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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3

2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA MULHER ........................................................... 4

2.1 Pré - Adolescência .............................................................................................. 8

2.2 Adolescência....................................................................................................... 8

2.3 Puberdade .......................................................................................................... 9

2.4 O ciclo menstrual .............................................................................................. 11

2.5 Climatério e menopausa ................................................................................... 12

2.6 Aparelho reprodutor feminino e suas funções .................................................. 14

3 ESTRUTURA ANATÔMICA ............................................................................... 16

3.1 Órgãos genitais internos ................................................................................... 17

3.2 Órgãos genitais externo .................................................................................... 20

4 CARACTERIZAÇÃO DA MAMA FEMININA ...................................................... 22

4.1 Principais distúrbios da mama feminina............................................................ 24

5 SAÚDE DA MULHER ......................................................................................... 25

5.1 Doenças da vulva e vagina ............................................................................... 27

5.2 Doenças do útero.............................................................................................. 28

5.3 Doenças da cavidade pélvica ........................................................................... 28

5.4 Infecções sexualmente transmissíveis (IST) ..................................................... 29

5.5 Queixas urinárias .............................................................................................. 35

5.6 Distúrbios cancerosos (malignos) ..................................................................... 36

5.7 A importância das ações realizadas na saúde da mulher ................................. 37

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 39

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA MULHER

Fonte: shre.ink/mDqf

Do ponto de vista biológico, a mulher é um ser humano, produto da fertilização


do óvulo pelo espermatozoide que possui cromossomos XX. A categoria "Mulher"
inclui: a menina, a adolescente e a mulher adulta (D’ANGELO; J. G.; FATTINI, 2002;
ABC DA SAÚDE 2018).
Anatomicamente, uma mulher tem um sistema reprodutivo constituido pelos
órgãos sexuais externos e internos (Quadro 1).

Quadro 1 – Sistema reprodutivo da mulher

Órgãos Externos Órgãos Internos


➢ Pequenos e grandes lábios; ➢ Ovários: responsáveis pela produção de hormônios
➢ Monte púbico; femininos e óvulos;
➢ Vestíbulo da vagina; ➢ Trompas de Falópio: responsáveis pela
➢ Clitóris; condução dos óvulos e do embrião quando formado;
➢ Bulbo do vestíbulo; ➢ Útero: responsável pela implantação do embrião;
➢ Glândulas vestibulares maiores. ➢ Vagina: canal que se estende da vulva até o colo do
útero.
Fonte: Adaptado de Santos (2018).

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Algumas modificações funcionais e morfológicas específicas para cada idade
e sexo, ocorrem geralmente na adolescência. O crescimento e o desenvolvimento
humano são caracterizados por mudanças nos seus padrões, que relacionam-se com
a faixa etária e acontecem pelas relações entre a individualidade biológica, as
demandas culturais e o ambiente. Essas modificações e alterações afetam de
maneira significativa a vida da pessoa, estruturando as formas do seu desempenho e
suas condições de adptação ao mundo. Na puberdade, as alterações se destacam,
pois delimitam respostas fisiológicas distintas antes e depois desta fase (ROMÃO,
2020).
São inúmeras as transformações durante a puberadade ocorridas nas
mulheres. Características sexuais desenvolvem e a principal evidência é a
transformação das mamas. Diferentes transformações estão associadas à distribuição
da gordura no tecido celular subcutâneo, que pode se acumular nas regiões
abdominais, coxas e mamas.
Quanto à pele, à medida que a mesma fica mais lisa; a acne poderá surgir, em
relação aos cabelos, tornam-se mais viçosos e sedosos, aparecem pelos na região
pubiana e nas axilas; e os quadris se expandem, preparando a pelve para o parto
(SANTOS, 2018).
Conforme Ré (2011), o processo do crescimento, maturação e
desenvolvimento interfere decisivamente nas funções motoras, nas relações afetivas
e sociais de crianças e jovens. As características principais desse processo em
períodos específicos da infância e adolescência são:

Do nascimento aos 3 anos de idade

➢ O potencial de futuras aquisições inicia sua estruturação desde o nascimento.


A atividade motora do recém-nascido é bem ativa, mas desordenada e sem
finalidade objetiva, todos os membros se movimentam de modo assimétrico.
➢ A curva neural mostra uma evolução (dimensional e funcional) extremamente
veloz no início da vida, de modo que, por volta dos três anos de idade, o cerebro
e as estruturas relacionadas já atingiram aproximadamente 70% do seu
tamanho na idade adulta.

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➢ A alta taxa de evolução biológica permite uma rápida aquisição da capacidade
de organização e controle de movimentos, especialmente quando
acompanhada de experiências motoras adequadas.

Dos 3 aos 5 anos de idade

➢ As habilidades motoras adquiridas na etapa anterior são refinadas, permitindo


a execução de movimentos de complexidade crescente. A coordenação motora
necessita ser desenvolvida de modo integrado com o processamento cognitivo.
➢ As curvas de crescimento em estatura e peso corporal mantêm-se
relativamente está veis, com ganhos anuais médios de 7 cm e 2,5 kg
respectivamente. O ritmo lento de crescimento é importante para a aquisição e
a retenção de um amplo acervo motor.
➢ As forças mecânicas gravitacionais (impacto) e as contrações musculares
inerentes à atividade física/esportiva fornecem para o sistema esquelético, com
aumento da densidade mineral óssea, sem influenciar seu crescimento
longitudinal.

Dos 5 aos 10 anos de idade

➢ Grande evolução motora acontece, facilitando a aprendizagem de habilidades


cada vez mais complexas. Existe relativamente um aumento constante de
força, velocidade e resistência.
➢ De tal modo como nas fases anteriores, as diferenças no desempenho motor
entre meninos e meninas é pequena ou inexistente. É desejável que, até
aproximadamente os 10 anos de idade, a criança tenha um amplo domínio das
habilidades motoras fundamentais.

Durante a puberdade

➢ O pico de crescimento em estatura, é um dos principais fenômenos


acompanhado da maturação biológica (amadurecimento) dos órgãos sexuais e
das funções musculares (metabólicas), além de importantes alterações na
composição corporal.
➢ Nos meninos, o pico de crescimento em estatura acontece aproximadamente
aos 14 anos de idade, com grandes variações individuais, sendo normal sua
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ocorrência entre os 12 e os 16 anos. A cerca de seis meses após o pico de
crescimento em estatura, ocorre o pico de ganho de massa muscular,
diretamente associado à elevação do hormônio testosterona. Nas meninas, o
pico de crescimento em estatura ocorre por volta dos 12 anos e apresenta
consideráveis variações em relação à idade cronológica, podendo ocorrer entre
os 10 e os 14 anos.

A seguir veremos no quadro 2, como acontece a evolução da criança.

Quadro 2- A evolução da criança

Fonte: Adaptado de Santos (2018).

Recentemente as pesquisas têm demonstrado que indivíduos na mesma faixa


etária com estágios maturacionais diferentes alcançaram indicadores de crescimento
e desempenho motor distintos, indicando que a maturação é uma ferramenta
importante a ser utilizada em conjunto com indicadores de crescimento e de
desempenho motor para fornecer intepretações mais adequadas dos jovens (PINTO
et al., 2018).
A idade óssea, a maturação somática e a maturação sexual são métodos
comumente utilizados para avaliar o estágio maturacional de crianças e jovens.

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2.1 Pré - Adolescência

As características físicas na pré-adolescência se baseia na perda da aparência


infantil da face, adquirindo traços que o caracterizarão como adulto; surgem os
caracteres sexuais secundários nas meninas entre 10 e 12 anos, assim como as
alterações físicas da puberdade, como o aumento de altura, peso, pelve e dos quadris,
desenvolvimento das mamas, aumento da sudorese, surgimento dos pelos pubianos.
As mudanças em seu padrão de comportamento:

➢ desenvolvimento motor: apresentam movimentos ativos, inquietos e energé-


ticos; esforça-se para aperfeiçoar habilidades físicas;
➢ desenvolvimento cognitivo: gosta de raciocinar, quer medir desafios, gosta
de ação para aprender, gosta de conversar e debater, consegue ser crítico em
seus próprios trabalhos;
➢ desenvolvimento psicossocial: começam a trabalhar seus padrões sociais,
participam de grupos, questionam sua independência, o interesse pela sexua-
lidade tende a ser crescente.

