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Anatomia

Anatomia humana é a ciência que estuda a estrutura e a forma do corpo humano. A sua compreensão é
importante para entender o funcionamento do organismo.
O estudo da anatomia humana permite compreender como é a estrutura do nosso corpo.
A anatomia humana estuda a forma e a estrutura do corpo humano. É uma ciência intimamente relacionada com
a fisiologia, uma vez que, para compreender a função de uma estrutura, é fundamental compreender sua
organização.
A anatomia humana pode ser chamada de macroscópica, quando observa as estruturas sem necessidade de objetos
de ampliação, ou de microscópica, quando utiliza microscópio para melhor visualização. De acordo com o método de
estudo, a anatomia pode ser sistêmica, topográfica, radiológica, de superfície, seccional ou comparada.

Resumo sobre anatomia humana

 É a ciência que estuda a estrutura e a forma do corpo humano e suas partes.


 Seu estudo é realizado desde os primórdios da humanidade.
 A dissecação é uma técnica importante dessa ciência e, por muito tempo, foi proibida.
 De acordo com o método de observação, a anatomia é dividida em microscópica ou macroscópica.
 De acordo com o método de estudo, a anatomia pode ser sistêmica, topográfica, radiológica, de
superfície, seccional ou comparada.
 Anatomia e fisiologia humana são duas ciências que andam juntas.
 A posição anatômica é a posição padrão adotada nas descrições anatômicas.

O que é anatomia humana?

A anatomia humana é a ciência que estuda a forma e a estrutura do organismo humano e das partes que o
compõem. O termo anatomia é derivado do grego ana, que significa “partes”, e tomei, que significa “cortar”.
Na anatomia, cortar e explorar o corpo humano é extremamente importante para visualizar e estudar órgãos e
regiões que existem no nosso corpo, de forma que a dissecação de cadáveres é o principal método de ensino e
aprendizagem.
A anatomia humana é estudada desde os primórdios da história da humanidade, tendo evoluído à medida que
novas técnicas foram surgindo. As primeiras dissecações públicas de corpos humanos e animais foram realizadas,
segundo os registros de Galeno, por Herófilo (ca. 300 a. C.) e Erasístrato (ca. 290 a. C.) na famosa Escola de
Alexandria. Posteriormente, no século 2 d.C., a dissecação humana, por motivos éticos e religiosos, foi proibida

Divisões da anatomia humana

A anatomia humana pode ser dividida utilizando-se como critério o método de observação ou o método de
estudo.

→ Divisão da anatomia humana pelo método de observação

O método de observação leva em consideração a maneira como uma estrutura é observada. De acordo com
esse método, a anatomia é dividida em:
 Macroscópica: aquela em que você observa uma estrutura corporal a olho nu, sem necessidade de
aparelhos para ampliá-la.
 Microscópica: aquela em que as estruturas observadas são pequenas, e faz-se necessário o uso de um
microscópico para observá-las.
→ Divisão da anatomia humana pelo método de estudo

O método de estudo leva em conta a maneira como o corpo humano é estudado. Em relação a esse método, a
anatomia pode ser dividida em:
 Sistêmica (ou descritiva): divide o corpo em sistemas orgânicos.
 Topográfica (ou regional): divide o corpo em segmentos ou regiões.
 Radiológica: estuda o corpo humano com base no uso de imagens.
 De superfície: foca o estudo nos relevos e depressões existentes na superfície do corpo.
 Seccional: analisa os cortes seriados.
 Comparada: como nome sugere, compara o organismo humano com o de outros animais.

Anatomia e fisiologia humana

 Anatomia humana: ciência voltada para o estudo da estrutura e forma do organismo humano.


 Fisiologia humana: ciência que estuda as funções do organismo e cada uma de suas partes.

Separar o estudo da anatomia, do estudo da fisiologia, nem sempre é tarefa fácil, pois conhecer sua estrutura é
fundamental para compreender como o organismo funciona. Portanto, essas duas áreas estão, completamente,
inter-relacionadas.

O que é posição anatômica?

A posição anatômica é uma posição padrão adotada nas descrições anatômicas, facilitando, desse modo, a
descrição das estruturas do nosso organismo em todo mundo. Um organismo em posição anatômica está em pé
(posição ortostática), face virada para frente e olhando para o horizonte, membros inferiores unidos, membros
superiores estendidos e com as palmas das mãos voltadas para a frente.

O corpo pode ser dividido levando-se em consideração as seguintes direções:

 superior: parte superior do corpo;


 inferior: parte inferior do corpo;
 anterior: frente do corpo;
 posterior: parte de trás do corpo;
 cefálica: região mais próxima à cabeça;
 medial: região mais perto da linha mediana do corpo;
 lateral: região mais próxima da lateral do corpo e mais afastada da linha mediana;
 proximal: região próxima da raiz do membro;
 distal: região mais distante da raiz do membro.

Além das direções, não podemos deixar de citar os planos anatômicos, usados para dividir o corpo. Esses planos
são:

 Sagital mediano: divide o corpo em metades: direita e esquerda.


 Sagital: qualquer plano paralelo ao sagital mediano que divide o corpo em porções direita e
esquerda.
 Horizontal ou transversal: divide o corpo em porção superior e inferior.
 Frontal ou coronal: divide o corpo em porções anterior e posterior.
Os sistemas do corpo humano: principais órgãos e funções

→ Sistema tegumentar

O sistema tegumentar é formado pela pele e seus anexos. Atua impedindo a entrada de micro-organismos no
nosso corpo, evitando a perda exagerada de água, protegendo contra a radiação ultravioleta, promovendo
percepção sensorial, entre outras funções.

→ Sistema esquelético

O sistema esquelético é formado pelos ossos, cartilagens e ligamentos. Atua, entre outras funções, auxiliando


no movimento do corpo, protegendo órgãos internos, armazenando sais minerais e produzindo células
sanguíneas.

→ Sistema muscular

O sistema muscular é formado pelos músculos e atua, entre outras funções, na manutenção da postura e
realização de movimentos.

→ Sistema cardiovascular

O sistema cardiovascular é formado por coração e vasos sanguíneos e atua garantindo a distribuição


do sangue para várias partes do corpo.

→ Sistema linfático

Sistema linfático é formado pelos vasos linfáticos e órgãos linfoides. É um importante sistema de drenagem,
relacionado com a remoção do excesso de líquido, proteínas e outros materiais dos espaços teciduais.

→ Sistema nervoso

O sistema nervoso pode ser dividido em central e periférico, sendo o primeiro composto por encéfalo e medula
espinhal e o segundo constituído por nervos, terminações nervosas e gânglios. O sistema nervoso atua na
coordenação e integração dos sistemas orgânicos. É graças a ele que somos capazes de perceber o meio
ambiente, interpretar essas informações e gerar respostas.

→ Sistema endócrino

O sistema endócrino é formado pelo conjunto das glândulas endócrinas do nosso corpo, ou seja, glândulas que
secretam hormônios. Libera hormônios relacionados com diferentes funções, que vão desde a regulação do
crescimento e desenvolvimento até a reprodução.

→ Sistema digestório

O sistema digestório é formado por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e


glândulas acessórias. Tem como principal função garantir a absorção dos nutrientes presentes nos alimentos
que consumimos.
→ Sistema respiratório

O sistema respiratório é constituído por nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios,


bronquíolos, alvéolos e pulmões. Garante que o oxigênio chegue até nossos pulmões, nos quais é transferido
para o sangue, e promove a eliminação de gás carbônico do organismo.

→ Sistema urinário

O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. É responsável por filtrar o sangue e produzir a
urina, um processo que garante a retirada de substâncias tóxicas e que estão em excesso no nosso organismo.

→ Sistema reprodutor masculino

O sistema reprodutor masculino é formado por testículos, epidídimo, ductos deferentes, uretra, pênis e


algumas glândulas. Esse sistema garante a produção dos espermatozoides e sua transferência para o sistema
reprodutor feminino.

→ Sistema reprodutor feminino

O sistema reprodutor feminino é formado por ovários, tuba uterina, útero, vagina e vulva. É responsável por
produzir os ovócitos, receber o espermatozoide durante a cópula e garantir o desenvolvimento de um novo ser
em formação.

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Sistema Tegumentar

O sistema tegumentar é composto pela pele e anexos (glândulas, unhas, cabelos, pelos e receptores sensoriais) e
tem importantes funções, sendo a principal agir como barreira, protegendo o corpo da invasão de microrganismos e
evitando o ressecamento e perda de água para o meio externo.
Entre os vertebrados, o tegumento é composto por camadas: a mais externa, a epiderme é formada por tecido
epitelial, a camada subjacente de tecido conjuntivo é a derme, seguida por um tecido subcutâneo, também
conhecida como hipoderme. Há também uma cobertura impermeável, a cutícula. Há uma variedade de anexos, tais
como pelos, escamas, chifres, garras e penas.

Funções do Tegumento

 Envolve e protege os tecidos e órgãos do corpo;


 Protege contra a entrada de agentes infecciosos;
 Evita que o organismo desidrate;
 Controla a temperatura corporal, protegendo contra mudanças bruscas de temperatura;
 Participa da eliminação de resíduos, agindo como sistema excretor também;
 Atua na relação do corpo com o meio externo através dos sentidos, trabalhando em conjunto com o sistema
nervoso;
 Armazena água e gordura nas suas células.
Anatomia da Pele

Epiderme
A epiderme é constituída de tecido epitelial, cujas células
apresentam diferentes formatos e funções. Elas são originadas
na camada basal, e se movem para cima, tornando-se mais
achatadas à medida que sobem. Quando chegam na camada
mais superficial (camada córnea) as células estão mortas (e sem
núcleo) e são compostas em grande parte por queratina. Entre
a camada basal (mais interna) e a córnea (mais externa), há
a camada granulosa, onde as células estão repletas de grânulos
de queratina e a espinhosa, na qual as células possuem
prolongamentos que as mantêm juntas, dando-lhe esse aspecto.
Nos vertebrados terrestres, as células da camada córnea
são eliminadas periodicamente, tal como em répteis que trocam
a pele, ou continuamente em placas ou escamas, como acontece nos mamíferos assim como nos humanos

Derme
Observe na figura a seguir um corte transversal da pele
visto ao microscópio. A parte superior (mais escura) é a
epiderme e a parte mais clara representa a derme, com as
papilas dérmicas em contato com as reentrâncias
epidérmicas.
A derme é constituída de tecido conjuntivo fibroso, vasos
sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas e fibras
musculares lisas. É uma camada de espessura variável
que une a epiderme ao tecido subcutâneo, ouhipoderme.
Sua superfície é irregular com saliências, as papilas
dérmicas, que acompanham as reentrâncias da epiderme.

