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Fisiologia Humana
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PLANO DE ENSINO
EIXO TECNOLÓGICO: Saúde e Meio Ambiente.
MÓDULO I: BLOCO TEMÁTICO 4: Fundamentos do processo de saúde
1.1. Geral:
✓ Adquirir conhecimentos básicos de anatomia e fisiologia humana demonstrando domínios técnicos e práticos;
✓ Conhecer os diversos sistemas que compõem o organismo humano, funções e características inerentes a
cada um deles para identificação dos agravos à saúde e realização das ações no processo do cuidar.
1.2. Específicos:
✓ Aplicar os conhecimentos básicos de anatomia e fisiologia humana no campo de trabalho;
✓ Realizar as ações no processo do cuidar através da identificação dos agravos à saúde.
2. CONTEUDOS CONCEITUAIS
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 01 – Conceito e História da Anatomia
• Nomenclatura
• Historia
CAPÍTULO 02 – Terminologias e Posições Anatomicas
• Termos e conceitos basicos
• Organização do corpo humano e unidades estruturais
• Posição Anatomica
• Planos Anatomicos
• Termos de relação e de comparação
• Termos de movimento
• Rotação
• Supinação e pronação
CAPÍTULO 03 – Células e Tecidos
• A estrutura célular
• DNA e RNA
• Tipos de tecidos
CAPÍTULO 04 – Sistema Ósseo e Articulações
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• Osteologia
• O sistema ósseo
• Esqueleto
• Articulações
CAPÍTULO 05 – Sistema Muscular
• Unidade motora ou unidade funcional
• Contração muscular
• Anatomia do musculo esqueleto
• Classificação dos musculos
• Vascularização e inervação
• A fadiga muscular
• Músculos e fibras
CAPÍTULO 06 – Sistema Circulatório
• Coração
• Circulação Sistémica
• Drenagem Venosa
CAPÍTULO 07 – Sangue
• Célula Sanguineas
• Grupos Sanguineos
• Fator RH
• Aplicação Práticas
• Drenagens Linfática
CAPÍTULO 08 – Sistema Respiratório
• Vias Aéreas
• Fossas Nasais
• Condicionamento do ar nas vias aereas
• Pulmões
• Mecânica Respiratória
CAPÍTULO 09 – Sistema Digestório
• Boca
• Faringe
• Esofago
• Estomago
• Intestino Delgado
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• Intestino Grosso
• Glândulas Anexas
• Fígado
• Pancreas
CAPÍTULO 10 – Sistema Endócrino
• Natureza do hormônio
• Alguns dos principais orgãos produtores de hormonio.
CAPÍTULO 11 – Sistema Urinário
• Rins
• Sistema Coletor
CAPÍTULO 12 – Sistema Reprodutor
• Sistema Reprodutor Masculino
• Sistema Reprodutor Feminino
• Ciclo Menstrual e Hormonios
CAPÍTULO 13 – Sistema Nervoso
• Organização do Sistema Nervoso
• Sistema Nervoso Central
• Sistema Nervoso Periferico
• Sistema Nervoso Autonomo
• Órgãos dos Sentidos
PRÁTICA CURRICULAR: Aula prática em laboratório didático.
Visita ao IML – 01 encontro de 08 horas.
3.0. BIBLIOGRAFIA
3.1. LEITURAS
3.1.1. LEITURA OBRIGATÓRIA
➢ Módulo didático do Componente Curricular Anatomia e Fisiologia Humana.
3.1.2. LEITURA COMPLEMENTAR
➢ Slides bióloga.
3.1.3. LEITURA PARA PESQUISA
➢ Livro: Anatomia e Fisiologia Humana Autor: Emília Emi Kawamoto Editora: E.P.U.
➢ Livro: Anatomia e Fisiologia Autor: Sobotta Editora: Guanabara Koogan
4.0. VÍDEOS
4.2.1. VÍDEOS OBRIGATÓRIOS
➢ Introdução à anatomia – Anatomia Humana
INTRODUÇÃO À ANATOMIA - Anatomia Humana | Biologia com Samuel Cunha
➢ Introdução à anatomia: posição anatômica e termos de relação
Anatomia e etc. com Natalia Reinecke
➢ Introdução à fisiologia
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Apresentação
ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA
Irar conhecer vários sistemas que compõem o nosso corpo humano. Aprendera
como estes sistemas, em geral, funciona em completa harmonia, para manter a saúde do
corpo como um todo e como estes sistemas interagem para mantê-lo saudável.
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Sumário
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 07 – Sangue
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• Célula Sanguineas
• Grupos Sanguineos
• Fator RH
• Aplicação Práticas
• Drenagens Linfática
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Capítulo 01
Conceito e historia da anatomia
NOMENCLATURA
HISTÓRIA
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Galeno desenvolveu assim mesmo a doutrina da "causa final", um sistema teológico que
requeria que todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia.
Parece que o estudo da anatomia humana recomeçou mais por razões práticas que
intelectuais. A guerra não era um assunto local e se fez necessário dispor de meios para
repatriar os corpos dos mortos em combate. O embalsamento era suficiente para trajetos
curtos, mas as distâncias maiores como as Cruzadas introduziram a prática de "cocção
dos ossos". A bula pontifica de sepulturis de Bonifácio VIII (1300), que alguns
historiadores acreditaram equivocadamente proibir a dissecção humana, tentava abolir
esta prática. O motivo mais importante para a dissecação humana, foi o desejo de saber a
causa da morte por razões essencialmente médico-legais, de averiguar o que havia
matado uma pessoa importante ou elucidar a natureza da peste ou outra enfermidade
infecciosa.
O primeiro livro ilustrado com imagens impressas mais do que pintadas foi a obra de
Ulrich Boner Der Edelstein. Foi publicada por Albrecht Plister em Banberg depois de 1460
e suas ilustrações foram algo mais que decorações vulgares. Em 1475, Konrad
Megenberg publicou seu Buch der Natur, que incluía várias gravuras em madeira
representando peixes, pássaros e outros animais, assim como plantas diversas. Essas
figuras, igual a muitas outras pertencentes a livros sobre a natureza e enciclopédias desse
período, estão dentro da tradição manuscrita e são dificilmente identificáveis.
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Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro artista que considerou a anatomia além
do ponto de vista meramente pictórico. Fez preparações que logo desenhou, das quais
são conservadas mais de 750, e representam o esqueleto, os músculos, os nervos e os
vasos. As ilustrações foram completadas muitas vezes com anotações do tipo fisiológico.
A precisão de Leonardo é maior que a de Vesalio e sua
beleza artística permanece inalterada. Sua valorização
correta da curvatura da coluna vertebral ficou esquecida
durante mais de cem anos. Representou corretamente a
posição do fetus in utero e foi o primeiro a assinalar algumas
estruturas anatômicas conhecidas. Só uns poucos
contemporâneos viram seus folhetos que, sem dúvida, não foram publicados até o final do
século passado.
