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Nomes Números

Benigna da Argentina ………………….. 06


Clávia da Linda Erasmo Jalane…………..08
Elsida Alberto Chauque …………………11
Ercília Rosa costa tamele………………..13

12ª Classe
Turma: B04

Histologia Animal
Evolução do Sistema Digestivo

Classificação: ___________________

Docente
Elves Mawai

Escola Secundária Aurélio Manave


Maciene
2021
Índice

1.0 Introdução ............................................................................................................................. 4

1.1 Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.1.1 Geral .................................................................................................................................. 4

1.1.2 Específicos ......................................................................................................................... 4

2.0 Histologia Animal ................................................................................................................ 5

2.1 Classificação dos tecidos nos animais superiores................................................................. 5

2.1.1 Tecidos epiteliais ............................................................................................................... 6

2.1.2 Classificação dos tecidos episteliais .................................................................................. 7

2.1.3 Tecidos conjuntivos ......................................................................................................... 11

2.1.3.1 Tipos de tecidos conjuntivos ........................................................................................ 12

2.1.3.6 Tecido conjuntivo ósseo ............................................................................................... 16

2.1.5 Tecido nervoso ................................................................................................................ 22

3.0 Sistema digestivo ................................................................................................................ 28

3.1 Evolução ............................................................................................................................. 28

3.2 Digestão do homem ............................................................................................................ 29

3.3 Digestão na Boca ................................................................................................................ 30

3.4 Digestão no estômago......................................................................................................... 30

3.5 Digestão no intestino Delgado ............................................................................................ 30

3.6 Digestão nos ruminantes..................................................................................................... 31

3.9 Doenças do sistema digestão .............................................................................................. 34

4.0 Sistema respiratório ............................................................................................................ 35

4.1 Evolução dos sistemas respiratórios ................................................................................... 35

4.8 Estrutura e função dos alvéolos pulmonares ...................................................................... 38

4.11 Doenças do sistema respiratório ....................................................................................... 40

5.0 Sistema circulatório ............................................................................................................ 41


3

5.2 Evolução dos sistemas circulatórios .................................................................................. 41

5.3 O coração ............................................................................................................................ 43

5.4 Vasos sanguíneos ................................................................................................................ 44

5.5 Doenças do sistema circulatório ......................................................................................... 45

5.5.1 Hipertensão ...................................................................................................................... 45

5.5.2 Infarto agudo do miocárdio ............................................................................................. 46

5.5.3 Insuficiência cardíaca ...................................................................................................... 47

5.5.4 Cardiopatia congênita ...................................................................................................... 47

5.5.5 Endocardite ...................................................................................................................... 47

5.5.6 Arritmias cardíacas .......................................................................................................... 48

5.5.7 Angina ............................................................................................................................. 48

5.5.8 Miocardite........................................................................................................................ 49

5.5.9 Valvulopatias ................................................................................................................... 49

5.6 Como prevenir as doenças cardiovasculares ...................................................................... 50

6.0 Conclusão ........................................................................................................................... 51

7.0 Referências Bibliográficas .................................................................................................. 52


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1.0 Introdução

No presente trabalho, nos falaremos da Histologia Animal, desde a sua oriem e definição, os
tipos de tecidos Epiteliais, as Características dos tecidos epiteliais, as Funções dos Tecidos
Epiteliais, Tecidos Conjuntivos, Características Tecidos Conjuntivos, Tipos dos Tecidos
Conjuntivos, classificação dos tecidos conjuntivos, Tecidos Musculares, Características dos
Tecidos musculares, Funções dos Tecidos musculares, Tecido nervoso, Características dos
Tecidos nervosos, Funções dos Tecidos nervosos, Sistema Digestivo, Evolução, Digestão do
homem, Digestão na Boca, Digestão no estômago, Digestão no intestino Delgado, Digestão
nos ruminantes, Doenças do sistema digestão, Sistema respiratório, Respiração cutânea,
Respiração branquial, Respiração traqueal, Respiração pulmonar, Ventilação pulmonar,
Estrutura e função dos alvéolos pulmonares, Doenças do sistema respiratório, Sistema
circulatório, Funções do sistema circulatório, Evolução dos sistemas circulatórios, O coração,
Vasos sanguíneos, Doenças do sistema circulatório e Como prevenir as doenças
cardiovasculares.

1.1 Objectivos
1.1.1 Geral

Compreender a Histologia Animal

1.1.2 Específicos

Descrever os tecidos vegetais;


Falar do sistema digestivo e circulatório;
Mencionar as doenças dos sistemas circulatórios, respiratório e digestivo.
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2.0 Histologia Animal

Definições

Histologia é formada por duas palavras, a saber: histo que significa tecido e lógia que
significa estudo.

Histologia é o ramo da Biologia que estuda os tecidos e as células que os formam

Um tecido é um conjunto de células espetalizada que desempenham a mesma função.

Tecidos são conjuntos de células que actuam de maneira integrad, desempenhando


determinadas funções.

Nota: Alguns tecidos são formados por células que possuem a mesma estrutura, outros são
formados por células que tem diferentes formas e funções, mas que juntas colaoram na
realização de uma função geral maior.

2.1 Classificação dos tecidos nos animais superiores

Os tecidos dos animais superiores podem ser classificados em quatro (4) tipos principais:

Tecidos epiteliais;
Tecidos conjuntivos;
Tecido nervoso;
Tecidos musculares;
6

Figura 1. 1: Esquema de tecidos animais superiores

2.1.1 Tecidos epiteliais

Os tecidos epiteliais ou simplesmente epitélios, são formados por células justapostas,


firmemente unidas entre si, com pouca substância entre elas (substância intercelular).

Podem ser originados em um dos três folhetos germinativos do embrião:

Do ectoderma, originam-se, por exemplo, a epiderme e os epitélios do nariz, da boca,


e do ânus;
Do mesoderme, origina-se o endotélio, epitélio que reviste os vasos sanguíneos;
Do endoderma, originam-se, por exemplo, os epitélios que revistem o tubo digestório
(excepto a boca e o ânus) e a árvore respiratória.

Todos os epitélios encontram-se aceitados sobre tecido conjuntivo. Entre o tecido conjuntivo
e as células epiteliais existe uma estrutura chamada lâmina basal, produzida pelas células
epiteliais e constituída principalmente de colágeno associado a glicoproteínas.

No tecido conjuntivo, logo abaixo da lâmina Basal, pode ocorrer um acúmulo de fibras
reticulares, formando, juntamente com a lâmina, a membrana basal.
7

Figura 1. 2: Esquema de seguimento de pele humana (cores fantasia).

Não há vasos sanguíneos nos tecidos epiteliais. Assim, o oxigénio e os nutrientes chegam ás
células desse tecido por difusão, uma vez que essas substâncias saem de capilares (vasos de
pequeno calibre) localizados no tecido conjuntivo adjacente aos epistílios.
Da mesma forma, resíduos do metabolismo das células epiteliais passam para o tecido
conjuntivo adjacente e são removidos pelos vasos sanguíneos.

2.1.2 Classificação dos tecidos episteliais


Com base em sua estrutura e em sua função, os tecidos epistelais podem ser classificados em
dois grupos, a saber:
Os de revestimento; e
Os glandulares

2.1.2.1 Tecidos epiteliais de revestimento


Os tecidos epiteliais de revestimento podem ser classificados quanto:
a) Ao número de camadas celulares em:
Simples, se tiver uma só camada de células;
Estratificado, se tiver várias camadas de células;
Pseudo-estratificado, se tiver uma camada de células com núcleos em alturas
distintas, dando a falsa impressão de ser formado por mais de uma camada.
b) À forma das células presentes na camada superficial em:
Pavimentoso , se suas células são achatadas;
Cúbico, se é formado por células cúbicas;
Prismático, se suas células são altas, em forma de prisma.
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Classificação dos epitélios Figura Estrutura e funções

Epitélio simples pavimentos Formado por células achatadas e dispostas em uma única camada.

