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Bobath
TERAPIA PELO MOVIMENTO II
Bobath
Origem do conceito
Desenvolvido por Mrs Berta Bobath e por Dr.Karel Bobath por volta de 1940.
Antes de Bobath
Baseado em:
Modelo hierárquico
1
Num Hemi, os dois lados estão afetados e não apenas um. No lado menos afetados os
sistemas posturais estão afetados. No lado mais afetado tem na mesma fraqueza postural mas
tem também a componente do movimento afetado.
Isto decorre do facto de haverem sistemas que são ipsilaterais (reticuloespinal pontico –
enerva a atividade antigravítica) e bilaterais (reticular bulbar – exemplo: componente flexora
para o lado contralateral e uma componente extensora para o lado ipsilateral).
2
Sistema corticoespinhal lateral
Conceito de bobath
• Pioneiro na avaliação e tratamento do doente neurológico;
• Estruturado e adaptado às necessidades do indivíduo;
• Abordagem holística (24 horas) – também tem de haver trabalho em casa, mas o
descanso é importante (tem de haver períodos de repouso;
• Preparação é importante para a introdução da função – o mobilizar para melhorar o
alinhamento e ganhar comprimento é essencial para a facilitação ser efetiva;
• IBITA – fundada em 1984;
Abordagem holística
O objetivo tem de ser transversal em todas as intervenções.
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• Fornece uma forma de observar, analisar e interpretar a execução da tarefa (posturais,
estáticas ou mais dinâmicas). Só conseguimos avaliar um doente se soubermos o que é
normal.
• A implementação do conceito de Bobath utiliza um processo de raciocínio clínico
individualizado, em vez de, uma série de técnicas estandardizadas (cada doente é
diferente, portanto o raciocínio é diferente).
• Análise funcional do
movimento;
• Resposta à facilitação
(ambiental, verbal,
manual);
• Raciocínio clínico.
Indicadores críticos:
Teoria dos sistemas: corpo é um sistema mecânico com massa e que tem muitos graus de liberdade que têm de
ser controlados face às forças internas e externas (gravidade) que atuam sobre um corpo. A chave para o
controlo dos graus de liberdade é a melhoria do controlo postural. Quanto mais estável tiver o doente
posturalmente mais facilmente ele controla os seus membros. Maior estabilidade proximal, maior mobilidade
distal.
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Teoria dos sistemas
Bernstein considerou o controle do movimento integrado é distribuído por muitos sistemas
que interagem e trabalham cooperativamente. “A coordenação do movimento é o processo de
controlar os graus de liberdade que movem o organismo”, reconhecendo a importância da
estabilidade e do controle do movimento.
Descreve como os músculos podem trabalhar em sinergia (músculos que trabalham ao mesmo
tempo com diferentes graus de ativação) para ajudar a resolver esse problema de movimento,
como no controle postural e na locomoção. As sinergias da marcha, por exemplo, são sinergias
que ocorrem de forma antecipatória, nós não pensamos na sinergia para caminhar.
Adaptamos o padrão ao contexto que estamos.
Exemplo:
Se mudar a trajetória, o tipo de objeto… O objetivo é sempre o mesmo. Quanto maior for variabilidade
mais fácil é para o doente aprender. Maior variabilidade traduz-se em maior número de unidades
motoras, o cerebelo fica mais ativo, melhor a aprendizagem.
Organização do movimento
O movimento depende de 3 fatores: indivíduo, ambiente e tarefa.
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O córtex pré-motor planeia o
movimento que queremos executar.
6
Dentro do sistema corticoespinhal
temos 2:
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Temos mecanismos de
feedforward, ou seja, mecanismos
antecipatórios que precedem o
movimento. Depois temos de
responder à perturbação
(mecanismos de feedback).
A maior parte dos doentes neurológicos não consegue criar este mecanismo antecipatório,
não consegue estar estável e planear e ativar a componente postural antes do movimento
acontecer.
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Organização do comportamento humano e controle motor
Este esquema tem uma representação dos segmentos de uns relativamente aos outros e
também representa o nosso espaço peripessoal (onde estou localizado, o que tenho à minha
volta…).
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2. É informado pelas teorias contemporâneas de controlo motor, plasticidade
neuromuscular, biomecânica e aprendizagem motora, fornecendo a base teórica para
a interpretação da postura, análise funcional do movimento humano e recuperação
após lesão do SNC.
O conceito continua a evoluir, antes o conhecimento era muito pouco.
Recuperação
A recuperação pode ocorrer espontaneamente após a lesão cerebral.
Resolução do
Neuroplasticidade
edema
Resolução da
Diásquise – Área não lesada, mas em
diásquise
comunicação com a área lesada, ou seja,
acaba por estar na mesma afetada. Após a
resolução do edema voltam a funcionar.
