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Índice
Enquadramento Teórico ............................................................................ 3
Caso Clínico ................................................................................................ 4
Avaliação – serviço de fisioterapia ............................................................ 6
Principais problemas ................................................................................. 8
Objetivos e prognóstico............................................................................. 9
Tratamento .............................................................................................. 10
Ensino à Família ....................................................................................... 12
Referências .............................................................................................. 13
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Atraso de desenvolvimento com restrição do crescimento intrauterino
Enquadramento Teórico
A restrição do crescimento fetal ou intrauterino (RCIU) é o termo utilizado
para descrever o défice de crescimento de um bebé durante a gravidez, ou
seja, todo o feto que não atingiu o seu potencial de crescimento para uma
determinada idade gestacional (peso ao nascimento < p 10).
Esta alteração do crescimento, que resulta em um baixo peso e
comprimento, tem uma taxa de incidência de 5-10% em todas as gestações
e pode ter várias causas, tais como: fetais, placentárias e maternas.
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Atraso de desenvolvimento com restrição do crescimento intrauterino
Caso Clínico
A criança M.L. é do género feminino, nasceu a 17 de novembro de 2021,
atualmente tem 11 meses e apresenta a condição acima descrita (RCIU).
A gravidez deu-se então por cesariana emergente com asfixia perinatal,
vigiada e acompanhada no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra -
Maternidade Dr. Bissaya Barreto, onde foi detetada no 3º trimestre (29
semanas) uma restrição do crescimento.
Nasceu às 33 semanas (pré-termo limiar) nesse mesmo hospital tendo
ficado na incubadora até à sua situação clínica e os parâmetros
regularizarem. Tinha um peso de 1750g, 45 cm de comprimento, perímetro
cefálico típico de 43 cm, pulso de 155 bpm, pressão arterial 61/38 mmHg e
um APGAR de 7/10 (ligeira dificuldade). O índice ponderal é igual a p 1,92
(p <2 é considerado desnutrição grave).
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Atraso de desenvolvimento com restrição do crescimento intrauterino
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Atraso de desenvolvimento com restrição do crescimento intrauterino
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Atraso de desenvolvimento com restrição do crescimento intrauterino
Reações primitivas
Reação de grasp dos dedos dos pés mantida. As restantes reações
primitivas mostram as respostas esperadas para a idade.
Desenvolvimento cognitivo
Não se afasta do esperado tendo em conta a prematuridade.
Tónus do MS:
Resistência e amplitudes são as esperadas, não tem extensão total do
cotovelo, o que também é habitual. Ao realizar a flexão mantida dos
membros superiores durante alguns segundos seguida de extensão rápida
observamos o efeito mola que ocorre de forma simétrica. Sinal de Écharpe
ocorre de forma igual nos dois MS e na amplitude esperada. Sem sinais de
hipotonia nem hipertonia. Apoia-se muito sobre o braço direito na posição
de sentado, braço esquerdo mais livre para atividades como brincar.
Tónus do MI:
Amplitudes passivas de movimento são superiores ao esperado, baixa
resistência em todos os movimentos. Ao realizar a tração da perna faz
extensão total do joelho com pouca resistência. Ao realizar a flexão mantida
dos membros inferiores durante alguns segundos seguida de extensão
rápida observamos o efeito mola muito ligeiro. Verifica-se que o ângulo
poplíteo é 110º (entre 90º e 120º considera-se hipotonia), consegue levar
o pé à orelha. Podemos concluir que M.L. apresenta hipotonia ligeira dos
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Atraso de desenvolvimento com restrição do crescimento intrauterino
Tónus do pescoço:
Resistência e amplitudes são as esperadas em todos os movimentos
cervicais. O queixo roda até ao ombro e não além deste, ao puxar para
sentar mostra um bom controlo de todo o tronco olhando nos olhos do
terapeuta, quando sentada não mostra qualquer tendência de queda da
cabeça em nenhuma direção. Controlo da cabeça completamente
adquirido. Ao induzir desequilíbrios na posição de sentado para a frente e
para trás apresenta reações de equilíbrio e ajustes antecipatórios fracos.
Tronco e postura:
Lado direito do tronco encurtado em relação ao esquerdo. Tendência a
manter a flexão do tronco.
Principais problemas
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Atraso de desenvolvimento com restrição do crescimento intrauterino
Objetivos e prognóstico
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Atraso de desenvolvimento com restrição do crescimento intrauterino
Tratamento
Utilizar estratégias de reforço positivo e sorrisos durante as sessões
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Ensino à Família
1. O chão é o nosso aliado nesta fase, evite colocar de todo o bebé em
cadeira ou no berço, pois isto fará com que o bebé se adapte ao
piso e acabe por desenvolver maior força muscular a nível dos
ombros, braços, costas e tronco.
2. Dispensar algum tempo no dia e acompanhar o bebé nos
movimentos e brincadeiras pois a maioria dos comportamentos dos
mesmos são adquiridos por observar e tentar imitar.
3. A utilização de um espelho também pode ser eficaz como forma de
cativar o bebé com a sua própria imagem e fazendo-o gatinhar até
mais perto.
4. Promover o apoio do membro superior e rotação do tronco para a
esquerda ao brincar, durante a alimentação e durante o sono.
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Atraso de desenvolvimento com restrição do crescimento intrauterino
Referências
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1651-
2227.1997.tb08895.x
https://books.google.pt/books?hl=pt-
PT&lr=&id=lHkxEAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA173&dq=intrauterine+growth+
restriction+physiotherapy&ots=5ZsvHkIq08&sig=7YE_EMB8t3_ukfIiLgOCa
QWNLXQ&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0883073807302605
https://dspace.unila.edu.br/bitstream/handle/123456789/6703/Internat
o%20em%20Aten%c3%a7%c3%a3o%20Primaria%20em%20Sa%c3%bade
%3a%20Relato%20de%20Caso%20-
%20Restri%c3%a7%c3%a3o%20de%20Crescimento%20Intrauterino%20%
28RCIU%29?sequence=1&isAllowed=y
https://repositorio.chporto.pt/bitstream/10400.16/1400/1/v21n3a11.pdf
https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/download/10694/104
30/10610
https://www.spneonatologia.pt/wp-content/uploads/2018/05/Consenso-
RCF.pdf?fbclid=IwAR3lJijhlaKN8UItny2NE-
9Fu79yMw6mv_Yrb8lgFPM9IEJvBMr4JfIvMrc
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