vértebras torácicas. Têm um corpo reforçado e articulam-se com as respectivas costelas.
As vértebras dorsais apresentam foveas costais que se articulam com as costelas.

Vértebras lombares

São 5 e têm um corpo maior do que as precedentes.

Vértebras sacras

São 5 e têm um tamanho decrescente. No feto e na criança até cerca de 8 anos são independentes
umas das outras, enquanto no adulto se soldam entre si. Da sua união forma-se um único osso de
forma triangular - osso sacro.

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Vértebras coccígeas

São 4 ou 5 e têm um tamanho reduzido. Em adultos, as vértebras coccígeas são parcialmente


fundidas para formar o osso cóccix.

Discos intervertebrais

As vértebras móveis estão ligadas por resistentes discos intervertebrais (num total de 23), que
desempenham um importante papel nos movimentos entre as vértebras e na absorção de impactos
transmitidos para cima ou para baixo na coluna vertebral. O disco intervertebral constitui-se de uma
estrutura central gelatinosa (núcleo pulposo) circundada por um anel (anulo fibroso), que mantém
esse núcleo no seu interior. O anel fibroso concêntrico suporta as pressões submetidas à coluna
vertebral, transmitidas pelos corpos vertebrais, funcionando assim como um amortecedor.

Hernia discal

A hernia discal surge quando a capa fibrosa do disco


intervertebral se rasga e o núcleo se move de seu local (no
centro do disco) para a periferia, em direcção ao canal
raquidiano (herniação medial) ou nos espaços por onde
saem as raízes nervosas (herniação lateral), levando à
compressão destas. Quando uma delas é comprimida pela
hérnia, ocorre dor e outros sintomas como sejam a falta de
força e a dormência nas pernas ou nos braços.

A hérnia discal resulta de pequenos traumas na coluna, que


vão, com o passar do tempo, lesando as estruturas do disco
intervertebral. Pode também acontecer como consequência de um trauma severo sobre a coluna. Os
locais comuns de hérnias discais são, a região cervical (pescoço) e lombar (entre a L4-L5 e entre a
L5-S1), principalmente porque são as partes de maior mobilidade da coluna vertebral.

Curvaturas da coluna vertebral

A coluna vertebral tem bastante mobilidade devidos às


articulações entre uma vértebra e outra. Não é recta, mas
apresenta quatro curvaturas: duas voltadas para a frente e duas
voltadas para trás, as quais se alternam entre si e, portanto, se
compensam. As curvaturas tomam o nome da região em que se
encontram.

Existe assim a: curvatura cervical (aberta para trás); curvatura


dorsal (aberta para a frente); curvatura lombar (aberta para trás)
e curvatura sacra (aberta para a frente). Estas são as curvaturas
dispostas no plano ântero-posterior, e vêem-se observando a
coluna de perfil.

A coluna vertebral, vista pela frente, parece direita, excepto uma


pequena curvatura aberta para a esquerda (escoliose fisiologico), presente em quase todos os
indivíduos.

As curvas da coluna vertebral podem ser acentuadas por motivos patológicos. Quando são
acentuadas as curvas tomam diferentes nomes:
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Hiperlordose

A lordose exagerada também é anormal é a chamada hiperlordose, sendo uma das causas de dor
nas costas. Os músculos abdominais fracos e um abdómen protuberante são factores de risco.

Caracteristicamente, a dor nas costas em pessoas com aumento da lordose ocorre durante as
actividades que envolvem a extensão da coluna lombar, tal como o ficar em pé por muito tempo
(que tende a acentuar a lordose). A flexão do tronco usualmente alivia a dor, de modo que a pessoa
frequentemente prefere sentar-se ou deitar-se.

Hipercifose

É definida como um aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral, sendo as causas
mais importantes desta deformidade, a má postura e o condicionamento físico insuficiente. Doenças
como a Espondilite Anquilosante e a Osteoporose Senil também ocasionam este tipo de deformidade.

Escoliose

É um desvio tridimensional da coluna. A escoliose é a curvatura lateral da coluna vertebral, podendo


ser estrutural ou não estrutural. A coluna para além de desviar para um dos lados também faz uma
rotação e inclinação. A progressão da curvatura na escoliose depende, em grande parte, da idade em
que ela se inicia e da magnitude do ângulo da curvatura durante o período de crescimento da
adolescência, período este onde a progressão do aumento da curvatura ocorre numa velocidade
maior.

Esqueleto dos Membros e Cinturas


O esqueleto dos membros superiores e o dos inferiores apresentam características análogas. Em
ambos podemos distinguir 3 segmentos: o primeiro, formado por 1 osso único; o segundo, por 2
ossos, e o terceiro por uma série de pequenos ossos; vêm depois os ossos das falanges. Os
membros superiores são constituídos, cada um, por 32 ossos. O membro superior é dotado de maior
amplitude de movimentos. Por outro lado, os ossos do membro inferior são mais fortes. Isto é
evidente levando em consideração as funções: o membro superior desenvolve determinadas
actividades de trabalho, enquanto o membro inferior tem de sustentar o peso do corpo.

