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Anatomia humana é a ciência que estuda a estrutura e a forma do corpo humano. A sua compreensão é
importante para entender o funcionamento do organismo.
O estudo da anatomia humana permite compreender como é a estrutura do nosso corpo.
A anatomia humana estuda a forma e a estrutura do corpo humano. É uma ciência intimamente relacionada com
a fisiologia, uma vez que, para compreender a função de uma estrutura, é fundamental compreender sua
organização.
A anatomia humana pode ser chamada de macroscópica, quando observa as estruturas sem necessidade de objetos
de ampliação, ou de microscópica, quando utiliza microscópio para melhor visualização. De acordo com o método de
estudo, a anatomia pode ser sistêmica, topográfica, radiológica, de superfície, seccional ou comparada.
A anatomia humana é a ciência que estuda a forma e a estrutura do organismo humano e das partes que o
compõem. O termo anatomia é derivado do grego ana, que significa “partes”, e tomei, que significa “cortar”.
Na anatomia, cortar e explorar o corpo humano é extremamente importante para visualizar e estudar órgãos e
regiões que existem no nosso corpo, de forma que a dissecação de cadáveres é o principal método de ensino e
aprendizagem.
A anatomia humana é estudada desde os primórdios da história da humanidade, tendo evoluído à medida que
novas técnicas foram surgindo. As primeiras dissecações públicas de corpos humanos e animais foram realizadas,
segundo os registros de Galeno, por Herófilo (ca. 300 a. C.) e Erasístrato (ca. 290 a. C.) na famosa Escola de
Alexandria. Posteriormente, no século 2 d.C., a dissecação humana, por motivos éticos e religiosos, foi proibida
A anatomia humana pode ser dividida utilizando-se como critério o método de observação ou o método de
estudo.
O método de observação leva em consideração a maneira como uma estrutura é observada. De acordo com
esse método, a anatomia é dividida em:
Macroscópica: aquela em que você observa uma estrutura corporal a olho nu, sem necessidade de
aparelhos para ampliá-la.
Microscópica: aquela em que as estruturas observadas são pequenas, e faz-se necessário o uso de um
microscópico para observá-las.
→ Divisão da anatomia humana pelo método de estudo
O método de estudo leva em conta a maneira como o corpo humano é estudado. Em relação a esse método, a
anatomia pode ser dividida em:
Sistêmica (ou descritiva): divide o corpo em sistemas orgânicos.
Topográfica (ou regional): divide o corpo em segmentos ou regiões.
Radiológica: estuda o corpo humano com base no uso de imagens.
De superfície: foca o estudo nos relevos e depressões existentes na superfície do corpo.
Seccional: analisa os cortes seriados.
Comparada: como nome sugere, compara o organismo humano com o de outros animais.
Separar o estudo da anatomia, do estudo da fisiologia, nem sempre é tarefa fácil, pois conhecer sua estrutura é
fundamental para compreender como o organismo funciona. Portanto, essas duas áreas estão, completamente,
inter-relacionadas.
A posição anatômica é uma posição padrão adotada nas descrições anatômicas, facilitando, desse modo, a
descrição das estruturas do nosso organismo em todo mundo. Um organismo em posição anatômica está em pé
(posição ortostática), face virada para frente e olhando para o horizonte, membros inferiores unidos, membros
superiores estendidos e com as palmas das mãos voltadas para a frente.
Além das direções, não podemos deixar de citar os planos anatômicos, usados para dividir o corpo. Esses planos
são:
→ Sistema tegumentar
O sistema tegumentar é formado pela pele e seus anexos. Atua impedindo a entrada de micro-organismos no
nosso corpo, evitando a perda exagerada de água, protegendo contra a radiação ultravioleta, promovendo
percepção sensorial, entre outras funções.
→ Sistema esquelético
→ Sistema muscular
O sistema muscular é formado pelos músculos e atua, entre outras funções, na manutenção da postura e
realização de movimentos.
→ Sistema cardiovascular
→ Sistema linfático
Sistema linfático é formado pelos vasos linfáticos e órgãos linfoides. É um importante sistema de drenagem,
relacionado com a remoção do excesso de líquido, proteínas e outros materiais dos espaços teciduais.
→ Sistema nervoso
O sistema nervoso pode ser dividido em central e periférico, sendo o primeiro composto por encéfalo e medula
espinhal e o segundo constituído por nervos, terminações nervosas e gânglios. O sistema nervoso atua na
coordenação e integração dos sistemas orgânicos. É graças a ele que somos capazes de perceber o meio
ambiente, interpretar essas informações e gerar respostas.
→ Sistema endócrino
O sistema endócrino é formado pelo conjunto das glândulas endócrinas do nosso corpo, ou seja, glândulas que
secretam hormônios. Libera hormônios relacionados com diferentes funções, que vão desde a regulação do
crescimento e desenvolvimento até a reprodução.
→ Sistema digestório
→ Sistema urinário
O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. É responsável por filtrar o sangue e produzir a
urina, um processo que garante a retirada de substâncias tóxicas e que estão em excesso no nosso organismo.
O sistema reprodutor feminino é formado por ovários, tuba uterina, útero, vagina e vulva. É responsável por
produzir os ovócitos, receber o espermatozoide durante a cópula e garantir o desenvolvimento de um novo ser
em formação.
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Sistema Tegumentar
O sistema tegumentar é composto pela pele e anexos (glândulas, unhas, cabelos, pelos e receptores sensoriais) e
tem importantes funções, sendo a principal agir como barreira, protegendo o corpo da invasão de microrganismos e
evitando o ressecamento e perda de água para o meio externo.
Entre os vertebrados, o tegumento é composto por camadas: a mais externa, a epiderme é formada por tecido
epitelial, a camada subjacente de tecido conjuntivo é a derme, seguida por um tecido subcutâneo, também
conhecida como hipoderme. Há também uma cobertura impermeável, a cutícula. Há uma variedade de anexos, tais
como pelos, escamas, chifres, garras e penas.
Funções do Tegumento
Epiderme
A epiderme é constituída de tecido epitelial, cujas células
apresentam diferentes formatos e funções. Elas são originadas
na camada basal, e se movem para cima, tornando-se mais
achatadas à medida que sobem. Quando chegam na camada
mais superficial (camada córnea) as células estão mortas (e sem
núcleo) e são compostas em grande parte por queratina. Entre
a camada basal (mais interna) e a córnea (mais externa), há
a camada granulosa, onde as células estão repletas de grânulos
de queratina e a espinhosa, na qual as células possuem
prolongamentos que as mantêm juntas, dando-lhe esse aspecto.
