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NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

Noções De Anatomia E Fisiologia Humana

A anatomia humana é um campo da biologia que estuda os sistemas do corpo humano. O estudo da
anatomia tem evoluído muito com o apoio da tecnologia. Através da internet, possibilitamos conteúdo
informativo referente a esta importante ciência, não só para estudantes de medicina, mas para todos
que possuem curiosidade frente ao fantástico corpo humano. em nosso site você poderá ter acesso
aos principais conceitos e imagens referentes ao corpo humano, descritos nos sistemas apresenta-
dos abaixo.

Sistemas Do Corpo Humano

O corpo humano apresenta sistemas biológicos que realizam funções específicas necessárias para a
nossa vida. Em nosso site você poderá encontrar artigos direcionados para cada um destes sistemas.

▪ Sistema Esquelético

Nosso corpo possui 206 ossos, divididos em diferentes grupos: ossos da cabeça, do pescoço, do ou-
vido, do tórax, do abdômen, dos membros inferiores e dos membros superiores.

▪ Sistema Muscular

O corpo humano é composto por cerca de 600 músculos, que juntos representam cerca da metade
do peso humano. Existem diferentes tipos e formatos de músculos, os quais são apresentados em
nossa seção sobre o sistema.

▪ Sistema Tegumentar

A pele humana é o maior órgão de nosso corpo. Na anatomia humana, este órgão é descrito e estu-
dado no sistema tegumentar, que também inclui o cabelo e as unhas.

▪ Sistema Urinário

Sistema responsável pela eliminação da ureia, criada a partir de alimentos consumidos. O sistema é
composto por 2 rins, 2 ureteres, a bexiga, os músculos do esfíncter e a uretra.

▪ Sistema Respiratório

Sistema responsável pela respiração humana e as trocas gasosas com meio ambiente.

▪ Sistema Endócrino

Sistema o qual se encontram diferentes glândulas importantíssimas para o corpo humano. Tais glân-
dulas possuem funções tais como o metabolismo, crescimento e função sexual.

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▪ Sistema Nervoso

O sistema nervoso controla as ações voluntárias e involuntárias do corpo humano. O sistema é divido
em sistema nervoso central e periférico. O primeiro consiste no cérebro e na medula espinhal, o se-
gundo consiste-se nos nervos.

Sistema Circulatório

Importante sistema da anatomia humana responsável sangue, nutrientes, oxigênio, dióxido de car-
bono e hormônios, em torno do corpo.

Sistema Digestório

Sistema responsável pela digestão dos alimentos consumidos pelo ser humano. Fazem parte desse
sistema: boca, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, recto e ânus. O fígado e pân-
creas produzem sucos digestivos e costumam serem incluídos no sistema.

Divisão Do Corpo Humano

Para facilitar o estudo, o corpo humano é comumente dividido em:

Cabeça (crânio e face)

Pescoço

Tronco (tórax, abdome e pelve)

Membros superiores (ombro, braço, antebraço e mão)

Membros inferiores (quadril, coxa, perna e pé)

História da anatomia humana

Embora os primeiros registros de dissecações em seres humanos sejam de alexandria, no século ii

A.c., muitos consideram seu início em meados do século v a.c. Quando, no sul da itália, alcméon de
crotona realizou dissecações em animais, tentendo entender os aspectos do corpo humano. Em 1543
foi produzido o primeiro livro atlas de anatomia – “de humani corporis fabrica” – pelo médico belga an-
dreas vesalius.

A Anatomia Estuda A Fundo A Estrutura Do Nosso Corpo

A anatomia humana é o campo da biologia responsável por estudar a forma e a estrutura do orga-
nismo humano, bem como as suas partes. O nome anatomia origina-se do grego ana, que significa
parte, e tomnei, que significa cortar, ou seja, é a parte da biologia que se preocupa com o isolamento
de estruturas e seu estudo.

A anatomia utiliza principalmente a técnica conhecida como dissecação, que se baseia na realização
de cortes que permitem uma melhor visualização das estruturas do organismo. Essa prática é muito
realizada atualmente nos cursos da área da saúde, tais como medicina, odontologia e fisioterapia.

A História Da Anatomia Humana

Acredita-se que as primeiras dissecações em seres humanos tenham acontecido no século ii a.c. Por
intermédio de herófilo e erasístrato em alexandria. Posteriormente, a área ficou praticamente estag-
nada, principalmente em decorrência da pressão da igreja, que não aceitava esse tipo de pesquisa.

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Os estudos na área retornaram com maior força durante o período do renascimento, destacando-se
as obras de leonardo da vinci e andreas vesalius. Leonardo da vinci destacou-se na anatomia por
seus espetaculares desenhos a respeito do corpo humano, os quais preparou por cerca de 15 anos.
Para a realização de desenhos, esse importante artista fez vários estudos, participando, inclusive, de
dissecações.

O primeiro livro de atlas de anatomia, o “de humani corporis fabrica”, foi produzido em 1543 por vesa-
lius, atualmente considerado o pai da anatomia moderna. Seu livro quebrou falsos conceitos e contri-
buiu para um aprofundamento maior na área, marcando, assim, a fase de estudos modernos sobre a
anatomia.

→ Divisões Da Anatomia

Essa área foi e é, sem dúvidas, extremamente importante para a compreensão do funcionamento do
corpo humano. Atualmente, podemos dividi-la em várias partes, mas duas merecem destaque:

→ anatomia sistêmica: essa parte da anatomia estuda os sistemas do corpo humano, tais como o sis-
tema digestório e o circulatório. Ela não se preocupa com o todo, realizando uma descrição mais
aprofundada das partes que compõem um sistema.

→ anatomia regional ou topográfica: essa parte da anatomia estuda o corpo humano por regiões, e
não por sistemas. Esse estudo facilita a orientação correta ao analisar um corpo.

→ Principais Sistemas Estudados Em Anatomia Humana

Normalmente, ao estudar anatomia humana no ensino fundamental e médio, o foco maior é dado à
anatomia sistêmica. Os sistemas estudados normalmente são o tegumentar, esquelético, muscular,
nervoso, cardiovascular, respiratório, digestório, urinário, endócrino e reprodutor. Veja um pouco mais
sobre eles a seguir:

→ sistema tegumentar: é formado pela pele, que é responsável por isolar nosso corpo, protegê-lo
contra a entrada de patógenos e regular a temperatura;

→ sistema esquelético: formado por ossos e cartilagens, esse sistema fornece sustentação e garante
movimento ao nosso corpo;

→ sistema muscular: formado pelos músculos estriados cardíacos, estriados esqueléticos e não estri-
ados, esse sistema atua, por exemplo, na locomoção, nos movimentos do coração e no transporte de
alimento por meio do tubo digestório;

→ sistema nervoso: formado por encéfalo, medula espinhal e nervos, esse sistema ajuda na percep-
ção de mudanças no meio externo e interno do nosso corpo;

→ sistema cardiovascular: formado pelo coração e vasos sanguíneos, esse sistema atua na distribui-
ção de substâncias para todas as células do corpo;

→ sistema respiratório: formado pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos
e pulmões, esse sistema garante a entrada do oxigênio no nosso corpo e a eliminação de gás carbô-
nico;

→ sistema digestório: formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino
grosso e glândulas acessórias, a principal função do sistema digestório é retirar e absorver os nutrien-
tes dos alimentos que ingerimos;

→ sistema urinário: formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra, esse sistema é responsável por eli-
minar substâncias tóxicas ao corpo;

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→ sistema endócrino: é formado por todas as glândulas endócrinas do corpo e está envolvido com a
produção de hormônios, que regulam as mais variadas funções do nosso organismo.

→ sistema reprodutor: na mulher, é formado por ovários, tuba uterina, útero, vagina e vulva; no ho-
mem, é formado por testículo, epidídimo, ductos deferentes, uretra, pênis e algumas glândulas. A fun-
ção desse sistema é garantir a reprodução da espécie.

A anatomia humana é um ramo da biologia que estuda os sistemas do corpo humano e o funciona-
mento dos mesmos. Para isso, é necessário entender o que é homeostase e a sua importância.

No nosso corpo, existem órgãos e complexos sistemas que interagem uns com os outros, de forma a
garantir que as funções vitais do organismo estejam em funcionamento. Homeostase é o equilíbrio
que esses sistemas devem ter para a realização dessas funções.

Anatomia vem do grego 'anatome', que significa 'cortar em partes', 'cortar separado'. Em português, a
palavra significa dissecação. Juntamente com ela, estuda-se também a fisiologia, ou seja, o funciona-
mento dos sistemas. A fisiologia é uma ciência que pesquisa as funções dos seres vivos. A fisiologia
humana estuda a função de cada parte do corpo e tem uma grande ligação com a anatomia humana.

Na anatomia humana, os membros se posicionam de diferentes ângulos e são chamados de:

Planos de inscrição ou delimitação;

⇒ eixos ortogonais – utilizados como pontos de referência para verificar a situação, a posição e dire-
ção dos órgãos ou partes do corpo;

⇒ planos de secção – em que o corpo e suas estruturas sofrem cortes, sendo possível visualizar por
dentro do sistema. Imagine o corpo sendo cortado por uma serra. Existem várias direções para o
corte: sagital mediano (o corte é feito no meio do corpo), para mediano (o corte é feito lateralmente
com relação à linha sagital mediana), frontal (corte lateral); transversal (vários cortes, feitos horizon-
talmente);

⇒ termos de posição – dá proximidade entre os planos de inscrição e de secção, como referência


para visualizar os órgãos internos;

⇒ cavidades do corpo – são os espaços do corpo que contêm os órgãos internos. Elas têm uma ex-
trema importância para os órgãos, pois protegem, isolam e sustentam.

Sociedade Brasileira De Anatomia

Essa instituição foi criada em 1952, no departamento de anatomia da universidade de são paulo.

É uma instituição de caráter científico, sem fins lucrativos, e tem o objetivo de estudar a evolução da
morfologia e seus ramos e agregar todos os estudiosos para a área. Ela destina-se, também, a pro-
mover a especialização dos profissionais.

Divisão Da Anatomia Humana

♦ anatomia sistêmica ou descritiva – estudo do corpo e seus sistemas. Ex.: sistema esquelético, sis-
tema muscular, etc.;

♦ anatomia regional ou topográfica - estudo das regiões do corpo e suas ligações;

♦ anatomia clínica, de superfície ou do vivo – estudo das estruturas e funções do corpo, das áreas
importantes à saúde, ou seja, trata dos sintomas e sinais de um paciente e ajuda a interpretálo;

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♦ anatomia aplicada – foca na importância do estudo para os seus diversos campos, como as ativida-
des médicas, cirúrgicas, etc.;

♦ anatomia comparada – estuda a anatomia de espécies animais com o foco no seu desenvolvimento
e sua história evolutiva (filogenética) dos órgãos;

♦ anatomia funcional – estuda o funcionamento das inter-relações;

♦ anatomia radiológica – esse ramo da anatomia, juntamente com a clínica, faz por meio do raio x, o
estudo do corpo humano.

Veja os diversos nomes utilizados também para o estudo da anatomia humana:

⇒ osteologia: estudo dos ossos;

⇒ estesiologia: estudo dos órgãos sensoriais (sentidos);

⇒ endocrinologia: estudo do sistema endócrino;

⇒ angiologia: estudo do sistema circulatório;

⇒ miologia: estuda o sistema muscular;

⇒ artrologia: estuda as articulações do corpo humano, entre outras áreas.

⇒ partes do corpo humano: o corpo humano está separado em: cabeça (face e crânio), tronco (pes-
coço, tórax e abdome) e membros (superiores – ombros, braço, antebraço e mão - e inferiores – qua-
dril, coxa, pé e perna).

Nomenclatura Utilizada

Na nomenclatura anatômica, utiliza-se a clássica ou a tradicional e ela irá variar de acordo com as
convenções de cada país. Também existe a nomenclatura internacional, em que os termos são tradu-
zidos para cada país.

A pna, paris nomina anatomica ou nomenclatura anatômica de paris, foi uma comissão que substituiu
a antiga comissão e é ela a responsável por formular e organizar a nomenclatura utilizada mundial-
mente.

A anatomia é a parte da biologia responsável pelo estudo da constituição dos organismos multicelula-
res, ou seja: sua estrutura e organização, tanto internas quanto externas. Essa ciência está intima-
mente ligada à fisiologia, já que esta é responsável pelo estudo das funções do organismo.

Os anatomistas, geralmente, têm como objeto de estudo peças dessecadas, previamente preparadas
para contemplar esse objetivo. Nessas situações, a observação é feita unicamente a olho nu.

Muito antiga, a anatomia já foi, outrora, estudada como uma matéria auxiliar da cirurgia. As primeiras
ilustrações anatômicas impressas foram feitas no século quinze, embora pouco realistas e bastante
primitivas.

Alguns artistas renascentistas, como leonardo da vinci, deram contribuições notórias para tais repre-
sentações, feitas de forma mais descritiva e real. Tal artista foi, inclusive, responsável pela nomeação
de algumas dessas estruturas.

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Não são raras as vezes em que encontramos diferenças entre peças anatômicas de indivíduos da
mesma espécie, seja na forma ou mesmo posição. Quando isso ocorre, mas não há prejuízo funcio-
nal para o indivíduo, falamos em variação anatômica. A idade, sexo e raça são alguns fatores que po-
dem propiciar o surgimento dessas variações.

Em situações nas quais essas diferenças fornecem perturbações funcionais, falamos, na anatomia,
em anomalias, sendo um exemplo a ausência de um ou mais dedos das mãos.

Existem, ainda, casos em que a variação é tão grande que, além de causar deformações, inviabiliza a
vida do indivíduo. Falamos em monstruosidade.

A anatomia humana é símbolo de um mistério que, durante toda a história, instigou questionamentos
daqueles que, incessantemente, ansiavam por descobrir o que se esconde sob o manto o qual cha-
mamos de pele.

Embora os primeiros registros de dissecações em seres humanos sejam de alexandria, realizadas por
herófilo e erasístrato no século ii a.c., muitos consideram seu início já em meados do século v a.c.
Quando, no sul da itália, alcméon de crotona realizou dissecações em animais, na tentativa de esten-
der suas descobertas à espécie humana.

Por volta do século ii, quando, por motivos éticos e religiosos, proibiu-se o uso de cadáveres huma-
nos, predominou a prática da dissecação em animais.

O grande expoente deste período foi galeno, que trabalhou como médico na mais famosa das arenas
de gladiadores de roma – o coliseu – e realizou inúmeras dissecações em animais, criando teorias e
representações que se enquadrassem também ao corpo humano, consideradas inovações à época,
porém hoje defasadas.

Durante os três séculos seguintes a escola de galeno reinou por toda a europa, até que, com a queda
do império romano e a ascensão do clero cristão ao poder, no século v, tanto suas descobertas
quanto quaisquer outros estudos sobre anatomia – em animais ou humanos – foram proibidos, sendo
atribuídos a eles características de cunho hediondo.

Tal situação culminou com uma estagnação que durou aproximadamente 700 anos, quando em sa-
lerno, na itália, foi criada a primeira universidade de medicina, trazendo à tona os registros de galeno.

Outro passo, ainda maior, foi dado quando foram novamente legalizadas as práticas de dissecação
de cadáveres humanos nas universidades – prática ainda muito rudimentar, a qual, devido à inexis-
tência de quaisquer formas de conservação dos corpos, deveria ser realizada sempre em até 48 ho-
ras – marcando o início de uma época de irrefreáveis avanços da anatomia.