Michelangelo Buonarotti (1475 1564) passou pelo menos vinte anos adquirindo
conhecimentos anatômicos através das dissecações que praticava pessoalmente,
sobretudo no convento de Santo Espírito de Florença. Posteriormente expôs a evolução a
que esteve sujeito, ao considerar a anatomia pouco útil para o artista até pensar que
encerrava um interesse por si mesma, ainda que sempre subordinada à arte.
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Robert Hook (1635-1703) demonstrou que um animal podia sobreviver também sem
movimento pulmonar se inflássemos ar nos pulmões.
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Capítulo 02
Terminologias e posições anatomicas
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POSIÇÃO ANATÔMICA
• membros superiores pendentes, com as palmas das mãos viradas para frente;
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PLANOS ANATÓMICOS
Vejamos como são definidos alguns termos empregados na localização das partes
do nosso corpo. Como você poderá observar, trata-se de termos comparativos, uma vez
que relacionam uma estrutura do corpo a um plano ou, então, a uma outra estrutura.
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Termos de Comparação: Superficial: tudo o que está mais para fora do corpo.
Exemplo: pele; Profundo: tudo o que está mais fundo. Exemplo: ossos; Lateral: mais
afastado do plano sagital; Medial: mais perto do plano sagital
MEDIAL E LATERAL: Uma estrutura é definida como medial quando está mais próxima
do plano mediano. E será lateral se estiver mais afastada desse mesmo plano.
Vemos que na posição anatômica o olho é lateral ao nariz, porque está mais
afastado do plano mediano, do mesmo modo que a orelha é lateral ao olho. No entanto, o
olho é medial à orelha, já que está mais próximo do plano mediano do que ela.
A estrutura que está mais próxima à cabeça, acima de um plano horizontal, é defini-
da como superior ou cranial. Ao contrário, se ela estiver mais próxima dos pés, abaixo de
um plano horizontal, será definida como inferior ou caudal.
PROXIMAL E DISTAL: A porção de uma estrutura que está mais próxima de seu ponto
de origem é apontada como proximal. Entretanto, se essa porção está mais distante do
ponto de origem da estrutura, então nos referimos a ela como distal.
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distante do tronco.
TERMOS DE MOVIMENTO
Até agora estudamos os termos que descrevem posições estáticas, em que o corpo
está parado, em posição anatômica. Mas, além desses termos, também é importante
conhecermos os que descrevem os movimentos. Vejamos os principais.
Flexão e extensão
Abdução e adução
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ROTAÇÃO
6) O que é flexão?
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7) Cite duas estruturas localizadas no plano anterior de toda estrutura do corpo humano.
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Capítulo 03
Celulas e tecidos
Sabemos que o organismo é composto por células que atuam em conjunto, para
realizar determinadas funções. Esses agrupamentos são os sistemas, como o sistema
digestório e o sistema respiratório, entre outros, O conjunto dos sistemas é o próprio
organismo. E isso é tudo o que podemos ver a olho nu.
Já no século XVII, o cientista inglês Sir Robert Hooke fez uma importante
descoberta: ao observar um pedaço de cortiça ao microscópio, notou uma série de
compartimentos, que chamou de células, ou seja, pequenas celas.
A ESTRUTURA CÉLULAR
Alguns seres vivos são compostos por apenas uma célula, como as bactérias e os
protozoários. São os organismos unicelulares. Já no organismo de animais superiores,
como aves, peixes, insetos ou mamíferos, existem bilhões de células, de variados tipos,
que se agrupam formando tecidos, os quais formarão os órgãos. Esses são os organismos
pluricelulares.
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MEMBRANA CELULAR
CITOPLASMA
Lisossomos
Mitocôndrias
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denominada ATP, que mais tarde pode sofrer uma reação química e liberar energia para
as funções da célula. Quando a glicose não está disponível, como nos casos dos jejuns
prolongados, o organismo pode retirar energia das gorduras ou das proteínas por meio de
outras reações químicas.
O trabalho das mitocôndrias pode ser aumentado, sempre que nossas funções
orgânicas exigem. E quando isso ocorre, aparecem substâncias ácidas que, em
quantidade excessiva, podem levar a danos orgânicos, como, por exemplo, a cãibra, que é
resultante do excessivo trabalho das mitocôndrias do tecido muscular.
É uma estrutura formada por uma série de vesículas, pequenas bolhas com líquido
que se encontram suspensas no citoplasma celular. O retículo endoplasmático rugoso
contém ribossomos em suas paredes, um tipo de organela responsável pela produção de
proteínas em nosso organismo.
Complexo de Golgi
Núcleo
No Núcleo estão todas
É um corpúsculo imerso no citoplasma, geralmente no
as informações genéticas do
meio da célula. O núcleo é responsável por guardar
organismo.
informações genéticas, aquelas que são transmitidas de pai
para filho, definindo as características do organismo, como, por exemplo, cor dos olhos e
dos cabelos, estatura, algumas doenças etc.
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Os tecidos são agrupamentos de células, semelhantes ou não, que estão juntas para
realizar uma determinada função. Entre as células de um tecido pode existir uma
substância intercelular, também chamada de intersticial. Essa substância ajuda as células
a realizarem suas funções.
DNA e RNA
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RNA O ácido ribonucléico (RNA) é uma molécula também formada por um açúcar
(ribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada (U uracila, A adenina, C citosina ou G
guanina). Um grupo reunindo um açúcar, um fosfato e uma base é um "nucleotídeo".
Cada grupo de três bases (ACC, GAG, CGU etc.) é chamado códon e é específico
para um tipo de aminoácido. Um pedaço de ácido nucléico com cerca de mil nucleotídeos
de comprimento pode, portanto, ser responsável pela síntese de uma proteína composta
por centenas de aminoácidos. Nos ribossomos, o RNA mensageiro é por sua vez lido por
moléculas de RNA de transferência, responsável pelo transporte dos aminoácidos até o
local onde será montada a cadeia protéica. Essa produção de proteínas com base em um
código é a base da Engenharia genética
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Essa é uma função essencial para a manutenção da vida no organismo, pois as células
têm um tempo de vida útil e necessitam serem substituídas por novas células, após sua
morte. No corpo humano, existem quatro tipos básicos de tecido.
TIPOS DE TECIDOS
TECIDO EPITELIAL
Revestimento
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A pele
Secreção
• exócrinas, que jogam suas secreções no interior de órgãos por meio de ductos;
• mistas, que atuam das duas maneiras, ou seja, têm função exócrina e endócrina
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O epitélio da glândula tireóide. As células são em forma de cubo, sendo esse tecido
chamado de epitélio cúbico.
TECIDO CONJUNTIVO
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• fibrosa ou fibrocartilagem, com muitas fibras, tanto colágenas quanto elásticas. São
as mais resistentes e podem ser encontradas nos discos articulares e intervertebrais.