Nos vertebrados terrestres, as células da camada córnea
são eliminadas periodicamente, tal como em répteis que trocam
a pele, ou continuamente em placas ou escamas, como acontece nos mamíferos assim como nos humanos
Derme
Observe na figura a seguir um corte transversal da pele
visto ao microscópio. A parte superior (mais escura) é a
epiderme e a parte mais clara representa a derme, com as
papilas dérmicas em contato com as reentrâncias
epidérmicas.
A derme é constituída de tecido conjuntivo fibroso, vasos
sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas e fibras
musculares lisas. É uma camada de espessura variável
que une a epiderme ao tecido subcutâneo, ouhipoderme.
Sua superfície é irregular com saliências, as papilas
dérmicas, que acompanham as reentrâncias da epiderme.
Apêndices da Pele
Receptores Sensoriais
são ramificações de fibras nervosas, algumas se encontram
encapsuladas formando corpúsculos, outras estão soltas como as
que se enrolam em torno do folículo piloso. Possuem função
sensorial, sendo capazes de receber estímulos mecânicos, de
pressão, de temperatura ou de dor. São eles: Corpúsculos de Ruffini,
Corpúsculos de Paccini, Bulbos de Krause, Corpúsculos de Meissner,
Discos de Merkel, Terminais do Folículo Piloso e Terminações
Nervosas Livres. Veja a figura a seguir:
Glândulas
São exócrinas já que liberam suas secreções para fora do corpo. As glândulas sebáceas são bolsas que secretam o
sebo (substância oleosa) junto aos folículos pilosos para lubrifica-los. Já as glândulas sudoríparastêm forma tubular
enovelada e secretam o suor (fluido corporal constituído de água e íons de sódio, potássio e cloreto, entre outros
elementos) através de poros na superfície da pele. O suor ajuda a controlar a temperatura corporal.
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Sistema tegumentar é o sistema do nosso corpo formado pela pele e pelas estruturas anexas a ela. A pele é formada
por duas camadas: a epiderme e a derme. A epiderme, formada por tecido epitelial estratificado, é composta de
cinco estratos (basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo). Em algumas situações, o estrato lúcido não está
presente. A derme, por sua vez, também é dividida em duas camadas: a papilar e a reticular.
Em relação aos anexos, temos os pelos, as unhas e as glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias. Dentre suas
funções, podemos citar a proteção do organismo, termorregulação, percepção de sensações como dor, temperatura,
e pressão e secreção de substâncias."
→ Epiderme
Em algumas partes do corpo, como a planta do pé e a palma da mão, a epiderme apresenta-se mais grossa, com
mais camadas e muita queratina. Esse tipo de pele é denominado pele grossa ou espessa. Em regiões onde a
epiderme apresenta poucas camadas e pouca queratina, a denominação dada é a de pele fina ou delgada.
basal;
espinhoso;
granuloso;
lúcido;
córnea.
O estrato lúcido é observado apenas na pele espessa. O estrato basal destaca-se por
ser rico em células-tronco, motivo pelo qual é também conhecido como germinativo.
Nesse local observa-se uma intensa atividade mitótica, que, com o estrato espinhoso, garante a renovação
constante da epiderme.
Quando o estrato basal é danificado, a epiderme não se regenera. Nessa camada estão localizados também os
melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina. A melanina está relacionada com a cor da nossa pele
e proteção contra raios ultravioletas.
O estrato espinhoso, localizado acima do estrato basal, destaca-se por ter células com curtas expansões, que dão o
aspecto espinhoso à camada. O estrato chamado de granuloso destaca-se por ter células com grânulos acumulados.
Nele, observa-se de duas a cinco camadas de células achatadas.
O estrato lúcido não é observado em pele pouco espessa. A camada se caracteriza por ter células transparentes,
achatadas, mortas ou em degeneração. Por fim, temos o estrato córneo, composto por células achatadas, mortas e
completamente preenchidas por queratina. Trata-se da camada mais externa da pele e varia de espessura a
depender da região que estamos observando, sendo mais espessa, por exemplo, na palma das mãos e solas dos pés.
→ Derme
A derme está localizada logo abaixo da epiderme e é formada por tecido conjuntivo, sendo rica em fibras colágenas
e elásticas, as quais proporcionam resistência e firmeza da pele. Na derme estão presentes estruturas como vasos
sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, estruturas ausentes na epiderme. Na derme também se observa a presença
dos folículos pilosos e glândulas sudoríparas e sebáceas. A camada mais superior da derme é chamada de papilar, e a
mais inferior é chamada de reticular.
Pelos
O pelo é encontrado praticamente em todo o nosso corpo, estando ausente, por exemplo, nos lábios e na
palma das mãos e plantas dos pés. Os pelos são formados, principalmente, por queratina, e se desenvolvem
nos chamados folículos pilosos, os quais são invaginações da epiderme.
Unhas
As unhas são estruturas compostas por queratina e que estão localizadas nas pontas dos nossos dedos.
Estão relacionadas, por exemplo, com a proteção dessas extremidades, manipulação de pequenos objetos e,
no passado, com a nossa defesa.
Glândulas sudoríparas
As glândulas sudoríparas são responsáveis pela produção do suor. O suor é uma secreção bastante diluída,
que apresenta poucas proteínas, além de sódio, potássio, ácido úrico, amônia e ureia. É importante destacar
que o suor é praticamente inodoro, e o odor observado em algumas situações está relacionado com a ação
de bactérias. A principal função do suor é atuar na termorregulação do nosso corpo. Vale destacar que não é
apenas o suor que participa dessa função. A presença de pequenas artérias na derme também garante perda
ou retenção de calor. Quando essas artérias se dilatam, elas garantem que o calor seja irradiado, e, quando
se contraem, diminuem a perda de calor.
Glândulas sebáceas
As glândulas sebáceas são localizadas, geralmente, nas paredes dos folículos pilosos e são responsáveis pela
produção do sebo. O sebo atua, principalmente, na lubrificação da nossa pele.
Glândulas mamárias
Cada glândula mamária é formada por vários lóbulos de glândulas tubuloaveolares compostas. Em geral, são
observados de 15 a 25 lóbulos. Essas glândulas estão relacionadas com a produção de leite, uma secreção
que apresenta como papel principal nutrir os recém-nascidos.
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Sistema Esquelético
Esses diferentes tipos de ossos estão ligados uns aos outros por meio das articulações ósseas, que podem ser móveis,
como as do joelho, ou fixas (não permitindo a movimentação), como as dos ossos do crânio.
