Você está na página 1de 19

Manual de Formação

Curso Cardio Fitness e Musculação

Módulo 1 – Biologia

V1_2010
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Indice
Indice ................................................................................................................................... 2
Introdução ............................................................................................................................. 3
Química Básica ....................................................................................................................... 3
Matéria ............................................................................................................................... 3
Energia ............................................................................................................................... 3
Os Átomos .......................................................................................................................... 3
Propriedades Químicas de um Átomo ................................................................................... 5
As Ligações Iónicas ........................................................................................................... 5
As Ligações Covalentes ...................................................................................................... 6
Ionização ......................................................................................................................... 6
Ácidos e Bases .................................................................................................................. 7
Catálise ........................................................................................................................... 7
A Célula................................................................................................................................. 7
Tipos de Células................................................................................................................... 8
Células Procarióticas .......................................................................................................... 8
Céluas Eucarióticas............................................................................................................ 8
Estrutura de uma Célula ....................................................................................................... 8
Membrana Celular Plástica.................................................................................................. 8
Citoplasma ....................................................................................................................... 8
Citosqueleto ..................................................................................................................... 8
Núcleo ............................................................................................................................. 9
DNA da célula ................................................................................................................... 9
Retículo endoplasmático..................................................................................................... 9
Ribossomas ...................................................................................................................... 9
Mitocôndrias ................................................................................................................... 10
Aparelho de Golgi ............................................................................................................ 10
Lisossoma ...................................................................................................................... 10
Vacúolos ........................................................................................................................ 11
Vesículas........................................................................................................................ 11
Centríolos ...................................................................................................................... 11
Ciclo Celular ...................................................................................................................... 12
Tecido .............................................................................................................................. 12
Orgão.................................................................................................................................. 12
Glandula ........................................................................................................................... 12
Pele.................................................................................................................................. 12
Estrutura da pele ............................................................................................................ 12
Funções da pele .............................................................................................................. 13
Funções da hipoderme ..................................................................................................... 13
Sistemas ............................................................................................................................. 14
Bibliografia .......................................................................................................................... 15

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 2 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Introdução
O nosso corpo é composto por sistemas de órgãos. Os órgãos são compostos por vários tipos de
tecidos. Um tecido é um conjunto de células de estrutura e função semelhante. As células são as
unidades básicas estruturais e funcionais do nosso corpo e dos organismos. As células são compostos
por moléculas. Muitas moléculas do nosso corpo são constituídas por moléculas mais pequenas. As
moléculas, por sua vez, são compostos de átomos.

No homem adulto jovem de constituição média, 18% do peso corporal consistem em proteínas e
substâncias relacionadas, enquanto 7% são constituídos por minerais e 15% por gorduras os
restantes 60% consistem em água. O componente extracelular da água representa cerca de 20% do
peso coporal, enquanto o componente intracelular da água responde por cerca de 40% do peso
corporal. Aproximadamente 25% do componente extracelular encontram-se no sistema vascular,
enquanto 75% situam-se fora do sistema vascular (líquido intersticial). O volume sanguíneo total é
de cerca de 8% do peso corporal. Homeóstase é o equilíbrio dinâmico que existe entre um organismo
e o seu meio externo e interno.

Química Básica

Matéria
Em física, matéria é qualquer coisa que possui massa, ocupa lugar no espaço e está sujeita a inércia.
Existem três estados de agregação da matéria: o estado sólido, líquido e gasoso. Matéria é constituída
de partículas elementares. Existem 103 diferentes elementos, dos quais cerca de um terço são
importantes para a vida. Cada elemento identifica-se por meio de propriedades químicas e físicas
únicas. Organismos são formados por elementos. Apenas seis elementos - carbono, hidrogénio,
nitrogénio, oxigénio, fosfato e sulfuro – formam aproximadamente 98% do peso dos organismos.
Estes seis elementos formam a maioria dos moléculas complexas nos seres vivos.

Energia
A energia é um componente mensurável responsável pela actividade química de átomos e moléculas.
A energia pode existir num estado de reserva, chamada energia potencial, ou pode ser libertada
quando é necessária.

