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ASPECTOS
MORFOFUNCIONAIS
ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
SUMÁRIO
UNIDADE I .................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO A ANATOMIA E SISTEMAS ESQUELÉTICOS, ARTICULAR E MUSCULAR .. 4
1.1 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL, POSIÇÕES E PLANOS ANATÔMICOS .... 4
1.2 SISTEMA ESQUELÉTICO .................................................................................... 7
1.3 SISTEMA ARTICULAR .......................................................................................15
1.4 SISTEMA MUSCULAR ...................................................................................... 20
1.5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS SISTEMAS ESQUELÉTICO, ARTICULAR E
MUSCULAR .......................................................................................................... 23
UNIDADE II ................................................................................................................. 26
SISTEMA CARDIORESPIRATÓRIO ............................................................................. 27
2.1 SISTEMA CARDIOVASCULAR ........................................................................... 27
2.2 SISTEMA CIRCULATÓRIO ................................................................................ 30
2.3 SISTEMA RESPIRATÓRIO ................................................................................ 32
2.4 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS SISTEMAS CARDIOVASCULAR, CIRCULATÓRIO E
RESPIRATÓRIO I ................................................................................................... 37
2.5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS SISTEMAS CARDIOVASCULAR, CIRCULATÓRIO E
RESPIRATÓRIO II .................................................................................................. 38
UNIDADE III ................................................................................................................ 41
SISTEMA DIGESTÓRIO E URINÁRIO .......................................................................... 42
3.1 SISTEMA DIGESTÓRIO ..................................................................................... 42
3.2 GLÂNDULAS ANEXAS AO SISTEMA DIGESTÓRIO ............................................. 44
3.3 SISTEMA URINÁRIO .........................................................................................51
3.4 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS SISTEMAS DIGESTÓRIO ................................. 55
3.5 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS SISTEMAS URINÁRIO ..................................... 56
UNIDADE IV ................................................................................................................ 59
SISTEMA GENITAL E NERVOSO ............................................................................... 60
4.1 SISTEMA GENITAL MASCULINO E FEMININO ................................................... 60
4.2 SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO ................................................. 65
4.3 TIPOS DE CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO .................................................... 70
4.4 PATOLOGIAS ASSOCIADAS AOS SISTEMAS GENITAL MASCULINO E FEMININO 71
4.5 PATOLOGIA ASSOCIADA AO SISTEMA NERVOSO – PARKINSON ....................... 72
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 74
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UNIDADE I
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Posições Anatômicas
As descrições de qualquer região ou de qualquer parte do corpo assumem que o
mesmo esteja em uma posição específica, chamada de posição anatômica. Nessa
posição, a pessoa está ereta, olhando para o observador, com a cabeça na posição
horizontal e os olhos voltados diretamente para a frente. Os pés estão plantados no solo
e dirigidos para a frente, enquanto os braços estão esticados, em cada lado, com as
palmas voltadas para a frente. (Fig. 3)
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Dois termos descrevem um corpo reclinado. Se o corpo estiver com a face para
baixo, ele está na posição de pronação ou decúbito ventral; se estiver com a face voltada
para cima, está na posição de supinação ou decúbito dorsal.
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Estrutura do osso
Um osso longo comum é constituído pelas seguintes partes (Fig. 5):
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Tipos de ossos
Quase todos os ossos do corpo podem ser classificados em cinco tipos principais
com base na forma: longo, curto, plano, irregular e sesamóide.
1. Os ossos longos têm maior comprimento do que largura, consistem em uma
diáfise e uma quantidade variável de extremidades e são ligeiramente
encurvados para maior resistência. Exemplos são o fêmur (osso da coxa), a
tíbia e a fíbula (ossos da perna), o úmero (osso do braço), a ulna e o rádio (ossos
do antebraço) e as falanges (dedos das mãos e dos pés).
2. Os ossos curtos são um tanto cubóides são quase iguais em comprimento e
largura. Exemplos de ossos curtos são os ossos carpais (do punho) (exceto o
piriforme, que é um osso sesamóide), e os ossos tarsais (do tornozelo) (exceto
o calcâneo, que é um osso irregular).
3. Os ossos planos geralmente são finos e compostos por duas lâminas quase
paralelas de tecido ósseo compacto, incluindo uma camada de tecido ósseo
esponjoso. Os ossos planos proporcionam proteção considerável e fornecem
áreas extensas para fixação muscular. Os ossos planos incluem os ossos do
crânio, que protegem o encéfalo, o esterno e as costelas, que protegem os
órgãos no tórax e as escápulas.
4. Os ossos irregulares possuem formas complexas e não são agrupados em
quaisquer das três categorias anteriores. Esses ossos incluem os ossos da
coluna vertebral, certos ossos da face e o calcâneo.
5. Os ossos sesamóides desenvolvem-se em certos tendões, nos quais há atrito
considerável, tensão e estresse físico, como nas palmas das mãos e plantas
dos pés. Podem variar em número de pessoa para pessoa, nem sempre se
ossifica completamente e, em geral, medem apenas uns poucos milímetros de
diâmetro. Exceções perceptíveis são as duas patelas, os maiores ossos
sesamóides, localizada-se no tendão do músculo quadríceps femoral.