2.2 Adolescência

Entre 12 a 14 anos ocorre o ínicio da adolescência , os órgãos reprodutivos


tornam-se ativos, inicia-se a menarca (primeira menstruação), sistema esquelético
cresce mais rápido, aumentando as necessidades de cálcio e ferro. Mudanças em seu
padrão de comportamento:

➢ desenvolvimento motor: alcança uma postura ruim, mais relaxada, cansa-se


facilmente;
➢ desenvolvimento cognitivo: pode projetar o pensamento para o futuro, cria
planos, e pensamentos imaginativos;
➢ desenvolvimento psicossocial: interesse pelo sexo oposto tende a ficar mais
forte, tendência revoltar-se com a autoridade do adulto, retrabalha seus
sentimentos sobre pai e mãe, pode apresentar uma afeição maior por alguém
de fora da família, os grupos de amigos são extremamente mais importantes,
começam a questionar os valores morais.

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2.3 Puberdade

A puberdade está diretamente associada ao início da vida adulta, sendo


ocasionada pelo aumento gradativo da produção dos hormônios gonadotrópicos pela
hipófise, que tem início aproximadamente com 8 anos e é finalizado no começo da
puberdade. Já a menarca, que significa o primeiro ciclo menstrual, ocorre nas meninas
frequentemente entre 11 e 16 anos (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
O sistema hormonal feminino é composto por três hierarquias de hormônios:

➢ um hormônio de liberação hipotalâmico, chamado de hormônio liberador de


gonadotropina (GnRH).
➢ hormônios sexuais produzidos pela hipófise anterior — o hormônio folículo
estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) —, ambos secretados em
resposta ao GnRH do hipotálamo.
➢ hormônios ovarianos, estrógeno e progesterona, que são secretados pelos
ovários em resposta aos dois hormônios da hipófise anterior (LH e FSH).

A puberdade é o início da vida sexual adulta. Determina-se esse período por


um aumento gradual da secreção de hormônios gonadotróficos pela hipófise inicia-se
aproximadamente no oitavo ano de vida. Durante a infância, o hipotálamo não secreta
quantidades significativas do GnRH. Uma das razões é que, nesse período, a menor
secreção dos hormônios esteroides opera produzindo um forte efeito inibitório sobre
a secreção hipotalâmica de GnRH (AIRES, 2015).
No decorrer de cada mês do ciclo sexual feminino, tanto o FSH quanto o LH
mostrar-se aumento e diminuição cíclicos. Esses hormônios estimulam as células-alvo
ovarianas ao se ligarem a receptores específicos. Tais variações formam alterações
ovarianas cíclicas. Os dois tipos de hormônios sexuais ovarianos são o estrogênio e
a progestina hormônios esteroides secretados especialmente a partir do colesterol.
O hormônio mais importante dos estrogênios é o estradiol, sendo ele secretado em
quantidades significativas pelos ovários e em pequena quantidade pelo córtex
adrenal.
Esse hormônio é secretado em grande quantidade pela placenta, durante o
período gestacional. Também são encontrados outros dois tipos de estrogênios, a
estrona e o estriol em quantidades significativas no plasma das mulheres. A secreção

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de estrogênio apresenta níveis elevados na puberdade e variações cíclicas durante
os ciclos sexuais mensais, com aumento adicional da secreção durante os primeiros
anos da vida reprodutiva e, ao final desta, uma redução progressiva, culminando, ao
mesmo tempo com a progesterona, em níveis quase indetectáveis após a menopausa.
A progesterona é a progestina mais importante, contudo, uma pequena quantidade da
17-α-hidroxiprogesterona também é secretada, tendo essencialmente os mesmos
efeitos. Na mulher não grávida, a progesterona é secretada em quantidades
significativas na segunda metade do ciclo menstrual (HALL, 2017; TORTORA;
DERRICKSON, 2017; RAFF; LEVITZKY, 2012; SILVERTHORN, 2017).

Puberdade precoce e tardia

Nas meninas ocorrem antes dos 8 anos de idade, a puberdade precoce é o


início da maturação sexual. Podendo ser classificada em dois tipos:

➢ dependente do GnRH (puberdade precoce central);


➢ independente do GnRH (efeitos periféricos do hormônio sexual).

Geralmente, a puberdade precoce dependente de GnRH é mais comum e mais


frequente em meninas. Nessa patologia, o eixo hipotálamo-hipofisário é ativado,
resultando em aumento da maturação das gônadas, desenvolvimento das
características sexuais secundárias e espermatogênese ou oogênese.
Na puberdade precoce independente de GnRH, as características secundárias
resultam de níveis circulantes elevados de andrógenos ou estrógenos, sem a ativação
do eixo hipotalámo-hipófise (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017).
A puberdade tardia é definida como a ausência do início da maturação sexual
na época esperada. A puberdade tardia nas meninas, deve-se à ausência do
desenvolvimento das mamas até os 13 anos e à ausência de menstruação
(amenorreia) até os 16 anos. Cita-se além desses fatores, tanto para o sexo feminino
e masculino, um período de tempo superior a cinco anos entre o início e o fim do
crescimento dos órgãos genitais. Existe vários distúrbios que estão relacionados à
puberdade tardia, entre eles, doenças autoimunes, tumores que possam interferir no
eixo hipotálamo-hipófise e diminuir ou interromper a secreção de gonadotrofinas,
distúrbios testiculares e anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Turner em

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meninas e Síndrome de Klinefelter em meninos (HALL, 2017; TORTORA;
DERRICKSON, 2017).

2.4 O ciclo menstrual

Os anos reprodutivos da mulher incluem alterações rítmicas mensais da


secreção dos hormônios e alterações físicas correspondentes nos ovários, bem como
em outros órgãos sexuais. Esse padrão rítmico recebe o nome de ciclo mensal
feminino, ou ciclo menstrual. O ciclo tem, em média, duração de 28 dias, podendo ser
curto (apenas 20 dias) ou longo (até 45 dias), sendo dividido em fase folicular e lútea
(HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017).
O primeiro dia menstrual corresponde ao primeiro dia do ciclo, quando inicia a
fase folicular, com o crescimento e o desenvolvimento de um folículo dominante nos
ovários. Na metade de cada ciclo sexual mensal, um só óvulo é expelido, a partir do
folículo ovariano, para o interior da cavidade abdominal, próximo às extremidades
fimbriadas abertas das tubas uterinas. De tal modo, no ciclo menstrual, geralmente
existe, um único óvulo apenas que é liberado pelos ovários em cada mês, de modo
que apenas um feto possa se desenvolver após a fecundação. Após a ovulação, o
óvulo liberado segue seu trajeto ao longo das tubas uterinas direcionada ao útero.
Caso seja fertilizado por um espermatozoide, ele irá se implantar na cavidade do
endométrio, que já foi preparado durante a fase secretora, no qual ocorrerá o
desenvolvimento de um embrião (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Caso não ocorra a fecundação com o óvulo liberado, a menstruação, ou a
descamação do endométrio, ocorre cerca de 14 dias após a ovulação, quando a maior
parte do endométrio do útero se destaca da parede uterina, sendo então eliminada.
Esse processo resulta da proteólise e isquemia (vasoconstrição endometrial com
ruptura de capilares) da camada superficial. O aumento das contrações do miométrio
auxilia a expulsão do endométrio degenerado (HALL, 2017; TORTORA;
DERRICKSON, 2017).
Acontecem todas essas alterações ovarianas durante o ciclo sexual, dependem
totalmente dos hormônios gonadotrópicos FSH e LH secretados pela hipófise anterior.
Na ausência destes, os ovários permanecem inativos. O LH é imprescindível para o
crescimento folicular final e para a ovulação. Cerca de dois dias antes da ovulação, a

