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TÉCNICO DE ENFERMAGEM

ANATOMIA E FISIOLOGIA
Edgard Ribeiro

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 01
2. FISIOLOGIA HUMANA ............................................................................. 01
3. HOMEOSTASIA ........................................................................................... 02
4. PLANOS E SECREÇÕES ............................................................................ 03
5. TERMINOLOGIAS....................................................................................... 04
6. SISTEMA ESQUELÉTICO ......................................................................... 05
7. SISTEMA ARTICULAR .............................................................................. 14
8. SISTEMA TEGUMENTAR ......................................................................... 15
9. SISTEMA MUSCULAR ............................................................................ 18
10. SISTEMA NERVOSO ................................................................................ 21
11. SISTEMA CARDIOVASCULAR ............................................................. 24
12. SISTEMA RESPIRATÓRIO .................................................................... 30
13. SISTEMA DIGESTÓRIO .......................................................................... 32
14. SISTEMA URINÁRIO ............................................................................... 36
15. SISTEMA REPRODUTOR ....................................................................... 39
16. SISTEMA ENDÓCRINO .......................................................................... 43
17. SISTEMA HEPÁTICO .............................................................................. 44
18. SISTEMA LINFÁTICO ............................................................................ 45

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TÉCNICO DE ENFERMAGEM

ANATOMIA E FISIOLOGIA
Edgard Ribeiro

Anatomia Humana é a ciência que estuda a constituição do organismo, enquanto estrutura


biológica, a correlação das estruturas e suas funções (fisiologia) e as modulações das estruturas em
resposta a fatores temporais, ambientais e genéticos.

A palavra anatomia vem do grego anatome, que significa através do corte. Desde os primórdios d
civilização, era praticada empiricamente através da observação e da manipulação de corpos. Com o
passar dos anos e o auxilio da tecnologia, os métodos utilizados no estudo dos corpos foram se
aprimorando.

FISIOLOGIA HUMANA

A Fisiologia é o ramo da Biologia dedicado à compreensão do funcionamento de um


organismo, sendo responsável por desvendar todos os processos físicos e químicos envolvidos na
manutenção da vida. Estudar a fisiologia dos seres vivos é extremamente importante, pois não basta
saber, por exemplo, quais são os órgãos que compõem um organismo, é fundamental compreender
todo o seu funcionamento e as atividades desenvolvidas por cada uma dessas estruturas.
Para compreender a Fisiologia é necessário ter conhecimento básico de várias áreas da Biologia,
tais como Anatomia, Morfologia, Biologia Celular, Bioquímica, Ecologia e Biofísica. Isso se faz
necessário, pois todas essas áreas estão interligadas, e o funcionamento de um organismo está
relacionado com processos que ocorrem em vários níveis de organização Na Fisiologia, estuda-se
como o organismo funciona. A circulação sanguínea é um dos temas abordados nessa área.
A fisiologia humana preocupa-se com o entendimento do funcionamento do corpo humano,
integrando, desse modo, conhecimentos químicos, físicos e, é claro, anatômico. Essa área estuda
desde as células até os sistemas que compõem o corpo. Dentre os processos estudados nessa área,
podemos citar a digestão, a excreção, a circulação e a respiração.
Quando compreendemos a fisiologia humana, entendemos o funcionamento correto do organismo e,
com isso, torna-se mais fácil entender alterações nesse funcionamento e criar métodos que façam
com que o corpo retorne ao equilíbrio. Podemos concluir, portanto, que essa área é extremamente
importante no campo da medicina.

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O corpo humano possui seis níveis de organização estrutural:

 Nível químico – inclui as menores unidades de matéria presente no organismo, como os


átomos e as moléculas. Como por exemplo: hidrogênio (H), oxigênio (O) e ácido
desoxirribonucleico (DNA).
 Nível celular – as células são unidades básicas, estruturais e funcionais, formadas pela
combinação de componentes do nível químico. Por exemplo: células musculares e
sanguíneas.
 Nível tecidual – formado pelo agrupamento de células com uma mesma função. Existem
basicamente quatro tipos de tecido no organismo: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.
 Nível orgânico – composto pelos órgãos, estes são estruturas formadas por órgãos de
diferentes tecidos, que juntos promovem ao órgão uma função específica, como o coração,
fígado, rins e pulmão.
 Nível sistêmico – órgão que correlacionados em uma mesma função formam um sistema.
Por exemplo: o sistema respiratório que é composto por nariz, faringe, laringe, traqueia,
brônquios e pulmões.
 Nível organismo – todas as partes do corpo humano (órgãos e sistemas) funcionando umas
pelas outras.

HOMEOSTASIA

É a condição dinâmica que há no ambiente interno do corpo, resultante da interação


continua dos processos reguladores do organismo. Defina-se então em estado de
equilíbrio resultante das condições no qual ele se encontra.

Este estado posse passar por perturbações como: agressões físicas, calor intenso, falta
de oxigênio, extravasamento de líquidos, alterações nos níveis de eletrólitos, dentre
outros. Contudo o próprio organismo apresenta a regulação hemodinâmica que tem a
finalidade de regular a mesma retornando os níveis a normalidade. Esse mecanismo é
gerenciado pelo sistema nervoso e endócrino, mas pode sofrer influencias de fatores
ambientais, psicológico e estilo de vida do individuo (alimentação, sedentarismo e
uso de drogas).

POSIÇÃO ANATÔMICA

Para o estudo da anatomia é necessário que o corpo esteja em uma posição anatômica. Esta posição
foi determinada em convenção universal para facilitar o estudo e evitar erro de descrição das
estruturas. Desta forma o individuo a ser estudado deve permanecer em pé, ereto, de frente para o
observador, com os olhos apontados para o horizonte, os braços devem permanecer ao lado do
corpo com as palmas das mãos voltadas para frente e os pés entreabertos e apoiados ao chão.

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PLANOS E SECRÇÕES

Planos são superfícies imaginárias utilizadas didaticamente para dividir o corpo e seus órgãos em
determinadas áreas. Os principais tipos de planos são:

 Plano Sagital – Divide em direito e esquerdo


 Plano Frontal – Divide em anterior e posterior
 Plano Transverso – Divide em superior e inferior
 Plano Oblíquo – Atravessa a estrutura, formando ângulos distintos.

PLANO SAGITAL PLANO FRONTAL

PLANO TRANSVERSO PLANO OBLÍQUO

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TERMINOLOGIAS ANATÔMICAS
Os termos direcionais são utilizados para localizar uma determinada estrutura do corpo em
relação a outras.

 Superior, cefálico ou craniano – Em direção a cabeça, ou parte superior da estrutura.


 Inferior ou caudal – Em direção ao pé, ou parte inferior da estrutura.
 Anterior ou ventral – Próximo da, ou na frente do corpo.
 Posterior ou dorsal – Próximo da, ou nas costas do corpo.
 Medial – Próximo a linha do plano médio sagital (que divide o corpo em direito e
esquerdo)
 Lateral – Distante da linha mediana para qualquer um dos lados (direito ou esquerdo)
 Intermediário – Entre duas estruturas.
 Ipsilateral – Do mesmo lado do corpo que a outra estrutura.
 Contralateral – Ao lado oposto do corpo ao de outra estrutura.
 Proximal – Mais próximo ao ponto de origem ou fixação.
 Distal – Mais distante do ponto de origem ou fixação.
 Superficial – Na superfície do corpo ou em direção a ela.
 Profundo – Distante da superfície do corpo.

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SISTEMA ESQUELÉTICO

O Esqueleto humano é um
tecido vivo em um dinâmico
processo de remodelamento.
Em conjunto os 206 ossos
presentes no organismo
articulam-se constituindo o
aparelho locomotor.

O osso se forma por meio de


um processo denominado
ossificação, no qual o tecido
rico em cartilagem que
forma o esqueleto durante a
vida intrauterina vai sendo
substituído, com o passar
dos anos, por tecido ósseo.
Os ossos crescem em
diâmetro e espessura
durante toda a vida do
indivíduo, porem o
crescimento em
cumprimento cessa por
volta dos 25 anos de idade.

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O tecido esquelético, bem como o tecido ósseo, realiza diversas funções:

 Suporte – Sustenta os tecidos moles e fornece o ponto de fixação para músculos e tendões.
 Proteção – Protege órgãos contra lesões. Por exemplo, os ossos do crânio.
 Movimento – Participa, juntamente com os músculos, da movimentação.
 Reserva de Minerais – Os ossos armazenam minerais como o cálcio e o fósforo, que são
liberados na corrente sanguínea conforme a necessidade do organismo (homeostasia
mineral).
 Hematopoese – Formação de células do sangue e da medula ósseas vermelha.
 Armazenamento de triglicerídeos de medula óssea amarela.

CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

Quanto a estrutura: Axial e apendicular

Os ossos são divididos em dois esqueletos: o axial e o apendicular. O esqueleto axial é composto
por 80 ossos e é responsável pela estrutura de sustentação do corpo. O esqueleto apendicular possui
126 ossos que formam as estruturas dos membros superiores e inferiores.

Na parte axial, temos 28 ossos formando o crânio, 1 osso hioide, 26 ossos formando a coluna, 24
costelas e 1 esterno. Já na parte apendicular, temos 64 ossos nos membros superiores (incluindo a
cintura escapular) e 62 ossos nos membros inferiores (incluindo a cintura pélvica).

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Quanto a forma: Longo, curto, plano e irregular.

Além disso, os ossos podem ser classificados quanto a sua forma e localização. Os ossos longos tem
comprimento maior que a largura como o fêmur, por exemplo.

Os ossos curtos tem seus comprimentos semelhantes a largura e podem ser encontrados no punho,
por exemplo. Os ossos planos são finos e compostos por duas lâminas de osso compacto com
camada de osso esponjoso entre elas, como por exemplo, os ossos do crânio. Os ossos irregulares
são de forma complexa e não se enquadram nas descrições anteriores.

