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TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE

UFCD 6565
Noções Gerais sobre células, imunidade, tecidos e órgãos - sistema
ósteo-articular e muscular
1

MÉTODOS E MEIOS DE
AVALIAÇÃO

Avaliação:

Empenho e cooperação da realização das tarefas


propostas;

Participação, comunicação com a turma e o formador;


MÉTODOS E MEIOS DE
AVALIAÇÃO

Avaliação:

Assiduidade e pontualidade:

10% de faltas (2,5 horas) ⇒ Trabalho de recuperação


sobre os temas em falta com 4 folhas;

15% de faltas (4 horas) ⇒ Não validação

MÉTODOS E MEIOS DE
AVALIAÇÃO

Avaliação:

Aquisição de conhecimentos:

2 Teste:

Abaixo de 6 valores ⇒ Não validação

Entre 6 e 9,5 valores ⇒ Trabalho de recuperação


TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE
Objectivos

OBJETIVOS

Identificar os principais sistemas do corpo humano e suas funções.


Identificar a estrutura e importância do sistema imunitário.

Identificar as estruturas dos sistemas ósteo-articular e muscular e suas


funções, bem como sinais e sintomas de alerta de problemas associados.

Identificar as principais implicações para os cuidados de saúde a prestar


pelo/a Técnico/a Auxiliar de Saúde ao utente com alterações dos
sistemas ósteo-articular e muscular.

Explicar que as tarefas que se integram no âmbito de intervenção do/a


Técnico/a Auxiliar de Saúde terão de ser sempre executadas com
orientação e supervisão de um profissional de saúde.
OBJETIVOS

Identificar as tarefas que têm de ser executadas sob supervisão directa do


profissional de saúde e aquelas que podem ser executadas sozinho.

Explicar a importância de manter auto-controlo em situações críticas e de


limite.

Explicar a importância de se atualizar e adaptar a novos produtos,


materiais, equipamentos e tecnologias no âmbito das suas atividades.

Explicar o dever de agir em função das orientações do Profissional de saúde.

Explicar o impacte das suas acções na interação e bem-estar emocional de


terceiros.

OBJETIVOS

Explicar a importância da sua atividade para o trabalho de equipa


multidisciplinar.

Explicar a importância de assumir uma atitude pró-ativa na melhoria contínua


da qualidade, no âmbito da sua ação profissional.

Explicar a importância de agir de acordo com normas e/ou procedimentos


definidos no âmbito das suas atividades.

Explicar a importância de prever e antecipar riscos.


Explicar a importância da concentração na execução das suas tarefas.

Explicar a importância de desenvolver uma capacidade de alerta que permita


sinalizar situações ou contextos que exijam intervenção.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Conteúdos

CONTEÚDOS

Os principais sistemas do corpo humano: conceitos e funções:

Células, tecido, órgão, aparelho ou sistemas.

Noções sobre o sistema imunitário:

Barreiras naturais;

Fisiologia celular e humoral;

Imunidade natural;

Imunidade adquirida.
CONTEÚDOS

Sistemas ósteo-articular e muscular

Noções gerais sobre estrutura e classificação dos ossos, articulações e músculos.

Biofísica da locomoção e dos principais movimentos dos membros;

Função e estabilidade da coluna vertebral;

Osteoporose, fraturas, luxações, principais doenças reumatismais, tumores


ósseos - conceitos; noções básicas sobre manifestações clínicas; implicações
para os cuidados de saúde;´

Alterações ósteo-articulares e musculares decorrentes do processo de


envelhecimento e da mobilidade - implicações para os cuidados ao utente.

CONTEÚDOS

Tarefas que em relação a esta temática se encontram


no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de
Saúde:

Tarefas que, sob orientação de um profissional de


saúde, tem de executar sob sua supervisão directa;

Tarefas que, sob orientação e supervisão de um


profissional de saúde, pode executar sozinho/a
TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE
Os principais sistemas do corpo humano:
conceitos e funções
13

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O que é a matéria?

É qualquer coisa que tenha peso e ocupe espaço.

Sólidos, líquidos e gases.

Toda a matéria é constituída por substâncias fundamentais designadas elementos:

Conhecem-se 118 elementos, mas apenas 92 ocorrem naturalmente na Terra;

Podem existir sob a forma pura ou combinados com outros elementos formando
compostos.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Dos 92 elementos químicos presentes naturalmente na crosta terrestre apenas


22 são constituintes essenciais dos organismos:

Designam-se bioelementos;

Não estão presentes na mesma proporção que nas crosta terrestre, ou seja,
os seres vivos são capazes de seleccionarem certos elementos;

Os elementos que os seres vivos necessitam numa percentagem superior a


0,1% são designados macroelementos;

Os elementos que são necessários a uma percentagem inferior a 0,1% são


designados oligoelementos.
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Oligoelementos:

Quando em excesso podem ser tóxicos para o organismo.


Ex: arsénio;

São vitais para o funcionamento do organismos quando


em quantidades infinitesimais;

A sua ausência pode levar a sérias alterações metabólicas


ou mesmo a morte.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Os elementos são constituídos por átomos:

Partículas fundamentais constituintes de tudo o que existe no Universo;

Os átomos que constituem cada elemento são quimicamente idênticos uns aos outros, mas diferentes dos átomos
que constituem os outros elementos.

Resulta da organização de três partículas subatómicas:

Protões, de carga eléctrica positiva (p+);

Neutrões, sem carga eléctrica (n0);

Electrões, de carga eléctrica negativa (e-);


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

A parte central do átomo, o núcleo, é constituída por protões e neutrões:

Cada uma destas partículas é cerca de 2000 vezes mais pesada que os
electrões.

Os electrões praticamente não possuem peso e movem-se à volta do


núcleo:

O número de electrões de um átomo é igual ao número de protões;

O átomo é electricamente neutro.


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Os diferentes átomos possuem um número diferente de protões no seu núcleo:

O número de protões presente no núcleo do átomo designa-se número


atómico.

Para caracterizar-mos um átomo também é importante conhecer-mos o


número de neutrões existentes no núcleo, já que os electrões não possuem
peso:

O número de protões e de neutrões vão corresponder ao peso atómico do


átomo;

Nem todos os átomos possuem neutrões.


OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O número de neutrões presentes no núcleo de um elemento químico pode


variar, variando assim o peso atómico.

Os átomos que possuem o mesmo número atómico mas pesos atómicos


diferentes designam-se isótopos.

Como exemplo de isótopos temos o hidrogénio, carbono, oxigénio,


iodo, ferro, fósforo, cobalto;

Os isótopos de um elemento químico reagem quimicamente da


mesma forma:

Já que possuem o mesmo número de electrões.


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Os núcleos dos isótopos podem ser:

Estáveis;

Instáveis, que se decompõem libertando energia ou parte dele


próprio de forma a atingirem uma forma estável.

Os isótopos instáveis são designados radioactivos.

Alguns podem ser utilizados no tratamento de doenças.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Ao longo dos tempos têm surgido várias teorias sobre a estrutura atómica:

No primeiro, proposto por Ernest Rutherford (1871-1937), os electrões são representados movendo-se em órbitas
à volta do núcleo;

Niels Bohr, propõe alterações ao modelo de Rutherford; os electrões só se podem movimentar em determinadas
órbitas circulares e não emitem energia quando se movimentam nessas órbitas. Segundo este modelo, os
electrões distribuem-se por níveis de energia:

Entre os diferentes níveis, varia:

A distância do electrão ao núcleo;

O raio das órbitas;

O número de electrões existente em cada nível.


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O modelo actual, modelo quântico, é um modelo


matemático:

Os electrões não se localizam num local específico,


mas num espaço orbital, em que existe uma elevada
probabilidade (95%) de aí se encontrar o electrão
num determinado momento.

Para compreender-mos a química de uma célula viva, o


modelo de Bohr é suficiente.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Segundo o modelo de Bohr:

A energia de um electrão depende da órbita por ele descrita;

A cada órbita está associado um nível de energia:

A valor de energia de nível para nível dá-se por saltos, ou seja, por quantidades finitas de energia.

Os electrões tendem a manter a distância ao núcleo ocupando camadas electrónicas que


correspondem a diferentes níveis de energia;

Quando um electrão recebe energia, pode passar para um nível energético superior.

➥ Átomo excitado
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES
Cada nível energético só pode conter um determinado número de electrões, e este número não pode
ser ultrapassado:

Atingido este número o nível fica estável;

O nível energético mais externo, à excepção do primeiro, possui sempre um máximo de 8


electrões;

O número máximo de electrões nos três primeiros níveis são:

Nível 1 - 2 electrões;

Nível 2 - 8 electrões;

Nivel 3 - 8 electrões.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

De modo a ficarem com oito electrões no nível mais externo, e assim


atingirem estabilidade, os átomos podem perder ou ganhar electrões.

Exemplos:

Cloro - 17 electrões (2-8-7), tem a tendência a captar um electrão,


ficando reduzido, e originando-se um ião negativo ou anião - Cl-;

Sódio - 11 electrões (2-8-1), tem a tendência a perder um electrão,


ficando oxidado, e originando um ião positivo ou catião - Na+;

Cálcio - 20 electrões (2-8-8-2), tem a tendência a perder dois electrões,


originando um ião positivo (catião divalente) - Ca2+.
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

As reacções de oxidação-redução, ocorrem em


simultâneo já que os electrões que se libertam de um
átomo são captados por outro.

Estas reacções constituem mecanismos importantes


de transferência de energia nos seres vivos.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Quando dois ou mais átomos se combinam eles vão formar uma molécula.

É caracterizada pela fórmula molécular:

Representa o número e tipo de átomos que constituem a molécula:

Exemplos:

H20 – Água; C6H12O6 – Glicose; O2 – Oxigénio; N2 – Azoto; CO2 -Dióxido


de carbono
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Se átomos do mesmo elemento se combinam vamos ter moléculas do mesmo elemento:

O2 - molécula de oxigénio;

H2 - molécula de hidrogénio.

Se átomos de elementos diferentes se combinam vamos obter substâncias compostas:

H20 - molécula de água

CO2 - molécula de dióxido de carbono

C6H12O6 - molécula de glicose


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Uma substância possui sempre o mesmo tipo e número de átomos:

A molécula de água possui sempre dois átomos de hidrogénio e


um de oxigénio;

Se a dois átomos de hidrogénio se ligarem dois átomos de


oxigénio a molécula resultante é diferente:

Chamama-se Peróxido de hidrogénio (água oxigenada)

Tem a fórmula química H2O2

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Para se formarem as moléculas é necessário haver ligação entre os átomos:

Esta ligação ocorre por ganho, perda ou partilha de electrões;

Ela é devida a forças electrostáticas que se estabelecem entre os átomos:

Possuem cargas eléctricas.

Este tipo de ligação é designada ligação química.


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Os átomos cujo nível mais externo se encontra preenchido com o número


máximo de electrões, possuem estruturas estáveis, sendo portanto
quimicamente inactivas ou inertes.

Átomos que não possuam o nível mais externo completamente preenchido vão
reagir quimicamente.

Exemplo: Sódio e Cloro

Sódio possui 11 electrões (2-8-1)

Cloro possui 17 electrões (2-8-7)

Ambos os átomos são instáveis porque a ultima camada não está completa.
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Se o electrão do último nível do sódio se transferir para o


cloro, ambos atingem a estabilidade:

O átomo de sódio, vai-se transformar em ião sódio - Na+;

O átomo de cloro, vai-se transformar em ião cloro - Cl-;

Entre estas duas partículas de carga eléctrica oposta, vai-se


estabelecer uma força de atracção eléctrica que as mantém
unidas, estabelecendo-se a ligação química que neste caso se
designa ligação iónica ou electrovalente.
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

A estabilidade entre átomos pode ser atingida sem haver transferência de electrões de um
átomo para outro;

Os átomos podem partilhar electrões para completar a sua camada mais externa e obterem
assim a estabilidade;

Exemplo: Hidrogénio

Possui apenas um electrão, necessitando de dois para atingir a estabilidade;

Ele pode então ligar-se a outro átomo de hidrogénio de maneira a que os dois
átomos compartilhem o par de electrões (dupleto electrónico);

Este tipo de ligação entre átomos chama-se ligação covalente.


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Ligações intermoléculares

Ocorrem entre moléculas;

As mais importantes são as pontes ou ligações de hidrogénio:

Ocorrem quando o hidrogénio se liga covalentemente a átomos muito electronegativos como por exemplo o oxigénio, azoto ou flúor;

Os electrões são mais atraídos pelo átomo de oxigénio do que pelos átomos de hidrogénio:

Os electrões tendem a situar-se mais próximos do núcleo do átomo de oxigénio:

Os dois átomos de hidrogénio têm uma carga local positiva, enquanto que o átomo de oxigénio tem uma carga local negativa;

A molécula no conjunto é electricamente neutra.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Ligações de hidrogénio:

Quando duas ou mais moléculas de água estão


presentes, um dos átomos de hidrogénio, com carga
local positiva, vai estabelecer ligação com o átomo de
oxigénio de outra molécula de água;

A força de atracção entre eles origina uma ligação


que recebe o nome de ligação de hidrogénio;
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Ligações de hidrogénio:

As ligações de hidrogénio são representadas por uma linha tracejada;

Têm existência muito breve, uma vez que são ligações fracas, principalmente à temperatura do corpo humano;

A temperaturas inferiores a 0º C, as ligações de hidrogénio são fortes (permitem a formação de gelo);

À medida que a temperatura aumenta, os movimentos moléculares são suficientes para que quebra das
ligações de hidrogénio (estado líquido);

Mesmo à temperatura do corpo humano estas ligações são importantes para a manutenção da estrutura das
proteínas e dos ácidos nucleicos.

Só no estado gasoso é que as moléculas de água se encontram livres.


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Reacções químicas:

Os átomos de um elemento formam um número específico de ligações químicas:

Os átomos de hidrogénio formam uma ligação;

Os átomos de oxigénio formam duas ligações;

Os átomos de azoto formam três ligações;

Os átomos de carbono formam 4 ligações;

Tudo depende do número de electrões presentes na camada mais externa.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Reacções químicas:

Na estrutura das moléculas, ou seja,


as suas fórmulas estruturais, os
átomos são representados pelo seu
símbolo químico (letra(s)),
enquanto que as ligação, são
representadas por linhas:

Linha simples, ligação simples, ou


seja, partilha de um electrão;

Linha dupla, ligação dupla, ou


seja, partilha de dois electrões.
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Reacções químicas:

Levam à quebra ou formação de ligações entre átomos, iões ou moléculas;

As substâncias a serem alteradas pela reacção designam-se reagentes;

As substâncias produzidas pela reacção designam-se produtos da reacção.

Quando ocorre a ligação entre dois ou mais átomos, iões ou moléculas, formando-se uma estrutura
mais complexa, estamos perante uma reacção de síntese:

A + B →AB

Este tipo de reacções ocorre quando os alimentos são digeridos.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Reacções químicas:

Se as ligações que formam uma molécula se quebram para


formarem moléculas, iões ou átomos mais simples,
estamos perante uma reacção de decomposição:

AB →A + B

Este tipo de reacções é muito importante para o


crescimento do corpo ou para a reparação de tecidos
desgastados;
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Reacções químicas:

Quando partes de duas moléculas distintas trocam de


posição estamos perante uma reacção de substituição:

AB + CD → AD + CB

Como exemplo deste tipo de reacções a reacção do ácido


com uma base que leva à produção de água e de um sal.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Reacções químicas:

Muitas reacções químicas são reversíveis:

O produto ou produtos da reacção podem reverter para reagentes:

A reacção química é simbolizada por uma dupla seta:


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A direcção da reacção depende de vários factores:

Proporção do(s) reagente(s) e do(s) produto(s);

Quantidade de energia existente.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Reacções químicas:

A velocidade de uma reacção química pode ser


influenciada pelos catalisadores;

Moléculas que influenciam a velocidade da reacção


mas não são consumidas na reacção.
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Ácidos e bases:

A água é formada por moléculas polares, em que dois átomos de hidrogénio ligam-se covalentemente a um átomo
de oxigénio;

As moléculas de água têm a tendência para a ionização em iões H+ e OH-:

Esta tendência é compensada pelo fenómeno inverso:

Na água pura o número de iões H+ é igual ao número de iões OH-:

Não se pode formar um ião sem o outro.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

A polaridade da água faz com que sais ionicamente


ligados se dissociem uns dos outros.

Em água o NaCl vai-se ionizar em iões sódio (Na+) e


cloro (Cl-):

NaCl → Na+ + Cl-

Como a solução resultante possui partículas


electricamente carregadas (iões) ela vai conduzir a
corrente eléctrica.
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Substâncias que libertam iões para a água designam-se


electrólitos;

Electrólitos que libertem iões H+ para a água


designam-se ácidos;

Electrólitos que libertem iões OH- para a água


designam-se bases.
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Ácidos e bases:

Como exemplo de um ácido temos o ácido clorídrico

HCl → H+ + Cl-

Os ácidos que se ionizam quase na totalidade designam-se ácidos fortes e como exemplo temos o ácido
clorídrico;

Os ácidos em que apenas algumas moléculas se ionizam designam-se ácidos fracos e como exemplo temos o
ácido acético

Também no caso das bases, temos bases fortes e fracas:

Exemplo de uma base forte NaOH.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


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Ácidos e bases:

Ácidos e bases podem reagir formando sais;

Como exemplo temos a reacção do ácido clorídrico


com o hidróxido de sódio:

HCl + NaOH → H20 + NaCl


OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Ácidos e bases:

Em conclusão:

Ácido é uma substância que em solução aquosa produz um ou mais iões H+. Como os iões H+ são
protões, podemos definir os ácidos como dadores de protões;

Base é uma substância que em solução aquosa produz um ou mais iões OH-. Como os iões OH-
vão reagir com os iões H+ (protões), levando à diminuição do número destes, podemos definir
bases como aceitadores de protões.

A concentração de ácidos e bases nos fluidos corporais tem uma grande importância, porque afectam
as reacções químicas que fazem parte dos processos vitais do organismo.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Escala de pH:

A concentração de iões hidrogénio é medida em gramas de ião por litro


de solução:

Como a concentração pode ser muito ampla:

0,01g H+/L no suco gástrico;

0,00000000001g H+/L na amónia.

Os químicos desenvolveram um sistema simples, a escala de pH


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Escala de pH:

Tem por base o número de casas decimais da concentração de iões hidrogénio:

Se a solução tiver uma concentração de 0,1g H+/L o pH é 1,0;

Se a solução tiver uma concentração de 0,0000001g H+/L o pH é 7;

Se a solução tiver uma concentração de 0,00000000000001g H+/L o pH é 14.

A escala de pH vai de 0 a 14;

A água pura tem um pH de 7, ela é neutra.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Escala de pH:

Se a 25º C uma solução tem um pH igual a 7,0 ela é neutra;

Se a 25º C a solução tem um pH maior que 7,0 ela é básica;

Se a 25º C a solução tem um pH menor que 7,0 ela é ácida.

Variações bruscas de pH não são compatíveis com a vida:

Os organismos reagem a estas variações utilizando sistemas tampão:

São substâncias que podem combinar-se com o ião H+ quando em excesso, ou liberta-lo quando há um
aumento de iões OH-, criando assim resistência à variação do pH.
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Água:

Permite a dissolução de numerosos compostos orgânicos e inorgânicos, solvente


universal:

Esta capacidade pode ser explicadas pelo pequeno tamanho da molécula de água e pela sua
configuração - dipolo eléctrico.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
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Exemplos:

Os iões de cloreto de sódio organizam-se tridimensionalmente num cubo;

Como dipolo eléctrico, as moléculas de água vão exercer uma forte atracção com os iões de carga eléctrica
contrária;

Assim enfraquecem as ligações electrostáticas que mantêm estes iões unidos, introduzindo-se entre eles;

Os iões vão abandonando o cristal, ficando isolados uns dos outros e completamente envolvidos por
moléculas de água - Processo de dissociação.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES
Água:

Dissociação - separação dos iões de um composto iónico no seio da água.

Ácido clorídrico:

A força exercida pelas moléculas de água sobre os átomos de hidrogénio e cloro é tão grande
que ocorre a ruptura da ligação covalente que os une:

O ião cloro vai ser atraído pelo polo positivo da molécula de água, ficando rodeado por elas;

O ião hidrogénio vai-se ligar às moléculas de água e formar o iõa hidrónio (H3O+);

Fenómeno de ionização.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Água:

Ionização - formação de iões a partir de uma substância molécular.

Sacarose:

Substância solúvel em água em que não ocorre ruptura das moléculas:

As diferentes moléculas ficam separadas umas das outras por


interposição de moléculas de água, que estabelecem pontes de
hidrogénio com a sacarose de modo a que fiquem uniformemente
distribuídas na água.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Água:

As moléculas que fazem parte dos seres vivos encontram-se em fase aquosa:

Isto condiciona a sua função e disposição no espaço:

Os compostos que formam um sistema disperso na água sob a forma de iões ou moléculas intactas são
designadas hidrofílicas;

As moléculas insolúveis na água, geralmente não são polares e são designadas hidrofóbicas;

Há moléculas que possuem simultaneamente grupos hidrofílilos e hidrofóbicos, as moléculas anfipáticas:

Estas moléculas estabelecem com a água ligações especiais.


OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Compostos inorgânicos:

Oxigénio:

Entra no organismo pelo sistema respiratório;

É transportado para as células pelo sangue;

Nas células as mitocondrias utilizam o oxigénio para produzirem energia a partir dos nutrientes;

A energia é utilizada nas actividades metabólicas das células;

Os organismos necessitam de um fornecimento constante de oxigénio para sobreviverem

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Dióxido de carbono:

Produto de excreção que resulta da libertação de energia durante certos processos


metabólicos;

É transportado no sangue até aos pulmões:

No sangue o dióxido de carbono reage com a água formando um ácido fraco, o ácido
carbónico (H2CO3):

O ácido carbónico ioniza-se em iões hidrogénio (H+) e bicarbonato (HCO3-);

Nos pulmões a reacção química reverte-se, levando à produção de dióxido de


carbono, que é exalado pelo sistema respiratório.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Sais inorgânicos:

Estão presentes em grandes quantidades nos fluidos


corporais;

São a fonte de muitos iões necessários ao


funcionamento do organismo, como por exemplo:

Sódio (Na+), Cloro (Cl-), Potássio (K+), Cálcio (Ca2+),


Magnésio (Mg2+), Fosfato (PO42-), Carbonato (CO32-),
Bicarbonato (HCO3-), Sulfato (SO42-).