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Ossos do crânio
O crânio é constituído com 22 ossos, repousa na extremidade superior da coluna
vertebral. Os ossos da cabeça são agrupados em duas categorias: os ossos do crânio e
os ossos da face. Os ossos do crânio formam a cavidade do crânio, que envolve e protege
o encéfalo. (Fig.7)
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Ossos do Tórax
O termo tórax refere-se a toda região do peito. A parte esquelética do tórax, a
caixa torácica, é uma armação óssea, formada pelo esterno, cartilagens costais,
costelas e corpos das vértebras torácicas. (Fig. 10)
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Cada membro inferior possui 30 ossos em quatro locais — (1) o fêmur, na coxa; (2)
a patela; (3) a tíbia e a fíbula, na perna e (4) os 7 ossos tarsais, no tarso (tornozelo), 5 ossos
metatarsais, no metatarso encontram-se as 14 falanges (ossos dos dedos) no pé.
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• Articulações fibrosas: não existe cavidade articular e os ossos são unidos por
tecido conjuntivo denso não modelado, rico em fibras colágenas.
• Articulações cartilagíneas: não existe cavidade articular e os ossos são unidos
por cartilagem.
• Articulações sinoviais: os ossos que formam a articulação têm uma cavidade
articular (sinovial), são unidos por tecido conjuntivo denso não modelado de
uma cápsula articular, frequentemente, por ligamentos acessórios. (Fig. 13)
Articulação Fibrosa
As articulações fibrosas não possuem uma cavidade articular (sinovial), e os
ossos da articulação são unidos, muito compactamente, por tecido conjuntivo denso não
modelado. As articulações fibrosas permitem pouco ou nenhum movimento. Os três
tipos de articulações fibrosas incluem as suturas, as sindesmoses e as membranas
interósseas.
• Suturas: sutura é uma articulação fibrosa composta por uma fina camada de
tecido conjuntivo denso não modelado; as suturas ocorrem apenas entre os
ossos do crânio. Um exemplo é a sutura coronal, entre o parietal e os frontais;
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Articulação Cartilagíneas
Como uma articulação fibrosa, a articulação cartilagínea não possui uma
cavidade articular (sinovial) e permite pouco ou nenhum movimento. Aqui, os ossos da
articulação são firmemente unidos por cartilagem hialina ou por fibrocartilagem. Os
dois tipos de articulações cartilagíneas são as sincondroses e as sínfises.
• Sincondroses: sincondrose é uma articulação cartilagínea na qual o material
de conexão é cartilagem hialina. Um exemplo de sincondrose é a cartilagem
epifisial, que une a epífise e o corpo (diáfise) de um osso em crescimento.
• Sínfises: sínfise (= crescendo junto) é uma articulação cartilagínea em que as
extremidades dos ossos das articulações são recobertas por cartilagem
hialina, porém um disco plano largo de fibrocartilagem une os ossos. Todas as
sínfises ocorrem na linha mediana do corpo. A sínfise púbica entre as faces
anteriores dos ossos do quadril é um exemplo.
Articulação Sinovial
As articulações sinoviais têm certas características que as distinguem das
demais articulações. A característica única de uma articulação sinovial é a presença de
um espaço chamado de cavidade articular (sinovial) entre os ossos da articulação.
Como a cavidade articular permite que uma articulação execute movimentos
com ampla liberdade, todas as articulações sinoviais são classificadas funcionalmente
como diartroses. Os ossos em uma articulação sinovial são recobertos por uma lâmina
de cartilagem hialina, chamada de cartilagem articular.
Cápsula Articular
Uma cápsula articular, semelhante a um manguito, envolve uma articulação
sinovial, circunda a cavidade articular e une os ossos da articulação. A cápsula articular
é composta por duas camadas, uma cápsula fibrosa externa e uma membrana sinovial
interna.
A membrana sinovial, secreta líquido sinovial, um líquido amarelo claro viscoso,
assim chamado por sua similaridade na aparência e na consistência com a clara de ovo
crua. O líquido sinovial consiste em ácido hialurônico, secretado por células semelhantes
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Revisão do Conteúdo
• O nosso corpo se organiza em níveis estruturais, iniciam-se em átomos,
moléculas, células, tecidos, órgãos, sistemas e organismo;
• Para análise das estruturas do corpo, o mesmo deve estar em posição
anatômica, mas também temos a posição de supinação ou decúbito dorsal e
pronação ou decúbito ventral;
• Podemos realizar várias secções as quais recebem nomes diferentes como:
plano ou corte sagital ou mediano, frontal ou coronal, transversal ou horizontal
/ axial e o corte oblíquo;
• O sistema esquelético possui um total de 206 ossos, divididos em dois grandes
grupos, o esqueleto axial e o esqueleto apendicular, onde ambos os esqueletos
estão ligados entre si pela cintura escapular ou cintura pélvica;
• Esqueleto axial: crânio (e face), coluna vertebral e tórax;
• Esqueleto apendicular: membros superiores e membros inferiores;
• Os ossos podem ser classificados em longos, curtos, planos, irregulares e
sesamóide;
• Temos três tipos de articulações: fibrosas, cartilaginosas e as sinoviais que
diferem em estrutura e função;
• Os músculos também são classificados em três: músculo estriado esquelético,
músculo estriado cardíaco e músculo liso.