Osso longo (Fêmur) Osso curto (Ossos do carpo) Osso irregular (vértebra torácica)

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Osso plano (Crânio)

A estrutura do osso pode ser mais facilmente observada nos ossos longos, sendo consideradas as
seguintes partes:

Diáfise – corpo do osso

Epífises – extremidades

Metáfises – região onde a diáfase se reúne


com a epífise, local onde há um crescimento
do osso em comprimento).

Periósteo – membrana que reveste a superfície


do osso e permite seu crescimento em
diâmetro e espessura.

Cavidade Medular – região dentro da diáfase


que abriga a medula óssea.

Endósteo – membrana que reveste a cavidade


medular

OSSOS DO CRÂNIO E FACE

Ossos da cabeça são divididos em ossos do crânio e ossos da face e além de protegerem o encéfalo,
protegem e oferecem suporte a outros órgãos presentes na cabeça.

Os ossos do crânio são ligados pelas suturas e são denominadas: frontal, parietal (2), temporal (2),
occipital, esfenoide e etmoide, somando-se 8 ossos. A base do crânio é formada por ossos
irregulares e possui frames (aberturas) que dão passagem a vasos e nervos.

As fontanelas são espaços constituídos por membranas fibrosas que existem entre ossos do crânio,
encontradas em recém nascidos e popularmente conhecidas por moleiras. Conforme a criança
cresce, esta membrana passa pelo processo de ossificação.

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A face é formada por 14 ossos:

2 nasal, 2 maxilar, 2 zigomáticos, mandíbula, 2 lacrimal, 2 palatino, 2 concha nasal inferior e o osso
do voomer. O único osso móvel da face é a mandíbula.

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OSSOS DO TRONCO
O tronco do corpo tem seu esqueleto formado pelos ossos da coluna vertebral, pelo esterno e pelas
costelas.

A coluna cervical é uma haste forte e flexível que abriga a medula espinhal, sustenta a cabeça e
serve de fixação para as costelas e outros ossos da pelve. Ela é responsável por 2/5 do peso do
corpo e é formada por vértebras que se dividem em cinco regiões:

 Cervical - 7 vértebras.
 Torácica – 12 vértebras.
 Lombar – 5 vértebras.
 Sacral – 1 osso chamado sacro formado por cinco vértebras fundidas.
 Coccígea – 1 osso denominado cóccix formado por quatro vértebras fundidas.

O esterno e as costelas formam a caixa torácica que abrigam e oferecem proteção do tórax, do
abdômen superior, além de suporte aos ossos da cintura, escapular e membros superiores.

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O esterno é um osso plano localizado na linha média anterior do tórax e é dividido em manúbrio,
parte superior; o corpo, parte medial e o processo xifoide que é a parte inferior do esterno. Este osso
possui uma importante função no processo de formação de células do sangue (hematopoese) e é o
local acessível para a coleta de medula óssea para biópsia.

As laterais da caixa torácica são compostas por 12 pares de costelas que se fixam ao esterno através
da cartilagem hialina, os 7 primeiros pares se fixam diretamente ao esterno, sendo denominadas,
costelas verdadeiras, os próximos 5 pares (8° ao 12°) são denominados costelas falsas, pois suas
cartilagens não se fixam diretamente ao esterno, ou nem mesmo se fixam, razão pela qual a 11° e
12° também são chamadas de costelas flutuantes.

Os espaços entre as costelas são chamados de espaços intercostais e são ocupados por músculos,
vasos e nervos.

CINTURA TORÁCICA (ESCAPULAR)


A cintura torácica é responsável pela fixação dos ossos dos membros superiores no esqueleto axial,
sendo constituída por uma clavícula e uma escápula de cada lado do corpo.

A clavícula esta situada na região anterior e se conecta com o esterno, transmitindo a força do
membro superior para o corpo.

A escápula ou omoplata se localiza na parte posterior do tórax e se articula com a clavícula e com o
úmero.

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MEMBROS SUPERIORES

Os membros superiores contam


com 60 ossos em sua
composição, sendo eles o
úmero, a ulna, o rádio, os ossos
do carpo, os metacarpos e as
falanges.

O úmero é o osso mais


comprido do membro superior,
articulando-se com a escápula e
com a ulna e o rádio. A ulna se
localiza na região medial do
antebraço e é mais longa que o
rádio. O cotovelo corresponde
à extremidade proximal da
ulna, denominada olecrano. A
saliência localizada no punho,
na direção do dedo mínimo, corresponde ao processo estiloide da ulna, localizado na extremidade
distal deste osso. O radio esta localizado lateralmente à ulna, no lado do polegar, e articula-se na sua
extremidade distal com res ossos do punho. O carpo possui ainda mais 5 ossos , todos dispostos em
2 fileiras transversas, cada um com 4 ossos, cada osso com seu nome refletindo sua forma:
semilunar, escafoide, piramidal e pisiforme na fileira proximal e trapézio, trapezoide, capitato e
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hamato na fileira distal. O metacarpo consiste em 5 ossos, localizados na região da palma da mão
que são numerados de I a V iniciando pelo osso que está na direção do polegar. As falanges
compõem a extremidade distal da mão, no polegar existem 2 falanges (proximal e distal) enquanto
os demais possuem 3 falanges (proximal, média e distal).

CINTURA PÉLVICA (QUADRIL)

Os ossos do quadril formam a cintura pélvica, tais ossos no período pré-natal, ainda são divididos
em 3 ossos ligados por cartilagem (ílio, ísquio e púbis). O anel formado por essa região proporciona
um forte e estável suporte para a coluna vertebral e os órgãos abdominais.

No geral, os ossos do quadril são mais largos e mais pesados nos homens, isso ocorre devido à
necessidade que a pelve feminina tem de abrir espaço para a passagem do bebê no momento do
parto.

MEMBROS INFERIORES

Cada membro inferior é composto por 30 ossos, sendo eles: fêmur, patela, tíbia, fíbula, ossos
tarsicos (tornozelo), ossos metatársicos e as falanges.

O fêmur é o maior, mais forte e mais pesado do corpo humano, ele se articula com o quadril na
extremidade proximal, patela e tíbia na extremidade distal.

O trocanter maior é uma projeção óssea pressente no fêmur que pode ser palpada e vista da região
anterior do quadril, ele é utilizado como ponto de referencia para aplicações intramusculares em
vasto lateral da coxa e ventroglútea.

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A patela é um osso pequeno, de característica triangular, localizado anteriormente a articulação do
joelho, sua função é aumentar a força da alavanca do tendão do músculo quadríceps femoral.

A tíbia esta localizada na região medial da perna, se articula com o fêmur e com a fíbula e é
responsável por transmitir a peso do fêmur para o pé. A fíbula se localiza paralelamente a tíbia,
possui uma projeção óssea denominada maléolo lateral, que forma a proeminência óssea que pode
ser vista e palpada na face lateral do tornozelo.

O tarso é formado por 7 ossos: o tálus, calcâneo, cuboide, navicular e 3 ossos cuneiformes
(primeiro, segundo e terceiro).

O metatarso possui 5 ossos que vão de I a V do medial para o lateral, em sua extremidade distal,
com as falanges também numeradas de I a V.

DISTÚRBIOS DO SISTEMA ESQUELÉTICO

Osteoporose – condição em que os ossos se tornam porosos devido a grande perda de cálcio através
da urina, fezes e suor em quantidade maior do que é reposto através da dieta. Isto torna o osso tão
enfraquecido que pode fraturar de forma espontânea.

SISTEMA ARTICULAR

As articulações são tecidos conjuntivos flexíveis presentes no contato entre os ossos, entre o osso e
uma cartilagem e entre o osso e os dentes, no local onde há articulação é que ocorrem os
movimentos do corpo, elas são classificadas conforme sua estrutura e grau de movimento que
permite diferentes movimentos. Funcionalmente as articulações podem ser de três tipos

 Sinartrose – articulação imóvel, como as pressentes entre ossos do crânio.


 Anfiartrose – articulação com pouca mobilidade, como a sínfise da região púbica.
 Diartrose – articulação com ampla mobilidade, como a articulação do joelho.

Quanto às estruturas, as articulações podem ser:

 Fibrosas – permitem pouca ou quase nenhuma mobilidade, são formadas por tecido
conjuntivo fibroso e são classificadas em três tios: suturas, sindesmoses e gonfoses.
 Cartilaginosas – também permitem pouca mobilidade, são formadas por tecido cartilaginoso
e podem ser subdivididos em dois tipos: sincondroses e sínfises.
 Sinoviais – permitem amplos movimentos, são recobertas por uma capsula articular com
presença de líquido sinovial em seu interior, permitindo a união de ossos, porem sem atritos
entre eles, proporcionando um movimento com menor impacto sobre as estruturas ósseas.

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As articulações sinoviais possuem denominações especificas que descrevem seus movimentos
como: deslizamento, flexão, extensão, hiperextensão, abdução, adução, circundução e rotação.

Além desses movimentos algumas articulações podem realizar movimentos especiais: elevação,
depressão, protração e retração, inversão, eversão, dorsiflexão, flexão plantar, supinação, pronação
e oposição.

DISTÚRBIOS DE O SITEMA ARTICULAR

Entorse – é a torção de uma articulação além de suas capacidades, o que afeta seus ligamentos, mas
não desloca o osso.

Reumatismo – denominação geral da variedade de distúrbios dolorosos que ocorrem nos ossos,
ligamentos, tendões ou músculos.

Artrite – é um tipo de reumatismo onde há inflamação das articulações. Existem três tipos:
reumatoide (doença autoimune), osteoartrose (doença articular degenerativa), e gota (cristal de
urato de sódio, proveniente do ácido úrico em excesso no organismo).

SISTEMA TEGUMENTAR

O sistema tegumentar é composto pela pele e suas estruturas anexas (pelos e unhas), glândulas e
receptores especializados. Este sistema é responsável pela integralidade química e física do corpo,
pela manutenção da temperatura e fornecimento de informações sensoriais sobre o ambiente em que
o indivíduo se encontra.