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Sais inorgânicos:

Desempenham um papel importante nos processos


metabólicos, ajudando a manter a:

Concentração adequada de água nos fluidos corporais,


pH, coagulação sanguínea, desenvolvimento ósseo,
transferência de energia dentro das células, função do
sistema muscular e nervoso.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Sais inorgânicos:

Os electrólitos originados pelos sais inorgânicos são facilmente perdidos e obtidos pelo
organismo:

Têm sempre que estar presentes em determinadas concentrações para que a


homeostase seja mantida;

A manutenção das concentrações ideais de electrólitos no corpo humano designa-se


equilíbrio electrolítico.

A desregulação deste equilíbrio leva ao aparecimento de várias doenças:

Muitos tratamento médicos actualmente põem um grande ênfase no re-


estabelecimento deste equilibrio.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Prótidos:

São compostos quaternários, ou seja, são sempre constituídos por carbono (C), oxigénio (O),
hidrogénio (H) e azoto (N);

Podem ainda possuir enxofre (S), fósforo (P), cobre (Cu), ferro (Fe), magnésio (Mg) e outros.

São constituíntes estruturais dos seres vivos, representando:

16% do peso total;

50% do peso seco.

Participam em fenómenos biológicos essenciais à vida.


OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Podem classificar-se de acordo com a sua complexidade


em:

Aminoácidos

Péptidos (Dipéptidos, Tripéptidos, Polipéptidos).

Proteínas (Simples, Conjugadas).

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Aminoácidos:

São as moléculas básicas dos prótidos;

Podem ligar-se por reacções de síntese para formarem cadeias de tamanho e


complexidade variáveis (péptidos e proteínas):

Nestas cadeias podem existir outros componentes orgânicos e inorgânicos.

Recebem o seu nome por serem aminas derivadas de ácidos carboxílicos;

As plantas são capazes de sintetizar os aminoácidos que necessitam,


utilizando substâncias inorgânicas simples.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Os animais não são capazes de sintetizar alguns aminoácidos essenciais à


sua sobrevivência:

Têm que os obter a partir da sua dieta alimentar;

Os aminoácidos que os animais não conseguem sintetizar são


designados aminoácidos essenciais;

Os aminoácidos que são sintetizados pelos animais são designados


aminoácidos não essenciais.

Conhecem-se muitos aminoácidos diferentes, no entanto, só 20 entram


na constituição das proteínas biológicas de todos os organismos.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Todos os 20 aminoácidos são constituídos:

Por um grupo carboxilo (COOH);

Por um grupo amina (NH2);

Por um hidrogénio (H);

Por uma cadeia lateral ou grupo R que é diferente de aminoácido para aminoácido.

Um carbono central, carbono α, ao qual todos os elementos anteriores se ligam.


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES
Péptidos:

Resultam do estabelecimento de uma ligação colavente entre dois aminoácidos:

Esta ligação designa-se ligação péptídica, que se estabelece entre o grupo carboxilo de um aminoácido e o
grupo amina de outro aminoácidos.

O péptido resultante designa-se dipéptido:

Possui ainda um grupo carboxilo susceptível formar uma ligação péptidica com outro aminoácido,
formando assim um tripéptido;

Podem formar-se sucessivamente cada vez mais ligações péptidicas entre o grupo carboxilo livre de um
péptido e o grupo amina de aminoácidos livres, formando-se assim cadeias com 100 ou mais aminoácidos,
os polipéptidos;

Cada aminoácido que constitui esta cadeia designa-se resíduo.


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As cadeias polipéptidicas são constituídas por:

Cadeia principal, que é a “coluna vertebral” do péptido, que é constituída por repetições
de dois átomos de carbono e um de azoto;

Cadeia lateral, que corresponde aos diferentes grupos R dos diferentes aminoácidos.

Possuem uma orientação, já que possuem extremos diferentes. Por convenção:

O extremo amina é considerado o início do péptido;

O extremo carboxilo é considerado o fim do péptido.

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Por cada ligação peptidica estabelecida, liberta-se uma molécula de água;

Apesar de serem constituídos por 20 aminoácidos diferentes:

Sob o ponto de vista químico, variabilidade dos péptidos é quase infinita, devido a:

Podem conter alguns ou os vinte tipos de aminoácidos diferentes;

O número de vezes que cada aminoácido está presente varia com o péptido;

O número e tipo de aminoácidos que formam a cadeia péptidica é extremamente variável.


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A substituição de um único aminoácido alterar


completamente a função do péptido;

Os aminoácidos podem ser vistos como as “letras” de


um “alfabeto”.

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São polímeros de aminoácidos:

São constituídas por uma ou mais cadeias polipeptídicas;

Possuem uma conformação tridimensional definida;

São macromoléculas de elevado peso molecular;

Possuem uma alta variabilidade

Não existem dois organismos com exactamente as mesmas proteínas.

Possuem alta especificidade.


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Da sua hidrólise obtemos:

Apenas aminoácidos, e as proteínas designam-se proteínas simples ou holoproteínas;

Exemplo: clara do ovo (albumina).

Aminoácidos e componentes orgânicos ou inorgânicos, e as proteínas designam-se proteínas


conjugadas ou heteroproteínas:

A porção não proteica é designada grupo prostético:

A sua natureza é variável:

Exemplos: lipoproteína, glicoproteína, nucleoproteína, fosfoproteína.

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Estrutura:

Característica mais importante das proteínas:

Uma cadeia polipéptidica sem organização não possui actividade biológica;

A função de uma proteína advém da sua conformação (estrutura);

Organização tridimensional dos seu átomos

Está dependente da sequência de aminoácidos na cadeia polipéptidica.

As proteínas apresentam vários níveis de organização.


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Estrutura primária:

Corresponde à sequência linear de aminoácidos que constituem o péptido:

Estrutura extremamente instável, mas de primordial importância:

Dela vai depender as interacções internas que se estabelecem entre os


vários aminoácidos, e consequentemente o modo como a cadeia se vai
dobrar ou enrolar para originar as restantes estruturas.
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Estrutura secundária:

Espontaneamente a cadeia polipeptídica pode enrolar-se em hélice, designando-se esta estrutura segundária como estrutura em hélice:

Ocorre devido à interacção de diversas zonas da macromolécula:

Estabelecem-se pontes de hidrogénio entre um átomo de hidrogénio do grupo amina e o átomo de oxigénio do grupo carboxilo do
aminoácido da volta seguinte.

Os grupos R dos vários aminoácidos orientam-se para o exterior.

Tipo mais comum de estrutura secundária.

As proteínas possuem uma grande estabilidade e uma forma alongada, designando-se por isso proteínas fibrosas

Exemplos: Lã, pelos

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Estrutura secundária:

Folha pragueada:

Várias cadeias polipeptídicas quase distendidas dispõem-se paralelamente e estabelecem ligações


de hidrogénio entre si:

As pontes de hidrogénio ocorrem entre um átomo de hidrogénio de um grupo amino de uma


cadeia com o átomo de oxigénio do grupo carboxilo de outra cadeia.

Este tipo de estrutura confere grande estabilidade à proteína.

Exemplo: seda
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Estrutura terceária:

Ocorre quando quando uma cadeia em hélice enrola-se e dobra-se sobre ela própria;

A maior parte das proteínas biologicamente activas possuem esta estrutura;

A sua estabilidade advém do estabelecimento de:

Pontes de hidrogénio;

Ligações hidrofóbicas;

Ligações dissulfito que se estabelecem entre grupos SH que existem em certos aminoácidos de uma mesma
cadeia polipeptídica.
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Estrutura quaternária:

Quando várias cadeias polipeptídicas globulares estabelecem


interligações entre si:

As cadeias polipeptídicas podem ser iguais ou diferentes;

Constituem uma unidade funcional;

Exemplo hemoglobina.
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Quando as proteínas perdem a sua estrutura diz-se que ela sofreu uma desnaturação:

Este fenómeno pode ocorrer quando as proteínas são submetidas a vários agentes físicos
ou químicos como calor, agitação, alteração de pH, radiação e outros;

Em algumas situações a desnaturação pode ser reversível, bastando para tal que o
agente desnaturante deixe de estar presente;

Perdem a sua função biológica;

Este facto apoia a hipótese de ser a estrutura que determina a capacidade funcional
das proteínas.

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Importância biológica das proteínas:

As proteínas desempenha muitas funções distintas:

Estrutural, já que fazem parte de todos os constituintes celulares;

Enzimática, todas as enzimas conhecidas são proteínas;

Transporte de muitas moléculas pequenas e iões ocorre devido a proteínas;


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Hormonal, já que muitas hormonas são proteínas;

Imunologica, já que exitem proteínas específicas que


reconhecem corpos estranhos no organismo e destroem-nas;

Movimento, filamentos de actina e miosina;

Reserva alimentar como por exemplo a albumina.

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Enzimas:

São os catalisadores das reacções químicas que ocorrem nos sistemas biológicos:

São proteínas globulares:

São o grupo proteico mais numeroso e especializado que existe.

As reacções enzimáticas podem ser de:

Anabolismo, quando ocorre a síntese de substâncias;

Catabolismo, quando ocorre a degradação de substâncias.


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Ao conjunto de reacção anabólicas e catabólicas que ocorrem num organismo dá-se o nome de
metabolismo;

A substância sobre a qual a enzima actua designa-se substrato;

Para que uma reacção química se inicie é necessário fornecer energia, a energia de activação:

As enzimas reduzem significativamente a energia de activação necessária para que a reacção ocorra

Exemplo amilase

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Reacção exergónica, quando numa reacção química há a


libertação de energia:

Se a energia for libertada sob a forma de calor a reacção


designa-se exotérmica.

Reacção endergónica, quando é necessário fornecer


energia para que a reacção química ocorra:

Se a energia for fornecida sob a forma de calor, a reacção


designa-se endotérmica.
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Durante a reacção enzimáticas, as enzimas ligam-se temporariamente ao substrato formando o complexo enzima-
substrato:

O local da enzima onde o substrato se liga é designado centro activo:

Vão-se estabelecer forças intermoleculares que vão activar o substrato, levando a mudanças químicas que vão
originar o(s) produto(s) da reacção;

Após a reacção o(s) produto(s) da reacção vão-se libertar da enzima, que fica intacta;

A enzima vai poder actuar sobre outras moléculas do substrato;

Este ciclo vai-se repetir, até que todas as moléculas de substrato estejam transformadas.

As enzimas são catalizadores, não se gastando durante as reacções.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Cada enzima só actua sobre um substrato ou conjunto de


substratos, e esta propriedade é designada especificidade
de acção ou enzimática:

Especificidade absoluta, se a enzima actua apenas sobre


um único substrato, e com exemplo temos a amilase;

Especificidade relativa, se a enzima actua sobre


substratos diferentes, e como exemplo temos a lipase, que
actua sobre lípidos diferentes.
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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Com base na especificidade enzimática, no início do Séc. XX, Emil Fischer, sugeriu que o centro activo de
uma enzima tem uma determinada estrutura onde apenas pode “encaixar” um substrato que tenha uma
forma complementar desse substrato:

Este modelo hipotético é conhecido como modelo de “chave-fechadura”;

Koshland, em 1959, considera este modelo muito estático e rígido, propõe uma alteração, surgindo o
modelo de encaixe induzido:

O substracto ao combinar-se com a enzima, vai induzir mudanças na estrutura enzimática, de tal
forma que o centro activo vai moldar-se ao substrato, tornado-se complementar deste:

Este modelo permite explicar a especificidade relativa de muitas enzimas.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Com base na especificidade enzimática, no início do Séc. XX, Emil Fischer, sugeriu que o centro activo de
uma enzima tem uma determinada estrutura onde apenas pode “encaixar” um substrato que tenha uma
forma complementar desse substrato:

Este modelo hipotético é conhecido como modelo de “chave-fechadura”;

Koshland, em 1959, considera este modelo muito estático e rígido, propõe uma alteração, surgindo o
modelo de encaixe induzido:

O substracto ao combinar-se com a enzima, vai induzir mudanças na estrutura enzimática, de tal
forma que o centro activo vai moldar-se ao substrato, tornado-se complementar deste:

Este modelo permite explicar a especificidade relativa de muitas enzimas.


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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

São vários os factores que influenciam a actividade enzimática:

Concentração do substrato, à medida que a concentração do substrato aumenta, aumenta a velocidade da


reacção, até se atingir um máximo:

Quando todas as moléculas de enzima estão ligadas a substrato, diz-se que a enzima está saturada;

Temperatura, a actividade enzimática aumenta com o aumento da temperatura até se atingir a temperatura
óptima para a actividade da enzima, que pode variar entre os 25-40ºC;

pH, já que este pode interferir nas cargas eléctricas do centro activo, alterando a sua estrutura. O pH ideal para a
actividade de enzima depende da enzima.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Em resumo:

Todas as enzimas são proteínas;

Intervêm nas reacções químicas sem se gastarem;

Reduzem a energia de activação necessária para que uma


reacção química tenha lugar;

Um pequena quantidade de enzima catalisa uma grande


quantidade de substrato;
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Em resumo:

Só catalisam uma reacção específica;

A sua actividade está dependente da concentração do


substrato, temperatura e pH;

Catalisam as reacções químicas nos dois sentidos,


dependendo das condições existentes.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Todas as enzimas são proteínas:

Há enzimas que para exercerem a sua actividade necessitam de componentes não


proteicos, os cofactores;

Ajuda a modelar a enzima ao substrato, permitindo a formação do complexo enzima-


substrato.

O complexo enzima-cofactor designa-se holoenzima;

Ao complexo enzimático sem cofactor, designa-se apoenzima;


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Os cofactores podem ser diferentes moléculas ou iões:

Grupos prostétitcos, se o cofactor é um grupo orgânico


permanentemente ligado à enzima;

Coenzima, se o composto orgânico apenas se liga à apoenzima


durante a reacção enzimática;

Iões metálicos, como o cobro, magnésio e cálcio que actuam no


centro activo da enzima.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Inibição enzimática:

Muitos compostos podem-se ligar às enzimas inibindo assim a sua actividade;

A inibição enzimática pode ser de dois tipos:

Inibição competitiva, quando um composto estruturalmente semelhante ao


substrato, mas resistente à actividade da enzima, se “encaixa” no centro activo da
enzima e esta fica bloqueada:

Este tipo de inibição depende da concentração do inibidor e do substrato.


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Inibição não competitiva, quando o inibidor e o substrato não


competem pelo centro activo da enzima:

O inibidor vai-se ligar à enzima, num local da superfície


enzimática diferente do centro activo, alterando assim a
estrutura globular da enzima, e consequentemente a forma do
centro activo;

Este tipo de inibição só depende da concentração do inibidor.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

A inibição enzimática pode ser:

Reversível, quando o inibidor pode ser facilmente


removido da enzima;

Irreversível, se o inibidor combina-se


permanentemente com a enzima, alterando para
sempre o seu centro activo.
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Nomenclatura:

Em 1883, Duclaux, propós que as enzimas fossem designadas pelo nome do


substrato sobre o qual actuam, seguido da terminação ase:

Amilase actua sobre o amido;

Lipase actua sobre os lipidos

Protease actua sobre as proteínas.

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Glúcidos ou glícidos:

São muito abundantes nos organismos animais e vegetais;

São compostos orgânicos ternários, sendo constituídos por carbono (C),


oxigénio (O) e hidrogénio (H);

De uma maneira geral, os átomos de oxigénio e hidrogénio estão na


proporção de 1:2 (um de oxigénio para dois de hidrogénio), tal como na água,
daí que muitas vezes sejam designados hidratos de carbono;
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Podem ser classificados de acordo com a sua complexidade


em:

Monossacarídeos

Oligossacarídeos

Polissacarídeos

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São as unidades estruturais dos glícidos;

São classificados de acordo com o número de átomos de carbono que possuem:

Trioses (3C);

Tetroses (4C);

Pentoses (5C);

Hexoses (6C) …
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Os monossacarídeos mais importantes no mundo biológico são as pentoses e as hexoses:

As pentoses mais importantes nos organismos vivos são a ribose e a desoxiribose;

Possuem um esqueleto de carbono:

A todos os carbonos excepto um, liga-se um grupo hidroxilo;

Ao carbomo livre vai-se ligar um grupo aldeído ou cetona:

A presença destes grupos confere propriedades redutoras aos monossacarídeos


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Em solução, formam anéis fechados de 5 ou 6 átomos


de carbono respectivamente:

A estrutura cíclica confere maior estabilidade à


moléculas;

É a que surge mais frequentemente nos seres vivos.


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A forma molécular básica das hexoses é:

C6H12O6

Devido a este facto eles são designados isómeros


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Quando dois monossacarídeos estabelecem uma ligação, forma-se um dissacarídeo:

A ligação que se estabelece entre os monossacarídeos designa-se ligação glicosídica;

Dissacarídeos de particular relevância:

Sacarose (açúcar de mesa) é formado por uma molúcula de glucose e uma de frutose;

Maltose, formada por duas moléculas de glucose;

Lactose (açúcar do leite), formada por uma molécula de glicose e uma de galactose.

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Quando três moléculas de monossacarídeos se ligam, obtêm-se um trissacarídeo;

Para facilitar a nomenclatura destes glícidos, todos as moléculas constituídas por 2 a 10


monossacarídeos são designadas oligossacarídeos.

Da hidrólise de um oligossacarídeo resultam os monossacarídeos que o constituem;

Nos seres vivos esta hidrólise ocorre à temperatura do organismo e na presença de


enzimas.
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São polímeros de monossacarídeos:

A ligação glicosídica ocorre entre o carbono 1 de um monossacarídeo e o carbono 4 do


monossacarídeo seguinte (ligação 1, 4):

Formam-se cadeias lineares como na celulose e na amilose.

Em alguns casos, a ligação glicosídica pode estabelecer-se entre o carbono 1 de um


monossacarídeo e o carbono 6 do monossacarídeo seguinte (ligação 1, 6):

Este tipo de ligação dá origem a cadeias ramificadas como no glicogénio e na


amilopectina:

Estes dois polissacarídeos possuem ligações (1, 4) e (1, 6).


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Polissacarídeos com importância biológica:

Amido, é constituído apenas por glicose:

Substância de reserva nutritiva nas plantas;

Constituído por dois polímeros distintos, que diferem na estrutura das moléculas:

Amilose, molécula não ramificada, já que as moléculas de glicose estão ligadas por ligações (1,
4);

Amilopectina, molécula ramificada, em que cada braço é constituído por cerca de 20 a 30


unidades de glicose ligada por ligações (1, 4), e nos pontos de ramificação, as ligações são (1, 6).
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Glicogénio, macromolécula constituída por glicose;

Constitui uma das formas de reserva nos animais e muitos fungos;

Possui uma estrutura ramificada, mas maior e mais ramificada que a


estrutura da amilopectina;

Nos vertebrados acumula-se principalmente no fígado e nos músculos:

A acumulação é limitada, porque depois de se terem acumulado 50 a 60 g


de glicogénio por Kg de tecido, a glicose em excesso passa a entrar na
cadeia da síntese das gorduras.

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Celulose, constituída apenas por glicose;

Quítina, surge na parede celular de alguns fungos e


constitui o exoesqueleto dos artrópodes;

Péctina, abundante nas raizes e frutos, tem grande


poder gelificante;

Heparina, anticoagulante.
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Importância biológica:

Têm uma função energética, sendo utilizados na


respiração celular;

Têm uma função estrutura, já que a celulose, a quitina


e outros fazem parte da estrutura de alguns
organimos

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Lípidos:

Grupo de biomoléculas estruturalmente muito heterogéneo;

A propriedade comum a todos os lípidos é a sua:

Insolúveis em água;

Solubilidade em solventes orgânicos como o éter, clorofórmio e benzeno.

Como exemplo de lípidos temos:

Gorduras animais (banha, manteiga), azeite e cera.


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Lípidos podem ser classificados em:

Derivados de um álcool e ácidos gordos:

Lípidos simples (gorduras e ceras);

Lípidos complexos (fosfolípidos, glicolípidos).

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Não derivados de um álcool e ácidos gordos:

Carotenos;

Esteróides.
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Gorduras:

Constituem um dos principais grupos de lípidos;

São utilizados como substância de reserva;

São constituídas por:

Ácidos gordos;

Glicerina (álcool).

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Ácidos gordos:

Constituídos por uma longa cadeia linear de átomos


de carbono, designada cadeia hidrocarbonatada,
com um grupo hidroxilo terminal.

Os mais abundantes possuem um número par de


átomos de carbono, e este número está compreendido
entre 12 e 24;
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Os ácidos gordos podem conter ligações simples, duplas ou triplas entre os átomos de
carbono:

Se possuem ligações duplas ou triplas, são designados ácidos gordos insaturados;

Recebem esta designação porque podem formar ligações com outros átomos;

Se apenas possuem um ligação dupla ou tripla designam-se monoinsaturados;

Se possuem duas ou mais ligações duplas ou triplas, designam-se poliinsaturados.

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Se possuem ligações simples, são designados ácidos gordos saturados;

Possuem o maior número possível de átomos de hidrogénio.

Os ácidos gordos diferem entre si pelo comprimento da cadeia e tipo de ligações;

Os mamíferos são capazes de sintetizar ácidos gordos saturados e monoinsaturados:

Os poliinsaturados têm que ser fornecidos na dieta, designando-se ácidos gordos


essenciais.
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Glicerina:

Entra na composição das gorduras animais e vegetais;

É um composto carbonatado que possuí três grupos


hidroxilo;
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Na formação das gorduras intervêm:

Uma molécula de glicerina

Uma, duas ou três moléculas de ácidos gordos, originando um mono, di ou triglicerídeo;

Os mono e os diglicerídeos são raros na natureza.

Cada molécula de ácido gordo liga-se pelo seu grupo carboxilo a um dos grupos hidroxilos do glicerol, originando
uma molécula de água;

Esta ligação designa-se ligação éster;

A reacção química que dá origem a esta ligação designa-se esterificação.


