Você está na página 1de 3

Nutrição na Infância

Fases Pré-Escolar e Escolar

Dentro da infância temos duas fases bem distintas, fases de


Mudanças Corporais
personalidade, de aspectos fisiológicos, aspectos de
crescimento bem diferentes, entre a infância inicial e final, após o 1° ano
isso faz com que as crianças tenham comportamentos O crescimento da cabeça é lento e mínimo
alimentares diferentes. Divisão da infância: Pré escola (2 a O crescimento do tronco se torna lento
6 anos 11 meses e 29 dias), escolar (7 a 9 anos 11 meses e Membros tornam-se mais longos

h
29 dias), adolescência (10 a 19 anos 11 meses e 29 dias). Marcha – pernas retas

t
Desenvolvimento de força muscular no abdome e costas a
Crescimento e

u
fim de auxiliar na locomoção.

Desenvolvimento - Composição corporal permanece relativamente constante.


- O padrão de crescimento da fase escolar é mínimo fazendo com

R
- O crescimento inicial na lactância é grande.
- Por sua vez, o crescimento físico na infância ocorre de forma
ão
a que as crianças não acumulem gordura, por essa razão elas são


magrinhas. (4 a 6 anos). Na fase escolar a partir do 7 e até por

a
latente ou quiescente/estável, sendo regular ou não irregular,
r
volta dos 9 anos o organismo precisara acumular gordura para o
t

r
com uma velocidade amena, ao contrário do lactente.
u
estirão da puberdade aumentando assim a fome. Por essa razão é
N

o
- Seu crescimento cognitivo, emocional e social ocorre de forma
e
natural que elas engordem.
d

d
rápida, fase da socialização, brincadeiras, descobertas. - Baixa ingestão ou irregularidade do apetite na fase pré-escolar
a
ic
- Taxa de crescimento diminui após o 1º ano de vida e após o pode ser por semana ou diário, entretanto na fase escolar esse

a
segundo ano fica latente.
m apetite aumenta.

s
- Peso aumenta de 1,6 a 3,3Kg/ano permanecendo até 9/10
dê - O escolar sente muita fome.
a

I
Ac
anos. - Há diferenças na composição corporal entre meninos e
- Altura aumenta de 5 a 9 cm/ano permanecendo até o estirão. meninas.
- A partir dos 2 anos o potencial genético passará a ter impacto
no crescimento da criança. Antes dos 2 anos todas as crianças Avaliação do
são praticamente iguais.
Crescimento
Padrões de - Avaliação periódica: Detecção precoce de problemas. Para que

Crescimento a criança diminua a velocidade de ganho de altura é preciso uma


injúria crônica, já o peso qualquer mudança é possível alterar.
- O padrão de crescimento é constante e lento durante os anos de - Avaliação nutricional completa: Usa-se dados antropométricos
idade pré-escolar e escolar (é errático, ou seja, não assume e dados para estimativa de composição corporal
padrão definido em certas crianças). - Avaliação periódica das crianças a fim de detectar
- Os padrões de crescimento são semelhantes ao aumento do precocemente alguma mudança de déficit de peso/estatura,
apetite/ingestão de alimentos devido a demanda maior por déficit de peso/idade, déficit de estatura/idade, obesidade.
substratos que auxiliem no crescimento. - Alvo parenteral (projeção que é feita a partir da altura da mãe
com a altura do pai, se um filho nasce de uma mãe pequena e de - A síndrome de realimentação (SR) é uma complicação
um pai pequeno, ele vai seguir o padrão genético). Uma criança ameaçadora à vida, que ocorre após jejum prolongado em
fora da curve possui gene dominante de algum avô, avó ou tio: pacientes desnutridos ou após processos catabólicos graves.
Altura da mãe, altura do pai. Usa um gráfico pra saber quanto a Geralmente ocorre nas primeiras 72 horas após o início da dieta
criança terá de altura com 18 anos. enteral ou parenteral e acomete até um terço dos pacientes.
Existe uma quantidade que a gente calcula a depender do tempo
Cálculo do alvo familiar: que ela ficou doente.
- O alvo parental é utilizado em suspeita de problemas no - Insuficiência de nutrientes durante a recuperação retarda no
crescimento. crescimento
- Nutrientes adequados durante a recuperação é completa.
- Quanto maior o tempo de patologia, maior o tempo de
= (estatura do pai - 13) + estatura da mãe +- 9 recuperação, quanto menor o tempo de patologia menor o tempo