Ocorrem em locais do corpo, onde há protecção mecânica não é


fundamental. É um epitélio que permite passagem de substâncias, sendo e
encontrado nos alvéolos pulmonares (onde encontra as trocas gasosas) e
revestindo os vasos sanguíneos e linfáticos. Nesses vasos recebe o nome
de endotélio

Epitélio simples cubóide (ou Formado por uma só camada de células cúbicas. Ocorre nos túbulos
cúbico) renais, tendo a função básica de obsessão de substâncias úteis presentes na
urina, devolvendo as para o sangue. Na superfície livre das células existe
m invaginações que actuam aumentando a superfície de absorção, de
modo semelhante ao que ocorre com as microvilosidades.

Epitélio simples prismático Formado por uma só camada de células altas, prismáticas. Ocorre
(ou colunar) revestindo o estômago e os intestinos. É comum a presença de glândulas
mucosas unicelulares. Atua na digestão e na absorção de alimentos. Nos
intestinos, a superfície livre das células é rica em microvilosidades, que
aumentam a área de absorção.
9

Epitélio Pseudo- Formado por apenas uma camada de células com alturas diferentes, dando
estratificado pavimentoso falso (pseudo) aspecto de estratificado (ou seja, o falso aspecto de ser
formado por mais uma camada de células.). Ocorre na cavidade nasal, na
tranquéia e nos brônquios, onde possue cílos e glândulas mucosas
unicelulares. O muco aglutina partículas estranhas que penetram no corpo
pelas vias aéreas, e os cílios transportam essas partículas para fora.

Epitélio estratificado Formado por várias camadas de células, das quais apenas as células, das
pavimentoso camadas mais inferiores possuem capacidade de divisão celular (mitose).
A função desse epitélio é basicamente protecção mecânica e protecção
contra a perda de água. Ocorre em áreas de atrito, como na pele e nas
mucosas bucal e vaginal

Epitélio estratificado de Modificação especial do epitélio estratificado pavimentoso, em que o


transição número de células e suas formas variam de acordo com a distinção do
órgão. Ocorre revestindo a bexiga urinária.
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2.1.2.2 Tecidos epiteliais glandulares

As células do tecido epitelial gandular produzem substâncias chamadas secreções, que podem
ser utilizadas em outras partes do corpo ou eliminadas do organismo.

Essas secreções podem ser mucosas, quando espessas e ricas em muco, ou serosas, quando
fluidas e ricas em proteínas. Podem também ser mistas, quando ocorrem secreções mucosas e
serosas juntas.

As glândulas podem ser unicelulares, como a glândula caliciforme ( que ocorre por exemplo,
no epitélio da tranqueia), ou multicelulares, como a maioria das glândulas.

Figura 1. 4: esquema de corte longitudinal de Figura 1. 3: Esquema de corte longitudinal em


glândula caliciforme (unicelular). A secreção que glândula salivar (multicelulares). A secreção que
produz é mucosa produz é mista: mucosa e serosa.

As glândulas multicelulares originam-se sempre dos epitélios de revestimento, por


proliferação de suas células para o interior do tecido conjuntivo subjacente e posterior
diferenciação.

2.1.2.2.1 Tipos de Glândulas multicelulares

Há três (3) tipos de glândulas multicelulares a saber:

Glândulas exócrinas: são quelhas que apresentam a porção secretora associada a dutos que
lançam suas secressões para fora do corpo (como as glândulas sudoríparas, lacrimais,
mamárias e sebáceas) ou para o interior de cavidade do corpo (como as glândulas salivares);
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Glândulas endócrinas: são aquelas que não apresentam dutos associados à porção secretora.
As secreções são denominadas hormônios e lançadas directamente nos vasos sanguíneos ou
linfáticos.

Exemplos: Hipófise, glândula tireóidea, glândulas paratireóideas e glândulas adrenais;

Glândulas mistas: são aquelas que apresentam regiões endócrinas e exócrinas ao mesmo
tempo. É o caso do pâncreas, cuja porção exócrina secreta enzimas digestivas que são
lançadas no duodeno, enquanto a porção endócrina é responsável pela secrecção dos
hormônios insulina e glucagon. Esse hormônios, actuam respectivamente, na redução e no
aumento dos níveis de glicose no sangue.

Figura 1. 5: esquema comparativo da formação das glândulas exócrinas e endócrinas.

2.1.3 Tecidos conjuntivos

Os tecidos conjuntivo tem origem mesodérmica.

Caracterizam se morfologicamente por apresentar diversos tipos de células imersas em


grandes quantidades de material extracelular ou matriz, que é sintetizado pelas próprias
células do tecido.
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A substância extracelular é constituída por um aparte não estruturada, chamada substância


fundamental amorfa (SFA), ou simplesmente substância fundamental, e uma parte
fibrosa, de natureza proteica, que são as fibras do conjuntivo.

Os diferentes tipos de tecidos conjuntivos estão distribuídos pelo corpo, podendo


desempenhar funções de preenchimento de espaçoes entre órgão, função de substêntação,
função de defesa e função de nutrição.

A classificação desses tecidos baseia-se na composição de suas células e na proporção relativa


entre os elementos da matriz extracelular.

2.1.3.1 Tipos de tecidos conjuntivos

Os principais tipos de tecidos conjuntivos são: frouxo, denso, adiposo, reticular ou


hemocitopoético, cartilaginoso e ósseo

Figura 1. 6: Esquema ilustrativo de tecidos conjuntivos


13

2.1.3.1.1 Tecido conjuntivo frouxe

O tecido conjuntivo frouxo preenche espações não-ocupados por outros tecidos, apóia e nutre
células epiteliais, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos e linfáticos. Além disso, faz
parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel em processões de
sicartrização. É o tecido de maior distribuição no corpo humano. Sua substância fundamental
é viscosa e muito hidratada. Esa viscosidade representa, de certa forma, uma barreira contra a
penetração de elementos estranhos no tecido.

As fibras desse tecido estão frouxamente unidas entre si e podem ser de três tipos: elásticas,
reticulares e colágenas.

Figura 1. 7: Esquema das fibras do tecido conjuntivo

As fibras elásticas são formadas por proteínas fibrosas associadas a elastina, e recebem esse
nome em função de sua boa elasticidade.

As fibras colágenas são formadas pela proteína filamentosa colágeno e são muito
resistentes à tração.

As fibras reticulares também são formadas por colágeno, mas são mais finas e podem se
ramificar. Recebem esse nome porque se entrelaçam como se fossem um retículo.

Os principais tipos celulares encontrados nos tecidos conjuntivos são os fibroblástos, que
produzem as fibras e a substância fundamental, e os macrofágos, células com grande
capacidade de fagocitose, que capturam e digerem bactérias e outros elementos estranhos ao
tecido.

2.1.3.2 Tecido conjuntivo denso

No tecido conjuntivo denso há predomíneo de fibroplástos e de fibras colágenas. Dependendo


do modo de organização dessas fibras, esse tecido pode ser classificado em:
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Nâo modelado: Formado por fibraas colágenas dispostas em feixes que não apresentam
orientação fixa. Exemplo: Derme, tecido conjuntivo da pele;
Modelado: foemado por fibras colégenas dispostas em feixes com orientação fixa, dado
ao tecido características de maior resistência à tensão do que a todos tecidos não
modelado e frouxo; ocorre nos tendões.