As cinturas são os conjuntos de ossos que fixam cada par de membros ao esqueleto axial. O
esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros e pelos ossos das cinturas.

A cintura superior designa-se como cintura torácica ou cintura escapular. A cintura torácica é
formada por 2 ossos: a clavícula e a omoplata (ou escápula). Esta cintura sustenta o úmero e com
ele todo o braço. Este complexo está unido ao tórax somente mediante a articulação que a clavícula
tem com o esterno. A omoplata, por sua vez, está unida somente com a clavícula. O osso do braço
(úmero) une-se à omoplata, e somente a esta. A inferior designa-se por cintura pélvica (formada
pelos ossos da anca – os ilíacos), dando apoio ao fémur e a toda a perna.

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Cintura Escapular

Omoplata
A omoplata é um osso chato, cujo tecido esponjoso quase desapareceu, de modo que as duas
lâminas de tecido compacto estão praticamente em contacto. Tem a forma de um triângulo e
encontra-se na parte posterior do tórax, contra as 7 primeiras costelas.

Da face posterior da omoplata destaca-se uma apófise de secção triangular - a espinha da omoplata
- que termina com uma saliência: o acrómio. A espinha divide a face posterior da omoplata em duas
fossas: uma superior (fossa supra-espinhal) e outra inferior (fossa infraespinhal) que são ocupadas
por músculos que têm o mesmo nome. O bordo superior da omoplata continua lateralmente por uma
saliência óssea, dita apófise coracóide, que se articula com a clavícula. Dos 3 ângulos, o lateral
alarga-se para formar a cavidade glenóide, na qual se move o úmero.

Membro Superior

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Úmero
O úmero é o osso do braço. Articula-se, superiormente, com a omoplata, e, inferiormente, com os
ossos do antebraço (rádio e cúbito). Sendo um típico osso longo, o úmero apresenta uma diáfise e
duas epífises. A epífise superior, chamada cabeça do úmero, está reunida à diáfise por um
estrangulamento (neste nível são muito frequentes as fracturas).

A cabeça do úmero tem a forma de um hemisfério e destaca-se do complexo da epífise por um outro
estrangulamento. Nesta epífise pode-se notar o sulco (a goteira bicipital em que passa um dos
tendões do bicep, e 2 tubérculos para as inserções musculares (troquíter e troquino).

A epífise inferior do úmero apresenta duas saliências chamadas côndilos: um lateral, que se articula
com o Rádio, e uma interno, que se articula com o Cúbito (ou Ulna).

Ossos da Mão
Com os 2 ossos do antebraço articula-se na sua parte inferior a mão, que é formada por uma série
de 13 ossos pequenos: 8 são chamados ossos do carpo (são os que formam o punho), sendo os
restantes 5 denominados metacarpos e que correspondem à superfície dorso-palmar da mão. Os
dedos da mão são formados pela 1ª, 2ª e 3ª falange (somente o polegar tem duas falanges).

Cintura Pélvica
A Pélvis tem a forma de uma bacia óssea. É constituída pelos ossos da anca – os ilíacos (em cada um
deles encaixa o fémur), pelo sacro e pelo cóccix.

Os ossos da anca têm as extremidades livres na parte anterior6 da cintura e na parte posterior estão
firmemente ligadas ao sacro. A abertura na parte central da bacia (a abertura pélvica) é mais larga
nas mulheres, proporcionando espaço para a passagem do bebé durante o parto.

Membro Inferior
Os membros inferiores são constituídos, cada um, por 30 ossos.

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Fémur
O fémur é o osso da coxa, sendo o mais longo, volumoso e mais robusto de todo o corpo. O fémur é
o osso da coxa. Articula-se, superiormente, com o osso iliáco, e, inferiormente, com os ossos da
perna (tíbia e perónio). Sendo um típico osso longo, o fémur apresenta uma diáfise e duas epífises. A
epífise superior, chamada cabeça do fémur, está reunida à diáfise por um estrangulamento (neste
nível são muito frequentes as fracturas), o colo do fémur. A cabeça do fémur tem a forma de um
hemisfério. Inferior à colo do fémur destaca-se dois tubérculos para as inserções musculares (grande
e pequeno trocanter). Pode-se notar também uma linha, a linha áspera, na face posterior do
fémur.

A epífise inferior do fémur apresenta dois côndilos: um lateral, que se articula com o menisco
lateral, e um interno, que se articula com o menisco medial. O menisco lateral e medial são duas
estruturas de fibrocartilagem entre o fémur e a tíbia.

Tíbia e Perónio
Na sua parte inferior o Fémur une-se à tíbia e ao perónio (também
designado de fíbula), que são os 2 ossos da perna. Esta união tem lugar
na articulação do joelho, cujo osso principal é a rótula (ou patela).

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Osso do Pé
Os ossos da perna articulam-se com os tarsos do pé: o calcâneo (osso do calcanhar), o astrágalo
(talus). Os tarsos articulam-se com os ossos metatársicos e os metatársicos com as falanges os dos
dedos. Cada dedo consiste de 3 falanges, excepto o primeiro que tem duas falanges.

