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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

ANATOMIA I

ESCOLA TÉCNICA
Escola Técnica Mônaco
Estrada da Portela, nº 107
Madureira – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – 21.351-050

Organizador do Conteúdo
Prof° Anderson Lobato

Diagramação e Edição
Carolina Vitaliano Gurgel
Jansen Pereira

Coordenação do Curso Técnico em Enfermagem


Prof° Welington Vieira

Coordenadora Pedagógica
Tamires da Silva Santos Pereira

Direção Pedagógica
Suellen Ewald Torres de Oliveira

Copyright © 2020 Escola Técnica Mônaco Ltda.


1ª Edição
Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução e edição, mesmo parcial, por qualquer pessoa, sem


autorização da instituição.
índice
Introdução..................................................................................... 2

Anatomia I
Posição Anatômica........................................................................ 3
Terminologia De Posição............................................................... 5
Planos Anatomicos........................................................................ 5
Histologia E Citologia.................................................................... 6
Células Musculares........................................................................ 6
Histologia, O Que É ?.................................................................... 6
Sistema Esquelético....................................................................... 7
Coluna Vertebral........................................................................... 9
Membros Inferiores..................................................................... 11
Classificação Dos Ossos ............................................................. 11
Ossos Irregulares........................................................................ 13
Articulações................................................................................. 13
Músculos .................................................................................... 14
Sistema Tegumentar.................................................................... 15
ANATOMIA I
Introdução
INTRODUÇÃO A ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA SAÚDE PÚBLICA
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopica-
mente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.
Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American Asso-
ciation of Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a
função e com as modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e
ambientais. Tem como metas principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da
construção dos organismos vivos, a descoberta da base estrutural do funcionamento das
várias partes e a compreensão dos mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento
destas. A amplitude da anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo das
mudanças a longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das mudan-
ças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e envelhecimento; até as
mudanças de curto prazo, associadas com fases diferentes de atividade funcional normal.
Em termos do tamanho da estrutura estudada vai desde todo um sistema biológico, pas-
sando por organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromolé-
4 culas.
Anatomia e dissecação estão relativamente ligadas, contudo, atualmente, anatomia é a
ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. A palavra anatomia é deri-
vada do grego anatome (ana = através de; tome = corte), enquanto a palavra disseca-
ção deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a
anatomia.
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia macros-
cópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento.
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou
não recursos tecnológicos dos mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica
é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de
instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é
dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes
se organizam para a formação de órgãos).
A Anatomia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo
fertilizado até a forma adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvol-
vimento até o nascimento. Embora não sejam estanques, a complexidade destes grupos
torna necessária a existência de estudos específicos.
Posição Anatômica
Considera-se como posição anatômica aquela em que o corpo está em posição ereta, ou
seja, de pé, também denominada posição ortostática, com a face voltada para frente, o
olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, ao longo do corpo e com
as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas
para frente.
• Olhar na linha do horizonte
• Palmas das mãos voltadas para frente
• Pernas ligeiramente afastadas
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Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição da posição do corpo,


quando este não se encontra na posição anatômica.

POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL – o corpo está deitado com a face voltada
para cima.
POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL – o corpo está deitado com a face voltada
para baixo.

DECÚBITO LATERAL ou SIMS – o corpo está deitado de lado.

POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo está deitado com a face voltada para cima,
com flexão de 90° de quadril e joelho, expondo o períneo.
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POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG – O corpo está deitado com a face voltada para


cima, com a cabeça sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°.
Terminologia De Posição
Medial: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital mediana).
Lateral: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital mediana).
Proximal: na direção da parte superior do corpo.
Distal: na direção da parte inferior do corpo.

Planos Anatomicos
• Plano sagital - formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo do eixo longitudi-
nal, dividindo o corpo em um lado direito e esquerdo.
• Plano frontal ou coronal - formado pelo deslocamento do eixo ântero-posterior ao longo do
eixo longitudinal.
• Plano transversal ou horizontal - formado pelo deslocamento do eixo de largura ao longo
do eixo ântero-posterior. Uma série sucessiva de planos transversais divide o corpo em seg-
mentos denominados metâmeros.

Transverse Frontal Sagittal


Histologia E Citologia
CITOLOGIA, O que é ?

A Citologia ou Biologia Celular é o ramo da Biologia que estuda as células. A citologia fo-
ca-se no estudo das células, abrangendo a sua estrutura e metabolismo.

CÉLULAS ÓSSEAS

OSTEOBLASTOS – são responsáveis pela síntese dos componentes orgânicos da matriz óssea.
OSTEÓCITOS - são células ósseas madura, derivadas dos osteoblastos que secretam substân-
cias necessárias para manutenção do osso.
OSTEOCLASTOS – são células que estão relacionadas com a reabsorção e remodelação do
tecido ósseo.