Figura 1. 8: Esquemas de tecido conjuntivo denso

2.1.3.3 Tecido conjuntivo adiposo

Nesse tecido a substância intercelular é reduzida, e as células, ricas em lipídeos são


denominadas células adiposas. Ocorre principalmente sobre a pele, exercendo funções de
reserva de energia, protecção contra choques mecânicos e isolamento térmico. Ocorre também
so redor de alguns órgão, como os rins e o coração.

Figura 1. 9: Esquema de tecido adiposo


15

2.1.3.4 Tecido conjuntivo reticular

O tecido conjuntivo reticular é constituído por fibras e células reteculares. Tais elementos se
dispõem compondo uma delicada trama, que dá suporte a células formadoras de células do
sangue.

O tecido reticular pode ser encontrado nos órgãos que tem função hemocitopoética (que
forma as células do sangue), representados pela medula óssea vermelha, onde recebe o nome
de tecido mielóide, e órgãos linfáticos, que são as tonsilas (amígdalas), o timo, o balanço e os
linfonodos (gânglios linfáticos), onde recebe o nome de tecido linfóide.

2.1.3.5 Tecido conjuntivo cartilaginoso

O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, apresenta consistência firme, mas não é


rígido como o tecido ósseo. Tem função de sustentação, reveste superfícies articulares
facilitando os movimentos e é fundamental para o crescimento de ossos longos.

Nas cartilagens não há nervos nem vasos sanguíneos. A nutrição das células desse tecido é
realizada por meio dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente.

A cartilagem é encontrada no nariz, nos anéis da tranquéia e dos brônquios, na orelha externa
(pavilhão auditivo), na epiglote e em algumas partes da laringe. No feto, o tecido cartilaginoso
é muito abundante, pois o esqueleto é inicialmente formado por esse tecido que depois é em
grande parte substituído pelo tecido ósseo.

Há dois tipos de células nas cartilagens: os condroblastos, que produzem as fibras e a


substância fundamental e os condrócitos, células com baixa actividade, situadas no interior
de lacunas no tecido.

As fibras presentes nesse tecido são as colágenas e as reticulares.


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Figura 1. 10: Micrografia de corte histológico de cartilagem mostrando condroblastos e


condrócitos.

2.1.3.6 Tecido conjuntivo ósseo

O tecido ósseo tem função de sustentação e ocorre nos ossos do esqueleto dos vertebrados.

É um tecido rígido graças a presença de substância fundamental rica em sais de cálcio, fósforo
e magnésio. Além desses elementos, a matriz é rica em fibras colágenas que fornecem certa
flexibilidade ao osso.

Os principais tipos celulares encontrados nesse tecido são os osteoblastos, que produzem a
matriz, e os osteócitos que ficam em lacunas na matriz e possuem baixa actividade metabólica
17

Figura 1. 11: Micrografias de corte histológico de tecido ósseo mostrando: A – osteoblastos;


B – osteócitos.

.Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos.

Além do tecido ósseio, apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e
cartilaginoso.

Por serem uma estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam sensibilidade, alto
metabolismo e capacidade de regeneração.

Quando um osso é serrado, percebe-se que ele é formado por duas partes: uma sem cavidades,
chamada osso compacto, e outra com muitas cavidades que se comunicam, chamada osso
esponjoso.

Essa classificação é de ordem macroscópica, pois quando essas partes são observadas ao
microscópio nota-se que ambas são formadas pela mesma estrutura histológica.

Nos adultos, essa estrutura é composta de fibras colágenas dispostas em lamenlas paralelas
entre si ou em conjuntos de lamelas concêntricas em torno de um canal central ou canal
interno (canal de havers). Cada conjunto de lamelas ósseas concêntricas ao redor desse
canal chamado sistema de havers.

Os canais de havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com superfície externa
do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, chamados canais perfurantes (canais de
volkmann).
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Por esses canais também passam vasos sanguíneos e nervos.

Figura 1. 12: Esquema da estrutura do osso

O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que pode ser de dois tipos: amarela,
constituída por tecido adiposo, e vermelha, formadora de células do sangue.

2.1.4 Tecidos musculares

Os tecidos musculares são de origem mesodérmica e relacionam-se com a locomoção e outros


movimentos do corpo, como a contracção dos órgãos do tubo digestivo, do coração e das
artérias.

As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou
miócitos.

São ricas em dois tipos de filamentos proteicos: os de actina e os de miosina, responsáveis


pela grande capacidade de contracção e distensão dessas células.

Quando um músculo é estimulado a si contrair, os filamentos de actina deslizam entre os


filamentos de miosina. A célula diminue em tamanho, caracterizando a contracção.
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Figura 1. 13: Esquema dos tipos de tecido muscular

2.1.4.1 Tecido muscular estriado esquelético

É formado por miócitos multinucleados, que possuem, além das estrias longitudinais, estrias
transversais, devido a disposição dos filamentos proteicos. É a presença das estreias
transversais que dá a esse tipo de tecido muscular o nome de estriado. Esse tipo de tecido
ocorre nos músculos esqueléticos, que são os que apresentam contracção voluntárias (que
depende da vontade do individuo).

A célula muscular estriada apresenta miofibrilas, dispostas longitudinalmente no interior da


célula. Cada miofibrila, corresponde a um conjunto de dois tipos principais de
miofilamentos: os de miosina, espenssos e os de actina, finos. Esses miofilammentos estão
originados de tal modo que originam bandas transversais, características das células
musculares estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas.
20

Os filamentos de miosinas formam bandas escuras, chamadas anisotrópicas (banda A), e os


de actina, bandas claras, chamadas isotrópicas (banda I).

No centro de cada banda I aparece uma linha mais escura, chamada linha z. O intervalo entre
duas linhas z consecutivas constituem um miômero ou sarcômero e corresponde a unidade
contráctil da célula muscular.

No centro de cada banda A existe uma faixa mais clara, chamada banda H, bem visível nas
células musculares relaxadas e que vai desaparecendo à medida que a contracção muscular
ocorre.

Figura 1. 14: Esquemas e micrografias electrónicas de transmissão de sarcômero. Um


miócito mede cerca de 30 cm de cumprimento

Na contracção muscular, os miofilamnetos não diminuem de tamanfo, mas os sarcômeros


ficam mais curtos e toda célula muscular se contrai.

O encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos miofilamentos finos


sobre os grossos, havendo maior sobreposição entre eles: a banda I diminui de tamnho, pois
os filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, penetram na banda A e reduzem a
largura da banda H.
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2.1.4.2 Tecido muscular estriado cardíaco

Apresenta miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais. Esse tecido ocorre apenas no
coração e apresenta contracção independente da vontade do indivíduo 8contracção
involuntária).

No músculo cardíaco essa contracção é vigorosa e rítmica.

Essas células musculares são menores e ramificadas, intimamente unidas entre si por
estruturas especializadas e típicas da musculatura cardíaca: os discos intercalares. Neles
existem estruturas de adesão entre células que as mantem unidas mesmo durante o vigoroso
processo de contracção da musculatura cardíaca. Existe também camadas de passagem de
água e iões entre as células, o que facilita a difusão do sinal iónico de uma célula para outra,
determinando uma onda rítmica de contracção das células.

Figura 1. 16: Esquema de corte longitudinal de musculatura


cardíaca Figura 1. 16: Esquema de musculatura cardiáca

As células musculares cardíacas são capazes de auto-estimulação, não dependendo de um


estímulo nervoso para iniciar a contracção. As contracções rítmicas do coração são geradas e
conduzidas por uma rede de células musculares cardíacas modificadas que se localizam, logo
abaixo do endocárdio, tecido que reviste internamente o coração.