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secreção de LH pela hipófise anterior aumenta acentuadamente, atingindo seu pico
16 h antes da ovulação.
O FSH também aumenta de duas a três vezes nesta ocasião, e os dois
hormônios agem de modo sinérgico para causar o elevado aumento do folículo
durante os últimos dias antes da ovulação. Sem esse surto pré-ovulatório de LH, a
ovulação não acontece. O aumento na secreção de LH leva à reorganização do
folículo e à formação do corpo lúteo, uma glândula endócrina temporária que continua
a produzir e a secretar autonomamente progesterona e estrógeno. O hormônio exerce
um papel importante na regulação da duração do ciclo ovariano, na manutenção inicial
da gestação e na suspensão da liberação de FSH e LH por meio da inibição de GnRH
(HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017).
A secreção de estrogênio um dia antes da ovulação começa a diminuir,
enquanto começam a ser secretadas grandes quantidades de progesterona. Em caso
de fertilização, o corpo lúteo continua a crescer e mantém funcional durante os
primeiros dois a três meses da gestação. Posteriormente, ele regride gradativamente
à medida que a placenta assume o papel de síntese hormonal para a manutenção da
gestação.
A secreção do hormônio progesterona continua elevada até o final da gestação.
O processo de lise, ou regressão do corpo lúteo, marca o final do ciclo reprodutivo
feminino, com declínio inicial da produção de progesterona. Corpo albicans é o nome
da cicatriz desenvolvida no ovário após a involução do corpo lúteo. Essa fase é
chamada de fase lútea (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017).

2.5 Climatério e menopausa

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define climatério como uma das fases
biológicas da mulher e não mais como um processo patológico. É a transição entre os
períodos reprodutivos e não reprodutivos da mulher (BRASIL, 2008)
Algumas mulheres passam por esse período sem sofrer alterações e nem
sempre precisam de medicamentos para auxiliar nessa passagem; outras apresentam
sintomas que podem ser variáveis conforme sua intensidade. Para ambos os casos,
é aconselhável o acompanhamento médico, evitando os agravos à saúde da mulher.

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O diagnóstico precoce visa à uma melhor promoção da saúde e o tratamento imediato
dos sintomas, prevenindo danos futuros (BRASIL, 2008).
Os ciclos sexuais femininos, passarão a ficar habitualmente irregulares, entre
os 40 e 50 anos de idade, ou seja, a ovulação deixa de ocorrer durante muitos desses
ciclos, período que é chamado de perimenopausa, o qual se inicia quando os primeiros
sintomas da menopausa iminente começam a aparecer. Depois de alguns meses ou
anos, os ciclos cessam por completo.
Esse período em que os ciclos cessam e os hormônios sexuais femininos
diminuem até quase zero é denominado menopausa. O termo significa, portanto, a
cessação permanente da menstruação, resultante da perda da função ovariana. A
causa da menopausa é a extinção dos ovários. Durante toda a vida reprodutiva da
mulher, cerca de 400 dos folículos primordiais crescem, transformam-se em folículos
maduros e ovulam, enquanto centenas de milhares degeneram. Em torno dos 45 anos
de idade, restam apenas alguns folículos primordiais para serem estimulados por LH
e FSH, além disso, a produção de estrogênios diminui assim que o número de folículos
primordiais se aproxima do zero.
Quando a produção de estrógenos cai abaixo de um valor crítico, esses
hormônios não conseguem mais inibir a produção de LH e FSH, que passam a ser
produzidos em quantidades grandes e contínuas. Conforme os folículos primordiais
remanescentes ficam atrésicos, a produção de estrogênio pelos ovários cai
praticamente para zero (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Em algumas mulheres, alguns sinais e sintomas são mais frequentes e
considerados comuns ao período da menopausa, em razão da alteração hormonal
que o organismo sofre; outras convivem normalmente com essa transformação, sem
nenhum sintoma aparente, porém a alteração hormonal é evidente no
acompanhamento dos exames. Veja alguns desses sinais e sintomas (ABC DA
SAÚDE, 2018):

➢ Ondas de calor: também chamados de fogachos, são sensações intensas de


calor, que acompanham rubor na face e no tronco.
➢ Alterações urogenitais: com a diminuição ou ausência do estrogênio, ocorre
a atrofia do epitélio vaginal, podendo ocorrer discreto sangramento. Na vagina,
ocorre seu estreitamento e encurtamento, com perda de elasticidade e
diminuição da secreção vaginal natural. Nessa fase ocorre dispareunia, um
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desconforto sentido durante a relação sexual, e pode ocorrer aumento de casos
de vaginites por conta do aparecimento de uma flora inespecífica. Outro
aspecto que pode ocorrer é a síndrome uretral, caracterizada pelo aumento da
frequência e ardência ao urinar.
➢ Alterações de humor: as mudanças hormonais ocasionam variações na
constituição química do cérebro, o que pode fazer surgir sintomas como
ansiedade, fadiga, depressão, irritabilidade, perda de memória e insônia.
➢ Alteração na sexualidade: a libido fica reduzida, principalmente pelo fato de
a vagina não manter uma lubrificação desejável e ocorrer dor durante o ato
sexual.
➢ Aumento do risco cardiovascular: o hormônio estrogênio tem como uma das
suas funções proteger o coração e os vasos sanguíneos de desenvolvimento
de trombos; com a diminuição desse hormônio, aumenta a susceptibilidade de
a mulher desenvolver um problema cardiovascular nessa fase.
➢ Osteoporose: a massa óssea se reduz nessa fase, tornando os ossos mais
frágeis e, com isso, o risco de fratura aumenta.

2.6 Aparelho reprodutor feminino e suas funções

Fonte: shre.ink/mDbF

O sistema genital feminino envolve os órgãos da cavidade pélvica internos, os


principais órgãos do aparelho reprodutor feminino envolvendo ovários, tubas uterinas,

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útero e vagina, e externos, que correspondem a monte do púbis, lábios maiores e
menores do pudendo, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares maiores e
glândulas de Skene (SARTORI, 2019).
As funções principais do sistema reprodutor feminino são produzir ovócitos para
a fertilização proporcionando as condições adequadas para a implantação do
embrião, o desenvolvimento e o crescimento fetais e o nascimento. Ovários são as
gônadas femininas. Eles são responsáveis pela produção dos ovócitos e dos
hormônios estrógeno e progesterona.
Os ovários constituem uma camada cortical externa que contém folículos de
tamanhos diferentes e seus remanescentes, que permanecem sofrendo apoptose,
envolvidos em tecido conectivo. As tubas uterinas estendem-se de ambos os ângulos
superiores do útero, sendo subdivididas em um istmo, uma ampola e um infundíbulo,
o qual se abre na cavidade abdominal e é circundado pelas fimbrias, que se ligam ao
ovário. Os cílios do revestimento epitelial das tubas uterinas colaboram para a
orientação da movimentação dos espermatozoides, auxiliando na fertilização e
facilitando o movimento do zigoto (óvulo fertilizado) em direção à implantação para
que ocorra o desenvolvimento fetal (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017;
RAFF; LEVITZKY, 2012; SILVERTHORN, 2017).

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3 ESTRUTURA ANATÔMICA

Fonte: shre.ink/mpau

Vulva

A vulva é responsável pela resposta motora pois possui inervações simpática


e parassimpática além de inervação somática, também é responsável pela
sensibilidade. A estimulação parassimpática causa a dilatação das arteríolas do tecido
erétil genital e a constrição do retorno venoso, enquanto o estímulo simpático causa
redução do fluxo arterial para os tecidos eréteis, fazendo com que seus tamanhos
diminuam até aqueles que tinham antes da estimulação parassimpática (ZUGAIB,
2020).

Hímen

Trata-se de uma membrana de tecido conjuntivo que parcialmente recobre o


óstio da vagina. Possui tamanho e forma variáveis, frequentemente sendo anular,
possui uma única abertura e ocasionalmente pode apresentar diversas pequenas
aberturas (cribriforme), ou, mais raramente, ser totalmente fechado (hímen
imperfurado). Após o acontecimento da relação sexual, pequenos fragmentos apenas
poderão ser visualizados (carúnculas himenais). Por se tratar de uma membrana de
pequena espessura e vascularização reduzida, seu rompimento durante a cópula não
é doloroso e não causa profusa hemorragia, como erroneamente é propagado. O

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desconforto das mulheres às primeiras relações está mais relacionado à falta de
relaxamento dos músculos e estruturas vizinhas do que à própria lesão himenal.