Há vários tipos de energia: energia electromagnética, energia cinética, energia atómica, energia
eléctrica e energia química. Quando a energia numa forma é convertida noutra forma, há sempre a
produção de calor.

Os Átomos

Cada elemento é composto por átomos que, por sua vez, são compostas de somente três espécies
de partículas subatómicas chamadas protões, neutrões e electrões. Os átomos de elementos
diferentes diferem no número destas partículas, pela forma e pelo peso. Cada elemento só contém
um tipo de átomo.

Os protões e os neutrões de um átomo estão concentrados num núcleo central. Os electrões andam
em órbita no espaço à volta do núcleo.
Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 3 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

A maior parte do peso de um átomo encontra-se nos seus protões e neutrões. Em comparação com
os protões e neutrões os electrões quase não tem peso. O número associado com cada elemento é
chamado o número atómico deste elemento. O número atómico é igual ao número de protões no
núcleo. Todos os átomos de um elemento tem o mesmo número de protões, mas podem ter um
número de neutrões diferentes. Átomos com o mesmo número atómico, mas com uma quantidade
de neutrões diferentes são chamados isotopos.

Elementos Encontrados nos Seres Vivos


Símbolo Atómico Nº Atómico Peso Atómico
Hidrogénio H 1 1

Carbono C 6 12

Nitrogénio N 7 14

Oxigénio O 8 16

Sódio Na 11 23

Magnésio Mg 12 24

Fosfato P 15 31

Sulfuro S 16 32

Cloro Cl 17 35

Potássio K 19 39

Cálcio Ca 20 40

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 4 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Propriedades Químicas de um Átomo

As propriedades químicas de um átomo são determinadas pelos seus electrões. Os electrões andam
em órbita à volta do núcleo a uma distância característica.

Os protões e electrões tem uma carga eléctrica e os neutrões são electricamente neutros. Cada
electrão tem uma carga eléctrica igual em grandeza à do protão, mas de características opostas. Os
protões tem um carga eléctrica positiva e os electrões uma carga eléctrica negativa. Quando o
número de protões e de electrões num átomo é igual, o átomo inteiro é electricamente neutro.

Cada electrão existe num determinado nível de energia (figura 2b), que é determinado pela
quantidade de energia que é necessária para o remover do átomo. O nível de energia de um electrão
depende da sua distância do núcleo. Os electrões com o mais baixo nível de energia encontram-se
mais perto do núcleo.

As Ligações Iónicas

Ligações iónicas são formadas quando electrões são transferidos de um átomo para um outro.
Alguns átomos perdem com facilidade os seus electrões exteriores, deixando o átomo com mais
protões do que electrões.

Quando um átomo perde electrões fica com uma carga positiva. Outros átomos tendem de atrair
electrões em tal quantidade que podem acomodar mais electrões do que protões no núcleo. Por
exemplo, átomos do sódio, cálcio, ferro, potássio e magnésio têm tendência de perder electrões.
Quando um átomo ganha electrões fica com uma carga negativa. Há entre os elementos um espectro
de capacidades para perder ou ganhar electrões. Cloro, por exemplo, atrai fortemente electrões. O
número de electrões transferidos numa reacção depende dos átomos envolvidos, mas é geralmente
da ordem de um ou dois. Em todos os casos, o número total de cargas positivas e negativas é igual e
a neutralidade eléctrica existe.

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 5 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Neste tipo de reacção a molécula que perde os electrões chama-se dadora de electrões. A molécula
que ganha electrões é chamada receptora de electrões. Quando uma receptora de electrões ganha
electrões fica com uma carga mais negativa, diz-se que é reduzida. A dadora de electrões fica com
uma carga mais positiva, porque perde electrões. Diz-se que a dadora é oxidada. Por exemplo: Na
+ Cl ➙ Na⁺Cl⁻, Na⁺ é oxidada e Cl⁻ é reduzida.

