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A Importância do Sistema

Nervoso Autônomo pela visão


da Quiropraxia
 Bacharel em Fisioterapia - Centro universitário Newton Paiva em 2008.
 Pós Graduado em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva – UNI-BH em
2009.
 Especialista COFFITO – SONAFE
 Especialista COFFITO – QUIROPRAXIA.
 Diplomado em FISIOTERAPIA MANIPULATIVA com ênfase em:
FISIOTERAPIA MANIPULATIVA ORTOPÉDICA e FISIOTERAPIA
MANIPULATIVA POSTURAL.
 Osteopatia pela Escola de Madri – EOM
 Fisioterapeuta e proprietário da clinica FISIOPRAXIS.
 Diretor Científico – SONAFE.
 Diretor de Marketing – SBQuiro.
 Fisioterapeuta da equipe de Fisiculturismo Hardcore Training.
 Responsável pelo departamento de Fisioterapia de campeonatos
nacionais e regionais de Taekwondo - 2009 – 2010
 Formação no método de Reeducação Postural Global “RPG – Aplicado
aos conceitos atuais” – 2011.
"Encontre a subluxação e conhecerá seus reflexos.
Remova o reflexo e iniciará processo de recuperação. 
O ajustamento vertebral remove a irritação que gera o
estímulo. 
A técnica manipulativa reflexa remove os efeitos do
estímulo.”

Major Bertrand De Jamette D.C.


O raciocínio Quiroprático
promove a saúde e permite a
retomada da comunicação do
Sistema Nervoso com o
restante do seu corpo.
“Nosso Corpo é o templo perfeito da
natureza.
É algo que nos foi dado mas é nossa
obrigação cuidar dele e também
estuda-lo!”
Henri-Frédéric Amiel
D.D. Palmer, quando criou a Quiropraxia, tinha a sua
disposição a teoria reticular, que era amplamente aceita
pela ciência.

A teoria reticular entendia que o sistema nervoso era


uma rede contínua de comunicação.

Na época ainda se falava muito do líquor como possível


condutor de tal comunicação.

Palmer também utilizava a teoria da degeneração


Walleriana, porém com uma conotação diferente da
atual.
Degeneração Walleriana
Descrita em 1850 por Augustus Waller., foi
determinante para os conceitos da neurociência
então vigentes que tornou-se a base de muitas
outras descobertas no campo da neurobiologia.
Os nossos nervos são formados por axônios, que
são verdadeiros “fios” por onde circulam os
impulsos nervosos.
Se ocorrer um dano ao axônio que cause a sua
ruptura, o segmento acima do ponto do corte
começa a se degenerar.
Degeneração Walleriana

Essa degeneração segue caminhando


progressivamente até chegar ao corpo do
neurônio.
Esse processo ascendente e progressivo é
chamado de degeneração Walleriana.
Os sintomas são relacionados à função do nervo
lesado, podendo ser perda de força ou alteração
de sensibilidade, por exemplo. 
A teoria do neurônio, vigente até os dias atuais, foi
lançada por Santiago Ramon y Cajal em 1906,
porém somente aceita muitos anos à frente.

Cajal conseguiu demonstrar a polarização de


neurônios e entendeu que estas células tinham
poder de comunicação entre elas.

O conceito de neuroplasticidade surgiu em 1950,


com Donald Hebb – “neurons that fire together wire
together”. 
Definição de Quiropraxia WFC
“Profissão na área da saúde que se dedica ao
diagnóstico, tratamento e prevenção de alterações
mecânicas do sistema músculo-esquelético e seus
efeitos sobre a função do sistema nervoso e da saúde
em geral.
Há uma ênfase em terapias manuais, incluindo a
manipulação ou ajustamento vertebral”.
Federação Mundial de Quiropraxia (WFC), Nova Zelândia em Maio de 1.999.
 O enfoque da Quiropraxia não é tratar a dor (Sintoma).

 A Quiropraxia visa a relação entre o Sistema Nervoso e o Corpo.

Se buscarmos as principais causas para busca espontânea de Quiropraxia nos


Estados Unidos.
• Média de um milhão de consultas ao ano.
• Mais de 60 mil Quiropraxistas atuando no mercado.

Condições:  Dificuldade para engravidar.


1 - Lombalgias / algias pélvicas 23,6%.  Asma.
2 - Cervicalgias 18,7%.  Otite em crianças.
3 - Cefaleias / dor fáscial 12,0%.
4 - Dorsalgias 11,5%.
5 - Condições de membros Inf. 8,8%.
6 - Condições de membros sup. 8,0%.
7 - Bem-estar geral 8,0%.
8 – Condições do Tórax 3,8%.
9 – Condições abdominais 2,8%.
10 – Outras condições não musculares 2,5.
Fazemos a Quiropraxia e vemos qual a resposta do corpo.
Porque mesmo utilizando técnicas diferentes
conseguimos obter resultados igualmente
positivos?
A explicação seria simples, existe um alvo
em comum para todas essas diferentes
abordagens.

O sistema nervoso central. 


Para compreender de forma transparente as bases
anatomofisiológicas que dão suporte a Quiropraxia,
é importante que alguns princípios fisiológicos
básicos sejam lembrados e considerados.
Princípios da Quiropraxia
A Quiropraxia possui 33 princípios dos quais iremos
destacar 7.
Innate Inteligence

“Tuas forças naturais, as que estão dentro de ti,


serão as que curarão suas doenças.”
Hipocrates

 Expressão da memória cromossômica em nível celular;

 Melhora comunicação do sistema nervoso;

 Célula trabalha melhor.


Inteligência Inata

A missão da Inteligência Inata - é manter a matéria do corpo de um ser vivo


em organização.
Globalidade

Todas as estruturas anatômicas são solidárias entre si, o corpo é uma única
estrutura em que tudo funciona em conjunto.
Equilíbrio entre Estrutura e Função

É importante que, para a manutenção geral da saúde, haja o


equilíbrio entre a estrutura e a função.
Causa e Efeito

Todo efeito tem uma causa e toda causa


tem efeito.
Tempo

Não há processo que não requeira tempo.


Estres

 Físico;

 Químico;

 Térmico;

 Mental.
CAUSAS DAS DESORDENS VERTEBRAIS

• Físicas - Traumas, acidentes, escorregões, alterações posturais.

• Químicas - perda características ósseas, hormônios, nutrição,

metabolismo que levam a fragilidade física.

• Emocionais - influencia direta (soma = corpo).


Teorias Quiropráticas

Porque teorias?

Estudos de baixa qualidade.

Baixo investimento.

Pesquisas são realizadas e patrocinadas pelos pesquisadores.


1 – Teoria da Compressão Neural

(Final do século XIX) – D.D. Palmer, B.J Palmer.

A inteligência Inata irá administrar o corpo e esta localizada no SNC.

Administrador Virtuoso que leva as informações a todas as partes do corpo,


desde uma víscera (Intestino, estômago, baço, rim) até a unha do seu dedo.

Qualquer agressão gera um déficit do SN.

Cervical e Lombar 11 raízes nervosas – Influência em MMSS e MMII.

As outras 21 raízes nervosas pode afetar o funcionamento de qualquer órgão


(SNA).
2 – Teoria da Resposta a Endorfina
Teoria simplista – Diz que o ajuste faz com que o individuo produza mais
endorfina e fique mais resistente a dor. (Analgésico natural).

Estudos mais recentes mostram um mecanismo de adaptação cerebral após


ajuste.
3 – Teoria da Resposta Reflexa
Neurológica
Músculos paravertebrais profundos (Multífidos, rotadores, intertransversais,
interespinhosos) – Músculos Tônicos x Fásicos.

Fusos musculares - órgãos receptores, cuja função é detectar as variações


do comprimento do muscular, quando aumentado ou diminuído.

Os ajustes geram um BOOT (processo de inicialização forçada) nesses


músculos pequenos.

A partir desse ajuste a


inteligência Inata é responsável
pela reorganização do Sistema.
4 – Teoria da Diminuição da Produção de
Cortisol

Ajustes frequentes tendem a diminuir a produção de cortisol no dia a dia nas


mesmas condições que os pacientes controle.