3.1 Órgãos genitais internos

Ovários

Mencionam-se a gônadas femininas com forma ovalada e de coloração


cinzento -rósea, medindo cerca de 5 cm de comprimento, 2,5 cm de largura e 8 mm
de espessura, situadas na cavidade peritoneal pélvica, à frente do ligamento largo do
útero, em cavidades nomeadas fossas ováricas, e presas à porção superolateral do
útero pelo ligamento útero-ovárico (BECKER et al., 2018).
Os ovários agem no desenvolvimento das células germinativas femininas,
denominadas óvulos, atuando como glândulas endócrinas na produção dos
hormônios estrógeno e progesterona, responsáveis por controlar o desenvolvimento
das propriedades sexuais femininas secundárias e agir sobre o útero nos mecanismos
de implantação. O interior dos ovários é revestido por epitélio germinativo,
apresentando a região do córtex, uma região periférica, na qual se encontram os
folículos ováricos primários, e o estroma, a extensão central do ovário, além de tecido
conjuntivo e vasos sanguíneos. Além disso, a superfície do ovário continua lisa e
brilhante até a fase da puberdade, ficando rugoso ao dar início a puberdade e as
outras fases seguintes, em decorrência da expulsão dos ovócitos (BECKER et al.,
2018).

Tubas uterinas

As duas tubas uterinas ou trompas de falópio comosão conhecidas, possuem


um óstio externo (óstio abdominal), que se abre na cavidade abdominal e é
responsável pela captação do oócito; e um interno (óstio uterino), que se comunica
com a cavidade uterina. Dividem-se em quatro porções:

➢ intramural ou intersticial,
➢ ístmica,
➢ ampular e
➢ infundibular, na qual se encontram as fímbrias.

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Elas possuem de 10 a 12 cm de comprimento e livre mobilidade anatômica, se
afixam ao ligamento largo do útero por meio de uma prega peritoneal que envolve
toda a tuba denominada mesossalpinge. Entre as lâminas da mesossalpinge,
encontram-se artérias, veias, nervos e vasos linfáticos tubários.
A parede tubária é composta por três camadas (túnicas): mucosa (mais
interna), muscular e serosa. A túnica mucosa é formada por epitélio colunar simples,
com células ciliadas e secretoras; a muscular, por fibras musculares lisas com
disposição helicoidal, cuja função principal é facilitar a captação do oócito e o
transporte do zigoto até a cavidade uterina; e a serosa tem função de revestimento e
proteção.
A fecundação acontece normalmente na região dilatada da tuba uterina,
nomeada ampola, contexto no qual é formado o zigoto, que se desloca pela tuba
uterina durante cerca de 3 dias, até encontrar o útero. Logo que o zigoto percorre, a
tuba uterina segmenta-se, formando-se a mórula, que avança em direção ao útero,
região em que forma o blastocisto; normalmente no 8º dia posterior à fecundação,
implanta-se a mucosa uterina.

Útero
O útero é um órgão muscular oco, possui tamanho e formato bem
característico à uma pequena pêra, localiza-se na pelve menor, entre o reto e a bexiga,
sendo fixado na cavidade pélvica através do ligamento largo do útero, do ligamento
redondo do útero, do ligamento útero-sacral e dos ligamentos cardinais. Uma das
funções do útero refere-se a fixar a implantação e o desenvolvimento do embrião,
além de colaborar para o mecanismo do nascimento pela contração de suas paredes,
causando a expulsão do feto (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016).

É composto por três regiões:

➢ o fundo do útero: área situada sobre a implantação das tubas uterinas, que
apresenta os óstios uterinos da tuba;
➢ o corpo do útero: área com o maior volume; e o
➢ colo: também denominado cérvice do útero, uma área abaixo e estreita. O colo
do útero pode ser dividido em duas partes, a porção supravaginal - localizada
acima da vagina e a porção vaginal a área do colo uterino que se projeta para

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o interior da vagina e apresenta o óstio do útero, que realiza comunicação com
a vagina.

A seguir na figura 1, veremos a composição do útero.

Figura 1 – Útero

Fonte: shre.ink/mDcQ

A cavidade uterina ao nível do corpo do útero possui o aspecto de uma fenda


triangular de base superior, que por volta do final do 1º trimestre de gestação se dilata.
No colo, a cavidade uterina é fusiforme, menor e é chamada de canal cervical, que
não sofre dilatação até o momento do parto. Afinal, a cavidade uterina ainda está
sujeita a transformações cíclicas relacionadas à menstruação. A parede uterina é
formada por três camadas distintas (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016).

➢ Perimétrio: É a camada definida por ser delgada, formada por uma membrana
serosa, que reveste a parte externa do útero e auxilia no desenvolvimento dos
ligamentos que contribuem na manutenção do útero em sua posição.
➢ Miométrio: É a camada definida por ser espessa, na qual se encontram as
fibras elásticas, colágenas e musculares, formando um sistema de espirais
cruzadas.
➢ Endométrio: É considerado como a membrana mucosa que reveste a
cavidade do útero. Perante a ação do estrógeno e da progesterona, que são

19
hormônios ovarianos, o endométrio sofre transformações associadas ao ciclo
menstrual.

3.2 Órgãos genitais externo

São constituídos por monte do púbis, lábios maiores e menores do pudendo,


clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares maiores e de glândulas de Skene
(TORTORA; DERRICKSON, 2017).

Monte púbico

O monte púbico (monte de Vênus) é uma elevação mediana anterior à sínfise


púbica é composta principalmente por tecido adiposo. Depois do amadurecimento
puberal, acontece o crescimento de pelos espessos com distribuição característica.
A demarcação externa do pudendo feminino é determinada pelo monte do
púbis, que se diferencia pelo seu volume e proeminência, decorrente do tecido
adiposo subjacente à pele anterior à sínfise púbica, e pelos lábios maiores, contornam
e cobrem moderadamente os lábios menores, além de serem cobertos pelo tecido
adiposo subjacente, apesar das regiões mais internas apresentarem menos pelos
(ZUGAIB, 2020).

Grandes e pequenos lábios

São duas pregas cutâneas alongadas que delimitam entre si uma fenda, a rima
do pudendo. Os lábios menores são definidos por serem duas pregas pequenas de
pele, que não têm pêlos.

Vagina

É um tubo musculomembranoso, medindo de 7 a 8 cm de comprimento, que se


estende do colo do útero até o óstio vaginal, sendo aberto no vestíbulo, área localizada
entre os lábios menores do pudendo. A vagina é o órgão copulador da mulher, sendo
a via de eliminação do sangue da menstruação e das secreções do útero e da
passagem do feto durante o parto. Esse órgão é localizado na cavidade pélvica, na
área inferior ao útero, à frente da uretra, antes do reto e do canal anal, e fazendo parte
da espessura das estruturas no períneo. Possui uma parede média formada por fibras
20
musculares lisas e uma membrana mucosa com pregas transversais, recebem o nome
de rugas vaginais.
A parede precedente da vagina é mais curta que a posterior, porém as paredes
estão juntas constituindo uma cavidade que se dilata somente no momento do parto
ou durante o ato sexual. Na mucosa vaginal, existem glândulas produtoras de muco e
células que, quando estão sob ação de estrógeno, produzem glicogênio e partículas
de gorduras, usadas pelos lactobacilos da flora vaginal (bacilos de Doderlein),
acarretando na produção de ácido láctico, que concede à vagina pH ácido
(COUTINHO; COSTA; SILVA, 2018).
O óstio da vagina é o orifício responsável pela comunicação da vagina com o
meio externo, localizado no períneo, depois do óstio externo da uretra e antes do
orifício anal (COUTINHO; COSTA; SILVA, 2018).

Vestíbulo da vagina

É uma fenda longitudinal delimitada pelos pequenos lábios. O óstio uretral


externo pode ser visualizado na parte superior do vestibulo da vagina; abaixo do óstio
da vagina; e, lateralmente, os orifícios dos ductos das glândulas vestibulares
(glândulas de Bartholin). Essas glândulas são responsáveis pela lubrificação vaginal
durante a excitação sexual. Para fins obstétricos, ou seja, para ampliar o canal de
parto, é feita uma incisão cirúrgica do óstio da vagina até o períneo (perineotomia) ou
mediolateralmente ao períneo (episiotomia mediolateral) se houver risco de ruptura
perineal.

