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Deborah Moreira Lordelo – 93066 EIN331 – Maria de Lourdes

Crescimento Físico
O cérebro, órgão importantíssimo para o desenvolvimento, que faz o papel de regular
várias funções vitais, cresce em surtos localizados caracterizados por marcos no
desenvolvimento cognitivo em diversas idades (mais frequentes na infância), surtos esses que
precedem períodos de estabilidade.
Já o crescimento físico não é regular. Na primeira fase do crescimento, o bebê cresce
de forma muito rápida e aumentando muito consideravelmente seu peso, partindo em média
de seus 2,5 kg e 45 cm para proporções muito maiores, exceto nos casos de baixo peso ao
nascer (menor que 2,5 kg), de prematuridade (nascidos com menos de 37 semanas), de bebês
que nascem pequenos para a idade gestacional (com peso menor que 90% da maioria das
crianças) e de bebês pós-maduros (nascido após 42 semanas). As meninas costumam ser
menores.
Somente após os dois anos o crescimento se torna mais devagar, mas ainda constante.
Esse crescimento seguem o princípio cefalocaudal (de cima para baixo) e o próximo distal (do
centro para as pontas). Os recém-nascidos apresentam uma pele fina, rosada e “peluda”
devido à lanugem (penugem que vai caindo ao longo do tempo), além de possuírem uma
proteção contra infecções chamada vernix caseosa, que também some com dias. Eles secretam
nos primeiros dias uma substância chamada mecônio, resultada de processos intestinais do
bebê, que não possui controle dos esfíncteres e continuará assim por um tempo.
Recém-nascidos podem desenvolver também icterícia (amarelamento da pele e olhos)
devido à imaturidade do fígado. Os bebês dormem bastante por precisarem
consideravelmente do sono e descanso para seu desenvolvimento e com o tempo, os períodos
de sono vão se estabilizando, aumentando o sono noturno. Os dentes dos bebês começam a
nascer normalmente a partir dos três meses, e os dentes primários são formados e completos
em médias aos três anos.
A cabeça do bebê é muito grande proporcionalmente (um quarto do corpo), devido ao
princípio cefalocaudal no qual o cérebro desenvolve antes do resto do corpo, e os ossos do
crânio ao nascer não são fundidos ainda, existem fontanelas, espaços, devido à necessidade de
compressão dos mesmos no trabalho de parto. Os ossos da mão, pé, pulsos e tornozelos, por
sua vez, são menores em quantidade ao comparar com os adultos. Os ossos dos bebês são
menos rígidos, por conterem mais água do que os dos adultos. A gordura dos bebês aumente
normalmente aos nove meses e vai diminuindo aos poucos.
Durante a segunda fase do crescimento, fica muito mais fácil acompanhar e prever o
crescimento da criança, tanto em altura quanto em peso, sendo possível até mesmo
acompanhar uma curva de crescimento, comparando com os percentis existentes de crianças
da mesma faixa etária, determinando se o crescimento está ou não dentro dos padrões. Os
ossos e cartilagens já estão sendo ossificados nessa fase, ou seja, estão se tornando mais
rígidos, e os músculos vão ficando mais compactos e compridos.
A gordura nessa etapa vai aumentando até a adolescência. Começa a haver secreção de
hormônios que indicam o início da puberdade. A altura e o peso das crianças vão ser
influenciados pelos genes que as mesmas herdarem de seus familiares, mas também tem os
fatores ambientais que interferem como a nutrição e as condições nas quais elas vivem. Os
dentes permanentes a partir dos seis anos vão começando a se formar e, por isso, é necessário
que a criança interrompa o hábito de chupar os dedos, caso ela o tenha, para que os dentes
permanentes não sejam afetados, e a saúde bucal deve ser mantida com a escovação, uso de
fio dental, consultas com dentistas, alimentação adequada, etc.
Na terceira fase há um “estirão” de crescimento na adolescência, regulada pelos
hormônios de crescimento e sexuais na fase da puberdade, até o tamanho adulto ser atingido,
havendo uma desproporção dos pés e mãos dos adolescentes. Os músculos ficam maiores,
principalmente em meninos devido às diferenças hormonais e as meninas possuem mais
gordura corporal. O tamanho da cabeça de um adulto corresponde a um oitavo da altura total.
Seus ossos do crânio são fundidos e os ossos das mãos, pés, entre outras partes já são mais
fragmentados. Há na fase da adolescência ainda, o crescimento de pelos pubianos, dos órgãos
sexuais e das mamas femininas (que após a menarca passam a menstruar), bem como a
presença da fertilidade em ambos os sexos.
Faz-se importante conhecer os processos de crescimento físico, de todas as estruturas
do corpo, determinados pelo aumento das células (hiperplasia), para entender o
desenvolvimento humano, compreendendo o quanto as ações dos familiares, da comunidade e
dos professores, bem como políticas públicas influenciam e colaboram para que este
crescimento ocorra de maneira saudável, podendo haver, desta maneira, um desenvolvimento
em todos os aspectos da criança. Percebendo a maneira que o corpo humano cresce, o
professor pode ofertar diversas atividades e experiências que privilegiem as fases de
crescimento, respeitando as especificidades, os limites e possibilidades de cada criança que, a
partir desses materiais e métodos, poderão construir conhecimentos acerca do mundo e de si
mesmas, se desenvolvendo plenamente.

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