Teoria nova e com pouco embasamento.


SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL
A primeira lei da termodinâmica:
“A energia não pode ser criada nem destruída
apenas transformada de uma forma em outra,
ou seja, a quantidade de energia total
permanece constante”.
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL
A subluxação, gera o bloqueio da energia em
padrões inadequados.
O ajuste libera essa energia para ser usada
como potencial de vida.
A mesma inteligência que permite a
manutenção da vida pelo ecossistema, está
presente dentro de cada um de nós.
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL
Definição: Facilmente enunciado e normativo.

Conceito: Complexo, podemos usar se sequer


ter domínio e acabamos usando muitas vezes
sem saber definir.
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL

O conceito de subluxação é designado como uma


redução da mobilidade ou quando uma
articulação/vértebra apresenta um desarranjo articular,
podendo interferir ou bloquear a transmissão de impulsos
nervosos, impossibilitando os processos naturais de
reparação e cura.
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL

 Subluxação é um princípio clínico, definidor central da


Quiropraxia e fonte de debates controversos e desacordo
dentro da profissão.

 Mootz sugere que o termo subluxação é encontrado em


praticamente todas as esferas da Quiropraxia seja
clínica, científica, filosófica ou politica.
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL

Identifica quatro formas distintas que o termo é utilizado pela profissão, elas são:
 Subluxação como teoria da Quiropraxia: a subluxação é usada como mecanismo
explicativo dos efeitos físicos da intervenção quiropraxica.
 Subluxação como identidade profissional: a subluxação forma a base para a
prática da Quiropraxia.  
 Subluxação como um achado clínico: a subluxação serve para direcionar o local
da intervenção (ajuste).  
 Subluxação como diagnóstico clínico: a subluxação representa uma condição
clínica ou síndrome distinta.
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL
 Conceito  Prática
Desalinhamento
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL
 Conceito  Prática
EXAMES DE IMAGEM
Desalinhamento PALPAÇÃO *

?
Comprometimento da
transmissão das raízes
nervosas

Fluxo do liquor,

?
Desaferência,
Perda da energia Vital
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL

CAUSA SV PRIMÁRIA

MÁ ADAPTAÇÃO SECUNDÁRIA SECUNDÁRIA

ADAPTAÇÃO
TERCIÁRIA TERCIÁRIA TERCIÁRIA
SUBLUXAÇÃO VERTEBRAL

Situação 1
Readaptação Situação 1
espontânea Sem resultados

Situação 2
Piora ou surgimento
Situação 2 de sintomas
Secundária
persiste

Situação 3
Boa readaptação
COMPLEXO DE SUBLUXAÇÃO

“O sistema nervoso controla e coordena


todos os órgãos e estruturas do corpo
humano.”

Anatomia Gray – 29Ed. Pág4


COMPLEXO DE SUBLUXAÇÃO

O “desalinhamento” de vértebras e discos


da coluna pode causar irritação ao sistema
nervoso e afetar as estruturas, órgãos e
funções.
COMPLEXO DE SUBLUXAÇÃO
Sistema Nervoso
Sistema Nervoso
Ajuste Quiroprático

Melhorando a função do sistema músculo-


esquelético percebe-se que todas as partes
relacionadas se beneficiam, sejam outros
componentes músculo-esqueléticos ou áreas
abrangidas pelas vias nervosas ou circulatórias,
visando beneficiar a função global.
CHAITOW, 1992.
Ajuste Quiroprático

 Realizado nas vértebras que apresentam padrões


de movimento anormais ou que não funcionam
normalmente.
 O objetivo deste tratamento é “realinhar” a vértebra
de determinada articulação, com o intuito de
aumentar a amplitude de movimento, reduzir a
irritabilidade nervosa e melhorar a função.
 O ajuste pode ser manual ou mecânico, e nem
sempre faz barulho.
Efeitos do Ajuste

 Relaxamento muscular;

 Analgesia;

 Restauração da função;

 Mobilidade;

 Fluxo Nervoso;

 Auto cura.
Pré Requisitos

 EndFeel

 Final de ADM suportável (pelo menos 2/3 do movimento)

 Musculatura relaxada

 Habilidade manual
Sistema Nervoso

• É a parte do organismo que transmite sinais


entre as suas diferentes partes e coordena as
suas ações voluntárias e involuntárias.
• A parte que comanda suas ações
espontâneas chamamos de:

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO.


Sistema Nervoso Autônomo
SNA

 O SNA, foi um termo proposto por John Langley em


1898, também denominado como vegetativo e
involuntário, está relacionado ao controle e
comunicação interna do organismo.
 Por definição, segundo Machado (1993), denomina-se o
SNA apenas o componente do sistema nervoso visceral.
 Segundo Langley, é um sistema exclusivamente
eferente ou motor.
SNA

Relaciona-se com a inervação das


estruturas viscerais, sendo importante na
manutenção da homeostase junto com o
sistema endócrino, a cada momento
diante de diferentes situações e desafios
ambientais.
SNA

Segundo Caporossi, é um sistema


totalmente inconsciente e involuntário que
simplesmente funciona por vias reflexas,
em adaptação permanentes as condições
do meio interno e externo, independente
da da vontade do indivíduo.
SNA

Está relacionado ao controle da vida,


sendo responsável pelas ações
espontâneas do corpo, como a respiração,
os batimentos cardíacos, digestão,
controle da temperatura corporal, entre
muitas outras funções.
Inteligência Inata (Mente e Corpo)

• Temperatura, fome e sede;


• Respiração, batimentos cardíacos,
funcionamento visceral;
• Cicatrização;
• Vida e perpetuação da espécie.
Sistema Nervoso Autônomo
Sistemas Corporais

 Sistema Musculoesquelético.
 Sistema Neuromeníngeo.
 Sistema Visceral.
 Sistema Metabólico.
 Sistema Hormonal.

Os sintomas podem ocorrer em qualquer um dos sistemas.


Funções SNA

 Manter constantemente as funções biológicas (Homeostasia)


Regulação dos mecanismos cardiovasculares, respiratórios,
digestivos, excretórios e termorreguladores, que ocorrem de
modo automático e com relativamente pouco controle
voluntário, para as adaptações contínuas que preservam o
ambiente interno.
Integração do corpo com o meio ambiente.
Introdução

Podemos dividir o funcionamento do indivíduo em 3 sistemas:


1. O sistema estrutural neuro-músculo-esquelético = Físico.
2. O sistema autônomo ou neurovegetativo – Metabólico.
3. O sistema Psíquico – Emocional.

Chaitow e Caporossi
Divisão geral do SNA
Introdução

 Sistema nervoso central e periférico.


 Inervação e controle dos órgãos viscerais, músculos lisos e glândulas
secretoras.
 Parte simpática e parte parassimpática.
 As fibras autonômicas aferentes e eferentes entram e saem do SNC
através dos nervos cranianos e espinais.
 As alterações no ambiente interno e externo e os fatores emocionais
influenciam profundamente a atividade autônoma (hipotálamo).
Introdução
Organização do SNA
Neurônio pré-ganglionar Diencéfalo e Telencéfalo


Tronco encefálico e S2 a S4 Hipotálamo e Sistema Límbico
Medula – T1 a L2

 Fibra pré-ganglionar (mielínica)


Neurônio pós-ganglionar
Gânglios do SNA
 Fibra pós-ganglionar (amielínica)

Vísceras
Respostas do SNA

SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
 Facilitador das transmissões nervosas  Favorece o metabolismo;
(centrais e neuromusculares);
 Atua na regeneração dos tecidos e
 Freia a cicatrização dos tecidos; na constituição de reservas
 Controla a vascularização corporais;
arteriovenosa de todo o corpo,  Modera a atividade do simpático
portanto, a oxigenação dos tecidos; visceral.
 Sofre a influência da hipófise
(Glândula mestra dos sistema
neuroendócrino) e da pineal (relógio
biológico interno);
Respostas do SNA
Diferenças Anatômicas
Simpático (Tóraco – Lombar)

Medula Gânglios
T1 a L2 (colina lateral) Paravertebrais e
Curtas Longas
Pré-vertebrais