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A hidrólise dos triglicerídeos origina ácidos gordos e água:

É uma reacção reversível;

Nos animais é realizada pelas lipases.

Na presença de uma base, os glicéridos são saponificados, ou seja,


forma-se glicerina e um sal (sabão) dos ácidos gordos que
constituem o glicérido:

Este processo designa-se saponificação e é irreversível.

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Fosfolípidos:

São lípidos em cuja constituição entra um grupo fostato;

São compostos celulares muito importantes:

Têm função estrutural:

Principalmente ao nível das membranas celulares.


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O tipo mais comum são os fosfoglicéridos, em que:

A glicerina forma ligações éster com o ácido fosfórico e dois ácidos gordos:

O terceiro grupo hidroxilo da glicerina estabelece uma ligação com o grupo fosfato.

A maioria possui um composto orgânico azotado, ligado ao ácido fosfórico por uma ligação éster:

São os principais lípidos da estrutura das membranas animais.

São constituídos por carbono (C), oxigénio (O), hidrogénio (H), fósforo (P) e azoto (N).
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São moléculas polares e anfipáticas:

A porção formada pelo resíduo de glicerina, ácidos fosfórico e pelo composto R é


hidrofílica, solúvel na água e carregada electricamente (zona polar do fosfolípido);

A porção formada pelas cadeias de ácidos gordos é hidrofóbica, insoluvel na água e


não carregada electricamente (zona não polar do fosfolípido);

Esta estrutura dos fosfolípidos é de grande importância na formação das membranas


biológicas que separam o interior do exterior das células.

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À superfície da água, os fosfolípidos tendem a formar uma película, com os


extremos polares hidrofílicos dentro da água, e as cadeias de ácidos gordos para
fora da superfície;

Dentro da água, os fosfolípidos agregam-se, de maneira a que a porção


hidrofílica fica exposta à água, formando:

Micelas esféricas, em que as caudas estão no interior;

Bicamadas lipídicas, em que as cabeças hidrofílicas ficam viradas para a água


e as caudas no seu interior.

Tem grande importância na organização das membranas biológicas


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Glicolípidos:

São associações de lípidos e hidratos de carbono;

São componentes de algumas membranas celulares:

Particularmente das membranas das células nervosas.


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Ceras:

São ésteres de ácidos gordos com um álcool diferente do glicerol:

Quando se aquecem são moles e moldáveis, mas duras quando estão frias;

Devido a isto são completamente insolúveis em água:

Na natureza protegem as superfícies de animais e plantas contra a evaporação e


a entrada indiscriminada de água.

Tanto nos animais como nas plantas existem glândulas produtoras de ceras.

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Carotenos e esteródies:

São lípidos em cuja constituição não intervém o glicerol ou os ácidos gordos:

Os carotenos formam um importante grupo de pigmentos vegetais vermelhos e amarelos.

Da constituição dos esteróides faz parte um hidrocarboneto, que constitui um núcleo estróide;

O colesterol é o mais conhecido esteróide:

É um constituinte importante das células animais;

É o precursor de muitos outros esteróides como os ácidos biliares e algumas hormonas (estrogénios e
progesterona).
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Função dos lípidos

Reserva energética;

Estrutura, já que muitos lípidos são constituintes fundamentais das


membranas celulares;

Protectora, já que as ceras revestem folhas, frutos e flores de muitas plantas,


bem como pele, pêlos e penas de muitos animais tornando as superfícies
impermeáveis à água;

Vitamínica e hormonal, já que há lípidos que entram naa constituição de


vitaminas e hormonas.
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Ácido nucleicos:

São as biomoléculas mais importantes no controlo celular:

Existem dois tipos de ácidos nucleicos:

Ácido desoxirribonucleico - DNA;

Ácido ribonucleico - RNA.

O DNA está localizado no núcleo das células formando os cromossomas;

O RNA está localizado no núcleo e no citoplasma.

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Os ácidos nucleicos são polímeros de nucleótidos;

Os nucleótidos são constituidos por:

Uma base azotada orgânica;

Uma pentose;

Um grupo fosfato.
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Base azotadas:

Foram identificadas cinco bases azotadas diferentes na estrutura dos ácidos nucleicos:

Adenina (A);

Guanina (G);

Citosina (C);

Timina (T);

Uracilo (U).
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Bases azotadas:

Um cada um dos tipos de ácido nucleico só existem


quatro bases azotadas:

No DNA existe citosina, guanina, adenina e timina;

No RNA existe citosina, guanina, adenina e uracilo.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

As bases azotadas são de dois tipos:

Bases púricas, formadas por um anel duplo, como


a adenina e a guanina;

Bases pirimídicas, formadas por uma anel simples,


como a timina, citosina e uracilo
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Pentose:

No DNA a pentose é a desoxirribose;

No RNA a pentose é a ribose


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Ácido fosfórico (H3PO4)

É o componente que confere aos ácidos nucleicos as


suas características acídicas.

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HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

A combinação da desoxirribose com uma base azotada forma


o nucleosídeo:

Esta reacção de condensação ocorre com o carbono 1 da


pentose, levando à libertação de uma molécula de água;

O nucleotído forma-se pela condensação do nucleosídeo e


do ácido fosfórico, estabelecendo-se uma ligação éster entre
o ácido fosfórico e o grupo álcool do carbono 5’ da pentose.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Dois nucleótidos unem-se por condensação entre o grupo fosfato de um nucleotído e o grupo álcool do
carbono 3’ de outro nucleotído:

Esta ligação é designada fosfodiéster:

Ligação do tipo covalente, consequentemente muito resistente:

Confere grande estabilidade à cadeia.

Este processo repete-se, originando polinucleótidos.

Em 1953, Watson e Crick propuseram um modelo para a estrutura da molécula de DNA;

Estes dois cientistas basearam-se nos dados e trabalhos de muitos outros cientistas.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

No modelo proposto por estes dois cientistas, o DNA é formado:

Por duas cadeias de nucleótidos enroladas helicoidalmente em torno de um mesmo eixo;

Esta hélice organiza-se da seguinte forma:

Viradas para o exterior encontramos as moléculas de fosfato alternando com moléculas de desoxirribose;

Interiormente observam-se pares de bases, uma purina e uma pirimidina, ligadas entre si por pontes de hidrogénio:

A adenina liga-se sempre à timina;

A citosina liga-se sempre à guanina.

As bases emparelham-se por complementaridade.


OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

A ligação entre a adenina e a timina dá-se por duas pontes de hidrogénio;

A ligação entre a citosina e a guanina dá-se sempre por três pontes de hidrogénio.

Neste modelo:

Como as bases são hidrofóbicas orientam-se para o interior da molécula de DNA;

Como o fosfato e a pentose são hidrofílicas orientam-se para o exterior da molécula de DNA:

Numa célula existe sempre água, daí que todas as moléculas estejam rodeadas por ela.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

As cadeias da dupla hélice são antiparalelas:

Cada cadeia inicia-se por uma extremidade 5’,


terminado em 3’;

À extremidade 3’ de uma cadeia, corresponde a


extremidade 5’ da cadeia antiparalela.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Há diferenças significativas entre a estrutura do DNA e do RNA;

O RNA:

É uma molécula relativamente instável;

A pentose é a ribose em vez de desoxirribose;

O uracilo substitui a timina (também se liga à adenina);

Aparece sob a forma de cadeia simples, mas pode-se enrolar em determinados locais devido à
complementaridade das bases;

Pode surgir sob três formas estruturais distintas, que possuem funções especializadas.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Função

São os responsáveis pela hereditariedade, definindo


as características dos diferentes indivíduos da mesma
espécie

Permitindo que as diferentes espécies se propaguem.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O que é a célula:

É a unidade fundamental da vida;

O conhecimento dos processos


biológicos depende desta
estrutura básica;

Devido às suas dimensões, muito


reduzidas, elas eram
desconhecidas até à invenção do
microscópio.
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Os primeiros cientistas estavam limitados na sua capacidade de observar


pequenas estruturas;

Consequentemente eles deram mais atenção às estruturas corporais de grande


tamanho;

As estruturas mais pequenas tiveram que esperar pela invenção de lentes e dos
microscópios para poderem ser estudadas:

Este estudo começou a ser possível à cerca de 400 anos;

Aqueles instrumentos revelaram que as estruturas corporais de grande


tamanho eram constituídas por estruturas mais pequenas, que por sua vez
eram constituídos por elementos ainda mais pequenos.

TEORIA CELULAR

Robert Hooke
1665
Usou um
microscópio
composto para observar
cortiça - usou o termo
Célula
pela primeira
Zacharias Janssen vez
1590
Do latim: cellula,
Inventa o microscópio pequena cela
composto
TEORIA CELULAR

Matthias Schleiden & Theodor Schwann


1838/39
Enunciam a Teoria Celular

Anton van Leeuwenhoek


1676
Melhorou significativamente os
microscópios, o que lhe permitiu
observar, pela primeira vez,
Bactérias aos microscópio,
designando-as animálculos

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

A célula é considerada a unidade fundamental da vida;

Como consequência deste facto, Schleiden e Schwann postularam a


Teoria Celular, que, assenta nos seguintes pressupostos:

A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os


seres vivos;

Todas as células provêm de células pré-existentes;

A célula é a unidade de reprodução, desenvolvimento e


hereditariedade dos seres vivos.

182
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O paradigma actual da Teoria Celular, tem em conta os


contributos da biologia e da química e, mais
recentemente, da física e das ciências da informação:

A energia flui no interior das células;

A informação genética é transmitida da célula mãe


para as células filhas;

A composição química de todas as células é igual.


183

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Funções comuns da célula:

A célula desempenha uma série de funções essenciais para o crescimento e


desenvolvimento dos organismos:

Dá suporte e estrutura;

Todos os organismos são formados por células, e estas são a estrutura básica de todos
os organismos.

Facilita o crescimento;

A mitose, é um processo de divisão celular no qual uma célula mãe dá origem a duas
células filhas;

Permite a multiplicação e crescimento de um organismo.

184
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Permite o transporte de substâncias;

Vários nutrientes são absorvidos pelas células, para que estas desenvolvam os
seus processos celulares;

Os produtos de excreção produzidos durante os processos celulares são


eliminados das células por uma transporte activo ou passivo;

Moléculas pequenas, como o oxigénio, dióxido de carbono e etanol difundem-


se pela membrana ao longo do gradiente de concentração (transporte passivo);

Moléculas de grande tamanho atravessam a membrana celular através de


transporte activo, o que requer o gasto de grandes quantidades de energia.

185

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Produção de energia:

As células necessitam de energia para executar os diversos


processos celulares que ocorrerem no seu interior;

A energia é produzida no interior das células:

Por fotossíntese nas plantas (durante o dia);

Por respiração nos animais.


186
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Participam na reprodução:

Através de dois processos distintos, designados mitose e


meiose;

Mitose, é um processo no qual a célula mãe dá origem a


duas células filhas exactamente iguais;

Meiose, é um processo no qual a célula mãe dá origem a


quatro células filhas geneticamente diferentes da célula
mãe.
187

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Devido a estas funções gerais a todas as células;

Compreendemos porque estas são consideradas as


unidades estruturais e funcionais da vida;

São responsáveis pela estrutura dos organismos;

Desempenham várias funções necessárias ao


desenvolvimento dos processos da vida.
188
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Constituição das células:

Actualmente, sabe-se que toda a matéria é constituído


por átomos:

Os átomos são partículas invisíveis, que se podem


ligar uns aos outros dando origem a moléculas;

As moléculas podem ligar-se umas às outras dando


origem a macromoléculas.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

No organismo humano, a unidade básica do ponto de vista estrutural e de


funcionamento é a célula;

As células são muito variáveis do ponto de vista de tamanho:

Um óvulo humano (a maior célula do corpo humano) mede cerca de 140


µm de diâmetro;

Um glóbulo vermelho mede cerca de 7,5 µm de diâmetro;

Um globulo branco mede cerca de 10-12 µm de diâmetro

Uma célula muscular mede cerca de 20 a 500 µm de comprimento.

190
191

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

As células são muito variáveis do ponto de vista da forma, e tipicamente a sua


forma possibilita a função que executam. Exemplos:

Célula nervosa possuem extensões muito compridas (vários centímetros) e


ramificadas, que permitem a transmissão do impulso nervoso;

Células epiteliais existentes no interior da boca, são finas, achatadas e


justapostas (como azulejos), formando assim uma barreira que proteje os
tecidos subjacentes;

Células musculares têm a forma de bastão alongado, cujas extremidades se


ligam a diferentes partes do organismo para que ocorra movimento;

Célula adiposa, pouco mais é do que uma massa de gordura.

192
193

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Devido à sua diversidade de tamanho, forma, conteúdo e função, não é


possível descrever uma célula típica;

Apesar da células que constituem o corpo humano variarem em tamanho e


forma, todas possuem um número de características idênticas:

Todas contêm estruturas designadas organelos, que são responsáveis


por determinadas funções na célula;

Os organelos celulares são agregados de macromoléculas como por


exemplo proteínas, lípidos, hidratos de carbono e/ou ácidos nucleicos;
195

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

As células são constituídas por 3 elementos


principais:

Núcleo;

Citoplasma;

Membrana Celular.

196
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Núcleo, local mais central da célula que se encontra


envolvido por uma membrana designada
membrana nuclear;

O núcleo funciona como central de controlo da


actividade celular, uma vez que é nele que se
localiza o material genético (DNA).

197

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O citoplasma é preenchido por uma matéria semi-


fluída, constituída por água, sais e moléculas
orgânicas.

No citoplasma vão-se encontrar estruturas


especializadas, os organelos citoplasmáticos,
que desempenham funções específicas nas células

198
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Também designada Membrana Plasmática, é o limite


exterior da célula, estabelecendo a fronteira entre o meio
intracelular (o citoplasma) e o ambiente extracelular.

A membrana celular é mais do que uma simples


estrutura que envolve todo o conteúdo celular:

É uma parte activamente funcional da matéria viva, já


que na sua superfície ocorrem muitas reacções
metabólicas importantes.
199

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Retículo endoplasmático (RE), é um organelo


complexo, constituído por “sacos” membranas, canais
alongados e vesículas cheias de fluidos, que se ligam uns
ao outros e que comunicam com a membrana celular e
nuclear e ainda com certos organelos citoplasmáticos:

O RE, constitui um sistema de transporte de


moléculas por toda a célula;

Participa na síntese de proteínas e lípidos.

200
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Retículo endoplasmático pode ser dividido em:

Retículo Endoplasmático Liso, intervém na


síntese de lípidos;

Retículo Endoplasmático Rugoso, que recebe


este nome devido à presença de ribossomas
aderidos à membrana, intervindo portanto, na
síntese de proteínas.
201

202
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Ribossomas, encontram-se ligados ao RE ou na


forma livre no citoplasma;

São compostos por proteínas e RNA;

Local onde se dá a síntese proteica.

203

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Complexo de Golgi, composto por uma série de


sacos membranares, achatados e empilhados,
denominados cisternae;

Tem como função refinar, empacotar e distribuir as


proteínas sintetizadas pelos ribossomas associados
ao retículo endoplasmático.

204
205

206
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Mitochondria, são estruturas em forma de saco, cheia de fluído;

A constituída por duas membranas e é na mais interna que se encontram


grande parte das enzimas que controlam as reacções químicas que levam
à libertação de energia a partir de glicose e de outros nutrientes
orgânicos.

Por esta razão, as mitocondrias são o local da célula onde é produzida


a energia.

Uma célula típica possui cerca de 1700 mitocondrias, no entanto,


células que possuem altos requisitos energéticos, como as células
musculares possuem milhares de mitocondrias.

207

208
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Lisossomas, estruturas em forma de saco ricas em


enzimas, cuja função é destruir estruturas ou restos
celulares;

Alguns glóbulos brancos são ricos nestas estruturas


para poderem envolver as bactérias, que depois vão
ser destruídas pela enzimas presentes nestes sacos.

209

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Outros organelos celulares:

Peroxissomas;

Centrossoma;

Citoesqueleto;

Vacúolos.
210
211

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Tipos de células:

O corpo humano é constituído por mais de 130


tipos de células diferentes;

Distinguem-se pelas suas formas e funções


específicas.

212
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Organização de um organismo:

Todas as células de um organismo possuem um conjunto completo


de instruções genéticas;

No entanto, cada células só utiliza um parte destas instruções;

Isto permite que as células desenvolvam funções


especializadas.

Num organismo, as células organizam-se em camadas ou massas


com funções semelhantes, os tecidos.

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Como vimos, as células organizam-se em camadas ou massas com funções


semelhantes, os tecidos;

Apesar das células dos diferentes tecidos terem um tamanho, forma,


arranjo e função diferentes, as que pertencem ao mesmo tecido são
muito semelhantes;

De uma maneira geral, as células dos tecidos produzem para o espaço


intercelular um material que faz com que eles estejam separadas umas
das outras;

A composição deste material varia em composição e de tecido para


tecido, podendo ser sólido, semi-sólido ou líquido.

214
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Os tecidos mantêm-se ao longo da vida dos organismos, porque à medida que as


células morrem, elas são substituídas por outras que estão em constante divisão;

O corpo humano é constituído por 4 tipos principais de tecidos:

Tecido epitelial;

Tecido conjuntivo;

Tecido muscular;

Tecido nervoso.

Estes tecido vão-se associar e interagir para fora órgãos com funções especializadas.

215

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Características
Tecido Função Localização
distintivas

Cobre a superfície do Não possui vasos


Protecção,
organismo e dos sanguíneos, as células
Epitelial secreção, absorção
órgãos internos, dividem-se rapidamente e
e excreção
constitui as glândulas estão justapostas

Ligação, suporte,
protecção, A maior parte possui boa
preenchimento de irrigação sanguínea, as
espaços, Distribuído por todo o células estão mais
Conjuntivo
acumulam corpo afastadas do que no
gordura, dá origem tecido epitelial, possuindo
às células uma matriz entre elas.
sanguíneas
216
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Características
Tecido Função Localização
distintivas

Ligado aos ossos,


nas paredes dos
Muscular Movimento Contracção
órgãos internos
ocos e coração.

Transmissão de
impulsos para/de
As células ligam-se umas às
a coordenação, Cerebro, espinal
Nervoso outras e a outras partes do
regulação, medula e nervos
corpo
integração e
recepção sensorial
217

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O tecido epitelial encontra-se distribuído por todo o organismo:

O tecido epitelial recobre os órgãos, forma a camada superficial


de todas as cavidades do corpo humano e reveste os órgãos ocos:

Devido a isto, o tecido epitelial possui uma superfície que se


encontra exposta ao meio ambiente ou a um espaço aberto no
interior do organismo;

A parte interna do tecido epitelial está ancorada a tecido


conjuntivo.

218
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

De uma maneira geral o tecido epitelial não é irrigado por vasos


sanguíneos;

Os nutrientes difundem-se para o epitélio a partir do tecido


conjuntivo subjacente, muito rico em vasos sanguíneos;

As células deste tecido têm uma taxa de divisão muito rápida, daí
que qualquer lesão é rapidamente tratada, já que as novas células
rapidamente substituem as células lesionadas ou mortas:

As células da pele, e da parede estômago e intestinos são células


epiteliais que são constantemente destruídas e substituídas.
219

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

As células epiteliais estão justapostas com pouco


material intercelular;

O tecido epitelial desempenha ainda funções de


secreção, absorção e excreção;

Os tecidos epiteliais são classificados de acordo com a


forma e número de camadas de células que os
constituem.
220
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Quanto ao número, podem ser:

Simples, se são constituídos por apenas uma camada de células;

Estratificado, se são constituídos por duas ou mais camadas de células;

Quanto à forma, podem ser:

Pavimentoso, se as células são achatadas como tijoleira;

Cuboide, se as células têm forma de cubo;

Colunar, se as células têm a forma de coluna.

221

222
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O epitélio glandular é um tipo especial de tecido


epiteliar, cujas células são especializadas em produzir
e secretar substâncias para ductos ou fluídos
corporais.

223

224
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O tecido conjuntivo é o tecido mais comum do corpo


humano;

Tem como função fixar estruturas, dar suporte e


protecção, servir de estrutura, preencher espaços,
armazenar gordura, produzir as células sanguíneas,
proteger contra infecções e participar na reparação
de tecidos.

225

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Ao contrário das células epiteliais, as células do tecido


conjuntivo não são justapostas, existindo entre elas uma
grande quantidade de material intercelular.

Esta matriz liga e suporta as células do tecido conjuntivo


ao mesmo tempo que permite a transferência de
substâncias entre o sangue e essas mesmas células;

As células do tecido conjuntivo têm uma taxa de divisão


inferior à do tecido epitelial;
226
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O tecido conjuntivo geralmente é bastante vascularizado;

Alguns tecidos conjuntivos são bastante duros enquanto que


outros são mais flexíveis.

O tecido conjuntivo pode ser dividido em 3 categorias básicas:

Tecido conjuntivo propriamente dito;

Tecido conjuntivo de propriedades especiais;

Tecido conjuntivo de sustentação.


227

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O tecido conjuntivo propriamente dito, que incluí:

Tecido conjuntivo frouxo (laxo);

Tecido conjuntivo denso.

228
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Tecido conjuntivo de propriedades especiais, que incluí:

Tecido adiposo;

Tecido conjuntivo elástico;

Tecido mucoso;

Tecido conjuntivo reticular ou hematopoiético.

229

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Tecido conjuntivo de sustentação, que incluí:

Tecido cartilagíneo;

Tecido ósseo.

230
231

232
233

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O tecido muscular é um tecido contráctil, já que as células


musculares (células alongadas) são capazes de encurtar e alargar
de tamanho;

Isto acontece devido à presença de duas proteínas especiais no


seu interior (actina e miosina);

As fibras musculares ao contrair-se, vão puxar pelas partes a que


estão ligados, levando ao movimento dessa parte do corpo;

O tecido muscular apresenta grande inervação e vascularização.

234
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

O tecido muscular divide-se em:

Tecido muscular liso;

Tecido muscular estriado esquelético;

Tecido muscular cardiaco.