Células Musculares
CÉLULA Muscular Estriado Esquelético
O termo esquelético deve-se à sua localização, pois está ligado ao esqueleto. O tecido mus-
cular estriado esquelético possui contração voluntária e rápida.

CÉLULA Muscular Liso ou Não-Estriado


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Sua principal característica é a ausência de estriações. Presente nos órgãos viscerais (estô-
mago, intestino, bexiga, útero, ductos de glândulas e paredes dos vasos sanguíneos)

CÉLULA Muscular Estriado Cardíaco


É o principal tecido do coração. Este tecido possui contração involuntária, vigorosa e rítmica.

Histologia, O Que É ?
A histologia é a ciência que estuda os tecidos do corpo humano. Os tecidos são formados por
grupos de células de forma e função semelhantes.

De forma simples podemos entender que a célula é a unidade fundamental do corpo, os teci-
dos são a associação de várias células semelhantes, os órgãos são a junção de vários tecidos
que realizam uma determinada função, os sistemas são a união de vários órgãos (sistema
nervoso, linfático, esquelético, respiratório, tegumentar, circulatório, etc) e que a união de
todos os sistemas formam o organismo.
Os tecidos de nosso corpo podem ser classificados em tecido epitelial, tecido conjuntivo, te-
cido muscular e tecido nervoso.
O tecido epitelial apresenta como características: ausência de espaço entre as células, au-
sência de vascularização e grande capacidade de renovação celular. Sua função principal é
proteger o corpo contra a penetração de microorganismos, substâncias químicas e agressões
físicas.
Ele se encontra recobrindo o corpo externamente (epiderme e córnea) e a superfície interna
dos órgãos ocos como o estômago, ouvido, nariz, pulmão, boca, útero, bexiga, etc. Além dis-
so, ele é o responsável pela formação de glândulas (fígado, pâncreas, glândulas salivares,
etc).
O tecido conjuntivo possui espaço entre as células, é ricamente vascularizado, possui baixa
renovação celular e material intersticial (fibras colágenas, elásticas e reticulares), possui tam-
bém o líquido intersticial (local de onde as células retiram seus nutrientes e depositam os seus
resíduos). De origem mesodérmica, o tecido conjuntivo caracteriza-se por preenchimento dos
espaços intracelulares do corpo e a importante interfase entre os demais tecidos, dando-lhes
sustentação e conjunto.
Morfologicamente, apresenta grande quantidade de material extracelular (matriz), constitu-
ído por uma parte não estrutural, denominada de substância estrutural amorfa (SFA), e por
outra porção fibrosa.

Sistema Esquelético
O tecido ósseo é um tipo de tecido conjuntivo formado por células e substâncias que pro-
movem a sustentação corporal vertebrados, contribuindo aproximadamente com 15% do
peso do corpo.
Entre os principais componentes estão os elementos fundamentais que constituem a fração
inorgânica (sais de cálcio, fósforo e magnésio), conferindo resistência através da formação 9
de cristais responsáveis pela rigidez. E também por uma fração orgânica (a matriz), pos-
suindo substâncias intercelulares com abundante presença de fibras colágenas e glicopro-
teínas, fornecendo considerável flexibilidade às unidades ósseas.
Na organização macroscópica de um osso é possível observar duas regiões bem distintas:
uma camada compacta mais externa e outra esponjosa interna. Contudo, microscopicamen-
te contendo a mesma composição histológica.
Denominado esqueleto humano, o conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se inter-
ligam para formar o arcabouço do nosso corpo, possui diversas funções:

• Dar sustentação ao organismo ( apoio ao corpo )


• Proteger os órgãos internos
• Armazenar cálcio e fósforo
• Com auxílio dos músculos permitem o deslocamento do corpo e movimentação
• Produção de células sanguíneas

O sistema esquelético está divido em esqueleto axial e esqueleto apendicular.


Esqueleto axial – composto pela cabeça, pescoço e tronco (caixa torácica e coluna ver-
tebral).

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Principais ossos do crânio e face.


Coluna Vertebral

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Esqueleto apendicular – composto pelos membros superiores e membros inferiores.


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Membros Inferiores

A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular
e pélvica.

Classificação Dos Ossos:


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Ossos Longos
Os ossos longos dispõem em um corpo e duas extremidades, e são encontrados no es-
queleto apendicular.

Ossos Curtos
Ossos curtos são encontrados apenas nos punhos e tornozelos. São constituídos princi-
palmente de tecido esponjoso, com uma cobertura fina de osso compacto. Os oito ossos
do carpo de cada punho e os sete ossos tarsais de cada pé são classificados como
ossos curtos.
Ossos Laminares
Essa classe de osso é composta por dois planos: osso compacto e osso esponjoso, com
medula entre eles. Exemplos de ossos laminares: ossos que compõe a calota craniana,
o esterno, as costelas e as escápulas (omoplatas).
O espaço estreito entre as superfícies interna e externa dos ossos laminares dentro do
crânio é chamada de díploe. Os ossos laminares oferecem proteção às partes internas
14 e superfícies amplas para a ligação com o músculo.
nah
São ossos com formato peculiar e posicionados na última categoria. Exemplos: vértebras,
ossos faciais, ossos da base do crânio e ossos da pelve.