Tal progresso se deveu, em grande parte, ao aumento do número de pessoas interessadas na área
durante o período renascentista, sendo muitas delas, artistas que buscavam, na anatomia, bases
para retratarem de maneira mais precisa a figura humana. O mais famoso deles, leonardo da vinci,
dentre seus diversos trabalhos, ainda é reconhecido por seus diversos esboços e obras baseados na
arte da dissecação.

Então, em 1543, foi produzido o primeiro livro atlas de anatomia – “de humani corporis fabrica” – pelo
médico belga andreas vesalius, incitando cada vez mais médicos a desmistificarem os segredos
corpo humano.

Com a disseminação do conhecimento e a crescente busca por respostas, ao final do século xvii,
swammerdam, ruysch e outros estudiosos passaram a produzir peças anatômicas para exposição em
museus de anatomia.

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Atualmente a disciplina de anatomia humana é de caráter obrigatório para todos cursos da área da
saúde, visto que o seu entendimento se faz fundamental para a compreensão da fisiologia e dos pro-
cessos patológicos que acometem o ser humano.

Visando a facilitar e socializar o acesso a tais informações, desde 2008, a disciplina de anatomia hu-
mana da ufcspa organiza, anualmente, um museu temporário no qual expõe, a todos os públicos,
uma pequena amostra do fantástico corpo humano.

Nomenclatura Ou Terminologia Anatômica

É o termo usado para a linguagem própria na anatomia. É o conjunto de termos empregados para no-
mear e descrever o indivíduo ou suas partes.

É preciso usar termos apropriados da forma correta. Embora você conheça termos comuns e coloqui-
ais que sugerem partes e regiões do corpo, devemos aprender a terminologia anatômica internacio-
nal, ou seja, axila em vez de “sovaco” e patela em vez de “rotula”.

A terminologia anatômica lista os termos anatômicos do latim e grego e seus equivalentes em portu-
guês. Para exemplificar, o músculo comum do ombro é chamado de musculus deltóides em latim e
músculo deltóide em português.

Vamos relembrar que a anatomia é uma ciência descritiva e requer nomes para as muitas estruturas
e processos do corpo. Muitos termos dão informações sobre o formato, o tamanho, a localização, a
função de uma estrutura ou sobre a semelhança entre duas estruturas.

Exemplificando, vamos voltar ao músculo deltóide. O seu nome indica sua característica. Ele cobre o
ombro e é triangular, como o símbolo de delta, a quarta letra do alfabeto grego. O sufixo oide significa
“semelhante”, portanto, deltóide significa semelhante a delta.

Dando continuidade as terminologias, podemos também dar abreviações aos termos. Elas podem ser
usadas para sintetizar a escrita, como nos músculos (m.), artérias (a.), veias (v.), nervos (n.), liga-
mento (lig.) Entre outros. Exemplo do músculo deltoide, que ficaria m. Deltoide.

Para que não haja, de nenhuma maneira, confusão de estruturas entre dois estudantes de anatomia,
seja em um país, ou mesmo em qualquer parte do mundo, foi estabelecido um vocabulário internacio-
nal para a anatomia.

Dessa forma a comunicação entre anatomistas e estudantes da área da saúde, de qualquer parte do
mundo, se torna precisa e livre de confusões por utilização de termos diferentes para uma mesma es-
trutura.

A norma para a designação do nome de estruturas segue a terminologia anatômica (international


anatomical terminology), proposta pela comissão federativa da terminologia anatômica (federative
committee on anatomical terminology),1998, que é o guia de referência internacional especializado
em linguagem anatômica.

Os nomes anatômicos são listados pela terminologia anatômica (ta) em latim e seus equivalentes em
português. Como exemplo pode-se citar o músculo do ombro que, em latim é designado musculus
deltoideus e deltóide em português.

Os epônimos anatômicos, ou seja, a utilização de nomes de pessoas (geralmente do primeiro anato-


mista a descrever a estrutura), são populares entre clínicos e especialistas, embora estejam caindo
em desuso. Exemplos de epônimos são o ligamento inguinal (ligamento de poupart) e a tuba auditiva
(trompa de eustáquio). Os epônimos não são usados na nova terminologia anatômica, pois não ofere-
cem informações sobre o tipo ou localização das estruturas envolvidas, além de muitos serem histori-
camente incorretos, como é o caso do ligamento de poupart, exemplificado anteriormente.

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A anatomia humana é estudada sobre três principais pontos de vista: anatomia sistêmica, anatomia
regional e anatomia clínica ou aplicada.

A anatomia sistêmica compreende o estudo do corpo humano como sistemas separados, a pesar da
clara relação tanto anatômica quanto fisiológica, existente entre os mais diversos sistemas.

A divisão em sistemas tem fim didático, pois cada sistema tem partes ou tecidos semelhantes e parti-
cipa na realização de funções particulares. Embora este método de estudo renda bons resultados, na
prática tem valor apenas se for continuamente lembrado que existe uma íntima relação entre estru-
tura e função.

Os sistemas são: o tegumento comum (dermatologia), consistindo na pele e anexos; oesquelético


(osteologia) formado por ossos e cartilagens; articular (artrologia), formado por articulações e seus
ligamentos associados; o muscular (miologia), composto pelos músculos; o nervoso (neurologia),
constituído do sistema nervoso central e periférico; o circulatório (angiologia), formado pelos sistemas
cardiovascular e linfático; o cardiovascular (cardiologia), que inclui coração e vasos sanguíneos; o lin-
fático, formado pela rede de vasos linfáticos e pelos linfonodos; digestório (gastroenterologia), com-
posto de órgãos e glândulas envolvidos desde a ingestão de alimentos até a eliminação de fezes,

Orespiratório (pneumologia) formado pelas vias aéreas e pulmões; urinário(urologia), formado por rins
ureteres, bexiga e uretra; genital (ginecologia para mulheres; andrologia para homens), composto dos
órgãos genitais, ductos e gônadas; endócrino (endocrinologia) formado pelas glândulas.

A anatomia regional trata das relações estruturais dentro das várias partes do corpo. Embora a aqui-
sição e organização dos conhecimentos anatômicos sejam mais fáceis para o principiante que segue
a anatomia sistêmica, os estudantes das áreas da saúde devem estar continuamente atentos para as
relações das várias partes umas com as outras e com a superfície do corpo, afinal o objetivo de seus
estudos é visualizá-las nos indivíduos vivos.

Para o estudo da anatomia regional pode se considerar a organização do corpo humano como seg-
mentos: um corpo principal, formado por cabeça, pescoço e tronco (subdividido em tórax, abdome,
dorso e pelve, ou períneo), membros superiores (um par) e membros inferiores (um par). A anatomia
de superfície é uma parte essencial da anatomia regional.

Epônimos Anatômicos

Como toda ciência, a anatomia tem sua linguagem própria. Ao conjunto de termos empregados para
designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de nomenclatura anatômica. Com o
extraordinário acúmulo de conhecimentos no final do século passado, graças aos trabalhos de impor-
tantes “escolas anatômicas” (sobretudo na itália, frança, inglaterra e alemanha), as mesmas estrutu-
ras do corpo humano recebiam denominações diferentes nestes centros de estudos e pesquisas.

Em razão desta falta de metodologia e de inevitáveis arbitrariedades, mais de 20 000 termos anatômi-
cos chegaram a ser consignados (hoje reduzidos a poucos mais de 5 000).

A primeira tentativa de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu em


1895. Em sucessivos congressos de anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram feitas revisões e final-
mente em 1955, em paris, foi aprovada oficialmente a nomenclatura anatômica, conhecida sob a sigla
de p.n.a. (paris nomina anatômica).

Revisões subsequentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto que a nomenclatura anatômica tem
caráter dinâmico, podendo ser sempre criticada e modificada, desde que haja razões suficientes para
as modificações e que estas sejam aprovadas em congressos internacionais de anatomia. A língua
oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), porém cada país pode traduzi-la para seu pró-
prio vernáculo.

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Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam ape-
nas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou descrição sobre a referida es-
trutura.

Dentro deste princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e os ter-
mos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o seu trajeto
(artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); a sua
relação com o esqueleto (artéria radial); sua função (m. Levantador da escápula); critério misto (m.
Flexor superficial dos dedos – função e situação). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito lógi-
cos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso.

Nova Nômina Anatômica

"se o nome está errado, se significa algo que já não é mais aquilo que se pensava inicialmente, é pre-
ciso mudar. Há termos rebarbativos, complexos, que não têm maior significado e que, por isso, foram
substituídos. Não houve revolução contra isso, portanto as modificações que ocorreram não são tão
grandes."

Ao longo da história da humanidade, nunca, como agora se pretende, os anatomistas foram unâni-
mes quanto ao uso dos nomes das estruturas do corpo humano. Com a globalização, há a crescente
necessidade de uniformizar essa linguagem, para que todos possam se comunicar de maneira me-
lhor e mais ágil.

A nova nomenclatura da anatomia, que deverá ser aceita mundialmente, foi apresentada em são
paulo, em agosto de 1997, com a presença de especialistas representantes de todos os continentes,
entre eles o professor liberato di dio, renomado anatomista brasileiro, que concedeu a seguinte entre-
vista:

Sabemos que a nomina anatomica (nomenclatura da anatomia humana) vem sofrendo modificações
já há alguns séculos. Como é o processo de definição da nomenclatura das estruturas corporais?

Um grupo, formado por renomados anatomistas, se reunia e apresentava as listas com os termos.

Por causa das inúmeras interrupções que ocorreram nesse trabalho durante a primeira e a segunda
guerras, alguns não se sentiam comprometidos com o trabalho e acabavam por não respeitar o uso
dos nomes propostos.

Então, a federação internacional das associações de anatomistas (fundada em 1903) criou uma co-
missão de nomenclatura anatômica. Essa comissão, pedia sugestões para todo o mundo. Os anato-
mistas enviavam as sugestões e a comissão aceitava ou rejeitava os nomes, criava a lista e a publi-
cava. Mas nem todos, por um motivo ou por outro, aderiam às propostas vindas dessa comissão.

Há alguma diferença no trabalho de criação dessa nova lista?

Sim, e isso é o mais importante para a nomina anatomica de são paulo.

Pela primeira vez, em quase cem anos da existência da federação, houve uma comissão eleita livre-
mente pela assembléia geral, que representasse os cinco continentes, que fossem os melhores espe-
cialistas em linguística anatômica, que fossem cientistas, que fossem poliglotas. Foi um processo de-
mocrático para que ninguém pudesse criticar que não houve uma representação total.

Qual foi o objetivo dessa comissão?

A finalidade foi escolher os melhores nomes de todos os que existiam, escolher os que mais fossem
informativos e descritivos de cada estrutura.

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Qual foi o critério para a mudança dos nomes?

Quando tínhamos nomes complexos e simples escolhemos os simples, quando tínhamos um nome
que dava indicação da forma ou da função do músculo, usamos esse. E, por fim, usamos só um para
cada estrutura quando havia o mesmo nome para duas ou mais estruturas.

Quantos nomes foram alterados?

Há casos em que existia cinco, seis nomes para uma estrutura só, então escolhemos o mais simples,
o mais fácil e o mais exato. Foram revistos aproximadamente dez mil nomes. Desses, quatro mil não
foram incluídos na lista, isto é, somente seis mil foram analisados. Eu imagino que de 10% a 15% ti-
veram de ser modificados, pois estavam errados.

Por exemplo: corpo pineal era chamado assim porque não se sabia para que servia pineal. Pesquisas
recentes demonstraram que pineal é uma glândula. Então substituiu-se corpo por glândula, ficando
glândula pineal.

Isso significa que os livros de biologia, ciências e medicina terão de ser atualizados?

Não necessariamente. Há livros que já trazem há muito tempo os nomes propostos pela nomina de
são paulo. Por exemplo, o termo ulna (antigo cúbito) já vinha sendo usado.

Como este, muitos outros nomes que estão na nova nomenclatura já eram usados por muitos, e mui-
tos livros já os adotavam. Mas se o livro trouxer o nome antigo, aos poucos ele deverá ser atualizado.
Eu acredito que, se a nova nomina teve uma representação democrática todos irão assumir o com-
promisso de respeitar o que a maioria decidiu, mas mesmo assim ninguém tem a obrigação.

Entretanto, caso alguém não use os termos propostos, nós, que somos a maioria, temos o direito de
dizer: "o senhor não está atualizado". É provável que no final do ano a federação publique a edição
oficial, que sairá em latim e em inglês.

Assim que eu receber um exemplar dessa edição, irei me reunir com uma comissão de brasileiros
para iniciar a tradução para o português. Que deverá estar pronta em março de 1998.

Os portugueses também vão participar dessa comissão?

Não. E esse é outro problema que nós vamos ter de enfrentar, porque os portugueses não aceitam
determinados nomes que os brasileiros usam. Não posso nem ousar em escrever para os portugue-
ses.

O senhor acredita que as pessoas vão aceitar usar os novos termos?

Ninguém tem obrigação de usar os termos novos. Se você quiser continuar usando omoplata em vez
de escápula, tudo bem. Eu, por exemplo, uso escápula há cinquenta anos.

Se as revistas de publicação de trabalhos científicos decidem que os trabalhos devem seguir a termi-
nologia anatômica de são paulo, e você não utilizá-la, então o trabalho será devolvido para se fazer a
correção. Vai ser possível usar os nomes oficiais e, entre parênteses, os termos de que você gosta.
Mas daqui dez anos ninguém mais vai perder tempo em escrever mais de um nome.

O senhor poderia dar alguns exemplos de nomes que foram mudados na nomina de São Paulo?

Eu tenho exemplos que as pessoas usam e vão continuar usando, mas aos poucos eles vão mudar.
O nome oficial de pomo de adão é proeminência laríngea, pois é a saliência da laringe. Por que a mu-
dança?

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Porque pomo de adão em hebraico quer dizer pombo de homem (pombus adami em latim, adans ap-
ple em inglês), porque só os homens têm. Recentemente verificou-se que as mulheres também têm.
Como uma mulher tem um pomo de um homem? Então é pomo de eva, pois eva em hebraico quer
dizer mulher.

Mas também há homens que não têm, e, por isso seu sexo ficará indefinido? O problema é sério! Ou-
tro exemplo: no princípio deste século, havia um músculo chamado capuciforme, em latim é cucula-
res, que quer dizer um músculo que se parece com o cúculos e o cúculos é o capuz de um frade que
tem a forma de um triângulo, por isso virou músculo trapézio.

Mas por que dar esse privilégio para a vestimenta dos frades? Por que não biquíni, músculo do bi-
quíni? Como eu disse, o nome deve representar a descrição ou função de cada parte, e se todos usa-
rem o mesmo termo vai ser mais fácil de se comunicar.

Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos imaginários tangentes à sua
superfície, formando um sólido geométrico do tipo paralelepípedo.

Os seguintes planos de delimitação são formados. Dois verticais, sendo, um tangente ao ventre, no-
meado de plano ventral ou anterior e outro ao dorso, nomeado de plano dorsal ou posterior. É impor-
tante fixar que os planos ventrais e dorsais são ditos ao tronco e anterior e posterior aos membros.

Continuando, mais dois planos verticais tangentes ao lado do corpo são formados. São os planos la-
terais direito e esquerdo.

E finalizando, o nosso corpo é formado também por dois planos horizontais, um tangente à cabeça,
nomeado de plano cranial ou superior e outro à planta dos pés, chamado de podálico ou inferior.

Mas não podemos esquecer os quatros planos de secção imaginários que cruzam o nosso corpo na
posição anatômica. O plano mediano, o sagital, coronal ou frontal e transversal.