235

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Tecido muscular liso:

Recebe este nome porque, quando visto ao microscópio as células não apresentam
estrias transversais;

As células deste tecido são mais pequenas que as do tecido muscular estriado
esquelético e têm a forma de um fuso;

Este tipo de tecido está presente nos órgãos internos ocos, como o estômago,
intestinos, bexiga, útero e vasos sanguíneos;

A sua contracção é involuntária, não podendo ser controlada pela vontade:

É ele que permite o movimento do alimento ao longo do trato digestivo, que


permite a contracção dos vasos sanguíneos ou leva ao esvaziamento da bexiga.

236
237

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Tecido muscular estriado esquelético:

É o tecido muscular que forma os músculos corporais;

Normalmente, encontra-se ligado aos ossos;

É o tecido muscular cuja contracção está dependente da nossa


vontade;

As células musculares que o constituem são compridas (> 4 cm


de comprimento - podem atingir 60 cm) e finas (< 0,1 mm de
largura);
238
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Quando observado ao microscópio, as células deste tecido


apresentam faixas transversais alternadamente claras e escuras:

Esta estripação resulta do arranjo regular de microfilamentos


formados pela proteínas actina e miosina, responsáveis pela
contração muscular.

As células musculares estriadas, também são chamadas de fibras


musculares;

Estas células são constituídas por vários núcleos (são


multinucleadas).
239

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

A contracção muscular ocorre, quando uma célula


nervosa estimula uma fibra muscular a contrair-se:

Os filamentos proteicos de actina e miosina


presentes no interior da células vão deslizar um
sobre o outro diminuindo o tamanho da fibra
muscular e levando à contracção.

Posteriormente a fibra muscular relaxa.


240
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Os músculos do tecido muscular estriado esquelético


são responsáveis pelos movimentos da cabeça, tronco
e dos membros;

É a sua contracção que vai ainda permitir as


expressões faciais, a escrita, a fala, o canto, a
mastigação, a deglutição e a respiração.

241

242
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Tecido muscular cardíaco:

Este tipo de tecido muscular só se encontra presente no coração;

As células ligam-se umas às outras de ambos os lados, formando uma rede


complexa e interligada, cheia de ramificações;

Ao microscópio, o tecido muscular cardíaco apresenta estriação transversal;

A sua contracção é involuntária, podendo mesmo continuar a funcionar sem


estimulação nervosa;

As células são uninucleares.

243

244
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Tecido nervoso:

Encontra-se no cérebro, espinal medula e nervos


periféricos;

Este tecido é constituído por 2 tipos de células:

Células nervosas ou neurónios;

Células da glia, também designadas neuroglia.


245

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

As células nervosas ou neurónios, são das células mais


especializadas do corpo humano;

Os neuróticos são capazes de sentir alterações no meio


circundante (interno ou externo) e responder a estas alterações,
transmitindo o impulso nervoso para outros neurónios, células
musculares ou glândulas;

É devido aos complexos padrões de ligação que os neurónios


estabelecem uns com os outros e com as células musculares e
glandulares que o sistema nervoso coordena, regula e integra as
diferentes funções do corpo humano.

246
247

OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO


HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

As células da glia são formadas por vários tipos


celulares relacionados com a sustentação e a nutrição
dos neurónios, com a produção de mielina e com a
fagocitose.

248
OS PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO
HUMANO: CONCEITOS E FUNÇÕES

Grupos de tecidos diferentes vão-se organizar em


estruturas complexas e com funções especializadas
designadas, órgãos;

Os órgãos com funções complementares que se


associam para desempenhar uma determinada função,
designam-se sistemas de órgãos.

Os sistemas de órgãos vão interagir uns com os outros


dando origem aos organismos.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Sistema Digestivo

252
SISTEMA DIGESTIVO

A digestão é o processo mecânico e químico que leva à fragmentação


dos alimentos em moléculas capazes de serem absorvidas pelas células:

A digestão mecânica, fragmenta os alimentos em pedaços mais


pequenos sem alterar a sua composição química;

A digestão química, fragmenta os alimentos em substâncias


químicas mais simples (de macromoléculas a moléculas mais
pequenas);

São os órgãos do sistema digestivo que são responsáveis por estes


processos.

SISTEMA DIGESTIVO

O sistema digestivo é constituído:

Canal alimentar, que se extienda da boca até ao


anús;

Órgãos acessórios, que libertam secreções para o


interior do canal
SISTEMA DIGESTIVO

O Canal alimentar, é constituído por:

Boca

Faringe

Esófago

Estômago

Intestine delgado

Intestine grosso

Ânus.
SISTEMA DIGESTIVO

Dentro dos órgãos acessórios temos:

Glândulas salivares;

Fígado;

Vesícula biliar;

Pâncreas.
SISTEMA DIGESTIVO

Boca:

Constitui a primeira parte do canal alimentar,


recebendo a comida e começando a digestão,
partindo mecanicamente o alimento em pedaços
mais pequenos, ao mesmo tempo que os mistura
com a saliva (mastigação);

A boca também funciona como órgão da fala e de


recepção sensorial.
SISTEMA DIGESTIVO

Faringe e esófago:

A faringe é a cavidade que se segue à boca e que se vai ligar ao


esófago, que por sua vez se vai ligar ao estômago;

A faringe e o esófago não digerem o alimento, mas ambas são


locais de passagem importantes;

As paredes musculares destes dois órgãos permitem a


deglutição;

A faringe é um órgão comum do sistema digestivo e respiratório.


SISTEMA DIGESTIVO

Estômago:

É um órgão tipo saco em forma de J, com cerca de 25 a 30 cm de comprimento,


localizado por baixo do diafragma e na parte superior esquerda do cavidade abdominal;

Ele tem cerca de 1 L de capacidade;

As paredes do estômago são constituídas por muitas rugas (invaginações da camada


mucosa e sub-mucosa);

As paredes do estômago encontram-se envolvidas por uma grande quantidade de tecido


muscular;

O estômago recebe o alimento do esófago, mistura-o com o sucos gástricos, inicia a


digestão das proteínas, procede a uma pequena absorção de nutrientes e conduz o
alimento para o intestino delgado.
SISTEMA DIGESTIVO

Intestino Delgado:

Órgão tubular que vai desde o esfíncter pilórico até ao início do intestino grosso;

Constitui grande parte da cavidade abdominal, devido ao seu tamanho;

Recebe as secreções do pâncreas e do fígado;

Completa a digestão dos alimentos provenientes do estômago;

É nele que ocorre a absorção dos produtos da digestão, transportando os


resíduos que ficam para o intestino grosso;

Encontra-se dividido em duodeno, jejuno e íleo.


SISTEMA DIGESTIVO

Intestino Grosso:

Órgão tubular, que recebe o seu nome quando comparado com


o intestino delgado, já que o seu diâmetro é inferior ao deste;

Mede cerca de 1,5 m, iniciando-se no íleo e terminando no


ânus.

Inicia-se no lado inferior direito do abdómen, ascendendo até


ao fígado, onde cruza para o lado esquerdo, onde descende até
à pélvis;
SISTEMA DIGESTIVO

Intestino Grosso:

O intestino grosso vai terminar no canal anal;

Encontra-se dividido em ceco, cólon e reto;

É no intestino grosso que ocorre a absorção de água e eletrólitos do


produto resultante da digestão no estômago;

Nele também ocorrer a reabsorção e o reciclar da água e das


restantes secreções digestivas;

É no intestino grosso que se formam e são armazenadas as fezes.


SISTEMA DIGESTIVO

Órgãos Acessórios:

Glândulas salivares;

Fígado;

Vesícula biliar;

Pâncreas.
SISTEMA DIGESTIVO

Glândulas salivares:

Secretam a saliva, que tem como função:

Humedecer as partículas alimentares;

Ajuda na sua aglutinação das partículas alimentares;

Inicia a digestão química dos hidratos de carbono;

Actua como solvente, dissolvendo o alimento de forma a podermos


sentir o seu gosto;

Ajuda na limpeza da boca e dentes.

SISTEMA DIGESTIVO

Principais glândulas salivares:

Paratiróides;

Submandibular;

Sublinguais.
SISTEMA DIGESTIVO

Fígado:

É o maior órgão interno, localizando-se no quadrante superior direito


da cavidade abdominal, logo a baixo do diafragma;

A sua função na digestão é secretar a bilis:

Possuí na sua constituição sais biliares;

Ajudam na digestão enzimática;

Aumentam a absorção de ácidos gordos e certas vitamina


lipossolúveis.
SISTEMA DIGESTIVO

Vesícula Biliar:

“Saco” em forma de pera localizado numa


depressão na superfície interior do fígado;

Armazena e concentra a bílis entre as refeições,


através da reabsorção de água;

Liberta a bílis no duodeno.


SISTEMA DIGESTIVO

Pâncreas:

Localiza-se na cavidade abdominal muito próximo


do intestino delgado;

Sintetiza o suco pancreático:

Rico em enzimas que participam na digestão


química de hidratos de carbono, lípidos, proteínas
e ácidos nucleicos.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Sistema Respiratório

282
SISTEMA RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório é constituído por uma série de


passagens que filtram o ar exterior e o transportam
para o interior do corpo, para os pulmões, onde
ocorrem as trocas gasosas;

O processo pelo qual ocorre a troca de gases entre a


atmosfera e as células corporais dá-se o nome de
respiração.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

Principais órgãos do sistema respiratório:

Fossas nasais;

Faringe;

Laringe;

Traqueia;
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Principais órgãos do sistema respiratório:

Brônquios;

Pulmão;

Bronquíolos;

Alvéolos.

SISTEMA RESPIRATÓRIO

Fossas nasais:

A membrana mucosa é fortemente irrigada, de forma que o ar ao passar


por ela vai ser aquecido, ajustando a temperatura à temperatura
corporal;

A evaporação de água a partir da membrana mucosa vai humidificar o ar;

Os cílios presentes na camada epitelial, vai mover a camada de muco e


qualquer partícula presa no muco é transportada para a faringe;

Na faringe o muco é deglutido e vai para o estômago, onde o suco


gástrico destrói qualquer microrganismo presente no muco.
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Faringe:

Localizada na parte posterior da cavidade oral, entra as


cavidade nasal e a laringe;

Serve de passagem para a comida que se deslocar da cavidade


oral para o esófago;

Serve de passagem para o ar que se desloca da cavidade nasal


para a laringe;

Participa na produção de sons durante a fala.


SISTEMA RESPIRATÓRIO

Laringe:

Órgão tubular entre a faringe e a traqueia;

Permite a passagem do ar de e para a traqueia;

Impede que objectos estranhos (por exemplo


comida) entrem na traqueia;

Local onde estão alojadas as cordas vocais.


SISTEMA RESPIRATÓRIO

Traqueia:

Tubo cilindro flexível, localizado na cavidade toráxica à frente


do esófago, divindindo-se em 2 ramos, os brônquios;

A camada mucosa continua a filtrar o ar e os cílios nela


presentes movem as partículas em direcção à faringe onde o
muco pode ser engolido;

A parede da traqueia possui uns discos de cartilagem em forma


de C, que tem como função impedir o colapso da traqueia e o
bloqueio da passagem do ar.
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Brônquios:

Resultam da divisão da traqueia, inicialmente em 2


ramos, e depois em divisões cada vez menores;

Transportam o ar da traqueia até aos alvéolos;

Parecem uma árvore invertida.


SISTEMA RESPIRATÓRIO

Bronquíolos:

Mais pequena divisão dos brônquios que entram na


unidade básica do pulmão, os lóbulos pulmonares.
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Alvéolos:

Sacos de ar microscópicos de parede muito fina;

Local onde se dão as trocas gasosas entre o meio


externo e o interno.
SISTEMA RESPIRATÓRIO

Pulmão:

Órgãos moles, esponjosos, em forma de cone localizados na cavidade


torácica;

O pulmão direito é maior que o esquerdo e encontra-se dividido em 3


partes (os lóbulos pulmonares);

O pulmão esquerdo encontra-se dividido em 2 lóbulos;

Os pulmões são constituídos por diferentes passagens de ar


(bronquios, bronquíolos), alvéolos, vasos sanguíneos, tecido
conjuntivo, nervos e vasos linfáticos.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Sistema circulatório

304
SISTEMA CIRCULATÓRIO

O sistema circulatório é constituído por:

Coração;

Vasos sanguíneos.

Um sistema circulatório funcional é vital para a sobrevivência do organismo


humano, uma vez que sem circulação, os tecidos ficam sem oxigénio e
nutrientes e os produtos de excreção acumulam-se;

Nestas condições as células começam a sobre alterações irreversíveis que


rapidamente levam à sua morte e à do organismo.
SISTEMA CIRCULATÓRIO

Coração, órgão muscular, oco, em forma de cone, que funciona como


bomba impulsionando o sangue para as diferentes partes do corpo;

Constituído por 4 cavidades diferentes (2 aurículas, 2 ventrículos);

Localiza-se no tórax, entre os pulmões;

São os movimentos de contracção do coração que impulsionam o


sangue para as diferentes partes do corpo:

Sístole, movimento de contracção;

Diástole, movimento de relaxamento.


SISTEMA CIRCULATÓRIO

Vasos sanguíneos:

Órgãos tubulares distribuídos por todo o organismo, por onde o sangue circula;

Dentro dos vasos sanguíneos temos que considerar

Artérias;

Arteriolas;

Capilares;

Vénulas;

Veias.

TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA


Sistema Excretor

310
SISTEMA EXCRETOR

O sistema excretor é constituído por um conjunto de


órgãos que produzem e excretam a urina, o principal
produto de excreção do organismo.

SISTEMA EXCRETOR

Principais órgãos do sistema excretor:

Rins;

Ureteres;

Bexiga;

Uretra.
SISTEMA EXCRETOR

Rins:

Órgãos em forma de feijão de cor vermelho escura;

Localizam-se um de cada lado da coluna vertebral;

Têm como função regular o volume, composição e pH dos fluídos


corporais;

Durante este processo removem o “lixo metabólico” do sangue,


produzindo a urina:

Substâncias contendo azoto e enxofre resultantes do metabolismo


proteico.
SISTEMA EXCRETOR

Rins:

Ajudam no controlo da formação de glóbulos vermelhos


através da secreção da hormona eritropoietina;

Regulam a pressão sanguínea através da secreção da


hormonal renina;

Regulam a absorção de iões cálcio através da activação


da vitamina D
SISTEMA EXCRETOR

Uretéres:

Órgão tubular, que transporta a urina do rim para a


bexiga;

Bexiga:

Órgão muscular em forma de saco, dilatável, que recebe a


urina dos uretéres e a armazena.
SISTEMA EXCRETOR

Urétra:

Órgão tubular, que transporta a urina da bexiga


para o exterior do organismo;
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Sistema Reprodutor

322
SISTEMA REPRODUTOR

Sistema reprodutor ou sistema genital é constituído


por um conjunto de órgãos cuja função é a
reprodução do indivíduo;

Ao contrário da maioria dos restantes sistemas de


órgãos, o sistema reprodutor apresenta estruturas
diferentes de acordo com o sexo dos indivíduos.

SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO

Aparelho reprodutor masculino é formado por:

Testículos;

Órgãos internos acessórios;

Órgãos reprodutores externos.


SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO

Testículos:

Estruturas ovoides, que se localizam no interior de


uma cavidade tipo saco, designada escroto.

Local onde são formados os espermatozoides


(células sexuais masculinas).
SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO
Órgãos internos acessórios:

Epidídimo;

Canal deferente;

Vesícula seminal;

Próstata;

Glândulas bulboretais.
SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO
Epidídimo:

Tubo altamente compactado (tipo novelo), com aproximadamente 6


metros de comprimento, emergindo na parte superior dos testículos;

O epitélio do epidídimo secreta glicogénio e outras substâncias que


servem de alimentos aos espermatozóides e promovem a sua
maturação:

Os espermatozóides quando chegam ao epidídimo são imóveis, no


entanto, à medida que o percorrem amadurecem e adquirem
mobilidade.
SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO
Canal deferente:

Tubo muscular que se inicia na parte mais baixa do


epidídimo e se estende até ao abdómen;

Antes de atingir a próstata, liga-se ao canal da


vesícula seminal, dando origem ao ducto
ejeculatório:

Atravessa a próstata e abre na uretra.


SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO
Vesícula seminal:

Glândula em forma de saco, que secreta um líquido ligeiramente


alcalino;

Regula do pH do conteúdo do ducto ejeculatório;

Contêm frutose, monossacarídeo que fornece energia ao


espermatozóides;

Prostaglandinas, que levam à contracção dos órgãos reprodutores


femininos, ajudando no movimento dos espermatozóides em
direcção ao óvulo.

SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO
Próstata:

Glândula em forma de castanha que secreta um líquido:

Leitoso e alcalino que vai neutralizar o líquido espermático, que é


acido devido à acumulação de resíduos metabólicos dos
espermatozóides;

Aumenta a mobilidade dos espermatozóides (são relativamente


imóveis devido ao teor acídico no epidídimo);

Neutraliza a secreções vaginais ácidas, ajudando assim na


manutenção dos espermatozóides que entram na vagina.
SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO

Glândulas bulboretais:

Localizadas por baixo e após a próstata;

Secretam uma fluído mucoso, em resposta à


estimulação sexual, que tem como função lubrificar
o pénis em preparação para o coito.
SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO

Órgãos reprodutores externos:

Escroto, saco de pele, tecido subcutâneo e músculo


onde estão localizados os testículos.

Pénis, órgão cilíndrico, onde se localiza a uretra


que transporta a urina e o sémen para o exterior do
organismo.
SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO
Aparelho reprodutor feminino tem como função:

Produzir as células sexuais femininas (óvulos);

Transportar as células sexuais para o sítio da fertilização;

Criar um ambiente favorável ao desenvolvimento do embrião;

Mover o embrião para fora do corpo da mulher;

Produzir as hormonas sexuais femininas.

SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO

Principais órgãos:

Ovários;

Órgãos internos acessórios;

Órgãos externos acessórios.


SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO

Ovários:

Estruturas ovoides e sólidas, localizadas em cada


lado da cavidade pélvica;

Local onde são produzidos os óvulos;

Local onde é produzido o estrogénio.


SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO

Órgãos internos acessórios:

Trompas de Falópio ou tubos uterino;

Utero;

Vagina.
SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO

Trompas de Falópio:

Órgãos em forma de tubo, que se abrem nos


ovários e fazem a ligação até ao útero;

O epitélio produz um muco e possuí cílios que


ajudam no movimento do óvulo em direcção ao
útero.
SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO

Útero:

Órgão muscular em forma de pera invertida;

Local onde o embrião se vai desenvolver, após


fertilização do óvulo por um espermatozoide na
trompa de Falópio.

SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO
Vagina:

Tubo fibromuscular com cerca de 9 cm de


comprimento, que vai do útero até ao exterior do
corpo;

Recebe o pénis erecto durante a relação sexual;

É o local de saída do novo indivíduo durante o


nascimento
SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO

Órgãos Externos Acessórios:

Grandes lábios

Pequenos lábios;

Clitóris.
SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO
Grandes lábios:

Envolvem e protegem os restantes órgãos sexuais externos;

Correspondem ao escroto no homem;

Formado por dobras de tecido adiposo e uma camada fina


de músculo liso, coberto por pele;

Externamente, a pele é constituída por pelos, glândulas


sudoríparas e sebáceas.

SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO

Pequenos lábios:

Pregas de tecido conjuntivo ricamente


vascularizado;

Têm como função proteger a abertura da vagina e


da uretra.
SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO
Clitóris:

Pequena projecção da parte anterior da vulva,


localizada entre os pequenos lábios;

Tem cerca de 2 cm de comprimento (incluindo a porção


que se encontra inserida nos tecidos circundantes)

Corresponde ao pénis no homem e tem uma estrutura


semelhante.

TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA


Sistema Nervoso

356
SISTEMA NERVOSO

Os órgãos do sistema nervoso podem ser divididos


em 2 grandes grupos:

Sistema nervoso central (SNC), formado pelo


cérebro e medula espinal;

Sistema nervoso periférico (SNP), formado pelos


nervos que ligam o SNC às diferentes partes do
corpo;
SISTEMA NERVOSO

O SNC e o SNP, têm três funções:

Sensorial;

Integradora;

Motora.

SISTEMA NERVOSO

Função sensorial:

Na parte terminal dos neurónios periféricos,


existem uma estruturas, designadas receptores
sensoriais, que detectam as alterações de dentro e
fora do organismo;
SISTEMA NERVOSO

Função motora:

Os neurónios transmitem impulsos nervosos desde o SNC


até aos órgãos efectores:

Órgãos que executam a acção, e que não fazem parte do


sistema nervoso;

Exemplos: músculos que contraem em resposta ao


impulso nervoso ou glândulas que secretam
substâncias quando são estimuladas.

SISTEMA NERVOSO

A porção motora do sistema nervoso periférico pode


ser dividida em:

Sistema nervoso autónomo, que controla acções que


não dependem da vontade, como por exemplo o
controlo do ritmo cardíaco ou da secreção hormonal;

Sistema nervoso somático, que controla acções que


dependem da vontade, como por exemplo a
contracção do músculo esquelético.
SISTEMA NERVOSO

Função integradora:

O sistema nervoso detecta alterações no corpo


humano, tomando decisões com base na informação
recebida e levando à estimulação e consequente
resposta por parte de músculos e glândulas;

Tipicamente, estas respostas alteram os efeitos


das alterações, de modo a que o corpo humano
esteja em equilíbrio (mantém a homeostase)

SISTEMA NERVOSO

O SNC é constituído por:

Cérebro, maior e mais complexo órgão do sistema


nervoso, sendo formado pelo encéfalo, diencéfalo,
tronco cerebral e cerebelo.

É constituído por cerca de 100 biliões de


neurónios, ligados uns aos outros e aos
neurónios do restante sistema nervoso;
SISTEMA NERVOSO

O tronco cerebral liga o encéfalo à espinal


medula.

Encontra-se dividido em hemisfério direito


(criatividade e símbolos) e esquerdo (lógica e
comunicação);

Espinal medula, serve de ponto de comunicação


entre o SNC e o SNP.
SISTEMA NERVOSO

Lóbulo Funções

As áreas motoras controla os movimentos voluntários dos


músculos esqueléticos.
Frontal As áreas de associação estão relacionadas com o processo
intelectual de concentração, planeamento, resolução de problemas
complexos e julgamento comportamental

As áreas sensoriais proporciona sensações de temperatura, toque,


pressão e dor envolvendo a pele.
As áreas de associação estão relacionadas com a compreensão da
Parietal
fala e na utilização de palavras pra expressar pensamentos e
sentimentos.
SISTEMA NERVOSO

Lóbulo Funções

As áreas sensoriais são responsáveis pela audição.