Apêndices da Pele

Unhas, Cabelos e Pelos


As unhas são placas de queratina localizadas nas pontas dos dedos que ajudam a agarrar os objetos. Os pelos estão
espalhados pelo corpo todo, com exceção das palmas das mãos, das solas dos pés e de certas áreas da região
genital. Eles são formados de queratina e restos de células epidérmicas mortas compactadas e se formam dentro
do folículo piloso. Os cabelos, espalhados pela cabeça crescem graças às células mortas queratinizadas produzidas
no fundo do folículo; elas produzem queratina, morrem e são achatadas formando o cabelo. A cor dos pelos e
cabelos é determinada pela quantidade de melanina produzida, quanto mais pigmento houver mais escuro será o
cabelo.

Receptores Sensoriais
são ramificações de fibras nervosas, algumas se encontram
encapsuladas formando corpúsculos, outras estão soltas como as
que se enrolam em torno do folículo piloso. Possuem função
sensorial, sendo capazes de receber estímulos mecânicos, de
pressão, de temperatura ou de dor. São eles: Corpúsculos de Ruffini,
Corpúsculos de Paccini, Bulbos de Krause, Corpúsculos de Meissner,
Discos de Merkel, Terminais do Folículo Piloso e Terminações
Nervosas Livres. Veja a figura a seguir:
Glândulas
São exócrinas já que liberam suas secreções para fora do corpo. As glândulas sebáceas são bolsas que secretam o
sebo (substância oleosa) junto aos folículos pilosos para lubrifica-los. Já as glândulas sudoríparastêm forma tubular
enovelada e secretam o suor (fluido corporal constituído de água e íons de sódio, potássio e cloreto, entre outros
elementos) através de poros na superfície da pele. O suor ajuda a controlar a temperatura corporal.

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Sistema tegumentar é o sistema do nosso corpo formado pela pele e pelas estruturas anexas a ela. A pele é formada
por duas camadas: a epiderme e a derme. A epiderme, formada por tecido epitelial estratificado, é composta de
cinco estratos (basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo). Em algumas situações, o estrato lúcido não está
presente. A derme, por sua vez, também é dividida em duas camadas: a papilar e a reticular.

Em relação aos anexos, temos os pelos, as unhas e as glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias. Dentre suas
funções, podemos citar a proteção do organismo, termorregulação, percepção de sensações como dor, temperatura,
e pressão e secreção de substâncias."

Resumo sobre sistema tegumentar

 O sistema tegumentar é formado pela pele e suas estruturas anexas.


 A pele é formada pela epiderme e a derme.
 A epiderme é divida em estratos basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo.
 A derme é dividida em camada papilar e camada reticular.
 Algumas das funções do sistema tegumentar são revestimento do corpo e proteção contra micro-
organismos, radiação ultravioleta, e perda de água.

Quais são as partes que compõem o sistema tegumentar?


O sistema tegumentar é constituído pela pele e por seus anexos (pelos, unhas e glândulas sudoríparas, sebáceas e
mamárias). A pele é formada pela epiderme e derme, sendo a epiderme uma porção constituída por tecido epitelial
e a derme, por tecido conjuntivo. A hipoderme encontra-se abaixo da derme e não constitui uma das camadas da
pele, apesar de alguns autores assim a considerarem.

Camadas da pele e suas funções no sistema tegumentar


A pele é formada por duas camadas: epiderme e derme. Como
salientado, a epiderme é formada por tecido epitelial, enquanto a derme
é constituída por tecido conjuntivo.
A pele pode ser dividida em epiderme e derme. A hipoderme, que fica
abaixo da derme, não constitui uma camada.

→ Epiderme
Em algumas partes do corpo, como a planta do pé e a palma da mão, a epiderme apresenta-se mais grossa, com
mais camadas e muita queratina. Esse tipo de pele é denominado pele grossa ou espessa. Em regiões onde a
epiderme apresenta poucas camadas e pouca queratina, a denominação dada é a de pele fina ou delgada.

A epiderme apresenta cinco camadas ou estratos, chamados de:

 basal;
 espinhoso;
 granuloso;
 lúcido;
 córnea.

O estrato lúcido é observado apenas na pele espessa. O estrato basal destaca-se por
ser rico em células-tronco, motivo pelo qual é também conhecido como germinativo.
Nesse local observa-se uma intensa atividade mitótica, que, com o estrato espinhoso, garante a renovação
constante da epiderme.
Quando o estrato basal é danificado, a epiderme não se regenera. Nessa camada estão localizados também os
melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina. A melanina está relacionada com a cor da nossa pele
e proteção contra raios ultravioletas.
O estrato espinhoso, localizado acima do estrato basal, destaca-se por ter células com curtas expansões, que dão o
aspecto espinhoso à camada. O estrato chamado de granuloso destaca-se por ter células com grânulos acumulados.
Nele, observa-se de duas a cinco camadas de células achatadas.
O estrato lúcido não é observado em pele pouco espessa. A camada se caracteriza por ter células transparentes,
achatadas, mortas ou em degeneração. Por fim, temos o estrato córneo, composto por células achatadas, mortas e
completamente preenchidas por queratina. Trata-se da camada mais externa da pele e varia de espessura a
depender da região que estamos observando, sendo mais espessa, por exemplo, na palma das mãos e solas dos pés.

→ Derme
A derme está localizada logo abaixo da epiderme e é formada por tecido conjuntivo, sendo rica em fibras colágenas
e elásticas, as quais proporcionam resistência e firmeza da pele. Na derme estão presentes estruturas como vasos
sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, estruturas ausentes na epiderme. Na derme também se observa a presença
dos folículos pilosos e glândulas sudoríparas e sebáceas. A camada mais superior da derme é chamada de papilar, e a
mais inferior é chamada de reticular.

Anexos da pele e sua atuação no sistema tegumentar

Pelos
 O pelo é encontrado praticamente em todo o nosso corpo, estando ausente, por exemplo, nos lábios e na
palma das mãos e plantas dos pés. Os pelos são formados, principalmente, por queratina, e se desenvolvem
nos chamados folículos pilosos, os quais são invaginações da epiderme.

Unhas
 As unhas são estruturas compostas por queratina e que estão localizadas nas pontas dos nossos dedos.
Estão relacionadas, por exemplo, com a proteção dessas extremidades, manipulação de pequenos objetos e,
no passado, com a nossa defesa.

Glândulas sudoríparas
 As glândulas sudoríparas são responsáveis pela produção do suor. O suor é uma secreção bastante diluída,
que apresenta poucas proteínas, além de sódio, potássio, ácido úrico, amônia e ureia. É importante destacar
que o suor é praticamente inodoro, e o odor observado em algumas situações está relacionado com a ação
de bactérias. A principal função do suor é atuar na termorregulação do nosso corpo. Vale destacar que não é
apenas o suor que participa dessa função. A presença de pequenas artérias na derme também garante perda
ou retenção de calor. Quando essas artérias se dilatam, elas garantem que o calor seja irradiado, e, quando
se contraem, diminuem a perda de calor.

Glândulas sebáceas
 As glândulas sebáceas são localizadas, geralmente, nas paredes dos folículos pilosos e são responsáveis pela
produção do sebo. O sebo atua, principalmente, na lubrificação da nossa pele.

Glândulas mamárias
 Cada glândula mamária é formada por vários lóbulos de glândulas tubuloaveolares compostas. Em geral, são
observados de 15 a 25 lóbulos. Essas glândulas estão relacionadas com a produção de leite, uma secreção
que apresenta como papel principal nutrir os recém-nascidos.

Principais funções do sistema tegumentar


A pele e seus anexos formam o sistema tegumentar e estão relacionados com várias funções importantes do nosso
organismo. Vejamos, a seguir, algumas das funções atribuídas a esse importante sistema:

 A pele atua como um importante revestimento do corpo.


 Devido à presença de receptores sensitivos, a pele permite a percepção de sensações como dor,
temperatura e pressão.
 A pele protege o corpo contra agentes irritantes e microrganismos.
 A pele protege contra perda de líquidos.
 A pele nos protege da radiação ultravioleta.
 A pele participa da síntese e do armazenamento de vitamina D.
 As glândulas sudoríparas atuam na termorregulação.
 As unhas nos ajudam a manusear objetos e protegem nossos dedos.
 As glândulas mamárias promovem a secreção de substância que alimenta os recém-nascidos.
 Os pelos atuam na proteção e também na termorregulação

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Sistema Esquelético

Sistema esquelético é fundamental para o funcionamento do nosso


corpo, uma vez que está relacionado com a sustentação, a proteção
dos órgãos vitais e a movimentação.
O sistema esquelético é composto por ossos e cartilagens que estão
perfeitamente arranjados na formação do nosso esqueleto. O
esqueleto humano adulto é formado por 206 ossos, que atuam na
sustentação do organismo, proteção dos órgãos vitais, garantia da
movimentação, produção de células sanguíneas e armazenamento de
alguns sais minerais, tais como cálcio e fósforo.