Planos, eixos e cortes:

Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes a sua superfície, os
quais, com suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico, um paralelepípedo.

Tem-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos de delimitação:

Dois planos verticais, unidos em seu centro pelo eixo sagital (ou ântero-posterior):

Plano ventral ou anterior

Plano dorsal ou posterior

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Dois planos verticais tangentes aos lados do corpo, unidos pelo eixo transversal (ou látero-lateral):

Plano lateral direito

Plano lateral esquerdo

Dois planos horizontais tangentes a cabeça e pés, unidos pelo eixo longitudinal (ou crânio-caudal):

Plano superior ou cranial

Plano inferior ou podólico (de podos = pés)

Daí conhecendo os planos de delimitação e eixos possíveis, podemos ver agora os planos de secção,
e seus cortes:

Secção sagital (em dois tipos):

Sagital mediano: plano que divide o corpo humano em duas metades iguais, direita e esquerda.

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Para sagital: planos paralelos ao mediano que dividem o corpo humano em partes desiguais, direita e
esquerda.

(corte sagital)

Secção frontal: paralelo aos planos ventral e dorsão, são ditos frontais porque são tangentes a fronte
do indivíduo. Divide o corpo humano em parte anterior e posterior:

(corte frontal)

Secção transversal: que divide o corpo humano em parte superior e inferior:

(corte transversal)

Uma curiosidade em relação ao plano de secção sagital, cujo nome deriva do fato de que o plano
passa pela sagitta do crânio fetal:

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Planos e eixos

Planos De Delimitação

Existem seis planos imaginários que delimitam o corpo do animal em posição anatômica, formando
uma figura geométrica em forma de paralelepípedo e que são tangentes à superfície corporal. Os pla-
nos de delimitação permitem localizar as estruturas anatômicas superficiais.

Os Planos De Delimitação São:

Plano ventral: é um plano horizontal, onde estão apoiados os quatro membros do animal e pode ser
representado pelo solo. Toda estrutura anatômica que estiver mais próxima ou voltada para esse
plano terá uma direção ou posição chamada de ventral.

Plano dorsal: é um plano horizontal que tangencia o dorso do animal e é paralelo ao plano ventral.
Toda estrutura anatômica que estiver mais próxima ou voltada para esse plano terá uma direção ou
posição chamada de dorsal.

Planos laterais esquerdo e direito: são planos verticais que tangenciam as faces laterais do corpo e
são paralelos entre si. Toda estrutura anatômica que estiver mais próxima ou voltada para esses pla-
nos terá uma direção ou posição chamada de lateral direita ou lateral esquerda.

Plano cranial: é um plano vertical situado na frente do animal, que tangencia o rostro e constitue a
face anterior do paralelepípedo. Toda estrutura anatômica que estiver mais próxima ou voltada para
esse plano terá uma direção ou posição chamada de cranial.

Plano caudal: é o plano vertical situado atraz do animal, que tangencia a cauda em posição anatô-
mica e é paralelo ao plano cranial. Toda estrutura anatômica que estiver mais próxima ou voltada
para esse plano terá uma direção ou posição chamada de caudal.

Eixos De Secção

Existem três eixos que auxiliam à localizar as estruturas no interior do corpo do animal.

Os eixos são:

Eixo craniocaudal: obtido ao se traçar uma linha reta à partir do ponto de intersecção das diagonais
do plano cranial até o ponto de intersecção do plano caudal.

Eixo dorsoventral: obtido ao se traçar uma linha reta à partir do ponto de intersecção das diagonais
do plano dorsal até o ponto de intersecção do plano ventral.

Eixo laterolateral: obtido ao se traçar uma linha reta à partir do ponto de intersecção das diagonais de
um plano lateral ao outro.

Planos de secção

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Três planos são obtidos pelos deslizamentos dos eixos de secção um sobre o outro, os quais são uti-
lizados para a localização das estruturas anatômicas no interior do corpo animal.

Os Planos De Secção São:

Plano mediano: obtido pelo deslizamento do eixo craniocaudal sobre o eixo dorsoventral. Divide o
corpo do animal em duas partes semelhantes, sendo uma direita e uma esquerda. Cada parte recebe
o nome de antímero. Planos paralelos ao plano mediano são chamados de paramedianos ou sagitais.

Plano transversal ou vertical: obtido pelo deslizamento do eixo laterolateral sobre o eixo dorsoventral.
Divide o corpo do animal em duas partes, sendo uma cranial e outra caudal. Cada parte recebe o
nome de metâmero.

Plano horizontal ou frontal: obtido pelo deslizamento do eixo laterolateral sobre o eixo craniocaudal.
Divide o corpo do animal em duas partes, sendo uma dorsal e outra ventral. Cada parte recebe o
nome de paquímero.

Entendendo Os Sistemas: Esquelético, Articular E Muscular

Andar, correr, se arrastar, saltar, nadar, voar, são ações conferidas á espécie animal. Sendo assim, o
magnífico mundo dos movimentos nos impõe que conheçamos melhor o aparelho locomotor. Este
contexto revela um estudo que diz dos músculos, dos ossos, e das articulações do esqueleto, o cha-
mado sistema músculo-esquelético. Todavia, não se poderia deixar de mencionar aqui, a coordena-
ção existente entre os sistemas muscular e o sistema nervoso, que capta as sensações do mundo
exterior e então, ordena os movimentos que serão realizados precisamente por um grupo de múscu-
los, ossos e articulações.

Segundo tomita (1995, p.1), o corpo humano possui dois sistemas que são responsáveis pelos movi-
mentos, sendo eles: o sistema esquelético que dá sustentação e o sistema muscular que permite os
movimentos. Um depende do outro. E, a função de suporte e sustentação é executada por mais de
200 diferentes tipos de ossos que compõe o esqueleto. Já o movimento é característico do sistema
muscular formado por 650 músculos.

“[...] –você quebrou a quinta vértebra cervical e comprimiu a medula. -medula? Medula é um negócio
que liga o cérebro aos músculos por estímulos nervosos: enfim, o cabo que liga o telefone de uma
casa à central telefônica. O que aconteceu foi que caiu o poste no meio da rua e todos os telefones
de um bairro ficaram sem funcionar, apesar da central telefônica estar inteirinha.” (paiva, 1988, p.20)

Eis que, a história de Marcelo Rubens Paiva nos coloca diante de uma realidade que diz da importân-
cia de cada osso que compõe um corpo da espécie animal e, neste caso o do ser humano. A história
parece caótica, mas nos faz perceber o verdadeiro valor de cada peça óssea, para que o ser humano
e/ou qualquer outro mamífero possa ficar em porte ereto. Marcelo, fraturou apenas uma vértebra da
sua coluna, após ter dado um mergulho e batido com a cabeça em uma pedra no fundo de um rio, o
suficiente para danificar a quinta vértebra e ficar condenado a viver o resto de sua vida em uma ca-
deira de rodas.

Minuciosos estudos sobre o sistema músculo-esquelético revelam que os mamíferos e entre eles o
homem, possuem um esqueleto interno formado por ossos e, que suporta todos os demais órgãos. Já
os caranguejos, insetos e outros pequenos animais possuem um esqueleto exterior que lhes dá um
aspecto de couraça.

Ainda, presenciamos na natureza e em registros científicos que muitos animais não possuem esque-
leto, como por exemplo, os vermes e os caracóis, porém, estes realizam movimentos e carecem de
extremidades que lhes permitam deslocar-se e/ou defender-se de forma eficaz, além de que, lhes é

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restrito a ultrapassagem de certas dimensões por faltar-lhes a estrutura ou o esqueleto que dá su-
porte aos músculos e órgãos de determinado tamanho.

Conforme explica tomita (1995, p.2), o esqueleto humano é uma delicada estrutura de ossos e cartila-
gens, com a importante função de proporcionar aos músculos alavancas para os movimentos do
corpo, bem como apoio aos tecidos subjacentes. Além disso, os ossos protegem órgãos do cérebro,
a caixa torácica, a pélvis, envolve a medula que forma determinadas células sanguíneas. Ainda os
ossos servem como depósito de íons, cálcio e fosfatos que o organismo pode dispor.

Quanto às articulações, tomita (1995, p.3), nos coloca que, são conexões existentes no esqueleto,
entre os componentes rígidos, ossos ou cartilagens. Apresentam-se com estruturas e disposições va-
riadas, de acordo com as funções e se classificam em três tipos sendo: - as fibrosas, que estão uni-
das por um tecido fibroso e efetuam pouco ou nenhum movimento, como por exemplo, as saturas do
osso do crânio; - as cartilaginosas, que estão unidas por fibrocartilagens, realizam movimentos limita-
dos e para as quais pode-se exemplificar com as articulações do pulso, com a pélvis e com os corpos
vertebrais; - e as sinoviais, que poder realizar amplos movimentos. Nestas articulações, as superfícies
ósseas são cobertas por cartilagens e unidas por uma cápsula articular e por ligamentos.

A sua superfície interna se encontra forrada pelo tecido conetivo que se chama membrana sinovial.
Um exemplo claro deste tipo de articulações, é o joelho e/ou o quadril.

Mediante várias leituras realizadas em prol deste contexto, entende-se que os ossos de nosso corpo
unem-se entre si por meio de articulações e, se viermos a apalparmos um de nossos dedos da mão,
por exemplo, iremos perceber que eles são formados por três ossos que denominamos falanges, as
quais, possuem extremidades que se denominam epífises, que por sua vez são pouco mais grossas
e arredondadas para então, formar a articulação.

Ao observarmos cuidadosamente os atlas de anatomia, quanto às articulações, observaremos que se


retirássemos a pele que cobre uma articulação, enxergaríamos as epífises e estas estariam unidas
por ligamentos que unem os ossos como se eles fossem cordas flexíveis, evitando assim, a desarticu-
lação. Logo, se retirados os ligamentos, para uma visualização mais próxima da articulação, percebe-
se que existe uma espécie de capa rodeando os dois extremos do osso, é a chamada cápsula sino-
vial, que por sua vez, fecha completamente a articulação e mantém dentro dela um líquido viscoso
denominado líquido sinovial.

Visualizamos também, as cartilagens articulares, que são como se fossem pequeninas almofadas
que protegem os lugares de contato entre os dois ossos. Para uma proteção ainda maior, se acres-
centam nestas cartilagens dois anéis para o reforço, aos quais os atlas denominam de meniscos. Se
visualizarmos radiografias de joelhos normais, por exemplo, não iremos enxergar a cartilagem articu-
lar e, aquele ‘buraco vazio’ que aparece, é a articulação.

Mediante leitura em tomita (1995, p.10-15) quanto aos músculos, entendeu-se que a característica
mais específica do reino animal é a do movimento. Por este ser realizado graças às fibras muscula-
res, cuja energia é regida pelo sistema nervoso. Segundo ela, os extremos de um músculo se fixam
no tecido conectivo que pode ser um tendão, um ligamento uma aponeurose ou ainda uma fascia no
osso, na cartilagem, e em um órgão da pele. Assim, um músculo se contrai e puxa o osso a que seu
tendão se pretende e age sobre os ossos atuando aos pares.

Outras leituras diversas realizadas em vários registros bibliográficos, visando um maior aprofunda-
mento deste conteúdo tão complexo, me permitiram o entendimento de que, os músculos são forma-
dos por células, assim como os demais tecidos do organismo. Que as células musculares se chamam
fibras musculares por causa da sua forma alongada e que um feixe dessas células ou fibras muscula-
res formam um músculo.

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E, que os músculos por sua vez, estão muito bem distribuídos por todos os órgãos do nosso corpo,
que movem os ossos, formam o coração e o útero, que fecham ou abrem a boca, que fazem piscar o
olho, que movimentam os demais orifícios, que se fazem presentes nas paredes do estômago, dos
intestinos e nas paredes dos vasos sanguíneos.

É graças ao esqueleto que encontramos na vida animal as mais variadas formas, podendo sobretudo,
desenvolverem prolongações ou extremidades articuladas, de grandiosa utilidade, a fim de movimen-
tarem-se rapidamente e eficazmente. Além disso, se o esqueleto é interno, melhora a relação deste
ser com o meio exterior.

Que as articulações permitem maior ou menor mobilidade aos ossos que unem e algumas, são com-
pletamente fixas como as do crânio, outras podendo ser móveis como as do joelho.

Que o tecido muscular pode ser liso, estriado esquelético ou estriado cardíaco e, que a contração
muscular voluntária é controlada pelo sistema nervoso, pois, cada célula muscular está conectada
com um nervo e se o nervo envia um sinal, a fibra se contrai e depois se relaxa e ainda, se este nervo
envia dois sinais seguidos, a fibra muscular mantém-se contraída, sem relaxarse até que produza fa-
diga.

Sistema Esquelético E-Mails

O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O esque-
leto sustenta e dá forma ao corpo, além de proteger os órgãos internos e atua em conjunto com os
sistemas muscular e articular para permitir o movimento.

Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais
minerais, como o cálcio. O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica pois tem a capaci-
dade de se regenerar quando sofre uma fratura.

Se quiser leia também: sistema muscular

Estrutura Dos Ossos

A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo, adiposo, cartila-
ginoso e sanguíneo) e de tecido nervoso.

Tecido Ósseo

Os ossos longos são formados de camadas, a saber:

Periósteo: a mais externa, é uma membrana fina e fibrosa (tecido conjuntivo denso) que envolve o
osso, exceto nas regiões de articulação (epífises). É no periósteo que se inserem os músculos e ten-
dões.

Osso compacto: o tecido ósseo compacto é composto de cálcio, fósforo e fibras de colágeno que lhe
dão resistência. É a parte mais rígida do osso, formada por pequenos canais que circulam nervos e
vasos, entre estes canais estão espaços onde se encontram os osteócitos.

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Osso esponjoso: o tecido ósseo esponjoso é uma camada menos densa. Em alguns ossos apenas
essa estrutura está presente e pode conter medula óssea.

Canal medular: é a cavidade onde se encontra a medula óssea, geralmente presente nos ossos lon-
gos. Medula óssea: a medula vermelha (tecido sanguíneo) produz células sanguíneas, mas em al-
guns ossos deixa de existir e há somente medula amarela (tecido adiposo) que armazena gordura.

Estrutura De Um Osso Longo

O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e formas, podem ser lon-
gos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares. Pode ser dividido em esqueleto axial e apen-
dicular.

Principais ossos do esqueleto humano

Esqueleto Axial

Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo da linha média, que é o eixo
vertical do corpo. Compõem essa parte do esqueleto: a cabeça (crânio e ossos da face), a coluna
vertebral e as vértebras, o tórax (costelas e esterno) e o osso hioide.

Crânio E Ossos Da Face

A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana) e há ainda 6 ossos que com-
põem o ouvido interno. O crânio é extremamente resistente, seus ossos intimamente ligados e sem
movimentos. Protege o cérebro e contém os órgãos do sentido.

Coluna Vertebral

A coluna é formada por vértebras ligadas entre si por articulações, o que torna a coluna bem flexível.
Possui curvaturas que ajudam a equilibrar o corpo e amortecem os choques durante os movimentos.
É constituída por 24 vértebras independentes e 9 que estão fundidas.

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Cervicais: são 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a segunda (áxis) favorecem
os movimentos do crânio;

Torácicas ou dorsais: são 12 e articulam-se com as costelas;

Lombares: essas 5 vértebras são as maiores e que suportam mais peso;

Sacro: essas 5 vértebras são chamadas sacrais, estão separadas no nascimento e fundem-se mais
tarde formando um só osso. É um importante ponto de apoio para a cintura pélvica.