PELE

A pele é o maior órgão do corpo humano no que se refere a sua área e peso, podendo variar sua
espessura dependo da parte do corpo em que se encontra. A dermatologia é a especialidade médica
que trata de doenças de pele.

As funções da pele são:

 Regulação de temperatura do corpo.


 Remoção de água e compostos orgânicos.
 Detecção de estímulos táteis.
 Proteção contra substâncias nocivas.
 Promoção de síntese de vitamina D
 Auxilio de respostas imunológicas (células de Langherans)
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Estruturalmente a pele é constituída pela derme, a camada mais profunda da pele, e epiderme, a
camada mais superficial da pele, há também uma camada inferior às camadas da pele conhecida
como de hipoderme ou subcutâneo, tecido rico em gordura.

As principais células que compõe a epiderme são:

 Tecido epitelial – Presente na região mais fina e superficial da pele, formada principalmente
por queratinócitos, célula que acumula queratina ao se mover para a superfície, a queratiniza
permite a impermeabilização da pele que promove a proteção da mesma.
 Melanócitos – Responsáveis pela produção de melanina, um pigmento marrom escuro que
contribui para a coloração da pele e absorve raios ultravioletas.
 Células de Lagerhans – Formadas na medula óssea migram para a epiderme para prover a
resposta imunológica no local, estas células são facilmente destruídas pelos raios UV.
 Células de Markel – Se encontram na parte mais profunda da epiderme e são responsáveis
pelos estímulos táteis.

A Derme é a camada mais profunda da pele e é constituída basicamente por tecido conjuntivo,
contendo colágeno e fibras elásticas. Esta combinação celular proporciona a pele características
de extensibilidade e elasticidade. Na região inferior da derme (entre a derme e a subcutânea) se
encontram os vasos sanguíneos nervos, glândulas sudoríparas e folículos pilosos.

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ESTRUTURAS ANEXAS
PELOS E CABELO

Os pelos, as glândulas são estruturas anexas a pele e realizam funções vitais. Cada pelo é um fio de
células agrupadas, sem vida, queratinizadas, que são unidas por proteínas extracelulares. Esta haste
de células que se projeta para fora da pele tem sua raiz envolta pelo folículo piloso que sua base se
denomina bulbo, neste local se sintetiza, pelos melanócitos, a melanina que dar a coloração ao pelo.
Os pelos escuros contem muita melanina, e os pelos claros ou ruivos contem melanina com maior
quantidade de ferro ou enxofre em sua composição. Quando há declínio na produção de melanina, o
pelo passa a ficar grisalho, entretanto a cor branca é resultado do acúmulo de ar na haste do pelo. O
estado psicológico e a temperatura estimulam o musculo eretor situado próximo ao bulbo,
acarretando na pele arrepiada. Patologias, dietas, estado emocional e tratamentos podem alterar o
crescimento e queda de pelos.

O cabelo protege o couro cabeludo contra a radiação UV e de lesões, as sobrancelhas e cílios


conferem proteção aos olhos contra partículas estranhas, o que também é função dos pelos da narina
e ouvidos além de perceber estímulos táteis.

UNHA

As unhas são placas compactas de epiderme, queratinizadas. Sua estrutura é dividida em corpo
ungueal (parte visível), borda livre (parte além da extremidade do dedo) e raiz da unha (parte dentro
da pele). O crescimento da unha é de 1 mm por semana em média e é determinado pela frequência
da divisão celular, podendo sofre influencia de fatores como: idade, estação do ano, nutrição,
temperatura, dentre outros.

As unhas ajudam a segurar e manipular alimentos, além de proteção das extremidades dos dedos
contra traumas e permite o ato de coçar.

GLÂNDULAS

As glândulas presentes nesse sistema são denominadas exócrinas, pois apresentam ducto excretos
que liberam seu conteúdo para fora do organismo. São elas:

 Glândulas Sebáceas – Estão conectadas ao folículo piloso e secretam o sebo, substancia


oleosa que recobre a superfície dos pelos, hidrata, fortalece e impede a evaporação excessiva
da água.
 Glândulas Sudoríparas – Produz suor que é liberado na superfície da pele pelos poros e
folículos pilosos, um ser humano adulto produz em média 600 ml de suor por dia, que é
composto por água, sódio, potássio, ureia, acido úrico, amônia, aminoácido, glicose e acido
lático. O suor auxilia na termorregulação do corpo por meio da evaporação.
 Glândulas Mamárias – São glândulas especializadas em secreção de leite quando a mulher
entra no período gestacional e de amamentação.
 Glândulas Ceruminosas – Estão pressentes no ouvido externo e secretam o cerúmen, criando
uma barreira de proteção impedindo a entrada de corpos estranhos.

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DOENÇAS DO SISTEMA TEGUMENTAR
 Câncer de Pele – Causado especialmente pela exposição excessiva ao sol. O mais comum é
o carcinoma de células basais, e o de maior risco é o melanoma, que representa apenas 2%
dos tumores de pele.
 Queimaduras – Lesão tecidual causada por calor excessivo, eletricidade, substancia química
ou radioativa, destruindo as proteínas das células epiteliais, impedindo a pele de contribuir
para homeostasia do organismo.
 Lesões de Decúbito – Causadas pela deficiência crônica de fluxo sanguíneo em uma
determinada região do tecido.
 Acne – Inflamação das glândulas sebáceas.

SISTEMA MUSCULAR
Os músculos representam de 30 a 40% do peso do corpo e são formados por células especializadas
em modificar energia química em energia mecânica, possibilitando juntamente com o sistema
esquelético o movimento do corpo.

Cada músculo é composto por uma união de feixes, que por sua vez compreendem diversas fibras
musculares agrupadas.

O tecido muscular é classificado em 3 tipos:

 Tecido Muscular Esquelético - Está diretamente relacionado a movimentação do esqueleto.


Os músculos dessa categoria são denominados músculos estriados, devido a sua
característica quando visualizado em microscópio. Estrias claras e escuras, de um modo
geral, contrai e relaxa voluntariamente.
 Tecido Muscular Cardíaco – Está pressente na parede das câmaras cardíacas, e apesar de ser
estriado, tem atividade involuntária.
 Tecido Muscular Liso – Se localiza na região interna dos órgãos ocos, como no estômago ee
intestino e tem ação involuntária.

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FUNÇÃO DOS MÚSCULOS

 Integra-se com ossos e articulações a fim de produzir os movimentos do corpo.


 Estabiliza os movimentos do corpo e da postura por meio da contração sustentada, como
por exemplo o ato de permanecer de pé.
 Os esfíncteres são estruturas formadas por músculo liso que contrai e relaxa com o intuito de
armazenar ou liberar seu conteúdo de seu interior oco.
 Movimentação de substancia dentro do corpo pela contração e relaxamento, como por
exemplo bombear sangue do coração, ou movimento do bolo fecal no intestino.
 Manutenção da temperatura corpórea, visto que a contração do músculo produz calor. Os
calafrios são resultado de contrações musculares que ocorrem de forma involuntária para
gerar calor.

Além disso, os músculos contribuem para homeostasia devido a quatro propriedades específicas.

PROPRIEDADES MUSCULARES

 Excitabilidade – Capacidade de responder a estímulos pela produção de sinais elétricos.


 Contratilidade – Capacidade de contração ao receber um estímulo elétrico.
 Extensibilidade – Capacidade de estirar se ocorrer lesão.
 Elasticidade – Capacidade de retornar ao tamanho normal após contrair e estender.

O corpo humano possui cerca de 700 músculos do tipo esquelético e são nomeados de acordo com
sua forma (trapézio), tamanho (grande dorsal), direção das fibras (reto da coxa), localização (frontal
– próximo ao osso frontal), número de tendões de origem (bíceps), inserção (braquiorradial), e
movimento que produz (flexor radial do carpo).

DISTÚRBIOS DO SISTEMA MUSCULAR

 Atrofia muscular – assim se denomina a degeneração gradual do tecido muscular.


 Hipertrofia muscular – aumento do diâmetro das fibras do músculo, resultado de atividades
repetitivas e intensas.
 Fibrilação – Contração de uma única fibra muscular, espontaneamente.

COMPONENTES ANATÔMICOS DO MÚSCULO

No corpo humano existem músculos grandes como a coxa, e músculos pequenos como os da face.
Eles podem ser arredondados (os orbiculares dos olhos), planos (os do crânio) ou fusiformes (como
os do braço). Além do tecido muscular, que forma a parte ativa do musculo, há outros elementos
que os compõe:

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 Tendão – É uma estrutura em formato cilíndrico ou de lâmina que tem como função fixar os
músculos nos ossos.
 Aponeurose – Tem a mesma função dos tendões, sendo mais larga e achatada.
 Endomísio – Estrutura que envolve cada fibra muscular.
 Perimísio – Estrutura que envolve grupos de fibras musculares.
 Epimísio – Estrutura que envolve o músculo

CLASSIFICAÇÃO PELA QUANTIDADE DE INSERÇÕES

Inserção de origem e inserção terminal são nomes dados aos tendões de acordo com sua posição na
fixação do músculo ao osso. São chamados de inserção de origem quando estão presos a ossos que
ficam parados quando há contração muscular, e são chamados de inserção terminal quando se ligam
a ossos que se movem.

Um dos critérios de classificação dos músculos estriados esqueléticos, é a quantidade de inserções


de cada músculo. Bíceps: 2 inserções; Tríceps: 3 inserções; Quadríceps: 4 inserções, são nomes
dados a partir da inserção de origem.

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LOCAIS PARA APLICAÇÃO INTRAMUSCULARES

 GLÚTEO
 DELTOIDE
 FACE LATERAL DA COXA
 VENTROGLÚTEA

SISTEMA NERVOSO

O Sistema nervoso é composto por dois tipos de células:


os neurônios e neuroglia.

Os neurônios são células que possuem a capacidade de


produzir impulsos elétricos em resposta a um estímulo,
os neurônios se dividem em três partes: corpo celular,
dentritos (fios curtos e ramificados) e axônio (que
tamanhos que variam de alguns milímetros a vários
metros).