Fibras elásticas
SANGUE
Tipo de tecido muito especial cuja substância intercelular líquida é o plasma, onde
circulam as células sanguíneas, que podem ser dos seguintes tipos:
TECIDO MUSCULAR
Tecido formado por células especiais, tem como principal característica a capacidade
de contração. Isso é possível porque no citoplasma dessas células existem fibras que são
capazes de interagir, encurtando o comprimento da célula.
Músculo liso
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TECIDO NERVOSO
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2) Conceitue a célula?
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Capítulo 04
Sistema ósseo e articulações
• Sustentação do corpo;
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• Osso Alongado: Mesmas características do osso longo, porém não possui canal
medular. Ex: costelas.
• Ossos Pneumáticos: São ossos ocos, com cavidades cheias de ar, apresentam
pouco peso em relação ao seu volume. Ex: frontal.
Constituição de um Osso:
• Periósteo: tecido conjuntivo fibroso que reveste a superfície externa do osso, exceto
as superfícies articulares. (que são revestidas por cartilagem hialina).
• Tecido Ósseo Compacto: É uma massa sólida, onde predomina o cálcio em sua
composição, na qual os espaços só são visíveis ao microscópio.
• Medula Óssea Vermelha: localiza-se nas epífises de certos ossos longos, ricamente
vascularizada, consiste em células sanguíneas e suas precursoras. Tem como função a
formação de diversas células sanguíneas: eritrócitos (transporte de oxigênio), leucócitos
(glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo), megacariocitos ( células com
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Células Ósseas:
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Certos ossos estão atravessados na periferia por furos: são os furos de transmissão,
que servem de passagem a órgãos importantes como vasos e nervos. Todos os ossos
têm furos que penetram no seu interior, os furos nutritivos, pelos quais penetram no osso
os vasos que devem nutri-Io. Estão eles revestidos por uma membrana fibrosa: periósteo,
que tem a função de nutrir o osso e de fazê-Io crescer em espessura (enquanto o osso
cresce em comprimento por meio das cartilagens de conjugação). Sem o periósteo o osso
não pode viver: destacando-o, o osso morre.
ESQUELETO
Crânio
O crânio possui 22 ossos, dos quais somente a mandíbula é móvel. Ele pode ser
dividido em duas partes, de acordo com sua função: neural e visceral.
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•dois palatinos, que formam parte do palato, também conhecido como “céu da boca”;
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um côndilo occipital, área arredondada que articula o crânio com a coluna vertebral.
COLUNA VERTEBRAL
Para realizar tais funções, a coluna precisa ser uma estrutura sólida, resistente,
porém móvel e flexível, o que é conseguido graças a pequenos ossos, as vértebras.
•sacral, articulada com os ossos do quadril, para o qual transmite o peso que
sustenta. É formada por cinco vértebras;
A coluna não é uma estrutura retilínea. Ao contrário, ela tem curvaturas consideradas
normais. Mas quando essas curvaturas são exageradas, provocam transtornos de
funcionamento do corpo, caracterizando-se como doenças.
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CAIXA TORÁCICA
•verdadeiras, que se ligam diretamente ao esterno, cada qual por sua própria
cartilagem. São em número de sete pares;
•falsas, que não se ligam ao esterno diretamente, mas fundem suas cartilagens umas
com as outras, unindo-se por fim à sétima costela. A borda inferior da caixa torácica assim
formada é chamada de rebordo costal. As costelas falsas são em número de três pares;
•flutuantes, que não se ligam ao esterno e são num total de dois pares.
MEMBRO SUPERIOR
O membro superior é formado pelo ombro, braço, antebraço e mão. Embora
popularmente a palavra braço seja usada como o nome do membro superior como
um todo, em anatomia esse termo refere-se apenas à parte situada entre o ombro e
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o cotovelo.
• carpo, constituído por oito ossos que se articulam com o rádio e formam
o punho. São eles: escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio,
trapezóide, capitato e hamato;
A coxa tem um único osso. E o fêmur, o maior osso do corpo humano, que
se articula com o osso do quadril na cavidade denominada acetábulo. Ainda na
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coxa, situada no tendão do seu principal músculo, está a patela, antes chamada de rótula.
Ela fica posicionada anteriormente ao joelho, e é o maior osso sesamóide do nosso corpo.
A perna é formada por dois ossos, a tíbia e a fíbula. Pontos anatômicos importantes
da perna são as saliências ósseas que podemos palpar de cada lado do tornozelo: o
maléolo medial, na tíbia, e o maléolo lateral, na fíbula.
ARTICULAÇÕES
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cartilagem – um tecido liso, resistente e protetor que atua como amortecedor de choques e
redutor do atrito. As articulações também possuem um revestimento (membrana sinovial)
que as envolve, formando uma cápsula articular. As células do tecido sinovial produzem
um líquido transparente (líquido sinovial) que preenche a cápsula, reduzindo ainda mais o
atrito e facilitando o movimento. Os músculos são feixes de fibras que apresentam a
propriedade de contração.
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Capítulo 05
Sistema muscular
Em nosso corpo humano existe uma enorme variedades de músculos, dos mais
variados tamanhos e formato, onde cada um tem a sua disposição conforme o seu local
de origem e de inserção.
Temos aproximadamente 212 músculos, sendo 112 na região frontal e 100 na região
dorsal. Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual se divide em muitos ramos para
poder controlar todas as células do músculo. Onde as divisões destes ramos terminam em
um mecanismo conhecido como placa motora.
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• Liso, involuntário.
• Cardíaco.
A carne que reveste os ossos é tecido muscular. Esses se encontram unidos aos
ossos do corpo e sua contração é que origina os movimentos das distintas partes do
esqueleto, e também participa em outras atividades como a eliminação da urina e das
fezes. A atividade do músculo esquelético está sob o controle do sistema nervoso central
e os movimentos que produz se relacionam principalmente com interações entre o
organismo e o meio externo.
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As células do músculo liso são sempre fusiformes e alargadas. Seu tamanho varia
muito, dependendo de sua origem. As células menores se encontram nas arteríolas e as
de maior tamanho no útero grávido. Suas fibras não apresentam estriações e por isso são
chamados de liso. Tendem a ser de cor pálida, sua contração é lenta e sustentada, e não
estão sujeitos à vontade da pessoa; de onde deriva seu nome de involuntário.
Esse músculo reveste ou forma parte das paredes de órgãos ocos tais como a
traquéia, o estômago, o trato intestinal, a bexiga, o útero e os vasos sangüíneos. Como
um exemplo de sua função, podemos dizer que os músculos lisos comprimem o conteúdo
dessas cavidades, intervindo desta maneira em processos tais como a regulação da
pressão arterial, a digestão etc.
Em volta dos tubos, em geral, há duas capas, uma interna circular e uma externa
longitudinal. A musculatura circular constringe o tubo; a longitudinal encurta o tubo e tende
a ampliar a luz. No tubo digestivo, o esforço conjunto da musculatura circular e da
longitudinal impulsiona o conteúdo do tubo produzindo ondas de constrição chamadas
movimentos peristálticos.