Resolução da diásquise
As zonas de lesão (amarelo, vermelho). Nas iamgens
vemos que há áreas que não estao ativas não so nos
cortex mas tambem no cerebelo e ele não teve
nenhuma lesao do cerebelo mas o cerebelo esta
conectado com o córtex. Se o córtex tiver, por exemplo,
um edema o cerebelo não consegue comunicar com o
córtex, ficando funcionalmente deprimido (diásquise). À
medida que o edema vai desaparecendo, as
comunicações vão sendo respostas e cerebelo vai voltar
a estar funcionalmente ativo (resolução da diásquise).
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Plastecidade neural e muscular
• Refere-se à capacidade adaptativa do SN e à
habilidade de modificar a sua própria estrutura e
função;
• É a chave para a recuperação funcional;
• Está presente nas crianças durante o
desenvolvimento dos circuitos neurais e nos
adultos, durante a aprendizagem de novos skills,
estabelecimento de novas memórias e em
resposta à lesão;
• Permite o fortalecimento ou enfraquecimento
das sinapses e alteração das conexões funcionais
em resposta a inputs específicos, incluindo o
treino motor.
• A experiência e a informação somatossensorial
são grandes moduladores neurais;
• Alterações na estrutura do SN podem ser
organizadas ou desorganizadas produzindo
comportamentos adaptativos ou mal adaptativos,
que podem promover ou não a recuperação;
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Sinaptogénese: formação
de novas sinapses. Sempre
que estamos na
aprendizagem de um skill
novo
Vs
Angiogénese: aumento da
rede de capilares. Se
tivermos a fazer exercício
por si só.
Por isso e que quando tratamos um doente neurológico o exercício em si só é importante, e depois de
aprender o novo skill (relacionado com o treino de tarefas funcionais ou de objetivos muito
específicos) é necessário exercita-lo.
Mas… MAIS IMPORTANTE QUE ISSO é que primeiro tenho de aprender o exercício, e, quando aprendo
estou a favorecer o mecanismo de sinaptogénese.
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Também não podemos deixar de parte
o exercício. Este tem uma série de
melhorias a nível do sistema nervoso
(aumento do fluído sanguíneo, da
neurogénese, metabolismo, fatores
tróficos).O aumento do número de
fatores tróficos( proteínas que
favorecem a reorganização do sistema
nervoso). O exercício favorece outros
circuitos nomeadamente ao nível dos
gânglios da basa, córtex, tálamo,
cerebelo e tronco cerebral.
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Exemplo a nível da neuroplasticiade em indivíduos cegos: A área que era ocupada pela visão
passa a ser ocupada por outras sensações.
Recuperação
No entanto, se o indivíduo
começar a usar muito o lado
contralateral vai aumentar a
inibição inter hemisférica. Este
aumento vai ter um papel negativo
a nível da recuperação do lado
mais afetado nomeadamente da
zona à volta da lesão.
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Conseguir executar a mesma
tarefa em diferentes ambientes
Aprendizagem motora
Refere-se à aquisição e à modificação do movimento;
• A informação é essencial;
• O input deve ser variável;
• O input deve ser significativo;
• O contexto da prática semelhante ao contexto de aprendizagem.
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3. Specificity: Especificidade – A mão é uma área enorme no homúnculo e é extremamente
cognitiva. Se nós sabemos isto se pensar em melhorar a função da mão não posso passar
apenas 10 minutos a tratar a mão. Tenho de passar horas. O trabalho não posso ser apenas na
sessão mas também dar uma espécie de “trabalho de casa” ao doente, para ele perpetuar o
uso daquele segmento.
4. Repetition matters: Repetir sem repetir. O objetivo é sempre o mesmo mas muda-se o
“enunciado”. Se repetir sem repetir o tipo e número de unidades motoras vão ser diferentes e
isto leva a uma maior probabilidade de erro. E o cerebelo aprende através do erro.
Quanto mais eu repito sem repetir maior a probabilidade de existirem pequenos erros e maior
a capacidade do cerebelo se envolver para modificar o circuito para que da próxima vez que se
realize a atividade ele já saiba o que fazer e facilite o comportamento motor.
6. Time matters: Há algum tipo de tratamento que tem mais lógica numa fase inicial e outro
numa fase mais tardia.
9. Tranference – Transferência: Podemos melhorar a função e essa função pode, por sua vez,
melhorar outro tipo de funções
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A prática clínica do conceito Bobath baseia-se na
compreensão de que a sensação, ação, perceção,
cognição e emoção estão interligadas e são interativas.
Muitos dos doentes neurológicos fixam-se o que não é bom porque significa que não há
variabilidade. É uma forma de compensação. O que queremos é que o doente tenha uma
capacidade de estabilidade e mobilidade.