• As doenças estudadas foram: osteoporose, artrite reumatoide e distrofia
muscular de Duchenne.
Bons Estudos!
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UNIDADE II
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SISTEMA CARDIORESPIRATÓRIO
2.1 SISTEMA CARDIOVASCULAR
Coração
O sangue precisa ser constantemente bombeado ao longo dos vasos sanguíneos
do corpo, de modo que consiga chegar a todas as células e realizar a troca de materiais.
O estudo científico do coração normal e das doenças associadas é a cardiologia.
Apesar de toda a sua força, o coração é relativamente pequeno,
aproximadamente do mesmo tamanho (mas não da mesma forma) de um punho fechado.
O coração repousa sobre o diafragma, próximo da linha mediana da cavidade torácica,
no mediastino, uma região anatômica que se estende do esterno até a coluna vertebral,
da primeira costela até o diafragma e entre os pulmões. (Fig.17)
Pericárdio
A membrana que envolve e protege o coração é o pericárdio. O pericárdio limita o
coração à sua posição no mediastino, enquanto permite liberdade suficiente de
movimento para contração vigorosa e rápida. O pericárdio consiste em duas partes
principais: (1) o pericárdio fibroso e (2) o pericárdio seroso. O pericárdio fibroso,
superficial, é um tecido conjuntivo denso não modelado, resistente e inelástico.
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Valvas do Coração
Conforme cada câmara do coração se contrai, empurra um volume de sangue para
o ventrículo ou para fora do coração por uma artéria. As valvas se abrem e se fecham em
resposta às alterações de pressão quando o coração se contrai (sístole) e relaxa
(diástole). Cada uma das quatro valvas ajudam a assegurar o fluxo unidirecional do
sangue, abrindo-se para deixar passar o sangue e fechando-se para evitar seu refluxo.
Valvas Atrioventriculares
Como estão localizadas entre um átrio e um ventrículo, as valvas são denominadas
valvas atrioventriculares, bicúspide (átrio e ventrículo direito) e tricúspide (átrio e
ventrículo esquerdo). (Fig. 20)
Figura 20- Cavidade do Coração
Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/32596537
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ATP. Ao mesmo tempo, essas reações liberam dióxido de carbono (CO2). Como uma
quantidade excessiva de CO2 produz acidez, que é tóxica para as células, o excesso de
CO2 deve ser eliminado rápido e eficientemente. Os sistemas circulatório e respiratório
cooperam para fornecer e eliminar CO2. O sistema respiratório é responsável pela troca
gasosa — captação de O2 e eliminação de CO2 — e o sistema circulatório transporta
sangue, contendo gases, entre os pulmões e as células do corpo.
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Nariz
O nariz é dividido em partes, externa e interna. A parte externa do nariz é a parte
visível na face e consiste em um arcabouço de sustentação de osso e cartilagem hialina,
recoberto com músculo e pele, revestido por uma túnica mucosa. A parte interna do nariz
é uma grande cavidade além do vestíbulo do nariz, na face anterior do crânio, situando-
se inferiormente ao osso nasal e superiormente à boca; é revestida com músculo e
túnica mucosa.
As estruturas interiores da parte externa do nariz possuem três funções: (1)
aquecimento, umedecimento e filtração do ar que entra no nariz; (2) detecção dos
estímulos olfatórios (odor) e (3) modificação das vibrações da fala, à medida que
passam pelas grandes câmaras ocas de ressonância. Ressonância refere- se ao
prolongamento, amplificação ou modificação do som, por meio de vibração.
Faringe
A faringe, ou garganta, é um tubo afunilado medindo aproximadamente 13 cm de
comprimento, que começa nos coanos e se estende até o nível da cartilagem cricóidea,
a cartilagem mais inferior da laringe (caixa de voz). Sua parede é composta de músculos
esqueléticos e é revestida por túnica mucosa. A contração dos músculos esqueléticos
auxilia na deglutição.
A faringe funciona como uma passagem para o ar e o alimento, fornece uma
câmara de ressonância para os sons da fala e aloja as tonsilas, que participam nas
reações imunológicas contra invasores estranhos. A faringe é dividida em três regiões
anatômicas: (1) parte nasal da faringe (nasofaringe); (2) parte oral da faringe (orofaringe)
e (3) parte laríngea da faringe (laringofaringe).
Laringe
A laringe, ou caixa de voz, é uma passagem curta, que conecta-se à parte
mediana do pescoço, anteriormente ao esôfago, é a 4ª até a 6ª vértebra cervical (C4-C6).
A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagem. Três ímpares (cartilagem
tireóide-a, epiglote e cartilagem cricóidea) e três em pares (cartilagem aritenóidea,
cuneiforme e corniculada).
A cartilagem tireóidea (pomo-de-Adão), serve como proteção às cordas vocais.
A epiglote é um pedaço folheado grande de cartilagem elástica, recoberta por epitélio.
Durante a deglutição, a faringe e a laringe se elevam. A elevação alarga a faringe para
receber alimento ou líquido; a elevação da laringe faz com que a epiglote se mova para
baixo, formando uma tampa sobre a glote, fechando-a.