Neurônio Neurônios
Pré-ganglionar Pós-ganglionar

Troco encefálico Longas Próximo ou dentro Curtas


S2 a S4 das vsíceras

Parassimpático (Crânio – Sacral)


Diferenças Farmacológicas

Ação sobre os efetuadores – Mediadores químicos

 Noradrenalina – Fibras adrenérgicas


 Acetilcolina – Fibras colinérgicas

Fibras pré-ganglionares: Colinérgicas


Gls sudoríparas, vasos m. esqueléticos
Simpáticas - Adrenérgicas
Fibras pós-ganglionares: Parassimpáticas - Colinérgocas
Mediadores Químicos e Transmissão
Acetil-Colina Catecolaminas: Adrenalina, Produzidas na
Suprarenal.
 a pressão arterial,
 do trabalho cardíaco,
 de contração do mm. cardiaco,
 do débito coronário por vasodilatação,
Facilitação da secreção lacrimal,
 débito sanguíneo cerebral,
 da secreção salivar, pancreática e gástrica,
Vasoconstriçãoi arterial,
 dos movimentos do esófago, estômago
 da pressão arterial,
intestinos (delgado e grosso),
Vasodilatação das aa. Musculares,
Ereção – Vasodilatação pélvica,
Bronco dilatação,
Bronco – espasmos
Relaxamento dos mm Gástricos, intestinais e
Facilitação nos receptores de dor na pele – vesícula,
dermalgia reflexa,
Contração de esfincteres,
Estimulação da hipófise.
 da secreção sudorípara.
Diferenças Fisiológicas

 Ações Antagónicas – Harmonia (Homeostasia)


Glândulas salivares

 Inervação autônoma mista


Glândulas sudoríparas, eretores do pêlo, pineal

SIMPÁTICO (Difusas)
Reação de alarme
1 pré: Vários pós “To fight or to Flight”

PARASSIMPÁTICO (Localizadas) Relaxamento


1 pré: Poucos pós
Circunstâncias de ativação

SIMPÁTICO: adapta o organismo aos estados


de urgência de uma maneira difusa.

PARASIMPÁTICO: tem uma ação mais


localizada sobre cada órgão que se adapta as
variações do meio interior.
Breve Embriologia

É importante salientar que a pele, a


neuroglia, o sistema neuro-vegetativo, a
hipófise, a medula suprarrenal, e os órgãos
sensoriais são todos advindos do mesmo
tecido embrionário e devem ser considerados
uma unidade funcional.
Sistema Simpático

 Luta / fuga.
 Sistema Simpático tem uma conexão
com o sistema músculo esquelético, ele
caminha com as artérias.
Fugir de um leão.
Sistema Simpático
 Há duas cadeias laterovertebrais direita e esquerda, possuindo cada uma 23
gânglios simpáticos.

 Essas 2 cadeias vão desde a base do crânio (Gânglio de Ribs) até o coccix
(gânglio ímpar).

 O gânglio de Ribs é localizado no polígono de willis.

 O gânglio Impar tem função neuroendócrina.


Sistema Simpático

• Origem haste lateral da


medula.
• Nível de T1 a L2 (Núcleo do S.
N. Simpático).
• Cadeia látero vertebral
simpático ou tronco simpático
está localizada desde a
cervical até o Cóccix.
Possibilidades para o neurônio pré-
ganglionar:
Possibilidades para o neurônio pré-
ganglionar:
Possibilidades para o neurônio pré-
ganglionar:
Aspectos Gerais

O sistema simpático compreende


sistematicamente 4 estágios:
1. Craniano para as vísceras cefálicas: olho, nariz
(músculo nasal), garganta, boca (glândulas
salivares e mucosas), orelha.
2. Cervical para os MMSS e as vísceras
mediastínicas.
3. Torácico para vísceras mediastinais baixas e
abdominais.
4. Lombo-sacral para as vísceras pélvicas e MMII.
Neurônios Aferentes

São fibras mielínicas que vão da víscera através dos


gânglios simpáticos sem fazer sinapse.

Se dirigem ao nervo espinhal pelos ramos


comunicantes brancos e chegam aos seus corpos
celulares no gânglio da raiz posterior do nervo
espinhal correspondente.
Sistema Simpático
 Ramos Comunicantes
As fibras pré-ganglionares passam
para a cadeia através do ramo
comunicante branco
T1 a L2

As fibras pós-ganglionares retornam


ao nervo espinal através do ramo
comunicante cinzento
Toda a extensão
Sistema Simpático
 Liberação de hormônios da glândula suprarrenal
 Aumento da P.A. e F.C.
 Broncodilatação
 Inibição da motilidade e secreção no T.G.I.
 Aumento do metabolismo de glicose
 Mobilização de energia
 Dilatação de vasos da musculatura esquelética e, consequentemente, aumento do
fluxo sanguíneo
 Dilatação das pupilas
Sistema Simpático
Sistema Simpático
Exceções: Glândulas sudoríparas, músculos
eretores dos pelos, vasos sanguíneos e a Supra
Renal possuem, exclusivamente, inervação
simpática.
Outro fato curioso é que as fibras simpática que
inervam os vasos sanguíneos exercem sua
ação a partir da liberação de acetilcolina pelos
neurônios pós-ganglionares, diferentemente dos
demais neurônios pós-ganglionares simpáticos.
Inervação Simpática do Tecido Adiposo
Nas últimas décadas descobriu-se que fibras simpáticas alcançam não
apenas músculo liso, músculo cardíaco e glândulas, mas também as
células adiposas.
Apesar de ainda pouco compreendida, esta inervação apresenta papel
importante na mobilização das gorduras (lipólise) relacionadas a atividades
intensas, jejuns prolongados ou frio, além de promover a diferenciação do
tecido adiposo amarelo em tecido adiposo pardo.
Essa diferenciação torna o tecido termogênico, ou seja, ao invés de apenas
ser um reservatório de energia, agora há gasto de energia na forma de
calor.
Diversas pesquisas de base estão em andamento buscando elucidar a
fisiologia dessa inervação, mas já́ se sabe que ela ocorre via arco reflexo,
recebendo aferências do próprio tecido adiposo. Esse conhecimento pode
abrir espaço para novas estratégias no tratamento de doenças como a
obesidade.
Aspectos Gerais Parassimpático

 Favorece o metabolismo, a regeneração dos


tecidos, a constituição de reservas corporais.

 Diminui a FC, as pupilas se contraem,


aumenta o peristaltismo e a atividade
glandular, os esfíncteres se abrem e se
contrai a parede vesical.
Aspectos Gerais Parassimpático
Constituído anatomicamente por 3 partes:
PARASIMPÁTICO VISCERAL: constituído pelo X par
craniano – nervo vago
PARASIMPÁTICO FACIAL: inclui os VII, VII bis e IX
pares cranianos
PARASIMPÁTICO PÉLVICO: constituída pela medula
espinhal sacra
Atua mais durante a noite
(insônias, desconforto)
Sistema parassimpático desequilibrado
Sistema Parassimpático
Neurônios eferentes pré-ganglionares
• Localizados no tronco encefálico núcleos de nervos
cranianos associados aos nervos oculomotor,
facial, glossofaríngeo e vago = fornecem inervação
para estruturas da cabeça, tórax e abdome
• Localizados na parte sacral da ME = fornecem
inervação para vísceras pélvicas.
Neurônios eferentes pós-ganglionares
• Vão do gânglio ao órgão inervado.
Sistema Parassimpático

 No canal alimentar, estes neurônios contribuem para os


plexos miontérico (Auerbach) e submucoso (Meissner) =
“sistema nervoso entérico”.
Organização da parte parassimpática do SNA
Trajeto das Fibras do Parassimpático
Neurônios Aferentes

As fibras aferentes, mielínicas, vão desde


as vísceras até os gânglios sensitivos dos
nervos cranianos ou nos gânglios das
raízes posteriores dos nervos sacros.
Fisiologia
• Os reflexos neurovegetativos se devem a estímulos
exteroceptivos (frio, calor, stress físico e psíquico) ou
interoceptivos.