h
2
de recuperação. Síndrome da hiperalimentação o organismo não

t
= (estatura do pai + (estatura da mãe + 13) +- 9 se encontra preparado para receber uma ingesta alimentar

u
2 grande.
- Investigar a natureza da doença, gravidade, quanto tempo

R
durou o distúrbio nutricional.
Recuperação de o
- Avaliações: antropométrica, dietética, bioquímica, clínica e
ã

a
Crescimento sócioambiental.

riç

r
- O objetivo dietético depende se a criança tem retardo, se está
- Durante a enfermidade: Crescimento lento ou inexistente
ut
cronicamente desnutrida (ganho de peso de 2 a 3g/kg/dia, taxa
N

o
devido perda de apetite.
e
pequena, pois ela precisa demorar mais para recuperar) ou está
d

d
- Quando a enfermidade vai embora ocorre um Catch up: a primariamente enfraquecida (ganho de peso maior e tempo de
a
ic

a
criança vai se recuperar da enfermidade, o organismo vai se recuperação menor (ganho de peso de 20g/kg/dia).
preparar estimulando o centro de forme da criança aumentando a
m

s
fome dela fazendo o organismo reter gordura ocasionando em um
dêNecessidades dietéticas de energia

I
ganho de peso 20x mais rápido que o normal.
ca e proteína em diferentes taxas
- Doença celíaca, diarréria, perde peso menos tempo para se
recupera. Quanto menor o tempo de injúria, maior o tempo de
A de ganho de peso
recuperação. Insuficiência de nutrientes retardo no crescimento. Número de semanas
Taxa de ganho de Energia Proteína
- Quanto maior o tempo de injúria, maior o tempo de peso (g/kg/dia) (kcal/kg/dia) (g/kg/dia)
necessárias para renutrir a
criança enfraquecida
recuperação. O apetite aumenta. Exemplo, uma criança celíaca,
há meses com diarreia, para de crescer e perde peso, ela irá
demorar mais tempo para se recuperar. -- 85 0,62 NA

- Uma criança que passou muito tempo doente, não pode ser
1 90 0,83 50
fornecido uma grande quantidade de comida, ela pode
desenvolver síndrome de realimentação, podendo dar problema 2 94 1,04 25
cardíaco e a criança morrer, o coração, o sistema digestório
5 108 1,67 10
passou meses com uma ingesta alimentar mínima vai
sobrecarregar um sistema que não se encontra preparado para 10 130 2,72 5
receber tanta comida.
20 174 4,82 2,5
LEMBRE-SE REFERÊNCIAS
- Para crianças pequenas: A base da alimentação é leite ou Capítulo 2 – Alimentação do Pré Escolar (SBP, 2018) – Pág 50 a 57
fórmulas. file:///C:/Users/maril/Downloads/SBP_Manual_de_Alimentacao_da_Infan
- Refeições pequenas devem possuir frequência maior e cia_a_Adolescencia_2018%20(1).pdf
alimentos apropriados
- Com a redução da capacidade gástrica usar polímeros de Capítulo 10 – Nutrição na Infância – Tópico: Crescimento e
glicose e óleos (TCM) para aumentar a densidade energética da Desenvolvimento - Krause, 2018 – Pág 1161 - 1168
refeição.
- Suplementação de Vit A em crianças com processo de
desnutrição.

uth
R ão

a
tr

r
Nu

o
de

d
a
ic

a
m

s

a

I
Ac

Você também pode gostar