Ossos do corpo humano

Os ossos são formados por um tipo especial de tecido conjuntivo, o


tecido ósseo, que possui uma matriz intracelular mineralizada. Esse
tecido, apesar do que muitos pensam, é formado por células vivas: os
osteoblastos, osteoclastos e osteócitos.
O primeiro grupo de células é responsável pela síntese da matriz
óssea, estando essas células relacionadas com a reparação do osso. Os osteoclastos atuam na reabsorção do tecido
ósseo. Já os osteócitos estão relacionados com a manutenção da matriz e com a sua reabsorção quando estimulados
pelo hormônio da paratireoide.

→ Classificação dos ossos


Didaticamente, costuma-se classificar os ossos, de acordo com a sua forma, em cinco tipos principais: longos, curtos,
planos, irregulares e sesamoides. Observe a seguir as principais características de cada tipo:
 Ossos longos: apresentam maior comprimento em relação à largura e espessura. Entre seus exemplos, estão
o fêmur e a ulna.
 Ossos curtos: todas as dimensões (comprimento, largura e espessura) são equivalentes. Entre seus
exemplos, estão o tarso e o carpo.
 Ossos planos ou laminares: possuem fina espessura e comprimento e largura equivalentes. Como exemplo,
podemos citar os ossos do crânio.
 Ossos irregulares: não apresenta uma forma geométrica definida. Como exemplo, podemos citar as
vértebras.
 Ossos sesamoides: são pequenos e arredondados, seu principal exemplo é a patela.

Esses diferentes tipos de ossos estão ligados uns aos outros por meio das articulações ósseas, que podem ser móveis,
como as do joelho, ou fixas (não permitindo a movimentação), como as dos ossos do crânio.
As Articulações
As articulações podem ser definidas como local de união entre dois ou mais ossos. Algumas articulações permitem a
movimentação do nosso esqueleto, sendo fundamental frisar que nem todas realizam tal função.

As articulações podem ser classificadas, de acordo com seu grau de movimentação, em três tipos básicos:
 Sinartroses: também chamadas de articulações imóveis.
 Anfiartroses: caracterizam-se por serem ligeiramente móveis.
 Diartroses: capazes de permitir grande movimentação.

As articulações podem também ser classificadas, de acordo com o material encontrado entre os ossos, em:

 Articulações fibrosas: presença de tecido conjuntivo fibroso entre os ossos. Essas articulações apresentam
mobilidade reduzida ou são imóveis. Existem dois tipos de articulações fibrosas: as suturas e as sindesmoses.
As suturas são encontradas nos ossos do crânio, e a membrana de tecido conjuntivo observada entre esses é
muito fina. As sindesmoses apresentam características similares às suturas, porém não são observadas no
crânio.
 Articulações cartilaginosas: presença de tecido cartilaginoso entre os ossos e da redução de mobilidade.
Podemos classificar essas articulações em sincondroses, formadas por cartilagem hialina, e em sínfises, que
apresentam cartilagem fibrosa. Um exemplo de articulação cartilaginosa é a presente entre as porções
púbicas dos ossos do quadril.
 Articulações sinoviais: presença de uma cápsula que delimita uma cavidade articular. Nessa cavidade é
encontrado um líquido viscoso que recebe o nome de líquido sinovial, o qual é rico em ácido hialurônico.
Esse ácido apresenta um importante efeito lubrificante. Esse tipo de articulação pode ser conferido na
complexa articulação do joelho.

Esqueleto axial e apendicular


O esqueleto humano pode ser dividido em duas porções: axial e apendicular.
No chamado esqueleto axial, temos o crânio, as vértebras, as costelas, o esterno e o osso hioide:

 Crânio: formado por 28 ossos, é a porção responsável por garantir, principalmente, a proteção do encéfalo.
 Vértebras: formam a chamada coluna vertebral, a qual é composta por 26 ossos (33 vértebras). A coluna
garante a proteção da medula espinhal.
 Costelas: formam, em seus 12 pares, a caixa torácica. Os sete pares superiores recebem o nome de costelas
verdadeiras e articulam-se diretamente com o esterno. Os três pares sequentes articulam-se de maneira
indireta e recebem o nome de falsas costelas. Vale destacar que a décima primeira e décima segunda costela
são chamadas de flutuantes e não fazem articulação com o esterno.
 Esterno: localizado na parte anterior do tórax.
 Osso hioide: não possui articulação e é encontrado entre a mandíbula e a laringe.
O esqueleto apendicular, por sua vez, é formado pelos membros e pelas cinturas escapular e pélvica.
 Membros: Os membros superiores são formados pelo úmero, que forma o braço, pela ulna e pelo rádio, que
formam o antebraço. O punho e as mãos são formados, respectivamente, pelos carpo e metacarpos. Os
dedos, por sua vez, são formados pelas falanges. Já os membros inferiores são formados pelo fêmur, que é o
osso da coxa, pela a tíbia e pela fíbula, que formam a canela. O joelho é composto pela patela e nos pés
encontramos os ossos do tarso, metatarso e falanges.
 Cinturas escapular e pélvica: A cintura escapular, que é formada pela clavícula e escápula, une o tórax aos
membros superiores, enquanto a cintura pélvica, que é formada pelo osso do quadril, liga-se ao sacro e aos
membros posteriores.

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Sistema muscular
Sistema muscular engloba os músculos do corpo e está relacionado, principalmente, com a nossa movimentação e a
de alguns órgãos internos.
O sistema muscular é o sistema formado pelo conjunto dos músculos do nosso corpo. Eles correspondem a cerca de
50% do peso total do nosso organismo, e a contração dessas estruturas é responsável por diversas funções, dentre as
quais podemos destacar a movimentação.

Funções dos músculos


O nosso corpo é uma máquina complexa que apresenta diversos sistemas integrados trabalhando juntos para
garantir a nossa sobrevivência. Dentre esses sistemas, destaca-se o muscular, que está relacionado com funções
importantes do corpo. Confira algumas de suas principais funções:

 Garantem a movimentação do corpo.


 Promovem a estabilização das posições corporais.
 São responsáveis pela movimentação do sangue pelo organismo, dos alimentos pelo sistema digestório e da
urina pelo sistema urinário.
 Garantem a realização dos movimentos respiratórios.

Tipos de músculos
O corpo humano é formado por três tipos musculares diferentes: o estriado esquelético, o estriado cardíaco e o não
estriado.
Os músculos estriados esqueléticos estão normalmente associados ao
sistema esquelético e possuem apenas movimentação voluntária, ou
seja, sua contração é consciente. O termo estriado está associado ao
fato de que esses músculos apresentam bandas claras e escuras, que
se dispõem de maneira alternada quando observadas em microscopia
óptica.
Os músculos estriados cardíacos, como o próprio nome indica, são
exclusivos do coração. Eles possuem aparência estriada, como o
esquelético, mas apresentam contrações involuntárias e vigorosas.
Os músculos não estriados, por sua vez, apresentam contração
involuntária e lenta e são encontrados no sistema digestório e
respiratório, bem como em algumas estruturas ocas, como a bexiga
urinária e o intestino delgado. Uma de suas características mais
marcantes é a ausência de estriações, o que é observado nos outros
tipos musculares.
Contração dos músculos esqueléticos
O corpo humano possui mais de 600 músculos esqueléticos,
que apresentam contração voluntária. Esses músculos são
formados por células alongadas e multinucleadas, as quais são
chamadas também de fibras musculares. Uma das
características marcantes desse tipo de tecido muscular é a
presença de estriações transversais.
As fibras musculares possuem filamentos de miosina e actina,
que são proteínas com capacidade de contração. A actina e
algumas outras proteínas que estão associadas formam os
chamados filamentos finos. Já a miosina forma os filamentos
espessos. Os filamentos finos e espessos alternam-se,
formando bandas claras e escuras.
As bandas claras são formadas por filamentos finos e recebem a denominação de bandas I. São chamadas assim
porque são isotrópicas ao microscópio de polarização. As bandas escuras são chamadas de bandas A, pois são
anisotrópicas ao microscópio de polarização e caracterizam-se pela presença de filamentos finos e também espessos.
No centro da banda I há uma linha escura, denominada linha Z. Ela delimita o sarcômero, o qual é formado por duas
metades de bandas I e uma banda A central. No centro da banda A, temos a banda H, uma região mais clara em que
somente filamentos de miosina são encontrados.
Na contração muscular ocorre o encurtamento dos sarcômeros e, consequentemente, de toda a fibra. Durante a
contração, observa-se uma sobreposição dos filamentos de actina aos de miosina, o que deixa as bandas I e H mais
estreitas. Para aprender mais sobre esse processo, não deixe de ler nosso texto: Contração em músculos
esqueléticos.

Principais músculos esqueléticos


Existem centenas de músculos esqueléticos no nosso corpo, cada um exercendo uma determinada função. Esses
músculos podem ser colocados em grandes grupos, estes são:

 Músculos da face e do couro cabeludo: exemplos: orbicular do olho e elevador do lábio superior.
 Músculos da mastigação: masseter e pterigoideo medial.
 Músculos da parede abdominal: oblíquo interno e transverso do abdome.
 Músculos que movem a cabeça e o ombro: trapézio e elevador da escápula.
 Músculos que movem a coluna vertebral: longo do tórax e longo do pescoço.
 Músculos que movem a língua: genioglosso e hioglosso.
 Músculos que movem as articulações do quadril e joelho: glúteo máximo e abdutor longo.
 Músculos que movem o antebraço: tríceps e bíceps.
 Músculos que movem o pé e os dedos do pé: flexor longo dos dedos e abdutor do hálux.
 Músculos que movem o polegar: extensor longo do polegar e extensor curto do polegar.
 Músculos que movem o punho: flexor radial do carpo e extensor radial curto do carpo.
 Músculos que movem o úmero: deltoide e supraespinhal.
 Músculos que movem os dedos: flexor profundo dos dedos e extensor do indicador.
 Músculos respiratórios: diafragma e intercostais externos.
 Músculos supra e infra-hioides do pescoço: miloioideo e genioioideo.