Para conduzir o impulso elétrico de uma parte do corpo


ao cérebro ou vice e versa, os neurônios se unem uns aos
outros, formando uma cadeia neural que deve ser
constituída por pelo menos um neurônio motor e um
sensitivo. O local onde há união destes neurônios, entro
o axônio de um e os dentritos de outros é denominada
sinapse. O impulso sempre caminha no sentido dendrito
– corpo celular – axônio.

Os axônios e dentritos formam as fibras nervosas que


juntas constituem o nervo.

A neuroglia, ou glia, é outro tipo de


célula do sistema nervoso, sendo
menores que os neurônios, porém em
maior número. Fazem parte dessa
categoria os astrócitos,
oligodentrócitos, micróglia, células
ependimárias e células de Schwann.

Apesar de não produzir o impulso


elétrico, a neuroglia sustenta os
neurônios, fixando-os aos vasos
sanguíneos, realizam fagocitose e
produzem a bainha de mielina. A

21
bainha de mielina é um revestimento composto de lipídios e proteína que isola o axônio,
aumentando a velocidade da condução do impulso nervoso.

A velocidade ou a continuação da propagação do potencial de ação, é também controlada por


neurotransmissores. Estas são substancias liberadas na sinapse, em pequena quantidade, ou na
corrente sanguínea e podem ser categorizadas em agonistas ou antagonistas. Uma substancia
agonista aumenta a transmissão do impulso elétrico ou imita a ação do neurotransmissor natural,
caso seja um agente produzido de forma sintética. Por exemplo, acetilcolina, glutamato, aspartato e
a serotonina. As substâncias antagonistas, como a endorfina, bloqueiam a condução do impulso
elétrico.

O sistema nervoso tem por funções a homeostasia do corpo, o início dos movimentos involuntários
e o controle dos sentidos (tato, olfato, paladar, visão, audição e equilíbrio). Ele é estruturalmente
composto pelo encéfalo, pelos nervos cranianos e seus ramos, pela medula espinhal, pelos nervos
espinhais e seus ramos, pelos gânglios, pelos plexos entéricos e pelos receptores sensoriais.

ENCÉFALO

O encéfalo se encontra dento da calota craniana e possui cerca de 100 bilhões de neurônios. Sua
estrutura consiste em quatro partes: tronco encefálico, cerebelo, diencéfalo e cérebro.

O tronco encefálico é uma estrutura contínua à medula espinhal e é formada pelo bulbo, pela ponte
e pelo mesencéfalo, No bulbo as fibras se cruzam, caracterizando a inversão dos comandos do lado
do córtex cerebral em relação ao lado do corpo (o lado direito do córtex coordena o lado esquerdo
do corpo). Além disso, encontram-se no bulbo o centro cardiovascular que regula a força de
contração cardíaca, o ritmo cardíaco e o diâmetro dos vasos sanguíneos; a área respiratória rítmica,
que regula a frequência respiratória; e os centros que coordenam o vômito, a deglutição, a tosse, o
espirro e o soluço.

A ponte conecta estruturas do encéfalo entre si e possui dois importantes núcleos que contribuem no
controle da respiração: a área pneumotoráxica e a área apneustica.

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O mesencéfalo contem os pedúnculos do cérebro que conduzem os impulsos motores do cérebro ao
cerebelo e medula espinhal e os impulsos sensitivos da medula espinhal ao tálamo.

O cérebro é o órgão mais volumoso do crânio, pesando cerca de 1.000 a 1.200 gramas, dividindo-se
em diencéfalo (tálamo e hipotálamo) e telencéfalo (córtex cerebral). O tálamo transmite impulsos
sensitivos do SNC ao córtex cerebral. O hipotálamo controla diversas atividades corporais, em sua
maioria relacionada a homeostase, como a liberação de hormônios, a temperatura do corpo, centro
de sede e fome, esta associado ao sentimento de dor e prazer dentre outras funções.

O telencéfalo é composto por uma substância cinzenta denominada córtex cerebral. Suas funções
englobam: receber e interpretar impulsos, controlar o movimento muscular e executar funções
integrativas com as da memória, raciocínio, julgamento, vontade e emoção, os traços de
personalidade e inteligência.

O cerebelo se encontra ao tronco encefálico através de três pares de feixes de fibras (pedúnculos
cerebrais). Sua função é coordenar os músculos esqueléticos, manter o tônus muscular e o equilíbrio
corporal. A falta de coordenação muscular é denominada ataxia.

SISTEMA CARDIOVASCULAR

O Sistema Cardiovascular é composto por três seguimentos: Sangue, coração e vasos sanguíneos.

O SANGUE

As células do organismo obtêm seus suprimentos (oxigênio e nutrientes) através do líquido


intersticial que as banha e do sangue, que transporta pelo corpo tais suprimentos. O sangue é um
tecido conjuntivo composto pela parte líquida (55%) denominada plasma e pela parte celular, que
engloba células variadas e fragmentos de células (45%). O corpo humano possui cerca de 5 a 6
litros de sangue, representando cerca de 8% do peso corporal.

Além de transportar nutriente para os órgãos do corpo, o sangue também conduz elementos que não
serão mais utilizados, como o dióxido de carbono (CO²), ureia, dentre outros, das células que os
produzem para órgãos que vão elimina-las do corpo, como pulmões, rins e pele. Outras funções que
competem ao sangue são, regular o PH, ajudar a regular a temperatura e proteger o organismo
contra infecções e hemorragias.

O plasma sanguíneo é um líquido amarelo claro composto por água (91,5%) e solutos (8,5%), que
são em sua maioria proteínas. Estas proteínas plasmáticas são sintetizadas principalmente pelo
fígado, e incluem as albuminas, as globulinas e fibrinogênio e as imunoglobulinas (anticorpos) que
são produzidas em respostas imunes. Além das proteínas são encontrados no plasma outros solutos
como os eletrólitos, nutrientes, enzimas, hormônios, ureia, acido úrico, creatinina, amônia e
bilirrubina.

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Os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas compõem os elementos do sangue partir
do hemocitoblasto (célula tronco) as células sanguíneas se desenvolvem por um processo
denominado hematopoese.

O transplante de medula óssea, ou transplante de células tronco é a transferência da medula óssea de


um doador para um receptor por via endovenosa, com o intuito de promover uma hematopoese
normal.

Os eritrócitos, glóbulos vermelhos do sangue, são chamados de hemácias e contém hemoglobina


(proteína carregadora de oxigênio), ela quem da cor avermelhada ao sangue, em um indivíduo
adulto saudável seus valores devem estar entre 4,8 milhões em mulheres e 5,4 milhões em homens
por microlitro de sangue.

Anatomicamente são discos bicôncavos, suas membranas plasmáticas permitem que a célula se
deforme sem que se rompam, além de possuir em sua superfície antígenos indicadores do grupo
sanguíneo, como ABO e o Rh.

Os glóbulos brancos ou leucócitos são nucleados, não possuem hemoglobina e são menos
numerosos que os glóbulos vermelhos, cerca de 5 a 10 mil células por microlitro de sangue, tais
células são classificadas em leucócitos granulares (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e leucócitos
agranulares, (linfócitos e monócitos), a função geral dos glóbulos brancos é combater os agentes
patogênicos por fagocitose ou processo imune. Entretanto cada célula possui uma função específica.
Os neutrófilos destroem as bactérias por meio da fagocitose, os eosinófilos combatem os efeitos da
histamina nas reações alérgicas, em contrapartida os basófilos liberam heparina, histamina e
rotonina, nas reações alérgicas, aumentando a resposta inflamatória. Os linfócitos são mediadores
da resposta imune e os monócitos fazem a fagocitose.

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A leucocitose é u termo usado para o aumento do número de leucócitos, o que normalmente ocorre
à resposta invasora do organismo, exercício físico extenuante, anestesia ou cirurgias. Já a
leucopenia é a redução dos glóbulos brancos, nunca é benéfica e normalmente é causada por
agentes quimioterápicos, radiação ou choque.

As plaquetas ou trombóticos, são fragmentos dos megacarioblastos, que se dividem em 2 a 3 mil


pedaços, normalmente cada microlitro de sangue contem 150.000 a 400.000 plaquetas > Elas são
anucleadas e tem como função ajudar na hemostasia, bloqueando sangramentos, em vasos que
foram rompidos através da formação de um tampão. Além do tampão plaquetário, outros dois
mecanismos orgânicos interrompem o sangramento, o espasmo muscular e a coagulação do sangue.

O coagulo é uma malha de fibrinas (proteínas insolúveis) que retém os elementos do sangue. Sua
formação depende do que chamamos de cascata de coagulação (proteínas associadas a cálcio em
ativação de trombina e outras enzimas) que se aglomeram e formam filamentos do coágulo.

DISTÚRBIOS DO SISTEMA SANGUÍNEO

 Hemofilia: Doença hereditária na qual a deficiência de coagulação, podendo ocorres


sangramentos espontâneos após pequenos traumas.
 Anemia Falciforme: Doença hereditária nas quais as hemoglobinas possuem forma de foice, se
rompem facilmente e resultam na deficiência de oxigênio nos tecidos, devido à dificuldade que
a célula alterada tem de transportar as moléculas de Oxigênio.
 Leucemia: É uma doença maligna no sangue caracterizado pela produção descontrolada de
leucócitos imaturos. Em sua forma crônica os leucócitos imaturos não morrem ao termino de
sua sobrevida normal. Se acumulando na corrente sanguínea

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CORAÇÃO

O coração é o órgão responsável pela circulação do sangue nos vasos através de bombeamento. Em
um individuo em repouso o coração bombeia mais que 14 mil litros de sangue em 24 horas. Apesar
dessa potencia é um órgão relativamente pequeno, com o tamanho aproximadamente ao de uma
mão fechada, pesando entrono de 250 gramas em mulheres e 300 gramas nos homens. Situado na
cavidade torácica no mediastino entre os pulmões, sua forma é semelhante à de um cone, no qual,
sua base está voltada para trás e para cima e seu ápice está voltado para frente e para baixo.