Existem numerosas terminações nervosas no coração, mas o sistema nervoso actua apenas
regulando o ritmo cardíaco às necessidades do organismo.
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2.1.4.3 Tecido muscular liso ou não-estriado

Apresenta miócitos mononucleados e somente com estrias longitudinais, motivo pelo qual são
chamados miócitos lisos. Nessas células a contracção é involuntária e lenta. Ocorre nas
artérias, sendo responsável por sua contracção; ocorrem também no esófago, no estômago e
nos intestinos, sendo responsável pelo peristaltismo (ou peristalse) nesses órgãos. Os
movimentos peristálicos são contracções em ondas que deslocam material alimentar dentro
desses órgãos do sistema digestório.

Figura 1. 17: Esquema da estrutura da musculatura lisa. Cada célula muscular mede cerca de
80 a 200u.m de comprimento.

2.1.5 Tecido nervoso

O tecido nervoso tem origem ectodérmica e forma um dos sistemas responsáveis pela
coordenação das funções dos diferentes órgãos: o sistema nervoso ou sistema neural.

No tecido nervoso a substância intercelular praticamente não existe. Os principais


componentes celulares são os neurónios e as células da glia.

As células da glia ou neuróglia são vários tipos celulares relacionadas com a sustentação e a
nutrição dos neurónios, com a produção de mielina e com a fagocitose.

Os neurónios, ou células nervosas, tem a propriedade de receber e transmitir estímulos


nervosos permitindo ao organismo responder as gerações do meio. São células formadas por
um corpo celular ou pericário, de onde partem dois tipos de prolongamento: dendritos e
axónio.
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Os dentritos são prolongamentos ramificados da célula, especializados em receber estímulos,


que também podem ser recebidos pelo corpo celular. O impulso nervoso é sempre transmitido
no sentido de dentrito corpo celular axônimo.

O axónio é uma expressão celular longa e de diâmetro constante, com ramificações em sua
porção final. É uma estrutura especializada na transmissão de impulsos nervosos para outros
neurónios ou para outros tipos celulares, como as células de órgãos efetores (musculares e
glandulares).

Figura 1. 18: Esquema simplificado de nerónios

A membrana de um neurónio em repouso apresenta-se com carga positiva do lado externo


(voltado para fora da célula) e negativa do lado interno (em contacto com o citoplasma da
célula). Quanda essa membrana se encontra em tal situação, diz-se que está polarizada. Essa
diferença de cargas eléctricas é mantida pela bomba de sódio e potássio. Assim separadas, as
cargas eléctricas estabelecem uma energia eléctrica potencial através da membrana: o
potencial de membrana ou potencial de repouso (diferença entre as cargas eléctricas
através da membrana).

Quando um estímulo químico mecânico ou eléctrico chega ao neurónio pode ocorrer a


alteração da permeabilidade da membrana, permitindo grande entrada de sódio na célula e
pequenas sída de potássio dela. Com isso, ocorre uma inversão das cargas ou redor dessa
membrana, que fica despolarizada gerando um potencial de acção. Essa despolarização
propaga-se pelo neurónio caracterizando o impulso nervoso.

Imediatamente após a passagem do impulso, a membrana sofre repolarização, recuperando


seu estado de repouso, e a transmissão do impulso cessa.
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Figura 1. 19: Esquema de um neurónio

Figura 1. 20: Esquema do impulso nervoso nem trecho do axónio

O estímulo que gera o potencial de acção deve ser forte o suficiente para elevar o potencial de
repouso além de determinado valor crítico, que varia entre os diferentes tipos de neurónio.

Esse é o estímulo limiar. Abaixo desse valor o estímulo só provoca alterações locais na
membrana, que logo cessam e não desencadeiam o impulso nervoso.

Qualquer estímulo acima do limiar gera o mesmo potencial de acção que é transmitido ao
longo do neurónio. Assim, não existe variação de intensidade de um impulso nervoso em
função do aumento do estímulo; o neurónio obedece a regra do ``tudo ou nada´´.

Dessa forma, a intensidade das sensações vai depender do número de neurónios


despolarizados e da frequência de impulsos. Imagino queimadura no dedo. Quanto maior a
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área queimada, maior a dor pois mais receptores serão estimulados e mais neurónios serão
despolarizados.

A transmissão do impulso nervoso de um neurónio a outro ou as células de órgãos é realizada


por meio de uma região de ligação especializada denominada sinapse.

O tipo mais comum de sinapse é a química em que as membranas das duas células ficam
separadas por um espaço chamado fenda sináptica.

Na porção terminal do axónio, o impulso nervoso proporciona a liberação de vesículas que


contém mediadores químicos, denominados neurotransmissores. Os mais comuns são
acetilcolina e adrenalina.

Esses neurotransmissores cem na fenda sináptica e dão origem ao impulso nervoso na célula
seguinte. Logo aseguir, os neurotransmissores que estão na fenda sináptica são degradados
por enzimas específicas, cessando seus efeitos.

Figura 1. 21: Esquema de sinapse vista em corte.

Todos os axónios das células nervosas apresentam-se envoltos por dobras únicas ou múltiplas
de células especiais da glia. O conjunto formado por axônio e envoltório é denominado
neurofibra ou fibra nervosa.

As dobras envoltórias do axônio podem derivar de um tipo de neuróglia denominado


ligodendrócito ou das células de schwann, um tipo especial de oligodendrócito.
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Figura 1. 22: Esquema simplificado de um neurónio motor.

Os axónios envoltos por uma única dobra são denominados fibras nervosas ameielínicas.
Nessas fibras, as células envoltórias uenem-se formando uma estrutura contínua, sem
interrupções.

Quando a célula envoltória apresenta várias dobras enroladas em espiral ao redor do axónio,
fala-se em fibra nervosa mielínica. A bainha formada pelo conjunto de dobras envoltórias é
denominado estrato mielítico (bainha de mielina).

O estrato mielítico não é constinuo, sendo interrompido pelos nós neurofibrosos ou nódulos
de ranvier.

A transmissão dos impulsos nervosos é mais rápida nas fibras mielínicas do que nas
amielínicas.
27

Figura 1. 24: Esquema de um segmento de Figura 1. 24: Esquema de seguimentos


fibras nervosas amielínicas de fibras nervosas mielínicas

No sistema nervoso, verifica-se que nos neurónios dispõem-se diferentemente de modo a dar
origem a duas regiões com coloração distinta entre si e que podem ser notadas
macroscopicamente: a substância cinzenta, onde estão os corpos celulares e a substância
branca, onde estão os axónios.

No encéfalo (com excepção do bulho). A substância cinzeta está localizada externamente em


relação à substância branca, e a medula espinhal e no bulbo ocorre o inverso.

Os nervos são conjuntos de fibras nervosas organizadas em feixes, unidos por tecido
conjuntivo denso.

Figura 1. 25: Esquema de um seguimento de medula espinhal e dos nervos espinhais


28

3.0 Sistema digestivo


3.1 Evolução

Os sistemas digestivos evoluíram no sentido do aproveitamento mais eficaz dos elememtos


ingeridos, podendo ser uma simples cavidade ou apresentar diferentes órgãos especializados.

Exemplos:

A hidra apresenta um tubo digestivo com uma única apertura, que funciona como boca e
ânus. Esta abertura permite a entrada de substâncias alimentares e a saída de resíduos da
digestão, o que representa o máximo de eficiência no processo de digestão.

A planária apresenta um tudo, digestivo incompleto com uma única abertura que funciona
como boca e ânus, apresenta uma faringe desenvolvida com uma musculatora e um intestino
como ramificação.

A minhoca apresenta um tudo digestivo completo e um intestino com pregas longitudinais e


dorsais que aumentam a superfície e a absorção do alimento.

O Homem apresenta um tubo digestivo completo. O tubo digestivo compreende a boca, a


faringe, o esófago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e ânus.