→ Classificação dos músculos esqueléticos

Quando estudamos o sistema muscular, vemos a classificação dos músculos esqueléticos que formam nosso corpo.
Isso se deve ao fato de que os músculos não estriados fazem parte dos órgãos e normalmente não recebem
denominação própria, assim como o músculo estriado cardíaco, que está presente no coração.
Existem mais de 600 músculos esqueléticos no nosso corpo, o que representa cerca de 50% de toda nossa massa
corpórea. Eles são classificados com base em diversos critérios, tais como a sua origem e inserção, ação, função,
forma e arranjo das fibras, e número de cabeças.
Entende-se por origem o local em que o músculo está mais fixado e que funciona como a base para a sua ação. Já a
inserção é o ponto móvel no qual é possível observar o efeito do movimento. O glúteo mínimo, por exemplo, é um
músculo responsável pela abdução da coxa e tem sua origem na superfície lateral do íleo. Sua inserção é na
superfície anterior do fêmur, mais precisamente na região do trocanter maior (proeminência localizada na borda
superior do fêmur).
Quando os músculos são classificados de acordo com a sua ação, são denominados de extensores, flexores, adutores,
abdutores, rotadores, supinadores e pronadores. Veja a função de cada um:
 Extensores: estiram um membro;
 Flexores: são responsáveis pela flexão;
 Adutores: levam um membro em direção à linha mediana do corpo;
 Abdutores: movem o membro para fora dessa linha;
 Rotadores: giram os membros;
 Supinadores: viram a palma da mão para cima;
 Pronadores: colocam a palma da mão para baixo.
Observando-se a função, os músculos podem ser classificados em agonistas, antagonistas e sinergistas. Os músculos
agonistas são responsáveis diretamente pelo movimento desejado, sendo os principais agentes na execução de um
movimento; os antagonistas são músculos que oferecem resistência à ação do músculo agonista; e os sinergistas são
músculos que auxiliam os antagonistas, garantindo que não ocorra movimentos em excesso.
Em relação à forma e ao arranjo das fibras, os músculos podem ser classificados em músculos de fibras paralelas ou
de fibras oblíquas à direção de tração exercida por eles. Como exemplo de músculos de fibras paralelas, podemos
citar o bíceps e o peitoral. Já como exemplo de músculo de fibras oblíquas, podemos citar o extensor longo dos
dedos do pé.
Por fim, quando o critério utilizado é número de cabeças, leva-se em consideração quantos tendões de origem o
músculo apresenta. O bíceps, por exemplo, apresenta duas cabeças; o tríceps, três; e o quadríceps, quatro.

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Sistema cardiovascular
O sistema cardiovascular, formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos, é o sistema responsável por
garantir a circulação de sangue por todo nosso corpo.
O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema responsável por garantir o
transporte de sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células recebam, por exemplo, nutrientes e
oxigênio. Esse sistema é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos.

→ Componentes do sistema cardiovascular


O sistema cardiovascular é composto pelas seguintes estruturas:
 Coração: órgão responsável por garantir o bombeamento do sangue;
 Vasos sanguíneos: são tubos por onde o sangue passa. Os três principais tipos de vasos sanguíneos são:
artérias, veias e capilares.

→ Coração
O coração dos seres humanos, assim como o dos outros
mamíferos, é um órgão muscular formado por quatro
câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são as
câmaras responsáveis por garantir o recebimento do
sangue no coração, enquanto os ventrículos são as câmaras
responsáveis por garantir o bombeamento do sangue para
a fora do coração.
No lado esquerdo do coração, percebe-se a presença
apenas de sangue rico em oxigênio, enquanto do lado
direito observa-se a presença apenas de sangue rico em gás
carbônico. No coração, há ainda a presença de quatro
válvulas que impedem o refluxo do sangue, permitindo,
desse modo, um fluxo contínuo.

O coração apresenta três camadas ou túnicas: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio. O endocárdio é a camada
mais interna. O miocárdio é a camada média, a qual é formada por tecido muscular estriado cardíaco, sendo ela,
portanto, a responsável por assegurar que o sangue seja bombeado adequadamente devido às contrações
musculares. O miocárdio é a camada mais espessa do coração. Por fim, temos o epicárdio, que é a camada mais
externa. É no epicárdio que se acumula a camada de tecido adiposo que geralmente envolve o órgão.
O coração é capaz de contrair e também de relaxar, sendo chamada a contração de sístole e o relaxamento de
diástole. Quando ele contrai, bombeia sangue e quando relaxa, enche-se de sangue. Nos seres humanos, os
batimentos cardíacos originam-se no próprio coração. A região que origina o batimento cardíaco é chamada de nó
sinoatrial e ele é caracterizado por ser um aglomerado de células que produzem impulsos elétricos.
→ Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são um grande sistema de tubos fechados por onde o sangue circula. Os três principais vasos
sanguíneos encontrados no corpo são as artérias, veias e os capilares. Veja, a seguir, algumas características básicas
desses três vasos:
 Artérias: As artérias são vasos que levam o sangue, a partir do coração, para os órgãos e tecidos do corpo.
Nesses vasos, o sangue corre em alta pressão. As artérias ramificam-se em arteríolas.
 Capilares: São vasos sanguíneos muito delgados que garantem a troca de substâncias entre o sangue e os
tecidos do corpo.
 Veias: Os capilares sanguíneos convergem para as chamadas vênulas, as quais convergem para as veias. As
veias são os vasos que garantem que o sangue retorne ao coração. Nesses vasos, o sangue corre em baixa
pressão e para evitar o refluxo do sangue as veias são dotadas de valvas.

→ A circulação nos seres humanos


O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio das veias cavas. Esse sangue é
rico em gás carbônico e pobre em oxigênio. Esse sangue desoxigenado segue, então,
para o ventrículo direito. Do ventrículo direito, é bombeado para os pulmões via
artérias pulmonares.
Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, o sangue até então rico em gás
carbônico, recebe oxigênio proveniente da respiração pulmonar. O sangue rico
em oxigênio volta ao coração via veias pulmonares, chegando a esse órgão pelo átrio esquerdo. Do átrio, ele segue
para o ventrículo esquerdo.
Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo, saindo do coração pela artéria aorta. O sangue então segue
para os vários órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares, ocorrem as trocas gasosas. O oxigênio presente no sangue
passa para os tecidos e o gás carbônico produzido na respiração celular passa para o sangue.
Os capilares reúnem-se formando vênulas, que formam as veias, as quais seguem levando o sangue pobre em
oxigênio para o coração. As veias cavas superior e inferior garantem que o sangue rico em gás carbônico seja levado
até o átrio direito.

→ Circulação sistêmica e pulmonar


A circulação nos seres humanos é denominada de circulação dupla, uma vez que se observa a presença de dois
circuitos: a circulação sistêmica ou grande circulação e a circulação pulmonar ou pequena circulação.
 Circulação sistêmica ou grande circulação: Diz respeito ao circuito que o sangue faz partindo do coração em
direção aos vários tecidos do corpo e depois retornando a esse órgão. Ao chegar do pulmão, o sangue é
impulsionado para o corpo. Nos capilares, são feitas as trocas gasosas, e o sangue, agora rico em gás
carbônico e pobre em oxigênio, retorna ao coração.
 Circulação pulmonar ou pequena circulação: Diz respeito ao circuito realizado pelo sangue do coração aos
pulmões e seu retorno ao coração. Nesse circuito, o sangue sai pobre em oxigênio do coração, segue para o
pulmão, onde é oxigenado, e retorna ao coração.
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Sistema Linfático
Sistema linfático, formado por uma rede de vasos e linfonodos, é o sistema do corpo que garante o fluxo do líquido
presente nos espaços teciduais de volta para o sangue.
O sistema linfático atua garantindo o retorno do fluido contido nos tecidos circundantes para o sangue. Esse fluido,
quando entra no sistema linfático, é chamado de linfa e possui uma circulação unidirecional, indo sempre em direção
ao coração. O sistema é formado pelos capilares linfáticos, vasos linfáticos, ductos linfáticos e linfonodos.
Quando o líquido presente nos espaços teciduais não é devidamente captado pelo sistema linfático, temos a
formação dos edemas. Na elefantíase, o edema formado provoca uma grande deformidade no órgão atingido.

O sistema linfático
Os capilares sanguíneos perdem para os tecidos circundantes uma grande quantidade de líquido bem como uma
pequena porção de proteínas. Em condições normais, a saída de líquidos dos capilares é maior do que sua absorção.
Desse modo, o líquido e as proteínas que ficam em excesso nos tecidos são retirados e devolvidos ao sangue por
meio do sistema linfático, formado por uma rede de canais interligados.
O sistema linfático é constituído por capilares linfáticos, vasos linfáticos, ductos linfáticos (ducto torácico e ducto
linfático direito) e linfonodos. Os capilares linfáticos são os menores vasos condutores do sistema linfático. Eles se
originam no tecido conjuntivo como microscópicos vasos de fundo cego, que se unem, formando vasos maiores, os
vasos linfáticos. Os capilares linfáticos apresentam uma única
camada de células endoteliais, enquanto os vasos linfáticos
possuem paredes de três camadas que se assemelham às paredes
presentes nas veias.
Assim como nas veias, os vasos linfáticos apresentam valvas que
garantem o fluxo da linfa em um único sentido. A movimentação
da linfa ocorre graças às forças externas que agem sobre as
paredes dos vasos, como a ação massageadora dos músculos
esqueléticos. Entre cada valva dos vasos linfáticos, é possível
perceber uma dilatação, e, como existem várias valvas nessas
estruturas, o vaso linfático adquire um aspecto de colar de
contas.
Os vasos linfáticos vão se juntando e terminam em dois grandes
ductos, o ducto torácico e o ducto linfático direito. O ducto
torácico é o maior vaso linfático do nosso corpo e é o tronco
comum a quase todos os vasos linfáticos. O ducto linfático direito
é menor e é responsável por transportar a linfa proveniente dos
locais que não foram recolhidos pelos vasos que desembocam no
ducto torácico.
O ducto torácico e o ducto linfático direito desembocam na
junção da veia jugular interna esquerda com a veia subclávia
esquerda, e na junção da veia subclávia direita com a veia jugular
direita interna, respectivamente.
No curso dos vasos linfáticos, encontramos os linfonodos, que são pequenos corpos ovais formados por tecido
linfático e envoltos por cápsulas de tecido conjuntivo. As cápsulas projetam-se para o interior dos linfonodos,
formando estruturas chamadas de trabéculas. Essas trabéculas dividem o parênquima em compartimentos.
O parênquima do linfonodo é formado por uma região cortical, logo abaixo da cápsula, e uma região medular, que
se encontra no centro do órgão. A região por onde entram e saem os vasos sanguíneos no linfonodo recebe o nome
de hilo.
A linfa circula no interior do linfonodo por uma via unidirecional. Ela entra no órgão por meio de vasos linfáticos
aferentes que desembocam na borda convexa do linfonodo e sai pelos vasos linfáticos eferentes que saem do hilo.
No interior dos linfonodos, encontra-se uma grande quantidade de células responsáveis pela nossa defesa, tais como
macrófagos e linfócitos. Quando a linfa passa no interior dos linfonodos, micro-organismos e partículas estranhas são
atacados pelo sistema imune. No momento em que nosso corpo está lutando contra uma infecção, é comum que os
linfonodos se tornem inchados e sensíveis.
Órgãos relacionados ao sistema linfático
O baço, as tonsilas e o timo são três órgãos intimamente relacionados com o sistema linfático. Neles se observa-se a
presença de grande quantidade de tecido linfoide, que, dentre outras características, destaca-se pela presença de
linfócitos. O baço está relacionado com funções como destruição de hemácias velhas e participação na resposta
imune. As tonsilas, por sua vez, atuam na proteção da entrada do sistema digestório e respiratório contra micro-
organismos. Por fim, o timo é o órgão em que os linfócitos T completam sua maturação.