Podem ser reflexos conscientes ou não:


• REFLEXOS CONSCIENTES: sensações gustativas,
olfativas, reflexos gástricos e salivares, micção e defecação.

• REFLEXOS INCONSCIENTES: tensão arterial, ritmo


cardíaco, motricidade intestinal.
Gânglios Cervicais

Um gânglio permite uma grande


quantidade de divergência em uma
via neuronal e também permite um
circuito mais localizado para o
controle dos alvos inervados.
Gânglio Cervical Superior
 Está atrás do músculo reto anterior;
 Está posterior à transversa de C1, C2, C3;
 Contato pela frente com a aponeurose maxilofaríngea.
Inerva:
 Artérias Carótidas: relação com a vascularização
intracraniana
 Coração
 Faringe
 Laringe
 Esôfago
Gânglio Cervical Médio
 Está na frente da transversa de C6.

Inerva:
 Coração
 Artéria tireóidea inferior: relação com tiroide
Gânglio Cervical Inferior (Estrelado)
 Está na frente da transversa de C7 e do pescoço da
primeira costela
 Apresenta relações com a pleura (ligamentos
costopleurais, ligamento vértebrocostopleural)
Inerva:
 Coração
 Pulmões e brônquios
 Artéria Subclávia
 Esôfago
Origina o nervo vertebral que sobe até C4 e cujas fibras terminam ao
redor do tronco basilar: repercussão sobre a vascularização craniana
Gânglios

 Gânglios Torácicos  Gânglios Lombares


Há 11 pares de gânglios Há 5 pares lombares
torácicos situados na que estão a frente dos
frente das articulações corpos vertebrais e
costocorpóreas e por atrás do músculo
trás da fáscia Psoas.
endotorácica.
Gânglio Sacro

 Há 4 gânglios sacros localizados na face


anterior do sacro.

 Suas fibras participam da formação do plexo


pudendo interno que inerva:
 Bexiga
 Reto
 Sistema genital
Gânglio Ímpar ou Sacro-coccígeo

 As duas cadeias simpáticas se unem na


parte inferior, anteriormente a articulação
sacro-coccígea.
Hipotálamo

 Faz parte do diencéfalo.


 Está ligado à hipófise pelo infundíbulo.
 Tem funções autônomas, neuroendócrinas e límbicas,
e está envolvido na coordenação dos mecanismos
homeostáticos.
 Produz hormônios que são liberados da neuro-hipófise
(vasopressina e ocitocina) e fatores de liberação que
controlam a liberação de hormônios da adeno-hipófise.
Hipotálamo
Função do Hipotálamo

1- Controle endócrino.
2- Neurossecreção.
3- Efeitos autônomos gerais: Hipotálamo anterior e medial
(parassimpático) e o Hipotálamo posterior e lateral (Simpático).
4- Regulação da temperatura.
5- Relógio biológico.
6- Comportamento sexual e reprodução.
7- Regulação de ingestão de alimentos e água.
8- Emoção, medo, raiva, aversão, prazer e recompensa.
Núcleos do Hipotálamo
Área hipotalâmica lateral: controle da fome e da sede (centro da alimentação).
Área hipotalâmica medial:
Núcleo supraóptico: vasopressina (hormônio antidiurético).
Núcleo paraventricular: ocitocina (produção de leite e contração uterina).
Núcleo supraquiasmático: controle ritmos diuturnos e ciclo vigília/sono.
Núcleo ventromedial: também controle ingestão de líquidos e alimentos (centro da saciedade).
Núcleo mamilar medial: sistema límbico
Origens das aferências hipotalâmicas:

Circulatórias: sinais físicos (osmolaridade, temperatura),


químicos (glicemia, equilíbrio ácido-básico) e hormonais.

Neurais: SNA via núcleo do trato solitário (bulbo) colhe


informações de barorreceptores (pressão na parede de
vísceras) e quimiorreceptores (constituintes químicos de
cavidades com líquidos), além da participação da formação
reticular e núcleos monoaminérgicos (mesencéfalo).
Respostas do Hipotálamo

Circulatórias: via sistema endócrino (direciona síntese e


liberação de hormônios).

Neurais: via SNA e através de conexões com sistema


límbico (comportamentos motores instintivos) e com
formação reticular (estado de vigília e sono). Sistema
límbico também se conecta ao neocórtex de associação,
que analisa informações do ambiente e de outros indivíduos.
Simpático Crâniano

 Está constituído por uma rede de fibras nascidas dos 3


gânglios cervicais: estas fibras estão dispostas ao
redor das artérias carótidas.
 As fibras formarão 2 plexos:
 Plexo Carotídeo Externo
 Plexo Carotídeo Interno
 Esse 2 plexos são responsáveis pela inervação
vasomotora cerebral faz a inervação simpática dos 4
gânglios: G. de Ribs, Ciliar, Esfenopalatino e Ótico.
1.Gânglio de Ribs:
Está na zona do polígono de Willis. É o ponto de união das cadeias
simpáticas direita e esquerda.

2. Gânglio Ciliar ou Oftálmico:


É o centro pré-visceral do olho.
Núcleo: Edinger Westphal:
Simpático: Centro cílio-espinhal de Budge T2 T3 + gânglio cervical
superior.
Parassimpático: III par craniano.
Esse gânglio dá os nervos ciliares curtos que inervam:
Íris
Córnea
Coróides
Esclerótica
III – Óculo Motor

Pontos de Compressão:
 Sincondrose Esfenobasilar
 Seio Cavernoso do Esfenoide
 Anel Tendíneo Comum = Anel de Zinn
 Fissura Orbital Superior
3. Gânglio Esfenopalatino
- Núcleo Lacrimomuconasal
Simpático: plexo carotídeo
Parassimpático: VII par craniano
Inervam: glândula lacrimal e mucosa das fossas
nasais
- Núcleo Salivar Superior
Simpático: plexo carotídeo
Parassimpático: VII bis
Inervam: glândula salivar: submandibular e sublingual
VII – Facial

Pontos de Compressão:
 Parte petrosa do osso temporal
 Zona maxilofaríngea
 Glândula parótida
4. Gânglio Ótico
- Núcleo Salivar Inferior

Simpático: plexo carotídeo


Parassimpático: IX par craniano
Inerva: glândula parótida e a corda do tímpano

IX - Glossofaríngeo

Pontos de Compressão:
- Forame jugular
X - Vago
 Nasce no núcleo cárdio-neumo-gástrico-
entérico na base do IV ventrículo, e sai do
crânio pelo forame jugular.
 Na cervical, inerva em seu trajeto:
 Os músculos e a mucosa da faringe
 A laringe e a base da língua
 A artéria carótida
 Ao nível torácico inerva:
 Coração
 Pulmão e brônquios
 Esôfago
 Atravessa o diafragma chegando ao nível
abdominal onde inerva:
 Estômago, duodeno, intestino delgado, cólon
ascendente, transverso até flexura esplênica,
baço, pâncreas, fígado, vesícula biliar, rins e
ovários.
X - Vago
 Pontos de Compressão:
 Forame jugular
 Occipital e atlas
 Fáscias cervicais anteriores
 Primeiras costelas
 Dobradiça cérvico-torácica
 Diafragma
Crânio

Núcleo Via Gânglio Inervação Simpático


Mesencéfa e
Tronco Encefálico
Edinger Westphal III Ciliar - Músculo ciliar - Centro
- Esfíncter da pupila cilioespinhal de
Bugde em T2-T4
- Gânglio cervical
superior
Lacrimomuconasal VII Esfenopalatino - Glândula lacrimal Plexo Carotídeo
- Mucosa das fossas
nasais
Salivar Superior VII bis Submandibular - Glândulas salivares: Plexo Carotídeo
sublingual e
submandibular
Salivar Inferior IX Ótico - Glândula parótida Plexo Carotídeo
- Corda do tímpano
Plexos

Os plexos estão constituídos pela anastomose das


fibras do simpático e parassimpático.