As Articulações
As articulações podem ser definidas como local de união entre dois ou mais ossos. Algumas articulações permitem a
movimentação do nosso esqueleto, sendo fundamental frisar que nem todas realizam tal função.
As articulações podem ser classificadas, de acordo com seu grau de movimentação, em três tipos básicos:
Sinartroses: também chamadas de articulações imóveis.
Anfiartroses: caracterizam-se por serem ligeiramente móveis.
Diartroses: capazes de permitir grande movimentação.
As articulações podem também ser classificadas, de acordo com o material encontrado entre os ossos, em:
Articulações fibrosas: presença de tecido conjuntivo fibroso entre os ossos. Essas articulações apresentam
mobilidade reduzida ou são imóveis. Existem dois tipos de articulações fibrosas: as suturas e as sindesmoses.
As suturas são encontradas nos ossos do crânio, e a membrana de tecido conjuntivo observada entre esses é
muito fina. As sindesmoses apresentam características similares às suturas, porém não são observadas no
crânio.
Articulações cartilaginosas: presença de tecido cartilaginoso entre os ossos e da redução de mobilidade.
Podemos classificar essas articulações em sincondroses, formadas por cartilagem hialina, e em sínfises, que
apresentam cartilagem fibrosa. Um exemplo de articulação cartilaginosa é a presente entre as porções
púbicas dos ossos do quadril.
Articulações sinoviais: presença de uma cápsula que delimita uma cavidade articular. Nessa cavidade é
encontrado um líquido viscoso que recebe o nome de líquido sinovial, o qual é rico em ácido hialurônico.
Esse ácido apresenta um importante efeito lubrificante. Esse tipo de articulação pode ser conferido na
complexa articulação do joelho.
Crânio: formado por 28 ossos, é a porção responsável por garantir, principalmente, a proteção do encéfalo.
Vértebras: formam a chamada coluna vertebral, a qual é composta por 26 ossos (33 vértebras). A coluna
garante a proteção da medula espinhal.
Costelas: formam, em seus 12 pares, a caixa torácica. Os sete pares superiores recebem o nome de costelas
verdadeiras e articulam-se diretamente com o esterno. Os três pares sequentes articulam-se de maneira
indireta e recebem o nome de falsas costelas. Vale destacar que a décima primeira e décima segunda costela
são chamadas de flutuantes e não fazem articulação com o esterno.
Esterno: localizado na parte anterior do tórax.
Osso hioide: não possui articulação e é encontrado entre a mandíbula e a laringe.
O esqueleto apendicular, por sua vez, é formado pelos membros e pelas cinturas escapular e pélvica.
Membros: Os membros superiores são formados pelo úmero, que forma o braço, pela ulna e pelo rádio, que
formam o antebraço. O punho e as mãos são formados, respectivamente, pelos carpo e metacarpos. Os
dedos, por sua vez, são formados pelas falanges. Já os membros inferiores são formados pelo fêmur, que é o
osso da coxa, pela a tíbia e pela fíbula, que formam a canela. O joelho é composto pela patela e nos pés
encontramos os ossos do tarso, metatarso e falanges.
Cinturas escapular e pélvica: A cintura escapular, que é formada pela clavícula e escápula, une o tórax aos
membros superiores, enquanto a cintura pélvica, que é formada pelo osso do quadril, liga-se ao sacro e aos
membros posteriores.
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Sistema muscular
Sistema muscular engloba os músculos do corpo e está relacionado, principalmente, com a nossa movimentação e a
de alguns órgãos internos.
O sistema muscular é o sistema formado pelo conjunto dos músculos do nosso corpo. Eles correspondem a cerca de
50% do peso total do nosso organismo, e a contração dessas estruturas é responsável por diversas funções, dentre as
quais podemos destacar a movimentação.
Tipos de músculos
O corpo humano é formado por três tipos musculares diferentes: o estriado esquelético, o estriado cardíaco e o não
estriado.
Os músculos estriados esqueléticos estão normalmente associados ao
sistema esquelético e possuem apenas movimentação voluntária, ou
seja, sua contração é consciente. O termo estriado está associado ao
fato de que esses músculos apresentam bandas claras e escuras, que
se dispõem de maneira alternada quando observadas em microscopia
óptica.
Os músculos estriados cardíacos, como o próprio nome indica, são
exclusivos do coração. Eles possuem aparência estriada, como o
esquelético, mas apresentam contrações involuntárias e vigorosas.
Os músculos não estriados, por sua vez, apresentam contração
involuntária e lenta e são encontrados no sistema digestório e
respiratório, bem como em algumas estruturas ocas, como a bexiga
urinária e o intestino delgado. Uma de suas características mais
marcantes é a ausência de estriações, o que é observado nos outros
tipos musculares.
Contração dos músculos esqueléticos
O corpo humano possui mais de 600 músculos esqueléticos,
que apresentam contração voluntária. Esses músculos são
formados por células alongadas e multinucleadas, as quais são
chamadas também de fibras musculares. Uma das
características marcantes desse tipo de tecido muscular é a
presença de estriações transversais.
As fibras musculares possuem filamentos de miosina e actina,
que são proteínas com capacidade de contração. A actina e
algumas outras proteínas que estão associadas formam os
chamados filamentos finos. Já a miosina forma os filamentos
espessos. Os filamentos finos e espessos alternam-se,
formando bandas claras e escuras.
As bandas claras são formadas por filamentos finos e recebem a denominação de bandas I. São chamadas assim
porque são isotrópicas ao microscópio de polarização. As bandas escuras são chamadas de bandas A, pois são
anisotrópicas ao microscópio de polarização e caracterizam-se pela presença de filamentos finos e também espessos.
No centro da banda I há uma linha escura, denominada linha Z. Ela delimita o sarcômero, o qual é formado por duas
metades de bandas I e uma banda A central. No centro da banda A, temos a banda H, uma região mais clara em que
somente filamentos de miosina são encontrados.
Na contração muscular ocorre o encurtamento dos sarcômeros e, consequentemente, de toda a fibra. Durante a
contração, observa-se uma sobreposição dos filamentos de actina aos de miosina, o que deixa as bandas I e H mais
estreitas. Para aprender mais sobre esse processo, não deixe de ler nosso texto: Contração em músculos
esqueléticos.
Músculos da face e do couro cabeludo: exemplos: orbicular do olho e elevador do lábio superior.
Músculos da mastigação: masseter e pterigoideo medial.
Músculos da parede abdominal: oblíquo interno e transverso do abdome.