A glote consiste em um par de pregas da túnica mucosa, das pregas vocais
(pregas vocais verdadeiras), na laringe há um espaço entre elas, chamado de rima da
glote. (Fig. 25)
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Traqueia
A traqueia é uma passagem tubular para o ar, medindo aproximadamente 12 cm
de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Está localizada anteriormente ao esôfago e
estende-se da laringe até a margem superior da quinta vértebra torácica (T5), na qual se
divide em brônquios principais direito e esquerdo.
Dos 16 a 20 anéis horizontais incompletos de cartilagem hialina assemelham-se
à letra C e estão empilhados um em cima do outro. Os sólidos anéis da cartilagem, em
forma de C, fornecem um suporte semirrígido, de forma que a parede da traqueia não
colapsa internamente (em especial durante a inspiração) e não obstrui a via
respiratória.
Brônquios
Na margem superior da quinta vértebra torácica, a traquéia divide-se em
brônquio principal direito, que vai para o pulmão direito, e em brônquio principal
esquerdo, que vai para o pulmão esquerdo. O brônquio principal direito é vertical, mais
curto e largo do que o esquerdo.
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Pulmões
Os pulmões são órgãos coniformes pareados, situados na cavidade torácica. São
separados um do outro pelo coração e por outras estruturas do mediastino, que divide
a cavidade torácica em duas câmaras anatomicamente distintas.
Cada pulmão é envolvido e protegido por uma túnica serosa bilaminada, chamada
de pleura. A lâmina superficial é chamada de pleura parietal, reveste a parede da
cavidade torácica; a lâmina profunda é denominada de pleura visceral, recobre os
próprios pulmões. Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço,
a cavidade pleural, que contém uma pequena quantidade de líquido lubrificante,
produzido pelas túnicas. Esse líquido pleural reduz o atrito entre as túnicas, permitindo
que deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração. (Fig. 26)
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Alvéolos
Em torno da circunferência dos ductos alveolares encontram-se inúmeros
alvéolos e sacos alveolares. O alvéolo nada mais é que uma invaginação revestida por
epitélio pavimentoso simples, sustentada por uma membrana basal elástica fina; o saco
alveolar consiste em dois ou mais alvéolos que compartilham uma abertura comum.
Inalação e Exalação
A respiração para dentro é chamada de inalação (inspiração). Há uma diferença
na pressão, provocada pelas alterações dos volumes pulmonares, que forçam o ar para
dentro dos pulmões quando inalamos (inspiramos), para fora exalamos (expiramos). Para
que ocorra a inalação, os pulmões precisam se expandir, o que aumenta o seu volume,
portanto, reduz a pressão nos pulmões para um nível abaixo da pressão atmosférica.
Respirar para fora, é definido como exalação (expiração), na expiração o volume dos
pulmões diminui.
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Revisão do Conteúdo
• Miócito é o nome dado às células cardíacas;
• O coração possui quatro cavidades, duas superiores chamadas de átrios e duas
inferiores chamadas de ventrículos;
• O átrio direito se comunica com o ventrículo direito por meio de uma válvula,
tricúspide;
• O átrio esquerdo se comunica com o ventrículo esquerdo por meio de uma
válvula, bicúspide ou mitral;
• O lado direito corre sangue venoso (rico em gás carbônico) e o lado esquerdo
corre sangue arterial (rico em gás oxigênio), são separados por uma parede
chamada de septo interatrial e interventricular;
• Sístole é o movimento de contração e diástole o movimento de relaxamento
feito pelo coração;
• O sistema circulatório é dividido em circulação sistêmica e circulação
pulmonar;
• Os vasos são divididos em artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias;
• Os vasos sanguíneos possuem três camadas, túnica íntima, média e externa;
• O sistema respiratório pode ser dividido na parte superior que compreende o
nariz, faringe, laringe inferior, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e
pulmões;
• Hematose é o nome dado a troca gasosa que ocorre nos pulmões.
Bons Estudos!
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Boca
A boca, também chamada de cavidade oral, é formada pelas bochechas, pelos
palatos mole e duro, e pela língua. As bochechas formam as paredes laterais da cavidade
oral. Os lábios são pregas carnudas que envolvem a abertura da boca.
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
O palato é uma parede ou septo que separa a cavidade oral da cavidade nasal,
formando o teto da boca. Essa estrutura importante torna possível mastigar e respirar
ao mesmo tempo. O palato duro — a parte anterior do teto da boca, é formado pelas
maxilas e palatinos, recoberto por uma túnica mucosa, formando uma parte óssea entre
as cavidades oral e nasal.(Fig. 31)
O palato mole, que forma a parte posterior do teto da boca, é uma partição
muscular em forma de arco entre as partes oral e nasal da faringe, revestida por túnica
mucosa.
Dentes
Os dentes são órgãos acessórios da digestão, localizados nos alvéolos dos
processos alveolares da mandíbula e maxila. (Fig. 32)
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Faringe
Quando o alimento é deglutido, passa da boca para a faringe, um tubo funicular
que se estende dos cóanos até o esôfago, posteriormente, até a laringe. A faringe é
dividida em três partes: nasal, oral e a laríngea.