Os principais são:
 Cardiopulmonar (no mediastino anterior)
 Solar (no abdome )
 Hipogástrico (na pelve )
 Mediastínico
Plexo Cardíaco

União do:
Simpático: 3 gânglios cervicais (nervos cardíaco
superior, médio e inferior ) + gânglios de T1 a T4
Parassimpático: Vago
As fibras desse plexo inervam:
 Coração;
 Arco da Aorta
 Artérias coronárias
Plexo Pulmonar

União do:

Simpático: gânglio estrelado + gânglios de T2 a T5


Parassimpático: Vago
Plexo Esofágico

União do:

Simpático: gânglio estrelado + gânglios de T1 a T5


Parassimpático: Vago
Plexo Suprarenal

Simpático: gânglio de T12


Plexo Celíaco

Simpático: N. esplânico maior – T5 a T1O


Parassimpático: Vago
Inerva:
 Estômago
 Baço
 Pâncreas
 Fígado
 Vesícula
 Porção 1 e 2 do duodeno
Plexo Mesentérico Superior

Simpático: Nervo esplânico torácico maior, menor e


ínfimo T5 a T12
Parassimpático: Vago
Inerva:
 Porção 3 e 4 do duodeno
 Intestino delgado
 Válvula iliocecal
 Cólon ascendente e transverso até a flexura esplênica
Plexo Aórtico Renal

Simpático: N. esplânico torácico infimo T11


T12;
Parassimpático: Vago.
Inerva: rins
Plexo Espermático ou Ováriano

Simpático: Plexo celíaco


Parassimpático: Vago
Inerva: ovários ou testículos
Plexo Hipogástrico

Simpático: n. esplânico lombar


Parassimpático: n. esplânico pélvico
Inerva:
 Reto
 Parte inferior de uréteres e bexiga
 Próstata e útero
 Ovário e parte dos testículos
 Vagina
Centros de Comando Superiores

1. Ao nível cortical: zonas autônomas corticais


 Córtex infraorbitário e pré-frontal;

 Córtex límbico.
Centros de Comando Superiores

2. Ao nível subcortical
 Tálamo;

 Hipotálamo (anterior: simpático / posterior:


parassimpático) : influencia todos os centros
intervindo na manutenção da homeostase e na
adaptação dos órgãos às necessidades do corpo.
Centros de Comando Superiores

3. Ao nível do Tronco Encefálico


 Formação Reticulada: é o centro cardíaco e
respiratório;

 Núcleo dos Nervos Cranianos.


Controla:
 Os equilíbrios térmicos, hídricos, eletrolílicos
 O rítmo do sono e dos despertar
 Metabolismo
 O funcionamento cárdio-circulatório (tensão
arterial, ritmo cardíaco) e respiratório
 A alimentação (fome, sede) : o trato
gastrointestinal (defecação) e micção
 Os mecanismos da reprodução e sexualidade
 Tem um componente no afeto: medo, raiva,
desejo
Hipófise

 Vascularizada pela art. Carótida interna, ramo


simpático do plexo carotídeo e ramo parassimpático
do gânglio esfenopalatino.

 Adenohipófise: secreta hormônio do crescimento,


tireotropina, corticotropina, gonadotropina, prolactina
 Neurohipófise: produz ocitocina e antidiurético
Comissura Inter-hemisféricas

 Nossos hemisférios cerebrais trabalham em sinergia e fazem


conexão um com o outro através das comissuras inter-
hemisféricas.
 Em condições normais, um hemisfério domina o outro: somos
canhotos ou destros. É possível que por algum stress físico ou
psíquico se produza um bloqueio dessas informações a nível das
comissuras brancas e possa aparecer uma sintomatologia
particular:
- depressão, hipersonia, enurese na criança, dislexia, gagueira,
síndrome unilateral
Nervos Cranianos

 NC I - Olfatório  NC VI - Abducente
 NC II - Óptico
 NC VII - Facial
 NC III - Oculomotor
 NC VIII - Vestibulococlear
 NC IV - Troclear
 NC V – Trigêmeo  NC IX - Glossofaringeo
 V1 - Oftalmico  NC X - Vago
 V2 - Maxilar  NC XI - Acessório
 V3 - Mandibular
 NC XII - Hipoglosso
Sistema nervoso Entérico

 Está presente ao longo da parede do tubo gastrointestinal, desde o


esôfago até o ânus.
 É o responsável pela contração da parede do esôfago, estômago e
intestinos, no sentido de impulsionar o bolo fecal para fora do corpo.
 O intestino preso, pode ser uma disfunção deste segmento do SNA.
 A distensão gerada pelo bolo fecal, estimula a contração da parede
do intestino, quando isso não ocorre, o material acumulado pode
gerar uma flacidez da parede intestinal, que terá cada vez menos
estímulo para contrair.
Sistema nervoso Entérico
É importante ressaltar que pessoas que utilizam
laxantes por longos períodos, podem desenvolver esta
condição.
 Técnicas manuais;
 Mobilidade visceral recrutada durante os
movimentos e respiração do Pilates;
 Método abdominal hipopressivo (LPF);
Pode estimular o sistema nervoso entérico e levar
normalização do funcionamento intestinal.
Fisiopatologia do stress

Agente estressor é um forte estímulo


exógeno ou endógeno de intensidade
notadamente superior ao seu limiar de
excitação neuro-vegetativa e que provoca
uma forte reação neuro-vegetativa e em
seguida um retorno à normalidade.
Fisiopatologia do stress

Stress fisiológico: é um estado de forte


reação fisiológica neuro-vegetativa
sustentada pelo organismo à um stressor
fisiológico, e este estado volta ao normal
após o término da estimulação.
Estados de Estresse

1. Eustress: stress fisiológico, reação fisiológica que cessa ao término do


agente stressor.
2. Distress reversível: fase da alarme, stressor importante e durável, aonde
temos um choque vegetativo com hipotensão, taquicardia e hipotermia,
reversível se o agente agressor desaparece.
3. Distress dificilmente reversível: é a fase de resitência, o mecanismo de
adaptação e de resitência é alterado e começa a compensar o meio interno,
é um estado dificilmente reversível mesmo se o agente agressor desaparece.
4. Distress não-reversível: é a fase em que o organismo não pode resistir, é um
desequilíbrio neuro-vegetativo completo. É a falência do orgão ou do sistema.
Sistema Endócrino

 Todas as funções do nosso organismo são


coordenadas pelo sistema nervoso e
pelo sistema endócrino.
 O sistema endócrino é constituído de glândulas
endócrinas, que produzem os hormônios,
substâncias liberadas no sangue que influenciam
a atividade de vários órgãos do corpo.
Sistema Endócrino

 Uma vez no sangue, os hormônios agem apenas em um


determinado tipo de célula, as chamadas células alvo.
 Essas células são dotadas de proteínas chamadas de
receptores hormonais, que se combinam a um tipo
específico de hormônio.
 Dessa forma, cada tipo de hormônio se liga apenas a
células com receptores complementares aos seus, sendo
que a estimulação hormonal só ocorre se houver uma
combinação perfeita.
Sistema Endócrino

 Quando ocorre esse encaixe, os receptores hormonais presentes nas


células são ativados, provocando inúmeras reações químicas, sendo
que o resultado de uma dessas reações pode ser visto no crescimento
do corpo.
 Nesse crescimento há um aumento na velocidade da divisão celular e
também na síntese de proteínas, o que promove o crescimento do
organismo - como é o caso do hormônio do crescimento produzido
pela hipófise. 
 Vários outros hormônios causam inúmeros outros efeitos, como facilitar
a entrada de glicose na célula, estimular a oxidação do alimento,
aumentar o desejo sexual, etc.
Sistema Endócrino

 A síntese de muitos hormônios é feita por um mecanismo


que chamamos de feedback negativo. Nesse mecanismo,
a substância que está sendo produzida controla a sua
própria produção.
 Por exemplo, se faltar uma substância no sangue,
determinada glândula é estimulada a secretar um hormônio
que estimulará a produção da substância que está em falta.
 Quando se acumula no sangue, a substância inibe a
glândula, que começa a produzir menos hormônio.
Sistema Endócrino