Há dois tipos de músculo liso:
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Forma as paredes do coração, não está sujeito ao controle da vontade, tem aspecto
estriado. Suas fibras se dispõem juntas para formar uma rede contínua e ramificada.
Portanto, o miocárdio pode contrair-se em massa. O coração responde a um estímulo do
tipo "tudo ou nada", daí que se classifique como unitário simples. O músculo cardíaco se
contrai ritmicamente 60 a 80 vezes por minuto.
Contração muscular
A maquinaria contrátil da fibra muscular está formada por cadeias protéicas que se
deslizam para encurtar a fibra muscular. Entre elas há a miosina e a actina, que
constituem os filamentos grossos e finos, respectivamente. Quando um impulso chega
através de uma fibra nervosa, o músculo se contrai.
Quando uma fibra muscular se contrai, se encurta e alarga. Seu comprimento diminui
a 2/3 ou à metade. Deduz-se que a amplitude do movimento depende do comprimento das
fibras musculares. O período de recuperação do músculo esquelético é tão curto que o
músculo pode responder a um segundo estímulo quando ainda perdura a contração
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O fato de que consome oxigênio e libera bióxido de carbono sugere que a contração
é um processo de oxidação mas, aparentemente, não é essencial, já que o músculo pode
se contrair na ausência de oxigênio, como em períodos de ação violenta; mas, nesses
casos, se cansa mais rápido e podem aparecer cãibras.
O ventre é a porção média, carnosa, capaz de contração, uma vez que é composto
por células musculares.
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Os músculos podem ser classificados de várias maneiras. Uma delas é a que leva
em conta o movimento provocado pela contração muscular; esse tipo de classificação
agrupa os músculos em flexores, extensores, rotadores, adutores, abdutores, pronadores,
supinadores e assim por diante.
Dentre as demais classificações dos músculos, vejamos duas delas com mais
detalhes.
Quanto à função
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Outro problema é que os flexores dos dedos, quando se contraem, tendem a fletir um
pouco o punho. É aí, então, que atuam os músculos extensores do carpo, para impedir
esse movimento desagradável. Músculos como esses são chamados de sinergistas, pois
impedem a realização de movimentos indesejados causados pelo agonista durante sua ação. Outro
grupo é o dos músculos fixadores ou posturais, cuja atuação não está diretamente relacionada ao
movimento, mas sim à manutenção do corpo em posição adequada para realizar o movimento. No
caso do nosso exemplo, esses músculos seriam os que mantêm o membro superior na posição de
cumprimento, e também todos os demais que mantêm o corpo em pé.
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
chegam até eles por meio dos nervos. ideal é que ele seja carnoso, a fim de
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Vale destacar aqui a questão das injeções intramusculares, a que somos submetidos
com freqüência. Nessas situações, o músculo serve como um reservatório para o
medicamento, que fica entre suas fibras e pouco a pouco vai sendo absorvido pela grande
quantidade de vasos sangüíneos da região. E assim o medicamento entra na circulação,
para atingir seus efeitos.
A fadiga muscular
Músculos e fibras
Ao observar um pedaço de carne crua, percebemos que ela é formada por inúmeros
fios paralelos e presos uns aos outros por tecido conjuntivo (parte branca e pelanca).
Depois do cozimento, o tecido conjuntivo se altera e já não prende tão bem esses fios.
Assim, fica fácil desfiar a carne.
Os fios observados são feixes de fibras musculares. Cada fibra muscular ou miócito
é uma célula longa e fina, com muitos núcleos e com o citoplasma ocupado por filamentos
microscópicos chamados miofibrilas. As miofibrilas permitem a contração muscular e,
portanto, nossos movimentos.
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12. Por que alguns autores consideram os músculos e ossos como sendo um sistema
único (sistema músculo-esquelético)?
17. Cite os músculos mais utilizados para aplicação IM, e suas respectivas
localizações.
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Capítulo 06
Sistema circulatório
Não é apenas o sistema muscular que precisa receber nutrientes e oxigênio para
desempenhar o seu trabalho. A vida de todas as células de todos os sistemas também
depende desses recursos, cuja distribuição no complexo organismo humano, composto
por bilhões de células, é uma tarefa realizada por um sistema específico — o sistema
circulatório.
O sistema circulatório é constituído por uma rede de vasos de vários calibres, que
são as artérias e as veias, por onde corre o sangue que permeia todo o organismo. Esse
fluido é responsável por levar nutrientes e oxigênio a cada uma das células e também por
retirar as substâncias que elas jogam fora. Essas substâncias constituem o lixo resultante
das transformações químicas conhecidas como metabolismo celular, realizadas pelo
organismo para manter a vida. O sangue é um componente tão importante para o
funcionamento do nosso corpo que deixamos para tratá-lo mais detalhadamente em um
capítulo à parte.
Para o sangue circular pelos vasos do sistema circulatório, é preciso contar com o
trabalho do coração, que atua como uma bomba, impulsionando-o para as artérias e
recebendo o que chega pelas veias. E, assim, o sangue oxigenado sai do coração e passa
pelas artérias, que vão diminuindo progressivamente de tamanho até se transformarem
em arteríola e depois em capilares arteriais, cujas paredes são bem finas.
A partir daí, os capilares arteriais deixam de ser apenas vasos condutores de sangue
e passam a ter mais contato com os tecidos, o oxigênio entra nas células e as substâncias
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resultantes do metabolismo celular, como o gás carbônico, por exemplo, são absorvidas
pelo sangue e entram na circulação. Esse sangue, rico em gás carbônico, passa então
pelos capilares venosos, depois pelas vênulas e demais veias que, aos poucos,
aumentam de tamanho, levando o sangue de volta ao coração.
CORAÇÃO
O coração fica dentro de um saco fibroso, o pericárdio, que tem a função de protegê-
lo e fixá-lo. Anatomicamente, o coração se localiza no tórax, atrás do osso esterno, no
espaço chamado de mediastino, situado entre os dois pulmões. E na face anterior do tórax
que podemos ouvir os seus batimentos, com o auxilio de um estetoscópio, ou até senti-lo
com as mãos.
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Essa mistura não ocorre exatamente porque o coração humano, após o nascimento,
tem quatro cavidades, a saber:
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com três cúspides. E do lado esquerdo está a valva bicúspide, que tem duas cúspides,
sendo comumente chamada de mitral, pois assemelha-se à mitra, um chapéu pontudo
usado por papas e bispos em cerimônias religiosas.
Os ventrículos expulsam o sangue por meio das artérias: a artéria pulmonar expulsa
o sangue do ventrículo direito para os pulmões, e a artéria aorta, do ventrículo esquerdo
para a grande circulação. Ambas possuem valvas em sua origem, impedindo que parte do
sangue ejetado volte para os ventrículos. Tanto a valva pulmonar quanto a valva aórtica
têm três cúspides.