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• O controlo postural pode ser facilitado de distal para proximal ou vice versa;
• O uso do lado mais afectado deve ser encorajado;
Exemplo: Neste indivíduo eu sei que se melhorar a capacidade de dar um passo para trás o
individuo melhora a capacidade de dar um passo para a frente. Isto porque dar um passo para
trás aumenta a componente extensora do tronco e facilita o estiramento dos flexores da anca
que vão ser necessários para dar um passo para a frente. E se eu criar uma similiar extense, se
eu der um passo para trás e conseguir estirar os flexores da anca a seguir posso incluir num
contexto mais dinâmico com mais ritmo.
Exemplo (indivíduo que tinha uma padaria): Tudo o que tivesse relacionado com servir à
mesa, buscar coisas ao armário, etc, era contextualizado para o indivíduo. Se pudermos incluir
estesa aspetos dentro do tratamento melhor. Ele para incluir estes aspetos teve de trabalhar
as componentes. Estas não aparecem só treinando as funções.
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5 - Clinicamente, dentro do conceito Bobath, a postura e o movimento são vistos como
inseparáveis e interdependentes.
6- Qualidade do movimento, "como" um cliente conclui uma tarefa, deve ser um determinante
da eficácia das intervenções do conceito de Bobath. Não nos interessa apenas se o indivíduo
faz ou não a tarefa, interessa-nos perceber dentro das subfases da realização da tarefa como é
que ele faz a tarefa. Quanto maior forem os aspetos qualitativos mais fácil é depois ganhar os
aspetos quantitativos.
Sem informação não há controlo, não há aprendizagem, não há alteração, não há melhoria.
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• A informação aferente é importante para permitir um mecanismo de feedforward
adequado para o movimento;
• A melhoria da performance e da aprendizagem motora depende da comparação entre
o feedback sensorial atual e preditivo para a correção do erro;
• Usando a EMT verificou-se que o input sensorial dos músculos pode potenciar a
resposta do córtex motor;
• O terapeuta utiliza o input aferente para reeducar os sistemas internos do indivíduo
para permitir-lhe ter mais escolhas de movimento e maior eficiência;
• A integração da informação sensorial com o output motor ocorre em todos os níveis
do SNC, moldando os padrões de ativação muscular para a realização da tarefa.
• A disfunção do movimento após um AVC, resulta em privação de experiências de
movimento, minimizando tanto o input sensorial como a cópia eferente do output
motor para atualizar os modelos internos;
• A redução da informação aferente afeta a representação cor7cal do corpo e eficiência
do output motor.
Facilitação
• O Conceito de Bobath usa a informação aferente para melhorar a performance
motora.
• Facilitação é usada para permitir a realização do movimento e da tarefa com sucesso,
considerando aspetos como:
→ A orientação postural;
→ Os componentes do movimento;
→ As sequências funcionais do movimento;
→ O reconhecimento da tarefa;
→ A motivação na realização da tarefa.
• É usada para ajudar o indivíduo na resolução de problemas permitindo-lhe
experimentar padrões de movimento necessários para a aquisição da tarefa.
• É parte de um processo ativo de aprendizagem no qual o indivíduo é capaz de vencer a
inércia, iniciar, continuar e completar a tarefa funcional.
• Pode ser dirigida primariamente ao controlo postural necessário para a realização da
tarefa ou diretamente ao movimento dirigido à tarefa, ou a ambos.
• Envolve a manipulação específica do input aferente (somatosensorial, visual,
vestibular e auditivo) no sentido de levar os sistemas ao limiar.
Envolve:
• Timing;
• Modalidade;
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• Intensidade;
• Não deve ser contraditória à tarefa.
- Mudando o
alinhamento,
mobilizando os
tecidos tornamos o
segmento mais
apto para a
realização.
• Pode ser usada para a ativação muscular específica como preparação para a atividade
voluntária;
• Pode ser usada para aumentar a ativação, estabilizar uma parte do corpo e reduzir o
excesso de atividade que não é relevante para a tarefa;
• Requer resolução de problemas, aprendizagem motora;
• O grau de facilitação deve ser reduzido ao longo do tratamento até o individuo
executar a tarefa de forma independente;
• Envolve repetição e variabilidade;
Por isso é que a avaliação e o tratamento tem de estar ambos incluídos. É sempre a resposta
do doente que nos ajuda a guiar o próximo passo do doente.
Mensagens chave
• Envolve estratégias de intervenção únicas e específicas ao indivíduo;
• É inclusivo;
• É uma abordagem de 24 horas;
• O conceito de Bobath está relacionado com a melhoria da eficiência do movimento e
da função;
• Não pressupõe que o indivíduo tenha um alinhamento dos segmentos do corpo
“perfeito” ou mecanismo de controlo postural independente para a prática da tarefa.
Mas através da modificação do ambiente e do uso de suportes externos adequados o
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indivíduo pode executar diferentes tarefas, que por sua vez, podem levar à melhoria
do controlo postural e do movimento seletivo.