 Em nosso corpo há várias glândulas endócrinas,


sendo as principais: a hipófise, a tireoide,
as paratireoides, suprarrenais ou adrenais,
o pâncreas e as gônadas(testículos e ovário).
 O tecido adiposo também atua como órgão
endócrino, pois, ao acumular gordura, ele produz
lipsina, um hormônio que atua sobre o hipotálamo,
reduzindo o apetite.
Sistema Endócrino

 No encéfalo há uma região chamada de hipotálamo que


também atua como órgão endócrino, produzindo
hormônios que controlam a glândula hipófise.
 No hipotálamo há dois grupos de células endócrinas:
um desses grupos sintetiza hormônios que ficam
armazenados na neuro-hipófise; sendo que o outro
grupo produz hormônios que regulam o funcionamento
da adeno-hipófise.
Hipófise

 Considerada por muitos especialistas como a


glândula mestra do corpo, pois seus hormônios
regulam o funcionamento de outras glândulas
endócrinas.
 A hipófise também pode ser chamada de glândula
pituitária e é dividida em duas porções: a adeno-
hipófise, ou lobo anterior da hipófise, e a neuro-
hipófise, ou lobo posterior da hipófise.
Adeno - Hipófise

 Os hormônios secretados pela adeno-


hipófise são controlados pelos hormônios
de liberação e de inibição produzidos
no hipotálamo.
 São chamados de hormônios tróficos,
porque estimulam o funcionamento de outras
glândulas endócrinas.
Adeno - Hipófise

Os principais hormônios da adeno-hipófise são:


 Hormônio tireotrófico (TSH), que regula as atividades da
glândula tireoide;
 Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que regula a
região do córtex das glândulas suprarrenais;
 Hormônio folículo estimulante (FSH), que atua sobre as
gônadas masculinas e femininas;
 Hormônio luteinizante (LH), que provoca a ovulação e a
formação do corpo lúteo nos ovários e a produção de
testosterona nos testículos.
Adeno - Hipófise

 Somatotrofina, também chamada de hormônio do


crescimento;
 Prolactina, que atua nos ovários promovendo a
secreção da progesterona.
Neuro - Hipófise

Armazena e libera dois hormônios principais:


 Oxitocina, que estimula a contração da
musculatura do útero durante o parto;
 Hormônio antidiurético, conhecido
como vasopressina ou ADH, que controla a
eliminação de água pelos rins.
Tireoide

Localiza-se no pescoço, na porção inicial da traqueia.


Responsável pela produção de tiroxina e a tri-
iodotironina, hormônios que possuem de três a
quatro átomos de iodo em sua molécula.

Os hormônios produzidos nessa glândula ajudam a


manter normais a pressão sanguínea, o ritmo
cardíaco, o tônus muscular e as funções sexuais.
Tireoide

Deficiência na tireoide pode causar retardamento do


crescimento dos ossos e debilidade mental, doença
muito conhecida como cretinismo.
Algumas alterações na tireoide podem provocar:
Hipertireoidismo - a tireoide produz hormônios em
excesso;
Hipotireoidismo a tireoide produz uma quantidade
insuficiente de hormônios.
Tireoide

Calcitonina é um outro hormônio produzido em


pequenas quantidades pela tireoide que atua
na manutenção da concentração normal de
cálcio no sangue.
Paratireoide

 Localizadas atrás da tireoide, são


encontradas em um número de quatro.
 São responsáveis pela produção
do paratormônio, que controla a taxa de
cálcio no sangue.
Pâncreas

Considerada uma glândula mista por ter funções


endócrinas e exócrinas (lançam suas secreções para
fora do corpo ou nas cavidades de órgãos ocos).
Na região endócrina do pâncreas encontramos
as ilhotas de Langerhans, constituídas por dois tipos
de células:
 Células beta, que produzem o hormônio insulina; 
 Células alfa, que produzem o hormônio glucagon.
Suprarrenais
Localizam-se sobre os rins e possuem duas regiões:
o córtex e a medula.
Suprarrenais
No córtex adrenal são produzidos os corticosteroides
(mineralcorticoides e glicocorticoides) a partir do
colesterol, sendo que o principal mineralcorticoide é
a aldosterona, que aumenta a retenção de sódio
pelos rins.
O glicocorticoide mais importante é o cortisol,
também conhecido como hidrocortisona, que diminui
a permeabilidade dos capilares sanguíneos.
Suprarrenais

Na medula adrenal são produzidos os


hormônios adrenalina e noradrenalina.
Em condições normais, esses hormônios são
produzidos em pequenas quantidades,
contribuindo para a regulação da pressão
sanguínea.
Gônadas
Gônadas

São as glândulas reprodutivas (testículos no sexo


masculino e ovários no sexo feminino), responsáveis
pela produção dos gametas (espermatozoide e óvulo)
e hormônios que influenciam no crescimento e no
desenvolvimento do corpo.
Nessas glândulas são produzidos os hormônios
sexuais, que controlam o ciclo reprodutivo e o
comportamento sexual:
Testículos produzem testosterona;
 Ovários produzem a progesterona e o estrógeno.
Estresse

 A compreensão do termo estresse está baseada em


experimentos de Hans Selye, datados do início do século 20.
 Segundo a definição original, estresse representa a resposta
do organismo, enquanto que o seu agente causador é
definido como estímulo estressante ou estressor
 Posteriormente, Mason mostrou que a resposta do organismo
frente a estímulos aversivos tinha um caráter específico,
variando de acordo com o tipo, intensidade e duração do
estímulo estressor, e com as características individuais.

(Pickering, 1981; Mason 1968a, 1968b).  


Estresse

 Outros estudos confirmaram estes achados e


mostraram que experiências previamente
vivenciadas pelo indivíduo também têm
significativa influência nas respostas
fisiológicas a estímulos estressores.

(Levine, 2000; Stam et al., 2000).


A reação de estresse pode ser dividida em três fases.

1. A fase de alarme ou excitação, que ocorre quando o


organismo reconhece o estímulo como estressante, é
caracterizada por aumento da capacidade orgânica em
responder ao agente agressor, com ativação do
Sistema Nervoso Simpático (SNS) e do eixo
Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HHA), resultando em
aumento na secreção de catecolaminas (norepinefrina
e epinefrina) e de glicocorticóides.
(Lundberg, 2000; McEwen, 2000)
A reação de estresse pode ser dividida em três fases.

2. Se o estímulo for mantido, a capacidade de reação


diminui e o organismo desenvolve mecanismos
adaptativos durante a fase seguinte, denominada fase
de resistência.

3. Quando essa adaptação não ocorre, desenvolve-se


a fase de exaustão, na qual o organismo torna-se
suscetível a distúrbios renais, cardiovasculares,
gastrintestinais e/ou imunológicos
(Lundberg, 2000; McEwen, 2000).
Adaptações

Frente a estressores internos ou externos, a preservação da


homeostasia requer adaptações contínuas autonômicas, endócrinas
e comportamentais.
(Aguilera, 1998).
Respostas Comportamentais

 Alterações cognitivas e sensoriais;


 Aumento do alerta;
 Intensificação da memória seletiva;
 Supressão de comportamentos de fome e de
reprodução;
 Analgesia induzida pelo estresse.

(McEwen, 2000a; Pacak, McCarty, 2000).


Respostas Comportamentais e Fisiológicas

São desencadeadas pela ativação dos sistemas efetores do estresse


primário, incluindo o eixo SNS-medula da adrenal e o eixo HHA.
O sistema límbico, ao ser estimulado por um estressor, ativa o
hipotálamo, o qual recebe e integra as informações neurais e humorais
e estimula a atividade simpática e a secreção de dois neuro-hormônios:
o hormônio liberador de corticotrofina (CRH) e a vasopressina.
Estes são transportados para a hipófise anterior, onde estimulam a
liberação do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). O ACTH, ao atuar
na zona fasciculada da glândula adrenal, promove maior secreção de
glicocorticoides.