Nos ruminantes como por exemplo, o boi, a digestão é completa e muito lenta devido aos
vegetais ingeridos que são ricos em celulose (de difícil digestão).

Figura 1. 26: Cavidade digestiva da hidra e planária


29

3.2 Digestão do homem

O tubo digestivo humano é constituído por boca, esófago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso e ânus.

Figura 1. 27: Tubo digestivo humano

Figura 1. 28: Esquema do sistema digestivo humano


30

3.3 Digestão na Boca

Os elementos são triturados e misturados com a saliva que apresenta enzimas, tal como a
amílase, que inicia a digestão de amido. Assim, forma-se o bolo alimentar, que é deglutido.

O bolo alimentar passa do esófago para o estômago. A mistura dos alimentos como a saliva
actraves da acção dos dentes e da língua resulta numa digestão mecânica. A digestão do
amido pela enzima amílase, transformando-a, em moléculas simples, representam a digestão
química.

3.4 Digestão no estômago

As paredes musculares do estômago realizam novamentos peristálticos e contraem-se,


misturando-se o bolo alimentar com o suco gástrico e o ácido clorídrico. O ácido clor´´idrico
converte o pepsinogénio do suco gástrico em pepsina activa, que mantem o PH óptimo. As
lípases digerem os lípidos transformando-os em ácidos gordos e glicerol. Depois de duas ou
quatro (4) horas, forma-se o quimo que passa do duodeno para o intestino delegado.

3.5 Digestão no intestino Delgado

O quimo proveniente do estômago apresenta uma acidez alevada. No intestino ocorrre a


libertação da bílis para neutralizar a acidez do quimo, completa-se a digestão dos alimentos e
forma-se o quimo, que é absorvido nas vilosidades.

Durante a digestão química ocorre a transformação de moléculas complexas e moléculas


simples por hidrólise e catalisadas por enzimas digestivas. Os polissacarídeos, quando
dirigidos, transformam-se em várias moléculas de monossacarídeos, como por exemplo a
glicose. As proteínas digeridas transformam-se nos aminoácidos que as constituem e os
lípidos transformam-se em ácidos gordos e glicerol.

As enzimas que catalisam estas reacções denominam-se hidrólases.


31

Tabela 1: Principais enzimas digestivas

Local de acção Secreção Enzimas Substrato Produto

Boca Saliva Amilase Amido Maltose

Estômago Suco gástrico Pesina Proteínas Peptídeos

Lipase Lípidos Ácidos gordos e


glicerol

Duodeno Suco Aminalise Amido Maltose


Pancreático
Tripsina Proteína Peptídeos

Lipase Lipidos Ácidos gordos e


glicerol

Intestino Suco etérico Sacarase Sacarose Glicose e


Delegado fructose

Lactase Lactose Glicose e


galactose

Maltase Maltose Glicosse

Peptidases Peptídeos Aminoácidos

Lipases Lípidos Ácidos gordos e


glicerol

3.6 Digestão nos ruminantes

Os mamíferos ruminantes apresentam um intestino maior do que o dos animais com


carnívoros e omnívoros, onde o alimento permanece por muito tempo.

O tubo digestivo é completo, constituído por quatro compartimentos principais: pança ou


rúmen, barrete ou retículo, folhoso ou amaso e coalheira ou abomaso. Neste tudo encontam-se
bactérias que ajudam o metabolismo da celulose.
32

Figura 1. 29: Esquema do trajecto dos alimentos em ruminantes

Figura 1. 30: Tubo digestivo dos ruminantes


33

3.7 Sais minerais e vitaminas

Os sais minerais são substâncias inorgânicas entram no corpo em pequenas quantidades.

Constituem moléculas inorgânicas que fazem parte dos ossos, dos dentes e dos líquidos
corporais.

O cloreto do sódio, presente no sangue, perde-se parcialmente através do suor e da urina.

O potássio e o magnésio participam na contracção muscular e no funcionamento de enzimas.

3.8 Vitaminas

As vitaminas são moléculas essenciais á vida. São reguladores e devem ser incorporados no
organismo em pequenas quantidades para garantir um metabolismo normal.

De acordo com a solubilidade, podem ser lipossolúveis (solúveis em lípidos), como as


votaminas A, D, K, e hidrossolúveis (solúveis em água), como as vitaminas B e C.

Tabela de principais vitaminas


34

3.9 Doenças do sistema digestão

Úlcera - é, em geral uma ferida de difícil cicatrização, em tecido cutâneo ou mucoso. A


úlcera gástica é uma lesão localizada no estômago com destruição de mucosa na parede destes
órgãos, atingindo os vasos sanguíneos, subjacentes. É causada muitas vezes devido a infecção
pela bactéria Helicobacter pylori.

Além da dor, caracteriza-se pelas hemorragias contínuas para dentro do tracto


gastrointestinal.

Gastite - é a inflamação da membrana interna do estômago. Há vários tipos de gastrite,


sendo a bacteriana das mais comuns. A gastrite bacteriana segue-se normalmente a um
infecção por organismo como Helicobacter pylori.. Não se conhecem outras bactérias que
desenvolvam em ambientes nnormalmente ácidos como um do estômago, embora muitos
tipos possam fazê-lo no caso de um estômago não produzir ácido. Este crecimento bacteriano
pode provocar gastrite de forma transitória ou persistente.

Obesidade - é uma doença crónica provocada e acentuada por múltiplos factores, em que a
reserva natural de gordura aumenta de tal modo que provoca certos problemas de saúde. É
resultado do balanço energético positivo, ou seja, a ingestão alimentar é superior ao gasto
energético. Apesar se tratar de uma condição clica individual, é vista, cada vez mais, como
um sério e crescente problema de saúde pública.
35

4.0 Sistema respiratório

Uma das formas do metabolismo celular é a respiração celular, que consiste na oxidação da
molécula da glicose, formando dióxido de carbono e água.

Em alguns animais, as trocas gasosas ocorrem na superfície da pele, em outros, localizam-se


em regiões específicos do corpo, formando órgãos especialiazados nas trocas gasosas.

4.1 Evolução dos sistemas respiratórios

Os protozoários, esponjas, celenterados e platelmites realizam troucas gasosas por


difusão.

Figura 1. 31: Trocas gasosas por difusão

4.2 Respiração cutânea

A respiração cutânea pode ocorrer em animais aquáticos como as esponjas, os celenterados e


os platelmintes aquáticos, assim como em animais terrestres, como minhocas e anfíbios (rã).

O ambiente húmido é importante para a respiração cutânea, pois a superfície da pele deve
estar sempre úmida para permitir a difusão gasosa.

4.3 Respiração branquial

Os peixes e a maioria dos animais aquáticos apresentam brânquias como órgãos respiratórios.
36

As brânquias são estruturas lamelares muito delecadas e vascularizadas, agrupadas por


estruturas ósseas, os arcos branquiais. Em cada arco brânquial existe filamentos branquiasi e
cada filamente possue uma séries de lamelas branquiais onde ocorrem as trocas gasosas.

A água, ao passar etre os filamentos branquiais troca gases (deixa O2 e recebe o CO2) com o
sangue que circula pelos capilares.

Os peixes apresentam brânquias internas que se alojam em cavidades branquiais protegidas


por estruturas denominadas opérculos, que facilitam a ventilação.

Figura 1. 32: Brânquias

4.4 Respiração traqueal

A memória dos artrópodes apresenta tranquias para realizar toucas gasosos

As tranqueias comunicam com o exeterior actraves de espiráculos e tem reforçoas quitinosos


anelares que as mantem sempre abertas. Algumas possuem válvulas.