As Ligações Covalentes

Numa ligação covalente os electrões são repartidos entre os átomos. Alguns electrões de cada
átomo andam na órbita de ambos os átomos. A ligação covalente é muito mais estável do que a
ligação iónica e é responsável pela estabilidade da maior parte da substância dos seres vivos. Numa
ligação covalente apolar os átomos ligados têm igual electronegatividade. Numa molécula apolar a
soma vectorial dos vectores polarização associados a todas as ligações covalentes polares da
molécula é nula. Numa ligação covalente polar os átomos ligados têm diferentes
electronegatividade. Numa molécula polar as soma vectorial dos vectores polarização associados a
todas as ligações covalentes polares na molécula é diferente de zero. Figura 4:

Ionização

Quando ligações covalentes são separadas, o átomos dissociam-se em iões. Por exemplo quando
água (H₂O) é ionizada, é formado um ião de hidrogénio (H⁺) e um ião de hidroxil (OH⁻). A água, iões
e compostos contendo carbono de várias espécies encontram-se na matéria viva. A água é
importante como solvente, como reagente químico e como um regulador da temperatura. Iões de
Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 6 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

hidrogénio, potássio, magnésio, sódio, cálcio e cloro importantes são importantes para o nosso
organismo. O fósforo, o enxofre, o carbono e o azoto ligam-se com o oxigénio para formar
compostos importantes para nosso corpo.

Os iões são importantes porque actuam na manutenção da neutralidade eléctrica dos líquidos do
corpo e controlam o volume da água através de vários mecanismos.

Ácidos e Bases

Talvez um dos iões mais importantes para o nosso organismo seja o ião hidrogénio (H⁺). Muitas
reacções químicas indesejáveis no nosso organismo são inibidas quando a concentração do ião
hidrogénio é demasiado baixa ou elevada. Os ácidos são compostos que ionizam na água, libertando
iões de hidrogénio para a solução, aumentando a concentração de hidrogénio. Por exemplo HCl ➙ H⁺
+ Cl⁻. As bases são compostos que removem os iões hidrogénio, reduzindo a concentração de
hidrogénio. Por exemplo NaOH ➙ Na⁺ + OH⁻.
pH

A manutenção de uma concentração estável de íons hidrogénio nos líquidos corporais é essencial
para a vida.

O pH de uma solução é o logaritmo em base 10 da recíproca da concentração de H⁺. A concentração


do ião hidrogénio numa solução é convencionalmente descrita de acordo como uma escala pH. As
unidades nesta escala vão de 0 a 14 pH. O pH da água a 25ºC, em que os íons H⁺ e OH⁻ estão
presentes em números iguais, é de 7. Soluções com um pH inferior a 7 são “ácidas” e soluções com
um pH superior a 7 são “ básicas”. Para cada unidade de pH abaixo de 7, a H⁺ aumenta 10 vezes;
para cada unidade de pH acima de 7, diminui 10 vezes.

O nosso sangue apresenta um pH de aproximadamente 7,35 - 7,45. Um pH muito mais elevado ou


baixo resulta em doenças. Existe acidose quando o ph do sangue desce abaixo dos 7,35 o que
determina uma depressão do sistema nervoso, podendo o indivíduo ficar desorientado e até
comatoso. Existe alcalose quando o ph sobe para além dos 7,45. Neste caso o sistema nervoso
torna-se hiperexcitável e o indivíduo pode ficar extremamente agitado e apresentar convulsões. A
acidose e a alcalose podem ser fatais (Selley et all, 2003).

Catálise

A maioria das reacções químicas no nosso corpo são aceleradas por proteínas específicas chamadas
enzimas. As enzimas aceleram as reacções vitais num processo chamado catálise.

A Célula
Todos os organismos vivos são constituídos por unidades estruturais e funcionais, chamadas células.
As funções vitais de um organismo ocorrem dentro das células. Schleiden, Scwann e muitos outros
biólogos observaram células e verificaram que:

todas as células vêm de células pré-existentes


as células tem a capacidade de auto-duplicação independente.