(Buckingham, 2000).
Outros Sistemas Envolvidos na Reação de
Estresse
 O eixo hipotálamo-hipófisetireóide, respondendo ao frio e ao calor;
 O eixo hipotálamo-hipófise-gônadas, diminuindo temporariamente a
função reprodutiva para desviar energia para outros tecidos;
 O sistema renina-angiotensina liberando renina pelas células
justaglomerulares do rim, atuando sinergicamente junto com o SNS,
promovendo o aumento da pressão arterial e mantendo a perfusão
sanguínea adequada de órgãos e tecidos.
 Ocorre, também, aumento na liberação do hormônio do crescimento, nos
níveis de β-endorfina e alterações imunológicas.
(Kant et al., 1983; Stratakis, Chrousos, 1995; Baltatu et al., 2000;
Pacak, McCarty, 2000).
Substratos Energéticos

 As catecolaminas e os glicocorticóides desempenham


papel fundamental na mobilização de substratos
energéticos para o Sistema Nervoso Central (SNC) e
tecido muscular durante a reação de estresse.
 Estes, por sua vez, além de estimularem a glicogenólise,
lipólise e proteólise, inibem a captação de glicose por
tecidos cuja função não é essencial durante a exposição
ao estressor.

(Chrousos, 1998; Ottenweller, 2000; Pacak, McCarty, 2000).


Neuromatrix

 Quando você pensa em fisiologia da dor o que vem


sua cabeça?

Teoria das comportas?

Publicada em 1965 Por Ronald MELZACK e Patrick


WALL.
Neuromatrix
Neuromatrix

Esta neuromatrix que tem uma ampla rede que


inclui componentes somatossensoriais, límbicos
e corticais, mostra em forma de conjuntos a
relação entre as dimensões de percepção de
dor onde as características para o entendimento
são os dados sensório-discriminativos, afetivo-
motivacionais e avaliativo-cognitivo.
Neuromatrix

Ou seja, saímos de um conceito onde a dor era pura e


simplesmente um estimulo que trafega por vias neurais
e que ocorre caso uma “porteira” se abre ou não, de
acordo com a fibra ou tipo de estimulo presente ou
ativado, para um conceito que se encaixa dentro do
que vimos na prática clinica, um emaranhado de linhas
e conexões que interferem um sobre os outros.
Neuromatrix

A dor é multimodal, onde os funcionamentos de


vários sistemas e vários aspectos interferem na
percepção da dor.
Desde os receptores sensoriais passando pelos
sistemas endócrino e imune até a
cognição/emoção interferem sobre a percepção
da dor.
Neuromatrix
As pessoas costumam a tomar consciência do quanto realmente estão estressadas
apenas quando o físico começa a ser afetado. 
É comum ignorarem os sintomas emocionais por estes serem vistos como
fraqueza, desrespeitando as próprias limitações até acabarem no hospital. 
Nosso sistema nervoso entra em modo de alerta quando estamos estressados e
isso significa que pequenas coisas começam a tomar proporções muito grandes.
Aquela sobrecarga no tendão do joelho ou do ombro, aquele movimento mal feito
na lombar ou até mesmo o andar descalço em um chão duro que normalmente não
fariam mal algum, passam a ser dolorosos pois o sistema nervoso acaba ligando o
alerta de PERIGO.
Na maior parte dos problemas crônicos isso acontece, então, além de tratar o local,
é preciso regular uma parte do sistema nervoso para que ele volte ao seu normal.
Olhe seu paciente como um conjunto. 
Sensação ≠ Percepção
Sensação refere-se à detecção de alguns estímulos na
periferia e à transmissão de sinais sensoriais para o
sistema nervoso central.
Percepção é o processo de pegar a informação
sensorial, filtrá-la, organiza-la e interpretar seu
significado para criar uma experiência subjetiva ou
consciente relacionada à esta sensação.
Por exemplo: Através da sensação os ouvidos dão
informações sobre ondas sonoras para o cérebro, e
através da percepção é que ouvimos (distinguimos)
como sendo música.
Sensação ≠ Percepção
No contexto de movimento, a sensação gera informações
proprioceptivas, e a percepção cria a cinestesia, ou o sentido do
movimento (adução/abdução, flexão/extensão etc.).
Para constar, o termo propriocepção pode causar confusão,
pois as vezes é usado para referir a uma sensação e as vezes a
uma percepção.
A percepção é o produto final de um processamento feito pelo
nosso cérebro, portanto, toda a neuromatriz deve ser levada em
consideração.
Por exemplo, dependendo de nosso histórico (ambiente em que
vivemos, experiências passadas) e dos estímulos que temos no
dia-a-dia, podemos verificar que duas pessoas podem receber a
mesma sensação, mas percebê-la de forma diferente.
Sensação ≠ Percepção
Esta percepção está relacionada ao nosso mapa
corporal cortical, mais precisamente o córtex pré-
frontal. Onde estas áreas permanecem presentes
devido aos estímulos que damos às respectivas áreas
constantemente.
Um estudo de Jean Pierre Roll mostra que a
imobilidade de um membro priva o SNC de todas as
informações sensoriais habitualmente associadas a
sua mobilidade e “deleta” no córtex cerebral, a imagem
deste movimento. Em outras palavras somente há
percepção se houver sensação.
Sensação ≠ Percepção

Esta relação de sensação e percepção relacionada


à dor faz sentido em vários quadros clínicos.
Como a dor é percebida no cérebro, caso o
paciente não tenha uma capacidade de percepção
ideal, o cérebro não saberá o que fazer com várias
sensações ao mesmo tempo, isso pode causar dor
crônica.
Sensação ≠ Percepção

Um paciente com dor crônica a percepção passa a ser


uma experiência e cria uma nova imagem disso no
cérebro, o que faz que a dor seja “normal” e então
sensações passam a ser percebidas e interpretadas e
como resposta, provocam persistência da dor.
Isto faz com que pacientes com disfunções (sem lesão
estrutural de tecidos) permaneçam com dor crônica
mesmo já adaptado, pois a resposta às sensações será
de dor, pois é a experiência que o cérebro está tendo.
Sensação ≠ Percepção

Devemos diferenciar DOR de NOCICEPÇÃO.


Geralmente assumimos que as duas são iguais,
mas a dor é uma característica consciente e
estudos atuais mostram que a nocicepção nem
sempre é percebida como dor.
Esta “confusão” entre dor e nocicepção é
comum, pois a linha que divide a dor e a lesão
tecidual pelo sistema nervoso e cérebro é muito
tênue.
Sensação ≠ Percepção

A dor ocorre quando o cérebro detecta perigo


aos tecidos corporais e à necessidade de
resposta corretiva à este perigo, e não quando
há atividade nas fibras nociceptivas ou de
acordo com o estado atual dos tecidos.
Sensação ≠ Percepção

A dor é uma percepção que o cérebro tem de que


algo não vai bem, é uma resposta protetora, assim
como alguns problemas funcionais.
Devemos tratá-los desta forma, não pensando que
estes são nossos “inimigos”, mas sim os sinais que
nos indicarão o que, onde e quando tratar.
A dor é modulada por várias características, cabe a
nós verificar onde se encontra a origem dentro da
neuromatriz e abordar da forma que acharmos mais
conveniente.
Hierarquia Estrutural Humana
Células

 São estruturas formadas por três partes


básicas a membrana plasmática,
citoplasma e núcleo.
 Cada tipo de célula se desenvolve para
desempenhar uma função no organismo.
 A célula muscular, é capaz de se contrair.
 A hemácia transporta oxigênio para todo
o corpo.
 A célula nervosa é capaz de receber e
transmitir estímulos.
Tecidos

 Grupos celulares formam os tecidos.


 Os tecidos do corpo humano podem ser
classificados em quatro tipos:
 Tecido Epitelial.
 Tecido Conjuntivo.
 Tecido Muscular.
 Tecido Nervoso.
Órgão

 Os tecidos, da mesma forma


que as células, também se
agrupam.
 O conjunto de tecidos que
desempenham determinada
função recebe o nome de
órgão.
 Em geral, um órgão é formado
por diferentes tipos de tecidos.
Sistemas

 Os sistemas do corpo humano


desempenham funções específicas,
porém, atuam de modo integrado.