• A intervenção clínica apropriada inclui tarefas específicas e ambientes enriquecidos
para favorecer a aprendizagem;
• Manipulação e ativação dos inputs aferentes pelo terapeuta dando ao indivíduo a
melhor oportunidade de ser eficiente, específico e de ter escolhas de movimentos;
Controlo postural
Controlo motor
Estas duas componentes são inseparáveis. A postura prece sempre o movimento e é maior.
O controlo postural é um skill motor complexo que deriva da interação de múltiplos processos
sensório-motores. Envolve o controlo da posição do corpo no espaço com o duplo objetivo da
estabilidade e orientação.
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Estruturas neurais envolvidas no controlo postual
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Orientação postural
É definida como a capacidade de manter a apropriada relação entre os segmentos do corpo, e
entre o corpo e o ambiente para a tarefa.
Vários estudos sugerem que diferentes músculos estão ativos tonicamente para manter o
corpo contra-gravidade durante posições estáticas;
O termos equilíbrio estático tradicionalmente usado para descrever uma postura está3ca deve
ser reformulado pois o controlo é dinâmico.
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Core stability
Permitindo ao SNC antecipar a ativação dos músculos posturais para reduzir a oscilação do
corpo.
Não fornece um suporte biomecânico significativo, mas o seu efeito no controlo da oscilação
postural pode ser atribuído à integração somatossensorial, fornecendo um quadro de
referência espacial adicional para o controlo postural
O light touch num objeto estável reduz a oscilação postural pelo aumento do tónus axial.
Sempre que a informação sensorial do MI, nomeadamente da planta do pé, não for suficiente,
se usar a minha mão e a força criada pelo light touch é sempre inferior a 1 Newton, facilita o
aumento do tónus axial, reduz oscilação postural e permite que o SN antecipe a ativação dos
músculos posturais para reduzir oscilação postural.
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Recursos necessários para o controlo postural
• Componente biomecânica;
• Estratégias de movimento;
• Estratégias sensoriais;
• Orientação no espaço;
• Controlo dinâmico;
• Processos cognitivos.
Equilíbrio
Se temos equilíbrio nunca pensamos nele, é uma resposta automática;
Quanto mais pensamos em ter equilíbrio, não o conseguimos adquirir, porque é automático,
não é cognitivo;
Ajustes posturais
• Ajustes posturais antecipatórios;
• Ajustes posturais reativos.
Estratégias de equilíbrio
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A execução do movimento depende de 2 componentes principais responsáveis pelo controle
do movimento: o componente postural que antecipa e compensa o movimento e o
componente focal que é responsável pela execução do movimento.
Estratégia da tibiotársica:
Estratégia da anca:
Controla o movimento do centro de massa pela produção do movimento rápido e amplo nas
articulações das ancas;
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Estratégia do step:
As estratégias reativas ainda incluem as de agarrar com a mão e extensão protetiva dos
membros superiores.
Os braços podem ser recrutados para uma reação protetiva se a estratégia de stepping não for
possível ou for inadequada.
Problemas frequentes
• Diminuição do tónus postural e a fraqueza postural influenciam negativamente a
estabilidade e orientação;
• Alteração da ordem de recrutamento;
• Sobreuso da estratégia da anca;
• Sobreuso dos membros superiores;
• Estratégias compensatória inapropriadas podem dificultar o desenvolvimento do
equilíbrio;
• Dependência das estratégias cognitivas e da visão;
• Falta de alinhamento distal comprometendo o recrutamento da atividade muscular
proximal;
• Incapacidade de modificar os padrões de atividade postural;
• Falta de atividade antecipatória;
• Alterações sensitivas;
• Incapacidade de manter o controlo postural quando executam múltiplas tarefas.
BESTest
Muito longo
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MINI-BESTest
Alinhamento postural
Base de suporte
• Refere-se às áreas do corpo em contacto com a superfície de
apoio e a sua relação com todo o corpo;
• A capacidade de interagir / aceitar a base de
suporte inclui a capacidade de excentricamente
alongar os músculos e produzir atividade em
relação à área de suporte.
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Locomoção
A marcha envolve a coordenação de todo o corpo sendo um requisito básico para independência
dos humanos. Se andarmos muito devagar (a menos de 70 passos/min), não precisamos do
membro superior para nada. No entanto, ao aumentar a velocidade da marcha, precisamos de
ter movimento rítmico dos membros superiores – para contrabalançar o mecanismo de rotação
do tronco. Para além disso, temos de considerar o tronco (mais ou menos 50% da massa total
do corpo), pois qualquer perturbação ao nível do tronco influencia diretamente a atividade quer
dos membros inferiores quer superiores. Qualquer assimetria que tenha nos músculos influencia
diretamente a capacidade de ativar os membros tanto inferiores como superiores.
A marcha é um ato motor complexo requerendo a coordenação dos músculos do tronco com
os dos membros.
Marcha é um movimento rítmico estereotipado, não é mais que um mecanismo de flexão/extensão, mesmo que
se aumente a velocidade. Para ter flexão numa perna, por exemplo, devo ter flexão na outra, aquando da marcha.