Clitóris

É uma saliência pequena de formato arredondado nos pequenos lábios, possui


aproximadamente 2cm de comprimento e 0,5 cm de diâmetro, com uma parte exposta
(glande) e uma parte não exposta ( corpo cavernoso).Este último se insere na parte
posterior do arco púbico (ramos do clitóris).
Ele possui um tecido erétil, semelhante aos corpos cavernosos no homem,
localizado antes dos lábios menores do pudendo; e o bulbo do vestíbulo são duas
massas pequenas, compostas por tecido erétil, situadas ao lado do orifício da vagina
(TORTORA; DERRICKSON, 2017).

21
4 CARACTERIZAÇÃO DA MAMA FEMININA

Fonte: shre.ink/mD5e

As mamas femininas localizam-se na parte anterior do tórax, antes dos


músculos peitorais e da fáscia profunda, e são separadas pelo espaço retromamário.
Elas possuem uma estrutura dinâmica que se modifica conforme a idade da mulher.
Ao nascer, estão presentes apenas os ductos lactíferos principais.
O volume e a elasticidade do tecido conectivo ao redor dos ductos
acrescentam, bem como a vascularização e a deposição de gordura. A ação
combinada dos hormônios (estrogênio e progesterona) estabelece o desenvolvimento
completo da mama e a pigmentação da aréola. As mamas femininas são formadas
por lóbulos (glândulas produtoras de leite), por ductos (pequenos tubos responsáveis
por transportar o leite dos lóbulos ao mamilo) e por estroma (tecido glandular epitelial,
tecido adiposo e tecido fibroso) que envolvem os ductos e lóbulos, além de vasos
sanguíneos e vasos linfáticos. Outras estruturas presentes são ligamento
suspensores, lobos, seios e canais lactíferos, glândula areolar, papila mamária e
aréola (MENKE, 2007).
O tecido glandular epitelial é composto por 12 a 20 lobos, cada um drenado por
um canal lactífero. Os canais lactíferos conduzem-se para a base da papila, porém
antes apresentam dilatação, o seio lactífero. Cada lobo é constituído por um conjunto
de alvéolos. Os alvéolos mamários podem ser considerados as unidades mais
importantes da estrutura mamária, devido à responsabilidade pela síntese do leite. O

22
tecido adiposo cobre completamente a glândula e podendo ser descrito em duas
partes: a primeira está situada superficialmente entre a glândula e a pele e a segunda
entre a base da glândula e a aponeurose do peitoral.
O tecido adiposo promove o deslizamento da mama sobre o músculo e
determina a forma e a consistência da mama. O tecido conectivo fibroso distende-se
desde a bolsa retromamária até a derme, por entre os lóbulos e canais lactíferos. Ele
ampara na sustentação dos lóbulos. Na Figura 2, veremos as estruturas principais que
compõem a mama.
Os mamilos também possuem formas específicas e podem ser classificados
em:

➢ protruso (saliente, bem delimitado),


➢ semiprotruso (pouco saliente e sem delimitação precisa),
➢ invertido e pseudoinvertido.

Figura 2 – As principais estruturas da mama feminina

Fonte: Adaptada de VectorMine/Shutterstock.com

23
4.1 Principais distúrbios da mama feminina

As queixas mamárias principais relatadas nas consultas nos serviços de saúde


são: dor, nódulos e derrames papilares. Além disso, pode-se observar anormalidades
do desenvolvimento mamário, processos inflamatórios agudos ou crônicos, saída de
secreção purulenta e modificações de pele e mamilo. Os distúrbios das mamas são
classificados em não cancerosos (benignos) e cancerosos (malignos). Dentre os
distúrbios conhecidos não cancerosos (benignos), podemos citar os seguintes:

➢ Mastalgia (dor nas mamas): podendo ocorrer antes ou no decorrer do período


menstrual, sendo causada por alterações hormonais. Pode, ainda, ser uni ou
bilateral, focal ou difusa, constante ou intermitente.
➢ Cisto mamário: lesão de formato esférico, preenchida por líquido situado no
interior da mama, e não costuma evoluir para câncer. São três os tipos
existentes de cistos: oleoso, hemático ou sérico, que variam de acordo com o
tipo de líquido que apresentam internamente.
➢ Doença fibrocística das mamas: considera-se um distúrbio comum, acontece
dor mamária, cistos e nódulos benignos simultaneamente.
➢ Fibroadenomas mamários: são nódulos sólidos que acontecem em mulheres
jovens (adolescência até os 30 anos de idade). Possui bordas definidas que
podem ser palpadas durante o autoexame.
➢ Secreções através dos mamilos: existe diversas causas para a ocorrência
da saída de líquido pelos mamilos. A galactorreia é a saída de leite que pode
estar relacionada ao uso de medicamentos, alterações hormonais, trauma da
parede torácica, entre outros. As cores das secreções menos perigosas são
brancas ou verdes e as incolores e sanguinolentas são as mais perigosas.
➢ Mastite: são infecções mamárias que podem geralmente surgir, no período
pós-parto e no decorrer da amamentação. A mama infectada torna-se
hiperemiada, edemaciada, sensível e quente. A infecção puerperal tem como
principal agente etiológico o Staphylococcus aureus e costuma estar associada
à formação de abscessos.
➢ Abscesso mamário: acúmulo de pus na mama, que geralmente é proveniente
de uma mastite não tratada.

24
5 SAÚDE DA MULHER

Fonte: shre.ink/mD5w

A saúde da mulher é um tema abrangente, que engloba todas as fases de sua


vida, desde a infância até a senilidade. A área da saúde que dá assistência à mulher
não gestante é denominada Ginecologia (CRUZ, 2014).
Muitas vezes, a falta de informação ou informações inadequadas colaboram
para que esse assunto tenha uma repercussão inesperada, assim como a falta de
informação tende a agravar o tratamento das afecções ginecológicas que surgem nas
diversas idades das mulheres. Muitas dessas afecções são consideradas normais
para o período de vida em que a mulher se encontra; outras, porém, requerem cuidado
e atenção maior, evitando o agravo dessas afecções. As afecções ginecológicas mais
frequentes serão apresentadas a seguir, em detalhes.

Síndrome da tensão pré-menstrual -TPM

A tensão pré-menstrual (TPM) é um período que ocorre nas mulheres, que


precede a menstruação. Podendo ser desencadeada pela retenção de líquido e
principalmente por alterações hormonais características dessa fase (SANTOS, 2018).
Os sintomas são:

➢ irritabilidade,

➢ alterações de humor e labilidade emocional;


25
➢ pode vir acompanhada de cólicas abdominais, caracterizada por cólicas
menstruais.

Displasia mamária

A displasia mamária caracteriza-se pelo aparecimento de pequenos nódulos ou


cistos na mama. Os sintomas são dor nas mamas, especialmente à palpação; pode
surgir secreção ao ser avaliado, embora alguns sejam indolores (SANTOS, 2018).
Podem ser detectados através de ultrassonografia ou mamografia,
principalmente ao autoexame das mamas e biópsia. Como realizar o autoexame das
mamas ( figura 3): o autoexame da mama é realizado em três passos:

➢ 1º passo – inspeção em frente ao espelho: retire toda a roupa (blusa e peça


íntima) e em frente ao espelho posicione-se. Os braços devem ficar caídos ao
longo do corpo, verifique se há presença de algum nódulo visível em uma das
mamas; também observe assimetria de ambas as mamas. Posteriormente,
eleve os braços mantendo-os erguidos e, depois, cruze-os atrás da cabeça,
na altura no pescoço, observando sempre se há alterações visíveis nas
mamas. Por último, posicione os braços na altura da cintura, pressione com
leveza a região com as mãos observando se existe alguma alteração nas
mamas. Deve-se prestar muita atenção, em relação sempre ao tamanho, a cor,
se há presença de inchaço, as saliências e os nódulos visíveis.