A parte nasal da faringe atua apenas na respiração, mas tanto as partes oral
quanto a laríngea possuem igualmente funções digestivas e respiratórias. Os alimentos
passam da boca para as partes oral e laríngea da faringe; as contrações musculares
dessas áreas ajudam a empurrar o alimento para dentro do esôfago e, em seguida, para
o estômago.
Esôfago
O esôfago é um tubo muscular colapsante, medindo aproximadamente 25 cm de
comprimento, encontra-se posteriormente à traquéia. (Fig. 33)
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Estômago
O estômago é uma dilatação do trato GI, em forma de J. O estômago conecta o
esôfago ao duodeno, a primeira parte do intestino delgado consegue digerir e absorver,
uma das funções do estômago é atuar como um tonel de mistura e reservatório de
retenção.
No estômago, a digestão do amido continua, a digestão de proteínas e
triglicerídeos começa, o bolo semissólido é convertido em líquido e determinadas
substâncias são absorvidas.
As glândulas gástricas contêm três tipos de células glandulares exócrinas que
secretam seus produtos no lúmen do estômago: secretam muco, fator intrínseco
(necessário para a absorção de vitamina B12) e ácido clorídrico, pepsinogênio, lipase
gástrica e suco gástrico. (Fig. 34)
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Pâncreas
O quimo passa do estômago para o intestino delgado. A digestão química no
intestino delgado depende das atividades do pâncreas, fígado e vesícula biliar. O
pâncreas, uma glândula retroperitoneal, consiste em uma cabeça, um corpo e uma
cauda, normalmente, está conectado ao duodeno por dois ductos.
Os sucos pancreáticos são secretados pelas células exócrinas em pequenos
ductos que, finalmente, se unem para formar dois ductos maiores, o ducto pancreático
e o ducto pancreático acessório. Todos os dias o pâncreas produz entre 1.200 e 1.500
mL de suco pancreático, um líquido incolor claro, consistindo basicamente em água,
alguns sais, bicarbonato de sódio e diversas enzimas. (Fig. 35)
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Além de secretar bile necessária para a absorção das gorduras dietéticas, o fígado
realiza muitas outras funções vitais:
• Metabolismo dos carboidratos: o fígado é especialmente importante na
manutenção e concentração sanguínea normal da glicose. Quando a
concentração sanguínea está baixa, o fígado converte glicogênio em glicose e
liberando-a na corrente sanguínea. O fígado também converte certos
aminoácidos e ácido lático em glicose e converte outros como os açúcares,
frutose e galactose. Quando a concentração sanguínea da glicose está alta,
como ocorre imediatamente após uma refeição, o fígado converte glicose em
glicogênio e em triglicerídeos, para armazenamento.
• Metabolismo dos lipídios: hepatócitos armazenam alguns triglicerídeos;
decompõem ácidos graxos para gerar ATP; sintetizam lipoproteínas, que
transportam ácidos graxos, triglicerídeos e colesterol para dentro e para fora
das células; sintetizam colesterol; e usam colesterol para formar sais biliares;
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Intestino Delgado
Seu comprimento fornece uma grande área de superfície para a digestão e
absorção, e essa área é ainda aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e
microvilosidades. Mede cerca de 2,5 cm de diâmetro; seu comprimento é de
aproximadamente 3 m em uma pessoa viva, e por volta de 6,5 m no cadáver, em razão da
perda do tônus do músculo liso após a morte.
O intestino delgado é dividido em três regiões. No duodeno, a menor região é
retroperitoneal. O jejuno mede aproximadamente 1 m de comprimento e estende-se até
o fleo. Jejuno significa “vazio”, porque é assim encontrado no morto. A região final e mais
longa do intestino delgado, o íleo, mede cerca de 2 m e une-se ao intestino grosso em um
músculo esfíncter liso chamado de papila ileal.
Todas as fases químicas e mecânicas da digestão, da boca até o intestino
delgado, são direcionadas com vista à transformação do alimento em formas que
possam passar através das células epiteliais absortivas que revestem a túnica mucosa
para os vasos sanguíneos e linfáticos adjacentes.
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Intestino Grosso
O intestino grosso é a parte terminal do trato GI. As funções gerais do intestino
grosso são a conclusão da absorção, a produção de certas vitaminas, a formação das
fezes e a expulsão das mesmas do corpo. Estruturalmente, as quatro regiões principais
do intestino grosso são ceco, colo, reto e canal anal. (Fig. 37)
A extremidade aberta do ceco funde-se com um longo tubo, chamado de colo, que
é dividido em partes ascendente, transversa, descendente e sigmóide. Preso ao ceco
encontra-se um tubo contorcido, espiralado, medindo aproximadamente 8 cm de
comprimento, chamado de apêndice vermiforme. A abertura do canal anal para o
exterior é chamada de ânus, protegida por um esfíncter interno por um músculo liso
(involuntário), e um esfíncter externo de músculo esquelético (voluntário).
Quimicamente, as fezes consistem em água, sais inorgânicos, células epiteliais
desprendidas da túnica mucosa do trato gastrointestinal, bactérias, produtos da
decomposição bacteriana, substâncias digeridas não absorvidas, como por exemplo
os alimentos.