Nos alvéolos pulmonares ocorre a troca gasosa entre o gás carbônico e o oxigênio, e
o sangue passa de venoso a arterial. O sangue volta então pelas veias pulmonares até o
átrio esquerdo, passa pela valva mitral, para o ventrículo esquerdo e, na próxima sístole, é
impulsionado para a artéria aorta, iniciando a grande circulação.
Assim, o sangue arterial é levado até a rede capilar de todos os
tecidos, onde o oxigênio é absorvido pelas células e o sangue
adquire gás carbônico tornando-se venoso. O sangue venoso
prossegue pelas veias até chegar novamente às veias cavas e daí ao
átrio direito, dando início a mais um ciclo.
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b. Interior do Coração
1.Átrio Direito
2. Valva Tricúspide
3. Ventrículo Direito (via de entrada)
4. Ventrículo Direito (via de saída)
5. Valva Pulmonar
6. Artéria Pulmonar
7. Átrio Esquerdo
8. Septo Interventricular
9. Ventrículo esquerdo
10. Valva Mitral
11. Aorta
• A câmara se enche a medida que seus músculos se relaxam para encher com
sangue venoso que retornou de todo o corpo.
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• O lado esquerdo recebe o sangue depois que ele volta dos pulmões, já tendo
recebido oxigênio.
• O sangue rico em oxigênio chega ao coração por veias que vêm dos pulmões
(chamadas de veias pulmonares).
• Esta contração forte gera a pressão sanguínea sistólica (o primeiro valor - e o mais
alto - na medida da pressão arterial sanguínea). A pressão medida mais baixa, ou pressão
sanguínea diastólica for medida quando o ventrículo esquerdo relaxa para se encher
novamente com sangue.
As Valvas
• A valva tricúspide regula o fluxo do sangue entre o átrio direito e o ventrículo direito.
• A valva pulmonar se abre para permitir ao sangue fluir do ventrículo direito aos
pulmões.
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CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
As artérias: Sua função é transportar sangue oxigenado sob uma pressão elevada
aos tecidos, por esta razão as artérias têm paredes vasculares fortes e o sangue flui
rapidamente nelas.
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A congestão venosa que se sente nos pés quentes e cansados ao fim de um dia
movimentado diminui colocando-se os pés em posição mais alta do que o tronco.
Irrigação arterial
As artérias são vasos sangüíneos que levam o sangue do coração para a periferia do
corpo. De forma geral, elas são compostas de três camadas, embora as artérias de menor
calibre nem sempre tenham todas elas.
• a média, situada entre as duas anteriores, sendo a mais elástica e a que dá forma à
artéria.
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A artéria aorta
A artéria aorta sai do ventrículo esquerdo levando o sangue que, por meio de seus
ramos, será distribuído para todo o corpo.
Você verá que a subclávia direita e a carótida comum direita saem juntas da aorta,
numa estrutura denominada tronco braquiocefálico.
As artérias carótidas comuns são duas, uma direita e uma esquerda. Elas levam o
sangue para o pescoço e a cabeça, sendo alguns de seus ramos facilmente palpáveis,
como veremos mais adiante. Cada artéria carótida comum se divide no pescoço em uma
artéria carótida interna, que penetra no crânio e irriga várias estruturas, como o cérebro e
os olhos, e uma artéria carótida externa, que irriga a face,
inclusive a boca.
Seguindo seu trajeto, a aorta dá origem a ramos para várias estruturas do tórax.
Atravessa o diafragma, adentrando o abdome, onde seus ramos atendem aos seguintes
órgãos digestivos: estômago, intestinos delgado e grosso, fígado e pâncreas, veja que a
aorta dá origem a duas artérias renais, sendo uma direita, para o rim direito, e uma
esquerda, para o rim esquerdo.
Observe também que a aorta se divide nos seus ramos terminais, dando origem a
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duas artérias ilíacas comuns, uma direita e uma esquerda. Essas duas artérias vão se
dividir, de cada lado, em uma artéria ilíaca interna, que irriga as estruturas pélvicas, e uma
artéria ilíaca externa, que irriga os membros inferiores.
Drenagem venosa
O sangue chega aos tecidos pelas artérias e é drenado pelas veias, que vão levá-lo
de volta ao coração. De maneira geral, as veias acompanham as artérias que levam
sangue para aquela mesma região. Muitas veias têm válvulas em seu interior que
impedem o refluxo de sangue, favorecendo a circulação em direção ao coração.
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A drenagem venosa da cabeça é feita pelas veias jugulares externas e internas, que
se juntam às veias subclávias, todas elas desembocando na veia cava superior que, por
sua vez, desemboca no átrio direito do coração. As veias jugulares externas são
importantes acessos venosos em casos de atendimentos urgentes, porque normalmente
são de grande calibre e fáceis de encontrar, permitindo a infusão de grande quantidade de
soro ou medicação.
Muitas vezes, a veia safena magna é retirada e usada como enxerto, formando um
caminho alternativo para regiões de vasos sangüíneos que estão obstruídas. Esse
procedimento, utilizado com freqüência após infartos do miocárdio, é popularmente
chamado de ponte de safena.
O sangue dos membros inferiores é drenado pelas veias femorais, que prosseguem
penetrando no abdome, quando então mudam de nome para veias ilíacas externas. Estas
se ligam às veias ilíacas internas, que drenam as estruturas pélvicas, formando as veias
ilíacas comuns. As veias ilíacas comuns se juntam, formam a veia cava inferior, que vai
subir ao lado direito da aorta, cruzar o diafragma e desembocar no átrio direito do coração.
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3) Descreva o coração.
11) Quais são, onde se localizam e qual a função das válvulas atrioventriculares?
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Capítulo 07
Sangue
O sangue é formado por duas partes distintas: uma líquida e outra sólida, claramente
identificadas por meio de um método de laboratório chamado de centrifugação.
CÉLULAS SANGUÍNEAS
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HEMÁCIAS
As hemácias são células em forma de disco, sem núcleo e, por isso, incapazes de se
reproduzir. Daí o volume das hemácias no sangue depender totalmente da produção na
medula óssea. Ainda assim, as hemácias formam mais ou menos 45% da parte sólida do
sangue, havendo cerca de cinco milhões delas em cada milímetro cúbico de sangue
humano.
Quando as hemácias envelhecem e vão perdendo sua função, elas são filtradas,
destruídas e eliminadas pelo baço, um grande órgão situado na parte superior do abdome,
do lado esquerdo, entre o estômago e o diafragma. Além disso, o baço é um armazenador
de glóbulos vermelhos e é rico em glóbulos brancos, o que determina a sua participação
na defesa do organismo. Quando lesado, o baço produz grandes sangramentos.