As áreas de associação interpretam experiências sensoriais e
Temporal
recordam memórias visuais, música e outros padrões sensoriais
complexos

As áreas sensoriais são responsáveis pela visão.


As áreas de associação combinam imagens visuais com outras
Occipital
experiências sensoriais.

SISTEMA NERVOSO

Parte Características Função

Controla as funções superiores do cérebro,


Constitui a maior parte do cérebro, sendo incluindo a interpretação sensorial, iniciando
Encéfalo constituído por 2 hemisférios ligados entre os movimentos musculares, criando a
si. memória, o pensamento e determinando a
inteligência.

Tálamo: centro de distribuição e organização


cerebral dos impulsos nervosos sensoriais
provenientes de diferentes partes do corpo
Inclui partes da massa cinzenta (tálamo e para o cortex cerebral.
Diencéfalo
hipotálamo). Hipotálamo: ajuda a manter a homeostase
corporal, regulando a actividade visceral
através da ligação entre o sistema nervoso e
endócrino.
SISTEMA NERVOSO

Parte Características Função

Os diferentes constituintes funcionam com


centro de distribuição dos impulsos nervosos
entre o cérebro e a espinal medula,
Tronco cerebral Liga o cérebro à espinal medula. possuindo ainda os centros vitais (respiração,
ritmo cardíaco, vaso-motor, visão, cabeça e
postura) e não vitais de controlo de várias
funções corporais.

Comunica com outras partes do sistema


nervoso central. Integra a informação
Localizado por baixo do cérebro e
Cerebelo sensorial relativamente à posição das
posteriormente ao tronco cerebral.
diferentes partes do corpo, coordena a
actividade muscular e mantém a postura.

TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA


Sistema Endócrino

372
SISTEMA ENDÓCRINO

Este sistema recebe o nome de endócrino porque as células, tecidos e


órgãos que o constituem (as glândulas endócrinas) secretam substâncias
para o interior do organismos;

Estas substâncias são designadas hormonas;

As hormonas vão-se difundir para a corrente sanguínea e actuar


sobre determinadas células, as células alvo, muitas vezes localizadas
a alguma distância do local onde as hormonal foram secretadas.

Não confundir as glândulas do sistema endócrino com as glândulas


exócrinas que secretam substâncias para o exterior do organismos (ex:
glândulas sudoríparas e sebáceas).

SISTEMA ENDÓCRINO

Principais glândulas do sistema endócrino:

Hipotálamo;
Glândulas supra-renais;
Pituitária; Pâncreas;

Tiroide; Fígado;

Paratiroide; Ovários (mulheres);

Testículos (homens).
Timo;
SISTEMA ENDÓCRINO

Glândula pituitária ou hipófise, localiza-se na base do cérebro e encontra-se ligado


ao hipotálamo;

É constituída por duas porções distintas:

Adeno-hipófise ou hipófise anterior, secreta diversas hormona entre as quais


a hormona de crescimento, hormona estimuladora da tiroide, hormona
adrenocorticotropica, hormona folículo estimulante, hormona luteinizante e
prolactina ;

Neuro-hipófise ou hipófise posterior, que é constituída pelas terminações


nervosas de células nervosas especiais, as células neurosecretoras, que são
capazes de secretar 2 hormonas importantes; a hormonal antidiurética e a
oxitocina que são secretadas directamente na corrente sanguínea da hipófise
posterior.
SISTEMA ENDÓCRINO

Glândula pituitária tem como funções;

Produção de hormonas;

Regulação da produção de células sexuais;

Controlo da actividade de outras glândulas.


SISTEMA ENDÓCRINO

Glândula da tiroide:

Estrutura muito vascularizada localizada por baixo da


laringe e para ambos os lados da traqueia;

É constituída por 2 grandes lóbulos laterais ligados entre si;

Possuí a importante característica de ser capaz de absorver


o iodo da circulação sanguínea;

Produz a tiroxina, triiodotironina e calcitocina;


SISTEMA ENDÓCRINO

Glândula da tiroide:

A tiroxina e a triiodotironina aumentam a


velocidade com que a energia é libertada dos
hidratos de carbono, acelera o crescimento e
estimula a actividade do sistema nervoso;

A calcitocina interfere no ciclo do cálcio e do fósforo


(na deposição ou não destes iões nos ossos).
SISTEMA ENDÓCRINO

Glândulas paratiroides:

Geralmente são 4 glândulas que se localizam na


superfície posterior da glândula da tiroide,
associadas a cada um dos lóbulos desta;

Secretam hormonas responsáveis pela regulação


das concentrações de cálcio e fósforo no sangue.
SISTEMA ENDÓCRINO

Glândulas Supra-renais:

Localizadas por cima de cada rim, são formadas por duas porções
diferentes; a medula e o córtex, que secretam hormonas diferentes:

Medula, produz a epinefrina e a norepinefrina que têm como


função aumentar o ritmos cardíaco, a força de contração do
músculo cardíaco, elevam a pressão arterial, aumentam o ritmo
respiratório e diminuem o actividade do sistema digestivo;

Córtex, produz cerca de 30 substâncias esteroides distintas,


incluindo várias hormonas corticoesteroides, vitais para a
sobrevivência do organismo.
SISTEMA ENDÓCRINO

Pâncreas:

Órgão alongado e achatado, por baixo do estômago;

Possui 2 tipos de tecido secretor, funcionando como:

Glândula exocrina, secretando os sucos digestivos para o intestino;

Glândula endócrina, secretando hormonas para a corrente


sanguínea;

Na porção endócrino, as células formam pequenos grupos à


volta dos vasos sanguíneos, as ilhotas de Langerhans.

SISTEMA ENDÓCRINO

As ilhotas de Langerhans são constituídas por 3 tipos de células:

Células alfa que secretam o glucagon, que estimula o fígado a


desdobrar o glicogénio em glicose e a converter as proteínas e os
lípidos em glicose;

Células beta que secretam a insulina, com função contrária à do


glucagon, e facilitar a passagem da glicose para o interior das células,
diminuindo a concentração sanguínea desta;

Células delta que secretam a somatostatina, que tem como função


regular o metabolismo da glicose, inibindo a secreção de glucagon e
insulina.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Sistema Tegumentar

391

SISTEMA TEGUMENTAR

Um órgão é constituído por 2 ou mais tecidos com


funções especializadas;

As membranas epiteliais são órgãos constituídos


por tecido epitelial e conjuntivo, que cobrem todas
as superfícies externas e internas do corpo;

O órgão mais comum do sistema tegumentar é a


pele.
SISTEMA TEGUMENTAR

Pele:

O maior e mais versátil órgão do corpo humano, e é vital para manter a


homeostase;

É uma camada protectora que:

Evita que substâncias perigosas e microrganismos entrem no


organismo;

Retarda a perda de água e ajuda na regulação da temperatura corporal;

Local onde se encontram muitos receptores sensoriais;

SISTEMA TEGUMENTAR

É uma camada protectora que:

Contém células imunitárias;

Sintetiza várias substâncias;

Excreta pequenas quantidades de resíduos.


SISTEMA TEGUMENTAR

A pele é formada por 2 camadas distintas:

Epiderme, camada mais externa, formada por


epitélio estratificado pavimentoso, sem qualquer
irrigação sanguínea;

Derme, camada mais interna e espessa, formada por


tecido conjuntivo, rico em colagénio e fibras
elásticas, tecido epitelial, tecido muscular, tecido
nervoso e vasos sanguíneos.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Sistema Linfático

397

SISTEMA LINFÁTICO

Fortemente associado ao sistema cardiovascular, uma


vez que é constituído por uma rede de vasos que
permite a circulações dos fluídos corporais;

Os vasos linfáticos transportam o excesso de fluídos


dos espaços intersticiais dos diferentes tecidos e
devolvem-no à circulação sanguínea;

Alguns órgãos do sistema linfático participam na


defesa do organismo.
SISTEMA LINFÁTICO

Principais órgãos do sistema linfático:

Vasos linfáticos, transportam a linfa;

Nódulos linfáticos;

Timo;

Baço.
SISTEMA LINFÁTICO

Nódulos linfáticos, localizam-se ao longo de todo o sistema


linfático e contêm um grande número de linfócitos e
macrofagos, participando no combate às infecções;

Timo, localizado por cima do coração, à frente do arco


aortico;

É uma glândula, que após a puberdade diminui de


tamanho;

Local onde amadurecem os linfócitos T.


SISTEMA LINFÁTICO

Baço:

Maior órgão do sistema linfático;

Localiza-se ao lado do estômago;

Contêm macrofagos e linfócitos, participando na


defesa do organismo.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Sistema Imunitário

407

SISTEMA IMUNITÁRIO

O sistema imunitário ou imune é responsável pelo


combate às infecções;

O corpo humano é capaz de:

Evitar a entrada de organismos patogénicos ou;

Destruí-los, caso consigam penetrar no organismo.


SISTEMA IMUNITÁRIO

O organismo humano possui mecanismos de defesa que


podem ser diferenciados quanto à sua especificidade

Alguns mecanismos de defesa são muito gerais,


protegendo o organismo contra os diferentes tipos de
patogénios, as defesas não específicas;

Existem mecanismos de defesa muito específicos, só


funcionando contra determinados patogénios, as
defesas específicas ou imunidade.

DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Funcionam sempre da mesma forma, independentemente do tipo e do
número de vezes que o organismo é atacado pelo agente infeccioso;

São muitas vezes designadas barreiras naturais;

Dentro deste tipo de defesa temos a considerar:

Barreiras físicas/mecânicas;

Barreiras químicas.

Barreiras biológicas.
DEFESAS ESPECÍFICAS

As defesas específicas são mecanismos de defesa


mais directos e executados por glóbulos brancos
especializados, os linfócitos;

Os linfócitos vão reconhecer a presença de


moléculas estranhas ao organismo (os antigénios) e
actuar sobre eles.

DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Barreiras mecânicas:

A pele, reveste exteriormente todo o corpo, constituindo uma


barreira inultrapassável para muitos agentes infecciosos;

Para além disso, as células mortas da epiderme, estão


constantemente a ser perdidas, levando à remoção das
bactérias à sua superficie;

Internamente, as membranas mucosas que revestem o sistema


respiratório, digestivo, urinário e reprodutivo, criam uma barreira
física que impede a entrada de muitos agentes infecciosos;
DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Barreiras Químicas:

Ao mesmo tempo que funciona como barreira física, a pele funciona


como barreira química, uma vez que as secreções das glândulas cutâneas
são ligeiramente ácidas e têm propriedades anti-sépticas, criando um
meio desfavorável para o desenvolvimento de inúmeros microrganismos;

Para além disso, a acumulação de sal, proveniente da transpiração,


mata ou evita o desenvolvimento de muitas bactérias;

A camada de muco existente ao longo de todo o sistema respiratório, vai


aprisionar as partículas e microrganismos existentes no ar,
transportando-as para a faringe onde são engolidas e transportadas para
o estômago;

DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Barreiras Químicas:

No estômago, o suco gástrico possui um pH muito baixo


devido à presença de ácido clorídrico e da enzima pepsina
(enzima que actua sobre as proteínas);

Estes dois compostos vão destruir grande parte dos


microrganismos que entram no estômago;

As lágrimas, contêm a enzima lisozima, que possui


actividade antibacteriana, evitando assim que os olhos
sejam colonizados por bactérias patogénicas.
DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Barreiras Químicas:

Interferões, são pequenas proteínas tipo hormonas,


produzidas por certas células, quando atacadas por
bactérias ou vírus, e por células tumorais;

As células infectadas por vírus vão libertar o interferão,


que entra na circulação sanguínea e liga-se a receptores
da membrana citoplasmática de células não infectadas,
induzindo-as a produzir proteínas antivirais que
inibem a replicação desses vírus;

DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Barreiras Químicas:

O interferão não é uma proteína antivírica mas induz a


célula a produzir moléculas proteicas antivirais;

O interferão é uma resposta não específica pois pode


inibir a replicação de diversos vírus;

Ele estimula a fagocitose e aumenta a actividade de certas


células que participam na resistência à infecção e ao
crescimento de tumores.
DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Barreiras Biológicas:

Febre:

A origem da febre ainda não é completamente conhecida;

Ela pode iniciar-se com uma infecção vírica ou bacteriana;

Vão estimular os macrofagos a sintetizarem e libertarem para a


corrente sanguínea interleucinas;

As interleucinas vão estimular o hipotálamo anterior a aumentar


a temperatura média do corpo.

DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Barreiras Biológicas:

A febre participa no controlo à infecção:

As bactérias e os fungos necessitam de ferro para a sua multiplicação:

À medida que a temperatura do corpo aumenta o fígado e o baço


sequestram o ferro, evitando assim o desenvolvimento bacteriano;

Com o aumento da temperatura as bactérias diminuem a taxa de


divisão;

As células fagocitárias têm uma maior actividade.


DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Barreiras Biológicas:

No local onde os agentes patogénicos conseguem penetrar no organismo


vai produzir-se uma reacção inflamatória traduzida por uma sequência de
acontecimentos que visam neutralizar ou destruir esses agentes.

Processo inflamatório, é um processo localizado em que se verifica


vermelhão, inchaço, calor e dor:

O vermelhão é causado por uma vasodilatação com o consequente


aumento do fluxo sanguíneo (hiperémia);

Este efeito, juntamente com o aumento da permeabilidade dos capilares


vai levar a um aumento do volume dos tecidos (edema) inchaço;

DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Processo inflamatório:

O calor resulta da excesso de sangue proveniente de locais mais


profundos do corpo (que geralmente são mais quentes que a superfície);

A dor provém da estimulação dos receptores da dor existentes no local


da inflamação. Os glóbulos bracos vão-se acumular nos locais de
inflamação, fagocitando os agentes patogénicos, participando assim no
seu controlo;

Nas infecções bacterianas, a massa de glóbulos brancos, células


bacterianas e tecidos destruídos, podem formar um líquido espaço e
esbranquiçado chamado pus;
DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Processo inflamatório:

Nos locais de infecção também se podem acumular


os fluídos provenientes dos tecidos, designando-se
neste caso exsudado;

Após a infecção, as células fagocitárias vão remover


células mortas e restos celular do local da
inflamação. A divisão das células dos tecidos
adjacentes vão substituir as células mortas.

DEFESAS NÃO
ESPECÍFICAS
Barreiras Biológicas:

Fagocitose, processo pelo qual bactérias, parasitas, células mortas e restos


célulares (do organismo ou invasores) são envolvidos, interiorizados e
destruídos em vacúolos digestivos por acção de enzimas hidrolíticas, pelas
células fagocitárias;

As células responsáveis pela fagocitose são;

Nos tecidos, os macrófagos;

No sangue, os neutrófilos e os monócitos;

Quando passam para os tecidos os monócitos dão origem aos


macrófagos.
SISTEMA IMUNITÁRIO

Fisiologia celular e humoral:

Imunidade, resistência de um organismo a determinados patogénios, às


suas toxinas ou aos seus sub-produtos metabólicos;

A resposta imunitária baseia-se na capacidade do organismo distingir as


moléculas que fazem parte do corpo (próprias) das que não fazem parte
(estranhos);

As moléculas que são capazes de promover uma resposta imunitária são


designadas antigénios:

Os linfócitos e os macrofagos são as células sanguíneas capazes de


reconhecer os antigénios externos e levar à resposta imunitária.
SISTEMA IMUNITÁRIO

Fisiologia celular e humoral:

A imunidade pode ser dividida:

Celular;

Humoral.

SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade celular:

As principais células responsáveis por este tipo de imunidade são os linfócitos ou


células T:

Os linfócitos T vão-se ligar aos antigénios de células estranhas ao organismo (ex:


bactéria), e vão interagir directamente com elas;

Os linfócitos T (e alguns macrofagos), também sintetizam e secretam


polipeptídeos (citocinas) que aumentam a actividade de certas respostas celulares
aos antigénios (estimular a medula óssea a produzir linfócitos; bloquear a
replicação viral; estimular os macrofagos à fagocitose; estimular os linfócitos B a
produzir anticorpos);

Os linfócitos T, também secretam toxinas que levam à destruição das células


possuidoras dos antigénios.
SISTEMA IMUNITÁRIO

Existem vários tipos de Linfócitos T:

Células T Auxilares, mobilizam o sistema imunitário para parar


uma infecção bacteriana através de uma série de passos complexos:

Um macrófago vai fagocitar uma bactéria, digerindo-a nos


lisossomas;

Alguns dos antigénios saem dos lisossomas e deslocam-se para a


superfície do macrofago (apresentação);

Os linfócitos T auxiliares vão entrar em contacto com o antigénio e


vão-se activar;

SISTEMA IMUNITÁRIO

Existem vários tipos de Linfócitos T:

Auxilar, mobilizam o sistema imunitário para parar uma infecção bacteriana


através de uma série de passos complexos:

Após esta activação, os linfócitos T vão estimular os linfócitos B a produzir


anticorpos específicos contra o antigénio;

Um tipo particular de linfócitos T, são as células CD4, que são o principal


alvo do vírus HIV;

Considerando a função destas células no estabelecimento da imunidade


(estimulam os linfócitos B e secretam citocinas), não é de admirar o
efeito devastador que o vírus do HIV tem na destruição da imunidade.
SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade celular:

Células T de memória, são células produzidas logo após a exposição


inicial a um novo antigénio;

Estas células não participam na resposta imunitária ao antigénio nesse


momento;

Elas fornecem uma resposta imediata a qualquer exposição futura ao


mesmo antigénios, através da sua diferenciação imediata em
Linfócitos T Citotóxicos;

Esta reacção, leva à destruição do microrganismo invasor antes que


seja capaz de produzir sinais ou sintomas da doença.
SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade celular:

Linfócitos T Citotóxicos, são células que vão reconhecer antigénios


estranhos que as células cancerígenas ou as células infectadas por vírus
possuem à sua superfície;

Estas células são activadas quando se ligam aos antigénios compatíveis


com os seus receptores;

Posteriormente vão-se multiplicar, originando células iguais (clones);

Os linfócitos T Citotóxicos vão-se ligar às células possuidoras dos


antigénios estranhos, onde libertam uma proteína que vai formar
poros na parede celular, levando à destruição dessas células.

SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade humoral:

Quando um antigénio entra num organismo e chega a um órgão


linfóide, ele vai estimular os linfócitos B a secretar anticorpos para a
corrente sanguínea;

Esta é uma resposta à activação de um linfócito T auxiliar em


reacção à apresentação de um antigénio estranho num macrofágo;

Assim, se um receptor de um linfócito T activado liga-se a moléculas


superficiais de uma linfócito B particular, vai estimular este a
dividir-se, originando células iguais (clones), capazes de identificar
o antigénio estranho, que levou à proliferação dos linfócitos B;
SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade humoral:

Os clones vão amadurecer e transforma-se em células plasmáticas ou


células de memória;

As células plasmáticas vão produzir e secretar proteínas globulares


designadas anticorpos ou imunoglobulinas;

Estas células são verdadeiras fábricas de anticorpos, como se pode


verificar pelo seu Complexo de Golgi extremamente desenvolvido;

No pico de uma infecção, uma célula plasmática é capaz de


produzir e secretar cerca de 2000 moléculas de anticorpo por
segundo;
SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade humoral:

Os fluídos corporais (sangue e linfa) vão


transportar os anticorpos, que vão reagir de várias
formas, destruindo os antigénios ou as partículas
que os possuem;

É devido ao facto de este tipo de imunidade ser


transportada pelos fluídos corporais que é
designada humoral (fluído).

SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade humoral:

Cada linfócito B possui a informação para produzir um único tipo de


anticorpo;

No entanto, diferentes linfócitos B respondem a diferentes


antigénios presentes na superfície do agente etiológico;

Assim, a resposta imunitária contra um agente etiológico pode


incluir diferentes tipos de anticorpos produzidos contra um único
microrganismo;

Este tipo de resposta é designada resposta policlonal.


SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade humoral:

Os anticorpos actuam de três formas distintas:

Ligam-se directamente ao antigénio, activando um conjunto de


proteínas (o sistema complemento), que atacam os antigénios ou
estimulam alterações localizadas que ajudam a prevenir a difusão dos
antigénios:

O sistema complemento faz parte dos mecanismos de defesa


inespecífico:

É constituído por 25 proteínas diferentes no estado inactivo que


se encontram em maior concentração no plasma sanguíneo;

SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade humoral:

No mecanismo de defesa inespecífico, servem


para facilitar a fagocitose de agentes
estranhos ou para perfurar as paredes
celulares das bactérias conduzindo à sua lise;

No mecanismo de defesa específica


complementam a actividade dos anticorpos
na destruição das bactérias.
SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade humoral:

Os anticorpos actuam de três formas distintas:

Ligam-se aos antigénios, fazendo com que estes


aglutinem ou formem substâncias insolúveis;

Estas acções facilitam a fagocitose, pelos


macrófagos, dos complexos anticorpo-antigénio
e sua posterior eliminação;

SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade humoral:

Os anticorpos actuam de três formas distintas:

Os anticorpos cobrem a porção tóxica dos antigénioss e neutralizam a


sua acção;

Enquanto as toxinas livres podem reagir com os receptores das


células hospedeiras, o mesmo não acontece com o complexo
anticorpo-toxina.

No entanto, em condições normais, a activação pelo sistema complemento,


é mais importante na protecção contra uma infecção do que a ligação
directa dos anticorpos.
SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade natural:

Quando os agentes patogénicos são impedidos de


entrar no organismo pelos mecanismos de defesa
não específica, ou são destruídos quando conseguem
penetrar.

Estes mecanismos desempenham uma acção geral


contra corpos estranhos, independentemente da sua
natureza, e exprimem-se sempre da mesma forma.

SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade natural:

Os mecanismos de defesa não específica que impedem a


entrada dos agentes patogénicos são:

As barreiras anatómicas (pele, mucosas e pêlos das narinas);

As secreções (produzidas pelas glândulas sebáceas,


sudoríparas, salivares e lacrimais);

As enzimas (existentes no suco gástrico).


SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade natural:

Os mecanismos de defesa não específica que actuam sobre os agentes


patogénicos que conseguiram transpor as barreiras externas são:

A reacção inflamatória;

Fagocitose;

Interferão;

Sistema complemento.

SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade adquirida:

A resposta imunitária específica ou adquirida passa por 3


fases:

O reconhecimento do agente invasor como corpo estranho;

A reacção do sistema imunitário que prepara agentes


específicos que intervêm no processo;

A acção desses agentes neutraliza e destroe os corpos


estranhos.
SISTEMA IMUNITÁRIO

Imunidade adquirida:

A resposta imunitária específica ou adquirida refere-se assim, à


protecção que existe num organismo hospedeiro quando este
sofreu previamente exposição a determinados agentes
patogénicos;

Pode ser mediada por:

Anticorpos (imunidade humoral);

Células (imunidade celular).

SISTEMA IMUNITÁRIO

Qualquer alteração do sistema imunitário aumenta o risco de


infecções, doenças autoimunes e até mesmo o cancro;

Processo designado imunodeficiência:

Pode ser causada por problemas genéticos ou congénitos;

Pode surgir como consequência de um tratamento ou


outras condições, como o uso de esteroides ou
imunossupressão para transplantes de medula ou órgãos.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Sistema Ósteo-Articular

447

SISTEMA ÓSSEO

O sistema ósseo ou esquelético é constituído por ossos e cartilagens;

Este sistema tem como principais funções:

Sustentação do organismo (apoio para o corpo);

Protecção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro);

Armazenamento de sais (por exemplo cálcio);

Função hematopoiéticas (produção contínua de células


sanguíneas).
SISTEMA ÓSSEO

O sistema esquelético é constituído por ossos e cartilagens articuladas, que formam um


sistema de alavancas movimentadas pelos músculos;

O O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:

Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral e caixa torácica;

Esqueleto apendicular: constituído por:

Cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas;

Cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros
(superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores).

A união do esqueleto axial ao apendicular faz-se através das cinturas escapular e pélvica.
SISTEMA ÓSSEO

Os ossos são o principal órgão do sistema esquelético:

São órgãos esbranquiçados, muito duros, que se unem uns aos outros por
meio das articulações, constituindo assim o esqueleto;

O tecido ósseo é um tipo especial de tecido conjuntivo (sólido), cuja


principal característica é a mineralização (cálcio) da matriz óssea (fibras de
colagénio e proteoglicanas);

Os ossos são órgãos formados por tecidos vivos, sendo um sistema


complexo e dinâmico;

O tecido ósseo encontra-se num processo contínuo de remodelação, em


que novo osso é produzido e o velho é degradado.

SISTEMA ÓSSEO

Os ossos são o principal órgão do sistema


esquelético:

Os ossos são formados por vários tecidos


diferentes: tecido ósseo, cartilagíneo, conjuntivo
denso, epitelial, adiposo, nervos e hematopoiético.
SISTEMA ÓSSEO

A formação de parte do sistema esquelético inicia-se durante as


primeiras semanas de vida pré-natal;

Só fica concluída após a adolescência;

Inicialmente o esqueleto é formado por cartilagem (tecido


flexível e elástico que não apresenta minerais na sua
constituição);

Ao longo do crescimento ósseo, a cartilagem vai sendo


progressivamente substituída por osso, através de um
processo denominado ossificação;

SISTEMA ÓSSEO

A ossificação pode ocorrer de duas formas:

Ossificação intramembranhosa, que ocorrer


nos ossos planos, em que o tecido ósseo surge aos
poucos em uma membrana de natureza conjuntiva,
não cartilaginosa;

Ossificação endocondral, que ocorrer nos ossos


longos, em que uma massa de cartilagem, com o
formato do osso é substituída por tecido ósseo.
SISTEMA ÓSSEO

Estrutura microscópica dos ossos:

As células ósseas são designadas osteócitos, que se localizam em


espaços designados lacunas, que formam círculos concêntricos de
fibras de colagénio à volta de canais, os canais de Havers;

É no interior dos canais de Havers que passam os vasos sanguíneos


e os nervos dos ossos;

Cada osteócito, possui prolongamentos chamados canalículos,


que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das
lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e
lacunas em toda a massa de tecido mineralizado;
SISTEMA ÓSSEO

Estrutura microscópica dos ossos:

O material intercelular presente no tecido ósseo é


principalmente constituído por colagénio e sais
inorgânicos:

O colagénio dá rigidez e resiliência ao osso;

Os sais inorgânicos dão dureza e resistência ao


esmagamento.
SISTEMA ÓSSEO

Estrutura microscópica dos ossos:

Existem dois tipos de osso:

Osso compacto, no qual muitos sistemas de Havers estão


fortemente ligados uns aos outros formando o osso
compacto;

Os canais de Havers encontram-se ligados uns aos outros


pelos canais de Volkmann, que permitem que os vasos
sanguíneos e as fibras nervosas comuniquem com a
superfície do osso e a medula.

SISTEMA ÓSSEO

Estrutura microscópica dos ossos:

Existem dois tipos de osso:

Osso esponjoso, que também é constituído por osteócitos e material


intercelular, mas as células ósseas não se agregam à volta de canais
centrais;

O osso esponjoso apresenta espaços medulares mais amplos, sendo


formada por várias trabéculas, que dão um aspecto poroso ao tecido;

Este osso tem um peso menor, tem forma de grade, com espaços
ósseos nos quais se encontra a medula óssea.
SISTEMA ÓSSEO

Os ossos podem ser classificados em:

Ossos longos, se têm o comprimento maior que a largura e são


constituídos por um corpo e duas extremidades, como por exemplo o
fémur;

Estes ossos são um pouco encurvados, o que lhes garante maior


resistência, já que assim, absorvem o stress mecânico do peso do
corpo em vários pontos.

Ossos curtos, são semelhantes a um cubo, tendo o comprimento


praticamente iguais à sua largura, como por exemplo os ossos dos
pulsos e tornozelos.
SISTEMA ÓSSEO

Os ossos podem ser classificados em:

Ossos planos ou laminares, são ossos finos e compostos por


duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com uma
camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem
proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos, como
por exemplo os ossos do crânio e a omoplata;

Ossos irregulares, são ossos que apresentam formas complexas


e normalmente encontram-se ligados a vários outros ossos. Como
exemplo temos as vértebras e muitos ossos da face. Estes ossos
têm quantidades variáveis de osso esponjoso e osso compacto;

SISTEMA ÓSSEO

Os ossos podem ser classificados em:

Ossos sesamóides, são ossos pequenos e modulares


que estão presentes no interior de alguns tendões
adjacentes a articulações em que há considerável fricção,
tensão e stress físico.

A patela é um exemplo deste tipo de osso.

Os ossos sesamóides podem variar de tamanho,


número e não são sempre completamente ossificados.
SISTEMA ÓSSEO

Há ainda quem considere a existência de:

Ossos alongados, que são ossos longos, porém achatados e não


apresentam canal central, como por exemplo as costelas;

Ossos pneumáticos, que são ossos ocos, com cavidades de volume


variável cheias de ar, e revestidos por mucosa, apresentando um
pequeno peso em relação ao seu volume;

As cavidades são designadas seios ou sinus;

Como por exemplo deste tipo de ossos temos os que constituem o


crânio (frontal, esfenóide, maxilar e etmóide);
SISTEMA ÓSSEO

Há ainda quem considere a existência de:

Ossos suturais, que são pequenos ossos


localizados dentro de articulações, chamadas
suturas que existem entre os ossos do crânio;

O seu número varia muito de pessoa para pessoa.


SISTEMA ÓSSEO

Ossos longos:

A disposição dos tecidos ósseos compactos e


esponjoso num osso longo é responsável pela sua
resistência;

Os ossos longos contêm locais de crescimento e


remodelação, e estruturas associadas às
articulações;

SISTEMA ÓSSEO

Estrutura dos ossos longos:

Diáfise, é a haste longa do osso, e que é constituído principalmente


de tecido ósseo compacto, proporcionando resistência ao osso;

Epífise, que correspondem às extremidades alargadas do osso;

Local onde o osso articula com um segundo osso através de uma


articulação;

Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que


reveste o osso esponjoso;
SISTEMA ÓSSEO

Estrutura dos ossos longos:

Metáfise, parte dilatada da diáfise mais próxima


da epífise.

Local onde ocorre o crescimento ósseo em


comprimento, através da Placa Epifisária (só
até à adolescência).
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Biofísica da Locomoção

474
BIOFÍSICA DA
LOCOMOÇÃO

Os movimentos do corpo só são possíveis devido ao


funcionamento conjuntos dos sistemas ósseo-
articular e muscular:

Para compreendermos a biofísica da locomoção,


precisamos de compreender o que é a biomecânica
e como funcionam as articulações.

TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA


Mecanismo das alavancas biológicas

476
BIOMECÂNICA

O que é a biomecânica?

Estudo dos princípios mecânicos


implementados aos organismos
vivos;

A biomecânica pode ser dividida em:

Externa, estuda as forças físicas


que agem sobre os corpos;

Interna, estuda a mecânica e os


aspectos físicos e biofísicos das
articulações, ossos e tecidos do
corpo.

PRINCÍPIO DAS
ALAVANCAS

“Um homem das cavernas sai com o seu filho para o


ensinar a caçar. A criança distraída cai num buraco e
não consegue subir. Entretanto, houve um pequeno
tremor de terra que fez rolar uma pedra pesada que
tapou o buraco. O pai, deixou assim de poder entrar no
buraco para tirar o filho e próximo dele só havia pedras
e troncos.”

O que fazer para retirar a pedra que tapa o buraco?


PRINCÍPIO DAS
ALAVANCAS
As alavancas são máquinas que podem ampliar a
nossa força;

Tarefas que seriam impossíveis de executar, devido à


força necessária para as executar podem ser realizadas
com uma força menor quando usamos uma alavanca;

Isto só é possível quando a distância entre o ponto de


apoio e o lugar onde fazemos força é maior do que a
distância entre a carga e a alavanca.

PRINCÍPIO DAS
ALAVANCAS

Exemplos diários de alavancas:

Alicate;
Chave inglesa;

Quebra-nozes; Tesoura;

Pinça;
Saca-rolhas;
Braço.
Carrinho de mão;
LEI DAS ALAVANCAS

Uma alavanca está em


equilíbrio quando, o
produto da força (E)
multiplicada pela distância
do seu ponto de aplicação
(e) ao fulcro (F) for igual
ao produto da força da
resistência (R) E*e=R*r
multiplicado pela distância
do seu ponto de aplicação
(r) ao fulcro (F).

TIPOS DE ALAVANCAS

Existem 3 tipos de alavancas:

Alavanca Classe I ou interfixa;

Alavanca Classe II ou inter-resistente;

Alavanca Classe III ou interpotente.

As classes de alavancas são definidas de acordo com a posição do


fulcro.
TIPOS DE ALAVANCAS

Classe I ou interfixa, o fulcro está localizado entre a


força e a resistência.

TIPOS DE ALAVANCAS

Classe II ou inter-resistente, quando a resistência


encontra-se entre o fulcro e a força.
TIPOS DE ALAVANCAS

Classe III ou interpotente, quando a força está entre


o fulcro e a resistência

ALAVANCAS BIOLÓGICAS

Interpotente - A acção de dobrar e esticar o braço


no cotovelo demonstra o funcionamento dos ossos e
dos músculos como alavancas. Quando dobramos o
braço, o antebraço funciona como um barra rígida, o
cotovelo como fulcro, a força criada pelos músculos
da parte anterior do braço faz com que a mão se
mexa contra a resistência criada pelo peso.
ALAVANCAS BIOLÓGICAS

ALAVANCAS BIOLÓGICAS

Interfixa, quando esticamos o braço, o antebraço vai


funcionar novamente como uma barra rígida, a mão como
força resistente, o cotovelo como fulcro;

Outro exemplo é a manutenção da cabeça na posição


anatómica.

Inter-resistente, como exemplo deste tipo de alavanca


biológica temos o funcionamento da mandíbula.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Articulações

489

MECÂNICA ARTICULAR
CLÁSSICA
O que é uma articulação?

Efectuam a ligação entre dois ou mais ossos do esqueleto humano.

Quais as suas funções?

Permitem ou inibem o movimento do corpo numa dada direcção, em resposta à


contracção dos músculos;

Transmitem forças de um osso para outro(s);

Ligam as diferentes partes do sistema ósseo;

Permitem que diferentes partes do esqueleto mudem de forma durante o nascimento.


TIPOS DE ARTICULAÇÕES

Classificação funcional:

Sinartroses (não móveis);

Anfiartroses (ligeiramente móveis);

Diartroses (amplamente móveis).

TIPOS DE ARTICULAÇÕES

Classificação estrutural:

Articulações fibrosas;

Articulações cartilagíneas;

Articulações sinoviais.
TIPOS DE ARTICULAÇÕES

Classificação estrutural:

Articulações fibrosas, recebem este nome devido à


grande quantidade de fibras do tecido conjuntivo que as
constituem. Podem ser divididas em:

Sindesmoses, quando os ossos estão ligados por longas


fibras de tecido conjuntivo, os ligamentos, que são
flexíveis e podem ser torcidos, permitindo assim um
ligeiro movimento. Funcionalmente é uma anfiartrose.

SINDESMOSE
TIPOS DE ARTICULAÇÕES

Articulações fibrosas:

Sutura, só estão presentes nos ossos do crânio. Este


tipo de articulações são imóveis não permitindo
qualquer movimento - sinartrose
(funcionalmente);

SUTURAS
SUTURAS

TIPOS DE ARTICULAÇÕES

Articulações fibrosas:

Gonfose, como por exemplo a articulação entre a


raiz do dente e a mandíbula. São articulações
imóveis não permitindo qualquer movimento -
sinartrose (funcionalmente).
GONFOSE

TIPOS DE ARTICULAÇÕES

Classificação estrutural:

Articulações cartilagíneas, quando os ossos estão unidos


por tecido cartilagineo, podendo ser divididas em:

Sincondroses, quando bandas de cartilagem hialina


unem os ossos. Muitas destas articulações são
estruturas temporárias, que desaparecem durante o
crescimento, como por exemplo o crescimento dos
ossos longos.
SINCONDROSE

TIPOS DE ARTICULAÇÕES

Classificação estrutural:

Articulações cartilagíneas:

Sínfises, a superfície articular do osso está coberta


por uma fina camada de cartilagem hialina, que se
liga a uma almofada de cartilagem fibrosa,
permitindo algum movimento quando forças
externas comprimem ou deformam esta
almofada;
SINFÍSES

TIPOS DE ARTICULAÇÕES

Classificação estrutural:

Articulações sinoviais:

Constituem a maior parte das articulações do


esqueleto humano;

Funcionalmente são diartroses, já que permitem


movimentos amplos
ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
Articulações sinoviais:

São mais complexas que as articulações fibrosas ou


cartilagíneas, sendo constituídas por:

Cartilagem articular;

Cápsula articular ou sinovial;

Membrana sinovial, que produz o fluído sinovial.

ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS

Cartilagem articular, camada de cartilagem


hialina:

Resistir ao desgaste;

Minimiza a fricção causada pela compressão


quando a articulação se move;
ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
Placa subcondral, osso esponjoso localizado abaixo
da cartilagem articular:

Possui elasticidade;

Absorve choques;

Ajuda a proteger a articulação do desgaste


causado pelo peso do corpo e pelas forças
produzidas aquando da contracção muscular.

ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
Cápsula articular ou sinovial, constituída por:

Camada externa de tecido conjuntivo denso:

Liga-se ao periósteo perto da zona articular;

Cobre completamente a articulação sinovial;

Mantém a estrutura da articulação no sítio, ao mesmo


tempo que permite a sua flexão e movimento.
ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
Cápsula articular ou sinovial, constituída por:

Camada interna, que é constituída pela Membrana


sinovial:

Membrana muito fina, brilhante e vascularizada de


tecido conjuntivo laxo:

Cobre todas as superfícies internas da cápsula


articular, à excepção das zonas cobertas pela
cartilagem articular;

ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
Membrana sinovial:

No interior da qual existe a cavidade articular:

Para dentro da qual a membrana sinovial secreta ou


reabsorve o líquido sinovial:

Líquido viscoso e transparente;

Hidrata, lubrifica e fornece nutrientes às superfícies


cartilagíneas presentes no interior da articulação.
ARTICULAÇÃO SINOVIAL

ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
Ligamentos:

Conjuntos de fibras de tecido conjuntivo, ordenadas


em feixes compactos e paralelos;

Reforçam a cápsula articular;

Ajudam a manter unidas a porção terminal e articular


dos ossos;

Ajudam a prevenir movimentos excessivos da


articulação;
ARTICULAÇÃO SINOVIAL

ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
Meniscos:

Presentes em algumas articulações sinoviais;

Localizam-se entre as superfícies articulares;

Discos de cartilagem fibrosa que dividem a


articulação total ou parcialmente em dois
compartimentos;

Internamente ligam-se à camada fibrosa da cápsula, a


superfície livre projecta-se para a cavidade articular.
ARTICULAÇÃO SINOVIAL

ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
Bursa:

Presente em algumas articulações sinoviais;

Bolsas fibrosas cheias de líquido sinovial:

A membrana interna é membrana sinovial.

Localizam-se entre a pele e proeminências ósseas


localizadas logo abaixo da pele.

Funcionam como amortecedores e ajudam no movimento.


ARTICULAÇÃO SINOVIAL
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Articulações

519

TIPOS DE ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS

Funcionalmente, de acordo com o número de eixos


que permitem o movimento:

Monoaxiais, ao redor de um eixo;

Biaxiais, ao redor de dois eixos;

Triaxiais, ao redor de vários eixos;


TIPOS DE ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
De acordo com o tipo de
movimento e a forma dos ossos:

Enartroses ou bola e
soquete:

Formada por uma


proeminência óssea
arredondada que encaixa
numa cavidade profunda;

Triaxiais;

Exemplos cintura e ombro.

ENARTROSE
TIPOS DE ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
De acordo com o tipo de
movimento e a forma dos ossos:

Condilartrose:

Quando a saliência
arredondada na
extremidade de um osso
(côndilo) encaixa na
cavidade elíptica de outro;

Biaxiais;

Exemplo articulação entre o


metacarpo e as falanges.

CONDILARTROSE
TIPOS DE ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
De acordo com o tipo de
movimento e a forma dos ossos:

Artrodia, plana ou de
deslizamento:

As superfícies de articulação
são ligeiramente curvas ou
mesmo planas;

Só permitem movimentos de
deslizamento ou torção;

Exemplos temos pés, mãos e


processos articulares de duas
vértebras adjacentes

ARTRODIA, PLANA OU
DESLIZAMENTO
TIPOS DE ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
De acordo com o tipo de movimento e
a forma dos ossos:

Trocleartrose ou de dobradiça:

A superfície convexa de um osso


encaixa na superfície côncava de
outro;

Monoaxiais;

Lembram as dobradiças de uma


porta;

Exemplos o cotovelo e as
falanges;

TROCLEARTROSE OU
DOBRADIÇA
TIPOS DE ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
De acordo com o tipo de
movimento e a forma dos ossos:

Trocóide ou pivot:

A superfície cilíndrica de um
osso roda dentro de um anel
formado por um osso e um
ligamento;

Monoaxiais, limitado à
rotação à volta de um eixo;

Exemplos o movimento da
cabeça.

TROCÓIDE OU PIVOT
TIPOS DE ARTICULAÇÕES
SINOVIAIS
De acordo com o tipo de movimento e
a forma dos ossos:

Em sela:

Quando dois ossos têm


superfícies côncavas e convexas:

Superfícies complementares
uma da outra;

Biaxiais;

Exemplos a articulação entre o


trapézio e o metacarpo do
polegar.

EM SELA
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Biofísica da locomoção e dos principais
movimentos dos membros
534
MOVIMENTOS
ARTICULARES
Resultam da contracção dos músculos:

Origem, extremo do músculo que se encontra ligado a uma


parte do corpo relativamente imóvel;

Inserção, extremo do músculo que se encontra ligado à


parte móvel do outro lado da articulação.

Cabeça do músculo, é a parte mais próxima da origem;

Quando um músculo se contraí, a inserção é puxada em


direcção da origem.
MOVIMENTOS
ARTICULARES

São vários os tipos de movimentos articulares:

O tipo de movimento depende da articulação e


dos músculos que a controlam.
MOVIMENTOS
ARTICULARES
Tipos de movimentos articulares:

Flexão, ao dobrar-mos as partes da articulação elas


aproximam-se, exemplo dobrar o joelho;

Extensão, ao esticar-mos as partes de uma articulação


elas afastam-se, exemplo esticar o joelho;

Hiperextensão, as partes da articulação são esticadas


em excesso (além da sua posição anatómica), exemplo
dobrar a cabeça para trás;

MOVIMENTOS
ARTICULARES

Tipos de movimentos articulares:

Dorsiflexão, exemplo dobrar o pé ao nível do


tornozelo em direcção à perna (dobrar o pé para
cima);

Flexão plantar, exemplo dobrar o pé ao nível do


tornozelo em direcção ao chão (dobrar o pé para
baixo);
MOVIMENTOS
ARTICULARES
Tipos de movimentos articulares:

Abdução, move-se uma parte do corpo, afastando-a


da sua linha média (levantar uma perna ou braço
horizontalmente de forma a formar um ângulo recto
com a zona lateral do corpo)

Adução, move-se uma parte do corpo, aproximando-a


da sua linha média (colocar a perna ou o braço na sua
posição original - movimento contrário à abdução);

MOVIMENTOS
ARTICULARES
Tipos de movimentos articulares:

Rotação, move-se o osso à volta de um eixo, como por


exemplo mover a cabeça de um lado para o outro. Este
movimento pode ser dividido em:

Rotação medial, se houver rotação em direcção à


linha média do corpo;

Rotação lateral, se houver rotação, afastando-se da


linha média do corpo;
MOVIMENTOS
ARTICULARES

Tipos de movimentos articulares:

Circundução, movimenta-se um membro de


forma a que a sua parte terminal descreva uma
trajectória circular, como mover um dedo num
movimento circular sem mexer a mão;

Supinação, exemplo mover a mão de forma a que


a palma esteja virada para cima ou para a frente;

MOVIMENTOS
ARTICULARES
Tipos de movimentos articulares:

Pronação, exemplo mover a mão de forma a que


a palma esteja virada para baixo ou para trás;

Eversão, exemplo mover o pé de forma a que a


sola esteja virada para fora;

Inversão, exemplo mover o pé de forma a que a


sola esteja virada para dentro;
MOVIMENTOS
ARTICULARES

Tipos de movimentos articulares:

Protracção, move-se uma parte do corpo para a


frente, como por exemplo se põe o queixo para a
frente;

Retracção, move-se uma parte do corpo para


trás, como por exemplo se põe o queixo para trás;

MOVIMENTOS
ARTICULARES

Tipos de movimentos articulares:

Elevação, move-se uma parte do corpo para


cima, como por exemplo se eleva os ombros para
cima;

Depressão, move-se uma parte do corpo para


baixo, como por exemplo se deixa descair os
ombros.
ACÇÃO MUSCULAR

Os músculos esqueléticos funcionam em grupos:

Para mover uma determinada parte do corpo é


necessário contrair mais do que um músculo.