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Rins
Os rins são órgãos pares, avermelhados, localizados diretamente acima da
cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Os rins estão localizados entre
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
os níveis da última vértebra torácica e a 3ª vértebra lombar, uma posição na qual ficam
parcialmente protegidos pelo décimo primeiro e décimo segundo pares de costelas. O
rim direito é ligeiramente mais baixo do que o esquerdo, isso porque, o fígado ocupa um
espaço considerável, no lado direito, acima do rim. (Fig. 39)
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Néfron
Cada néfron consiste em duas partes: um corpúsculo renal, no qual o plasma
sanguíneo é filtrado, e um túbulo renal, no qual passa o líquido filtrado. Os dois
componentes de um corpúsculo renal são o glomérulo (rede capilar) e a cápsula
glomerular (de Bowman), uma cavidade epitelial bilaminada que circunda os capilares
glomerulares. (Fig. 40)
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Hormônio Antidiurético
O hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) é liberado pela neuro-hipófise.
Regula a absorção facultativa de água, aumentando a permeabilidade das células
principais na parte final do túbulo contorcido distal e por todo o ducto coletor. Na
ausência do ADH, as membranas apicais das células principais têm uma absortividade de
água muito baixa.
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Revisão do Conteúdo
• O sistema digestório tem como uma das funções transformar os alimentos em
energia química, para que o corpo se transforme em energia mecânica.
• Dois grupos de órgãos compõem o sistema digestório: o trato gastrointestinal
(GI) e os órgãos acessórios da digestão.
• O trato gastrointestinal (GI), ou canal alimentar, é um tubo contínuo que se
estende da boca até o ânus, passando pelas cavidades torácica e
abdominopélvica.
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UNIDADE IV
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Escroto
O escroto, é a estrutura de sustentação para os testículos, consiste em pele
frouxa e tecido subcutâneo subjacente que pende da raiz (a parte fixa) do pênis. Em
resposta às baixas temperaturas, os músculos cremaster e dartos se contraem. A
contração dos músculos cremasteres aproxima mais os testículos do corpo, do qual
podem absorver calor. A contração do músculo dartos retesa o escroto (dando-lhe uma
aparência enrugada), o que reduz a perda de calor. A exposição ao calor inverte essas
ações.
Testículos
Os testículos são glândulas ovais pares, situadas no escroto, medindo
aproximadamente 5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Cada um dos 200-300
lóbulos contém de um a três túbulos espiralados, os túbulos seminíferos contorcidos,
nos quais os espermatozóides são produzidos. O processo pelo qual os túbulos
seminíferos dos testículos produzem espermatozóides é chamado de
espermatogênese.
Os túbulos seminíferos contêm dois tipos de células: células espermatogênicas,
as células produtoras de espermatozóides, e as células de Sertoli, que possuem diversas
funções de suporte à espermatogênese.
Espermatozóide
As principais partes de um espermatozóide são a cabeça e a cauda. Contém um
núcleo com 23 cromossomos muito condensados. Recobrindo os dois terços anteriores
do núcleo encontra-se o acrossomo, uma vesícula semelhante a uma cápsula,
preenchida com enzimas que ajudam o espermatozóide a penetrar um oócito
secundário, realizando a fertilização.
Entre as enzimas estão as hialuronidases e as proteases. A cauda do
espermatozóide é subdividida em quatro partes: colo, parte intermediária, parte
principal e extremidade final. (Fig. 42)
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Glândulas
Glândulas (vesículas) seminais pares, através dos ductos da glândula seminal
secretam um líquido viscoso alcalino, que contém frutose (um açúcar monossacarídeo),
prostaglandinas e proteínas de coagulação, que são diferentes daquelas encontradas
no sangue.
A próstata é uma glândula simples, anelada, do tamanho aproximado de uma bola
de golfe. A próstata secreta um líquido leitoso, ligeiramente acidífero (pH de
aproximadamente 6,5), que contém diversas substâncias importantes: (1) o ácido
cítrico, (2) diversas enzimas proteolíticas, como o antígeno prostático específico (PSA),
o pepsinogênio, a lisozima, a amilase e a hialuronidase, (3) a função da fosfatase ácida
secretada pela próstata é desconhecida e (4) a plasmina seminal, no líquido prostático,
é um antibiótico que destrói bactérias.
As glândulas bulbouretrais ou glândulas de Cowper pares, têm o tamanho
aproximado de uma ervilha. Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais
secretam um líquido alcalino na uretra, que protege os espermatozóides da passagem,
neutralizando os ácidos da urina presentes na uretra.
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Sêmen
Sêmen é uma mistura de espermatozóides e um líquido seminal, um líquido que
consiste nas secreções dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e
glândulas bulbouretrais.
Pênis
O pênis contém a uretra, sendo uma via de passagem para a ejaculação do sêmen
e a excreção da urina. O pênis possui um formato cilíndrico e consiste em corpo, glande
e raiz.