4.5 Respiração pulmonar

Amaioria dos animais terrestres e todos os vertebrados apresentam pulmões como órgãos que
permite trocas gasosas.

Os pulmões localizam se na caixa toráxica e são limitados lateralmente peãs costelas e


músculos intercostais. Na região inferior são limitados por diafragma ao envolver os pulmões
existem duas membranas pleurais e entre elas circula um liquido lubrificante que perminte
que os pulmões se movimentem sem atritos.
37

As aves e os répteis não apresentam diafragma, por isso, apelas um movimento das costelas
provoca o aumento e diminuição do volume dos pulmões.

Os anfíbios como a rã, não apresentam costelas nem diafragma, por isso tem um mecanismo
especial para encher os pulmões.

Figura 1. 33: Pulmões de vertebrados e pulmões humanos

4.6 Ventilação pulmonar

O mecanismo de entrada e saída do ar nos pulmões denomina-se ventilação e depende apenas


das alterações do volume da caixa torácica e dos pulmões. O aumento deve-se a contracção
dos músculos intercostais e do diafragma (inspiração); a diminuição deve-se à distinsão dos
mesmos músculos e do diafragma (espiração).

Figura 1. 34: Movimentos respiratórios


38

Durante a inspiração, verifica-se o aumento do volume da caixa torácica devido a contracção


dos músculos intercostais, que elevam as costelas e o externo para fora e para cima. O
aumento do volume da caixa torácica provoca a diminuição da pressão do ar dentro dos
peulmões.

O ar entra nos pulmões. Durante a expiração, verifica-se a diminuição do volume da caixa


torácica devido ao relaxamento dos músculos intercostais. Estes movimentam as costelas e o
externo para baixo e para dentro. O diafragma sobe. A diminuição do volume da caixa
torácica aumenta a pressão do ar nos pulmões, fazendo o ar sair.

4.8 Estrutura e função dos alvéolos pulmonares

Figura 1. 35: Hematose nos alvéolos

O sangue venenoso que entra nos capilares alveolares tem uma elevada pressão de CO2
libertado pelos tecidos e uma baixa pressão de oxigénio cedido pelos tecidos. Quando ocorre a
difusão, o O2 difunde-se pelo sangue e o CO2 eliminado

O2 CO2

Ar inspirado 21% 0,03%

Ar expirado 14% 5%
39

O transporte do oxigénio e do dióxido de carbono é feito, em parte, pelos peguimentos


respiratórios.

Estes são moléculas orgânicas constituídas por proteínas e iões metáticos.

Nos animais, os pigmentos respiratórios são os seguintes: hemoglobina, vermelha, localizada


nos glóbulos vermelhos e plasma, e com o ferro como elemento metálico: a hemocianina,
azul, localizada num plasma e com cobre como elemento metálico: a hemocritina, de cor
vermelha, localizada em corpúsculos especias e com o ferro como elemento metálico: e a
clorocruorina, de cor verde localizada no plasma, e com o ferro como elemento metálico.

A hemoglobina é o piguimento transportador mais eficiente porque cada molécula pode


combinar-se simultaneamente com quatro (4) moléculas de oxigénio e separa-se delas
facilmente.

4.9 Transporte de O2

Nas superficies respiratórias, a pressão do oxigénio é menor no sangue do que no ar. Sendo
assim, O2 entra no sangue: A maior parte nas hemácias e uma pequena parte dissolve-se no
plasma.

Nas hemácias, O2 combina-se com a hemoglobina, formando se a oxiemoglobina. A equação


seguinte descre a reacção:

Nos pulmões: ⏟ ⏟

Nos tecidos, a pressão do oxigénio é nula, pois o oxigénio é consumido pelas células.
A relação é reversível: ⏟ ⏟

4.10 Transporte de CO2

O dióxido de carbono pode ser transportado combinado com hemoglobina, formando a


carboemoglobina, ,com apenas 27% de CO2

O CO2 é transportado principalmente sobre a forma de iões bicarbonato ( no plasma


(64%). Os restantes 9% de CO2 são transportados dissolvidos no plasma.
40

Nos tecidos, a tensão em CO2 é alta; o O2 é consumido e é produzido o CO2. Uma parte do
CO2 sai dos capilares e difunde se no plasma e no conteúdo dos glóbulos vermelhos. Apenas
uma pequena parte de dissolve no plasma; outra parte combina-se com a hemoglobina,
formando a carboemobina. Grande parte reage com a água originando ácido carbónico
Este, sendo instável, origina o ião bicarbonato ( , tal como se representa nas
equações seguintes:

⏟ ⏟

⏟ ⏟

Nos pulmões, a tensão em é baixa; as reacções ocorrem de modo inverso.

Nos tecidos, o ião fixa-se a algumas moléculas de hemoglobina, produzindo as a HHb.


Este processo evita que o valor de pH so sangue baixo demasiado.

Nos pulmões, os iões hidrogénio positivo, libertam-se da hemoglobina e reagem com os iões
bicarbonato, o que provoca a libertação de dióxido de carbono:

4.11 Doenças do sistema respiratório

Tuberculose – é uma doença causada por uma bactéria denominada bacilo de koch.
Transmite-se através de espirros, tosse sem protecção ou partilha sem loiça.

Bronquite – é a inflamação dos brônquios, os canais actraves dos quais o ar chega aos
alveiolos. Existem dois tipos, a bronquite aguda , que é causada por vírus ou bactérias e
que dura diversos dias ou semanas, e a bronquite crónica, que dura anos. Esta geralmente
faz parte de um síndrome chamado doença pulmonar obstrutiva crónica.

Cancro do pulmão - a expansão e transformação maligna do tecido pulmonar. É dos tipos


mais letais de cancro. É causado sobre tudo pelo tabaco e afecta mais homens do que
mulheres embora o número de cancro do pulmão em mulheres esteja a aumentar.
41

Asma - é uma doença inflamatória, das vias respiratórias que resulta na redução ou até
mesmo na obstrução no fluxo de ar. Está relacionada com factores genéticos e ambientais que
se manifestam através de crises de falta de ar.

Pneumonia – é provocada pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias,


vírus, fungos e por reacções alérgicas) no espaço aleolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse
local deve estar sempre limpo, livre de substâncias que possam impedir o contactar do ar com
o sangue.

Para manter a saúde do sistema tespiratório, é de máxima importância evitar o tabaco, evitar o
fumo e lugares fechados e praticar exercício físico.

5.0 Sistema circulatório

Os animais precisam realizar intensas troucas de substâncias com o meio que os rodeia, pois
todas as suas células podem sobreviver, devem receber nutrientes e o oxigénio e eliminar
dióxido de carbono e substâncias tóxicas resultantes do metabolismo celular.

5.1 Funções do sistema circulatório

As funções do sistema circulatório são:

Transporte de nutrientes;
Transporte de oxigénio obtido na respiração e do dióxido do carbono até ao local da
sua eliminação;
Remoção de excreções;
Transporte de hormonas;
Transporte de células sanguíneas e de anticorpos do sistema imunitário que destroem
os agentes patogénicos que existem no corpo.

5.2 Evolução dos sistemas circulatórios

Nos animais mais simples, como esponjas, celenterados platelmintes e nematelmintes, não
existe sistema circulatório definido. Nos menos desenvolvidos, as trocas de substâncias com o
meio, bem como o transporte a nível interno, efectuam-se por difusão. Nos platelmintes como
a planária, o fluido existente na cavidade digestiva muito ramificada atinge todas as regiões
do corpo e as substâncias difundem-se rapidamente para as células. Nos celenterados, as
contracções da cavidade gastrovascular provocam a deslocação do alimento, distribuindo-o
por todas as células do corpo.
42

Nos nematelmintes, o pseudoceloma permite que o líquido nele existente chegue às células do
corpo. Nos anelídeos, existe um sistema circulatório constituído por dois vasos, um ventral e
outro dorsal, que estabelecem comunicação entre si através dos capilares e corações laterais
que impulsionam o líquido circulatório.