 O corpo humano é formado de diversos


sistemas: respiratório, circulatório,
digestório, cardiovascular ou
circulatório, muscular, nervoso,
endócrino, excretor, linfático, reprodutor
e ósseo.
Homeostasia

Homeostasia é o conjunto de fenômenos de auto - regulação que levam a preservação da


constância quanto as propriedades e a composição do meio interno de um organismo.
• O conceito foi criado pelo fisiologista norte-americano Walter Bradford Cannon (1871-1945)
• A estabilidade é possibilitada por meio de vários mecanismos de auto – regulação e diversos
ajustes dinâmicos.

É a manutenção dos parâmetros vitais relativamente constantes.


Medula Espinhal
Aspectos Anatômicos e Fisiológicos

 Medula Espinal e Raízes Nervosas

 A medula espinhal fica localizada no canal vertebral, formado pelos forames vertebrais
sucessivos, é́ o principal centro reflexo e via de condução entre o corpo e o encéfalo.

 As raízes anteriores e posteriores se originam de suas faces ventral e dorsal


respectivamente.
Aspectos Anatômicos e Fisiológicos
Raízes Ventrais: Contém fibras eferentes
(motoras) provenientes dos neurônios
Raízes Dorsais: Contém fibras aferentes
motores espinhais e que seguem para o
(sensitivas) que transportam fluxos nervosos da
sistema musculoesquelético.
periferia (pele, músculos, cápsulas, ligamentos)
para a medula.
As duas raízes se unem na saída
do canal vertebral para formar
um nervo espinhal, que por sua
vez divide-se em um ramo
posterior e outro anterior. Vale
lembrar que os dois ramos na
maioria das vezes (salvo algumas
exceções) são mistos isto é,
contém fibras aferentes
( ) e eferentes ( ).
Aspectos Anatômicos e Fisiológicos

Vale lembrar que os dois ramos na maioria das vezes (salvo algumas exceções) são mistos isto
é, contém fibras aferentes (sensitivas) e eferentes (motoras).
Medula Espinhal e raízes Nervosas

 O ramo anterior apresenta sempre um longo trajeto até inervar sua estrutura (músculo,
glândula...) sendo que nas regiões cervicais e lombar esses ramos formam plexos neurais
multi segmentares (cervical, braquial, lombar e sacral), e na coluna torácica formam os
grandes nervos intercostais, que neste caso são uni segmentares.
 Os ramos posteriores dos nervos espinhais geralmente apresentam um trajeto mais curto,
pois em sua maioria inerva a pele, músculos profundos, cápsulas articulares e o próprio
periósteo relativo ao segmento medular.
Medula Espinhal e raízes Nervosas
Neurofisiologia

 RECEPTORES SENSORIAS:
 MECANORRECEPTORES:
COMPRESSÃO OU
 ESTIRAMENTO MECÂNICO;
 TERMORRECEPTORES: ALTERAÇÕES
DE TEMPERATURA;
 NOCICEPTORES: RECEPTORES DE DOR
/ LESÕES TECIDUAIS;
 RECEPTORES ELETROMAGNÉTICOS:
LUZ (EX.: RETINA);
 QUIMIORRECEPTORES: ALTERAÇÕES
QUÍMICAS DO ORGANISMO.
Neurofisiologia

 No interior e ao redor das articulações sinoviais existem os receptores sensoriais:


• Ruffini: Velocidade da ADM e posição articular.
• Pacini: Pressões causadas pelos músculos, ou dor da articulação (interior da articulação);
 Os receptores capsulo ligamentares também funcionam como reguladores do aporte
sanguíneo para o músculo.
 Os receptores sensoriais possuem a característica que é a sua excitação por qualquer que
seja o estímulo.
Neurofisiologia

• Quando informações chegam à medula


através de algum receptor ocorre uma
resposta motora(reflexa).
• Existem reflexos que são gerados por uma
informação sensorial que quando chegam à
medula voltam em forma de informação
motora no mesmo nível, criando um arco
reflexo.
Explicação Neurofisiológica da Fixação
Vertebral
 Em uma aproximação brusca das inserções musculares, os fusos
neuromusculares estão relaxados, de modo que o sistema nervoso
central não recebe as mensagens proprioceptivas destes fusos
neuromusculares. E por isso aumentam a frequência de descarga dos
motoneurônios gama, até que os fusos neuromusculares enviem
novamente sinais.
Explicação Neurofisiológica da Fixação
Vertebral
A gravidade, sob influência dos centros labirínticos e dos músculos
antagonistas, tende a devolver ao músculo sua longitude inicial, o
que aumenta ainda mais a descarga dos fusos neuromusculares
estirados: produz uma descarga permanente, sendo que rejeita o
estiramento e resistirá a todo alongamento.
Explicação Neurofisiológica da Fixação
Vertebral
O fuso neuromuscular está ativo porque está estirado permanentemente

quando as fibras musculares estão relaxadas, quer dizer, sempre há um

estiramento das fibras intrafusais.

O músculo já não pode se relaxar, existe um espasmo muscular que fixa a

vértebra e impede a mobilidade em alguns parâmetros.

Do lado lesionado, há um desaparecimento do movimento fisiológico de

abertura/fechamento das facetas articulares posteriores. As cápsulas

articulares, já solicitadas em estiramento, terão a tendência de se retrair e a

formar aderências.
Explicação Neurofisiológica da
Fixação Vertebral
A este fenômeno neurológico que explica em curto prazo a fixação

muscular, se adicionam alguns fatores que explicam a cronicidade da

lesão:

 A simpaticotonia local é responsável por um efeito esclerogênico

dos tecidos: o tecido muscular fibroso, portanto, o músculo

começa a se comportar como um ligamento.

Irwin Korr
Explicação Neurofisiológica da Fixação
Vertebral
 A lesão microvascular
associada é responsável
por uma estase vascular
local, que além de uma
anóxia tecidual e dores,
favorece a degeneração
tecidual e a formação de
edema, o que repercute
também sobre a
mobilidade.
Neurofisiologia Da Subluxação

 Uma vértebra que se encontra fora do


seu alinhamento normal.
 Promovendo uma oclusão do forame
Intervertebral (FIV).
 Esta oclusão pode causar
• Tensão;
• Pressão;
• Tração;
 Alteração do Fluxo neural, comunicação
entre o SNC e o organismo
Neurofisiologia Da Subluxação

 Teoria do pinçamento vertebral:


• A definição das Subluxações estão atreladas à influências sobre o SN.
• Uma pressão sobre o nervo ou forame intervertebral podem ocasionar sintomas clínicos
como dor, parestesias, alteração do tônus muscular e atividade autonômica.
• A pressão sobre o FIV(forame intervertebral) pode causar aumento ou diminuição da
atividade neural.
• AUMENTO: Dor, parestesia, hipertonia muscular, vasoconstrição e aumento da sudorese.
• DIMINUIÇÃO: Entorpecimento, fraqueza muscular, paresia, paralisia, vasodilatação e
pele fria.
Neurofisiologia Da Subluxação

 Teoria da alteração da aferência somática:

• A teoria do pinçamento não é́ aplicável em segmentos como SI, C0-C1, C1-C2, ou das
extremidades.

• Investigações sugerem que ocorrem respostas sensório motoras devido a alterações dos
“input” articulares promovendo a liberação nociceptiva, cenestésica, sensibilidade, tônus
muscular, reflexos profundos, mobilidade articular e estimulação simpática.

• O ajuste pode normalizar estas respostas aferentes articulares.


Neurofisiologia Da Subluxação

 Teoria do ligamento denteado e torção medular:

• Forte influência B.J. Palmer, afirmava que ajustes


abaixo da Axis eram desnecessários “Hole in One”.

• Handerson e Grostic relataram que os mecanismos


do ligamento denteado podem influenciar os
impulsos da medula espinhal.

• O motivo seria a tração do ligamento que


influenciaria nos impulsos medulares aferentes
causando oclusão venosa e isquemia da medula na
porção cervical alta.
Neurofisiologia Da Subluxação

“ A subluxação contrai a
musculatura suboccipital,
então ativa o reflexo tônico
cervical. Este reflexo causa
aumento da tensão dos
músculos com resultado de
uma perna curta funcional.”

G. Knutson 1997
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