Músculos que movem a cabeça e o ombro: trapézio e elevador da escápula.
Músculos que movem a coluna vertebral: longo do tórax e longo do pescoço.
Músculos que movem a língua: genioglosso e hioglosso.
Músculos que movem as articulações do quadril e joelho: glúteo máximo e abdutor longo.
Músculos que movem o antebraço: tríceps e bíceps.
Músculos que movem o pé e os dedos do pé: flexor longo dos dedos e abdutor do hálux.
Músculos que movem o polegar: extensor longo do polegar e extensor curto do polegar.
Músculos que movem o punho: flexor radial do carpo e extensor radial curto do carpo.
Músculos que movem o úmero: deltoide e supraespinhal.
Músculos que movem os dedos: flexor profundo dos dedos e extensor do indicador.
Músculos respiratórios: diafragma e intercostais externos.
Músculos supra e infra-hioides do pescoço: miloioideo e genioioideo.
Quando estudamos o sistema muscular, vemos a classificação dos músculos esqueléticos que formam nosso corpo.
Isso se deve ao fato de que os músculos não estriados fazem parte dos órgãos e normalmente não recebem
denominação própria, assim como o músculo estriado cardíaco, que está presente no coração.
Existem mais de 600 músculos esqueléticos no nosso corpo, o que representa cerca de 50% de toda nossa massa
corpórea. Eles são classificados com base em diversos critérios, tais como a sua origem e inserção, ação, função,
forma e arranjo das fibras, e número de cabeças.
Entende-se por origem o local em que o músculo está mais fixado e que funciona como a base para a sua ação. Já a
inserção é o ponto móvel no qual é possível observar o efeito do movimento. O glúteo mínimo, por exemplo, é um
músculo responsável pela abdução da coxa e tem sua origem na superfície lateral do íleo. Sua inserção é na
superfície anterior do fêmur, mais precisamente na região do trocanter maior (proeminência localizada na borda
superior do fêmur).
Quando os músculos são classificados de acordo com a sua ação, são denominados de extensores, flexores, adutores,
abdutores, rotadores, supinadores e pronadores. Veja a função de cada um:
Extensores: estiram um membro;
Flexores: são responsáveis pela flexão;
Adutores: levam um membro em direção à linha mediana do corpo;
Abdutores: movem o membro para fora dessa linha;
Rotadores: giram os membros;
Supinadores: viram a palma da mão para cima;
Pronadores: colocam a palma da mão para baixo.
Observando-se a função, os músculos podem ser classificados em agonistas, antagonistas e sinergistas. Os músculos
agonistas são responsáveis diretamente pelo movimento desejado, sendo os principais agentes na execução de um
movimento; os antagonistas são músculos que oferecem resistência à ação do músculo agonista; e os sinergistas são
músculos que auxiliam os antagonistas, garantindo que não ocorra movimentos em excesso.
Em relação à forma e ao arranjo das fibras, os músculos podem ser classificados em músculos de fibras paralelas ou
de fibras oblíquas à direção de tração exercida por eles. Como exemplo de músculos de fibras paralelas, podemos
citar o bíceps e o peitoral. Já como exemplo de músculo de fibras oblíquas, podemos citar o extensor longo dos
dedos do pé.
Por fim, quando o critério utilizado é número de cabeças, leva-se em consideração quantos tendões de origem o
músculo apresenta. O bíceps, por exemplo, apresenta duas cabeças; o tríceps, três; e o quadríceps, quatro.
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Sistema cardiovascular
O sistema cardiovascular, formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos, é o sistema responsável por
garantir a circulação de sangue por todo nosso corpo.
O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema responsável por garantir o
transporte de sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células recebam, por exemplo, nutrientes e
oxigênio. Esse sistema é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos.
→ Coração
O coração dos seres humanos, assim como o dos outros
mamíferos, é um órgão muscular formado por quatro
câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são as
câmaras responsáveis por garantir o recebimento do
sangue no coração, enquanto os ventrículos são as câmaras
responsáveis por garantir o bombeamento do sangue para
a fora do coração.
No lado esquerdo do coração, percebe-se a presença
apenas de sangue rico em oxigênio, enquanto do lado
direito observa-se a presença apenas de sangue rico em gás
carbônico. No coração, há ainda a presença de quatro
válvulas que impedem o refluxo do sangue, permitindo,
desse modo, um fluxo contínuo.
O coração apresenta três camadas ou túnicas: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio. O endocárdio é a camada
mais interna. O miocárdio é a camada média, a qual é formada por tecido muscular estriado cardíaco, sendo ela,
portanto, a responsável por assegurar que o sangue seja bombeado adequadamente devido às contrações
musculares. O miocárdio é a camada mais espessa do coração. Por fim, temos o epicárdio, que é a camada mais
externa. É no epicárdio que se acumula a camada de tecido adiposo que geralmente envolve o órgão.
O coração é capaz de contrair e também de relaxar, sendo chamada a contração de sístole e o relaxamento de
diástole. Quando ele contrai, bombeia sangue e quando relaxa, enche-se de sangue. Nos seres humanos, os
batimentos cardíacos originam-se no próprio coração. A região que origina o batimento cardíaco é chamada de nó
sinoatrial e ele é caracterizado por ser um aglomerado de células que produzem impulsos elétricos.
→ Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são um grande sistema de tubos fechados por onde o sangue circula. Os três principais vasos
sanguíneos encontrados no corpo são as artérias, veias e os capilares. Veja, a seguir, algumas características básicas
desses três vasos:
Artérias: As artérias são vasos que levam o sangue, a partir do coração, para os órgãos e tecidos do corpo.
Nesses vasos, o sangue corre em alta pressão. As artérias ramificam-se em arteríolas.
Capilares: São vasos sanguíneos muito delgados que garantem a troca de substâncias entre o sangue e os
tecidos do corpo.
Veias: Os capilares sanguíneos convergem para as chamadas vênulas, as quais convergem para as veias. As
veias são os vasos que garantem que o sangue retorne ao coração. Nesses vasos, o sangue corre em baixa
pressão e para evitar o refluxo do sangue as veias são dotadas de valvas.
Sistema Linfático
Sistema linfático, formado por uma rede de vasos e linfonodos, é o sistema do corpo que garante o fluxo do líquido
presente nos espaços teciduais de volta para o sangue.
O sistema linfático atua garantindo o retorno do fluido contido nos tecidos circundantes para o sangue. Esse fluido,
quando entra no sistema linfático, é chamado de linfa e possui uma circulação unidirecional, indo sempre em direção
ao coração. O sistema é formado pelos capilares linfáticos, vasos linfáticos, ductos linfáticos e linfonodos.