LEUCÓCITOS
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O citoplasma dos neutrófilos possui vários grânulos com enzimas que podem matar
bactérias. Assim, quando temos uma infecção, a medula óssea recebe um estímulo para
produzir neutrófilos de forma mais acelerada, ocasionando um número maior de
neutrófilos jovens e imaturos em nosso sangue, cujos núcleos não são segmentados como
nos neutrófilos maduros. Esses neutrófilos são denominados bastões, já que têm a forma
de bastões encurvados. O número de bastões presentes no resultado de um hemograma
representa um dado importante para o diagnóstico de infecções.
Os eosinófilos, por sua vez, são células que atuam nos processos alérgicos e em
parasitoses, ocasião em que aumenta o número deles no sangue, fenômeno conhecido
por eosinofilia.
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mais numerosos no sangue, depois dos neutrófilos. Existem vários tipos de linfócitos: o
linfócito B, o linfócito 1 citotóxico ou o Linfócito 1 auxiliar, não-distinguíveis
morfologicamente e que só podem ser precisamente identificados por métodos mais
sofisticados.
PLAQUETAS
Quando existe uma lesão num vaso sanguíneo e, por conseguinte, uma hemorragia,
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GRUPOS SANGÜÍNEOS
SISTEMA ABO
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EXEMPLO 1
É o sangue do
doador que
Márcia tem sangue do tipo A e necessita de uma transfusão. Por aglutina e não o
um erro, é infundido nela o sangue de Paulo, que é do tipo B. do receptor.
EXEMPLO 2
Agora imagine que uma outra paciente, Joana , com sangue do tipo AB, recebesse o
sangue de Paulo ou de Márcia. Joana não tem nenhum anticorpo no seu sangue e,
portanto, não vai aglutinar nenhuma hemácia. Por esta razão, ela pode receber sangue de
qualquer grupo, sem problemas. Daí o grupo AB ser conhecido como receptor universal.
Mas, se Joana doar sangue, a situação se inverte: como suas hemácias têm antígenos A
e B, elas podem ser aglutinadas por qualquer tipo de sangue receptor, menos o seu
próprio, que não tem anticorpos.
EXEMPLO 3
Renato tem sangue do tipo O, que dispõe dos anticorpos anti-A e anti-B. Então, ele
não pode receber nenhum sangue diferente do seu, ou seja, não pode receber sangue de
Márcia, Paulo ou Joana, porque os aglutinaria. Mas as hemácias de
Renato não têm nenhum antígeno e, por isso, seu sangue pode ser doado
para qualquer pessoa, pois não é possível aglutiná-lo. Por este motivo, o
sangue do tipo O é denominado doador universal.
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FATOR RH
As pessoas com Rh positivo (RH+) têm antígenos Rh e não têm anticorpos RH. Já as
pessoas com RH negativo (RH-) não têm antígenos RH e normalmente também não têm
os anticorpos, mas podem facilmente produzi-los, quando em contato com pequeníssima
quantidade de sangue Rh+.
Portanto, uma pessoa Rh+ que recebe o sangue de uma pessoa RH+ ou RH- não
terão problemas, pois não formará anticorpos para aglutinar as hemácias do doador. No
entanto, uma pessoa RH- não pode receber sangue de um RH+, pois pode formar
anticorpos antiRh que aglutinariam as hemácias cheias de antígenos RH.
Eles também podem ser testados nos grandes laboratórios e explicam as reações
adversas a transfusões entre pessoas do mesmo grupo ABO e RH.
APLICAÇÕES PRÁTICAS
O estudo das artérias e veias tem grande aplicação prática, pois existem inúmeros
procedimentos relacionados a elas.
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As veias também são muito usadas para a coleta de sangue destinado à maioria dos
exames de laboratório, sendo que as da face anterior do cotovelo são as mais usadas
para injeções intravenosas.
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coração. Essa punção, em geral, é feita nas veias subclávia ou jugular interna, o que
oferece alguns riscos, razão pela qual é um procedimento realizado apenas por médicos.
DRENAGEM LINFÁTICA
Quando o sangue passa nos capilares, ocorre uma perda de líquido que vai para o
interstício (região entre as células ou entre os tecidos), que as veias não dão conta de
recolher. Esse líquido, chamado linfa, é então drenado por um sistema de vasos especiais,
os vasos linfáticos, que são estruturas com fundo cego, ou seja, com a forma de dedo de
una. Quando existe obstrução dos vasos linfáticos, a linfa se acumula formando um
grande edema, que é justamente o acúmulo de líquido nos tecidos.
Os vasos linfáticos formam uma imensa rede que, depois de drenar a linfa do
interstício dos tecidos, vai jogá-la de novo nas veias, tornando a encaminhá-la para a
circulação. Isso ocorre, a princípio, nos capilares linfáticos, os menores vasos linfáticos em
fundo cego, os quais se juntam progressivamente até formar pequenas estruturas
chamadas de linfonodos.
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2) Defina o sangue?
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Capítulo 08
Sistema respiratório
O sistema respiratório é essencial à vida. É por meio desse sistema que o organismo
recebe oxigenio (O2), componente importantíssimo na produção da energia que o corpo
usa para realizar todas as suas atividades. Ao mesmo tempo, esse sistema também
elimina o gás carbônico (CO2), uma das substâncias que resultam da produção de
energia.
Além disso, o sistema respiratório tem outras estruturas que também desempenham
funções importantes.
São elas:
VIAS AÉREAS
As vias aéreas são estruturas que compõem o trajeto tubular por onde o ar passa,
desde que entra em nosso organismo até chegar aos alvéolos, nos pulmões, onde ocorre
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a troca gasosa. É também por esse mesmo trajeto que o ar sai do nosso corpo para o
ambiente, no momento da expiração. Além de conduzir o ar, as vias aéreas ainda o
aquecem e o umidificam, o que é muito importante para o bom funcionamento do pulmão.
As vias aéreas são formadas por: fossas nasais, faringe, laringe, traquéia, brônquios e
bronquíolos.
Fossas nasais
As fossas nasais, também chamadas de cavidades nasais,
constituem a primeira parte das vias aéreas. Elas se abrem ex-
ternamente pelas narinas, situadas no nariz, um órgão composto de
ossos e cartilagens.
Logo em sua entrada as narinas apresentam pêlos, que recebem o
nome de vibrissas. Sua abertura é formada pelas asas do nariz e pelo
septo nasal, também composto por ossos e cartilagens e que divide a
cavidade nasal em uma porção direita e outra esquerda.
A cavidade nasal é forrada por uma membrana mucosa cujas células possuem cílios
que se mexem ritmicamente e ajudam na limpeza do ar inspirado. Essas células produzem
uma secreção chamada de muco, que também contribui para a limpeza do ar, retendo
suas impurezas.
Nas partes laterais das fossas nasais encontram-se as conchas, também
denominadas cornetos. Essa área é muito vascularizada e, por isso, o nariz sangra com
bastante facilidade. É graças a essa vascularização que o ar é mantido numa temperatura
estável. As conchas aumentam a superfície de contato do ar inspirado com a região
umidificada pelo muco, garantindo, dessa forma, que o ar inspirado seja limpo, adquirindo
a temperatura e a umidade necessárias para não irritar a porção respiratória do sistema.