Cóccix: são 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se tornam unidas em um osso
único no início da idade adulta.

Tórax

Constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos músculos intercostais. São ossos
chatos e encurvados que se movimentam durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras
torácicas na sua parte posterior.

Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas (chamadas verdadeiras) ligam-se ao esterno, os


três seguintes (falsas) ligam-se entre si e os dois últimos pares (flutuantes) não se ligam a nenhum
osso. O esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio de cartilagem. Osso hioide

É um osso em forma de u que atua como ponto de apoio para os músculos da língua e do pescoço.

Esqueleto Apendicular

Esta parte do esqueleto inclui os "apêndices" do corpo; são os ossos dos membros superiores e infe-
riores e ossos que os ligam ao esqueleto axial, as chamadas cinturas escapular e pélvica, além de
ligamentos, juntas e articulações.

Cintura Escapular

É formada pelas clavículas e escápulas. A clavícula é longa e estreita, se articula com o esterno e na
outra extremidade com a escápula, que é um osso chato e triangular articulado com o úmero (articu-
lação do ombro).

Para saber mais: articulações

Membros Superiores

O úmero é o osso mais longo do braço, articula-se com o rádio, que é o mais curto e lateral, e tam-
bém com a ulna, osso chato e bem fino. Os ossos da mão são 27, divididos em carpos(8), metacar-
pos(5) e falanges (14).

Cintura Pélvica

É formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio, ísquio e púbis fundidos) e
são firmemente ligados ao sacro. A união dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix formam a pelve,
que nas mulheres é mais larga, menos profunda e com a cavidade maior; isso permite a sua abertura
no momento do parto para a passagem do bebê.

Membros Inferiores

São os ossos responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação, para isso têm de suportar o
peso e manter o equilíbrio. O fêmur é o mais longo osso do corpo, tem a cabeça arrendondada para
encaixar na pelve. A patela é um osso sesamoide, articulado com o fêmur.

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A tíbia suporta quase todo o peso na parte inferior do corpo. A fíbula é um osso mais fraco, ligado
com a tíbia ajuda a mover o pé. Os pés têm 26 ossos divididos em: tarsos (7), metatarsos (5) e falan-
ges(14).

Ossificação E Remodelação Óssea

O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 semanas de vida e termina no início
da vida adulta. No entanto o osso sofre continuamente um processo de remodelação, em que parte
do tecido existente é reabsorvido e novo tecido é formado.

No embrião o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas essa matriz cartilaginosa vai
sendo calcificada e as células cartilaginosas morrem. Células jovens denominadas osteoblastos
agem produzindo colágeno e na mineralização da matriz óssea, são formadas no tecido conjuntivo e
ocupam a matriz cartilaginosa.

No entanto, nesse processo são produzidas lacunas e pequenos canais, que aprisionam os os-
teoblastos na matriz óssea, transformando-os em osteócitos, são essas células que estão presentes
no osso já formado. Outro tipo de células ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por absorver o
tecido ósseo formado. Os osteoclastos agem na porção central da matriz óssea e formam o canal o
medular.

Fraturas

Em situações em que os ossos são submetidos à pressão maior do que a sua resistência podem se
romper. As fraturas podem acontecer também por estresse, quando pequenas pressões atuam repeti-
damente no local, ou ainda por doença por exemplo a osteoporose, condição em que o osso sofre
desmineralização perdendo cálcio para o sangue.

Na superfície do local em que ocorreu a fratura é formado um coágulo de sangue, morrem células e a
matriz óssea é destruída. Uma intensa vascularização toma conta do local e há proliferação de célu-
las precursoras das células ósseas originando um tecido reparador, nessa região é formado um calo
ósseo. Dependendo do tratamento e das atividades realizadas pela pessoa, com o passar do tempo o
calo será substituído pelo osso esponjoso e mais tarde pelo osso compacto reconstituindo o tecido
como era antes.

O sistema locomotor é formado pela combinação de dois sistemas, que atuam juntos para garantir
uma grande quantidade de movimentos: o sistema muscular e o sistema esquelético. Sem esses sis-
temas seria impossível nos alimentar, ir para novos ambientes, reproduzir, entre diversas outras fun-
ções importantes.

O sistema muscular é formado por músculos, estruturas compostas por tecidos musculares. A princi-
pal característica desses tecidos é a capacidade de contração, que pode ser voluntária ou involuntá-
ria dependendo do tipo em questão. Existem três tipos de tecido muscular: o estriado esquelético, o
estriado cardíaco e o não estriado.

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Apesar de existirem diferentes tipos de tecidos musculares, apenas um está relacionado com a movi-
mentação do corpo e nossa postura: o tecido muscular esquelético. Os músculos esqueléticos consti-
tuem praticamente 40% de todo o peso do nosso corpo, sendo, portanto, a maior parte da muscula-
tura do nosso organismo.

O tecido muscular esquelético permite que façamos movimentos simples, como mover os olhos, e
complexos, como os saltos graciosos, porém difíceis, dos ginastas. O tecido muscular esquelético
está ligado aos ossos e só se contrai após estímulos desencadeados por terminações nervosas liga-
das a cada fibra muscular. A fibra muscular, também chamada de miócito, é a unidade fundamental
do músculo esquelético e é uma estrutura alongada formada por miofibrilas.

A contração muscular permite que os músculos tracionem os ossos ao qual estão conectados, permi-
tindo assim a movimentação. Essa relação entre os músculos e os ossos podem ser comparados aos
sistemas de alavancas e geralmente ocorre em decorrência da contração de um músculo e o relaxa-
mento de outro (antagonismo muscular).

A eficiência de um músculo, assim como seu tamanho, está diretamente relacionada com a realiza-
ção de exercícios físicos. A falta completa de atividades pode levar à atrofia de um músculo, sendo
assim, quando uma pessoa fica por um período longo de tempo em unidades de terapia intensiva faz-
se necessária a realização de fisioterapia.

O sistema esquelético é formado por um conjunto de ossos e estruturas cartilaginosas que formam o
chamado esqueleto. Além de atuar na locomoção, o esqueleto ajuda na proteção do nossos órgãos
internos, sustenta nossos músculos, produz células sanguíneas e atua como reserva de cálcio.

Os ossos do esqueleto estão em íntimo contato com regiões chamadas de articulações ósseas. Es-
sas articulações podem ser móveis ou não. As móveis permitem a movimentação de um osso em re-
lação ao outro, diferentemente das imóveis, que não permitem tais movimentos.

O esqueleto pode ser dividido em duas porções principais: o esqueleto axial e o apendicular. O es-
queleto axial é composto pelos ossos do crânio, caixa torácica e coluna vertebral. Já o esqueleto
apendicular é formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores. Vale destacar que a ativi-
dade física não é importante apenas para o sistema muscular, tendo efeito positivo também sobre os
ossos. Sabe-se que as atividades físicas aumentam a massa óssea, entretanto, o mecanismo que ex-
plica esse resultado ainda não foi completamente explicado.

Sistema Nervoso

É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensa-
gens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los". Consequentemente, ele elabora respos-
tas, as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações.

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Nervos Que Compõem O Sistema Nervoso

O sistema nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema nervoso centrale sistema ner-
voso periférico sistema nervoso central

O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e
protegidos por três membranas denominadas meninges.

Encéfalo

O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa craniana e apresenta três
órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico;

Cérebro

É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso, pois ocupa a
maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o
hemisfério esquerdo.

Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex cerebral, o res-
ponsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc.

Ademais, é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da inteligência e


da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.

Cerebelo

Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os movimentos precisos do
corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de
contração dos músculos em repouso.

Tronco Encefálico

Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro
para a medula espinhal e vice-versa.

Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as atividades vitais como os movimentos
respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.

Medula Espinhal

A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral. Na parte supe-
rior está conectada ao tronco encefálico.

Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos
involuntários (reflexos).

Sistema Nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espi-
nhal.

Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem
dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.

Nervos cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir men-
sagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço.

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Nervos raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurô-
nios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos do
sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas.

De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso so-
mático e sistema nervoso autônomo.

Sistema nervoso somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa
vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.

Sistema nervoso autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas
subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema ner-
voso parassimpático que inibe o seu funcionamento.

De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias. Enquanto o sistema nervoso simpático
dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e di-
minui os batimentos cardíacos.

Sistema Nervoso Humano – Tecido Nervoso – Anatomia

O sistema nervoso é um dos sistemas mais complexos do corpo humano. Nos protozoários, ou ani-
mais de uma só célula, o trabalho fisiológico não pode dividir-se; todas as funções vitais, nutrição, re-
produção, relações com o meio, são desempenhadas pelo elemento único do animal. Mas nos meta-
zoários, ou animais pluricelulares, as várias atividades orgânicas se repartem entre grupos diferentes
de células, células que, por sua vez, se reúnem em órgãos e aparelhos.

Para que haja correspondência e harmonia entre os diversos elementos constitutivos do animal, bem
como para as relações do organismo em conjunto com o meio exterior, um tecido se diferencia, o te-
cido nervoso, essencialmente excitável e condutor. Dispõe-se o tecido nervoso em órgãos ligados en-
tre si, e formando o sistema nervoso.

Tecido Nervoso

Além de elementos conjuntivos comuns, entram, na formação do tecido nervoso, duas espécies de
células: as células nervosas, ou neurônios, e as células de nevroglia. Estas últimas representam sim-
ples substância intersticial, entre os elementos nervosos, e julgamos dispensável o seu estudo.

Neurônio

A célula nervosa apresenta-se munida de prolongamentos de vários tipos, e que dela fazem parte in-
tegrante. Ao conjunto fumado pela célula e respectivos prolongamentos, dá-se o nome de neurônio.
Distinguem-se neste, portanto, o corpo celular e os prolongamentos.

Corpo Celular

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A célula nervosa tem formas várias: é ovóide, piramidal, fusiforme, e, sobretudo, estrelada. As dimen-
sões vão desde 5 mícrons (córtex do cerebelo), até 135 mícrons (substância cinzenta da medula).

Todas as células apresentam prolongamentos, chamando-se pólos os pontos de onde aqueles se


destacam. Daí o haver células unipolares, bipolares, multipolares, conforme emitam um, dois ou mais
prolongamentos. Células apoiares, isto é, sem prolongamentos, não existem no homem, e sim no em-
brião humano, durante curto período.

O citoplasma da célula nervosa compõe-se, essencialmente, de massa protoplásmica finamente gra-


nulosa, percorrida em todos os sentidos por neurofibrilas.

Quando se trata a célula pelo azul de metileno, aparecem ainda, em seu seio, certas granulações co-
radas em azul: são as granulações cromófilas, ou de nissl, mais ou menos abundantes nas células
intactas, raras ou ausentes nas células que sofrem qualquer lesão. Acredita-se que as granulações
de nissl representam reserva nutritiva.

Sinapses

Falar sobre sistema nervoso sem falar sobre sinapses é impossível. Chama-se sinapse a articulação
das terminações de um neurônio com as de outro, ou então com a fibra muscular ou com as células
glandulares. Há, portanto, sinapses interneurais, sinapses mioneurais e sinapses neuroglandulares.

As sinapses interneurais se fazem entre as ramificações dos prolongamentos eferentes de um neurô-


nio e as dos prolongamentos aferentes de outro.

Bulbo Raqbuidiano

O bulbo é o órgão condutor de impulsos nervosos. Ele é ligado diretamente a medula espinhal. É a
porção inferior do tronco encefálico.

▪ saiba mais sobre o bulbo raquidiano cérebro

▪ saiba mais sobre o cérebro

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Cerebelo

O cerebelo, que ocupa a parte posterior e inferior da cavidade craniana, está situado atrás da protu-
berância, acima do bulbo e abaixo do cérebro. Comparado, na forma, a copas de baralho, compre-
ende três lobos: um lobo médio, chamado verme cerebelar, e dois lobos laterais. A superfície exterior
destes lobos apresenta numerosos sulcos, mais ou menos concêntricos, que os dividem em lóbulos.

Um corte do cerebelo mostra que há nele substância branca e substância cinzenta. Dispõem-se estas
substâncias, no corte, de modo a formar uma figura de aspecto arboriforme, pelo que era chamada,
outrora, árvore da vida. A substância cinzenta constitui, no cerebelo, uma espécie de casca, o córtex
cerebelar, enquanto que a substância branca, formada de fibras, fica no centro do órgão.

Três pares de cordões, os pedúnculos cerebelosos, põem o cerebelo em conexão com os órgãos vizi-
nhos:

Os pedúnculos cerebelosos inferiores ligam-no ao bulbo;

Os pedúnculos cerebelosos médios o comunicam com a protuberância;

Os pedúnculos cerebelosos superiores ligam o cerebelo ao cérebro. Há, nos três pares de pedúncu-
los, fibras centrípetas e fibras centrífugas, isto é, fibras que levam a corrente nervosa dos três órgãos
acima nomeados para o cerebelo, e fibras que do cerebelo levam a corrente nervosa aos três órgãos.

Funções do cerebelo

No sistema nervoso, o cerebelo nada tem com as funções sensitivas, nem com as funções intelectu-
ais: está apenas relacionado com a motricidade. A função do cerebelo é tríplice:

Função estênica, ou de avigorar os músculos;

Função estática, ou de concorrer para o equilíbrio;

Função tônica, ou de enviar aos músculos excitações que lhes dão tonicidade.

Nervos Raquidianos

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Os nervos raquidianos, em número de trinta e um pares, são todos mistos.

Nasce cada um por duas raízes, na medula espinhal: a raiz anterior, ou motora, e a raiz posterior, ou
sensitiva. Esta última se distingue da primeira por apresentar uma dilatação, o gânglio raquiano,
constituído de células nervosas.

Unidas, as duas raízes formam o nervo, que sai do canal medular pelo buraco de conjugação.

Na periferia, os filetes nervosos se distribuem, indo aos músculos e glândulas as terminações centri-
fugas, provenientes da raiz anterior, e à pele, mucosas e outros tecidos sensíveis, as terminações
centrípetas, provenientes da raiz posterior.

Seccionada a raiz anterior do nervo raquiano, paralisam-se os músculos inervados pelos seus filetes;
seccionada a raiz posterior, torna-se insensível a região de onde provêm as fibras constitutivas da re-
ferida raiz.

Ao saírem do canal medular, os nervos raquianos não guardam, em regra, a sua individualidade: es-
tabelecem-se, entre eles, anastomoses e trocas de fibras, dando origem a redes mais ou menos in-
trincadas, ou plexos, tais como o plexo cervical, o plexo lombar, etc. O sistema nervoso autônomo
(simpático e parassimpático)

Funções do sistema autônomo. O sistema nervoso autônomo está relacionado principalmente com a
vida vegetativa, ou de nutrição. É também de notar sua interferência nos fenômenos fisiológicos que
acompanham as emoções de medo, cólera, dor e outras.

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O Simpático Tem, Entre Outras, As Seguintes Funções:

Produz vasoconstrição, em geral, diminuindo o calibre dos vasos sanguíneos; b) dilata a abertura pu-
pilar; c) promove a secreção das glândulas salivares, das glândulas sudoríparas, das cápsulas su-
prarrenais; d) acelera o ritmo cardíaco; e) inibe o peristaltismo gástrico e intestinal.

Ao parassimpático craniano cabem as seguintes atividades: a) produz vasodilatação; b) diminui a


abertura pupilar; c) promove a secreção das glândulas salivares; d) retarda o ritmo cardíaco; e) ativa
o peristaltismo do esôfago, do estômago, do intestino delgado; f) estimula as glândulas gástricas.