Linfa
Linfa é o nome dado ao líquido perdido pelos capilares para os tecidos circundantes após entrar no sistema
linfático. Caracteriza-se por ser um fluido com composição muito semelhante à do plasma sanguíneo, entretanto,
diferencia-se desse último por possuir baixa concentração de proteínas. Na linfa é observada grande presença de
leucócitos, que são as células que atuam na defesa do nosso corpo. Dentre os leucócitos, destaca-se a presença de
linfócitos.

Funções do sistema linfático


O sistema linfático apresenta funções primordiais para o funcionamento do corpo, podendo destacar-se:
 Retorno para a corrente sanguínea de substâncias importantes que saíram dos capilares e encontravam-se
no tecido circundante.
 Absorção de lipídios a partir do intestino para a linfa intestinal.
 Defesa do organismo. Nos linfonodos, micro-organismos e partículas estranhas são destruídos pela ação do
sistema imunológico. Nesses locais temos a ação de macrófagos, que realizam a fagocitose de partículas
estranhas e também a ativação dos linfócitos. Observamos aqui um trabalho conjunto entre o sistema
linfático e o sistema imunológico.

Edema
Em algumas situações, a quantidade de líquido nos tecidos ultrapassa a capacidade do sistema linfático de garantir o
retorno dele à circulação. Esse acúmulo provoca o que chamamos de edema. Esses edemas podem ter diferentes
causas, como um excesso de filtração nos capilares ou alguma obstrução dos vasos linfáticos.
A obstrução dos vasos linfáticos pode ser observada, por exemplo, no caso da elefantíase, também chamada de
filariose linfática. Essa doença é transmitida pela picada de um mosquito contaminado pelo nematoide chamado
Wuchereria bancrofti. Esse verme aloja-se no sistema linfático e atrapalha a circulação adequada da linfa,
provocando, desse modo, edema, que pode atingir membros, seios e bolsa escrotal. Nessa situação observamos
grande deformidade na região atingida.

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Sistema Nervoso
O sistema nervoso está relacionado com a captação, interpretação e resposta a estímulos.
Pode ser dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
O sistema nervoso é o sistema responsável por captar, processar e gerar respostas diante dos
estímulos aos quais somos submetidos. É devido à presença desse sistema que somos
capazes de sentir e reagir a diferentes alterações que ocorrem em nossa volta e mesmo no
interior do nosso corpo.

Ele pode ser dividido em duas porções:


•Sistema nervoso central: formado pelo encéfalo e medula espinhal.
•Sistema nervoso periférico: formado pelos nervos, gânglios e terminações nervosas.
O sistema nervoso é composto por um tipo especial de tecido denominado tecido nervoso, o
qual possui como tipos celulares os neurônios e as chamadas células da glia.
Os neurônios são responsáveis pela propagação do impulso nervoso e apresentam como partes básicas o corpo
celular, onde está localizado o núcleo, e dois tipos de prolongamentos, os axônios e os dendritos. De acordo com a
função desempenhada, os neurônios podem ser classificados em dois grupos básicos: sensitivos ou aferentes (levam
impulsos para o sistema nervoso) e motores ou eferentes (levam impulsos para outras partes, como músculos e
glândulas).
O grupo de células chamado células da glia está relacionado com várias funções, tais como nutrição e regulação do
funcionamento dos neurônios. Células ependimárias, astrócitos, oligodendrócitos, microglia e células de Schwann
são células da glia.

→ Sistema nervoso central


O sistema nervoso central é a parte do sistema nervoso que garante a recepção e a interpretação dos estímulos,
podendo ser considerado o centro de processamento de informações do nosso corpo. Os constituintes do sistema
nervoso central são a medula espinhal e o encéfalo.
No sistema nervoso central observa-se as chamadas substâncias branca e cinzenta. A substância branca corresponde
aos axônios dos neurônios, enquanto a substância cinzenta corresponde aos corpos celulares. No encéfalo, de uma
maneira geral, com exceção do bulbo, a substância cinzenta localiza-se mais externamente. Na medula, por sua vez,
observa-se o contrário, com a substância branca localizada mais externamente.
O sistema nervoso central é protegido por ossos e membranas. O encéfalo, por exemplo, está protegido pela caixa
craniana, enquanto a medula espinhal está protegida pela coluna vertebral. Tanto o encéfalo quanto a medula estão
envolvidos por três membranas denominadas de meninges. As meninges são:
 Dura-máter: mais externa e também a mais fibrosa.
 Aracnoide: localizada entre a dura-máter e a pia-máter. Ela recebe essa denominação, pois, quando vista ao
microscópio, possui a aparência de uma teia de aranha. No espaço subaracnoide, é encontrado líquido
cefalorraquidiano, que também apresenta, entre outras funções, a função de proteção.
 Pia-máter: mais interna e altamente vascularizada.

Medula espinhal
A medula espinhal, também chamada medula espinal, é uma estrutura em formato cilíndrico que está localizada no
interior da coluna vertebral. Nessa estrutura, observa-se a substância branca localizada mais externamente e a
substância cinzenta central formando a letra H.
A medula espinhal está relacionada com o ato reflexo, que se caracteriza por ser uma resposta rápida e involuntária
diante de algum estímulo, como tirar a mão ao encostar em uma chapa quente. Nesses reflexos o encéfalo não está
envolvido, o que significa que a medula espinhal pode atuar de maneira independente. O ato reflexo é constituído
basicamente por dois tipos de neurônios, um aferente e um eferente.

Encéfalo
O encéfalo está localizado dentro da caixa craniana e apresenta várias partes. A seguir, descreveremos as principais
estruturas encefálicas e algumas atividades desempenhadas por elas:
 Tronco encefálico: é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo está relacionado com
audição, reflexos visuais e movimento de tração. A ponte, como o nome sugere, está relacionada com a
ligação entre várias partes do cérebro. O bulbo está relacionado com o controle de diversas funções, como
batimentos cardíacos, respiração e deglutição.
 Cerebelo: está relacionado, principalmente, com a coordenação de movimentos e o equilíbrio do nosso
corpo.
 Diencéfalo: é constituído pelo tálamo, hipotálamo e epitálamo. O tálamo é responsável por garantir que
impulsos sensitivos cheguem ao cérebro. O hipotálamo, por sua vez, está relacionado com várias funções,
como regulação de água, temperatura do corpo, controle da fome, entre outras. Essa porção do encéfalo
também atua produzindo hormônios. O epitálamo inclui a glândula pineal, a qual é responsável por produzir
melatonina.

 Cérebro: é a porção mais desenvolvida do nosso encéfalo e é dividida em duas porções: os hemisférios
esquerdos e direito. Esses dois hemisférios estão unidos pelo chamado corpo caloso. O nosso cérebro é
responsável por garantir atividades motoras, memória, inteligência, emoção e razão.

→ Sistema nervoso periférico


O sistema nervoso periférico garante a transmissão das informações dos órgãos sensoriais para o sistema
nervoso e deste para os músculos, as glândulas e as células endócrinas. Os neurônios responsáveis por
levar informação ao sistema nervoso central são chamados aferentes, e aqueles que levam as instruções às
estruturas, após o processamento do estímulo no sistema nervoso central, são chamados eferentes.
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos são
fibras nervosas agrupadas em feixes, enquanto os gânglios são acúmulos de neurônios que estão fora do
sistema nervoso central.

Os nervos podem projetar-se da medula ou então originar-se do encéfalo. Os nervos espinhais são aqueles
que se projetam da medula, enquanto os nervos cranianos inervam-se do encéfalo. Existem 31 pares de
nervos espinhais e 12 pares de nervos cranianos.

Sistema nervoso autônomo


O sistema nervoso autônomo é um componente do sistema nervoso periférico que atua regulando algumas
funções involuntárias do nosso corpo, tais como ações desempenhadas pelos sistemas respiratório, digestório,
endócrino e cardiovascular.
Nele há as divisões simpática e parassimpática, as quais geralmente apresentam ações antagônicas. A divisão
simpática garante, por exemplo, que o coração bata mais rápido em alguma situação de estresse, enquanto a
parassimpática faz com que o corpo relaxe após essa situação.