As células contêm informação genética necessária para funções de regulamento da célula e


informação necessária para transmitir a informação para a geração seguinte. Todas as células do
mesmo organismo têm uma mesma origem comum. O processo de diferenciação celular que lhes
deu origem, é diferente de tecido para tecido. Este processo de diferenciação ocorre na fase
embrionária da diferenciação celular.
Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 7 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Os seres vivos apresentam vários níveis de organização celular: organismos unicelulares e


organismos multicelulares. Organismos unicelulares são compostos por uma única célula. Nos
organismos unicelulares, todos os processos vitais ocorrem em uma única célula. Organismos
multicelulares são compostos por vários células. Na maioria dos organismos as células são
organizados em diferentes tecidos, especializados em diversas funções. Nos seres humanos os
grupos celulares especializados incluem o sistema gastrintestinal, o sistema respiratório, o sistema
cardiovascular, o sistema urinário, o sistema endócrino, etc.

Tipos de Células

Células Procarióticas

É um tipo de célula mais simple. Uma célula procariótica não apresenta um núcleo. e apresenta o
seu genoma em contacto directo com a porção plasmática da célula. Numa célula procariótica
também faltam muitos organelos encontrados nas células eucarióticas.

As bactérias são células procarióticas. Algumas bactérias são chamadas células incompletas. São
células que não apresentam capacidade de autoduplicação independente. Só conseguem se proliferar
no interior de outras células completas (são parasitas). São diferente das vírus por apresentarem
ADN e RNA.

Céluas Eucarióticas

As células eucarióticas são as células das plantas e animais. São células mais complexas comparadas
com as células procarióticas. Possuem um núcleo e vários tipos de organelos.

Estrutura de uma Célula

Membrana Celular Plástica

A membrana plasmática reveste exteriormente o citoplasma e separa o meio intracelular do meio


extracelular. A membrana é semipermeável e funciona com filtro na troca de componentes e
informação entre esta e o espaço extracelular. As concentrações intracelulares de iões e de
moléculas, distintas das do meio exterior, estão dependentes da integridade funcional da membrana
celular. A membrana consiste de moléculas lipídicas (fosfolípidos, colesterol e os glicolípidos) e
proteínas.

Citoplasma

O citoplasma é a substância no espaço intracelular. Tem o aspecto de uma massa semi-fluida, o


hialoplasma, é aqui que são dispersos os organelos. O citoplasma mantêm a consistência e a forma
da célula e armazena substâncias químicas indispensáveis à vida.

Citosqueleto

O citosqueleto é uma rede de fibras (filamentos de proteínas), existente no citoplasma. Mantém a


forma da célula e também permite mudanças em sua forma e sua movimentação.

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 8 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Núcleo

O núcleo regula as reacções químicas que ocorrem dentre da célula e é no núcleo que ficam
armazenados as informações genéticas da célula. Nele estão contidas todas as “instruções” para a
célula acerca de como célula será formada, e quais as aptidões que ela terá.

O núcleo é rodeado pelo citoplasma e é delimitado pelo invólucro nuclear. O invólucro nuclear
possui poros e e funciona com filtro na troca de componentes e informação entre o núcleo e o
citoplasma.

Dentro do núcleo encontra-se um liquido, o neuroplasma, com cromatina e as vezes um nucléolo.


O nucléolo é constituída por proteínas e ácidos nucleicos. A cromatina contém o material genético
com informação essencial para as funções celulares.

DNA da célula

As instruções que a célula precisa, encontram-se em código no DNA. Cada cromossoma é constituído
por uma molécula gigante de ácido desoxirribonucléico (DNA). O DNA contêm as informações
genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todo o nosso organismo. Cada
molécula de DNA, associada a proteínas, constitui um filamento de cromatina dispersa. Quando a
cromatina se enrola, origina um cromossoma. Os genes são segmentos responsáveis por carregar
a informação genética.

Retículo endoplasmático

O retículo endoplasmático (RE) é formado por canais delimitados por membranas. As canais do
retículo endoplasmático se comunicam com o invólucro nuclear. De acordo com alguns autores, a
membrana exterior do RE é contínua com a membrana citoplasmática. O retículo endoplasmático é
responsável pela síntese de proteínas, lípidos e hormónios e intervém no transporte de proteínas e
outras substâncias.