O corpo do pênis é composto de três massas cilíndricas de tecido, cada uma
envolvida por um tecido fibroso, chamado de túnica. As duas massas dorsolaterais são
chamadas de corpos cavernosos do pênis. A massa posterior média menor, o corpo
esponjoso do pênis, contém a parte esponjosa da uretra, mantendo-a aberta durante a
ejaculação.
A extremidade distal do corpo esponjoso do pênis é uma região em forma de bola,
ligeiramente expandida, chamada de glande do pênis; sua margem é a coroa da glande.
A raiz do pênis é a parte fixa (parte proximal). Consiste no bulbo, a parte expandida
da base do corpo esponjoso, e nos ramos do pênis as duas partes separadas e afiladas
do corpo cavernoso.
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Ovários
Os ovários, que são as gônadas femininas, são glândulas pares que se
assemelham às amêndoas sem casca, em tamanho e formato; eles são homólogos aos
testículos. Os ovários produzem, (1) gametas, oócitos secundários que se desenvolvem
em ovos maduros e (2) hormônios, incluindo progesterona e estrógenos (os hormônios
sexuais femininos), inibina e relaxina.
Tubas Uterinas
As mulheres possuem duas tubas uterinas (trompas de Falópio) ou ovidutos, que
se estendem lateralmente a partir do útero. Fornecem uma via para os espermatozóides
chegarem ao óvulo e transportam oócitos secundários e óvulos fertilizados dos
ovários para o útero. A parte afunilada de cada tuba, chamada de infundíbulo, fica perto
do ovário, mas é aberta para a cavidade pélvica. Termina em uma franja de projeções
digitiformes, chamadas de fímbrias, uma das quais está presa à extremidade lateral do
ovário.
Útero
Situado entre a bexiga urinária e o reto, o útero apresenta o tamanho e o formato
de uma pêra invertida. As subdivisões anatômicas do útero incluem: (1) uma parte em
forma de domo, superior às tubas uterinas, chamada de fundo do útero, (2) uma parte
central afilada, chamada de corpo do útero e (3) uma parte estreita inferior, chamada de
colo do útero, que abre na vagina.
O interior do corpo do útero é chamado de cavidade do útero, e o interior do colo
é chamado de canal do colo do útero. Histologicamente, o útero consiste em três
camadas de tecido: o perimétrio (camada externa), o miométrio (camada média do
útero) e o endométrio (a camada interna).
Vagina
A vagina é um canal fibromuscular longo e tubular, com 10 cm de comprimento,
revestido por túnica mucosa, que se estende do exterior do corpo do útero até o colo. É
o receptáculo para o pênis durante a relação sexual, uma saída para o fluxo menstrual
é uma via de passagem para o parto. Uma prega fina de túnica mucosa vascularizada,
chamada de hímen, forma uma margem em torno da extremidade inferior da abertura da
vagina para o exterior, o óstio da vagina, fechando-a parcialmente.
Vulva
O termo vulva ou pudendo feminino refere-se aos órgãos genitais femininos
externos. Os componentes da vulva são os seguintes: o monte do púbis, uma elevação
de tecido adiposo recoberta por pele e pêlos púbicos espessos que protege a sínfise
púbica. A partir do monte do púbis, duas pregas longitudinais de pele, os lábios maiores
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Glândulas mamárias
Cada mama possui uma projeção pigmentada, a papila mamária, que possui uma
série de aberturas pouco espaçadas de ductos, chamados de ductos lactíferos, dos
quais o leite emerge. A área circular da pigmentação de pele que envolve a papila
mamária é chamada de aréola da mama; parece enrugada porque contém glândulas
sebáceas modificadas. Dentro de cada mama encontra-se uma glândula mamária,
modificada que produz leite.
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Cérebro
O cérebro adulto está dividido em um par de hemisférios cerebrais grandes. As
superfícies dos hemisférios cerebrais são bastante pregueadas e cobertas por uma
camada superficial de substância cinzenta denominada córtex cerebral (córtex,
casca), cujas funções incluem consciência, processamento e armazenamento de
memória, processamento sensitivo e a regulação das contrações musculares
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Diencéfalo
O diencéfalo é a ligação estrutural e funcional entre os hemisférios cerebrais e o
restante do SNC. O tálamo contém centros de transmissão e processamento de
informação sensitiva. O hipotálamo (hipo-abaixo) ou assoalho do diencéfalo, contém
centros envolvidos com emoções, função autônoma e produção hormonal.
Cerebelo
O cerebelo, parcialmente escondido pelos hemisférios cerebrais, é a segunda
maior estrutura do encéfalo. As funções do cerebelo incluem a coordenação e a
modulação dos comandos motores do córtex cerebral.
Tronco Encefálico
O tronco encefálico inclui o mesencéfalo, a ponte e o bulbo. O mesencéfalo
processa informação visual e auditiva (audição) e controla reflexos desencadeados
por esses estímulos. Também contém centros que ajudam a manter a vigília. A ponte
conecta o cerebelo ao tronco encefálico. (Fig. 46)
Além de tratos e centros relês, a ponte também atua no controle motor somático
e visceral. O bulbo transmite informações sensitivas a outras partes do tronco
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
Ventrículos
Durante o desenvolvimento, as passagens no interior do tubo neural nos
hemisférios cerebrais, no diencéfalo, na ponte, no cerebelo e no bulbo expandem-se
para formar câmaras chamadas ventrículos. Os ventrículos são preenchidos com o
líquido cerebrospinal e revestidos por células ependimais.