Como a marcha é um movimento estereotipado é controlada abaixo do SNC, na espinal medula. Uma vez iniciada,
a marcha não necessita de muitos recursos cognitivos. Necessita de: vontade de andar (cortical), ligar os geradores
centrais de padrão que produzem o movimento rítmico da marcha e, se o ambiente for inócuo (se não for
ambiente que cause perturbação), a espinal medula consegue criar o movimento estereotipado. Os doentes
fazem o “contrário”, pensam em como se dá um passo e, quanto mais pensam, mais difícil é caminhar e mais
dificuldade têm em entrar num processo de dupla tarefa.
A maior dificuldade na marcha está na criação de uma perna de apoio, ou seja, a marcha é muito mais
uma tarefa postural que uma de movimento. Quando estou a caminhar, devo criar extensão sobre um lado e,
quando a crio, a extensão é perturbada quando eu transfiro o CM mais para a frente dessa perna de apoio e, de
seguida, tenho uma resposta da perna contralateral – este mecanismo extensor é muito importante, mas tem de
existir um mecanismo flexor também em resposta.
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• Choque do calcanhar no contacto inicial;
• Uma resposta à carga na posição inicial;
• Elevação do calcanhar do chão no final da fase de apoio;
• Rotação pélvica / tronco;
• Uma atividade sincronizada dos músculos extensores e flexores dos membros
inferiores.
O facto de envolver o mecanismo do choque do calcanhar
facilita o mecanismo extensor contra gravidade. Tanto este
mecanismo como a propulsão são fatores muito importantes,
pois facilitam a ativação do sistema vestibular e permitem
elevar o CM.
Rotação entre a pélvis e o tronco (dissociação de cinturas) – pode ser vista em duas perspetivas:
biomecânica e neurofisiológica. Numa perspetiva neurofisiológica, as estruturas que produzem
o movimento durante a marcha são os geradores centrais de padrão localizados na espinal
medula (temos uns localizados na cervical, 1 para o MS direito e outro para o esquerdo e na
lombar um para 1 MI direito e 1 MI esquerdo). Estes geradores centrais para o MS e MI estão
interligados através interneurónios proprioespinais, por isso, qualquer resposta que eu tenha na
perna influencia a atividade do MS – esta conexão permite a rotação da pélvis e da cintura
escapular.
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Exemplo: Estiramento dos flexores da anca permite que dê um passo para a frente.
Um individuo que esteja em estratégia da anca e que caminhe nela tem dificuldade em fazer o
estiramento dos flexores da anca e em fazer a transição da fase de apoio e de oscilação.
*Se levantarmos um bebé no ar, ele começa a “andar”, mexendo os pés de forma sincronizada,
mas não começamos logo a caminhar, pois falta-nos a mielinização das vias descendentes, ou
seja, como as vias descendentes ainda estão imaturas, não temos um mecanismo de controlo
postural eficiente para nos conseguirmos manter estáveis contragravidade. – Isto é o que
acontece em alguns doentes, nomeadamente na população de doentes com AVC.
Os doentes com AVC não têm problema nos geradores centrais padrão (localizados na
espinal medula e o AVC ocorreu do pescoço para cima), mas falta-lhes o mecanismo de controlo
postural eficiente contragravidade para expressar a atividade rítmica dos membros inferiores.
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O mesmo não acontece nos indivíduos com lesão medular. Estes têm uma lesão especificamente
nos geradores centrais padrão, pelo que têm dificuldade no controlo postural (muitas vezes, não
passa informação entre a componente supraespinal e a espinal medula) e, para além disso, têm
mesmo uma lesão especifica nos geradores.
GCP não conseguem ver o chão, precisando da informação periférica. Por exemplo, uma
pessoa tem anestesia dos membros inferiores, até pode ter a atividade rítmica, repetitiva, mas,
se pedirmos ao individuo para caminhar numa superfície instável, ele não é capaz, pois a
informação da periferia molda a atividade dos GCP.
• As estruturas supra-espinais não são necessárias para produzir um padrão motor básico
de locomoção. (Evidência da criança e alguns indivíduos com lesão medular –
componente mímica do que é a marcha), no entanto, sabemos que, se não houver input
supraespinal, os GCP não conseguem ativar-se e não conseguem produzir o movimento
rítmico da marcha.
• O ritmo básico da locomoção é produzido por circuitos inteiramente contidos na espinal
medula;
• Os circuitos espinhais podem ser ativados por sinais descendentes do encéfalo;
• Os GCP não necessitam de informação sensorial mas no entanto são fortemente
reguladas por informações propriocetivas dos membros. Os GCP não conhecem o
ambiente, as necessidades do indivíduo e o estado da musculatura. Eles necessitam do
input supra-espinhal e periférico para terem relevância funcional.