➢ 2º passo – palpação de pé: Essa palpação deverá ser empregada na hora do


banho, embaixo do chuveiro, com as mãos ensaboadas, facilitando o
deslizamento dos dedos e mãos. Primeiramente, levante um dos braços,
colocando a mão atrás da cabeça. Apalpe a mama com a outra mão, utilizando
movimentos de deslizamento dos dedos ao redor da mama e, em seguida, ao
redor do mamilo. Realize movimentos circulares e de cima para baixo,
pressionando levemente o mamilo e observando se há saída de líquido ou
secreção. Repita com a outra mama. Observe se há nódulos, cistos ou caroços,
e se sente dor à palpação.

➢ 3º passo – palpação deitada: posicione-se deitada e coloque um dos braços


na altura da nuca. Insira um travesseiro debaixo desse ombro, para acomodar-

26
se melhor, e com a outra mão palpe a mama. Repita o mesmo movimento do
2º passo e todo o procedimento com a outra mama. Observendo sempre se
há presença de nódulos, cistos ou caroços (SANTOS, 2018).

Figura 3 – Autoexame das Mamas

Fonte: shre.ink/mDdm

5.1 Doenças da vulva e vagina

Geralmente são doenças comuns, que acometem a mulher em qualquer idade,


com alto índice de consultas ao ginecologista. Essas doenças são classificadas
segundo sua localização e são detectadas pelo exame físico e anamnese, e exames
complementares. As principais doenças da vulva e vagina são (CRUZ, 2014):

➢ Vulvovaginites: É um processo inflamatório que ocorre a vulva e a vagina


(vulvite); é associada à vaginite, daí a relação vulvovaginite. As mulheres
apresentam dor local, prurido, hiperemia, edema e aumento das glândulas de
Bartholin.
➢ Cistos benignos: são provenientes da obstrução nos canais das glândulas
acessórias, especificamente as glândulas de Bartholin, classificadas como
bartolinite – processo infeccioso agudo, com formação de abscesso. O
tratamento é feito geralmente através de drenagem do abscesso.

27
➢ Leucorreia: É a doença mais comum, é uma infecção do canal vaginal,
conhecida também como “corrimento”. Pode estar acompanhada de prurido,
eritema, queimação e edema, que causa desconforto ao urinar.

5.2 Doenças do útero

O útero é um órgão indispensável para a reprodução humana e susceptível a


algumas doenças, como infecções e inflamações. A seguir no quadro 3,
aprenderemos sobre determinadas afeccções.

Quadro 3 – Algumas afecções que acometem as mulheres

Cervicite: inflamação aguda ou crônica, localizada no colo do útero. Normalmente ocorre edema e
hiperemia. Há corrimento espesso, podendo ou não haver presença de sangue. É causado por
distúrbios hormonais ou processo infecciosos. O exame de Papanicolau deve ser realizado para
descartar a possibilidade de um carcinoma.
Mioma: tumor benigno que tem origem no tecido muscular uterino, de tamanho e peso variável.
Classifica-se conforme sua localização:
- intramural: dentro da musculatura do miométrio
- subseroso: sob o perimétrio;
- submucoso: embaixo do endométrio, já se projetando para a cavidade uterina.
Adenomiose: cólicas frequentes no período menstrual e menstruações irregulares. Semelhante à
endometriose, desenvolve-se fora do local originário, provocando crescimento anormal do
endométrio.
Retocele: processo que ocorre quando há o relaxamento dos ligamentos e dos músculos perineais
que firma o útero. Esse músculo desce e o reto pode aumentar de tamanho, empurrando a parede
posterior da vagina para a frente, e com o esforço, exterioriza-se na vulva. O tratamento é cirúrgico.
Cistocele: é a descida da bexiga direcionada ao introito vaginal. Os sintomas são sensação de
pressão pélvica, acompanhada de incontinência urinaria. Nesse caso, o tratamento é cirúrgico,
realizando a correção dos tecidos de sustentação e fixação correta do útero.
Fonte: Adaptado de Cruz (2014).

5.3 Doenças da cavidade pélvica

Os órgãos que fazem parte da pelve: endométrio, tubas uterinas, ovários,


útero e colo do útero, vulva e vagina, ou seja, todos os órgãos situados na parte baixa

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do abdômen. Qualquer tipo de doença nessa região costuma causar muita dor e
desconforto. As principais doenças da cavidade pélvica são (CRUZ, 2014):

➢ Cistos ovarianos: são tumores benignos cheios com conteúdo líquido,


semilíquido ou pastoso. Podem estar diretamente ligados a alterações
hormonais. O tratamento pode ser cirúrgico, com a retirada apenas do cisto,
ou, em situações mais graves, necessita ser realizado a ooforectomia. Casos
mais simples são tratados com hormônios.
➢ Anexite: É uma inflamação que acontece nos órgãos anexos femininos, nas
trompas e nos ovários. À inflamação dos ovários chama-se ooforite; já nas
trompas nomeia-se salpingite. Os sintomas são dor embaixo do ventre,
hipertermia, sudorese e vômitos.
➢ Doença inflamatória pélvica (DIP): É uma inflamação que acontece nos
genitais internos, que pode ser endometrite, salpingite, ooforite ou
pelviperitonite. Em casos agudos geralmente, ocorre forte dor pélvica e o útero
se torna doloroso à palpação e ao exame de toque. Na endometrite, pode existir
presença de secreção purulenta e odor fétido. Qualquer um dos quadros pode
evoluir para peritonite e os sintomas são náuseas, vômitos, febre alta e
alteração no hemograma; a dor também se torna mais intensa e constante.
➢ Endometriose: caracterizada pelo crescimento do endométrio – mucosa que
envolve a parede interna do útero, fora de seu habitat normal, podendo ser
achado na pelve, ovários, trompas, bexiga ou intestino. As causas não são
totalmente conhecidas; podem surgir na menarca, mas são geralmente
descobertas entre 25 e 30 anos e com risco maior em quem já tem casos na
família. Causa fortes cólicas no período menstrual e menstruações irregulares.
O tratamento é clínico para os casos mais leves, feito à base de hormônios;
em alguns casos a cirurgia é indicada e o endométrio é retirado dos órgãos
comprometidos.

5.4 Infecções sexualmente transmissíveis (IST)

São causadas por vírus, bactérias e microrganismos, sendo transmitidas em


especial pelo contato sexual (oral, vaginal ou anal) sem a utilização devida de
preservativo masculino ou feminino, através de pessoa já infectada pela doença.
29
Outra forma de transmissão da IST é de mãe para filho no período gestacional, no
parto ou até mesmo na amamentação. O tratamento das IST apresenta uma boa
evolução relacionado à qualidade de vida da pessoa infectada e interrompe a cadeia
de transmissão das infecções (SANTOS, 2018).
Esses tratamentos, gratuitamente são fornecidos pelo governo na rede pública
de atendimento. Alguns fatores levam ao aumento das IST:

➢ troca elevada de parceiros – promiscuidade;


➢ falta de informação;
➢ falta de programas educativos nas escolas;
➢ higiene precária.

Destacamos a seguir as principais IST

Sífilis
É uma doença infecciosa, causada pelo Treponema pallidum, transmitida por
via sexual ou por sangue contaminado pela via placentária (de mãe para o filho)
(CRUZ, 2014).
Os tipos de Sífilis são:

➢ Sífilis primária: seu surgimento se dá, entre o terceiro e o quarto dia após o
contágio (relação sexual). Caracteriza-se por uma lesão indolor nos genitais,
podendo desaparecer após dez dias, e passar despercebida, principalmente se
as lesões aparecerem na região do reto ou no colo do útero. Dessa maneira, a
bactéria torna-se inativa mesmo sem tratamento.

➢ Sífilis secundária: ocorre entre a segunda e oitava semana depois as


primeiras feridas se formarem, quando não tratadas na fase primária.
Caracteriza-se por lesões generalizadas, na forma de manchas eritematosas e
pápulas de coloração acastanhada. No início são lisas e, depois, em
descamação, alopecia e condiloma plano. Encontram-se principalmente na
região palmo-plantar. As lesões podem vir acompanhadas de adenopatia
generalizada, dor articular, febrícula, cefaleia e cansaço, e gânglios na região
de axilas e pescoço. Nessa etapa, também tende a ficar inativa mesmo com
tratamento (CRUZ, 2014).