Meninges
Os tecidos delicados do encéfalo são protegidos das forças mecânicas pelos
ossos do crânio, pelas meninges cranianas e pelo líquido cerebrospinal. As três
camadas que compõem as meninges cranianas – dura-máter (mais externa, é fundida
com o periósteo dos ossos cranianos.), aracnóide-máter (camada intermediária, o
espaço subaracnóide cheio de líquido separa a camada externa da aracnóide-máter da
pia-máter) e pia-máter (camada interna, adere à superfície do encéfalo. (Fig. 47)
Medula Espinal
A medula espinal adulta mede aproximadamente 45 cm de comprimento e tem
uma largura máxima de cerca de 14 mm. Em uma vista seccional, tem uma camada
externa de substância branca e uma camada interna de substância cinzenta que
circunda um canal central pequeno. A medula espinal completa pode ser dividida em 31
segmentos, cada uma origina-se de um par de nervos espinais. A substância branca
superficial é dominada pelos axônios mielinizados. A substância cinzenta (dominada
pelos corpos celulares de neurônios, neuróglia e axônios não mielinizados), circunda o
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ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS
canal central estreito e forma um H ou a uma figura de uma borboleta. O sistema nervoso
central processa informação sensorial e transmite comandos motores através de uma
rede de nervos periféricos chamada de sistema nervoso periférico (SNP). Com base na
sua origem, os nervos periféricos podem ser divididos em nervos cranianos do encéfalo
(12 pares) e nervos espinais da medula espinal (31 pares).
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Neuroglias do SNC
Astrócitos - estas células em forma de estrela têm muitos processos e são as
maiores e mais numerosas da neuroglia. As funções dos astrócitos incluem o seguinte:
(1) astrócitos contém microfilamentos que lhes proporcionam força considerável,
permitindo que suportem os neurônios: (2) os processos dos astrócitos envolvendo os
capilares sanguíneos isolam os neurônios do SNC das várias substâncias potencialmente
prejudiciais, presentes no sangue: (3) os astrócitos ajudam a manter o ambiente químico
adequado para a geração de impulsos nervosos.
Oligodendrócitos - estes se assemelham aos astrócitos, mas são menores e
contêm menos processos. Os processos dos oligodendrócitos são responsáveis pela
formação e manutenção da bainha de mielina em torno dos axônios do SNC.
Micróglia - estas células da neuróglia são pequenas, com processos finos que
emitem numerosas projeções espinhosas. As células da micróglia funcionam como
fagócitos, realizando a fagocitose de micróbios e do tecido nervoso danificado.
As células ependimárias - são células colunares e cúbicas, dispostas em uma
única camada, que possuem cílios e microvilosidades. Estas células revestem os
ventrículos cerebrais e o canal central da medula espinal.
Neuroglias do SNP
A neuróglia do SNP envolve completamente os axônios e os corpos celulares. Os
dois tipos de células da glia presentes no SNP são células de Schwann e células-satélite.
Células de Schwann - estas células envolvem os axônios do SNP. Como os
oligodendrócitos, formam a bainha de mielina em torno dos axônios. No entanto,
enquanto um único oligodendrócito mieliniza diversos axônios, cada célula de Schwann
mieliniza um único axônio.
Células-satélites - Estas células planas envolvem os corpos celulares dos
neurônios dos gânglios do SNP. Além de fornecer suporte estrutural, as células-satélite
regulam as trocas de substâncias entre os corpos das células neuronais e o líquido
intersticial.
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Revisão do Conteúdo
• Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos, um sistema de
ductos (incluindo epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra),
as glândulas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândula
bulbouretral), o escroto e o pênis.
• Os órgãos do sistema genital feminino incluem os ovários, tubas uterinas,
útero, vagina e os órgãos genitais femininos externos: vulva ou pudendo
feminino. As glândulas mamárias são consideradas parte tanto do sistema
genital feminino quanto do tegumento comum.
• As características excitáveis do tecido nervoso permitem a geração de
impulsos nervosos (potenciais de ação) que produzem regulação e
comunicação com a maioria dos tecidos do corpo.
• O sistema nervoso é composto de duas subdivisões principais: sistema
nervoso central (SNC), que consiste no encéfalo e na medula espinal.
• O SNC processa a entrada de diferentes tipos de informação sensorial. É
também a fonte dos pensamentos, das emoções e das memórias.
• O Sistema nervoso periférico (SNP), inclui todos os tecidos nervosos fora do
SNC. Os componentes do SNP incluem os nervos cranianos e seus ramos, os
nervos espinais e seus ramos, os gânglios e os receptores sensoriais.
• O SNP pode ser subdividido, ainda, em uma parte somática do sistema
nervoso (SSN), em uma divisão autônoma do sistema nervoso (DASN), e em
uma parte entérica do sistema nervoso (PESN).
• Neurônios - Como as células musculares, os neurônios (células nervosas),
possuem excitabilidade elétrica, a capacidade de responder a um estímulo e
convertê-lo em um potencial de ação.
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REFERÊNCIAS
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