Na figura seguinte representa-se o sistema circulatório de um anelídeo (minhoca).

Nos artrópodes, o sistema circulatório é aberto e constituído por um coração alongado, e em


posição dorsal e que apresenta uma série de dilatações contrácteis. O líquido circulatório é
bombeado pelo coração e flui do coração através do vaso sanguíneo, a aorta dorsal.

Depois de permanecer no corpo, o líquido circulatório (hemolinfa) regressa ao coração, onde


penetra através de orifícios laterais designados por ostíolos, graças aos movimentos dos
músculos do corpo.

A figura seguinte ilustra o sistema circulatório de um artrópode (insecto).


43

Nos vertebrados, o sistema circulatório é constituído por coração e vasos sanguíneos.

5.3 O coração

O coração é um órgão que funciona como uma bomba que põe o sangue em movimento. O
seu constituinte fundamental é o tecido muscular cardíaco que forma o miocárdio.

A superfície exterior é recoberta pelo pericárdio. As cavidades cardíacas estão revestidas pelo
endocárdio.

A figura seguinte mostra a constituição do coração de um mamífero.


44

5.4 Vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos são de três tipos: artérias, veias e capilares.

As artérias são vasos onde o sangue circula, afastando-se do coração (levam o sangue do
coração para todas as células); as veias são vasos onde o sangue circula no sentido de
aproximação (trazem o sangue ao coração).

As artérias ramificam-se em arteríolas e estas em capilares arteriais que se prolongam pelos


capilares venosos, que se refinem em vénulas e estas, por sua vez, em veias.

Os capilares são muito finos e permitem a intercomunicação entre as arteríolas e as vénulas e


estas em veias. E ao nível dos capilares que se dão as trocas de produtos entre o sangue e a
linfa que banha as células. Há diferenças estruturais entre os vasos sanguíneos.

Artérias – são os vasos sanguíneos que possuem paredes mais espessas e mais fortes,
constituídas por três camadas ou túnicas:

Túnica interna ou intima (constituída pelo endotélio – uma camada de tecido epitelial
de revestimento);
Túnica média (constituída por tecido muscular liso e tecido conjuntivo elástico);
Túnica externa ou adventícia.
Devido sua grande elasticidade, o sangue flui suavemente por elas, em vez de fluir em
jactos.

Veias – apresentam as três túnicas: a túnica média é menos espessa e menos elástica do que a
das artérias. O diâmetro em corte transversal das veias é major do que nas artérias
correspondentes.

As grandes veias apresentam válvulas que obrigam o sangue a circular num único sentido.

Capilares – possuem paredes constituídas por uma única camada de células (endotélio). Nos
capilares, o sangue move-se lentamente. Durante esse movimento realizam-se as trocas entre
o sangue e os tecidos circundantes, por difusão.

A figura seguinte mostra os três tipos principais de vasos sanguíneos.


45

5.5 Doenças do sistema circulatório

As doenças cardiovasculares são um conjunto de problemas que atingem o coração e os vasos


sanguíneos, e que surgem com a idade, normalmente relacionadas a hábitos de vida poucos
saudáveis, como alimentação rica em gordura e falta de atividade física, por exemplo. No
entanto, as doenças cardiovasculares também podem ser diagnosticadas logo ao nascimento,
como é o caso das cardiopatias congênitas.

Além disso, as doenças cardiovasculares podem acontecer como consequências de infecções


por vírus, fungos ou bactérias, que provocam a inflamação do coração, como no caso da
endocardite e da miocardite.

É importante que as doenças cardiovasculares sejam devidamente tratadas pois, além de


provocarem sintomas desconfortáveis, como falta de ar, dor no peito ou inchaço no corpo,
também são principal causa de morte no mundo.

5.5.1 Hipertensão

A hipertensão é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, normalmente acima de 130 x


80 mmHg, o que pode influenciar no bom funcionamento do coração. Essa situação pode
acontecer devido ao envelhecimento, falta de exercício, aumento do peso ou consumo
46

excessivo de sal, por exemplo no entanto a hipertensão também pode acontecer como
consequência de outras situações, como diabetes ou doenças renais, por exemplo.

O aumento da pressão arterial normalmente não causa sintomas, mas em alguns casos pode
ser percebido por meio de alguns deles, como tontura, dor de cabeça, alterações na visão e dor
no peito, por exemplo. S

Tratamento: é recomendado fazer seguimento da hipertensão com um clínico geral ou


cardiologista, pois pode ser necessário fazer uso de medicamentos, além de uma dieta pobre
em sal.

É importante também praticar atividades físicas, evitar fumar, beber pelo menos 2 litros de
água por dia e verificar a pressão regularmente. Caso a pressão continue alta mesmo com o
tratamento recomendado, é indicado voltar ao cardiologista para que possa ser feita uma nova
avaliação e o tratamento modificado.

5.5.2 Infarto agudo do miocárdio

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), ou ataque cardíaco, acontece devido à interrupção da


passagem de sangue para o coração, na maioria das vezes devido ao acúmulo de gordura nas
artérias do coração. O sintoma mais característico do infarto é a dor muito intensa no peito
que pode irradiar para o braço, mas também pode haver tonturas, suores frios e mal estar.

Tratamento: em casos de suspeita de infarto é recomendado procurar ajuda médica o mais


rápido possível para que seja iniciado o tratamento com medicamentos que impedem a
formação de coágulos e favorecem o fluxo sanguíneo. Em alguns casos pode até ser
necessária cirurgia de emergência. Entenda como é feito o tratamento para o infarto.

Após o tratamento de urgência, é importante seguir as orientações médicas, tomar


regularmente os remédios prescritos e adotar hábitos saudáveis, como a prática regular de
atividades físicas e a dieta pobre em alimentos gordurosos e rica em frutas e vegetais.
47

5.5.3 Insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca é mais comum em pessoas que possuem pressão alta, o que pode
levar ao enfraquecimento do músculo cardíaco e, consequentemente, dificuldade para
bombear o sangue para o corpo. Os principais sintomas associados à insuficiência cardíaca
são cansaço progressivo, inchaço nas pernas e nos pés, tosse seca à noite e falta de ar.

Tratamento: deve ser indicado pelo cardiologista, mas normalmente é feito com o uso de
medicamentos para diminuir a pressão, como o Enalapril e Lisinopril, por exemplo,
associados a diuréticos, como a Furosemida. Além disso, é recomendada a prática regular de
exercícios, quando devidamente indicada pelo seu cardiologista, e diminuir o consumo de sal,
controlando a pressão e, consequentemente, evitando Descompensar o coração.

5.5.4 Cardiopatia congênita

As cardiopatias congênitas são aquelas em que o coração sofre alterações durante o processo
de desenvolvimento ainda durante a gestação, o que pode resultar em alterações na função do
coração que já nascem com o bebê. Essas cardiopatias podem ser identificada ainda no útero
materno, por meio do ultrassom e do ecocardiograma e pode ser leve ou grave.

Tratamento: varia de acordo com a gravidade, sendo recomendado, no caso das cardiopatias
congênitas graves, a realização de cirurgia ou transplante de coração logo no primeiro ano de
vida. No caso das cardiopatias leves, o tratamento é feito com o objetivo de aliviar os
sintomas, podendo ser indicado pelo cardiologista o uso de medicamentos diurético e
betabloqueadores, por exemplo, para regular a frequência cardíaca.