Quando o líquido presente nos espaços teciduais não é devidamente captado pelo sistema linfático, temos a
formação dos edemas. Na elefantíase, o edema formado provoca uma grande deformidade no órgão atingido.
O sistema linfático
Os capilares sanguíneos perdem para os tecidos circundantes uma grande quantidade de líquido bem como uma
pequena porção de proteínas. Em condições normais, a saída de líquidos dos capilares é maior do que sua absorção.
Desse modo, o líquido e as proteínas que ficam em excesso nos tecidos são retirados e devolvidos ao sangue por
meio do sistema linfático, formado por uma rede de canais interligados.
O sistema linfático é constituído por capilares linfáticos, vasos linfáticos, ductos linfáticos (ducto torácico e ducto
linfático direito) e linfonodos. Os capilares linfáticos são os menores vasos condutores do sistema linfático. Eles se
originam no tecido conjuntivo como microscópicos vasos de fundo cego, que se unem, formando vasos maiores, os
vasos linfáticos. Os capilares linfáticos apresentam uma única
camada de células endoteliais, enquanto os vasos linfáticos
possuem paredes de três camadas que se assemelham às paredes
presentes nas veias.
Assim como nas veias, os vasos linfáticos apresentam valvas que
garantem o fluxo da linfa em um único sentido. A movimentação
da linfa ocorre graças às forças externas que agem sobre as
paredes dos vasos, como a ação massageadora dos músculos
esqueléticos. Entre cada valva dos vasos linfáticos, é possível
perceber uma dilatação, e, como existem várias valvas nessas
estruturas, o vaso linfático adquire um aspecto de colar de
contas.
Os vasos linfáticos vão se juntando e terminam em dois grandes
ductos, o ducto torácico e o ducto linfático direito. O ducto
torácico é o maior vaso linfático do nosso corpo e é o tronco
comum a quase todos os vasos linfáticos. O ducto linfático direito
é menor e é responsável por transportar a linfa proveniente dos
locais que não foram recolhidos pelos vasos que desembocam no
ducto torácico.
O ducto torácico e o ducto linfático direito desembocam na
junção da veia jugular interna esquerda com a veia subclávia
esquerda, e na junção da veia subclávia direita com a veia jugular
direita interna, respectivamente.
No curso dos vasos linfáticos, encontramos os linfonodos, que são pequenos corpos ovais formados por tecido
linfático e envoltos por cápsulas de tecido conjuntivo. As cápsulas projetam-se para o interior dos linfonodos,
formando estruturas chamadas de trabéculas. Essas trabéculas dividem o parênquima em compartimentos.
O parênquima do linfonodo é formado por uma região cortical, logo abaixo da cápsula, e uma região medular, que
se encontra no centro do órgão. A região por onde entram e saem os vasos sanguíneos no linfonodo recebe o nome
de hilo.
A linfa circula no interior do linfonodo por uma via unidirecional. Ela entra no órgão por meio de vasos linfáticos
aferentes que desembocam na borda convexa do linfonodo e sai pelos vasos linfáticos eferentes que saem do hilo.
No interior dos linfonodos, encontra-se uma grande quantidade de células responsáveis pela nossa defesa, tais como
macrófagos e linfócitos. Quando a linfa passa no interior dos linfonodos, micro-organismos e partículas estranhas são
atacados pelo sistema imune. No momento em que nosso corpo está lutando contra uma infecção, é comum que os
linfonodos se tornem inchados e sensíveis.
Órgãos relacionados ao sistema linfático
O baço, as tonsilas e o timo são três órgãos intimamente relacionados com o sistema linfático. Neles se observa-se a
presença de grande quantidade de tecido linfoide, que, dentre outras características, destaca-se pela presença de
linfócitos. O baço está relacionado com funções como destruição de hemácias velhas e participação na resposta
imune. As tonsilas, por sua vez, atuam na proteção da entrada do sistema digestório e respiratório contra micro-
organismos. Por fim, o timo é o órgão em que os linfócitos T completam sua maturação.
Linfa
Linfa é o nome dado ao líquido perdido pelos capilares para os tecidos circundantes após entrar no sistema
linfático. Caracteriza-se por ser um fluido com composição muito semelhante à do plasma sanguíneo, entretanto,
diferencia-se desse último por possuir baixa concentração de proteínas. Na linfa é observada grande presença de
leucócitos, que são as células que atuam na defesa do nosso corpo. Dentre os leucócitos, destaca-se a presença de
linfócitos.
Edema
Em algumas situações, a quantidade de líquido nos tecidos ultrapassa a capacidade do sistema linfático de garantir o
retorno dele à circulação. Esse acúmulo provoca o que chamamos de edema. Esses edemas podem ter diferentes
causas, como um excesso de filtração nos capilares ou alguma obstrução dos vasos linfáticos.
A obstrução dos vasos linfáticos pode ser observada, por exemplo, no caso da elefantíase, também chamada de
filariose linfática. Essa doença é transmitida pela picada de um mosquito contaminado pelo nematoide chamado
Wuchereria bancrofti. Esse verme aloja-se no sistema linfático e atrapalha a circulação adequada da linfa,
provocando, desse modo, edema, que pode atingir membros, seios e bolsa escrotal. Nessa situação observamos
grande deformidade na região atingida.
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Sistema Nervoso
O sistema nervoso está relacionado com a captação, interpretação e resposta a estímulos.
Pode ser dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
O sistema nervoso é o sistema responsável por captar, processar e gerar respostas diante dos
estímulos aos quais somos submetidos. É devido à presença desse sistema que somos
capazes de sentir e reagir a diferentes alterações que ocorrem em nossa volta e mesmo no
interior do nosso corpo.
Medula espinhal
A medula espinhal, também chamada medula espinal, é uma estrutura em formato cilíndrico que está localizada no
interior da coluna vertebral. Nessa estrutura, observa-se a substância branca localizada mais externamente e a
substância cinzenta central formando a letra H.
A medula espinhal está relacionada com o ato reflexo, que se caracteriza por ser uma resposta rápida e involuntária
diante de algum estímulo, como tirar a mão ao encostar em uma chapa quente. Nesses reflexos o encéfalo não está
envolvido, o que significa que a medula espinhal pode atuar de maneira independente. O ato reflexo é constituído
basicamente por dois tipos de neurônios, um aferente e um eferente.