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➢ Sífilis latente: é um período de estágio inativo, sem sintomas. Dura muito
tempo, podendo desenvolver-se futuramente, já na fase terciária, que é mais
perigosa.

➢ Sífilis terciária: os sinais e sintomas aparecem entre 3 a 12 anos após o início


da infecção. Caracteriza-se por lesões na pele, tipo tubérculos ou goma, e pode
risma aórtico, e articular como artropatia de Charcot. O diagnóstico é feito pelo
exame de pesquisa de Treponema pallidum na lesão, e exames de sorologia
para VDRL (exame de sangue utilizado rotineiramente no diagnóstico da sífilis)
e FTA-ABS (exame de método confirmatório para o diagnóstico da sífilis).
O VDRL é um exame quantitativo; já o FTA-ABS é um exame treponêmico,
específico, quantitativo, preparado com proteínas especificas para o
Treponema pallidum. Exames de cultura bacteriana também devem ser
realizados nas lesões que apresentam secreções, e para os casos de suspeita
de complicações neurológicas, a punção lombar deve ser realizada para coleta
de líquor.
Tratamento: à base de antibioticoterapia, com penicilina benzatina.

➢ Sífilis congênita

A sífilis congênita ocorre na gestante, quando o Treponemapallidum atravessa


a barreira placentária após o 4º mês de gestação. Por isso, o diagnóstico precoce
deve ser feito para evitar a contaminação do feto. (CRUZ, 2014).
A sífilis congênita pode ser precoce, quando as lesões já estão presentes, ou
manifestar-se tardiamente, com os seguintes sinais: coriza, choro rouco, lesões na
pele, os ossos longos e as articulações podem ser afetados. O diagnóstico deve ser
precoce para que o tratamento se inicie rapidamente. A penicilina é o medicamento
mais usado para o tratamento em qualquer fase da doença.

Gonorreia

A gonorreia é uma infecção bacteriana, altamente contagiosa, denominada


Neisseriagonorrhoeae, também conhecida como gonococo. Qualquer indivíduo que
tenha prática sexual pode contrair a gonorreia. Essa infecção pode ser transmitida por
contato oral, vaginal ou anal.

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É encontrada na uretra, no canal cervical, no reto, na vagina e na vulva. Em
ambos os sexos, podem surgir nas amígdalas e na faringe (CRUZ, 2014).
As mulheres podem ser assintomáticas, o que retarda o tratamento, contudo
pode aparecer corrimento vaginal ou uretral purulento, com ulcerações e uretrite. Nos
recém-nascidos, a manifestação é a forma oftalmia neonatal; aparecem entre o 2º e
5º dia pós-parto. A prevenção é feita com nitrato de prata a 2%, denominado
credeização, após o nascimento.

Herpes genital

São lesões vesiculares encontradas nas regiões genital ou na cavidade oral. É


transmitida pelo vírus da herpes simples (HSV), que acomete pele e mucosas. A
herpes genital se apresenta de duas formas:

Herpes simples tipo 1 (HSV-1): é o tipo mais comum, o primeiro contato com
o vírus geralmente é na infância. Está associada a lesões dos lábios e interior da boca,
na forma de pequenas lesões e aftas, e na face, mais comumente nos olhos, na
conjuntiva e na córnea; em determinados casos pode ocorrer infecção nas
meníngeas,
causando meningoencefalite. É transmitida através da saliva infectada; a maioria
contrai a herpes quando ainda crianças, através de beijos.
Herpes simples tipo 2 (HSV-2): É considerada também um tipo comum, é
transmitida pelo ato sexual. Ocorre o aparecimento de lesões vesiculares nas regiões
genital, perineal e perianal, acompanhadas de edema e eritema. Pode também
permanecer no período de latência, sem apresentar qualquer sintoma. A infecção
cruzada por intermédio de dois tipos de herpes pode acontecer se houver contato
orogenital.
Causas: contato sexual sem uso de preservativo; contato direto com pele infectada
com lesões visíveis ou não; contato com saliva ou fluidos vaginais de pessoa já
infectada. (SANTOS, 2018).

Infecção por Papiloma vírus humano (HPV)

O HPV é um vírus que possui mais de 150 genótipos diferentes, sendo 12 deles
considerados oncogênicos, conforme a Agência Internacional para Pesquisa sobre

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Câncer (IARC), e associados a neoplasias malignas do trato genital, enquanto os
demais subtipos virais estão relacionados a verrugas genitais e cutâneas (ROSSO,
2017). Os tipos virais oncogênicos mais comuns são:
HPV 16 e HPV 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo
do útero;
HPV 6 e HPV 11, associados a 90% das lesões verrucosas ano
genitais.(ROSSO, 2017).
Transmissão: a via sexual, é a forma mais comum de transmissão, não
descartando a forma vertical (mãe para filho). O vírus pode permanecer em estado
latente por muitos anos.
Sintomas: a maioria das infecções é assintomática ou inaparente.
Apresentam-se sob a forma de lesões tipo condiloma acuminado, verrugas genitais
ou crista de galo (ROSSO, 2017).
Tratamento: eletrocauterização ou criocauterização das lesões, associado ao
uso de cremes e pomadas locais. O tratamento consiste em aliviar os sintomas de
forma mais rápida.
Vacina: o Ministério da Saúde adotou a vacina quadrivalente contra HPV, que
confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e
18). Tem maior evidência de proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram
contato com o vírus (ROSSO, 2017).
População-alvo: a vacina quadrivalente é recomendada para meninos e
meninas entre 9 e 26 anos de idade, enquanto a bivalente é indicada para meninas e
mulheres a partir de 10 anos de idade. A resposta imunológica é melhor quando
aplicada até os 15 anos de idade.
Modo de administração: exclusivamente por via intramuscular, na região do
deltoide esquerdo, na parte superior do braço ou na região anterolateral superior da
coxa.
Contra-indicação: adolescentes com hipersensibilidade ao princípio ativo ou
qualquer componente da fórmula e gestantes. Caso a menina engravide após o início
do esquema vacinal, as doses subsequentes deverão ser adiadas para o período pós-
parto.
Reações adversas: podem ocorrer dor no local da aplicação, edema, eritema,
cefaleia e febre.

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Gardnerella vaginalis

Gardnerella vaginalis é uma bactéria comum que reside na flora vaginal de


mulheres em fase reprodutiva. Normalmente se encontra em baixas concentrações,
estabelecendo o equilíbrio com o organismo. Situações como estresse, infecções,
lavagem vaginal frequente que pode alterar a flora , gravidez ou uso de DIU podem
sofrer alteração nessa concentração, causando vaginose bacteriana ou vaginite
Gardnerella (SANTOS, 2018).

Transmissão: não existe uma causa específica para o surgimento da infecção.


No entanto, o maior índice ocorre principalmente pelo ato sexual e pela troca de
parceiros sem proteção. Pode ocorrer em mulheres que ainda não tiveram relações
sexuais; quando isso ocorre, ela não é considerada uma IST e, sim, uma infecção do
trato vaginal.
Sintomas: corrimento amarelado, fétido, prurido, sensação de queimação e
mucosa vaginal hiperemiada. Os sintomas tendem a piorar após relações sexuais e
períodos menstruais. Estando a mulher infectada e ainda mantendo relações sexuais,
pode surgir no homem inchaço e vermelhidão na glande, dor ao urinar ou prurido no
pênis.
Diagnóstico: é realizado através da história da cliente, exame físico e exames
laboratoriais.
Tratamento: deve ser local, com óvulos ou cremes vaginais à base de
imidazólicos, com duração de até 10 dias. Geralmente, o parceiro também deve ser
tratado. Antibióticos também devem ser inseridos no tratamento (SANTOS, 2018).

Candidíase

É uma infecção fúngica comum, causada pelo fungo Cândida albicans, que
pode acometer outros órgãos além dos genitais femininos, como: órgãos genitais
masculinos, pele, unha, garganta, boca e corrente sanguínea.ans, que pode acometer
outros órgãos além dos genitais femininos, como: órgãos genitais masculinos, pele,
unha, garganta, boca e corrente sanguínea (SANTOS, 2018).
Transmissão: a forma de transmissão mais comum ocorre pelo ato sexual ou
por autoinoculação do reto.