5.5.5 Endocardite

A endocardite é a inflamação do tecido que reveste internamente o coração, sendo


normalmente causada por uma infecção, normalmente por fungos ou bactérias. Apesar da
infecção ser a principal causa de endocardite, essa doença também pode acontecer como
consequência de outras doenças, como câncer, febre reumática ou doenças autoimunes, por
exemplo.
48

Os sintomas da endocardite surgem ao longo do tempo, podendo haver febre persistente, suor
em excesso, pele pálida, dor nos músculos, tosse persistente e falta de ar. Em casos mais
graves, pode ainda ser percebida a presença de sangue na urina e perda de peso.

Tratamento: a principal forma de tratamento para endocardite é o uso de antibióticos ou


antifúngicos para combater o microrganismo responsável pela doença, devendo o tratamento
ser feito conforme a orientação do cardiologista. Além disso, pode ser necessária a realização
da troca da válvula acometida.

5.5.6 Arritmias cardíacas

A arritmia cardíaca corresponde à alteração dos batimentos cardíacos, o que pode tornar os
batimentos mais rápidos ou mais lentos, resultando em sintomas como cansaço, palidez, dor
no peito, suor frio e falta de ar, por exemplo.

Tratamento: varia de acordo com os sintomas apresentados, mas possui como objetivo
regular os batimentos cardíacos. Assim, pode ser indicado o uso de medicamentos, como a
Propafenona ou o Sotalol, por exemplo, desfibrilação, implante de marcapasso ou realização
de cirurgia de ablação. Entenda como é feito o tratamento para arritmia cardíaca.

É importante também evitar o consumo de álcool, drogas e bebidas com cafeína, por exemplo,
pois podem alterar o ritmo cardíaco, além de praticar atividades físicas regulares e ter uma
alimentação balanceada.

No nosso podcast, o Dr. Ricardo Alckmin, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia,


esclarece as principais dúvidas sobre a arritmia cardíaca:

5.5.7 Angina

A angina corresponde à sensação de peso, dor ou aperto no peito e acontece geralmente


quando há diminuição do fluxo de sangue para o coração, e que é mais comum em pessoas
acima dos 50 anos, que possuem pressão alta, diabetes descompensada ou que possuem
hábitos de vida pouco saudáveis, resultando na interrupção do fluxo sanguíneo devido ao
acúmulo de gordura nos vasos. Conheça os principais tipos de angina.
49

Tratamento: deve ser orientado pelo cardiologista de acordo com o tipo de angina, podendo
ser recomendado repouso ou uso de medicamentos para controlar os sintomas, melhorar o
fluxo sanguíneo, regular a pressão arterial e evitar a formação de coágulos.

5.5.8 Miocardite

A miocardite é a inflamação do músculo cardíaco que pode acontecer devido a infecções no


organismo, podendo acontecer durante uma infecção por vírus ou quando há uma infecção
avançada por fungos ou bactérias. Essa inflamação pode levar a diversos sintomas em casos
mais graves, como por exemplo dor no peite, batimento cardíaco irregular, cansaço excessivo,
falta de ar e inchaço nas pernas, por exemplo.

Tratamento: normalmente a miocardite é solucionada quando a infecção é curada por meio


do uso de antibióticos, antifúngicos ou antivirais, no entanto caso os sintomas da miocardite
permaneçam mesmo após o tratamento da infecção, é importante consultar o cardiologista
para iniciar um tratamento mais específico, podendo ser recomendado o uso de medicamentos
para reduzir a pressão, diminuir o inchaço e controlar os batimentos cardíacos.

5.5.9 Valvulopatias

As valvulopatias, também chamadas de doenças das válvulas cardíacas, aparecem com mais
frequência em homens a partir dos 65 anos e mulheres a partir dos 75 anos e acontece devido
ao acúmulo de cálcio nas válvulas do coração, dificultando o fluxo sanguíneo devido ao seu
endurecimento.

Em alguns casos, os sintomas de valvulopatia podem demorar a aparecer, no entanto alguns


sintomas que podem indicar problemas nas válvulas cardíacas são dor no peito, sopro no
coração, cansaço excessivo, falta de ar e inchaço nas pernas e nos pés, por exemplo.

Tratamento: é feito de acordo com a válvula que foi atingida e o grau de comprometimento,
podendo ser indicado o uso de medicamentos diuréticos, antiarrítmicos ou, até, mesmo a
substituição da válvula através de cirurgia.
50

5.6 Como prevenir as doenças cardiovasculares

Algumas dicas que ajudam a prevenir o desenvolvimento de doenças cardiovasculares são:

Deixar de fumar;
Controlar a pressão arterial, o nível de açúcar e a quantidade de gordura no sangue;
Ter uma alimentação saudável, evitando gorduras e comendo mais verduras, frutas e
cereais;
Praticar exercício físico regular, pelo menos 30-60 minutos, 3-5 vezes por semana;
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
Além disso, para as pessoas que estão acima do peso, é recomendado emagrecer, pois
está comprovado que o acúmulo de gordura é muito prejudicial para a saúde
cardiovascular.
51

6.0 Conclusão
Concluímos que Histologia é formada por duas palavras, a saber: histo que significa tecido e
lógia que significa estudo e que aAlguns tecidos são formados por células que possuem a
mesma estrutura, outros são formados por células que tem diferentes formas e funções, mas
que juntas colaoram na realização de uma função geral maior.
Os tecidos dos animais superiores podem ser classificados em quatro (4) tipos principais:
Tecidos epiteliais, Tecidos conjuntivos, Tecido nervoso e Tecidos musculares;
Os sistemas digestivos evoluíram no sentido do aproveitamento mais eficaz dos elememtos
ingeridos, podendo ser uma simples cavidade ou apresentar diferentes órgãos especializados.
O tubo digestivo humano é constituído por boca, esófago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso e ânus.
O bolo alimentar passa do esófago para o estômago. A mistura dos alimentos como a saliva
actraves da acção dos dentes e da língua resulta numa digestão mecânica. A digestão do
amido pela enzima amílase, transformando-a, em moléculas simples, representam a digestão
química.
O quimo proveniente do estômago apresenta uma acidez alevada. No intestino ocorrre a
libertação da bílis para neutralizar a acidez do quimo, completa-se a digestão dos alimentos e
forma-se o quimo, que é absorvido nas vilosidades.
Os mamíferos ruminantes apresentam um intestino maior do que o dos animais com
carnívoros e omnívoros, onde o alimento permanece por muito tempo.
O tubo digestivo é completo, constituído por quatro compartimentos principais: pança ou
rúmen, barrete ou retículo, folhoso ou amaso e coalheira ou abomaso
Doenças do sistema digestão, Úlcera , Gastite, Obesidade
No Sistema respiratório, uma das formas do metabolismo celular é a respiração celular, que
consiste na oxidação da molécula da glicose, formando dióxido de carbono e água
Doenças do sistema respiratório Tuberculose, Bronquite, Cancro do pulmão e as Doenças do
sistema circulatório
As doenças cardiovasculares são um conjunto de problemas que atingem o coração e os vasos
sanguíneos, e que surgem com a idade, normalmente relacionadas a hábitos de vida poucos
saudáveis, como alimentação rica em gordura e falta de actividade física
52

7.0 Referências Bibliográficas

MANJATE, Maria Amália; ROMBE, Maria Clara. Biologia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª
Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.

LOPES, Sônia. BIO: Introdução à Biologia e Origem da vida, Citologia, Reprodução,


Embriologia, Histologia, Seres vivos, Genética, Evolução e Ecologia. 1ª edição, SARAIVA
S. A – Livreiros Editores, São Paulo, 2004.

JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro, Guanabara


Koogan, 1990.

NETTER, F.H. Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre, Artes Médicas, 1996.

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