Encéfalo
O encéfalo está localizado dentro da caixa craniana e apresenta várias partes. A seguir, descreveremos as principais
estruturas encefálicas e algumas atividades desempenhadas por elas:
Tronco encefálico: é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo está relacionado com
audição, reflexos visuais e movimento de tração. A ponte, como o nome sugere, está relacionada com a
ligação entre várias partes do cérebro. O bulbo está relacionado com o controle de diversas funções, como
batimentos cardíacos, respiração e deglutição.
Cerebelo: está relacionado, principalmente, com a coordenação de movimentos e o equilíbrio do nosso
corpo.
Diencéfalo: é constituído pelo tálamo, hipotálamo e epitálamo. O tálamo é responsável por garantir que
impulsos sensitivos cheguem ao cérebro. O hipotálamo, por sua vez, está relacionado com várias funções,
como regulação de água, temperatura do corpo, controle da fome, entre outras. Essa porção do encéfalo
também atua produzindo hormônios. O epitálamo inclui a glândula pineal, a qual é responsável por produzir
melatonina.
Cérebro: é a porção mais desenvolvida do nosso encéfalo e é dividida em duas porções: os hemisférios
esquerdos e direito. Esses dois hemisférios estão unidos pelo chamado corpo caloso. O nosso cérebro é
responsável por garantir atividades motoras, memória, inteligência, emoção e razão.
Os nervos podem projetar-se da medula ou então originar-se do encéfalo. Os nervos espinhais são aqueles
que se projetam da medula, enquanto os nervos cranianos inervam-se do encéfalo. Existem 31 pares de
nervos espinhais e 12 pares de nervos cranianos.
→ Resumo
O sistema nervoso garante que os estímulos sejam captados e interpretados, e que respostas a esses
estímulos sejam geradas.
O sistema nervoso é constituído por tecido nervoso.
O sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e medula espinhal.
O sistema nervoso periférico é formado pelos gânglios e nervos.
O sistema nervoso autônomo apresenta duas divisões, a parassimpática e a simpática.
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Sistema Endócrino
O sistema endócrino é responsável por exercer várias funções no nosso corpo por meio da produção dos hormônios,
moléculas sinalizadoras que agem em todo o organismo.
Glândulas endócrinas
As glândulas são estruturas responsáveis pela secreção de substâncias. Podemos classificar as glândulas em
endócrinas, exócrinas e mistas. As glândulas endócrinas lançam suas secreções, denominadas de hormônios, no
sangue, por onde são transportadas até atingirem seu local de ação. São essas as glândulas que analisamos ao
estudar o sistema endócrino. As glândulas exócrinas, por sua vez, apresentam ductos que garantem que sua secreção
seja lançada em cavidades ou nas superfícies corporais. Por fim, temos as glândulas mistas, que apresentam porções
endócrinas e exócrinas.
Hormônios
(O pâncreas apresenta uma porção endócrina e uma porção exócrina. A porção endócrina é responsável pela síntese
de insulina e glucagon.)
Os hormônios são moléculas sinalizadoras que atuam em locais específicos do corpo. Eles circulam pelo organismo,
por meio da circulação sanguínea, e ligam-se a receptores específicos. Assim sendo, mesmo que um hormônio circule
por todo o corpo, só terá sua ação realizada quando alcançar a célula que apresenta receptores para aquele dado
hormônio.
Alguns hormônios atuam em várias células presentes no organismo, como a tiroxina, produzida pela tireoide, que
garante o aumento da velocidade de reações químicas em quase todas as células do corpo. Outros hormônios, no
entanto, atuam em tecidos-alvo, sendo esse o caso do hormônio adrenocorticotrófico, produzido pela hipófise, que
estimula o córtex da suprarrenal.
Os hormônios são essenciais para o funcionamento do corpo humano, atuando em praticamente todas as atividades
do nosso organismo. Reprodução, crescimento e mesmo o metabolismo são algumas das atividades que apresentam
regulação hormonal.
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Sistema Digestório
O sistema digestório garante que nosso corpo seja capaz de absorver os nutrientes dos alimentos, bem como
eliminar aquilo que não será aproveitado pelo organismo.
O sistema digestório é o sistema do corpo humano responsável por garantir o processamento do alimento que
ingerimos, promovendo a absorção dos nutrientes nele contidos e a eliminação do material que não será utilizado
pelo corpo. Esse processamento é garantido graças à ação dos vários órgãos que compõem o canal alimentar, bem
como pela presença de glândulas acessórias, que sintetizam substâncias que são essenciais no processo de digestão.
Os órgãos que compõem o sistema digestório são a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o
intestino grosso e o ânus. Já as glândulas acessórias desse sistema são as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado.
→ Boca
A boca é o local onde a digestão começa. Nossos dentes
promovem a digestão mecânica, garantindo que o alimento seja
rasgado, amassado e triturado. Além da atuação dos dentes, o
alimento na boca sofre a ação da saliva, a qual é secretada pelas
glândulas salivares. A saliva contém a enzima amilase, também
conhecida por ptialina, que promove o início da digestão dos
carboidratos.
A língua também é importante nessa etapa, garantindo que o
alimento se misture à saliva e forme o chamado bolo alimentar. É
a língua também que ajuda na deglutição do bolo alimentar,
empurrando-o em direção à faringe.
→ Faringe
Esse órgão é comum ao sistema digestório e respiratório, abrindo-se em direção à traqueia e ao esôfago. O bolo
alimentar segue da faringe para o esôfago.
→ Esôfago
É o órgão tubular e musculoso que conecta a faringe com o estômago. O bolo alimentar atinge o estômago graças às
contrações do músculo liso que forma o esôfago. Essas contrações são chamadas de contrações peristálticas.
→ Estômago
O estômago é o órgão dilatado do sistema digestório e está localizado logo abaixo do diafragma. Nesse órgão, o bolo
alimentar sofre a ação do suco digestivo, chamado suco gástrico, que é a ele misturado graças à atividade muscular
do órgão. Nesse momento, o bolo alimentar passa a ser chamado de quimo.
O suco gástrico apresenta entre seus componentes a pepsina, que atua na digestão de proteínas, e o ácido clorídrico,
que torna o pH do estômago baixo e promove a ativação da pepsina. Geralmente, o ácido clorídrico e a pepsina não
causam irritação na parede do estômago, pois esta apresenta um muco que a reveste. Além disso, há a renovação
constante das células que revestem o interior do estômago.
→ Intestino delgado
Trata-se da porção mais longa do sistema digestório, apresentando cerca de 6 m de comprimento. Possui três
segmentos: o duodeno, o jejuno e o íleo. Nessa porção do sistema digestório, a digestão é finalizada e há absorção
de nutrientes. O órgão é responsável pela maior parte do processo de digestão.