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O pericárdio é um a membrana que reveste o coração protegendo e sustentando-o. Em seguida
temos o epicárdico, parede externa do coração, o miocárdio, tecido muscular cardíaco e por fim o
endocárdio, tecido conjuntivo liso que reveste as câmaras cardíacas e recobre as válvulas (valvas).
A valva tem como função auxiliar na
ejeção do sangue e impedir o seu refluxo.

Internamente o coração possui quatro


câmaras: as duas superiores são átrios
direito e esquerdo e as duas inferiores são
ventrículos direito e esquerdo.

O átrio direito recebe sangue da veia cava


superior, da veia cava inferior e do seio
coronário, este sangue passa do átrio
direito para o ventrículo direito pela valva
tricúspide. Do ventrículo direito o sangue
passa pela valva pulmonar e chega a artéria
tronco pulmonar que conduz o sangue ate
os pulmões. O átrio esquerdo recebe o
sangue que vem dos pulmões através de
quatro veias pulmonares e passa para o

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ventrículo esquerdo através da valva bicúspide (mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue passa pela
valva aórtica através da artéria aorta ascendente irriga o coração e o restante do corpo, retornando
ao coração pela veia cavas superior,
cava inferior e seio coronário.

A circulação sanguínea pode ser


dividida em circulação sistêmica,
quando se observa apenas a circulação
do sangue entre corpo e coração, e
circulação pulmonar, quando se
observa a circulação do sangue entre
coração e pulmão. Na circulação
sistêmica o sangue leva oxigênio (O²)
para as células do corpo e traz gás
carbônico (CO²) para o coração. Na
circulação pulmonar a sangue leva gás
carbônico para o pulmão e onde ocorre
a hematose (troca gasosa de O² por
CO²) trazendo Oxigênio para o
coração.

As fibras musculares presentes no


miocárdio são compostas por células
especializadas, chamadas células
autorrítimicas, que possuem a
capacidade de gerar potenciais de ação
espontâneos, rítmicos e repetitivos,
que desencadeiam as contrações
cardíacas. Em razão disso atuam como
marca-passo definindo o ritmo
cardíaco, e formam um sistema de
condução que propagam os potenciais
de ação por todo o músculo cardíaco.
Esta corrente elétrica gerada pode ser facilmente identificada através de um eletrocardiograma
(ECG).

A contração cardíaca sempre é seguida de um período de repouso, quando as paredes cardíacas se


relaxam e as câmaras se preenchem de sangue novamente para expulsa-lo na próxima contração.
Este momento de contração é denominado sístole, enquanto o período de relaxamento é
denominado diástole.

CICLO CARDÍACO

O ciclo cardíaco é o que ocorre no período de um batimento cardíaco, ele é composto pela diástole e
sístole, respectivamente, pelo relaxamento e contração.
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O complexo estimulante do coração é formado por terminações nervosas internas que conectam o
nó sinoatrial (sinusal ou SA) o nó atrioventricular (AV), o feixe de His e fibras de Purkinje.

O estimulo que se propaga para os átrios promovendo a sua contração, se inicia no nó sinoatrial,
seguindo pelo estímulo do nó atrioventricular, que faz com que os ventrículos se contraiam. Além
do controle interno o coração também recebe estímulos do SNA, sendo alterado pela ação de
hormônios ou dos controles simpáticos e parassimpáticos.

PATOLOGIAS CARDÍACAS

 Arritmia – Irregularidade no ritmo cardíaco, resultante de falha no sistema de condução do


potencial de ação do miocárdio.
 Infarto do Miocárdio – Trata-se da morte do tecido cardíaco, em uma determinada área, em
detrimento da interrupção de seu suprimento sanguíneo. Este tecido é substituído por tecido
cicatricial não contrátil, isto provoca a redução da força de contração cardíaca até a morte por
fibrilação ventricular.

VASOS SANGUÍNEOS

Os vasos sanguíneos constituem um sistema fechado de estruturas tubulares que conduzem o


sangue do coração para o corpo e vice e versa. Tais estruturas podem ser artérias, arteríolas,
capilares, vênulas, veias e vasa vasorum (vasos dos vasos – vasos que irrigam outros vasos mais
calibrosos).

As artérias levam o sangue do coração para outros tecidos. Ao percorrerem o corpo, suas estruturas
se ramificam e diminuem de calibre, sendo denominadas arteríolas quando estão em seu menor
tamanho. Os capilares são ramificações das arteríolas, quando estas se encontram dentro de tecidos.

As artérias pulsam quando o sangue é bombeado pelo coração, e quando lesadas, a hemorragia se dá
em jatos intermitentes, normalmente uma artéria é acompanhada de uma veia. Em relação a uma
articulação, as artérias sempre estão posicionadas na superfície voltada para o lado onde ocorre a
flexão.

Quando o sangue entra em contato com os tecidos através das finas paredes dos capilares, há trocas
de substancias. Os capilares antes de saírem dos tecidos, se fundem, formando as vênulas (veias de
pequeno calibre). Por sua vez as vênulas se confluem e formam as veias, que são os vasos de calibre
maior e que levam o sangue de volta ao coração.

As veias não pulsam e quando há hemorragia, seu jato é continuo.

A circulação sanguínea pode ser avaliada pelo profissional da saúde através da aferição do pulso e
da pressão arterial. O pulso ou frequência cardíaca de um individuo é de aproximadamente 80
batimentos por minuto, já a pressão arterial de um homem adulto 120 mmHg sistólica por 80
mmHg diastólica. A diferença entre a pressão sistólica e a diastólica é denominada pressão de pulso
e deve ser cerca de 40 mmHg.

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PATOLOGIAS DOS VASOS SANGUINEOS

 Aneurisma – formação em forma de balão na parede de uma veia ou artéria formando uma
saliência, podendo aumentar e tornar a parede tão fina a ponto de se romper, ocasionando uma
hemorragia de grande intensidade que pode levar ao choque, AVC e até a morte.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

O nariz, a faringe, a traqueia, os brônquios, e os pulmões são estruturas que compreendem, em


conjunto, o sistema respiratório superior. A respiração, processo de troca de gases do corpo, é o
meio pelo qual esse sistema cumpre com suas funções: fornecer oxigênio para as células e elimina
o gás carbônico do organismo, contribui para a regulação do PH sanguíneo, filtra o ar respirado,
contem receptores para o olfato, produz sons e libera água e calor através do ar exalado.

NARIZ

A estrutura anatômica do nariz permite que o ar seja filtrado, aquecido e umidificado na inspiração,
além de detectar estímulos olfatórios e modificar as vibrações da fala. Internamente a cavidade
nasal é dividida em dois compartimentos pelo septo nasal e se comunica com a faringe através de
duas aberturas denominadas narinas internas ou coanas. As paredes laterais e seu assoalho tem
formação óssea, enquanto seu esqueleto externo é basicamente cartilaginoso conferindo maior
maleabilidade a este órgão.

FARINGE

A faringe é um órgão tubular que começa nas narinas internas e termina comunicando com o
esôfago à laringe. Divide-se em três regiões: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Ela funciona
como via de passagem tanto para o ar quanto para o alimento, fornece uma câmara de ressonância
para os sons emitidos na fala e
aloja as tonsilas – estruturas
que possuem tecido linfático,
auxiliando na resposta imune.

LARINGE, GLOTE E
EPIGLOTE

A laringe é curta e conecta a


laringofaringe a traqueia. Sua
parede é composta por anéis de
cartilagem, dentre elas a
cartilagem tireóidea (pomo de
Adão). A epiglote é um tecido
cartilaginoso, em forma de
folha que se move durante a

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deglutição, fechando a glote e impedindo a passagem de alimento que está no trato gastrointestinal
para o sistema respiratório inferior. Na glote encontram-se as pregas vocais.

TRAQUEIA E ÁRVORE BRÔNQUICA

Em frente ao esôfago esta a traqueia, sua estrutura é tubular e se estende da laringe até se dividir,
aproximadamente 12 centímetros abaixo, em brônquios direito e esquerdo. Este ponto de divisão se
chama carina. Ao entrar nos pulmões os brônquios se dividem em brônquios lobares, que por sua
vez se dividem em brônquios segmentares e por fim se dividem em bronquíolos. Desse modo o ar
penetra nos pulmões sendo conduzido pela arvore brônquica da maneira que haja troca gasosa
eficaz na sua extremidade.

PULMÕES

Os pulmões se situam na cavidade torácica, separados o esquerdo e o direito pelo coração e outras
estruturas presentes no mediastino. Eles são revestidos externamente por duas túnicas chamadas
pleura parietal e pleura visceral com a cavidade pleural entre elas contendo pequeno volume de
liquido lubrificante que permite deslizamento confortável entre elas durante a respiração, cada
pulmão é dividido em lobos. O pulmão direito contem o lobo superior, médio e inferior, enquanto o
lobo direito se divide em lobo superior e inferior. Os lobos se dividem em seguimentos bronco
pulmonares que são compostos por lóbulos. Os lóbulos são componentes de pequeno tamanho
envoltos de tecido conjuntivos e possuem um vaso linfático, uma arteríola uma vênula e um ramo
de bronquíolo terminal. Conforme esses bronquíolos penetram nos pulmões, se dividem em ductos
alveolares. Na sua circunferência encontram-se diversos alvéolos e sacos alveolares, que são
estruturas diretamente responsáveis pela hematose que ocorre por difusão entre parede de alvéolo e
os capilares.