→ Resumo
 O sistema nervoso garante que os estímulos sejam captados e interpretados, e que respostas a esses
estímulos sejam geradas.
 O sistema nervoso é constituído por tecido nervoso.
 O sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
 O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e medula espinhal.
 O sistema nervoso periférico é formado pelos gânglios e nervos.
 O sistema nervoso autônomo apresenta duas divisões, a parassimpática e a simpática.

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Sistema Endócrino
O sistema endócrino é responsável por exercer várias funções no nosso corpo por meio da produção dos hormônios,
moléculas sinalizadoras que agem em todo o organismo.

O sistema endócrino é um sistema complexo e


constituído pelas glândulas endócrinas do nosso corpo.
Glândulas endócrinas são as estruturas que sintetizam
substâncias e lançam-nas na corrente sanguínea. Essas
substâncias são denominadas de hormônios e são
responsáveis por controlar uma série de atividades do
corpo humano, tais como o metabolismo, secreção de
leite, crescimento e quantidade de cálcio no sangue. É
importante salientar, no entanto, que células endócrinas
podem ser encontradas em órgãos que compõem outros
sistemas, como é o caso das células produtoras de
hormônios encontradas no estômago.

Glândulas endócrinas
As glândulas são estruturas responsáveis pela secreção de substâncias. Podemos classificar as glândulas em
endócrinas, exócrinas e mistas. As glândulas endócrinas lançam suas secreções, denominadas de hormônios, no
sangue, por onde são transportadas até atingirem seu local de ação. São essas as glândulas que analisamos ao
estudar o sistema endócrino. As glândulas exócrinas, por sua vez, apresentam ductos que garantem que sua secreção
seja lançada em cavidades ou nas superfícies corporais. Por fim, temos as glândulas mistas, que apresentam porções
endócrinas e exócrinas.

Hormônios
(O pâncreas apresenta uma porção endócrina e uma porção exócrina. A porção endócrina é responsável pela síntese
de insulina e glucagon.)
Os hormônios são moléculas sinalizadoras que atuam em locais específicos do corpo. Eles circulam pelo organismo,
por meio da circulação sanguínea, e ligam-se a receptores específicos. Assim sendo, mesmo que um hormônio circule
por todo o corpo, só terá sua ação realizada quando alcançar a célula que apresenta receptores para aquele dado
hormônio.
Alguns hormônios atuam em várias células presentes no organismo, como a tiroxina, produzida pela tireoide, que
garante o aumento da velocidade de reações químicas em quase todas as células do corpo. Outros hormônios, no
entanto, atuam em tecidos-alvo, sendo esse o caso do hormônio adrenocorticotrófico, produzido pela hipófise, que
estimula o córtex da suprarrenal.
Os hormônios são essenciais para o funcionamento do corpo humano, atuando em praticamente todas as atividades
do nosso organismo. Reprodução, crescimento e mesmo o metabolismo são algumas das atividades que apresentam
regulação hormonal.

Principais glândulas que formam o sistema endócrino


Veja o quadro abaixo com as principais
glândulas endócrinas do corpo humano e
os hormônios por elas produzidos:

Vale destacar que, além das glândulas


endócrinas, temos alguns órgãos que
atuam de maneira secundária como
órgãos endócrinos. Isso ocorre porque
esses órgãos apresentam a capacidade
de produzir hormônios, mas essa não é
sua principal função. Células e tecidos
endócrinos são observados, por
exemplo, no estômago, fígado, coração,
timo, rins e intestino delgado.

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Sistema Digestório
O sistema digestório garante que nosso corpo seja capaz de absorver os nutrientes dos alimentos, bem como
eliminar aquilo que não será aproveitado pelo organismo.

O sistema digestório é o sistema do corpo humano responsável por garantir o processamento do alimento que
ingerimos, promovendo a absorção dos nutrientes nele contidos e a eliminação do material que não será utilizado
pelo corpo. Esse processamento é garantido graças à ação dos vários órgãos que compõem o canal alimentar, bem
como pela presença de glândulas acessórias, que sintetizam substâncias que são essenciais no processo de digestão.
Os órgãos que compõem o sistema digestório são a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o
intestino grosso e o ânus. Já as glândulas acessórias desse sistema são as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado.

Resumo sobre o sistema digestório


 O sistema digestório atua no processamento do alimento, garantindo a absorção dos nutrientes importantes
para o corpo.
 O sistema digestório é formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e
ânus. Fazem também parte desse sistema as seguintes glândulas acessórias: glândulas salivares, pâncreas e
fígado.
 A digestão inicia-se na boca, com a ação da saliva e dos dentes.
 O bolo alimentar segue para a faringe, para o esôfago e atinge o estômago, onde sofre a ação do suco
gástrico e transforma-se em quimo.
 O quimo chega ao intestino delgado e sofre a ação de secreções produzidas pelo próprio intestino delgado,
pâncreas e fígado. No intestino delgado, ocorre grande absorção de nutrientes.
 No intestino grosso, há a formação das fezes, que são eliminadas para o meio externo pelo ânus.

Órgãos do sistema digestório


Os órgãos do sistema digestório são responsáveis por garantir a ingestão do alimento, sua digestão, absorção dos
nutrientes e a eliminação do que não é necessário para o corpo. A seguir conheceremos melhor cada componente do
sistema digestório, bem como seu papel no processo de digestão.

→ Boca
A boca é o local onde a digestão começa. Nossos dentes
promovem a digestão mecânica, garantindo que o alimento seja
rasgado, amassado e triturado. Além da atuação dos dentes, o
alimento na boca sofre a ação da saliva, a qual é secretada pelas
glândulas salivares. A saliva contém a enzima amilase, também
conhecida por ptialina, que promove o início da digestão dos
carboidratos.
A língua também é importante nessa etapa, garantindo que o
alimento se misture à saliva e forme o chamado bolo alimentar. É
a língua também que ajuda na deglutição do bolo alimentar,
empurrando-o em direção à faringe.

→ Faringe
Esse órgão é comum ao sistema digestório e respiratório, abrindo-se em direção à traqueia e ao esôfago. O bolo
alimentar segue da faringe para o esôfago.

→ Esôfago
É o órgão tubular e musculoso que conecta a faringe com o estômago. O bolo alimentar atinge o estômago graças às
contrações do músculo liso que forma o esôfago. Essas contrações são chamadas de contrações peristálticas.
→ Estômago
O estômago é o órgão dilatado do sistema digestório e está localizado logo abaixo do diafragma. Nesse órgão, o bolo
alimentar sofre a ação do suco digestivo, chamado suco gástrico, que é a ele misturado graças à atividade muscular
do órgão. Nesse momento, o bolo alimentar passa a ser chamado de quimo.
O suco gástrico apresenta entre seus componentes a pepsina, que atua na digestão de proteínas, e o ácido clorídrico,
que torna o pH do estômago baixo e promove a ativação da pepsina. Geralmente, o ácido clorídrico e a pepsina não
causam irritação na parede do estômago, pois esta apresenta um muco que a reveste. Além disso, há a renovação
constante das células que revestem o interior do estômago.

→ Intestino delgado
Trata-se da porção mais longa do sistema digestório, apresentando cerca de 6 m de comprimento. Possui três
segmentos: o duodeno, o jejuno e o íleo. Nessa porção do sistema digestório, a digestão é finalizada e há absorção
de nutrientes. O órgão é responsável pela maior parte do processo de digestão.
Na primeira porção, chamada de duodeno, o quimo, vindo do estômago, sofre a ação das secreções pancreáticas
(suco pancreático), da bile e de secreções produzidas pelo próprio intestino delgado (suco entérico ou intestinal). A
secreção pancreática, rica em bicarbonato, ajuda a neutralizar a acidez do quimo. Além disso, apresenta enzimas
diversas, como a tripsina e a quimiotripsina, que atuam nas proteínas.
A bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, atua como emulsificante, facilitando a digestão dos
lipídios. Já a secreção produzida pelo intestino delgado é rica em enzimas, como a aminopeptidase (atua nos
aminoácidos), nucleosidases e fosfatases (agem nos nucleotídeos).
O jejuno e íleo, as porções seguintes do intestino delgado, atuam, principalmente, na absorção de nutrientes, graças
à presença de vilosidades e microvilosidades. As vilosidades são dobras no revestimento do intestino, enquanto as
microvilosidades são projeções nas células epiteliais da vilosidade.

→ Intestino grosso
Com cerca de 1,5 m de comprimento, esse órgão é responsável pela absorção de água e formação da massa fecal.
Além disso, divide-se em ceco, cólon e reto. No ceco, observa-se uma projeção chamada de apêndice, bastante
conhecida por sua inflamação (apendicite). O reto termina em um estreito canal – chamado de canal anal –, o qual se
abre para o exterior no ânus, por onde as fezes são eliminadas.

Glândulas acessórias do sistema digestório


As glândulas acessórias do sistema digestório liberam secreções que participam do processo de digestão. São elas:

 Glândulas salivares: responsáveis pela produção da saliva, uma substância rica em água, mas que também
apresenta outros componentes, como enzimas e glicoproteínas. A saliva ajuda a lubrificar o bolo alimentar e
também possui ação antibacteriana.

 Pâncreas: glândula mista, ou seja, possui funções endócrinas e exócrinas. Sua porção exócrina é responsável
pela produção do suco pancreático, que apresenta uma série de enzimas que atuam na digestão, além de
bicarbonato, que neutraliza a acidez do quimo. A porção endócrina do pâncreas é responsável pela produção
dos hormônios insulina e glucagon.

 Fígado: segundo maior órgão do corpo humano, perdendo apenas para a pele. Atua em diversas funções no
organismo, porém, na digestão, seu papel é garantir a produção da bile, uma substância que é armazenada
na vesícula biliar e, posteriormente, é lançada no duodeno. A bile atua na emulsificação de gorduras,
funcionando como uma espécie de detergente, facilitando a ação das enzimas responsáveis pela quebra de
gordura.