Artrologia

Articulação
Os ossos estão unidos por articulações. A articulação é uma parte do esqueleto onde se dá o
encontro de 2 ou mais ossos. Algumas unem firmemente os ossos deixando-os quase incapazes de
se moverem, mas nas articulações sinoviais, as mais comuns, os ossos deslizam suavemente uns na
direcção dos outros. Numa articulação sinovial a “cobertura” designa-se de cápsula articular. Esta
cápsula é resistente mas flexível, sendo feita de tecido fibroso.

Cada osso termina numa camada de cartilagem hialina,


que é dura, lisa e escorregadia. Esta cartilagem torna
lisa a superfície de contacto do osso e protege-a. As
duas camadas de cartilagem estão separadas por um
espaço estreito com líquido sinovial , que lubrifica a
articulação e a ajuda a mover-se.

A membrana sinovial reveste interiormente a cápsula


articular e tem como função a produção de líquido
sinovial.

Se a articulação é imóvel (como entre os ossos do crânio e a maior parte dos ossos da face), as
margens de união dos ossos estão em íntimo contacto com uma fina camada de tecido fibroso que
faz como que uma soldadura entre eles.

Onde é necessário um ligeiro movimento combinado com grande força, as superfícies articuladas são
cobertas por finas cartilagens fibrosas e elásticas como as articulações entre os corpos vertebrais
(articulações cartilaginosas).

Ligamentos
Nas articulações móveis, os ossos são revestidos por cartilagens e mantidos juntos por ligamentos.
Estas formações (de fibras de colagénio dispostas em filas paralelas) mantêm a união entre os ossos,
impedem movimentos em planos
indesejáveis e limitam o amplitudo
dos movimentos.

Os ligamentos têm uma fraca


capacidade regenerativa ou cicatricial,
motivo pelo qual o seu desgaste
conduz à impotência funcional,
exigindo um reparo cirúrgico
minucioso.

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Meniscos
Os meniscos são estruturas compostas de fibrocartilagem, existindo em número de 2 (o interno e o
externo) dentro de cada um dos joelhos e, têm diversas funções na articulação. A 1ª delas, que
justifica o seu posicionamento entre o fémur e a tíbia, é a de auxílio na estabilidade articular, ou
seja, ajudando os ligamentos. A afinidade entre o fémur e a tíbia é muito má, pois a superfície de
contacto entre estes ossos é praticamente de um ponto, sendo um lado convexo e o outro plano,
sendo necessária a presença de uma “almofada” para melhorar a co-adaptação óssea. O menisco,
devido à sua forma semelhante a um gomo de tangerina compensa esta necessidade.

A 2ª função dos meniscos é a de amortecedor de impactos, já que esta almofada fica entre 2 ossos e
recebe a carga do peso corporal de cima para baixo, além da reacção do solo de baixo para cima.
Deste modo é fácil entender que os indivíduos obesos poderão sofrer lesões degenerativas nos
meniscos, pois tendem a ser esmagados entre 2 ossos. Os meniscos funcionam assim como uma
almofada cartilaginosa dentro da articulação, de modo a preservar a cartilagem articular. Com isso
irão impedir que ela se degenere rapidamente, levando ao que se conhece por artrose.

A 3ª função é a de nutrição das cartilagens do joelho. Os meniscos funcionam como esponjas que
absorvem e eliminam o líquido sinovial. Deste modo, com a movimentação da articulação nas
actividades diárias, ocorrem mudanças na pressão interna do joelho. Isso promove a absorção e
eliminação do líquido pelos meniscos, fazendo-o circular por toda a articulação, nutrindo a cartilagem
articular.

Articulação
As articulações classificam-se como: sinartroses (ou imóveis); anfiartroses (ou semimóveis) e
diartroses (ou móveis).

Sinartrose

São articulações fixas, desprovidas de movimento, constituídas por uma união sólida de 2 ou mais
segmentos ósseos, que formam assim uma camada protectora para com os tecidos moles que
recobrem (pe.: suturas cranianas).

Anfiartroses

Articulações que apresentam um grau mínimo de mobilidade: os ossos não estão unidos entre si mas
sim separados por uma cartilagem fibrosa cuja consistência permite que se deforme provisoriamente
para proporcionar um certo grau de movimento aos segmentos ósseos (pe. articulações da coluna
vertebral entre as apófises articulares superiores e inferiores).

Diartroses

São articulações que permitem uma ampla gama de movimentos (pe.: coxo-femural). Existem
diversos tipos:

1. Enartrose: Articulação móvel constituída por um segmento ósseo esférico que encaixa dentro
de uma cavidade e portanto pode mover-se em todos os sentidos.
2. Condilartrose: Articulação móvel constituída por um segmento ósseo arredondado ou elíptico
e outro que apresenta uma concavidade como que moldada ao primeiro.
3. Trocartrose: Articulação móvel constituída por segmentos ósseos que só podem deslizar entre
si (ex: articulação da Atlas com a Áxis).
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4. Trocleartrose: Articulação móvel constituída por um segmento ósseo em forma de poleia, pois
apresenta uma depressão no centro, e outro segmento que terminado em forma de crista que
encaixa no canal da poleia.

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