VENTILAÇÃO PULMONAR

A Lei de Boyle define que a pressão de um gás, quando em um recipiente fechado, é inversamente
proporcional ao volume do recipiente. Esta lei da física explica o processo de ventilação pulmonar,
visto que a diferença na pressão entre o pulmão e o ambiente externo, determinam a inspiração e
31
expiração. Os pulmões se expandem ativamente alterando a pressão em seu interior, provocando a
inspiração do ar. A expiração é passiva e ocorre quando a pressão no interior do pulmão é maior do
que a do ambiente, expulsando o ar. Ela só passa a ser ativa quando há expiração forçada ao trocar
um instrumento de sopro, por exemplo, ou durante um exercício respiratório.

Um adulto em repouso respira em torno de 12 vezes por minuto, sendo que cada movimento de
expiração e expiração movimenta em média 500 ml de ar.

REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO

Conforme observado no Sistema Nervoso existem aglomerados de neurônios localizados no bulbo


e na ponte que formam uma área denominada centro respiratório.

Estes neurônios se dividem em três áreas distintas: periodicidade bulbar – controla o ritmo
respiratório; pneumotoráxica – controla a velocidade dos movimentos respiratórios; apnêustica –
controla volume de ar inspirado e expirado.

PATOLOGIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

 Asma – Inflamação crônica das vias aéreas associada à hipersensibilidade desta região a
diversos estímulos e à obstrução de vias aéreas.
 DPOC – caracterizada pela obstrução crônica e recorrente do fluxo de ar, causando aumento da
resistência das vias aéreas.

SISTEMA DIGESTÓRIO

Os alimentos são nossa fonte de energia e reparação tecidual, mas para isso é necessário que eles
sejam decompostos em moléculas de tamanho ideal para que consigam atravessar as membranas
plasmáticas das células por meio de digestão e atingir a circulação sanguínea e linfática, processo
alcançado pela absorção. A composição dos órgãos que realizam essa função recebe o nome de
sistema digestório.

O Sistema Digestório é composto pelo trato gasto intestinal que é um tubo contínuo que se estende
da boca ao ânus e inclui a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e grosso e
pelos órgãos acessórios da digestão que incluem os dentes, língua, glândulas salivares, fígado,
vesícula biliar e pâncreas.

As funções do Sistema Digestório são:

 Ingestão – receber o alimento através da boca


 Secreção – liberação de água, ácido, enzimas e tampões no interior do trato gastrointestinal.
 Mistura e Propulsão – misturar e mover o alimento em direção ao ânus
 Digestão – decomposição química e física do alimento em partículas menores
 Absorção – passagem das partículas digeridas no trato GI para o sangue e linfa
 Defecação – eliminação das fezes pelo ânus

32
A parede do trato GI, desde a parede inferior do esôfago até o ânus, é composta por quatro camadas:
mucosa, submucosa, muscular e serosa.

BOCA

Também chamada de cavidade oral, é formada pelas bochechas, palato mole e duro e língua. Os
lábios são presos por uma prega chamada frênulo do lábio, já a língua é presa por uma prega
denominada frênulo da língua. O palato duro é a cavidade anterior do teto da boca, recoberto por
uma mucosa e forma a partição ósseas entre a cavidade oral e a nasal. O palato mole, parte posterior
do teto da boca é uma partição muscular em forma de arco, entre as partes nasal e oral da faringe,
revestido por túnica mucosa.

As glândulas salivares secretam a saliva que auxiliam na decomposição química do alimento. A sua
produção é regulada tanto pelo sistema nervoso quanto pela presença do alimento na boca, pelo
olfato e pelo paladar.

A língua é um órgão digestório acessório que movimenta os alimentos de um lado para o outro
contribuindo para a mastigação e deglutição. Na língua encontramos as papilas gustativas que
identificam os sabores dos alimentos, conferindo no paladar.

O processo de mastigação também conta com o auxilio dos dentes. Os seres humanos possuem duas
dentições. Na primeira os dentes decíduos, os dentes de leite, surgem por volta dos seis meses e
somam um total de 20 dentes, geralmente entre seis e 12 anos de idades perdemos esses dentes e os
32 permanentes surgem.

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FARINGE

Depois de mastigado, a massa resultante, bolo alimentar, passa da boca pela faringe, tubo em forma
de funil que tem função digestória e respiratória. Abrange uma parte nasal e se bifurca, limitando-se
com a laringe anterior e o esôfago.

ESÔFAGO

É um tubo muscular situado posteriormente a traqueia e atravessa o diafragma através do hiato


esofágico. Sua função é secretar muco e transportar o bolo alimentar até o estomago, esse transporte
se dá através da peristalse que são contrações e relaxamentos coordenados e involuntários. O
esfíncter esofágico relaxa na presença do bolo alimentar permitindo a sua passagem para o
estomago.

ESTÔMAGO

O estômago conecta o esôfago ao duodeno, órgão em forma de “J” que se localiza posterior ao
estômago. O músculo esfíncter do piloro é quem controla a passagem do material digerido para a
primeira porção do intestino delgado, o duodeno.

As curvaturas do estômago recebem o nome de curvatura menor e curvatura maior.

No estômago, a digestão do amido, que começou na boca, tem continuidade, e começa a digestão de
proteínas e triglicérides. Há também a absorção de determinadas substâncias. A digestão dos
alimentos leva a formação do quimo, massa semilíquida. Isso é possível graças à ação de enzimas
como a pepsina, responsável por digerir proteínas e a lipase gástrica que digere gordura.

O vômito é a expulsão forçada dos conteúdos do trato gastrointestinal superior pela boca. Ele é
provocado por estímulos como irritação, distensão, imagens desagradáveis, anestesia geral, tonturas
e alguns fármacos.

PÂNCREAS

Glândula com função exócrina e endócrina, situada atrás do peritônio e dividida em cabeça, corpo e
cauda. Como função exócrina excreta suco pancreático rico em enzimas que dissolve carboidrato
(amilase pancreática), proteínas (tripsina, quimiotropsina, carboxpeptidase, elastase), triglicérides
(lipase pancreática) e ácidos nucleicos (ribonuclease e desoxirribonuclease). Já a parte endócrina é
responsável pela produção de hormônios como glucagon, insulina, somatostatina e polipeptídio
pancreático. As secreções pancreáticas são lançadas no duodeno por meio de ducto pancreático que
se une ao ducto colédoco originado no fígado e vesícula biliar.

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FÍGADO E VESÍCULA BILIAR

O fígado é o maior órgão interno


e a glândula mais pesada do
corpo. Pode ser dividido em dois
lobos: o maior, lobo direito e o
menos, lobo esquerdo. No fígado
é produzida a bile, líquido
acastanhado que é usado para
decomposição das gorduras
(grandes glóbulos de lipídeos).

Além da produção da bile o


fígado é responsável pelo
metabolismo de carboidratos,
lipídeos e proteínas, pelo
processamento de formas, pela
ativação de vitamina D, pela
fagocitose de glóbulos vermelhos
e pelo armazenamento de
glicogênio.

A vesícula biliar é um saco


localizada na parte inferior do fígado e é responsável pelo armazenamentos, concentração e
excreção da bile no intestino delgado.

INTESTINO DELGADO

No intestino delgado os nutrientes continuam a digestão com o auxilio das secreções digestivas do
pâncreas e do fígado, nele ocorre também cerca de 90% da absorção dos nutrientes.

Limita-se com o piloro e com o intestino grosso e é dividido em três regiões: duodeno, jejuno e ílio.

O contato do quimo com a parede do intestino distende-o e provocam contrações segmentares que o
misturam ao suco digestivo, após a maior parte de a digestão ter ocorrido, as contrações param e a
peristalse começa, empurrando o quimo para frente. O material não digerido ou não absorvido
chega ao intestino grosso.

INTESTINO GROSSO

Parte terminal do trato gastrointestinal, composto pelo ceco; colos ascendente, transverso e
descendente; reto; canal anal e ânus.

No intestino grosso os movimentos peristálticos dão continuidade à movimentação do conteúdo


alimentar pelo colo, estágio final da digestão. As bactérias presentes em seu interior fermentam os
carboidratos restantes, convertem proteínas em aminoácidos e decompõem bilirrubina, o que
confere cor marrom as fezes, e produzem vitaminas B e K. As fezes perdem constantemente água e
sais minerais enquanto permanecem o intestino grosso.
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Ao atingir o reto ocorre o reflexo da defecação, o esfíncter externo do reto é um músculo voluntario
e caso não ocorra a defecação, as fezes retornam ao colo sigmoide.

Situações anormais do trato intestinal podem resultar em diarreia e constipação

PATOLOGIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO

 Hepatite – Inflamação do fígado que pode ser provocada por vírus, medicamentos ou
substancias químicas. Há vários tipos de Hepatites como A, B, C, D e E.
 Icterícia – coloração amarelada dos olhos, pele e mucosas, decorrente do acúmulo de
bilirrubina.

SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra.
Destacamos nesse sistema o papel dos rins, que além de formar, transportar armazenar e eliminar
urina regula o volume e composição do sangue, reduz a pressão sanguínea e contribui para o
metabolismo.

RINS

Localizam-se na parte posterior do abdome, retroperitonial, na altura do 11º par de costelas, possui
forma de feijão faseoliforme e há uma discreta diferença entre eles, o rim direito é ligeiramente
menor que o esquerdo, devido ao tamanho ocupado pelo fígado.

Possui três camadas de tecido: fibrosa, adiposa e renal.

Ao observarmos um rim por um corte frontal visualizamos duas regiões distintas: córtex renal
(região avermelhada superficial) e a medula renal (região mais profunda marrom a vermelhada).
Esta última possui d e8 a 18 estruturas em forma de cunha, as pirâmides renais, cuja base volta-se
para o córtex renal e o ápice, a papila renal é voltada para o hilo renal, fissura vertical profunda.
Separando uma coluna renal da outra estão às colunas renais. Juntos o córtex renal e as pirâmides
renais origina o parênquima, parte funcional do rim.

No interior do parênquima há cerca de um milhão de estruturas microscópicas chamadas néfrons,


estruturas funcionais dos rins. Cada néfron é constituído de um corpúsculo renal (composto por um
glomérulo e uma capsula glomerular ou de Browman) e túbulos renais (túbulo contorcido proximal
alça de Henle e túbulo contorcido distal, seguindo a ordem em que o líquido passa por eles).