O retículo endoplasmático rugoso ou granuloso (RER) é formado por sistemas de túbulos achatados e
apresenta ribossomas aderidos a sua membrana. Graças aos ribossomas a RER actua na produção
de certas proteínas celulares. O RER é muito desenvolvido em células com função secretora (p.e. nas
células do pâncreas).

O retículo endoplasmático liso ou agranular (REL) é formado por um sistema de túbulos sem
ribossomas. O REL é responsável pela síntese de esteroídes, fosfolípidos e outros lípidos. Têm um
papel importante na desintoxicação do organismo.

Ribossomas

São pequenas estruturas, por vezes associadas ao retículo endoplasmático. São fundamentais para a
síntese de proteínas. Os ribossomas que se fixam ao retículo endoplasmático sintetizam as proteínas
transmembrana.

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 9 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

1. Membrana nuclear, invólucro nuclear


2. Ribossomas
3. Poros
4. Nucléolo
5. Cromatina
6. Núcleo
7. Retículo endopasmático
8. Nucleoplasma

Mitocôndrias

As mitocôndrias são organelos importantes para muitas das reacções químicas da célula implicando a
conversão de energia química de uma forma em
outra. São envolvidas em processos de obtenção
de energia, por parte da célula. Processa e
converte estas substâncias em energia sob a
forma de ATP, que a seguir devolve a células.
Os mitocôndrias são abastecidas pela células por
substâncias orgânicas (O₂ e glicose).

A mitocôndria é semelhante a um saco


membranoso dentro de outro. Uma mitocôndria
possui duas membranas (uma membrana
interna e uma membrana externa). As
mitocõndrias possuem seu próprio genoma.
Existe muito menos DNA no genoma da
mitocôndria que no genoma do núcleo. São
presente em grande quantidade nas células do
sistema nervoso, no coração e no sistema
auditivo.

Aparelho de Golgi

O aparelho de Golgi é um conjunto de cisternas achatadas e de vesículas. Funciona como uma


espécie de sistema central de distribuição na célula. Actua com centro de armazenamento,
transformação, empacotamento e remessa de substâncias na célula.

Lisossoma

Um lisossoma é uma estrutura volumosa rodeado por uma membrana simples que contêm enzimas
digestivas. As enzimas intervêm na decomposição de moléculas e estruturas celulares (é mais ácido
que o restante do citoplasma).

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 10 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Vacúolos

Os vacúolos são corpos de água de tamanho variável rodeados por uma membrana. Armazenam
água com substâncias dissolvidas com gases, pigmentos, açúcares, proteínas ou outras substâncias.

Vesículas

No aparelho de Golgi as substâncias são divididas em pequenas gotas, limitadas por membranas
chamadas vesículas. As vesículas dirigem-se para a membrana externa do citoplasma, onde são
libertadas no meio extracelular.

Centríolos

São estruturas constituídas por microtúbulos que intervêm na divisão celular.

Figura 8: Estrutura de uma célula

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 11 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Ciclo Celular
Da divisão celular depende a manutenção e continuidade da vida. A divisão celular está associada a
replicação da informação genética.

A maioria das células recorre a um processo de divisão celular chamado mitose. O núcleo e o
citoplasma dividem-se, formando assim duas células idênticas. Antes da mitose cada um dos
cromossomas do núcleo autocopia-se. Durante a mitose essas cópias são separadas, cada um para o
seu novo núcleo. O resultado é a formação de duas células novas geneticamente idênticas entre si e
a célula mãe.

Tecido
O tecido é um composto de células especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou não
por líquidos ou outras substâncias intercelulares, que realizam determinada função. Histologia é o
estudo dos tecidos biológicos e na histopatologia estuda-se os tecidos como meio de diagnóstico
duma doença.

Orgão
Um órgão é um grupo de tecidos que realizam uma função específica ou um grupo de funções. Um
órgão consiste de tecidos principais e tecidos esporádicos. O tecido principal de um órgão é aquele
que único para um órgão específico.