O parassimpático sacro é vasodilatador, motor da bexiga, inibidor do esfíncter vesical, etc.

Antagonismo entre simpático e parassimpático

Os órgãos da vida vegetativa recebem, em regra, enervação dupla, parte originária do simpático,
parte do parassimpático. Em cada órgão, a ação dos dois sistemas é quase sempre antagônica.

O simpático, por exemplo, dilata a pupila; o parassimpático a diminui; o simpático acelera o coração,
o parassimpático o retarda; os movimentos peristálticos do tubo digestivo inibem-se pelo simpático,
estimulam-se pelo parassimpático; o simpático é vasoconstritor, o parassimpático é vasodilatador.
Sistema cardiovascular

O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável pela circulação do sangue,


de modo a transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. O sistema cardiovascular é for-
mado pelos vasos sanguíneos e o coração.

Veja mais detalhes sobre o sistema circulatório humano e de outros animais.

Vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue, distribuídos
por todo o corpo. Existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os vasos capilares.

Artérias

As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa o sangue que sai do coração, sendo
transportado para as outras partes do corpo.

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A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido muscular bastante elástico. Permite, dessa
maneira, que as paredes se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco.

As artérias se ramificam pelo corpo e vão se tornando mais finas, constituindo as arteríolas, que por
sua vez se ramificam ainda mais formando os capilares.

Veias

As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue das diversas partes do
corpo de volta para o coração. Sua parede é mais fina que a das artérias e, portanto, o transporte do
sangue é mais lento. Assim, a pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu
retorno ao coração. A existência de válvulas nesses vasos, faz com que o sangue se desloque sem-
pre em direção ao coração.

Importante destacar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e diversas outras) trans-
porta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. As veias pulmonares transportam o sangue
arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.

Vasos Capilares

Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que integram o sistema cardi-
ovascular, formando uma rede de comunicação entre as artérias e as veias.

Suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células, que permite a troca de substân-
cias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico) do sangue para as células e vice-versa. Coração

O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões.
Possui a função de bombear o sangue através dos vasos sanguíneos para todo o corpo.

É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada pericárdio, e internamente as cavida-
des cardíacas são revestidas pela membrana chamada endocárdio. Suas paredes são constituídas
por um músculo, o miocárdio, sendo o responsável pelas contrações do coração.

O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores denominadas átrios (direito e
esquerdo) e duas inferiores denominadas ventrículos (direito e esquerdo). Os ventrículos possuem
paredes mais grossas que os átrios.

O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o mesmo acontece do lado esquerdo. No en-
tanto, não há comunicação entre os dois átrios, nem entre os dois ventrículos.

Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios existem válvulas. Entre o átrio direito
e o ventrículo direito é a válvula tricúspide, já entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a mitral
ou bicúspide.

O coração possui dois tipos de movimentos: a sístole e a diástole. A sístole é o movimento de contra-
ção em que o sangue é bombeado para o corpo. A diástole é o movimento de relaxamento, quando o
coração se enche de sangue.

Pulsação

A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os ventrículos se contraem, impul-
sionando o sangue para as artérias, ou a cada batida do coração.

Por esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é possível verificar a frequên-
cia dos batimentos cardíacos.

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Importante destacar que o coração é um órgão que funciona em ritmo constante. As irregularidades
no seu ritmo, indicam o mau funcionamento do coração, caracterizadas pelas arritmias cardíacas.

As arritmias podem se manifestar com palpitações, dificuldades respiratórias, dor no peito, tonturas e
desmaios.

Sistema Circulatório

O coração e os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou circulatório. A cir-


culação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, gás oxigênio e hormônios para
as células de vários órgãos. O sangue também transporta resíduos do metabolismo para que possam
ser eliminados do corpo.

O Coração

O coração de uma pessoa tem o tamanho aproximado de sua mão fechada, e bombeia o sangue
para todo o corpo, sem parar; localiza-se no interior da cavidade torácica, entre os dois pulmões. O
ápice (ponta do coração) está voltado para baixo, para a esquerda e para frente. O peso médio do
coração é de aproximadamente 300 gramas, variando com o tamanho e o sexo da pessoa.

Observe o esquema do coração humano, existem quatro cavidades:

Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;

Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior.

O sangue que entra no átrio direito passa para o ventrículo direito e o sangue que entra no átrio es-
querdo passa para o ventrículo esquerdo. Um átrio não se comunica com o outro átrio, assim como
um ventrículo não se comunica com o outro ventrículo.

O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito através da valva atrioventricular direita; e
passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da valva atrioventricular esquerda.

O coração humano um órgão cavitário (que apresenta cavidade), basicamente constituído por três
camadas:

Pericárdio – é a membrana que reveste externamente o coração, como um saco. Esta membrana
propicia uma superfície lisa e escorregadia ao coração, facilitando seu movimento ininterrupto;

Endocárdio – é uma membrana que reveste a superfície interna das cavidades do coração;

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Miocárdio – é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e involuntárias do coração; situa-se


entre o pericárdio e o endocárdio.

Quando, por algum motivo, as artérias coronárias – ramificações da aorta – não conseguem irrigar
corretamente o miocárdio, pode ocorrer a morte (necrose) de células musculares, o que caracteriza o
infarto do miocárdio.

Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso corpo: artérias, veias e capilares.

Artérias

As artérias são vasos de paredes relativamente espessa e muscular, que transporta sangue do cora-
ção para os diversos tecidos do corpo. A maioria das artérias transporta sangue oxigenado (rico em
gás oxigênio), mas as artérias pulmonares transportam sangue não oxigenado (pobre em gás oxigê-
nio) do coração até os pulmões. A aorta é a artéria mais calibrosa (de maior diâmetro) do corpo hu-
mano.

O sistema cardiovascular humano é formado pelos vasos sanguíneos, uma rede de tubos que trans-
porta sangue, e pelo coração, uma bomba muscular responsável por impulsionar o sangue para o
corpo. Esses órgãos trabalham juntos para garantir que todas as células do corpo recebam nutrientes
e oxigênio.

Os vasos sanguíneos são divididos em artérias, veias e capilares.

De uma maneira geral, podemos dizer que veias são vasos responsáveis por levar o sangue do corpo
para o coração, enquanto as artérias são responsáveis por transportar o sangue do coração para o
corpo. Já os capilares são vasos de pequeno calibre que apresentam parede formada por uma única
camada de célula, o que permite a troca de substância entre a corrente sanguínea e o líquido intersti-
cial.

As artérias apresentam paredes grossas formadas por três camadas de tecidos (túnicas). Paredes
elásticas e fortes são essenciais para assegurar o transporte do sangue, que está sendo levado sob
alta pressão.

A medida que se afastam do coração, as artérias diminuem seu calibre, formando ramos mais finos
que recebem o nome de arteríolas, que, por sua vez, ramificam-se em capilares. Esses últimos unem-
se em vênulas, que se reúnem em vasos mais calibrosos chamados de veias.

As veias também possuem três túnicas, porém são menos espessas que as artérias. Esses vasos
apresentam valvas que se abrem no sentido do coração, impedindo, assim, que ocorra um refluxo. A
pressão sanguínea nas veias é relativamente baixa.

Anteriormente, muitos livros didáticos diferenciavam veias e artérias dizendo que as primeiras trans-
portavam apenas sangue rico em gás carbônico e as últimas transportavam sangue rico em oxigênio.

Eram utilizados, inclusive, os termos sangue arteriais e sangue venoso para diferenciar o sangue com
grande quantidade de oxigênio e aquele com maior quantidade de gás carbônico.

Entretanto, essa definição de veias e artérias caiu em desuso, assim como os termos sangue arterial
e venoso. O problema dessa definição é que as veias pulmonares transportam sangue rico em oxigê-
nio e as artérias pulmonares levam sangue pobre em oxigênio.

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Observe as principais diferenças entre veias e artérias: espessura e presença de valvas

O coração é um órgão musculoso responsável por impulsionar o sangue pelo corpo. Ele é encontrado
entre os dois pulmões e sobre o diafragma, com aproximadamente dois terços de sua massa mais
alinhados à esquerda.

Esse órgão é revestido por um tecido muscular cardíaco chamado de miocárdio e, internamente, é
dividido em quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos.

As duas cavidades superiores são chamadas de átrios, enquanto as duas inferiores são chamadas de
ventrículos. Quando comparadas com os ventrículos, as paredes dos átrios são relativamente mais
finas.

Isso ocorre porque os ventrículos bombeiam sangue para todo o corpo, enquanto os átrios bombeiam
sangue somente para os ventrículos. Podemos dizer que os átrios funcionam como câmaras que re-
cebem sangue do corpo, enquanto os ventrículos funcionam bombeando o sangue para o corpo.

Representação Esquemática Da Estrutura Interna Do Coração

Cada átrio comunica-se com um ventrículo. O átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo
através da valva atrioventricular esquerda, também chamada de valva bicúspide ou valva mitral. Já o
átrio direito comunica-se com o ventrículo direito pela valva atrioventricular direita, também chamada
de tricúspide. Essas valvas asseguram o fluxo unidirecional do sangue.

Sistema Linfático

O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo, constituído pelos nódulos linfáticos
(linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, responsável por transportar a linfa dos tecidos
para o sistema circulatório.

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Além disso, o sistema linfático possui outras funções, a saber: proteção de células imunes (atua junto
ao sistema imunológico), absorção dos ácidos graxos e equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos.

Componentes Do Sistema Linfático

Linfonodos (gânglios linfáticos): chamados de nódulos linfáticos, os linfonodos são pequenos órgãos
(com até 2 cm) presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na virilha.

Formados por tecido linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por filtrarem a
linfa antes dela retornar ao sangue, além de atuarem na defesa do organismo, impedindo a perma-
nência de partículas estranhas no corpo.

Linfa: a linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue, que circula pelos vasos linfá-
ticos, todavia não possui hemácias e, por isso, apresenta um aspecto esbranquiçado e leitoso. Res-
ponsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e fígado, sendo
transportada pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos e lan-
çada no sangue.

Vasos linfáticos: os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvu-
las que transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o refluxo.
Atuam no sistema de defesa do organismo visto que retiram células mortas do organismo e transpor-
tam os linfócitos (glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo.

Baço: maior dos órgão linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do diafragma e
atrás do estômago. Ele é responsável pela defesa do organismo, na medida em que suas funções
são: produção de anticorpos (linfócitos t e b) e hemácias (hematopoiese), armazenamento de sangue
e liberação de hormônios.

Timo: órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração. Além de produzir as substâncias
como a timosina e a timina, o timo produz anticorpos (linfócito t), atuando, dessa maneira, na defesa
do organismo. Curioso notar que o timo é um órgão que ao longo da vida diminui de tamanho.

Tonsilas palatinas: popularmente, esses dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como
amídalas ou amígdalas palatinas responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no
corpo, principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de defesa do organismo visto que
produzem linfócitos.

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Algumas Doenças Do Sistema Linfático

Elefantíase: a filaríase ou filariose é conhecida como “doença tropical infecciosa” e corresponde à in-
flamação dos vasos linfáticos transmitida por inseto (mosquito culex). Seu nome está associado com
a retenção de líquido ou o inchaço dos membros, fazendo com que as pernas dos doentes tenham
aspecto de elefante.

Linfedema: caracterizada pela inflamação e obstrução dos vasos linfáticos, a linfedema leva ao in-
chaço excessivo dos membros.

Sistema linfático

O Sistema Linfático Combina Dois Conceitos:

Em primeiro lugar, uma rede de sentido único de vasos linfáticos (chamados rede linfática), cujos va-
sos nascem em diferentes tecidos do corpo para alcançar os gânglios, que permitem a circulação e
limpeza da linfa e até certo ponto, a limpeza de partículas insolúveis;

Em segundo lugar, todos os órgãos onde grandes quantidades de glóbulos brancos são encontrados:
os gânglios linfáticos, os tecidos linfóides associados à mucosa, a medula óssea e órgãos tais como o
baço e o timo. Estes tecidos são parte do tecido linfóide, exceto a medula óssea.

Observou-se a partir do início do século xix que a morfologia e a capacidade de carga dos vasos lin-
fáticos variam consideravelmente de acordo com os órgãos (por exemplo: conjuntivo, escroto e glân-
dulas salivares).

Localização Anatômica Dos Órgãos Linfáticos

Sistema linfático

Os linfócitos se desenvolvem principalmente nos chamados tecidos especializados dos órgãos linfoi-
des primários, que são a medula óssea (o ígado durante o período fetal) e o timo. Bilhões de linfócitos
imunocompetentes serão produzidos e vão colonizar os tecidos linfáticos secundários.

Os gânglios linfáticos e os tecidos linfoides associados às mucosas estão localizados no caminho dos
vasos linfáticos, entre o início dos vasos nos tecidos e a anastomose (comunicação entre dois vasos)
dos vasos da veia subclávia esquerda.

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O sistema linfático drena a maioria dos órgãos, incluindo o pulmão e o intestino: um capilar linfático
"beco sem saída", dito "láctea central" está presente no interior de cada vilosidade intestinal do intes-
tino delgado. O movimento das células do intestino delgado é anastomosado ao sistema linfático que
drena nos folículos linfóides (componente importante do sistema imunitário) do trato gastrointestinal.H

O estudo do sistema vascular sanguíneo, data de pelo menos desde o século vi ac. Bc, enquanto que
a vascularização linfática data apenas de 1622 com a descoberta da rede linfática por gaspar asellius,
cuja importância parece ter sido ignorada, provavelmente porque este sistema é muito mais discreto
que o sistema sanguíneo e porque sua operação é aparentemente em grande parte passiva.

No entanto, ela desempenha um papel chave na imunidade, no sistema hormonal, no retorno de flui-
dos extravasados de certos resíduos celulares e de proteínas (albumina, por exemplo) na circulação
sistémica. Além disso, quase até ao final do século XX, não houve marcadores moleculares específi-
cos desta rede. Isso explica os atrasos no estudo da vasculatura linfática.

Uma hipótese proposta por sabin é que a rede linfática é constituida de um grupo de células endoteli-
ais derivadas diretamente da veia cardinal.

Os vasos linfáticos se desenvolvem a partir de células endoteliais especializadas dos vasos preexis-
tentes, mas os sinais moleculares que regulam a diferenciação são desconhecidos, embora uma pro-
teína necessária foi identificada (proteína de sinalização hematopoiética slp-76 e syk).

Relacionadas com essas vênulas, numerosas vesículas citoplasmáticas foram relatadas no endotélio
linfático inicial, mas o papel destas vesículas na absorção do soluto, na atualidade, ainda não é clara-
mente compreendido. No entanto, se os vasos linfáticos têm características semelhantes a outros va-
sos, certas características, como o glicocálix, faltam. Existem marcadores específicos de células en-
doteliais do sistema linfático, tais como lyve-1 ou a podoplanina (pdpn).

Papel

O papel do sistema linfático é múltiplo.

Drena o excesso de líquidos encontrado nos tecidos e participa na desintoxicação de órgãos e do


corpo.

Ele contribue no fluxo de nutrientes (mas menos que o sangue). Permite a circulação da linfa por todo
o corpo e de células brancas para fora dos vasos sanguíneos, no processo de ativação de resposta
imunológica específica. Este é um elemento essencial do sistema imunológico e do processo cicatri-
cial.

Ele ajuda o fluxo de hormônios.