Na parte superior das fossas nasais estão as terminações nervosas do nervo
olfatório que, como o próprio nome indica, é responsável pelo sentido do olfato.
Entre as conchas das fossas nasais estão as aberturas dos selos paranasais. Essas
estruturas são espaços dentro de ossos da cabeça, também forrados por mucosa, cujo
muco produzido é drenado para as fossas nasais. Os principais seios paranasais são o
seio frontal e os seios frontal, que têm papel relevante na reverberação do som durante a
fala.
A inflamação da mucosa dos seios paranasais é a sinusite.
Faringe
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Laringe
Depois de passar pela faringe, o ar chega à laringe — uma estrutura formada por
várias cartilagens, com importante função na fonação (fala), já que é nela que se
encontram as vocais. A laringe também impede que partículas maiores, pedaços de
alimento, por exemplo, penetrem mais proemente na árvore respiratória, assim chamada
porque é formada pela traquéia, brônquios e suas ramificações, que lembram galhos de
uma árvore.
Traquéia
No seu final, a traquéia divide-se num ponto chamado carina, dando origem aos
brônquios primários.
Brônquios e bronquíolos
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os brônquios penetram nos pulmões e vão se dividindo, tornando-se cada vez menores e
mais delicados. Após várias divisões, surgem os bronquíolos, com aproximadamente 1
mm de espessura e que, por sua vez, também se subdividem, até surgirem os bronquíolos
respiratórios, que têm alvéolos em suas paredes.
Na traquéia, nos brônquios e nos bronquíolos as células chiadas levam o muco para
cima, na direção da faringe, para ser deglutido. No caso dos fumantes, muitos desses
duos se perdem em virtude da ação nociva da fumaça sobre o epitélio do trato respiratório,
o que dificulta a eliminação do muco, levando, ao acúmulo de secreções e ao
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PULMÕES
Os pulmões são revestidos externamente por uma membrana dupla: a pleura, que
tem a função de proteger e permitir o deslizamento dos pulmões durante a respiração.
Os pulmões são constituídos por uma imensa quantidade de alvéolos — mais de 500
milhões — aos quais chegam o ar que passa pelos bronquíolos. Se pudéssemos esticar
todos os alvéolos e medir a superfície assim obtida, chegaríamos a 100 m2,
aproximadamente.
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Quando o sangue arterial chega aos tecidos, ele encontra uma concentração de
oxigênio muito baixa, fazendo com que se desprenda da hemoglobina e vá para os
tecidos. Por outro lado, nos tecidos existe uma alta concentração de gás carbônico, que
passa ao sangue e é levado aos alvéolos, de onde será eliminado no ar expirado por um
mecanismo semelhante — o da diferença de concentração.
Por fim, lembramos que os bronquíolos e os alvéolos são comumente atingidos pela
pneumonia, uma inflamação provocada por microrganismos que podem chegar aos
pulmões por inalação, pelo sangue ou por uma infecção em região próxima, como uma
amidalite ou sinusite.
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
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5) Descreva os ALVÈOLOS e como funciona para que o mesmo exerça a sua função?
6) Descreva os pulmões.
7) Qual a explicação, para que a árvore brônquica possua uma estrutura de canais.
8) Qual estrutura que faz parte tanto do sistema respiratório quanto digestório.
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Capítulo 09
Sistema digestório
BOCA
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A boca, ou cavidade oral, é a primeira parte do tubo digestivo. É por ela que o
alimento entra em estado bruto, é cortado, triturado e sofre a ação enzimática da saliva.
Externamente ela é delimitada pelos lábios e bochechas, superiormente pelo palato e
inferiormente pelo assoalho. Na parte posterior, a boca se comunica com a faringe.
As três partes de um dente: coroa, colo e raiz. A coroa é a parte do dente visível na
boca. O colo é uma região estreita localizada entre a coroa e a raiz, separando uma da
outra. E a raiz é a parte do dente implantada no osso, dentro dos alvéolos, e que,
normalmente, não aparece na boca. Um dente pode ter mais de uma raiz.
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chamada de definitiva porque os dentes não serão mais trocados durante toda a vida. Os
adultos têm 32 dentes permanentes, que são de quatro tipos: Incisivos, caninos, pré-
molares e molares.
• os caninos têm o nome derivado da palavra latina caninu, referente a cão, animal
em que esses dentes são mais salientes e pontiagudos, em forma de V invertido. Os
dentes caninos destinam-se a perfurar ou dilacerar os alimentos;
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Existem inúmeras glândulas salivares dispersas pela boca e pela língua, dentre as
quais destacamos apenas as maiores:
FARINGE
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protegem o nosso organismo das infecções. É esse tecido, inclusive, que constitui as
tonsilas palatinas, popularmente chamadas de amídalas, e a tonsila faríngea, conhecida
vulgarmente como adenóide.
ESÔFAGO
ESTÔMAGO
O estômago serve como reservatório para os alimentos ingeridos, que ali são
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• ácido clorídrico, que tem ação corrosiva e prepara o alimento para a ação das
enzimas gástricas;
• amlíase gástrica, enzima que digere o amido (açúcar existente nos vegetais).
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão
do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa
camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas
pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se
que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias.
Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em
inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas
que sangram (úlceras gástricas).
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao
se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal,
transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo.
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Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos,
liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da
digestão.
A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é produzida
pela mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu papel é o de flocular a
caseína, facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas.
INTESTINO DELGADO
• jejuno, a porção intestinal que vem logo depois do duodeno, e que é muito
importante na absorção dos nutrientes;
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que realizam ou ajudam a realizar a digestão mais completa dos nutrientes. Assim, o
quimo é transformado em quilo, num processo conhecido como qualificação.
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INTESTINO GROSSO
• ceco, porção inicial onde os restos do quilo não absorvido passam do intestino
delgado para o grosso pela válvula íleocecal. É ai que fica o apêndice vermiforme, rico em
tecido linfóide e cuja função nos seres humanos não está bem determinada. A inflamação
de apêndice vermiforme causa a apendicite, que necessita de cirurgia para sua retirada;
• colo, a maior parte do intestino grosso, onde ocorre a absorção de sais minerais e
água, reduzindo o volume do bolo fecal;
• reto, a parte terminal do intestino grosso, onde o resto do quilo não absorvido, e já
sob a ação de bactérias que habitam o intestino, é eliminado pelo ânus, na forma de fezes.
Quando, por qualquer motivo, há pouca absorção de água no colo, as fezes ficam
líquidas e volumosas, ocorrendo a diarréia. Se, por outro lado, há absorção excessiva de
água, as fezes ficam duras e secas, provocando prisão de ventre.
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fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são
reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de
proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida,
para os vasos sangüíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo,
então, armazenados.
GLÂNDULAS ANEXAS
FÍGADO
• metabolizar os lipídeos;
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PÂNCREAS
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8) Descreva o pâncreas?