Na primeira porção, chamada de duodeno, o quimo, vindo do estômago, sofre a ação das secreções pancreáticas
(suco pancreático), da bile e de secreções produzidas pelo próprio intestino delgado (suco entérico ou intestinal). A
secreção pancreática, rica em bicarbonato, ajuda a neutralizar a acidez do quimo. Além disso, apresenta enzimas
diversas, como a tripsina e a quimiotripsina, que atuam nas proteínas.
A bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, atua como emulsificante, facilitando a digestão dos
lipídios. Já a secreção produzida pelo intestino delgado é rica em enzimas, como a aminopeptidase (atua nos
aminoácidos), nucleosidases e fosfatases (agem nos nucleotídeos).
O jejuno e íleo, as porções seguintes do intestino delgado, atuam, principalmente, na absorção de nutrientes, graças
à presença de vilosidades e microvilosidades. As vilosidades são dobras no revestimento do intestino, enquanto as
microvilosidades são projeções nas células epiteliais da vilosidade.
→ Intestino grosso
Com cerca de 1,5 m de comprimento, esse órgão é responsável pela absorção de água e formação da massa fecal.
Além disso, divide-se em ceco, cólon e reto. No ceco, observa-se uma projeção chamada de apêndice, bastante
conhecida por sua inflamação (apendicite). O reto termina em um estreito canal – chamado de canal anal –, o qual se
abre para o exterior no ânus, por onde as fezes são eliminadas.
Glândulas salivares: responsáveis pela produção da saliva, uma substância rica em água, mas que também
apresenta outros componentes, como enzimas e glicoproteínas. A saliva ajuda a lubrificar o bolo alimentar e
também possui ação antibacteriana.
Pâncreas: glândula mista, ou seja, possui funções endócrinas e exócrinas. Sua porção exócrina é responsável
pela produção do suco pancreático, que apresenta uma série de enzimas que atuam na digestão, além de
bicarbonato, que neutraliza a acidez do quimo. A porção endócrina do pâncreas é responsável pela produção
dos hormônios insulina e glucagon.
Fígado: segundo maior órgão do corpo humano, perdendo apenas para a pele. Atua em diversas funções no
organismo, porém, na digestão, seu papel é garantir a produção da bile, uma substância que é armazenada
na vesícula biliar e, posteriormente, é lançada no duodeno. A bile atua na emulsificação de gorduras,
funcionando como uma espécie de detergente, facilitando a ação das enzimas responsáveis pela quebra de
gordura.
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Sistema Respiratório
O sistema respiratório é responsável por garantir a captura do
oxigênio do meio ambiente e a liberação do gás carbônico para o
meio externo.
O sistema respiratório é o sistema responsável por garantir a
captação de oxigênio do meio ambiente e a liberação do gás
carbônico. Além disso, esse sistema está relacionado com o
olfato, ou seja, nossa capacidade de permitir odores e
relacionado também com a fala, devido à presença das
chamadas pregas vocais em um dos órgãos do sistema
respiratório.
Os órgãos do sistema respiratório são: fossas nasais, faringe (nasofaringe), laringe, traqueia, brônquios,
bronquíolos, alvéolos e pulmões.
Fossas nasais: o primeiro local por onde o ar passa. Nelas é possível observar três regiões: o vestíbulo, a área
respiratória e a área olfatória. O vestíbulo é a parte anterior e dilatada das fossas nasais, a qual se comunica
com o meio exterior. A região respiratória corresponde à maior parte das fossas nasais. Por fim, temos a área
olfatória que corresponde à parte superior das fossas nasais, a qual é rica em quimiorreceptores de olfação.
Faringe: é um órgão musculomembranoso comum ao sistema digestório e respiratório. A parte que faz parte
do sistema respiratório é denominada de nasofaringe, enquanto a parte digestória é denominada de
orofaringe. A nasofaringe está localizada posteriormente à cavidade nasal.
Laringe: é um tubo de cerca de 5 cm de comprimento que apresenta forma irregular e atua garantindo a
conexão entre a faringe e a traqueia. Na laringe, é possível perceber a chamada epiglote, que nada mais é do
que um prolongamento que se estende desse órgão em direção à faringe e evita que alimento adentre o
sistema respiratório. Além da epiglote, encontramos na laringe a presença das chamadas pregas vocais, que
são responsáveis pela produção de som.
Traqueia: é um tubo formado por cartilagens hialinas em formato de C, logo depois da laringe. A traqueia
ramifica-se dando origem a dois brônquios, denominados de brônquios primários.
Brônquios: são ramificações da traqueia, que penetram cada um em um pulmão, pela região do hilo. Esses
brônquios, denominados de brônquios primários ou principais, penetram pelos pulmões e ramificam-se em
três brônquios no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo. Esses brônquios, chamados de secundários ou
lobares, ramificam-se dando origem a brônquios terciários ou segmentares, que se ramificam dando origem
aos bronquíolos.
Bronquíolos: são ramificações dos brônquios, possuem diâmetro de cerca de 1 mm e não possuem
cartilagem. Esses também se ramificam, formando os bronquíolos terminais e, posteriormente, os
bronquíolos respiratórios. Os bronquíolos respiratórios marcam a transição para a parte respiratória e
abrem-se no chamado ducto alveolar.
Alvéolos pulmonares: são estruturas que fazem parte da última porção da árvore brônquica e estão
localizadas no final dos ductos alveolares. São semelhantes a pequenas bolsas, apresentam uma parede
epitelial fina e são o local onde ocorrem as trocas gasosas. Geralmente, os alvéolos estão organizados em
grupos chamados de saco alveolar.
Pulmões: são órgãos em formato de cone que apresentam consistência esponjosa e apresenta maior parte
de seu parênquima formado pelos alvéolos, sendo estimada a presença de cerca de 300 milhões de alvéolos
nos pulmões. Cada pulmão é revestido por uma membrana chamada de pleura. O pulmão de uma criança,
geralmente, apresenta a coloração rósea, enquanto do adulto pode ter uma coloração mais escura devido à
maior exposição à poeira e à fuligem.
Inspiração e expiração
A respiração é conseguida graças à realização de dois movimentos respiratórios: a inspiração e a expiração.
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Sistema Urinário
Composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra, o sistema urinário é o responsável por formar e
garantir a eliminação da urina para fora do corpo.