A observação atenta dos movimentos do corpo,


permite determinar a função de músculos
particulares.
TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Função e Estabilidade da Coluna Verterbral

552
COLUNA VERTEBRAL

Faz parte da estrutura do corpo de todos os animais


vertebrados;

Sofreu grandes transformações ao longo da


evolução do Homem.

Eixo de comunicação entre o sistema nervoso central


e o sistema nervoso periférico;

Apresenta funções bem definidas.

COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral estende-se no crânio até à pélvis,


formando o eixo vertical do esqueleto;

Suporta a cabeça e toda a zona central do corpo


humano (peito e abdómen):

É suficientemente flexível para permitir


movimentos para a frente, para trás, para os lados
e de rotação e circundução à volta do eixo central;
COLUNA VERTEBRAL

Uma criança possui 33 ossos na coluna vertebral:

5 vão-se fundir para dar origem ao sacro;

4 vão-se fundir para dar origem ao cóccix;

Assim, a coluna de um adulto possuí 26 ossos


distintos.

FUNÇÕES DA COLUNA
VERTEBRAL

Funções:

Proteger a medula espinhal e os nervos espinhais;

Suportar o peso do corpo;

Fornecer um eixo parcialmente rígido e flexível


para o corpo;
FUNÇÕES DA COLUNA
VERTEBRAL
Funções:

Exercer um papel importante na postura e locomoção;

Servir de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e


os músculos do dorso;

Proporcionar flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para


a frente, para trás, para os lados e ainda girar sobre o seu eixo.

FUNÇÕES DA COLUNA
VERTEBRAL
Constituintes:

Músculos;

Ligamentos;

Discos intervertebrais;

Vértebras.
CONSTITUINTES DA
COLUNA VERTEBRAL
Músculos, dão estabilidade à coluna vertebral;

Discos intervertebrais, funcionam como amortecedores, dando ao


ser humano a capacidade de andar, correr, saltar e poder girar o
tronco e a cabeça;

Caso ocorra um traumatismo ou se verifique o seu envelhecimento,


pode ocorrer a ruptura do anel fibroso dos discos intervertebrais,
levando a substância mole do seu interior se escape. A ruptura de
um disco provoca dor e, por vezes, lesa os nervos.

Hérnia discal
CONSTITUINTES DA
COLUNA VERTEBRAL
Vértebras:

Dividem-se consoante as suas características:

À medida que se aproximam do sacro vão aumentando


de tamanho, e depois, à medida que se aproximam do
cóccix diminuem de tamanho;

Esta diferença tem a ver com o facto da região lombar


sustentar mais peso do que as regiões cervical e
torácica.
CONSTITUINTES DA
COLUNA VERTEBRAL
Vértebras:

Apresentam uma abertura, que vai constituir o canal vertebral no interior


do qual se localiza a espinal medula;

Constitui um túnel ósseo que vai do crânio até ao sacro;

Segue todas as curvaturas da coluna:

É mais largo nas partes da coluna em que se verifica mais movimento,


como é o caso das regiões lombar e cervical;

Mais estreito na região torácica onde os movimentos são mais


limitados.

CONSTITUINTES DA
COLUNA VERTEBRAL
Vértebras:

A coluna vertebral possui 4 curvaturas, o que dá um certo grau de resiliência à coluna;

O nome das curvatures corresponde ao lugar onde elas ocorrem:

As curvaturas torácicas e pélvicas são côncavas anteriormente e são designadas


curvaturas primárias;

As curvaturas cervical e lombar são convexas anteriormente e são designadas


curvaturas secundárias;

A curvatura cervical desenvolve-se quando um bebé começa suportar a cabeça;

A curvatura lombar desenvolve-se quando a criança começa a levantar-se.


TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Osteoporose

568
OSTEOPOROSE

Doença óssea metabólica, sistémica que por si só não


causa sintomas;

Caracteriza-se por uma diminuição da densidade


mineral óssea (DMO) e alterações da microarquitectura
(diminuição das trabéculas) e da resistência dos ossos;

Estas alterações causam um aumento da fragilidade


óssea e, consequentemente, um aumento do risco de
fracturas.

OSTEOPOROSE

Se não for prevenida ou tratada, a perda de massa


óssea vai aumentar progressivamente, de forma
assintomática, até à ocorrência de um fractura;

Estas fracturas ocorrem com um traumatismo


mínimo, que não provocaria fractura num osso
normal;

Devido a isto são muitas vezes chamadas de


fracturas de fragilidade.
OSTEOPOROSE

Normalmente não ocorrem sintomas clínicos de


osteoporose antes da ocorrência de uma fractura;

Durante a progressão da doença, os ossos tornam-


se progressivamente mais frágeis sem que os
indivíduos afectados o percebam.

OSTEOPOROSE

O osso é um tecido vivo:

Possui células responsáveis pela reabsorção óssea,


os osteloclastos;

Possui células responsáveis pela formação de novo


osso, os osteblastos.
OSTEOPOROSE

O processo de destruição do tecido ósseo é


chamado reabsorção óssea;

Este processo fica comprometido na osteoporose,


pois o corpo passa absorver mais osso do que o que
produz ou não produz esse osso em quantidade
suficiente.
OSTEOPOROSE

Processos que podem interferir na formação dos


ossos:

Deficiência de cálcio;

Envelhecimento;

Menopausa.

OSTEOPOROSE

Deficiência de cálcio;

Mineral essencial à formação normal dos ossos;

Durante o crescimento é utilizado para produzir o


esqueleto;

Os ossos são o principal reservatório de cálcio:

Fornecem este mineral para as restantes funções do


organismo;
OSTEOPOROSE

Deficiência de cálcio;

Quando o metabolismo do osso está em equilíbrio, o cálcio é


retirado e reposto no osso sem comprometer a sua estrutura;

O cálcio necessário ao organismo é obtido através da alimentação;

Se o cálcio na alimentação não é suficiente ou não é absorvido


em quantidade suficiente, a produção de tecido ósseo pode ser
afectado;

Esta é uma causa da osteoporose.

OSTEOPOROSE

Envelhecimento e menopausa;

80% dos casos de osteoporose estão associados a


estas duas condições;

Envelhecimento:

Os ossos crescem até aos 20 anos;

A sua densidade aumenta até aos 35 anos;


OSTEOPOROSE

Envelhecimento:

A partir dos 35 anos, a perda óssea aumenta


progressivamente, como parte natural do processo
de envelhecimento;

Se a densidade óssea não for suficiente para suprir o


aumento progressivo da reabsorção, os ossos vão
ficando mais frágeis e quebradiços, podendo levar à
osteoporose.

OSTEOPOROSE

Menopausa:

Aquando da menopausa, os ovários deixam de produzir


estrogénio;

A diminuição de estrogénios circulantes promove a perda


acelerada de ossos por:

Aumento da reabsorção óssea;

Diminuição da formação de osso.


OSTEOPOROSE

Menopausa:

A perda de massa óssea é mais acentuada nos 3-6


anos após a menopausa;

Após esta perda inicial acelerada, verifica-se uma


diminuição lenta e gradual de massa óssea até aos
valores registados antes da menopausa;

OSTEOPOROSE

Menopausa:

A perda óssea verificada nos primeiros anos após a menopausa tem a sua maior
repercussão ao nível das trabéculas dos ossos, predominante nas vértebras e
punhos:

As primeiras fracturas osteoporóticas numa mulher tendem a ocorrer nas


vértebras e punhos;

Posteriormente, tendem a ser nas vértebras;

Como a ocorrência duma fractura vertebral está associada a um aumento


significativo do risco de novas fracturas e da morbilidade que lhes está
associada, é importante a intervenção precoce para prevenção da primeira
fractura vertebral.
OSTEOPOROSE

Factores de risco:

Mulheres e homens orientais correm mais risco de sofrer


fracturas osteoporóticas, por um problema anatómico no
fémur;

História familiar de osteoporose;

História prévia de fractura por trauma mínimo;

Tabagismo;
OSTEOPOROSE

Factores de risco:

Baixa actividade física;

Baixa ingestão de cálcio;

Baixa exposição solar;

OSTEOPOROSE

Factores de risco:

Alcoolismo;

Ausências de menstruação por longos períodos de


tempo;

Baixo peso corporal.


OSTEOPOROSE

Sintomas:

A osteoporose dificilmente dá origem a qualquer


tipo de sintoma;

Frequentemente, os primeiros sintomas são


fracturas devias a pouco ou nenhum trauma;

Este tipo de fracturas são frequentes no punho,


vértebras, fémur e colo do fémur;

OSTEOPOROSE

Sintomas:

Como o avanço da doença podem surgir outros sintomas, como por


exemplo:

Dor ou sensibilidade óssea;

Diminuição da estatura;

Dor na região lombar e no pescoço devido fracturas das vértebras;

Postura encurvada ou cifótica.


TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Fracturas

589

FRACTURA

Fractura:

É uma interrupção da continuidade do osso que leva à


incapacidade de transmissão de carga devido à perda da sua
integridade estrutural.

Os ossos tem uma capacidade natural de deformação para


que possam absorver impactos, voltando à sua forma
original, quando o agente causador se dissipa.

As fracturas ocorrem, quando a força exercida sobre o osso é


maior que a força que estruturalmente ele consegue suportar;
FRACTURA

Em caso de suspeita de fractura o membro deve ser


imediatamente imobilizado;

O tratamento de uma fractura inclui a imobilização


do osso com gesso ou inserir, cirurgicamente,
placas ou varas de metal para manter as peças de
osso juntas;
FRACTURA

Algumas fracturas complicadas podem requerer


cirurgia;

Na maioria dos casos, o gesso é retirado ao fim de


algumas semanas, mas o paciente deve mover a
extremidade com cuidado, pelo menos, durante o
primeiro mês.

FRACTURA

Existem diferentes tipos de fracturas;

Alguns tipos de fracturas são mais graves que outros,


dependendo de:

Potência e direcção da força exercida;

Do osso fracturado;

Idade da pessoa;

Saúde da pessoa.
FRACTURA

As fracturas mais comuns ocorrem nos ossos do


pulso, tornozelo e coxa;

As fracturas da coxa ocorrem com maior


frequência nas pessoas de idade;

Os ossos fracturados necessitam de cerca de 4 a 8


semanas para sarar, tudo dependendo da idade, da
saúde da pessoa e do tipo de fractura.

CAUSAS

Acidentes traumáticos como as lesões desportivas,


acidentes com veículos ou quedas;

Condições de saúde como a osteoporose e alguns


tipos de cancro, que fazem com que os ossos
fracturem com mais facilidade;

Nestes casos, pequenos traumas e caídas podem


produzir fracturas graves.
SINTOMAS

As fracturas são distintas de outras lesões no


esqueleto, como as deslocações, no entanto, em
alguns casos pode ser difícil distingui-las;

Por vezes uma pessoa pode possuir mais do que um


tipo de lesão;

Em caso de dúvida, aplicar o tratamento como se


fosse uma fractura;

SINTOMAS

Os sintomas dependem da lesão específica e da sua


gravidade, mas podem incluir:

Dor intensa no local;

Edema;

Hematoma;
SINTOMAS

Encurtamento ou deformação do membro


lesionado;

Diminuição da força no membro afectado;

Perda total ou parcial dos movimentos;

Incapacidade de utilizar a extremidade.

CLASSIFICAÇÃO

As fracturas podem ser classificadas em:

Fractura fechada ou não exposta, se o osso não


ultrapassa a pele, podendo, no entanto, existir
tecidos lesionados debaixo da pele;

Fractura aberta ou exposta, se o osso partido


atravessa a pele e tecidos, ficando exposto ao
ambiente exterior. Neste tipo de fracturas, as
infecções e as hemorragias são mais prováveis.
CLASSIFICAÇÃO

Fractura em galho verde, é uma fractura incompleta que


atravessa apenas parte do osso, na qual este se deforma, mas
não ocorre fractura propriamente dita;

O nome é uma analogia com um galho verde de madeira


que similarmente quebra quando a parte de fora é dobrada;

Ocorre principalmente em crianças devido à calcificação


parcial de sua estrutura;

É dolorosa, mas estável.

CLASSIFICAÇÃO

Fractura de stress, osso se quebra devido ao stress repetido em


actividades desportivas;

É mais comum entre os atletas;

É mais frequente no pé ou na perna.

Fractura por compressão (esmagamento), ocorre quando os ossos


são forçados um contra o outro;

Geralmente ocorre nas vértebras;

Este tipo de fractura é comum em pessoas de idade que sofrem de


osteoporose.
CLASSIFICAÇÃO

Fractura por avulsão;

Os músculos encontram-se ligados aos ossos pelos tendões.

Fortes contracções musculares podem levar à separação do


tendão do osso, é à extracção de fragmentos de osso;

Este tipo de fractura é mais comum nas articulações do


ombro e joelho.

Fractura com luxação, a articulação sofre uma luxação e um


dos ossos sobre uma fractura.

CLASSIFICAÇÃO

Fractura cominutiva, quando o osso se quebra


em vários pedaços;

Este tipo de fractura demora mais tempo a curar-


se.

Fractura patológica, quando uma doença


subjacente enfraquece os ossos e provoca ruptura.
CLASSIFICAÇÃO

Fractura incompleta, quando o osso quebra de


um lado, não atingindo o osso todo;

Este tipo de fractura é mais frequente nas crianças,


já que estas possuem ossos mais elásticos.

Fractura com separação óssea, quando ocorre


uma fractura e um fragmento do osso se afasta.

CLASSIFICAÇÃO

Fractura longitudinal, quando o osso quebra do seu


eixo;

Fractura espiral, quando numa fractura um pedaço de


osso sofre rotação;

Fractura oblíqua, quando ocorre a fractura no osso e


esta aumenta na diagonal;

Fractura transversa, quando a fractura ocorre


transversalmente em relação ao eixo.
COMPLICAÇÕES DAS
FRACTURAS
As fracturas ósseas podem provocar várias complicações como por
exemplo:

Perda de sangue, dado que os ossos são muito vascularizados,


podendo consequentemente levar a perdas significativas de sangue;

Lesões nos órgãos internos, tecidos ou estruturas


circundantes, como é o caso do cérebro, aquando de fracturas do
crânio, ou dos órgãos do tórax, aquando da fractura de uma costela;

Atraso do crescimento ósseo, se a fractura ocorre na placa


epifisária de um osso comprido de uma criança.
PRIMEIROS SOCORROS
EM FRACTURAS
Conhecer os primeiros socorros a efectuar numa fractura é muito
importante:

Mover um osso partido pode aumentar a dor, a hemorragia e levar à


lesão dos tecidos localizados à volta da fractura;

Isto pode levar a complicações no processo de recuperação e cura


posterior.

Os primeiros socorros em fracturas consistem em imobilizar ou


limitar o movimento da zona fracturada;

Para isto podem-se utilizar talas.

PRIMEIROS SOCORROS
EM FRACTURAS
Também é importante controlar qualquer
hemorragia externa e alinhar qualquer deformidade
do osso antes de colocar as talas;

Estas acções só podem ser feitas por


paramédicos ou pessoal médico.

As fracturas na cabeça, costelas e pélvis são


graves e só devem ser manuseadas por
paramédicos ou pessoal médico.
PRIMEIROS SOCORROS
EM FRACTURAS

Em caso de fractura deve-se:

Manter a pessoa imóvel, especialmente em caso de


fractura de crânio, coluna, costelas, pélvis ou parte
superior da perna;

Estancar hemorragias, pressionado firmemente o


local com uma ligadura limpa;

PRIMEIROS SOCORROS
EM FRACTURAS

No caso de fractura exposta, deve-se aplicar a


pressão à volta das bordas da lesão;

Depois de se estancar a hemorragia, deve-se


manter a lesão exposta coberta com uma gaze
limpa, para evitar infecções do osso.
PRIMEIROS SOCORROS
EM FRACTURAS
Nunca se deve tentar endireitar os ossos fracturados;

No caso de fractura ser num braço ou perna, é importante deixar o


paciente confortável, colocando-se uma almofada debaixo da perna ou
do antebraço, no entanto, deve-se evitar causar mais dor ou
movimentos desnecessários da zona fracturada;

Deve-se aplicar uma tala para apoiar a extremidade:

As talas podem ser simples tábuas de madeira ou mesmo revistas


dobradas (dependendo da fractura);

Deve-se imobilizar a extremada acima e abaixo da fractura.

PRIMEIROS SOCORROS
EM FRACTURAS

Deve-se usar uma tipóia para suster uma fractura


de braço ou de clavícula;

Se possível, elevar a zona fracturada e aplicar uma


compressa fria para reduzir o inchaço e a dor;

Evitar que o paciente coma ou beba até que seja


examinada por um médico (pode precisar de
cirurgia de emergência).
TRATAMENTO

O diagnóstico de uma fractura é efectuada por um


médico mediante radiografia, TAC ou ressonância
magnética;

Normalmente, os ossos fracturados regeneram-se por


eles próprios:

O objectivo do tratamento médico, é assegurar que os


diferentes pedaços estão alinhados correctamente,
para que haja uma recuperação correcta.
TRATAMENTO

Um osso fracturado tem que recuperar-se completamente


do ponto de vista da força, movimento e sensibilidade;

Algumas fracturas expostas podem requer cirurgia,


tracção ortopédica ou ambas;

Factores como localização, gravidade, tipo de fractura,


condições físicas do acidentado e avaliação conjunta entre
médico e paciente, farão com que se busque a melhor
opção de tratamento e consequentemente um melhor
restabelecimento da saúde.

TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA


Luxações

618
LUXAÇÃO

É uma lesão intra-articular, em que um ou mais


ossos é deslocado de uma forma repentina e
duradoura, parcial ou completamente;

Sucede quando uma força actua diretamente ou


indiretamente numa articulação, empurrando o
osso para uma posição anormal;

Pode estar associada a uma fractura e geralmente é


causada por um forte traumatismo.
CAUSAS

Uma luxação pode ser causada por:

Traumatismo directo ou indirecto;

Queda;

Fractura;

Lesão congénita;

Frouxidão ligamentar, capsular ou muscular gerada por


doenças crónicas.

CAUSAS

Embora uma luxação possa ocorrer em qualquer


articulação do corpo, as regiões mais afectadas são
os ombros, cotovelos e dedos das mãos;

Independentemente da causa, a luxação pode ter


consequências noutras partes do corpo, podendo
levar a danos nos músculos, ligamentos e tendões,
que devem ser tratados posteriormente,
recorrendo-se à fisioterapia.
SINTOMAS

Quando ocorre uma luxação, por vezes, é possível


identificar o osso deslocado;

O surgimento da luxação é imediatamente


acompanhada por uma dor aguda no local da
luxação.

SINTOMAS

Existem outros sintomas ligados à luxação:

Deformidade na articulação;

Proeminência óssea;

Perda de movimento;

Dor durante o movimento;


SINTOMAS

Existem outros sintomas ligados à luxação:

Dormência ao redor da área traumatizada;

Sensação de formigueiro;

Inchaço local;

Poderá haver fractura óssea exposta.

DIAGNÓSTICO

Um médico pode chegar ao diagnóstico de luxação por


observação da área deformada;

No entanto, ele não consegue precisar com exatidão o local


lesionado, consequentemente, é necessário um raio X:

Tem a vantagem de permitir identificar a ocorrência ou não de


fracturas no momento em que o trauma ocorreu;

Pode-se realizar umTAC ou uma ressonância magnética após


a redução da luxação para avaliar os danos causados nos
músculos, ligamentos e cápsula articular.
PRIMEIROS SOCORROS

No caso de uma luxação, os primeiros socorros têm


apenas a ver com o levar imediatamente o
traumatizado para o hospital.

TRATAMENTO

O tratamento de uma luxação deve ser feito apenas por pessoal


médico, dado que se trata de um procedimento doloroso e
perigoso, que requer prática clínica:

O primeiro passo corresponde à ingestão de analgésicos para


suportar a dor;

Numa segunda fase procede-se à “redução” da luxação, que


consiste em posicionar o osso devidamente no seu lugar;

Em algumas situações, pode ser necessário intervenção


cirúrgica.
TRATAMENTO

A colocação do osso na posição correcta deve ser feita o quanto antes,


porque a sua deslocação pode comprometer o fornecimento de sangue
àquela parte do organismo;

Após a redução da luxação, a articulação deve ser enfaixada e


imobilizada, para uma melhor cicatrização e evitar novas luxações;

Durante o tempo de recuperação, os medicamentos prescritos são


analgésicos ou anti-inflamatórios, de forma a que o paciente possa
suportar a dor;

Posteriormente, o paciente deverá ser encaminhado para fisioterapia,


até à remissão completa dos sintomas.

TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA


Doenças Reumáticas

632
DOENÇAS REUMÁTICAS

São um conjunto de doenças que atingem o sistema músculo-


esquelético, ou seja, as articulações, ossos, músculos,
ligamentos e tendões;

As doenças reumáticas podem evoluir silenciosamente durante


anos e o médico acaba por ser consultado apenas quando as
queixas já interferem nas actividades diárias do doente;

Algumas doenças reumáticas podem comprometer outras


partes e funções do corpo humano, como os rins, coração,
pulmões, olhos, intestino e até a pele.