A falta de atividade muscular ou uma deformação do sistema gestor de líquidos (linfangioma) pode
resultar em uma forma de celulite e edema.

Funcionamento

Todo o corpo, exceto o sistema nervoso central (uma tese posta em causa pela descoberta em 2015
de uma equipe da universidade de virginia de uma rede linfática no cérebro - no entanto, considera-
mos que as meninges fazem parte), os músculos, a cartilagem e a medula óssea, tem redes de vasos
linfáticosparalelos e que acompanham as artérias.

A linfa, líquido intersticial que circula nos vasos linfáticos, é responsável por alguns dos resíduos da
atividade celular através do tecido intercelular. A linfa é purificada pela passagem através dos gân-
glios. Ela então viaja para a corrente sanguínea e se junta ao duto torácico nas veias subclávias.

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O sistema linfático é o responsável pelo transporte de grande parte da gordura proveniente da ali-
mentação para a circulação. Assim, ao final, não passam pelo fígado.

Ao contrário do sistema circulatório, o sistema linfático não tem um corpo único atuando como uma
bomba (exemplo, o coração). A circulaçao resulta da combinação dos movimentos do corpo (respira-
ção, em particular), das contrações musculares, as contrações das fibras lisas das paredes dos vasos
linfáticos, e o fato de que os maiores vasos têm válvulas para impedir o refluxo. Se o movimento do
corpo ou a atividade física se intensifica, a linfa fluirá mais rapidamente:

Aproximadamente 100 ml de linfa circula por hora no conduto torácico de uma pessoa em repouso,
enquanto que durante o exercício este fluxo pode ser de 10 a 30 vezes mais elevado. Em contraste, a
imobilidade prolongada retarda a drenagem da linfa.

Sistema respiratório

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O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis, basicamente, pela absorção do oxigê-
nio do ar pelo organismo e daeliminação do gás carbônico retirado das células.

O sistema respiratório é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos que compõem
as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.

Órgãos do sistema respiratório

Cavidades nasais

Cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa, separados por um septo cartila-
ginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe.

No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e ger-
mes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.

A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidifica o ar.
É rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

Faringe

Faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz
parte do sistema respiratório e do sistema digestório.

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Em sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na extremidade
inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mu-
cosa.

Laringe

Laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe, está a epiglote, a válvula
que se fecha durante a deglutição. A laringe é também o órgão principal da fala. Nela estão localiza-
das as cordas vocais.

Traqueia

Traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a
mantêm aberta. É revestida por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e fil-
trado.

Brônquios

Brônquios são duas ramificações da traqueia formadas também por anéis cartilaginosos. Cada brôn-
quio penetra em um dos pulmões e divide-se em diversos ramos menores, que se distribuem por todo
o órgão formando os bronquíolos. Cada brônquio se ramifica subdividindo-se várias vezes, formando
a árvore brônquica.

Pulmões

O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos, situados na caixa torácica.

Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura. Internamente, cada pulmão
apresenta cerca de 200 milhões de estruturas muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se
enche de ar, chamados de alvéolos pulmonares.

Detalhes dos brônquios, bronquíolos e alvéolos e das trocas gasosas.

Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos realizam-se as trocas gasosas, de-
nominada hematose, entre o ambiente (o ar) e o organismo (através do sangue), graças às membra-
nas muito finas que os revestem e abriga inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os capilares.

Quer saber mais? Leia também sobre o diafragma.

Doenças do sistema respiratório

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Os pulmões podem ser atacados por diversas doenças infecciosas, entre elas a gripe e resfriado, tu-
berculose, pneumonia e enfisema pulmonar.

Essas doenças são resultado de uma inflamação nos órgãos atingidos, provocada por microrganis-
mos, tais como vírus, bactérias, entre outros parasitas.

Porém o processo infeccioso também pode ser desencadeado por substâncias tóxicas, como a fu-
maça tóxica do cigarro, é o que acontece no enfisema, doença degenerativa crônica, geralmente de-
sencadeada pelo tabagismo.

O sistema respiratório fornece oxigênio e remove gás carbônico do organismo, auxiliando as células
no metabolismo, atuando em conjunto com o sistema circulatório. O sistema respiratório também esta
envolvido com a vocalização.

É formado pelo nariz, cavidade do nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões.

Nariz e cavidade do nariz

As duas cavidades por onde o ar entram no sistema respiratório são chamadas de fossas nasais. São
separadas por uma cartilagem chamada cartilagem do septo, formando o septo nasal. Os pêlos no
interior do nariz retém as partículas que entram junto com o ar. É composto de células ciliadas e pro-
dutoras de muco. O teto da cavidade nasal possui células com função olfativa. Nesta região, a mu-
cosa é bem irrigada e aquece o ar inalado.

Faringe

A faringe pertence tanto ao sistema respiratório como ao sistema digestório. Através das coanas esta
ligada com a cavidade do nariz e através das fauces, com a boca. Liga-se com o ouvido médio pelas
tubas auditivas. Liga-se também com a laringe e com o esôfago. Antes de ir para a laringe, o ar inspi-
rado pelo nariz passa pela faringe.

Laringe

A laringe é um tubo cartilaginoso de forma irregular que conecta a faringe com a traquéia. Situa-se na
parte superior do pescoço. A laringe possui uma estrutura cartilaginosa que chama epiglote, que tra-
balha para desviar das vias respiratórias para o esôfago os alimentos deglutidos. Caso não ocorra
este desvio, o alimento é expelido com uma tosse violenta.

Na laringe encontramos as cordas vocais, que são pregas horizontais na parede da laringe. Entre as
cordas vocais há uma abertura chamada glote e é por ela que o ar entra na laringe, provocando uma

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vibração nas cordas vocais e produzindo som. Na face anterior do pescoço forma-se a proeminência
laríngea, chamada de pomo de adão, que é mais visível nos homens que nas mulheres.

Traquéia

A traquéia é um tubo de aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 de diâmetro e suas paredes


são reforçadas por uma série de anéis de cartilagem que impedem que as paredes se colapsem.

A traquéia bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios.

O epitélio é formado por células ciliadas e células secretoras. Estes cílios servem para remover as
partículas e microorganismos que entram com o ar inalado. O muco produzido pelas células secreto-
ras serve como uma barreira também.

Pulmão

Os brônquios penetram no pulmão através do hilo. Esses brônquios ramificam-se várias vezes, origi-
nando os bronquíolos, que penetram no lóbulo pulmonar e ramificam-se, formando os bronquíolos
terminais, que originam os bronquíolos respiratórios, que terminam nos alvéolos pulmonares.

Os pulmões possuem consistência esponjosa, que está relacionada com a quantidade de sacos alve-
olares.

O formato do pulmão lembra um cone e é revestido por uma membrana dupla serosa chamada
pleura. Os dois pulmões são separados pelo mediastino, local onde está o coração, o esôfago, timo,
artérias, veias e parte da traquéia.

O diafragma é um músculo situado abaixo do pulmão, e é onde ele se apóia. Separa o tórax do ab-
dome e está relacionado com os movimentos da respiração.

O trato gastrointestinal

É composto pela boca, faringe, esôfago e estômago.

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Na boca, ocorre a mastigação iniciando-se assim o processo de digestão dos alimentos com a forma-
ção do bolo alimentar.

A faringe auxilia na deglutição (ato de engolir).

O esôfago é o canal de passagem para onde o bolo alimentar é empurrado por meio de contrações
musculares (movimentos peristálticos) até o estômago.

No estômago, inicia-se o processo de degradação dos alimentos. O bolo alimentar torna-se mais lí-
quido e ácido passando a se chamar quimo e aos poucos, é conduzido para o duodeno.

Trato gastrointestinal inferior

Intestino delgado

São produzidas em suas paredes as enzimas: peptidase para digestão de proteínas, maltase para
digerir a maltose, lactase para digestão da lactose e a sacarase que digere a sacarose. A superfície
interna, ou mucosa, apresenta milhões de pequenas dobras, chamadas vilosidades com o que au-
menta a superfície de absorção intestinal. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os
eletrólitos e as vitaminas.

O intestino delgado se divide em:

Duodeno - com forma de c, por sua vez está dividido em quatro partes, é no duodeno que o suco
pancreático (neutraliza a acidez do quimo e faz a digestão de proteínas, de carboidratos e de gordu-
ras) e a secreção biliar (emulsificação de gorduras) agem sobre o quimo e o transformando em quilo.

Jejuno - local onde começa a absorção dos nutrientes.

Íleo – é o último segmento do intestino delgado.

Intestino grosso

Está dividido em: ceco, cólon e reto. É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das se-
creções digestivas. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes,
facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.

Ceco - é a porção inicial do intestino grosso de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impe-
dir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do
íleo com o ceco - válvula ileocecal. No fundo do ceco encontramos uma ponta chamada apêndice
cecóide ou vermicular.

Cólon - é a região intermediária, um segmento que se prolonga do ceco até o reto, está subdividido
em cólon ascendente, cólon transverso e cólon descendente.

Sigmoide - o sigmoide ou porção pélvica é a seção do intestino grosso que liga a porção transversal
do mesmo ao reto.

Reto - é a parte final do tubo digestivo e termina-se no canal anal. Ele possui geralmente três pregas
em seu interior e é uma região bem vascularizada.

Ânus - controla a saída das fezes está localizado na extremidade do intestino grosso.

A função básica do sistema gastrointestinal ou sistema digestório é a de fornecer nutrientes para


nosso corpo para que esse possa exercer suas funções de forma adequada.

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Isto ocorre através de um complexo de eventos, através de processos mecânicos e químicos. A ana-
tomia deste sistema também é complexa.

Há anatomicamente falando, um canal alimentar e órgãos anexos, sendo que do canal alimentar fa-
zem parte órgãos situados na cabeça, tórax, abdome e pelve. Entre os anexos estão as glândulas sa-
livares, o fígado e o pâncreas.

O canal alimentar inicia-se na cavidade bucal, seguindo pela faringe, esôfago, estômago, intestinos,
reto e ânus.

No fim dos processos, as inúmeras moléculas de proteínas, polissacarídeos, lipídios e ácidos nucléi-
cos chegam desdobrados em moléculas de glicerol, aminoácidos, ácidos graxos, nucleotídeos e mo-
nossacarídeos, passam pelo sangue e são assimiladas pelo organismo. Isto é o que chamamos de
digestão.

O sistema digestório divide-se em tubo digestório e órgãos anexos. O tubo digestório, conhecido
como tubo digestivo, divide-se em alto, médio e baixo, como se segue:

Tubo digestório alto: compreende a boca, faringe e esôfago.

Tubo digestório médio: estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).

Tubo digestório baixo: intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva
sigmoide e o reto).

Órgãos anexos: glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar.

O sistema gastrointestinal é dividido de forma segmentada, e cada uma de suas divisões possui de-
terminadas funções. Na boca ocorre tanto digestão quanto absorção, sendo que o esôfago é um local
apenas de passagem, possuindo apenas função mecânica. No estômago é onde ocorre a maior parte
da digestão. O sistema gastrointestinal inicia na boca e vai até o ânus.

Duas passagens muito importantes fazem parte desse sistema, e controlam a entrada e saída de
substâncias ao estômago: o esfíncter gastroesofágico, que separa estômago do esôfago e é respon-
sável por provocar refluxo quando sua musculatura está comprometida e o esfíncter pilórico ou, sim-
plesmente, piloro que separa estômago de intestino delgado.

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Referente ao sistema gastrointestinal, temos as glândulas acessórias como a vesícula biliar que pos-
suem sensibilidade ao colesterol, e o excesso de colesterol pode formar “pedras” na vesícula. Pes-
soas que removeram essa vesícula tem intolerância ao colesterol. O suco pancreático é composto,
principalmente, por enzimas, tais como amilase pancreática, lipase pancreática, tripsinogênio e qui-
miotripsinogênio. Os quilomicrons estão no sistema linfático e transformam gordura através de lipo-
proteínas com isso não acontece a passagem direta da gordura para o sangue. As proteínas e gordu-
ras diminuem o esvaziamento gástrico. O intestino grosso tem como sua principal função a reabsor-
ção de h2o.

No duodeno o bolo alimentar sofre a ação da bile, que emulsiona as gorduras, facilitando a ação das
enzimas. O suco pancreático possui enzimas que degradam proteínas, lipídeos, carboidratos e ácidos
nucleicos.

A passagem do alimento para a corrente sanguínea se faz no intestino delgado. No intestino grosso
são armazenados os resíduos não assimilados, os quais absorvem água e sofrem a ação de bacté-
rias transformando-se em fezes, que são eliminadas pelo ânus. O intestino é dividido em delgado e
grosso e todo esse conjunto mede aproximadamente 7 metros. O intestino delgado é a parte do tubo
digestivo que vai do estômago até o intestino grosso.

É na parede do intestino delgado que se produz o suco intestinal que auxilia na digestão dos alimen-
tos. O intestino delgado é dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo. O duodeno faz a digestão
do bolo alimentar (quimo) e processa quimicamente proteínas, lipídeos, carboidratos e vitaminas. O
jejuno é responsável pela absorção de carboidratos e aminoácidos já parcialmente digeridos pelo du-
odeno. No entanto, o íleo é a parte final do intestino delgado. É nele que ocorre a junção ileocecal
com o intestino grosso. • modificações no sistema gastrointestinal provocadas pelo exercício físico

O exercício físico de alta intensidade (volume maior que 70% do vo2 máximo do indivíduo) provoca
inibição do sistema gastrointestinal: diminui velocidade de digestão. Já o exercício moderado, de in-
tensidade baixa, aumenta a velocidade de digestão. A famosa frase onde se diz que se deve “dar
uma caminhada depois de comer para baixar a comida” faz todo o sentido. O esvaziamento gástrico
depende do volume, do conteúdo calórico e do ph do alimento.

Quanto maior o volume ingerido, mais rápido será o esvaziamento gástrico, e quanto menor for o ph e
maior for o conteúdo calórico, mais devagar será o esvaziamento gástrico. Alimentos hipercalóricos,
com ph baixo, são digeridos com maior dificuldade. A temperatura também influencia (água fria é
mais facilmente digerida).

O exercício físico provoca alterações no chamado fluxo sanguíneo esplâncnico (fse), o que sangue
que chega à região abdominal. À medida que se aumenta a intensidade do exercício, o fse diminui
em resposta. É por este motivo que, em atividades intensas, a motilidade gástrica diminui. Este tipo
de exercício direciona o sangue para os músculos da periferia.

O sistema gastrointestinal sofre ao longo do treinamento três principais adaptações:

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Aumento da motilidade gástrica: por esse motivo, quem sofre de constipação, ou, popularmente fa-
lando “intestino preso” é recomendado praticar exercícios regularmente.

Maior secreção de muco pelas células estomacais: esse efeito é chamado de “ação antiulcerogênica”
do exercício, pois, ao aumentar a produção de muco, indivíduos que sofrem de problemas gástricos
estariam menos aptos a desenvolver úlceras.

Aumento da irrigação tecidual: por uma maior ativação do sistema nervoso parassimpático.

O exercício físico também provoca mudanças em relação à sensação de fome e saciedade do indiví-
duo, mas antes de explicar como ocorrem essas mudanças, vamos introduzir algumas informações. A
sensação de fome é controlada por duas vias: uma via sensorial e uma via hormonal. A via sensorial
é formada pela visão, olfação e degustação, sendo muitas vezes, a imaginação parte integrante desta
via, muita vezes, só de imaginar o alimento, nossas glândulas salivares já começam a trabalhar para
iniciar a digestão.