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Sistema Respiratório
O sistema respiratório é responsável por garantir a captura do
oxigênio do meio ambiente e a liberação do gás carbônico para o
meio externo.
O sistema respiratório é o sistema responsável por garantir a
captação de oxigênio do meio ambiente e a liberação do gás
carbônico. Além disso, esse sistema está relacionado com o
olfato, ou seja, nossa capacidade de permitir odores e
relacionado também com a fala, devido à presença das
chamadas pregas vocais em um dos órgãos do sistema
respiratório.

Resumo sobre o sistema respiratório


 O sistema respiratório é um sistema relacionado com a captação de oxigênio e liberação de gás carbônico
para o meio.
 O sistema respiratório pode ser dividido em duas porções: uma parte condutora e uma parte respiratória.
 Fazem parte da porção condutora as fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e
bronquíolos terminais.
 Fazem parte da porção respiratória os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos.
 Na porção respiratória ocorrem as trocas gasosas, ou seja, o oxigênio retirado do meio externo é
disponibilizado para o sangue, e o gás carbônico entra no sistema respiratório para realizar o caminho inverso
ao do oxigênio e ser eliminado para o meio.
 A respiração acontece graças a dois movimentos respiratórios: a inspiração e expiração.
 A respiração é dependente do centro respiratório no bulbo.

Órgãos do sistema respiratório

Os órgãos do sistema respiratório são: fossas nasais, faringe (nasofaringe), laringe, traqueia, brônquios,
bronquíolos, alvéolos e pulmões.

 Fossas nasais: o primeiro local por onde o ar passa. Nelas é possível observar três regiões: o vestíbulo, a área
respiratória e a área olfatória. O vestíbulo é a parte anterior e dilatada das fossas nasais, a qual se comunica
com o meio exterior. A região respiratória corresponde à maior parte das fossas nasais. Por fim, temos a área
olfatória que corresponde à parte superior das fossas nasais, a qual é rica em quimiorreceptores de olfação.
 Faringe: é um órgão musculomembranoso comum ao sistema digestório e respiratório. A parte que faz parte
do sistema respiratório é denominada de nasofaringe, enquanto a parte digestória é denominada de
orofaringe. A nasofaringe está localizada posteriormente à cavidade nasal.
 Laringe: é um tubo de cerca de 5 cm de comprimento que apresenta forma irregular e atua garantindo a
conexão entre a faringe e a traqueia. Na laringe, é possível perceber a chamada epiglote, que nada mais é do
que um prolongamento que se estende desse órgão em direção à faringe e evita que alimento adentre o
sistema respiratório. Além da epiglote, encontramos na laringe a presença das chamadas pregas vocais, que
são responsáveis pela produção de som.
 Traqueia: é um tubo formado por cartilagens hialinas em formato de C, logo depois da laringe. A traqueia
ramifica-se dando origem a dois brônquios, denominados de brônquios primários.
 Brônquios: são ramificações da traqueia, que penetram cada um em um pulmão, pela região do hilo. Esses
brônquios, denominados de brônquios primários ou principais, penetram pelos pulmões e ramificam-se em
três brônquios no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo. Esses brônquios, chamados de secundários ou
lobares, ramificam-se dando origem a brônquios terciários ou segmentares, que se ramificam dando origem
aos bronquíolos.
 Bronquíolos: são ramificações dos brônquios, possuem diâmetro de cerca de 1 mm e não possuem
cartilagem. Esses também se ramificam, formando os bronquíolos terminais e, posteriormente, os
bronquíolos respiratórios. Os bronquíolos respiratórios marcam a transição para a parte respiratória e
abrem-se no chamado ducto alveolar.
 Alvéolos pulmonares: são estruturas que fazem parte da última porção da árvore brônquica e estão
localizadas no final dos ductos alveolares. São semelhantes a pequenas bolsas, apresentam uma parede
epitelial fina e são o local onde ocorrem as trocas gasosas. Geralmente, os alvéolos estão organizados em
grupos chamados de saco alveolar.
 Pulmões: são órgãos em formato de cone que apresentam consistência esponjosa e apresenta maior parte
de seu parênquima formado pelos alvéolos, sendo estimada a presença de cerca de 300 milhões de alvéolos
nos pulmões. Cada pulmão é revestido por uma membrana chamada de pleura. O pulmão de uma criança,
geralmente, apresenta a coloração rósea, enquanto do adulto pode ter uma coloração mais escura devido à
maior exposição à poeira e à fuligem.

Porção condutora e porção respiratória


Podemos dividir o sistema respiratório em duas porções: a condutora e a respiratória.
 Porção condutora: é formada pelas fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e
bronquíolos terminais. Como o nome indica, essa porção permite a entrada e saída de ar, porém sua função
não acaba aí, é nessa parte que o ar é limpo, umedecido e aquecido.
 Porção respiratória: é formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos, que são as
partes responsáveis pela ocorrência das trocas gasosas. É nessa porção que o oxigênio inspirado passará para
o sangue e o gás carbônico presente no sangue passará para o sistema respiratório.

Como funciona o sistema respiratório

O sistema respiratório funciona garantindo a entrada e saída de ar do nosso corpo. O


ar inicialmente entra pelas fossas nasais onde é umedecido, aquecido e filtrado. Ele
então segue para a faringe, posteriormente para laringe e para a traqueia. A traqueia
ramifica-se em dois brônquios dando acessos aos pulmões. O ar segue, então, dos
brônquios para os bronquíolos e finalmente chega aos alvéolos pulmonares
Nos alvéolos ocorrem as trocas gasosas, um processo também denominado de
hematose. O oxigênio presente no ar que chega até os alvéolos dissolve-se na
camada que reveste essa estrutura e difunde-se pelo epitélio para os capilares
localizados em torno dos alvéolos. No sentido oposto ocorre a difusão de gás carbônico.

Controle da respiração em seres humanos


Os seres humanos possuem neurônios na região do bulbo que garantem a regulação da respiração. O bulbo
percebe alterações no pH do líquido do tecido circundante e desencadeia respostas que garantem alterações no
ritmo respiratório.
Quando os níveis de gás carbônico aumentam no sangue e no líquido cerebrospinal, acontece uma queda no pH.
Isso acontece devido ao fato de que o gás carbônico presente nesses locais pode reagir com água e desencadear a
formação de ácido carbônico (H2CO3). Esse pode dissociar-se em íon bicarbonato (HCO3-) e íons hidrogênio (H+). O
aumento dos íons hidrogênio provoca a queda do pH.
O bulbo, então, percebe essas alterações, e sinais são enviados para os músculos intercostais e diafragma para que
ocorra um aumento da intensidade e taxa da respiração. Quando o pH retorna ao normal, há uma redução da
intensidade e taxa respiratória.
Vale destacar que alterações no nível de oxigênio no sangue desencadeiam poucos efeitos no bulbo. Entretanto,
quando os níveis estão muito baixos, ocorre um aumento da taxa de respiração.

Inspiração e expiração
A respiração é conseguida graças à realização de dois movimentos respiratórios: a inspiração e a expiração.

 Inspiração: garante a entrada de ar no sistema


respiratório. Nesse processo há a contração do
diafragma e dos músculos intercostais, levando a
expansão da caixa torácica e diminuição da
pressão em seu interior.
 Expiração: quando o ar sai do sistema
respiratório. Nesse processo os músculos
torácicos relaxam, assim como o diafragma,
levando à redução da caixa torácica e ao aumento
da pressão interna.

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Sistema Urinário

Composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra, o sistema urinário é o responsável por formar e
garantir a eliminação da urina para fora do corpo.
O sistema urinário, ou aparelho urinário, é o sistema responsável por produzir, armazenar temporariamente e
eliminar a urina, um composto que garante a eliminação de substâncias que estão em excesso no organismo e
resíduos oriundos do metabolismo. A seguir falaremos mais sobre esse importante sistema, que é essencial para
garantir a manutenção do equilíbrio interno do nosso corpo.

Órgãos do sistema urinário e suas funções


Os órgãos do sistema urinário são: dois rins, dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Eles atuam de maneira
conjunta, garantindo a filtração do sangue, a produção da urina e sua eliminação. Na tabela a seguir, temos os órgãos
que compõem o sistema urinário e suas respectivas funções.

→ Rins
Os rins são encontrados em número de dois no nosso
corpo, sendo eles os órgãos responsáveis pela
produção da urina. Estão localizados junto à parede
posterior do abdômen, abaixo do diafragma.
Possuem cerca de 10 cm de comprimento, peso
aproximado de 120 a 280 g e formato que lembra um
feijão, apresentando uma borda convexa e uma borda
côncava. Na parte côncava, é possível observar uma
região denominada de hilo, local onde entram e saem
vasos sanguíneos, entram nervos e saem os ureteres.
Quando observamos internamente, vemos que os rins possuem duas regiões bem distintas: um córtex e uma
medula. O córtex está localizado mais externamente, enquanto a medula está localizada mais internamente e é
visualizada como uma região mais escuras. A porção superior e expandida do ureter é denominada de pelve renal e
comunica-se com a medula renal. A pelve ramifica-se em direção à medula em cálices maiores, que se ramificam em
cálices menores.

As unidades funcionais dos rins são os chamados néfrons, os quais são constituídos pelo corpúsculo renal e pelos
túbulos renais. O corpúsculo renal, também chamado de corpúsculo de Malpighi, é formado por um glomérulo
(enovelado de capilares) envolvido por uma cápsula (cápsula de Bowman). Os túbulos renais partem da cápsula e
apresentam-se como uma sequência de túbulos: túbulo proximal, alça de Henle e túbulo distal. Esse último abre-se
no ducto coletor.
Os néfrons são classificados em corticais e justamedulares. Os néfrons corticais são aqueles que apenas uma porção
adentra a medula renal, enquanto os néfrons justamedulares estendem-se mais profundamente na medula.

→ Ureteres
Os ureteres são ductos que levam a urina do rim para a bexiga. São encontrados em nosso corpo dois ureteres, cada
um partindo de um dos rins. Em média, os ureteres apresentam de 25 a 30 cm de comprimento e 4 a 5 mm de
diâmetro.