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Os túbulos contorcidos distais terminam nos túbulos coletores. Estes por sua vez se reúnem e
originam os ductos coletores que drenam para os cálices menores e estes para os cálices maiores e
chegam à pelve renal.

O suprimento sanguíneo dos ris funcionam da seguinte maneira: o sangue corpóreo é conduzido até
a artéria renal, esta por sua vez se divide em artérias segmentares que se dividem em artérias
interlobares em seguida, artérias arqueadas, mais a diante artérias interlobulares e arteríolas
aferentes.

As arteríolas aferentes chegam ao néfron e formam uma rede capilar, o glomérulo onde ocorre a
filtração glomerular descrita adiante.

Os capilares glomerulares se reúnem e formam a arteríola glomerular eferente que leva o sangue
para fora do glomérulo. Dando continuidade elas dividem-se e formam os capilares peritubulares
que se reúnem e formam vênulas peritubulares, em seguida as veias interlobulares, veias arqueadas
e por fim veia renal que leva o sangue venoso do rim para a veia cava inferior.

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FUNÇÃO DOS NÉFRONS

 Filtração glomerular – no glomérulo, a água e solutos do plasma passam pelos capilares


glomerulares e chegam a capsula glomerular, até alcançarem os túbulos renais. Apesar de
muito permeáveis e permitir a passagem de solutos, as células glomerulares impedem a
passagem a passagem de células sanguíneas e plaquetas.
 Reabsorção tubular – a medida que o líquido passa pelos túbulos renais, as células tubulares
reabsorvem cerca de 99% da água e muitos solutos (glicose, aminoácidos, íons, cálcio,
sódio, potássio, cloro, bicarbonato, fósforo e ureia) a fim de manter as suas concentrações
adequadas na corrente sanguínea.
 Secreção tubular – substancias como resíduos, fármacos, e excesso de íons, sã removidos
do sangue pela secreção realizada pela célula do túbulo para o liquido tubular, controlando
o PH sanguíneo e eliminando substancias do corpo. O volume diário de urina produzida por
um adulto é cerca de 1500 a 2000 ml.

URETERES

Os ureteres transportam a urina da pelve renal até a bexiga por meio das contrações peristálticas das
suas paredes musculares. Embora não exista valva anatômica no orifício do ureter em contato com a
bexiga, esta possui uma valva fisiológica que funciona de fora muito eficiente.

BEXIGA URINÁRIA

A bexiga urinária é um órgão muscular e


elástico, e, portanto, seu formato varia de
acordo com o seu conteúdo, comportando
cerca de 700 a 800 ml. Localizada na
cavidade pélvica atrás do osso da sínfise
púbica.

Na parte inferior da bexiga há uma estrutura


chamada trígono da bexiga, que contem o
ósteo interno da uretra no canto interior e as
aberturas uretrais nos cantos posteriores.

Ao redor da abertura da uretra encontram-se


os músculos esfíncter interno e eterno da
uretra. A micção, eliminação da urina,
ocorre por combinação voluntárias e
involuntárias. Quando o volume da bexiga
excede 200 a 400 ml o centro de micção é
ativado e ocorre o reflexo da micção.

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URETRA

A uretra é um pequeno tubo canal que vai da bexiga até o exterior do corpo. Nas mulheres localiza-
se atrás da sínfise púbica, tem um comprimento de quatro cm e seu óstio está localizado entre o
clitóris e a vagina. No homes mede cerca de 20 cm, passando pela próstata, diafragma urogenital e
pelo pênis.

PATOLOGIAS DO SISTEMA URINÁRIO

 Infecção do Trato Urinário (ITU) – Infecção da parte do sistema urinário ou presença de


micro-bio na urina. Podendo ser inflamação da uretra, da bexiga ou dos rins.
 Insuficiência Renal – Diminuição ou cessação da filtração glomerular, podendo ter início
repentino (Insuficiência renal aguda – IRA) ou declínio progressivo (Insuficiência Renal
Crônica – IRC).
 Oligúria – Produção diária de urina entre 50 e 250 ml
 Anúria – Produção diária de urina inferior a 50 ml.

SISTEMA REPRODUTOR

Os sistemas genitais masculino e feminino são anatomicamente distintos o que torna possível a
reprodução sexual, resultante da união de gametas (células sexuais) masculinos e femininos.

SISTEMA GENITAL MASCULINO

O Sistema Genital Masculino é composto por testículos, ductos deferentes, ductos ejaculatórios,
uretra e glândulas acessórias (seminais, próstata e bulbouretral) e estruturas de sustentação como
escroto e pênis.

O escroto é um saco que sustenta os testículos. Internamente é dividido em dois sacos, os quais
comportam um testículo cada. A localização permite ao escroto manter uma temperatura pouco
inferior a do corpo, o que colabora para a produção normal dos espermatozoides.

Os testículos são glândulas ovais dividas internamente em cerca de 200 a 300 compartimentos
denominados lóbulos que contem de um a três túbulos contorcidos, neles são produzidos os
espermatozoides e recebem o nome de túbulos seminíferos.

A produção de espermatozoides é realizada pelas células espermatogênicas e é denominada de


espermatogênese.

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Além das células espermatogênicas os túbulos
seminíferos possuem as células de sertoli, que
nutrem os espermatozoides, sustentam e
protegem as células espermatogênicas,
produzem líquido para transporte dos
espermatozoides, reduza secreção do hormônio
inibina e faz a intermediação com a testosterona
e do hormônio folículo estimulante.

Até chegarem ao espermatozoide, as células


germinativas passam por um processo de
divisão, diferenciação e maturação, com início
na puberdade. As espermatogônias (cédulas que
dão origem aos espermatozoides) multiplicam
por mitose e diferenciam-se em espermatócitos
primários. Estes por sua vez sofre meiose e
originam os espermatócitos secundários,
originando duas células, as espermátides. Até
este ponto o processo recebe o nome de
maturação. A fase seguinte chamada de
especiação, as espermátides se transformam em
espermatozoides.

Diariamente são produzidos cerca de 300 milhões de espermatozoides, e quando no interior do


Sistema Genital Masculino a maioria não sobrevive mais de 48 horas. As principais partes de um
espermatozoide são a cabeça (possui uma capsula enzimática que a recobre e facilita a entrada do
espermatozoide no ovócito secundário) e a cauda (possui mitocôndrias que fornecem energia para
sua locomoção).

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 DUCTOS DO TESTÍCULO – O liquido secretado pela célula de sertoli empurram os
espermatozoides pelos túbulos seminíferos. Estes chegam a rede do testículo e se movem pelos
ductos eferentes, atingindo por fim, o ducto epidídimo.
 EPIDÍDIMO – Órgão em forma de vírgula, enovelado, onde ocorre a maturação dos
espermatozoides por cerca de 10 a 14 dias e adquirem a motilidade e capacidade de fertilizar
um óvulo. Podem permanecer armazenados por cerca de um mês e são impulsionados por meio
de contrações peristálticas para o ducto deferente.
 DUCTO DEFERENTE – Armazena os espermatozoides por meses e os transporta para a uretra
também por contrações peristálticas. Os espermatozoides que não são ejaculados são
reabsorvidos.
 DUCTOS EJACULATÓRIOS – Formado pela união do ducto da glândula seminal com o
ducto deferente e terminam na parte prostática da uretra, onde lançam espermatozoides e
secreções da glândula seminal, antes da liberação do sêmem pela uretra para o exterior.
 URETRA – Compartilhado pelo sistema urinário e genital, transporta tanto urina quanto
sêmem. É dividida em três partes de acordo por onde passa parte prostática (próstata), parte
membranácea (períneo) e parte esponjosa (pênis).
 FUNÍCULO ESPERMÁTICO – Estrutura de sustentação de sistema genital masculino.
 GLÂNDULAS SEMINAIS – Secretam um líquido viscoso que corresponde a cerca de 60% do
volume do sêmem e auxiliam no transporte e nutrição dos espermatozoides e reduzem a acidez
da uretra masculina e do trato genital feminino.
 PRÓSTATA – Secretam um liquido leitoso que corresponde a 25% do volume do sêmem e
também contribui motilidade e viabilidade dos espermatozoides.
 GLANDULAS BULBOURETRAIS – Situadas abaixo da próstata secretam substâncias que
reduz a acides do canal uretral e lubrificam a extremidade do pênis durante a ereção.
 SÊMEM – Composto pelos espermatozoides e líquidos secretados pelas glândulas seminais,
próstata e glândulas bulbouretrais e que juntos formam o líquido seminal. A cada ejaculação é
eliminado cerca de 2,5 a 5 ml de sêmem que contem cerca de 50 a 150 milhões de
espermatozoides.
 PÊNIS – Órgão genital masculino e é a passagem para a ejaculação do sêmem e excreção de
urina. Possui formato cilíndrico e contem uma raiz, um corpo e uma glande coberta pelo
prepúcio. O corpo do pênis é composto por três partes: dois corpos cavernosos e um corpo
esponjoso que contem a uretra. A estimulação sexual provoca a ereção, intumescimento e
enrijecimento do pênis.

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SISTEMA GENITAL FEMININO

O Sistema Genital
Feminino é formado pelos
ovários, tubas uterinas,
útero, vagina, e órgãos
genitais femininos
externos.

Os ovários são gônadas


femininas, homólogas aos
testículos, neles
encontramos os folículos
ováricos, que quando
maduros, rompem-se
originando os ovócitos
secundários no processo da
ovulação. Os resquícios do
folículo recebe o nome de
corpo lúteo e é responsável
pela produção dos hormônios progesterona, estrógeno, relaxina e inibina até sua degeneração.

Diferente da espermatogênese, a ovogênese inicia-se antes mesmo do nascimento, durante o


desenvolvimento fetal, as ovogônias se transformam em ovócitos primários que só irão completar
seu amadurecimento na puberdade. Os ovócitos primários são recobertos por uma camada de
células denominada folículo primordial que posteriormente mudam de forma e passam a se chamar
folículo primário. Este se desenvolve ganha mais de uma camada e se torna um folículo secundário.