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Sintomas: irritação e prurido nos lábios e vulva; hiperemia e corrimento; pode
ocorrer odor vaginal.
Seus tipos estão relacionados com a área em que surge a lesão, podendo ser:
candidíase vaginal: forma mais comum do fungo, que acomete as mulheres com
sistema imunológico baixo ou flora vaginal desequilibrada;
candidíase peniana – balanopostite: não é muito comum, mas pode ocorrer quando
há vulnerabilidade no organismo masculino, diabetes e higiene precária;
candidíase oral: geralmente acomete crianças e idosos, e pacientes que fazem
tratamentos que comprometam o sistema imunológico.
Tratamento: consiste geralmente na utilização de cremes e pomadas
antifúngicas, medicamentos orais e antimicótico local (SANTOS, 2018).

Tricomoníase

É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que acontece


mais especificamente no trato vaginal inferior feminino. Geralmente é assintomático,
podendo causar uretrite, vaginite e cistite. A transmissão é realizada por ato sexual
com a pessoa já infectada, ou de forma acidental, com período de incubação variável
de 5 a 28 dias (SANTOS, 2018).
Os sintomas são: corrimento vaginal abundante, com alteração de coloração;
odor fétido; hiperemia vaginal; prurido; dor e ardor ao urinar; dor durante a relação
sexual; em alguns casos, apresenta erosões vulvares, no período menstrual podem
se tornar mais intensos. O tratamento é feito à base de metronidazol em doses
elevadas, tanto oral como local, lembrando que o parceiro sexual também deve ser
tratado (SANTOS, 2018).

5.5 Queixas urinárias

Quando a mulher se queixar de perda urinária, deve-se verificar o início dos


sintomas, frequência dessas perdas, a gravidade, o hábito intestinal e os sintomas
associados, como urgência miccional, frequência urinária, nictúria, esvaziamento
incompleto, disúria, hematúria, infecção do trato urinário e prolapso uterino. Essas
queixas urinárias podem estar relacionadas a processos inflamatórios/infecciosos,

35
efeitos colaterais de medicamentos, constipação intestinal, fraqueza de alguns
músculos pélvicos ou complicações operatórias (BRASIL, 2016).
Quando a mulher apresenta queixas de alterações urinárias, devem ser
investigados sintomas de infecção do trato urinário, como disúria, dor suprapúbica,
urgência miccional, aumento da frequência urinária, nictúria ou hematúria, além de
avaliar a presença de leucorreia ou irritação vaginal (BRASIL, 2016).

5.6 Distúrbios cancerosos (malignos)

Considera-se que o câncer de mama possui maior incidência no mundo, com


aproximadamente 2,3 milhões de novos casos estimados em 2020, representando
24,5% dos novos casos por câncer de mama em mulheres (INTERNATIONAL
AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER, 2020).
Estima-se que no Brasil, ocorrerão mais de 66 mil novos casos da doença em
2022 (INCA, 2022), sendo o câncer de mama a primeira causa de morte por câncer
dentre as mulheres brasileiras, com tendência de crescimento nas taxas de
mortalidade após os 40 anos (INCA, 2019). O câncer de mama pode ser definido como
uma multiplicação desordenada das células, alguns com desenvolvimento rápido,
outros com crescimento lento. A maioria dos casos, quando diagnosticados com
brevidade e com tratamento adequado, apresenta bom prognóstico. Há várias causas,
dentre elas: idade acima dos 40 anos, história familiar, fatores genéticos, e fatores
ambientais e comportamentais (obesidade, consumo de álcool e fumo).
Pode ser percebido por alguns sinais e sintomas: nódulo (caroço), identificado
na palpação das mamas; pele avermelhada, retraída ou parecida com casca de
laranja; alterações no mamilo; pequenos nódulos nas axilas e no pescoço; saída
espontânea de líquido pelos mamilos. Exames como o autoexame das mamas
(palpação) e exames de imagem como ecografia mamária e mamografia são
realizados para detecção de nódulos, mas a confirmação do diagnóstico só é realizada
através de biópsia. Diante da confirmação do câncer de mama, realiza-se seu
estadiamento para planejamento do tratamento, previsão de resultados e comparação
dos efeitos dos tratamentos (MIGOWSKI et al., 2018).
A escolha do tratamento depende de fatores como:

➢ perfil da paciente,
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➢ estadiamento do tumor,

➢ fatores de risco e

➢ fatores prognósticos do tumor.

As probabilidades de tratamento englobam os cirúrgicos e não cirúrgicos. As


mastectomias são abordagens cirúrgicas e podem ser: simples ou radical ou
poupadora de pele. Já os tratamentos não cirúrgicos englobam hormonioterapia,
radioterapia e quimioterapia.

5.7 A importância das ações realizadas na saúde da mulher

As ações efetivadas para atender as demandas da saúde da mulher


necessitam abranger o acolhimento e a escuta às necessidades femininas, que vão
além das especificidades reprodutivas, partindo do pressuposto de integralidade,
especificidades e as diversas implicações de “ser mulher” na atualidade (BRASIL,
2004). Estimular a mulher a cuidar e valorizar sua saúde, buscando atendimento e
auxílio, dentro das diversas ações existentes na área da saúde da mulher, em todas
as fases da vida, é fundamental. Os profissionais de saúde devem conhecer essas
estratégias para orientar as mulheres de maneira integral e eficaz (SANTOS et al.,
2019).
Os distúrbios da mama fazem parte das patologias que envolvem a saúde da
mulher em diferentes momentos da vida. Para os distúrbios benignos, as ações
realizadas correspondem à escuta e à percepção dos sinais e sintomas que a mulher
apresenta, e o tratamento e conduta vão depender da queixa e do distúrbio. Dentre
os distúrbios, ressalta-se as mastites e os abscessos mamários, ocorridos comumente
no puerpério e que merecem atenção especial (BOURGET; CARDOSO, 2019).
Estratégias podem ser realizadas através de acompanhamento da mulher
durante o pré-natal e o puerpério, a fim de orientar questões relacionadas ao
aleitamento materno, pois, quando não realizado corretamente, torna-se uma das
principais causas de mastite e abscessos mamários. É necessário que os profissionais
de saúde tenham conhecimento sobre estes distúrbios e os cuidados que devem ser
realizados. As orientações devem compreender a pega correta do bebê, ordenha
adequada, esvaziamento correto da mama, cuidados com os mamilos, entre outros.
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Ressalta-se, também, a importância de estimular a participação da mulher nas
consultas pré-natal mensais para que o acompanhamento seja realizado de maneira
integral (SANTOS et al., 2019).
Outras ações na saúde da mulher, relacionado aos distúrbios da mama,
englobam aspectos relacionados à prevenção do câncer de mama. Incentivar o
comportamento vigilante da mulher à sua própria saúde é fundamental, e algumas
estratégias de prevenção têm sido estimuladas como forma de atuar precocemente
nos fatores de risco, orientando quanto aos sinais que devem servir de alerta para
buscar atendimento. As políticas públicas relacionadas à prevenção do câncer de
mama têm auxiliado o diagnóstico precoce, e campanhas anuais, como a “Outubro
rosa”, geram conscientização e entendimento da população acerca do câncer de
mama. Além disso, o Ministério da Saúde oferece exames de diagnóstico, como a
mamografia, para mulheres de 35 a 50 anos, a cada ano, e de 50 a 69 anos, a cada
dois anos (MIGOWSKI et al., 2018; SANTOS et al., 2019).
Ainda em relação ao câncer de mama, destaca-se estratégias relacionadas aos
efeitos psicológicos do enfrentamento da doença. A fase de aceitação da mulher em
relação à doença não é fácil, e ela necessita diariamente do resgate da sua
autoestima. Sentimentos como tristeza, ansiedade, angústia, medo, raiva, inquietação
e luto são observados na mulher que está passando por essa situação. Portanto, faz-
se necessário um atendimento humanizado pelos profissionais de saúde que atendem
essas mulheres, por intermédio de uma assistência integral, que estabelece a
confiança e o cuidado com a mulher e sua família (SOUZA; SILVEIRA, 2019).

38
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