A via hormonal é composta por hormônios, que integram as informações vindas da via sensorial junto
ao hipotálamo, onde, a informação é traduzida. O principal hormônio responsável pela sensação de
fome é o hormônio grelina, produzido por células do estômago. E é na regulação deste hormônio que
o exercício físico atua.

O hormônio grelina possui diferentes lisoformas, e apenas a sua forma acilada consegue ultrapassar
a barreira hematoencefálica e chegar até o hipotálamo para ser interpretada. É exatamente neste me-
canismo que o exercício físico age: o exercício provoca diminuição da grelina acilada, diminuindo as-
sim, a sensação de fome. Um estudo demonstrou a diferença de concentração de grelina acilada em
indivíduos que praticaram exercício e um grupo controle. O exercício físico além de contribuir para um
melhor funcionamento do sistema gastrointestinal contribuiu para o controle da fome.

Sistema urinário

O sistema urinário ou aparelho urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a
função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo.

O sistema urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga
urinária e a uretra.

Rins

Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em cada
lado da coluna vertebral. São de cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de
feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada.

Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as vias uriná-
rias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas que formam pequenos emaranha-
dos chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma estrutura arredondada, chamada
cápsula glomerular ou cápsula de bowman.

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Detalhe de um rim, mostrando em detalhe o néfron.

Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada néfron, que é formada pelos
glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal.

Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas pequenas nela dissolvidas,
como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares que formam os glomérulos e cai na
cápsula glomerular. Em seguida passa para o túbulo renal.

Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse líquido, atravessam a parede
do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o que resta nos túbulos é uma pequena
quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido úrico e amônia: é a urina, que segue para as vias
urinárias. Observe no esquema a seguir as fases de formação da urina dentro no néfron.

Vias urinárias

As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra.

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Bexiga urinária

Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome com a
função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena temporari-
amente a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos da parede
da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar.

Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla
a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra,
de onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na bexiga é de aproxima-
damente 1 litro.

Ureteres

São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins para a
bexiga.

Uretra

Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5
cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e trans-
porta a urina para fora do corpo, e também o esperma.

Sistema urinário masculino

Anatomia masculina mostrando os órgãos do sistema urinário e reprodutivo.

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O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que a uretra, canal que conduz a
urina da bexiga para o exterior, também é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação.
Dividida em três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra masculina mede aproximada-
mente 20 cm e estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na
extremidade do pênis.

Sistema urinário feminino

Anatomia feminina mostrando órgãos do sistema urinário e reprodutivo.

O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da bexiga ao orifício externo no vestí-
bulo, é bem menor que o masculino, medindo aproximadamente 5 cm. Essa característica da anato-
mia feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de infecções urinárias nas mulheres.

Doenças do sistema urinário

Muitas doenças estão associadas ao sistema urinário seja nos rins ou nas vias urinárias (ureteres,
bexiga e uretra).

Doenças renais

Nefrite

A nefrite é uma infecção dos néfrons, resultado de diversos fatores, por exemplo, a superdosagem de
medicamentos e a presença no organismo de algumas substâncias tóxicas, como o mercúrio, o que
pode lesar ou destruir os néfrons, causando dores, redução da produção da urina, aparência turva da
urina e o aumento da pressão.

Hipertensão arterial e problemas renais

Quando os rins não funcionam de modo eficiente, os sais e a água em excesso se acumulam no san-
gue, provocando aumento da pressão arterial. O processo de filtragem renal nas pessoas hipertensas
é deficiente, o que pode resultar no desenvolvimento de doenças renais.

Infecções bacterianas

Em especial a bactéria escherichia coli, que pode penetrar no sistema urinário por meio da uretra
causando infecção bacteriana.

Doenças nas vias urinárias

Cálculos renais

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Esquema da formação e localização de um cálculo no rim.

Popularmente conhecido como "pedra nos rins", os cálculos renais podem se alojar nos rins, nos ure-
teres ou na bexiga. São formados na medida em que ocorre alta concentração de cálcio ou de outros
tipos de sal contidos nos líquidos do organismo (no caso a urina).

Cistite

A cistite é uma infecção ou inflamação na bexiga urinária. O doente sente ardor na uretra no ato de
urinar e por não conseguir reter a urina, libera em pouca quantidade.

Uretite

A uretite é uma infecção na uretra desenvolvida por bactérias que ocorre normalmente junto com a
cistite.

Aparelho reprodutor feminino e masculino

O sistema (ou aparelho) reprodutor humano é o que identifica o sexo biológico do indivíduo, porém
existem muitos outros fatores importantíssimos que estão relacionados à sexualidade humana, mas
deixaremos este assunto para um próximo post. Hoje, falaremos especificamente sobre os aparelhos
reprodutores e a reprodução humana.

Existem dois tipos de sistema reprodutor humano: o feminino e o masculino. O primeiro é comumente
composto por dois ovários (ou gônodas), dois ovidutos (também chamados de trompas de falópio, ou
trompas uterinas), útero, vagina, e… duas glândulas mamárias, isso mesmo!

Embora não seja um consenso, alguns autores consideram-nas como parte do sistema reprodutor,
uma vez que elas sofrem uma série de alterações devido a ações hormonais desenvolvidas pelas gô-
nodas femininas e mesmo após a reprodução e o nascimento do feto, o mesmo ainda depende des-
tas glândulas para seu desenvolvimento.

Já o masculino, é normalmente composto por dois testículos, dois ductos genitais, glândulas acessó-
rias e pênis. Abaixo cada órgão será descrito detalhadamente.

Os humanos são um dos poucos grupos de animais que possuem significativa longevidade mesmo
após encerrar sua fase reprodutiva (menopausa, nas mulheres ou andropausa, nos homens). Há al-
gumas décadas, a reprodução humana ocorria ou não ocorria… simples assim! Se o casal fosse fértil,
após o ato sexual havia sucesso reprodutivo, caso contrário, a prole não era gerada.

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No entanto, com o passar do tempo e com o frequente surgimento de inovações tecnológicas relacio-
nadas à reprodução humana, atualmente é possível escolher dentre técnicas de reprodução medica-
mente assistida, maneiras de aperfeiçoar a geração de um ser.

Sistema Reprodutor Feminino

É função do sistema reprodutor feminino receber gametas masculinos, oferecer ambiente favorável
para a fecundação, a formação de um zigoto, e o desenvolvimento de um embrião e feto. Já as ma-
mas são essenciais para o desenvolvimento do feto, mesmo que de forma extracorpórea, já que a ali-
mentação com leite materno em humanos ocorre depois que o feto sai da placenta.

Vamos começar pelos ovários, eles são estruturas que servem como abrigo, nas quais os folículos
ovarianos irão se desenvolver. Os folículos, conforme o passar do tempo, sofrem mudanças, e conse-
quentemente seus nomes mudam. A partir da menarca (primeira menstruação) o indivíduo inicia a
menacme (fase reprodutiva), na qual a cada ciclo menstrual (naturalmente uma vez por mês), aproxi-
madamente mil folículos sofrem amadurecimento, porém geralmente apenas um ovócito (também
chamado de oócito) é liberado e os demais degeneram.

Esse processo é contínuo, até a menopausa. Conforme as células foliculares se desenvolvem, ocorre
acúmulo de líquido folicular, o qual é rico em proteínas e hormônios, na cavidade chamada antro foli-
cular. Estes folículos podem ser divididos conforme seu nível de desenvolvimento em: folículos pri-
mordiais, primários (unilamelar), secundários (multilamelares ou em crescimento) e folículos maduros
(também chamados de folículos de graaf). Este último se rompe e libera o ovócito que quando (e se)
fecundado passará a se chamar óvulo.

Após a ovulação (rompimento do folículo maduro e liberação do ovócito), uma glândula temporária é
originada, chamada de corpo lúteo ou corpo amarelo, a qual libera estrógenos e progesterona, dois
hormônios que estimulam a secreção de mucosa uterina. A progesterona também é importante para
pausar o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a ovulação, preparando o corpo feminino para
uma possível gravidez.

Quando esta não ocorre, o corpo lúteo (neste caso chamado de corpo lúteo menstrual ou espúrio)
fica aproximadamente 12 dias no útero, degenera e some. Quando ocorre gravidez, o corpo lúteo
(gravídico ou verdadeiro) é estimulado e mantido durante toda a gestação. O ovócito é circundado por
algumas células foliculares que formam a corona radiata, quando ele é liberado do ovário, elas o
acompanham e ficam lá mesmo quando o espermatozoide fertiliza-o nos ovidutos e também durante
trajeto do então chamado óvulo, até o útero.

Os ovidutos possuem cerca de 10 cm cada, alta motilidade (recebem o ovócito liberado pelo ovário e
o conduzem em direção ao útero), e um ambiente ideal para a fertilização. Uma das extremidades,
em forma de funil (estrutura chamada de infundíbulo, a qual possui franjas chamadas de fímbrias) lo-
caliza-se próximo ao ovário e a outra (chamada de intramural) se abre no interior do útero. A parte
intermediária do canal é composta pelo istmo e pela ampola; a parede dos ovidutos é composta por
três camadas: mucosa, muscular e serosa.

O útero, em formato de pera, é basicamente dividido em três partes: corpo, fundo e colo do útero (ou
cérvix). A parede do útero é composta por três camadas, o endométrio (interna), o miométrio (inter-
mediária) e o perimétrio (externa). De forma geral, mensalmente a estrutura do endométrio sofre mo-
dificações devido à ação de hormônios relacionados ao ciclo menstrual, ele vai se destacando grada-
tivamente. Este processo varia de acordo com o organismo de cada mulher, por isso o período mens-
trual não é o mesmo para todas, mas em média dura cerca de 3 dias. O sangue expelido durante a
menstruação é venoso, o sangue arterial passa para os vasos venosos, os quais se rompem.

Ainda sobre o útero, a placenta é um órgão que se origina na cavidade uterina durante a gravidez, e é
composta por material fetal e materno; tem como função primária permitir troca de sangue entre mãe

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e feto. Em condições normais isso ocorre sem que haja mistura de sangue fetal com sangue materno,
já que existe uma membrana que serve como barreira que permite apenas que haja difusão do san-
gue de um ser para o outro. Ainda, é através dela que os nutrientes e o oxigênio presentes no sangue
materno chegam até o feto e produtos excretados pelo feto são eliminados. A conexão entre feto e
placenta se dá pelo cordão umbilical.

A vagina é um tubo, no qual uma das suas extremidades localiza-se na parte média do colo do útero
e a outra se abre no pudendo feminino (também conhecido como vulva), o orifício chama-se óstio da
vagina. Este orifício em uma mulher virgem é coberto parcialmente por uma membrana, o hímen.
Além destas estruturas, a parte interna da vagina é composta por rugas vaginais e um par de glându-
las vestibular maior (também conhecida como glândulas de bartholin), responsáveis por produzir uma
substância mucosa, a qual lubrifica a região vulvar. Externamente, a genitália feminina ainda é com-
posta por clitóris, pequenos e grandes lábios.

Com a puberdade e consequentemente o aumento da produção hormonal, as mamas são desenvolvi-


das. Estas estruturas são basicamente compostas por um acúmulo de tecido gorduroso e fibroso,
além de células capazes de produzir leite com ductos que culminam no mamilo. Como falado anteri-
ormente, são essenciais para o desenvolvimento do recém nascido.

Sistema reprodutor masculino

Os testículos são acomodados em bolsas (ou sacos) escrotais (também chamados de escroto), são
formados por vários túbulos enovelados (chamados de túbulos seminíferos) e revestidos por um te-
cido rico em fibras colágenas, chamado de albugínea. Na parede dos túbulos seminíferos são forma-
dos os espermatozoides originados a partir de células germinativas primárias. Nas mulheres existe a
ovogênese, processo de produção do ovócito, nos homens este processo chama-se espermatogê-
nese, no qual os espermatozoides são formados.

A temperatura é extremamente importante para o desenvolvimento destas células (aproximadamente


32ºc), por isso que na maioria dos mamíferos os testículos estão localizados fora da cavidade abdo-
minal. Similar às mulheres, nos homens a partir do início da adolescência devido a ações hormonais,
os espermatozoides passam por diferentes formas de desenvolvimento, as células germinativas pri-
márias (espermatogônias), desenvolvem-se e passam para o estágio de espermatócitos primários,
espermatócitos secundários, espermátides e por fim, espermatozoides.

Cada um deles é uma célula complexa, rica em material genético. Os espermatozoides depois de se-
rem originados nos túbulos seminíferos, seguem o seguinte caminho até serem liberados: passam
pelos canais eferentes, são drenados para o epidídimo, em seguida vão para o canal deferente, e por
fim, caso sejam ejaculados, passarão pela porção da uretra que atravessa a próstata (uretra prostá-
tica). O epidídimo é um dos ductos genitais, composto por um único tubo, longo e enovelado, o qual é
localizado entre os ductos eferentes, os quais são responsáveis por drenar a rede testicular, e os duc-
tos deferentes, os quais desembocam na uretra prostática.

As vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e próstata são o que chamamos de glândulas acessó-
rias. O sêmen, rico em vitamina c, frutose e proteínas nutrientes essenciais para os espermatozoides,
é produzido pelas vesículas seminais, as quais são extremamente dependentes de testosterona. As
glândulas bulbouretrais situam-se atrás da uretra onde também desembocam; elas produzem uma
substância mucosa. Já o líquido prostático é produzido e armazenado pela próstata, e liberado du-
rante a ejaculação. As glândulas prostáticas podem ser divididas em três grupos: mucosas, submuco-
sas e principais, e também são dependentes de testosterona.

O pênis é formado por basicamente três músculos e uma uretra. Duas das três massas de tecido
muscular, posicionadas dorsalmente são chamadas de corpos cavernosos do pênis, já a outra, locali-
zada ventralmente, chama-se corpo cavernoso da uretra. A parte distal (mais distante do corpo) do
pênis chama-se glande e a pele que reveste este órgão é conhecida como prepúcio.

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O sistema reprodutor humano é importante para a manutenção da vida na terra. O ser humano apre-
senta a reprodução sexuada e é por meio dela que existe uma troca de material genético entre indiví-
duos da mesma espécie. Através da junção do óvulo (células tronco que possuem no seu interior os
nutrientes essenciais para o desenvolvimento do embrião) com os espermatozoides (células peque-
nas), pode-se criar um novo ser humano. Quando isso não acontece de modo natural é utilizado o
método da inseminação artificial em casos de infertilidade do casal.

Sistema genital masculino principais órgãos:

Testículos – chamados também de gônadas são responsáveis pela produção dos espermatozoides e
pela produção da testosterona, hormônio sexual masculino.

Epidídimos – dois tubos que fazem uma ligação com os testículos e é nesse local que espermatozoi-
des ficam armazenados e onde se encontram as vesículas seminais (glândulas vesiculosa). Essas,
por sua vez, produzem uma substância que irão compor o sêmen e agem como fonte de energia para
os espermatozoides.

Ductos ou canais deferentes – são tubos que saem dos testículos até os ductos ejaculatórios, local de
produção dos espermatozoides.

Uretra – o canal por onde passa a urina e durante a ereção, a bexiga se contrai, impedindo que a
urina entre em contato com os espermatozoides e vice-versa;

Pênis – como principal órgão desse sistema é por ele que os espermatozoides saem. Ele é formado
por dois corpos, um esponjoso e outro cavernoso.

Glândulas

Próstata – encontra-se na bexiga urinária e sua função é produzir substância que retiram a acidez da
vagina, facilitando a passagem dos espermatozoides.