A partir da puberdade, mês a mês, diversos folículos secundários, por ação dos hormônios
gonadotrofinas, recomeçam a divisão celular estacionada. O ovócito primário se divide em duas
células diferentes: o primeiro corpúsculo polar, material nuclear descartado que irá se degenerar, e
uma célula maior, o ovócito secundário. Este último ou digere-se quando não há fecundação ou
une-se ao espermatozoide originando um segundo corpo polar e o zigoto ou óvulo, célula diploide.

 TUBAS UTERINAS – Transportam ovócitos secundários ou óvulo (quando fecundado) até o


útero cerca de seis a sete dias.
 ÚTERO – Serve como via de acesso para os espermatozoides alcançarem a tuba uterina e
desenvolvimento do feto após a fertilização do óvulo. Durante o ciclo menstrual quando não
ocorre a fertilização há o fluxo menstrual. O útero pode ser divido em fundo, corpo e colo e
possui três camadas: perímetro, miométrio e endométrio.
 VAGINA – Canal fibromuscular receptáculo do pênis e serve a passagem do fluxo menstrual e
ao parto.
 VULVA – Trata-se dos órgãos genitais femininos externos compostos por monte de púbis,
lábios maiores, lábios menores, clitóris, vestíbulo (região entre lábios menores que contem o
óstio externo da uretra, o óstio da vagina, glândulas vestibulares maiores e menores e glândulas
uretrais).

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 PERÍNEO – Área losângica tanto em homens quanto mulheres que contem os órgão sexuais
externos (região perineal) e o ânus (região anal)
 GLÂNDULAS MAMÁRIAS – São glândulas com função de síntese (estimulada pelos
hormônios, prolactina, progesterona e estrogênios) secreção e ejeção de leite (estimulada pelo
hormônio ocitocina) associados a gestação e parto.

SISTEMA ENDDÓCRINO

O sistema endócrino juntamente com o sistema nervoso, controla a homeostasia do corpo.


Entretanto enquanto o sistema nervoso utiliza impulsos nervosos, o sistema endócrino libera
hormônios no sangue através das glândulas. Os hormônios contribuem nos processos reprodutivos,
regulam o desenvolvimento do corpo e alteram o metabolismo.

Existem dois tipos de glândulas: As exócrinas, que lançam seus produtos na cavidade de um órgão
ou na superfície externa do corpo, como as glândulas sudoríparas e as do aparelho digestório e as
endócrinas, que secretam seus hormônios no espaço extracelular e depois é levada pelo sangue para
todo o corpo.

Além disso, alguns órgãos possuem tecido endócrino, mas não são glândulas, como o hipotálamo, o
pâncreas, os testículos, os ovários, o fígado, os rins, o intestino delgado, o coração, a placenta e a
pele.

Apesar de estar livre no corpo e sendo carregado pelo corpo, o hormônio só irá se fixar a uma célula
alvo através de receptores específicos para então, produzir seu efeito. Eles podem regular o meio
interno, o equilíbrio do metabolismo, as contrações musculares, a secreção glandular, algumas
respostas imunológicas e influenciam no crescimento, desenvolvimento e reprodução do indivíduo.

O Sistema Endócrino é composto por:

 HIPOTÁLAMO – Controla funções vegetativas do corpo como a temperatura, sede, fome,


sistema cardiovascular, raiva e excitação.
 GLÂNDULA HIPÓFISE – Armazena e secreta hormônios como TSH, FSH e hGH.
 TIREOIDE – Localizada na região anterior do pescoço e libera hormônio T4 e T3 que regulam
o metabolismo celular e basal que auxiliam na manutenção da temperatura e crescimento
corporal.
 PARATIREOIDES – Produzem paratormônio que tem a função a liberação de cálcio e fosfatos
para a corrente sanguínea.
 GLÂNDULAS ADRENAIS – Também conhecidas como suprarrenais devido a sua
localização, produzem adrenalina (estimula ação cardíaca), noradrenalina (aumenta PA) entre
outros.
 PÂNCREAS – Produzem glucagon e insulina que regulam a glicemia no organismo.
 OVÁRIOS E TESTÍCULOS – Produzem hormônios femininos como estrogênio e progesterona
e hormônios masculinos como a testosterona.

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 GLÂNDULA PINEAL – Com interferência da luz do sol produz melatonina responsável pelo
relógio biológico.
 GLÂNDULA TIMO – Faz parte também do sistema linfático que é responsável pela produção
de células de defesa.

SISTEMA HEPÁTICO

O fígado é um órgão maciço, com cerca de 1,5 Kg, dividido em lobo hepático esquerdo e direito e é
apenas menor que a pele. Encontra-se no quadrante superior direito do abdômen nos seres humanos,
possuindo várias funções como, desintoxicação de vários metabólitos, síntese proteica e produção
de bioquímicos necessários para a digestão. Também desempenha um papel no metabolismo,
regulação no armazenamento de glicogênio (reserva de energia – glicose), decomposição de
glóbulos vermelho e produção de hormônio.
Por ser uma glândula digestiva vinculada a vesícula biliar, um composto alcalino que auxilia na
digestão através da emulsificação de lipídeos, o tecido do fígado altamente composto,
principalmente de hepatócitos, regula uma grande variedade de reações bioquímicas de alto volume,
incluindo a síntese e degradação de moléculas pequenas e complexas, muitas delas necessárias para
as funções vitais essenciais.
Por mais que o fígado seja um órgão que se regenera com maestria, atualmente não há como
compensar verdadeiramente a ausência das funções hepáticas em longo prazo, embora técnicas de
diálise hepática possam ser aplicadas.

Vesícula Biliar e Pâncreas são órgãos anexos ao fígado, que ainda possui a veia porta hepática e
artéria hepática, que juntamente com o ducto biliar constitui a tríade hepática e ainda é transpassada
pela veia cava inferior.
A Vesícula Biliar é uma espécie de bolsa fixa localizada na parte inferior do fígado que possui a
função de armazenar e concentrar a bile, cerca de 40 ml de bile é armazenada, e quando pronta para
ser usada é secretada pela abertura de válvula que fecha parcialmente a saída da vesícula, sendo
ejetada pela ação do músculo liso que constitui sua parede. Sem função direta na produção da bile a
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vesícula biliar armazena a secreção no intervalo entre as refeições, momento no qual a absorção de
água tornando a bile mais concentrada.
O Pâncreas órgão que mede aproximadamente 15 cm de comprimento, sendo conhecido como a
principal glândula endócrina e exócrina do organismo. Está ligada ao sistema digestório e sistema
endócrino, sistema digestório na criação do suco pancreático, que assim como a bile, lança síntese
digestiva no duodeno para a eliminação de gordura, e sistema Endócrino pela produção de insulina.

SISTEMA LINFÁTICO

O Sistema Linfático é composto pela linfa, vasos e tecidos linfáticos. Suas três funções são:
drenagem do líquido intersticial para o interior dos vasos linfáticos, transporte de lipídeos e
vitaminas lipossolúveis do trato gastrointestinal para o sangue e resposta imune contra micro-
organismos patogênicos ou células anormais.

LINFA
A linfa é um liquido amarelo claro que conduz os lipídeos e as vitaminas A, D, E e K bem como os
glóbulos brancos pelo corpo.

VASOS LINFÁTICOS
Os vasos linfáticos, por usa vez, formam uma rede de circulação de linfa, assim como, as veias e
artérias formam uma rede para a circulação do sangue. Nos espaços entre as células, encontram-se
os capilares linfáticos que se unem e formam os vasos linfáticos.

TECIDOS LINFÁTICOS
Durante o percurso da rede de vasos linfáticos, encontram-se os linfonodos, que são tecidos
linfáticos em forma de feijão tem por principal função filtrar a linfa.
No seu interior há uma grande concentração de macrófagos e linfócitos que irão combater a célula
anormal ou micro-organismo que ali fica retido durante a filtragem da linfa.
Um ser humano possui aproximadamente 600 linfonodos pelo corpo que formam grupos com maior
concentração na região próxima as glândulas mamárias, nas axilas e virilhas.
Outros tecidos linfáticos são o timo, baço e os nódulos linfáticos. O timo se localiza no mediastino,,
atrás do esterno e produz hormônios que auxiliam no desenvolvimento das células T.
O baço está localizado entre o estômago e o diafragma e é ricamente vascularizado. Seu interior
possui linfócitos e macrófagos em grande quantidade, que além de contribuir com as funções
imunes executam três funções relacionadas as células sanguíneas: remoção de células gastas,
defeituosas ou plaquetas, armazenamento de plaquetas e hematopoese durante a vida intrauterina.
Os nódulos linfáticos são concentração de tecido linfóide que se adere a outro tecido, como as
túnicas que revestem o tecido respiratório e as tonsilas da cavidade oral.

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IMUNIDADE

Algumas reações do corpo podem ser respostas imunes inespecíficas, ou seja, um mecanismo
utilizado pelo sistema imune/linfático para eliminar um invasor ou para indicar que o corpo está
sendo invadido por alguma substância ou micro-organismo que possa ser prejudicial à saúde. São
alguns exemplos de resistência inespecífica: vômito, febre, processo inflamatório, secreção vaginal,
choro, ação de célula citotóxica natural (natuarl killers) formação de pus.
A resposta específica do corpo contra uma agente patogênico é denominada imunidade. Tais
agentes são chamados de antígenos e levam a formação de anticorpos – proteínas específicas contra
determinados antígenos.

DISTÚRBIOS DO SISTEMA IMUNE

AIDS/HIV
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é uma doença na qual o indivíduo tem seu sistema imune
destruído, progressivamente, pelo vírus HIV.

LINFOMAS
Câncer do sistema linfático, sendo os principais o Linfoma de Hodgkin e o Linfoma Não- Hodgkin.

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