Glandula
É um órgão cuja função é excretar algumas substâncias com um pré-determinado função. Esta
substância é libertada dentro do sistema circulatório (função endócrina) ou fora dele (função
exócrina). O tecido adiposo é a maior glândula endócrina do organismo.

Pele
A pele é o maior órgão do nosso corpo. Constitui cerca de 15% do peso corporal. É o órgão
integrante do sistema tegumentar. O sistema tegumentar consiste da pele, cabelo, pêlos, unhas,
glândulas sudoriparas e glândulas sebáceas. A pele produz cerca de 1250 células por dia para cada
cm2. Essas células são provenientes de 27000 células. A duração do ciclo celular da pele é de 311
horas.

Estrutura da pele

A pele apresenta três camadas: a epiderme, derme e a hipoderme subcutânea. A epiderme é


uma camada com profundidade diferente conforme a região. Produz a queratina e a melanina. A
epiderme não contêm vasos sanguíneos e recebe os seus nutrientes e O₂ a partir de vasos
sanguíneos localizados na derme.

A derme é uma camada de tecido conjuntivo que sustenta a epiderme. Contêm vasos sanguíneos,
vasos linfáticos, nervos e órgãos sensoriais.

A hipoderme subcutânea tecnicamente já não faz parte da pele. É constituído por tecido adiposo
que protege contra o frio. Encontra-se entre a derme e a fáscia muscular, que recobre os músculos.

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 12 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Funções da pele

1. Protecção dos tecidos subjacentes. O nosso organismo necessita de se proteger contra a


desidratação ou evaporação excessiva. A pele protege através das suas junções celulares e
desmossomas que dão coesão às células da epiderme. A superfície contínua da membrana
lipídica impede a saída de água.

2. Regulação da temperatura do corpo. Os vasos sanguíneos subcutâneos contraem-se com o


frio e dilatam-se com o calor. Os folicílos pilosos têm músculos que levantam os pelos com o
frio e captam bolhas de ar estático junto à pele que retarda as trocas de calor. As glândulas
sudoriparas libertam uma substância liquido cuja evaporação diminui a temperatura
superficial do corpo.

3. Funções imunitárias. A pele contêm vários tipos de leucócitos e linfócitos. Os linfócitos


regulam a resposta imunitária e desenvolvem respostas específicas. Outras células da pele
recolhem possíveis invasores (moléculas estranhas) e levam-as para os gânglios linfáticos.
Mastócitos, outras células presente na pele, são envolvidos em reacções alérgicas e luta
contra parasitas.

4. Funções metabólicas. A pele produz vitamina D, que é uma vitamina essencial para o
metabolismo do cálcio. Vitamina D é fundamental na formação e manutenção dos ossos.

5. Funções nervosas. A pele é um órgão sensorial e constitui o sentido do tacto. Contêm


terminações nervosas livres ou com comunicação com órgãos sensoriais especializados (p.e.
células de Merckel, foliculos pilosos). A pele capta sinais que criam as percepções da
temperatura, movimento, pressão e dor. Também funciona com um órgão importante na
função sexual.

Funções da hipoderme

1. Reservatório energético;

2. Isolante térmico. O tecido adiposo subcutâneo protege contra o frio. A gordura é má


condutora de calor;

3. Modela a superfície do corpo;

4. Absorção de choques;

5. Fixação dos órgãos.

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 13 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Sistemas
Um sistema é um conjunto de órgãos com funções relacionada.

Sistema Função

Digestivo Absorção de nutrientes e excreção do excesso

Muscular Suporte, movimento, termogenése

Endócrino Integração e coordenação

Ciculatório Transporte de substâncias para as células e vice versa

Esquelético Suporte, movimento, produção metabólica

Nervoso Integração e coordenação

Respiratório Eliminação de CO₂ e absorção de O₂

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 14 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Bibliografia

1. American College of Sports Medicine. “Directrizes do ASCm para os testes de esforço e sua prescrição.”
Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2003

2. American College of Sports Medicine. “Manual de Pesquisa das Diretrizes do ASCM para os Testes de
Esforço e sua Prescrição.” Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2003.