Articulações
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Este nome é dado a junção de dois ou mais ossos, permitindo ou não sua movimentação.
Quando esta junção se apresenta soldada, como por exemplo os ossos do crânio, são cha-
mas de Sinartrose.
Quando a junção ossos permite pouco movimento, como por exemplo a coluna vertebral,
chamamos de Anfiartrose.
Mas quando amplos movimentos são realizados, como no caso da articulação do joelho,
recebe o nome Diartrose, também conhecidas como articulação Sinovial

Sinartrose Anfiartrose Diartrose

Articulação Fibrosa, Articulação cartilaginosa, Articulação sinovial, móvel


imovel semimóvel Exemplo: maioria das articu-
Exemplo: suturas do Exemplo: ossos do quadril e lações do corpo , como ombro,
cranio , dos dentes e do vértebras. joelho e cotovelo.
maxilar.
Músculos
Os músculos são especializados em realizar movimentos através da contração e do rela-
xamento de suas fibras, o que ocorre quase sempre em resposta a um estímulo nervoso.
Tipos de músculos

Músculo Estriado Esquelético – presentes abaixo da pele, junto com os ossos formam o
nosso corpo e são os verdadeiros responsáveis pelo movimento externo do corpo, agindo
de forma voluntária.
Músculo Liso - Presente nos órgãos internos e nos vasos sanguíneos possui ação involuntá-
ria.
Músculo Estriado Esquelético – é o músculo que forma o coração e também tem ação invo-
luntá¬ria, porém o coração possui um sistema de geração de impulso especial.

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Quanto à Origem e Inserção:

Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps.


Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos.
Quanto à Função:
Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles
se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave so-
bre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos.
Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai,
o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Ex: idem ante-
rior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos.
Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocor-
ram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas
são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro.
Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficiente-
mente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal.

Sistema Tegumentar
O sistema tegumentar compreende o estudo da pele e seus anexos – pelos, unhas e glân-
dulas sebáceas e sudoríparas. Considerado o maior sistema do corpo humano, uma vez
que no indivíduo adulto:
• Pesa cerca de 3 a 3,5 Kg;
• Recebe cerca de 1/3 do sangue ejetado pelo coração;
• A pele mais o tecido subcutâneo corresponde em média 20% do peso corporal. O
tegumento possui diversas funções de extrema importância para o organismo, tais como:
• Mecanismo de defesa natural;
• Regulação da temperatura corporal;
• Proteção contra as agressões mecânicas, biológicas e solares/térmicas;
• Impermeabilizante contra a água;
• Percepção sensorial – pressão, dor e temperatura e tato;
• Função excretora;
• Metabolismo - sintetizando vitamina D e testosterona
• Absorção de substâncias, principalmente gordurosa, como hormônios, vitaminas e
medicamentos.
• A pele está dividida em três parte, epiderme, derme e tecido/tela subcutâneo (hi- 17
poderme).

Epiderme
A Epiderme é a camada mais superficial da pele, que sofreu na sua evolução um processo
denominado queratinização, responsável pela impermeabilização da pele, sendo capaz
de se renovar regularmente, uma vez que a camada córnea é eliminada pela descama-
ção, porém substituída por outra. A epiderme dá origem aos anexos cutâneos e também é
a camada que possui a melanina.

Derme
Abaixo da epiderme encontra-se a pele derme, que dá resistência e elasticidade a pele,
formada por tecido conjuntivo, que são fibras colágenas e elásticas, constituídas ainda por
vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações nervosas.

Tecido Subcutâneo
O tecido celular subcutâneo, ou hipoderme, é a porção mais profunda da pele, formada
por feixes de tecido conjuntivo que envolvem células gordurosas (adipócitos) e formam
lobos de gordura. Sua estrutura fornece proteção contra traumas físicos, além de ser um
depósito de calorias.
Pelos
Presentes em quase toda a superfície da pele são periodicamente renovados, tem como
principal função proteção mecânica e térmica da pele.

glândulas sudoríparas
produzem o suor e possui extrema importância na regulação da temperatura corporal,
podem ser de dois tipos: as écrinas, que são mais numerosas, existindo por todo o corpo
e produzem o suor eliminando-o diretamente na pele, e as apócrinas, existentes princi-
palmente nas axilas, regiões genitais e ao redor dos mamilos. São as responsáveis pelo
odor característico do suor, quando a sua secreção sofre decomposição por bactérias.
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glândulas sebáceas
são responsáveis pela oleosidade da pele, eliminando sua secreção através do folículo
pilo-sebácea. São mais numerosas e maiores na face, couro cabeludo e porção superior
do tronco.

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