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Este modelo “half-center” é demasiado simplista, temos de considerar o ritmo e a
geração do padrão. Posso gerar a um padrão, mas aumentar o ritmo. Este modelo não
contempla o facto de mudarmos o ritmo da marcha consoante o ambiente.
Input supra-espinhal
OS GCP, para terem relevância funcional no humano, precisam de informação supraespinal.
Input sensorial
• A informação somatosensorial é essencial para modificar a atividade dos GCP
facilitando a constante adaptação ao ambiente;
• A informação aferente é necessária para fortalecer a atividade dos GCP dos músculos
anti-graviticos. Informação sobre carga/ descarga, choque de calcanhar e transferência
de carga são essenciais para controlar a marcha;
• Adapta o output dos GCP ao mundo real.
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A informação sensorial é extremamente importante para modular a atividade dos GCP,
nomeadamente da planta do pé (na planta do pé, existe um mapa dinamométrico – dependendo
da carga que colocamos, modificando a atividade antecipatória ao nível da anca). A informação
somatossensorial da planta do pé permite perceber a carga que estou a fazer e, para além disso,
a informação sensorial dos flexores da anca (exemplo do estiramento dos flexores da anca
referido) e dos flexores plantares (muita tensão nos flexores plantares não nos permite sair do
sítio, deve haver redução da tensão para que os OTG sinalizem essa redução para darmos um
passo) é muito importante.
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Interlimb coupling
Isto indica que a marcha é uma atividade que envolve os 4 membros e qualquer alteração que
ocorra num segmento, vai provocar alteração nos outros. OS GCP na cervical e na lombar estão
interligados pelos interneurónios proprioespinais. Estes podem ser curtos ou longos. Os longos
conectam os GCP da cervical com a lombar, por isso, qualquer alteração na atividade rítmica de
um membro a atividade rítmica dos outros membros.
Pensa-se, nos dias de hoje, que a base da recuperação dos doentes com lesão medular
está assente na capacidade dos neurónios proprioespinais.
Ex.: Supondo que uma pessoa tem uma lesão medular incompleta, os neurónios
proprioespinais, após a lesão, se dermos ritmo aos MS’s e MI’s, têm capacidade de fazer um
bypass (como se saltassem a parte lesada), ou seja, conectar-se a níveis inferiores da espinal
medula para favorecerem a recuperação. Desta forma, num doente com lesão medular, o ritmo
é muito importante. Assim, se num individuo com uma lesão neurológico, o colocarmos a fazer
pressão numa superfície ou se fixar com os braços, inibe esta ligação neural entre braços e
pernas. Por isso, se aumentarmos a informação sensorial de um braço, levando-o para a frente,
sabemos que vai ocorrer uma resposta na perna contralateral, pois os braços e as pernas,
durante a marcha, estão conectados.
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destreza não estão relacionados com os GCP, relaciona-se com o drive do sistema
corticoespinhal lateral para a espinhal medula.
Mensagens chave
• A marcha deve ser facilitada precocemente para os pacientes manterem a atividade
dos GCP e para facilitar o controlo postural e os padrões de movimento.
• A idealização do objetivo da marcha e a criação da postura inicial são essenciais para o
primeiro passo.
• A geração do padrão pode melhorar a atividade motora do corpo como um todo pela
facilitação da relação e da coordenação entre os diferentes segmentos e os 2 lados do
corpo, deste modo promovendo o controlo postural.
Muitas da vezes, mesmo que o individuo não tenha um controlo postural eficiente na posição
de pé, o facto de facilitarmos a marcha precocemente ajuda a manter a atividade dos GCP e
auxilia o controlo postural.Facilitar a marcha precocemente não é dar ao doente uma ajuda
técnica (o individuo vai pendurar-se e inibir o movimento rítmico do membro superior), que,
por sua vez, vai dificultar a comunicação dos GCP cervical-lombar) para que este consiga
caminhar, é sim facilitá-la.
O primeiro passo é sempre o mais difícil e devemos facilitá-lo – é o mais cortical. Muitas das
vezes, se não facilitarmos o primeiro passo, o doente vai andar sempre com muita flexão.
Se eu tenho um lado hemi e, se o compenso com o outro lado e se o fixo sobre o outro lado,
isso influencia diretamente a atividade dos GCP. Se não tenho dois lados equivalentes, vou ter
dificuldade em ter ritmo durante a marcha.
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Requisitos essências para um padrão de marcha eficiente
• Progressão: se quero andar de um lado para chegar a outro, a forma como inicio,
como perpetuo e termino a marcha influencia a capacidade de progressão. Para
progredir marcha, preciso dos componentes vestibulares na marcha (choque de
calcanhar e propulsão).