DOENÇAS REUMÁTICAS

Existem mais de uma centena de doenças reumáticas, cada qual com


vários subtipos:

Doenças inflamatórias do sistema musculoesquelético, do tecido


conjuntivo e dos vasos;

Doenças degenerativas das articulações periféricas e da coluna


vertebral;

Doenças metabólicas ósseas e articulares, as alterações dos tecidos


moles periarticulares;

Doenças de outros órgãos e/ou sistemas relacionadas com as anteriores.


DOENÇAS REUMÁTICAS

Os sintomas mais comuns são a dor, a inflamação e a limitação


da mobilidade;

Muitas vezes o seu diagnóstico é difícil;

Elas podem agudas, crónicas ou recorrentes;

Afectam pessoas de todas as idades (bebés e crianças inclusive)


e de ambos os sexos;

No entanto, as mulheres, especialmente depois dos 65 anos,


são as mais afectadas.

SINTOMATOLOGIA

Cada doença reumática tem sinais e sintomas específicos;

No entanto, existem queixas comuns às várias doenças


reumáticas:

Dor (cuja intensidade e localização varia de doença para


doença);

Limitação de movimentos;

Tumefação;
SINTOMATOLOGIA

Calor e inchaço das articulações;

Sensação de fraqueza/rigidez aquando da execução


de tarefas simples;

Falta de energia;

Fadiga.

FACTORES DE RISCO

Cada doença reumática tem os seus factores de risco específicos;

Há algumas patologias relacionadas com a prática de actividade laboral, de desporto e


mesmo de lazer;

Existem alguns que são comuns às várias doenças:

Idade;

Tabagismo;

Obesidade;

Consumo de determinados fármacos;

Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas.


PRINCIPAIS DOENÇAS
REUMÁTICAS
Osteoartrose;

Raquialgias;

Doenças reumáticas periarticulares, incluindo as


lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho;

Osteoporose;

Lesões musculo-esqueléctivas ligadas ao trabalho;

PRINCIPAIS DOENÇAS
REUMÁTICAS
Fibromialgia;

Artrite reumatoide;

Artropias microcristalinas;

Espondiloartropatias;

Doenças reumáticas sistémicas;

Artrites idolátricas juvenis (com causa desconhecida).


DIAGNÓSTICO

No caso da presença de dores, rigidez ou inchaço de


uma articulação durante um período superior a 15
dias, deve-se consultar um reumatologista;

Assim pode-se efectuar um diagnóstico precoce e


um tratamento mais eficaz.

TRATAMENTO

Existem várias terapêuticas disponíveis que se destinam a


aliviar a dor e a diminuir a incapacidade, melhorando
assim a qualidade de vida do doente;

Dentro destas terapêuticas temos:

Toma de medicação;

Repouso

Prática de exercício físico;


TRATAMENTO

Alimentação adequada;

Fisioterapida;

Hidroterapia;

Dispositivos de contenção;

Em alguns casos, cirurgia.

A escolha da terapêutica deve ser feita caso a caso pelo


reumatologista.

TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA


Tumores ósseos

644
TUMORES ÓSSEOS

Tumor ou neoplasia é uma massa anormal de tecido,


resultante de um crescimento celular anormal.

Tumor ósseo, é uma neoplasia produzida pelo


crescimento anormal das células ósseas.

Os tumores ósseos podem ser:

Não cancerosos (benignos);

Cancerosos (malignos).

TUMORES ÓSSEOS

Os tumores ósseos benignos são relativamente frequentes,


enquanto que os malignos são pouco frequentes;

Os tumores ósseos podem ser:

Primários, tumores benignos ou malignos que têm


origem no próprio osso;

Metastáticos, tumores malignos originados noutro


ponto do organismo (cancro da mama ou da próstata)
que se propaga para o osso.
TUMORES ÓSSEOS

Nas crianças, a maior parte dos tumores ósseos cancerosos são


primários, enquanto que, nos adultos são metastáticos;

A dor nos ossos é o sintoma mais frequente de tumor ósseo;

Para além da dor, é possível notar uma massa ou tumefacção no osso;

Por vezes, o tumor, especialmente os cancerosos, enfraquecem o osso;

Isto leva a fracturas com pouca ou nenhuma sobrecarga (fractura


patológica);

TUMORES ÓSSEOS

Raramente causam a morte;

No entanto, eles podem ser perigosos e requerem


tratamento:

Os tumores benignos podem crescer e


comprometer a estrutura do osso;

Os tumores malignos, podem espalhar-se pelo


corpo.
TUMORES ÓSSEOS

Deve-se fazer radiografias das articulações ou de


qualquer membro que cause dor persistente;

Os raios X, permitem identificar uma zona anormal no


osso, não indicando de que tipo de tumor se trata;

O TAC e a ressonância magnética são úteis para


determinar a localização exacta e o tamanho do tumor;

Não fornecem diagnóstico específico.


TUMORES ÓSSEOS

Na maioria dos casos, é necessário extrair uma


amostra do tumor para exame microscópico
(biopsia) para assim se estabelecer o diagnóstico;

O tratamento imediato é que grande importância


no caso de tumores cancerosos:

Consiste numa combinação de medicamentos,


cirurgia e radioterapia.

TUMORES ÓSSEOS

Existem vários tipos de lesões ósseas:

Algumas surgem como manchas nos exames de imagem


(tal como os tumores ósseos);

Não são consideradas tumores verdadeiros e são


conhecidos como pseudotumores;

De entre os vários tipos de tumores ósseos e de lesões


pseudotumorais, há algumas que afectam mais crianças e
outros mais adultos
PRINCIPAIS TIPOS

Principais tipos de tumores ósseos:

Osteocondromas; são o tipo mais comum de tumor ósseo não


canceroso;

Costumam aparecer em pessoas com 10 a 20 anos de idade;

São massas que crescem na superfície do ossos e sobressaem como


protuberâncias duras;

Uma pessoa pode ter um ou vários tumores;

A predisposição para desenvolver vários tumores pode ser de


carácter hereditário;

PRINCIPAIS TIPOS

Osteocondromas:

Cerca de 10 % das pessoas que possuem mais do que um


osteocondroma desenvolve um tumor ósseo canceroso,
denominado Condrossarcoma;

Contudo, é improvável que pessoas com um único


osteocondroma desenvolvam um condrassarcoma;

Surgem na parte central do osso;

Afectam indivíduos com 10 a 30 anos de idade;


PRINCIPAIS TIPOS

Osteocondromas:

Descobrem-se frequentemente quando se realizam


radiografias por outros motivos;

São diagnosticados pelo seu aspecto característico;

Se não causarem dor, não devem ser extraídos nem tratados;

Deve-se fazer um acompanhamento radiológico para vigiar


o seu tamanho.
PRINCIPAIS TIPOS

Tumor de células gigantes; tumores benignos


que apresentam agressividade local.

Surgem principalmente em adultos jovens (20-30


anos);

Surgem nas extremidades dos ossos longos, junto


aos joelhos e pulsos;

PRINCIPAIS TIPOS

Condroblastomas; tumores pouco frequentes que


crescem nas extremidades dos ossos;

Surgem em pessoas entre os 10 e os 20 anos de idades;

Podem causar dor, o que permite a sua detecção;

O tratamento consiste na sua remoção cirúrgica,


embora, em certas ocasiões, possam reaparecer depois
da cirurgia.
PRINCIPAIS TIPOS

Endocontroma, tumor benigno de origem cartilagínea que


cresce dentro do osso;

Predominante em pessoas entre os 20 e os 40 anos de idade;

Surge principalmente nos ossos das mãos e pés;

O tratamento pode consistir em remoção cirúrgica, caso o


tumor leve a um fragilização do osso;

Não é frequente que o tumor reapareça no mesmo sítio após


remoção cirúrgica.
PRINCIPAIS TIPOS

Fibromas condromixóides; tumores muito pouco


frequentes;

Surgem em pessoas com menos de 30 anos de idade;

O sintoma mais comum é a dor;

Têm um aspecto característico nas radiografias;

O tratamento consiste em remoção cirúrgica.


PRINCIPAIS TIPOS

Osteomas osteóides, são tumores muito pequenos que surgem


preferencialmente nos braços e nas pernas;

Causam dor que piora durante a noite;

É atenuada por doses baixas de aspirina;

A eliminação da dor de modo definitivo só é possível com a


remoção cirúrgica do tumor;

Existem pacientes que preferem tomar aspirina indefinidamente


em vez de se submeterem a uma operação cirúrgica;

PRINCIPAIS TIPOS

Por vezes, os músculo que rodeiam o tumor


atrofiam-se;

Processo que pode ser corrigido depois da remoção


do tumor;

O tumor pode ser difícil de localizar, daí que possa


ser necessário realizar um TAC ou técnicas
radiológicas especiais.
PRINCIPAIS TIPOS

Principais tipos de pseudotumores ósseos:

Displasia fibrosa; lesão óssea pseudotumoral benigna e congénita;

Provoca desgaste ósseo e crescimentos ou lesões em uma ou mais ossos do


corpo;

Ocorre substituição do osso medular por tecido fibroso;

Causa expansão das áreas afectadas e enfraquecimento dos ossos


envolvidos;

Surge principalmente em indivíduos com 10 a 20 anos de idade;

Pode surgir num único ou em vários ossos.

PRINCIPAIS TIPOS

Cisto ósseo aneurismático; lesão óssea benigna,


pseudotumoral, com agressividade local;

Caracterizado por um estrutura esponjosa, cheia de


espaços de diferentes diâmetros separados por
septos de tecido conjuntivo, contendo trabéculas, ou
tecido osteóide e células gigantes osteoclásticas;

Estes espaços encontram-se cheios de sangue ou


soro.
PRINCIPAIS TIPOS

Principais tipos de tumores ósseos malignos:

Mieloma múltiplo; tumor canceroso primário mais frequente;

Tem origem nas células da medula óssea, produtoras de anticorpos;

Mais comum em pessoas de idade avançada;

Pode afectar um ou mais ossos, daí que possa surgir dor num ou
vários pontos;

Tratamento é complexo e pode consistir em quimioterapia,


radioterapia e cirurgia.
PRINCIPAIS TIPOS

Este tipo de tumores costumam causar dor e inflamação;

É preciso efectuar biopsia para estabelecer o diagnóstico;

O seu tratamento consiste numa combinação de


quimioterapia e cirurgia;

Primeiro efectua-se a quimioterapia, o que leva a uma


diminuição da dor;

De seguida procede-se à remoção cirúrgica do tumor.

PRINCIPAIS TIPOS

Fibrossarcomas e Histiocitomas fibrosos


malignos; apresentam o mesmo aspecto, a mesma
localização e os mesmos sintomas que os
osteossarcomas;

São tratados da mesma forma que os


osteossarcomas.
PRINCIPAIS TIPOS

Condrossarcomas; tumores de grau baixo ou de crescimento


lento;

Frequentemente podem curar-se mediante cirurgia;

Alguns tumores de alto grau tendem a propagar-se;

A biopsia é necessária para o diagnóstico;

Este tipo de tumores devem ser extraídos cirurgicamente na


sua totalidade, já que não respondem à quimioterapia nem à
radioterapia.

PRINCIPAIS TIPOS

Tumor de Ewing ou sarcoma de Ewing; surge com


maior frequência em homens e jovens com 10 a 20 anos de
idade;

A maioria dos tumores desenvolve-se nos braços ou nas


pernas;

Os sintomas mais frequentes são dor e inchaço;

Os tumores podem ser bastante grandes, podendo afectar


todo o comprimento do osso;
PRINCIPAIS TIPOS

A biopsia é necessária para o seu diagnóstico;

O tratamento consiste numa combinação de


cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

PRINCIPAIS TIPOS

Linfoma maligno do osso ou sarcoma de células


reticulares; geralmente afecta pessoas entre os 40 e os 60
anos de idade;

Pode ter origem em qualquer osso ou qualquer parte do corpo e


estender-se ao osso;

Causa dor, inchaço e uma propensão para sofrer fracturas;

O tratamento consiste numa combinação de quimioterapia e


radioterapia que é tão eficaz como a remoção cirúrgica do
tumor.
PRINCIPAIS TIPOS

Tumores ósseos metastáticos; formas de cancro


que se propagam ao osso a partir do seu ponto de
origem, em qualquer parte do organismo;

Os cancros da mama, pulmão, próstata, rim e


tiróide são os mais propensos a propagar-se ao osso;

Um indivíduo que teve ou tem cancro e apresenta


dor e inflamação dos ossos, deve ser examinado
para despistar tumores ósseos metastásicos;

PRINCIPAIS TIPOS

Pode provocar sintomas, inclusivamente antes da detecção do


cancro original:

Sintomas consistem em dor ou fractura no ponto em que o tumor


debilitou o osso;

A biópsia é útil para determinar a localização do cancro original;

As fracturas podem ser prevenidas por meio de uma intervenção


cirúrgica para estabilizar o osso;

O tratamento depende do tipo de cancro original.


TÉCNICO AUXILIAR DE FARMÁCIA
Alterações ósseo-articulares e musculares decorrentes do
processo de envelhecimento da mobilidade
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ALTERAÇÕES RELACIONADAS
COM O ENVELHECIMENTO

Envelhecimento é um processo natural pelo qual todos os seres


humanos passam;

Caracteriza-se por diversas modificações do organismo que, em


maior ou menor grau, influenciam a autonomia, saúde e
qualidade de vida das pessoas;

O sistema músculo-esquéletico encontra-se intimamente


relacionado com o funcionamento e independência dos
movimentos;

Com o envelhecimento este sistema também sobre alterações;


ALTERAÇÕES RELACIONADAS
COM O ENVELHECIMENTO

Com a idade começa-se a observar fraqueza muscular,


restrições na flexibilidade e alterações ósseas;

Estas alterações vão modificar a postura e o padrão


de deambulação do idoso;

O comprometimento das reacções de equilíbrio e o


declínio da força muscular, predispõem o idoso a
quedas, levando a pequenas escoriações, fracturas,
morbidade permanente e até mesmo a morte.

ALTERAÇÕES RELACIONADAS
COM O ENVELHECIMENTO

Alterações articulares:

Com a idade, as articulações perdem o líquido


sinovial que lubrifica as articulações;

A cartilagem ao redor dos ossos desgasta-se e


estes entram em contacto uns com os outros;

Produz atrito e dor.


ALTERAÇÕES RELACIONADAS
COM O ENVELHECIMENTO

Alterações musculares:

Com o envelhecimento observa-se uma perda de massa


muscular (sarcopenia);

Ocorre uma redução do número e do tamanho das fibras


musculares, principalmente das de contracção rápida
(tipo II);

Esta redução, predispõe o idoso a tornar-se mais lento;

PRINCIPAIS TIPOS

Alterações musculares:

O tipo de actividade física praticada também influência a quantidade


e tipo de fibras musculares;

A maioria das actividades realizadas por pessoas idosas exigem


pouco esforço muscular;

Assim as fibras do tipo II não são recrutadas, porque para tal é


necessário força muscular moderada/máxima;

As fibras do tipo I são as mais utilizadas porque para o seu


recrutamento é necessário uma força muscular leve.
ALTERAÇÕES RELACIONADAS
COM O ENVELHECIMENTO

Outras alterações:

Diminuição da flexibilidade, devido a uma restrição da


força muscular;

Surge como dificuldade em realizar movimentos


amplos;

Diminuição da elasticidade da pele;

Alterações morfológicas periarticulares.

ALTERAÇÕES RELACIONADAS
COM O ENVELHECIMENTO

Assim, todas estas alterações da mobilidade levam a que


seja necessário proceder-se a um planeamento dos
cuidados de saúde do idoso adaptados à sua situação
particular;

Com a alteração da mobilidade, há duas situações que


implicam cuidados de saúde acrescidos:

Transferências do utente;

Prevenção de úlceras de pressão.


ÚLCERAS DE PRESSÃO

Este tipo de úlceras aparece frequentemente em


pessoas que não se conseguem movimentar ou
ficam acamadas ou sentadas durante muito tempo
na mesma posição;

Elas podem ocorrer em qualquer parte do corpo,


mas são mais comuns nas nádegas, calcanhares e
nas regiões laterais da coxa;

ÚLCERAS DE PRESSÃO

“As Úlceras de Pressão são áreas da superfície


corporal localizadas que sofreram exposição
prolongada a pressões elevadas, fricção ou
estiramento, de modo a impedir a circulação local,
com consequente destruição e/ou necrose
tecidular.”

DGS, 2007
ÚLCERAS DE PRESSÃO
ÚLCERAS DE PRESSÃO

As úlceras de pressão apresentam diferentes graus:

Grau I - pele intacta com rubor não branqueável numa área


localizada, normalmente sobre uma proeminência óssea;

A área pode estar dolorosa, dura, mole, mais quente ou mais fria
comparativamente ao tecido adjacente;

Pode ser indicativo de pessoas “em risco” (sinal precoce de risco);

Pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele


escuros.
ÚLCERAS DE PRESSÃO

Grau II - perda parcial da espessura da derme que


se apresenta como uma ferida superficial com leito
vermelho-rosa sem tecido desvitalizado;

Também se pode apresentar com flitena fechada


ou aberta preenchida por líquido seroso;

Apresenta-se como uma úlcera brilhante ou seca,


sem tecido desvitalizado ou equimose.
ÚLCERAS DE PRESSÃO

Grau III - perda total da espessura dos tecidos;

O tecido adiposo subcutâneo pode ser visível, mas


o ossos, tendões ou músculos não se encontram
expostos;

Pode estar presente algum tecido desvitalizado,


mas não oculta a profundidade dos tecidos lesados;
ÚLCERAS DE PRESSÃO

A profundidade da úlcera varia de acordo com a


localização anatómica;

Na asa no nariz, orelhas e região occipital não têm


tecido subcutâneo, e as úlceras podem ser superficiais;

Em zonas com tecido adiposo abundante podem


desenvolver-se úlceras extremamente profundas;

Podem ser cavitadas e fistulizadas;


ÚLCERAS DE PRESSÃO

Grau IV - perda total da espessura dos tecidos com


exposição óssea, dos tendões ou dos músculos;

Em algumas partes do leito da ferida pode aparecer


tecido desvitalizado (húmido) ou necrose (seco);

Frequentemente são capitadas e fistulizadas;

A profundidade da úlcera varia de acordo com a


localização anatómica.
FACTORES DE RISCO

Existem dois tipos de factores:

Factores intrínsecos, que estão relacionados


com o indivíduo;

Factores extrínsecos, que estão relacionados


com elementos externos
FACTORES DE RISCO

Dentro dos factores intrínsecos temos:

Vasculares, incluem alterações como arteriopatias


obliterantes, insuficiência venosa periférica e
microarteriopatia diabética;

Neurológicas, como alterações da sensibilidade,


motricidade e do estado de consciência, que podem
induzir situações de imobilidade ou agitação, que
favorecem as forças de pressão e/ou fricção;

FACTORES DE RISCO

Tópicos, como a diminuição da elasticidade da pele,


a perda de gordura subcutânea e a atrofia muscular,
que levam ao aparecimento e proeminências ósseas
mais salientes, facilitadoras do aparecimento de
úlceras de pressão, sobretudo em pessoas idosas;

Gerais, como neoplasias, febre, infecções,


desnutrição, fármacos (córticosteroides, analgésicos
e sedativos) que possa diminuir a sensibilidade.
FACTORES DE RISCO

Dentro dos factores extrínsecos temos as forças que


actuam a nível local, como compressão prolongada,
fricção e estiramento.

ÚLCERAS DE PRESSÃO

A localização das úlceras de pressão está associada a


proeminências ósseas;

As zonas preferenciais para o seu aparecimento são:

Região sacro-coccígea;

Região trocanteriana/crista ilíaca;

Região isquiática;

Região escapular;
ÚLCERAS DE PRESSÃO

Região occipital;

Cotovelos;

Calcâneos;

Região maleolar.
ÚLCERAS DE PRESSÃO

Medidas de conforto, higiene e hidratação cutânea:

Manter a pele seca e limpa;

Lavar com água morna e sem esfregar/causar fricção;

Secar a pele, sem friccionar e utilizar toalhas ou outros tecidos


suaves e lisos;

Não utilizar álcool;

Usar sabões não irritantes e hidratantes;


ÚLCERAS DE PRESSÃO

Medidas de conforto, higiene e hidratação cutânea:

Massajar com cremes hidratantes;

Não massajar sobre as proeminências ósseas ou nas


ruborizados (os capilares já estão afectados);

Quando presentes situações de incontinência, a zona afectada


deve ser limpa e seca o mais rapidamente possível;

Usar meios de protecção que não danifiquem ou irritem a pele.

ÚLCERAS DE PRESSÃO

Técnicas de alívio da pressão:

Técnicas de posicionamento dos doentes:

Evitar arrastar o doente - levantar!

Distribuir o peso do doente no colchão, evitando zonas de pressão;

Colocar o doente em posições naturais (respeitando o


alinhamento corporal);

Reposicionar os doentes em intervalos de 3 a 4 horas!


ÚLCERAS DE PRESSÃO

Alimentação:

O aporte dos nutrientes necessários deverá ser,


tanto quanto possível, garantido por produtos
naturais e uma alimentação com confecção a
apresentação “normais”, devendo o recurso a
produtos farmacêuticos (suplementos alimentares)
ser restrito aos casos em que existe indicação
estrita para tal.

ÚLCERAS DE PRESSÃO

Reposicionamento:

Reposicionar todos os indivíduos que estejam em risco


de desenvolver ou que já tenham desenvolvido úlceras
de pressão, a menos que contraindicado;

O reposicionamento visa reduzir a duração e


magnitude da pressão exercida sobre áreas vulneráveis
do corpo e contribuir para o conforto, higiene,
dignidade e capacidade funcional do indivíduo.
ÚLCERAS DE PRESSÃO

O reposicionamento é a alternância de decúbito e


visa principalmente o conforto e bem-estar do
doente, respeitando os princípios anatómicos e
protegendo as zonas de proeminência ósseas.

DECÚBITO DORSAL
DECÚBITO SEMI-DORSAL
DECÚBITO LATERAL
DECÚBITO VENTRAL

DECÚBITO SEMI-
VENTRAL
POSICIONAMENTO EM
FOWLER

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