3. ASTRAND, PO; RODAHL, K. “Tratado de Fisiologia do Exercício.” Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

4. AZEVEDO, C. “Biologia celular.” Lisboa: LIDEL- edicções técnicas, 1997.

5. BOMPA, T. “A periodização no treinamento esportivo.” Barueri: Editora Manole Ltda, 2001.

6. BOUCHARD, C; SHEPARD, R; STEPHENS, T. “Physical activity, fitness and health.” Champaign: Human
Kinetics, 1994.

7. BROWN, L. “Isokinetics in Human Performance.” Champaign: Human Kinetics, 2000.

8. BURKE, L.; DEAKIN, V. “Clinical Sports Nutrition.” Austalia: McGraw-Hill, 1994.

9. CAILLIET, R. “Dor cervical e no braço.” Porto Alegre: Artmed, 2003

10. CASTELO, Jorge. “O exercício de treino desportivo.” Lisboa: FMH, 2002

11. COOLS, A; WALGRAEVENS, M. “Oefentherapie bij schouderaandoeningen.” Antwerpen: Standaard


Uitgerverij, 2005.

12. DANNEELS, L; VANTILHO, B. “ Oefentherapie bij rugaandoeningen.” Antwerpen: Standaard Uitgerverij,


2005.

13. DeLUCA C, J; MAMBRITO, B. “Voluntary control of motor units in human antagonist muscles: co-
activation and reciprocal activation.” J Neuralphysiol, 58: 525-542, 1987.

14. DONATELLI A, R. “Physical Therapy of the Shoulder.” Philadelphia: Churchill Livingstone, 2000.

15. ELLENBECKER S, T. “Knee Ligament Rehabilitation.” Philadelphia: Churchill Livingstone, 2000.

16. FOX, E; BOWERS, RW; FOSS, M. “Bases fisiológicas da educação física e dos desportos.” Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1991.

17. HILLMAN K, S. “Introduction to Athletic Training.” Champaign: Human Kinetics, 2000.

18. HORTA, L. “Nutrição no desporto.” Lisboa: Caminho, 1996

19. HOSCHSCHILD, J. “Strukturen und Funktionen begreifen, funktionelle Anatomie & Therapierelevante
Details Deel 1.” Stuttgart: Thieme, 2002.

20. HOSCHSCHILD, J. “Strukturen und Funktionen begreifen , funktionelle Anatomie & Therapierelevante
Details: Deel 2.” Stuttgart: Thieme, 2002.

21. HOSCHSCHILD, J. “Strukturen und Funktionen begreifen, funktionelle Anatomie & Therapierelevante
Details Deel 3.” Stuttgart: Thieme, 2002.

22. JONES C, K.; GAUDIN J, A. “Introdução à biologia.” Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1977.

23. KAPANDJI, I.A. “Bewegingsleer Deel 1 de bovenste extremiteit.” Diegem: Bohn Stafleu Van loghum,
2001

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 15 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

24. KAPANDJI, I.A. “Bewegingsleer Deel 2 de ondereste extremiteit.” Houten: Bohn Stafleu Van loghum,
2001

25. KAPANDJI, I.A. “Bewegingsleer Deel 3 de romp.” Diegem: Bohn Stafleu Van loghum, 2001

26. KELLIS, E; BALTZOPOULOS, V. “Isokinetic eccentric exercise.” Sports Med 19 (3): 202-222, 1995.

27. KELLIS, E; BALTZOPOULOS, V. “Muscle activation differences between eccentric and concentric
isokinetic exercise.” Med ScI Sports Exerc 1616-1623, 1997.

28. KELLIS, E; BALTZOPOULOS, V. “The efeects of antagonist Moment on the Resultant Knee Joint Moment
during Isokinetic testing if knee extensors.” Eur J Appl Physiol vol 76: 253-259, 1997.

29. LANGFORD, E. “Denken en bewgen.” Leuven: Garant, 2001.

30. MARQUES, A.P. “Manual de goniometria.” São Paulo: Editora Manole, 1997.

31. MATHEWS, D.K.; FOX, E.L. “Bases Fisiológicas da Educ a ç ão Fí s i c a e De spor tos . ” Rio de Jane i ro:
Interamericana, 1979.