• Estabilidade – Sempre que uma pessoa está instável na perna contralateral à que vai dar
o passo, o pé vai chegar ao solo em flexão plantar e não dorsal, por isso, a estabilidade
de um lado influencia a mobilidade do lado contralateral
• Adaptação – Caminhar para a frente é automático, mas caminhar para trás, para o lado
ou mudar de direção não é automático – processo que envolve as componentes
supraespinais. Um dos erros que pode existir no tratamento neurológico é colocá-lo a
andar nas barras de um lado para o outro (As barras inibem os GCP. Quando a pessoa
as agarra, entra automaticamente em estratégia da anca e fixa-se nos membros
superiores – quanto mais se fixa e usa os MS’s, mais aumenta o tónus do MS e mais
reduz a atividade postural dos MI).
Ciclo da marcha
Quando falamos em ciclo de marcha, a fase de apoio é uma fase maior que a de oscilação.
Geralmente, preocupamo-nos muito com a componente flexora e pouco com a extensora, mas
a componente extensora é a parte mais importante da marcha (quanto mais estável – em
extensão – o individuo está sobre um lado, mais fácil será para ele dar um passo com a perna
contralateral).
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Comprimento do passo – Quanto mais curtos são os passos, maior a dificuldade em ativar o
mecanismo propulsor.
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• Esquema corporal integro.
Ajudas técnicas
Ortóteses: Estas produzem problemas graves durante a marcha. A estrutura rígida que as
compõe, limita a informação sensorial, impede a componente de flexão dorsal e plantar. Para
além disso, esta estrutura que vai até ao joelho mantém-o sempre em ligeira flexão e se o
doente nunca se adaptou a isto, ele nunca vai precisar disto.
Auxiliares de marcha:
Facilitação da marcha
• Reenfocar a ligação entre os 2 lados do corpo;
• Minimizar as estratégias compensatórias;
• Reorganizar os componentes espaciais & temporais;
• Reenfocar a eficiente organização das áreas chave de controlo (mãos, pés, tórax e
cabeça);
• Reenfocar a representação interna do esquema corporal;
• Promover a interacão com o ambiente utilizando o controlo sensorial e propriocetivo,
ou seja, é muito melhor numa fase inicial o doente andar menos do que dar um
auxiliar de marcha para ele ser independente.
Treadmill
Péssimo para os doentes que têm reação associada.
Temos de ponderar muito bem acerca dos doentes que colocamos aqui.
Atenção
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• Envolve tirar carga dos membros inferiores ao suportar uma percentagem do peso
corporal (até aos 40%);
• O feedback aferente que o indivíduo recebe ao estar em pé no BWSTT leva a que a
posição inicial de extensão da anca inicie a fase de oscilação ipsilateral, e os recetores
cutâneos, que são sensíveis à carga, ativem os extensores dos membros inferiores
durante a marcha.
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Controle postural e função do MS
• A estabilidade proximal é necessária para a função do MS (quanto maior a estabilidade
proximal maior a estabilidade distal);
• O SN usa sinergias musculares, ou padrões de ativação para a eficiência, recrutando os
músculos do tronco automaticamente em antecipação à deslocação ou perturbação
causado pelo movimento de um membro: eles têm dificuldade em criar uma atividade
antecipatória;
• A mobilidade da coluna torácica promove a base para a atividade do ombro e é
essencial para o movimento do corpo superior e orientação das extremidades
superiores para o uso das mãos (quanto mais fixo estou a nível torácico maior é a
dificuldade de mover a escápula na grelha costal).
Alcançar
• O alcançar foi definido como o posicionamento voluntário da mão para um local
desejado para que possa interagir com o ambiente (pressupõem o pré-shapping da
mão);
• Alcançar objetos para além do comprimento do braço envolve o movimento das
articulações do ombro, do cotovelo e do punho. Estas trabalham juntas como um
sistema mecânico coordenado para colocar a mão (abre durante o ato de alcançar)
com precisão na posição desejada;
• O alcançar tem um forte componente cognitivo que deve ser considerado no
tratamento;
• Alguns indivíduos têm capacidade de alcançar mas não têm capacidade de manipular;
• O controlo neuromuscular do alcançar é complexo e requer a sincronização da
ativação muscular de todas as articulações envolvidas, assim como, de todos os
músculos envolvidos na estabilização postural. Este processo de alcançar depende
muito da organização da escápula , ou seja, da capacidade de criar o setting da
escápula na grelha costal. Esta componente preparatória do setting da escápula facilita
a sincronização da glenóide face à cabeça do úmero para conseguir mover o braço.
• A coordenação do movimento entre o tronco e os MS é vital para o alcançar eficiente
em variadas situações funcionais;
• Quando a tarefa é apontar, todos os segmentos do MS são controlados como uma
unidade. Quando a tarefa é alcançar e segurar um objeto, a mão é controlada
independentemente dos outros segmentos.
6 movimentos da escápula:
Rotação inferior – mover as escápulas uma contra a outra.
Rotação superior - elevar o braço 180º e a escápula roda
superiormente.
Tilt anterior – mover a escápula numa trajetória para a
frente.