Glândulas bulbo-uretrais – lançam uma secreção dentro da uretra para limpá-la e prepará-la para a
passagem dos espermatozoides. São elas que também lubrificam o pênis durante o ato sexual.

Funcionamento do sistema genital masculino

Geralmente, os espermatozoides, que são produzidos pelos testículos, atravessam o epidídimo (local
do armazenamento) e na relação sexual são eliminados. O pênis, durante a relação, fica ereto e rí-
gido e, dessa forma, ele poderá penetrar na vagina. No decorrer do ato, ocorre a ejaculação, os es-
permatozoides passam pelo epidídimo, os ductos deferentes e pela uretra.

É no ducto ejaculador que os espermatozoides recebem os fluídos que o ajudarão a neutralizar a aci-
dez da vagina, facilitando a sua locomoção. Essas substâncias formam o sêmen ou esperma (uma
massa líquida composta por espermatozoides – apenas 10% - secreções das glândulas e da prós-
tata). Quando o sêmen entra na uretra, é adicionado a ele uma substância, proveniente da glândula
bulbouretral, que lubrifica a uretra.

Sistema genital feminino principais órgãos:

⇒ ovário – forma os ovócitos e produz o estrógeno e a progesterona, hormônios sexuais femininos;

⇒ tubas uterinas – dutos que ligam o ovário até o útero;

⇒ útero – local onde ocorre o desenvolvimento do embrião;

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⇒ vagina – canal que recebe o pênis, durante a relação sexual. É o local por onde passa a menstrua-
ção e também por onde o bebê sai no parto normal. A vagina possui uma membrana circular cha-
mada hímen, que se rompe, geralmente, na primeira relação sexual feminina.

⇒ vulva – composta pelos grandes lábios e pequenos lábios, pela abertura da uretra e pelo clitóris,
um órgão que contribui para o estímulo sexual feminino.

Funcionamento do sistema genital feminino

No início do ciclo menstrual, quando o gameta feminino (ovócito ii) é introduzido no ovário, ele vai até
a tuba uterina e segue para o útero. Se o ovócito não for fecundado, ele é destruído, ocorrendo uma
descamação da parede do útero, já em desenvolvimento, originando a menstruação.

O ovócito é fecundado por um espermatozoide, ainda, na tuba uterina e a partir daí, é formado o
óvulo. O desenvolvimento do embrião começa nas trompas, sendo ele levado para o útero que já es-
tará em condições de receber o bebê. A partir daí, o útero começa a crescer junto com o feto. Sis-
tema endócrino

O sistema endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são
lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.

Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hi-
potálamo, um grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre es-
ses dois sistemas.

Glândulas do sistema endócrino

As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide e paratire-
oides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais.

Hipófise

A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos hormônios,
entre eles, o hormônio do crescimento.

É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas,
como a tireoide e as glândulas sexuais.

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O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento exagerado) e a falta pro-
voca o nanismo.

Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (adh), substância que permite ao corpo eco-
nomizar água na excreção (formação da urina).

Tireoide

A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade do meta-
bolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.

O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o metabolismo: o coração bate


mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar
mais energia.

Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue circula com
mais pressão. Se não tratada pode provocar o surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também
a exoftalmia (olhos saltados).

O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o metabolismo
se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o
sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar e as respostas físi-
cas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada pode ocorrer o bócio.

Paratireoides

As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem o para-
tormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue.

A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os músculos se
contraiam violentamente.

Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com tétano. Por
sua vez, o aumento da produção desse hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo
que enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.

Timo

O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do re-
cém-nascido contra infecções.

Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência, quando
começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais

As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormônio que prepara
o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:

Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços, aumentando a ca-
pacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas;

Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais energia para as
células;

Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os mús-
culos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”.

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Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz também o
suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão.

A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o
armazenamento no fígado, na forma de glicogênio.

A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de gli-
cose no sangue (hiperglicemia).

O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se ali-
mentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação
de fraqueza, tontura, levando, em muito caso, ao desmaio.

Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio
em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.

Glândulas sexuais

As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino
e do sistema reprodutor masculino respectivamente.

Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto
os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, en-
tre eles a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias mas-
culinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.

Tiroide

A tiroide, elemento mais importante do sistema endócrino, está situada na parte superior e anterior do
pescoço, aos lados da traqueia, vizinha da cartilagem tiroide. Consiste em dois lobos ovais ligados
entre si por um istmo, ficando o órgão com a aparência de um h. A largura da tiroide é de 6 a 7 centí-
metros; a altura, de 3 centímetros, sendo o seu volume, em conjunto, um pouco maior na mulher que
no homem.

Envolvida por uma cápsula conjuntiva, a tiroide está constituída pela reunião de pequeninas vesícu-
las, atapetadas por uma camada de células epiteliais prismáticas. O conteúdo de cada vesícula é
uma substância amorfa, amarelada, mole e transparente, a substância coloide, que encerra o hormô-
nio da glândula, a tiroidina, particularmente rica em iodo.

Hipotiroidismo

Observa-se o hipotiroidismo na espécie humana em diversas circunstâncias: por insuficiência congê-


nita da tiroide, por extirpação acidental ou operatória da glândula, por crescimento tumoral (bócio),
com prejuízo do seu tecido secretor, por lesão infectuosa (tuberculose, sífilis da tiroide). Uma das
consequências do hipotiroidismo é o mixedema.

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Progressiva diminuição da capacidade mental: a palavra se torna demorada e incolor; a fisionomia


exprime apatia, estupidez. Ao mesmo tempo, a pele toma uma consistência gelatinosa, pastosa ou
mucosa, sem infiltrar-se de água (mixedema). Caem os cabelos, o pulso é lento, a temperatura baixa.

Se se praticar, então, a determinação do metabolismo basal do paciente, encontra-se resultado muito


inferior ao normal, revelando que as oxidações do organismo se reduziram.

Se a atrofia da tiroide ocorre na infância, o crescimento do esqueleto se suspende, podendo os ossos


longos aumentar de grossura, mas não de comprimento. Opera-se precocemente a soldadura dos os-
sos do crânio, estaciona o desenvolvimento mental. Podem viver muito anos, mas a inteligência se
conserva em nível infantil.

Hipertiroidismo

O hipertiroidismo, ou atividade excessiva da glândula tiroide, ocorre na doença de basedow, cujos


sintomas capitais são: o bócio (hipertrofia verdadeira da glândula), a saliência dos globos oculares
(exoftalmia), a aceleração do ritmo cardíaco (taquicardia) e o tremor. O metabolis-mo basal aumenta
de intensidade; o peso diminui, revelando-se com isso o incremento das oxidações. A extirpação de
parte da glândula produz a atenuação do mal.

Os casos leves de hipertiroidismo encontram-se com frequência. Neles se enquadram os indivíduos


de “constituição emotiva”, com exagero de reflexos, vivacidade de reação vasomotora (rubor e pali-
dez sucedendo-se rapidamente), suores frios, tremor das mãos e dos lábios, arroubos emotivos fre-
quentes. Para certos autores, a tiroide é a “glândula da emoção”.

Paratiroides

As paratiroides são quatro (ou mais) pequeninas glândulas endócrinas, duas de cada lado da tiroide,
com a qual muitas vezes se fundem. Cabe ao respectiva hormônio regular a concentração do cálcio
no sangue. Sendo a secreção insuficiente, o cálcio diminui, e desde logo aparece, como fenômeno
capital, a tetania, manifestada por contrações fibrilares dos músculos, tremor geral e espasmos.

O excesso do hormônio paratiroidiano (injetado experimentalmente em animais) aumenta o cálcio do


sangue e, se muito grande, determina várias perturbações, como debilidade, vômito, etc., podendo
acarretar a morte.

▪ saiba mais sobre as paratireoides cápsulas suprarrenais

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Em número de duas, uma à direita e outra à esquerda, as cápsulas suprarrenais se encontram na ca-
vidade abdominal, sobre os rins, com os quais mantêm apenas relações de vizinhança, sem ne-
nhuma dependência funcional. Cada glândula, de 3 centímetros de altura e 2 e meio de largura, pesa
de 5 a 6 gramas. São amarelas; sua forma tem sido comparada à de uma volumosa vírgula deitada.

Estão envolvidas por uma membrana conjuntiva, e o seu tecido se divide em duas partes: 1) uma por-
ção periférica, ou substância cortical, amarela, representando cerca de dois terços do órgão; 2) uma
porção central, a substância medular, muito menor.

Em várias regiões do organismo, no próprio abdômen, se encontram com frequência suprarrenais


acessórias, de dimensões pequenas. No animal, a ablação de ambas as glândulas produz fatalmente
a morte, em poucos dias.

A destruição das duas medulas, conservada, porém, uma boa parte da zona cortical, é compatível
com a vida, e parece mesmo não influenciar as funções do animal. O córtex, pois, é essencial à vida,
ao passo que a medula aparentemente não é.

Hipófise

A hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é uma pequena glândula do tamanho de um
feijão controlada pelo controlada hipotálamo, responsável pela secreção dos hormônios do corpo.
Esta pequena glândula também é conhecida como “glândula mestra”, pois secreta hormônios que
controlam o funcionamento de outras glândulas.

▪ saiba mais sobre a hipófise glândulas sexuais

As glândulas sexuais — ovário e testículo — além de fabricarem as células reprodutoras respectivas,


ainda segregam hormônios de grande importância. Privados delas desde novos, os animais não se

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desenvolvem normalmente, pois não aparecem os atributos morfológicos e funcionais secundários,


próprios de cada sexo. Aves ou mamíferos, nesse caso, dão um tipo neutro, que, para aquelas, se
aproxima do tipo masculino, e, para estes, se assemelha ao tipo feminino.

Os efeitos da ablação não se manifestam quando, antes dela, o animal recebe, em qualquer região
do corpo, enxerto de glândula idêntica à que se lhe vai tirar.

No homem, observam-se resultados análogos: a característica distribuição de pelos cutâneos não se


dá; a barba não vem; a laringe não aumenta na puberdade, permanecendo a voz com tonalidade in-
fantil.demais, os membros inferiores crescem em excesso, a atividade mental se mostra preguiçosa.
Quanto ao sexo feminino, as observações a respeito são menos precisas.

O hormônio masculino provém das células intersticiais (ou células de leydig), distribuídas por grupos
isolados no interior da glândula.

O hormônio feminino é produzido pelos elementos epiteliais que constituem o córtex do ovário.

Pâncreas

Encontram-se, disseminados no tecido pancreático, pequeninos corpúsculos arredondados ou ovala-


res, as ilhotas de langerhans, de 100 a 200 mícrons de diâmetro, e representando, em conjunto,
cerca da centésima parte da massa total do órgão.

As ilhotas de langerhans são glândulas de secreção interna e fabricam um hormônio denominado in-
sulina.

Os trabalhos experimentais e a observação clínica mostram que a insulina, no sangue, determina


acréscimo na oxidação do açúcar, e ao mesmo tempo facilita a síntese deste em glicogênio.

Quando a secreção escasseia, ou desaparece, uma doença grave se manifesta, a diabete, em que o
açúcar se acumula no sangue e é eliminado pela urina.

Traumatologia

É a especialidade médica que investiga, diagnostica, trata e acompanha enfermidades relacionadas


com fraturas e lesões ósseas e tendinosas provocadas por eventos traumáticos no aparelho múscu-
loesquelético ou locomotor, composto por: braços, mãos, pés, pernas, coluna, bacia, músculos, ten-
dões e ligamentos.

Atualmente, no brasil, a traumatologia e a ortopedia são especialidades unificadas.

Os acidentes mais comuns atendidos e tratados pelo traumatologista são: traumas desportivos, aci-
dentes domésticos, de trânsito, e de trabalho. O trauma também poderá ser causado pelo aumento

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na velocidade de locomoção de ser humano, antes considerado como acidente, hoje, considerado
como uma doença.

No caso de ocorrências de lesões e estados patológicos imediatos ou tardios, causados por violência
sobre o corpo humano, atingindo sua integridade física e mental, vem à tona outra ramificação da
traumatologia denominada de médico legal, a qual faz parte da medicina legal, constituindo em torno
de 60% das perícias, geralmente em causas penais e trabalhistas.

O médico traumatologista

Formação

Deverá ter como base a faculdade de medicina, com duração de seis anos, que consiste em ciclo bá-
sico (disciplinas como farmacologia, anatomia e fisiologia), ciclo profissional (escolha da especiali-
dade: traumatologia, ginecologia, urologia, etc.) E internato ou estágio (no mínimo um ano em hospi-
tal, período integral).

Após este período há a fase de residência hospitalar, na área de traumatologia, que dura aproxima-
damente dois anos, onde o recém-formado será assistido por uma equipe de especialistas e profes-
sores da área.

O médico traumatologista também poderá complementar a sua formação com pós-graduação, mes-
trado e doutorado, onde o curso escolhido geralmente é a ortopedia, de uma vez que as duas especi-
alidades são co-ligadas.

Área de Atuação

Este profissional da medicina é especializado no tratamento e reabilitação do aparelho musculoes-


quelético quando atingido por por traumas e acidentes, nos mais diversos graus de comprometi-
mento, responsabilizando-se pela restauração e acompanhamento do paciente.

Suas atividades poderão ser desenvolvidas em hospitais e clínicas particulares ou públicas, acade-
mias, e centros desportivos, onde o atendimento ao atleta torna-se muitas vezes urgente e primordial,
fazendo com que a área esportiva torne-se muito promissora para o traumatologista, de uma vez que
em geral as instituições visam uma rápida recuperação do atleta e um profissional especializado de
plantão.

O traumatologista também relaciona-se mais frequentemente com profissionais de fisioterapia, radio-


logia, e reabilitação.

Cabe lembrar também que, como em qualquer área profissional, o aprendizado e a atualização deve-
rão ser constantes, além disso, algumas qualidades como: bom-senso, ética profissional, sensibili-
dade, entre outras, farão deste profissional um diferencial no mercado de trabalho.

Traumatologia é o ramo da medicina especializado nos traumatismos e nas suas consequências. Os


especialistas em traumatologia, conhecidos como traumatologistas, estudam as lesões que se produ-
zem no aparelho locomotor.

Apesar de o nome desta disciplina aludir diretamente aos traumas (lesões causadas por agentes me-
cânicos), a traumatologia também se dedica a outros tipos de lesões e transtornos. Deste modo, con-
centra a sua atenção em tudo aquilo que pode incidir no normal funcionamento do aparelho locomo-
tor.

A origem da traumatologia é muito antiga. Hipócrates (460 a.c. – 370 a.c.) Já recorria às férulas para
imobilizar os ossos fraturados e conseguir a sua recuperação. Bastante tempo depois, a partir da
combinação de sulfato cálcio e água, foram criados os gessos para conseguir as imobilizações.

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A introdução de pesos, a radiologia e os dispositivos ortopédicos foram outros avanços relacionados


com o desenvolvimento da traumatologia em todo o mundo.

Atualmente, a traumatologia dedica-se ao estudo e ao tratamento das diferentes lesões que se po-
dem produzir nas extremidades e na coluna. Na sua órbita de ação entram as fraturas ósseas, as lu-
xações e diferentes classes de contusões.

Os tratamentos da traumatologia podem ser diversos. Alguns são conservadores, como a implemen-
tação de ligaduras ou a colocação de um gesso. Outros tratamentos são mais invasivos, como as in-
tervenções cirúrgicas que são utilizadas para instalar parafusos, placas e outros elementos no interior
do corpo. A escolha de um ou outro tratamento é realizada pelo profissional de acordo com o tipo de
lesão.

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