32. MONTIGNAC, M. “Zi j i s s l ank want z i j e e t . ” Valkenswaard: Artulen Nederland, 1996.


33. NORRIS M, C. “Back stability.” Champaign: Human Kinetics, 2000.

34. NSCA. “Essentials of Strength Training & Conditioning.” Champaign: Human Kinetics, 2004.

35. NSCA. “NSCA’S Essentials of Personal Training.” Champaign: Human Kinetics, 2004.

36. O’TOOLE M, L. “Eccentric muscle performance of elbow and knee muscle groups in untrained men and
women.”
37. Med Sci Sports Exerc, 25 (8): 936-944, 1993.

38. PEETERS, L; LASON, G. “Het bekken.” Brussel: Satas, 2000.

39. PERRIN D, H. “Isokinetic Exercise and Assessment.” Champaign: Human Kinetics, 1993.

40. PHILLIPS, SM; GREEN, HJ; TARNOPOLSKY, MA. “Effects of training duration on substrate turnover and
41. oxidation during exercises.” J Appl Physiol 81: 2182-2191, 1996.

42. PINA, E. “Anatomia Humana da Locomoção.” Lisboa: Lidel, 1995.

43. PUBST, R; PANST, R. “Sobotta, Atlas van de menselijke anatomie, Deel 1.” Houten: Bohn Stafleu Van
loghum, 1994.

44. PUBST, R; PANST, R. “Sobotta, Atlas van de menselijke anatomie, Deel 2.” Houten: Bohn Stafleu Van
loghum, 1994.

45. REESE, NB. “Testes de função muscular e sensorial.” Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000.

46. ROBINS, S; Cotran, R. “Patologia, Bases patológicas das doenças.” Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

47. ROSS, R. “The pathogenesis of atherosclerosis: a perspective for the 1990’s. Nature 362: 801-809,
1993.

48. RUPPER S, E. “Het honger gen, de oorzaken van overgewicht.” Antwerpen: Uitgeverij De Arbeiderspers,
2002

49. SARTI, P; SPARNACCI, G. “Gravidez e puericultura.” Sintra: Girassol Edições Lda, 2004.

50. SHREEVE, C. “Controle a sua tensão arterial.” Lisboa: Editorial Presença, 1998.

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 16 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

51. STAPPAERTS, K; STAES, F. “Onderzoek en behandeling van spierverkortingen.” Leuven: Acco, 2000.

52. SUSAN H. “Biomecânica básica.” Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

53. THOMPSON, P. “Exercise & Sports Cardiology.” Singapore: McGraw-Hill International Edition, 2001.

54. VENTURINI, C; ALIBERT, S; QUEIROZ, BWC; PRIPAS, D; KIELING, I; KIMURA, A; SELLMER, E;


55. MALEVESTIO, A; SERA, T. “Confiabilidade da fotogrametria em relação à goniometria para avaliação
postural de membros inferiores.” São Carlos: Revista Brasileira de Fisioterapia, Volume 11, Nº 5, 2007.

56. WATKINS A, M; RIDDIE D, L; PERSONIUS, W, J. “Reliability of Goniometric Measurements and Visual


Estimates of Knee Range of Motion Obtained in a Clinical Setting.” Physical Terapy, Volume 71, Number
2, 1991.

57. WIDMAIER E; HERSHEL R; STRANG K. “Fisiologia humana, os meanismos das funções corporais.” Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

58. WILLIAM G. “Fisiologia médica.” Rio de Janeiro, McGraw-Hill, 2007.

59. WILLIAMS, PT. “Relationships of heart desease risk factors to exercise quantity and intensity.” Arch
Inter Med
60. 155: 237-245, 1998.

61. WILSON, PW. “High density lipoprotein, low density lipoprotein and coronary heart disease.” Am J
Cardiol 66: 7A-10A, 1990

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 17 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 18 of 19
Curso Cardio Fitness e Musculação

Manual de Formação
Módulo 1 – Biologia

Holmes Place Training Academy® Copyrigth © Todos os direitos reservados

Page 19 of 19

Você também pode gostar