Tilt posterior – mover a escápula numa trajetória para trás.
Rotação interna e externa.
Temos de olhar para estes movimentos sempre pela posição do acrómio.
Temos também os movimentos combinamos:
Elevação e depressão do braço e retração e protração da escápula – depende do
movimento da clavícula.
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Estabilidade escápulotorácica
• A capacidade de posicionar e controlar os movimentos da
escápula é essencial para o movimento do MS;
• A estabilidade ET depende do trapézio, grande dentado
(mantém a congruência da escápula contra a grelha
costal, facilita o movimento de elevação das costelas que
por sua vez facilita a organização da glenóide), rombóides
e elevador da escápula;
• A postura da coluna cervical e torácica têm uma influência
na posição e mobilidade da escapula e na glenoumeral;
• A escápula está conectada por músculos e não por ossos;
• O úmero quando está conectado com a escápula estes
têm uma relação ténue (pouca congruência) por isso é muito fácil de usar essa zona
(indivíduos com baixo tónus- dor a nível do ombro (aparece devido ao mau
posicionamento e ao excesso de movimento que ocorre neste braço).
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• A informação sensorial é necessária para a realização de movimentos complexos que
requerem coordenação de muitas articulações.
• Os doentes neurológicos têm muita falta de informação sensorial. É importante que
ele reconheça cada dedo da mão e que tenha a capacidade de descriminação entre
dois pontos. Algo importante de trabalhar no doente.
Visão
Preciso de ver onde está o objetivo para decidir o tipo de draffting que vou fazer para
conseguir agarrar o objeto mas muitas das vezes temos de abolir a visão porque a mão tem
uma grande vantagem relativamente à visão, a mão vê no escuro. Por isso muitas das vezes
tapamos a visão para aumentar a informação sensorial dos mecanorecetores da mão.
Força
Comprimento da mão
Muitas das vezes os indivíduos neurológicos perdem os arcos palmares da mão. Estes são
criados pela atividade dos intrínsecos da mão e dão saliência à mão.
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O indivíduo que consiga criar uma mão de contacto é um bom sinal. Quando ele cria uma mão
de contacto envolve a atividade dos intrínsecos da mão para conseguir manter essa mão.
Escolha da tarefa
Muitas das vezes temos de subdividir a tarefa para depois integrar tudo e conseguir cumprir a
realização da mesma.
O desuso é o grande
modificador.
Numa fase inicial o meu
objetivo pode não ser
me dirigir para os
movimentos intrínsecos
da mão. Se o indivíduo
não tem por exemplo
equilíbrio na posição de
sentado. No entanto ao
criar uma mão de
contacto são fatores de
devemos considerar
sempre.
Funções da mão
Atividades da vida diária: skills motores finos;
Componentes a considerar:
• Localização do objeto;
• Alcançar;
• Agarrar;
• Capacidade de manipulação da mão.
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Agarrar
Padrões de preensão variam em função:
• Da localização do objeto;
• Tamanho do objeto;
• Forma do objeto;
• Posição inicial da mão (forma como posiciono o polegar em relação aos outros dedos);
• Atividade.
Musculatura da mão
Os músculos intrínsecos da mão (têm sempre baixo
tónus) estabilizam a palma da mão e articulações MF
promovendo o background postural para a digitalização
(movimento individualizado dos dedos) e controlo
motor fino;
Os músculos intrínsecos da mão criam o shapping da mão necessário para atividade dos
extrínsecos.
O que facilita a extensão dos dedos é o mecanismo de roldana que os intrínsecos criam.
• No alcançar para agarrar um objeto a forma da mão para a preensão ocorre durante o
transporte;
• Na pré-preensão a forma da mão aparece sob controlo visual.
A CHOR facilita:
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• O suporte e carga no membro;
• A estabilização postural para o movimento seletivo do ombro, do cotovelo e do punho
• As tarefas de cruzar a linha média com o MS contra lateral;
Trunk restraint
• A restrição dos movimentos compensatórios do tronco leva a melhoria dos
movimentos de alcançar e agarrar em pacientes com AVC crónico;
• Melhoria da velocidade e, destreza do MS mais afetado;
• Melhoria de extensão do cotovelo (mais ativação do tricípite), diminuição da
deslocação do tronco à frente (movimentos compensatórios), melhor coordenação
interarticular;
Imaginação motora
Ativa as áreas pré-motoras.
Esta técnica pode ser definida como um método de treino que promove a repetição cognitiva
de atividades com o objetivo de melhorar a sua performance e durante a qual, o movimento
não é produzido fisicamente mas na imaginação do indivíduo.
Vários estudos têm demonstrado que a imaginação motora é sujeita às mesmas regras e
constrangimentos que o movimento físico incluindo: as reações autonómicas, as restrições
cinemáticas, as propriedades temporais, os efeitos na execução motora da tarefa, a aquisição
de novas capacidades.
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