O sistema urinário, ou aparelho urinário, é o sistema responsável por produzir, armazenar temporariamente e
eliminar a urina, um composto que garante a eliminação de substâncias que estão em excesso no organismo e
resíduos oriundos do metabolismo. A seguir falaremos mais sobre esse importante sistema, que é essencial para
garantir a manutenção do equilíbrio interno do nosso corpo.
→ Rins
Os rins são encontrados em número de dois no nosso
corpo, sendo eles os órgãos responsáveis pela
produção da urina. Estão localizados junto à parede
posterior do abdômen, abaixo do diafragma.
Possuem cerca de 10 cm de comprimento, peso
aproximado de 120 a 280 g e formato que lembra um
feijão, apresentando uma borda convexa e uma borda
côncava. Na parte côncava, é possível observar uma
região denominada de hilo, local onde entram e saem
vasos sanguíneos, entram nervos e saem os ureteres.
Quando observamos internamente, vemos que os rins possuem duas regiões bem distintas: um córtex e uma
medula. O córtex está localizado mais externamente, enquanto a medula está localizada mais internamente e é
visualizada como uma região mais escuras. A porção superior e expandida do ureter é denominada de pelve renal e
comunica-se com a medula renal. A pelve ramifica-se em direção à medula em cálices maiores, que se ramificam em
cálices menores.
As unidades funcionais dos rins são os chamados néfrons, os quais são constituídos pelo corpúsculo renal e pelos
túbulos renais. O corpúsculo renal, também chamado de corpúsculo de Malpighi, é formado por um glomérulo
(enovelado de capilares) envolvido por uma cápsula (cápsula de Bowman). Os túbulos renais partem da cápsula e
apresentam-se como uma sequência de túbulos: túbulo proximal, alça de Henle e túbulo distal. Esse último abre-se
no ducto coletor.
Os néfrons são classificados em corticais e justamedulares. Os néfrons corticais são aqueles que apenas uma porção
adentra a medula renal, enquanto os néfrons justamedulares estendem-se mais profundamente na medula.
→ Ureteres
Os ureteres são ductos que levam a urina do rim para a bexiga. São encontrados em nosso corpo dois ureteres, cada
um partindo de um dos rins. Em média, os ureteres apresentam de 25 a 30 cm de comprimento e 4 a 5 mm de
diâmetro.
→ Bexiga urinária
A bexiga urinária é um órgão muscular oco que serve de reservatório
para a urina e gradativamente distende-se conforme esse produto
acumula-se. Há músculos próximos ao local de junção entre a uretra e a
bexiga, que atuam regulando a micção.
→ Uretra
A uretra é um órgão que garante a eliminação da urina para o meio externo. No homem, a uretra apresenta um
comprimento médio de 20 cm e pode ser dividida em três porções: prostática, membranosa e cavernosa ou peniana.
A prostática passa próxima à bexiga e no interior da próstata, a membranosa possui apenas um centímetro de
extensão e conecta-se com a cavernosa, que se localiza no interior do corpo cavernoso do pênis. A uretra da mulher
apresenta cerca de 4 cm de comprimento.
O filtrado segue, então, para os túbulos renais, onde passa pelos processos de reabsorção e secreção. Na reabsorção,
algumas substâncias são reabsorvidas para o sangue, enquanto no
processo de secreção, substâncias são adicionadas ao filtrado. A
reabsorção é importante, pois garante que água, íons e glicose, por
exemplo, sejam reabsorvidos. A urina é resultado, portanto, dos
processos de filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção
tubular.
Após passar pelo túbulo renal, a urina segue para o ducto coletor, que
leva o composto até a pelve renal (porção superior do ureter), saindo
do rim, portanto, via ureter. Como dito anteriormente, do ureter, a
urina segue até a bexiga, onde é armazenada e depois eliminada pela
uretra."
A bexiga está localizada em frente ao reto. Nos homens, essa se separa do reto pelas vesículas seminais,
enquanto na mulher, observa-se a presença da vagina e útero.
A uretra no homem apresenta outra função além de garantir a eliminação da urina. Nesse sexo, a uretra dá
passagem também ao sêmen durante a ejaculação. No sexo feminino, por sua vez, a uretra é considerada um
órgão exclusivo do sistema urinário.
A uretra masculina é maior que a uretra feminina. Enquanto a uretra masculina possui cerca de 20 cm, a
feminina apresenta apenas 4 cm.
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Sistema Reprodutor
Sistema reprodutor, ou sistema genital, é responsável por garantir a perpetuação da espécie. Nesse sistema
encontram-se as gônadas, responsáveis por produzir gametas.
O sistema reprodutor, também chamado de sistema genital, é responsável por proporcionar as condições adequadas
para a nossa reprodução. O sistema reprodutor masculino é responsável por garantir a produção do gameta
masculino (espermatozoide) e depositá-lo no interior do corpo da mulher. O sistema reprodutor feminino, por sua
vez, atua produzindo o gameta feminino (ovócito secundário) e também servindo de local para a fecundação e
desenvolvimento do bebê.
O espermatozoide é depositado dentro do corpo da fêmea no momento da cópula, e a fecundação ocorre no interior
do sistema reprodutor feminino, mais frequentemente na tuba uterina. Após a fecundação, forma-se o zigoto, o qual
inicia uma série de divisões celulares enquanto é levado em direção ao útero. O embrião implanta-se no endométrio
do útero, e ali é iniciado o seu desenvolvimento. A gestação humana dura cerca de 40 semanas.
Ovários: no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais são responsáveis por produzir os
gametas femininos. Nesses órgãos são produzidos também os hormônios estrogênio e progesterona,
relacionados com a manutenção do ciclo menstrual, sendo o estrogênio relacionado também com o
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas uterinas, as quais apresentam uma
extremidade que atravessa a parede do útero e outra que se abre próximo do ovário e tem prolongamentos
denominados de fímbrias. A fecundação ocorre, geralmente, na região das tubas uterinas.
Útero: é um órgão muscular, em forma de pera, no qual se desenvolve o bebê durante a gravidez. A parede
do órgão é espessa e possui três camadas. A camada mais espessa é chamada de miométrio e é formada por
grande quantidade de fibras musculares lisas. A mais interna, chamada de endométrio, destaca-se por ser
perdida durante a menstruação. O colo do útero, também chamado de cervice, abre-se na vagina.
Vagina: é um canal elástico no qual o pênis é inserido durante a relação sexual e o espermatozoide é
depositado. Esse canal é também por onde o bebê passa durante o parto normal.
Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores, os lábios menores, a abertura
vaginal, a abertura da uretra e o clitóris. Esse último é formado por um tecido erétil e apresenta muitas
terminações nervosas, sendo um local de grande sensibilidade.