→ Bexiga urinária
A bexiga urinária é um órgão muscular oco que serve de reservatório
para a urina e gradativamente distende-se conforme esse produto
acumula-se. Há músculos próximos ao local de junção entre a uretra e a
bexiga, que atuam regulando a micção.

→ Uretra
A uretra é um órgão que garante a eliminação da urina para o meio externo. No homem, a uretra apresenta um
comprimento médio de 20 cm e pode ser dividida em três porções: prostática, membranosa e cavernosa ou peniana.
A prostática passa próxima à bexiga e no interior da próstata, a membranosa possui apenas um centímetro de
extensão e conecta-se com a cavernosa, que se localiza no interior do corpo cavernoso do pênis. A uretra da mulher
apresenta cerca de 4 cm de comprimento.

Como funciona o sistema urinário: a formação da urina


Como sabemos, o sistema urinário é o sistema responsável pela formação da urina. A urina é produzida nos rins,
passa pelos ureteres é armazenada temporariamente na bexiga e posteriormente lançada para o exterior do corpo
via uretra.
A formação da urina ocorre na região dos rins chamadas de néfrons. Inicialmente, ocorre o processo de filtração no
interior do corpúsculo renal. O sangue que chega aos glomérulos está em alta pressão e o glomérulo atua como uma
membrana semipermeável, garantindo que parte do plasma passe para o interior da cápsula (filtração). O filtrado
formado é semelhante ao plasma sanguíneo, porém não possui proteínas.

O filtrado segue, então, para os túbulos renais, onde passa pelos processos de reabsorção e secreção. Na reabsorção,
algumas substâncias são reabsorvidas para o sangue, enquanto no
processo de secreção, substâncias são adicionadas ao filtrado. A
reabsorção é importante, pois garante que água, íons e glicose, por
exemplo, sejam reabsorvidos. A urina é resultado, portanto, dos
processos de filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção
tubular.

Após passar pelo túbulo renal, a urina segue para o ducto coletor, que
leva o composto até a pelve renal (porção superior do ureter), saindo
do rim, portanto, via ureter. Como dito anteriormente, do ureter, a
urina segue até a bexiga, onde é armazenada e depois eliminada pela
uretra."

Diferenças entre o sistema urinário masculino e feminino


O sistema urinário masculino e feminino apresenta os mesmos órgãos.
Portanto, se você avaliar esse sistema em pessoas de sexos diferentes encontrará: dois rins, dois ureteres, uma
bexiga urinária e uma uretra. Entretanto, algumas diferenças podem ser observadas. Veja algumas delas a seguir:

 A bexiga está localizada em frente ao reto. Nos homens, essa se separa do reto pelas vesículas seminais,
enquanto na mulher, observa-se a presença da vagina e útero.
 A uretra no homem apresenta outra função além de garantir a eliminação da urina. Nesse sexo, a uretra dá
passagem também ao sêmen durante a ejaculação. No sexo feminino, por sua vez, a uretra é considerada um
órgão exclusivo do sistema urinário.
 A uretra masculina é maior que a uretra feminina. Enquanto a uretra masculina possui cerca de 20 cm, a
feminina apresenta apenas 4 cm.

Curiosidade do sistema urinário


 Cada rim possui aproximadamente um milhão de néfrons.
 O rim de um recém-nascido é três vezes maior, em proporção ao peso do corpo, do que o rim de um adulto.
 O rim direito é ligeiramente mais baixo do que o rim esquerdo devido à presença do fígado.
 Os rins recebem cerca de 1,2 litros de sangue por minuto.
 Em média, um indivíduo elimina entre 1000 e 1500 ml de urina por dia.
 A presença de glicose na urina pode ser um sinal de diabetes.
 A proximidade da uretra feminina com o ânus favorece o surgimento de infecção urinária.
 A capacidade média da bexiga é de 700 a 800 ml.
 O câncer de bexiga é o câncer mais comum do trato urinário. Sangue na urina, dor ao urinar, vontade de
urinar, mas sem conseguir realizar a micção são alguns dos sinais que merecem atenção.
 A hemodiálise é um procedimento em que uma máquina é utilizada para limpar e filtrar o sangue, atuando
como um rim artificial.
 Em 2017, o Brasil realizou 5948 transplantes de rim.

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Sistema Reprodutor
Sistema reprodutor, ou sistema genital, é responsável por garantir a perpetuação da espécie. Nesse sistema
encontram-se as gônadas, responsáveis por produzir gametas.

O sistema reprodutor, também chamado de sistema genital, é responsável por proporcionar as condições adequadas
para a nossa reprodução. O sistema reprodutor masculino é responsável por garantir a produção do gameta
masculino (espermatozoide) e depositá-lo no interior do corpo da mulher. O sistema reprodutor feminino, por sua
vez, atua produzindo o gameta feminino (ovócito secundário) e também servindo de local para a fecundação e
desenvolvimento do bebê.

Função do sistema reprodutor


Os sistemas reprodutores masculino e feminino
atuam juntos para garantir a multiplicação da
nossa espécie. Tanto o sistema genital masculino
quanto o feminino são responsáveis pela
produção dos gametas, ou seja, pela produção
das células que se unirão na fecundação e darão
origem ao zigoto. Os gametas são produzidos nas
chamadas gônadas, sendo os testículos as
gônadas masculinas e os ovários as gônadas
femininas. Os testículos produzem os
espermatozoides, enquanto os ovários produzem
os ovócitos secundários, chamados popularmente de óvulos.

O espermatozoide é depositado dentro do corpo da fêmea no momento da cópula, e a fecundação ocorre no interior
do sistema reprodutor feminino, mais frequentemente na tuba uterina. Após a fecundação, forma-se o zigoto, o qual
inicia uma série de divisões celulares enquanto é levado em direção ao útero. O embrião implanta-se no endométrio
do útero, e ali é iniciado o seu desenvolvimento. A gestação humana dura cerca de 40 semanas.

Sistema reprodutor masculino


O sistema reprodutor masculino garante a produção dos espermatozoides e a transferência desses gametas para o
corpo da fêmea. Ele é formado por órgãos externos e internos. O pênis e o saco escrotal são os chamados órgãos
reprodutivos externos do homem, enquanto os testículos, os epidídimos, os ductos deferentes, os ductos
ejaculatórios, a uretra, as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais são órgãos reprodutivos
internos.
 Testículos: são as gônadas masculinas e estão localizados dentro do saco escrotal, também conhecido como
escroto. Eles são formados por vários tubos enrolados chamados de túbulos seminíferos, nos quais os
espermatozoides serão produzidos. Além de produzir os gametas, é nos testículos que ocorre a produção da
testosterona, hormônio relacionado, entre outras funções, com a diferenciação sexual e a espermatogênese.
 Epidídimo: após saírem dos túbulos seminíferos, os espermatozoides seguem para o epidídimo, formado por
tubos espiralados. Nesse local os espermatozoides adquirem maturidade e tornam-se móveis.
 Ducto deferente: no momento da ejaculação, os espermatozoides seguem do epidídimo para o ducto
deferente. Esse ducto encontra o ducto da vesícula seminal e passa a ser chamado de ducto ejaculatório, o
qual se abre na uretra.
 Uretra: é o ducto que se abre para o meio externo. Ela percorre todo o pênis e serve de local de passagem
para o sêmen e para a urina, sendo, portanto, um canal comum ao sistema urinário e reprodutor.
 Vesículas seminais: no corpo masculino observa-se a presença de duas vesículas seminais, as quais formam
secreções que compõem cerca de 60% do volume do sêmen. Essa secreção apresenta várias substâncias,
incluindo frutose, que serve de fonte de energia para o espermatozoide.
 Próstata: secreta um fluido que também compõe o sêmen. Essa secreção contém enzimas anticoaguladoras
e nutrientes para o espermatozoide.
 Glândulas bulbouretrais: no corpo masculino observa-se a presença de duas glândulas bulbouretrais. Elas
são responsáveis por secretar um muco claro que neutraliza a uretra, retirando resíduos de urina que possam
ali estar presentes.
 Pênis: é o órgão responsável pela cópula. Ele é formado por tecido erétil que se enche de sangue no
momento da excitação sexual. Além do tecido erétil, no pênis é possível observar a passagem da uretra, pela
qual o sêmen passará durante a ejaculação.

Sistema reprodutor feminino


O sistema reprodutor feminino servirá de local para a fecundação e também para o desenvolvimento do bebê, além
de ser responsável pela produção dos gametas femininos e hormônios. Assim como no masculino, o sistema
reprodutor feminino apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos externos recebem a denominação geral de
vulva e incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris e as aberturas da uretra e vagina. Já os órgãos internos
incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina.

 Ovários: no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais são responsáveis por produzir os
gametas femininos. Nesses órgãos são produzidos também os hormônios estrogênio e progesterona,
relacionados com a manutenção do ciclo menstrual, sendo o estrogênio relacionado também com o
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
 Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas uterinas, as quais apresentam uma
extremidade que atravessa a parede do útero e outra que se abre próximo do ovário e tem prolongamentos
denominados de fímbrias. A fecundação ocorre, geralmente, na região das tubas uterinas.
 Útero: é um órgão muscular, em forma de pera, no qual se desenvolve o bebê durante a gravidez. A parede
do órgão é espessa e possui três camadas. A camada mais espessa é chamada de miométrio e é formada por
grande quantidade de fibras musculares lisas. A mais interna, chamada de endométrio, destaca-se por ser
perdida durante a menstruação. O colo do útero, também chamado de cervice, abre-se na vagina.
 Vagina: é um canal elástico no qual o pênis é inserido durante a relação sexual e o espermatozoide é
depositado. Esse canal é também por onde o bebê passa durante o parto normal.
 Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores, os lábios menores, a abertura
vaginal, a abertura da uretra e o clitóris. Esse último é formado por um tecido erétil e apresenta muitas
terminações nervosas, sendo um local de grande sensibilidade.

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