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Capítulo 10
Sistema endócrino
NATUREZA DO HORMÔNIO
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Hipófise ou pituitária
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Hipotálamo
O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a adeno-
hipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina
e ADH (antidiurético), armazenados e secretados pela neuro-hipófise.
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Tireóide
Paratireóides
Adrenais ou supra-renais
São duas glândulas
localizadas sobre os rins,
divididas em duas partes
independentes – medula e córtex
- secretoras de hormônios
diferentes, comportando-se como
duas glândulas. O córtex secreta
três tipos de hormônios: os glicocorticóides,os
mineralocorticóides e os androgênicos.
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Pâncreas
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Capítulo 11
Sistema urinário
O sistema urinário, que estudaremos a partir de agora, é formado pelos rins e por um
sistema coletor constituído de renais, pelve renal, ureteres, bexiga e uretra.
RINS
O rim tem uma abertura em sua borda medial. É por essa abertura que passam a
artéria renal e a vela renal, por onde o rim recebe suprimento sangüíneo. Por essa mesma
abertura passa a pelve renal, estrutura que coleta a urina produzida. Repare ainda na
figura que a artéria e a veia renal se ligam à artéria aorta e à veia cava inferior,
respectivamente.
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O filtrado glomerular passa, então, pelo túbulo contorcido proximal, pela alça de
Henle e pelo túbulo contorcido distal, que são envolvidos por uma rede de capilares
venosos. Ao passar por essas três estruturas, as substâncias do filtrado glomerular que
ainda são úteis ao nosso organismo vão ser reabsorvidas, indo depois para os capilares
venosos que acabamos de citar, que, por sua vez, desembocarão na veia renal.
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mais concentrada de urina que, por isso, terá uma forte cor amarela.
SISTEMA COLETOR
A pelve renal se estreita e toma a forma de um tubo longo e fino - o ureter-, havendo
um para cada rim, como já vimos na primeira figura deste capítulo. O ureter, com a ajuda
de contrações peristálticas semelhantes às do intestino - contrações essas que
impulsionam a urina para a frente - leva a urina até a bexiga.
A bexiga é uma bolsa muscular que serve de reservatório para a urina. Quando o
volume de urina chega a aproximadamente 300 ml, suas paredes se distendem,
provocando a necessidade de urinar. Podemos controlar essa necessidade por um certo
tempo, porque temos algum domínio sobre uma estrutura denominada esfíncter uretral,
que só deixa a urina passar quando está relaxado. Por isso, podemos acumular muito
mais do que 300 ml de urina na bexiga.
Porém, depois de um determinado volume, que varia de uma pessoa para outra, nos-
sos esforços são insuficientes e a urina pode ser eliminada independentemente da nossa
vontade.
Após atravessar o esfíncter uretral, a urina vai para a uretra, a última parte do
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4) Qual a menor unidade funcional deste sistema e pq ela tem essa denominação?
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Capítulo 12
Sistema reprodutor
Uma das principais características dos seres vivos é a sua capacidade de reprodução, ou seja, a
produção de novos seres vivos.
O corpo de um espermatozóide é
dividido em cabeça e cauda, que ele usa para
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Genitais Externos
Os pequenos e os grandes lábios são pregas da pele que têm a função de proteger
os orifícios da uretra e da vagina. No espaço entre eles localizam-se as glândulas
vestibulares maiores, responsáveis pela produção de uma secreção lubrificante que facilita
a penetração do pênis durante a relação sexual. O clitóris fica perto da junção dos
pequenos lábios e é um pequeno órgão erétil, análogo ao pênis masculino, que tem
grande importância na excitação sexual e no orgasmo feminino. Finalmente, o hímen é
uma película que recobre parcialmente o orifício vaginal das mulheres virgens, e que
geralmente se rompe durante a primeira relação sexual.
Genitais Internos
O útero, por sua vez, é um órgão oco, em forma de pêra, com paredes musculares
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espessas. Ele abriga o feto durante seu desenvolvimento e pode crescer até o volume de
cinco litros. A porção inferior do útero comunica-se com a vagina e é chamada de colo do
útero. E da porção superior saem as tubas uterinas, duas estruturas que se alongam em
direção aos ovários, de onde capturam os óvulos. Na tuba uterina ocorre a fecundação, ou
seja, a penetração de um espermatozóide no óvulo.
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Mas pode acontecer de o óvulo liberado pelo folículo ser fecundado por um
espermatozóide. Nesse caso, então, ocorrerá a formação de uma célula denominada
zigoto ou ovo, dando início à gravidez. Esse ovo passará por diversas divisões celulares
enquanto vai da tuba uterina para o útero, e desde o momento da concepção até o término
do segundo mês de gestação, aproximadamente. ele é chamado de embrião e, depois, de
feto. No útero, o endométrio dará sustentação ao embrião, que aí se implantará, num
processo chamado de nidação. Depois disso, ele vai continuar o seu desenvolvimento e
ocorrerá a formação da placenta, estrutura muito vascularizada que fornece oxigênio e
nutrientes ao embrião. A placenta produz a gonadotrofina coriônica, hormônio que mantém
o corpo lúteo em funcionamento normal, de modo a garantir uma estrutura do endométrio
favorável ao embrião. Após mais ou menos sete semanas, a própria placenta estará
pronta para, sozinha, produzir todos os hormônios necessários à manutenção da gravidez.
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a) Vagina
b) Útero
c) Trompas
34) Qual seria a fisiologia dos orgãos sexuais feminino na reprodução humana?
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Capítulo 13
Sistema nervoso
As informações que o sistema nervoso recebe podem ser conscientes ou não. Por
exemplo: o controle hormonal do corpo é Influenciado pelo sistema nervoso, mas
nenhuma informação sobre os níveis hormonais do sangue se torna consciente para nós.
Por outro lado, quando nos machucamos, sentimos prontamente a dor, e isso é algo bem
consciente.
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Os axônios são envolvidos por uma bainha gordurosa, a bainha de mielina, que faz
um isolamento elétrico e permite que os estímulos sejam conduzidos de modo mais fácil e
eficiente. Os estímulos chegam ao neurônio através dos dendritos, passam para o corpo
celular e daí para o axônio.
• uma porção denominada sistema nervoso central - SNC, responsável pelas funções
mais complexas como a interpretação de estímulos, o desencadeamento das respostas
adequadas, o controle dos órgãos internos e o raciocínio;
• uma porção denominada sistema nervoso periférico - SNP, que capta estímulos de
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todas as partes do corpo e do meio externo, enviando-os depois ao SNC. Este, por sua
vez, produz respostas e as transmite para o SNP - que as encaminha para todos os
órgãos do corpo humano.
O cérebro é o maior órgão do encéfalo e está relacionado com a maior parte das
funções nervosas. Ele é dividido em dois hemisférios - o direito e o esquerdo - que se
comunicam pelo corpo caloso. Na superfície desses hemisférios fica a substância
cinzenta, aqui chamada de córtex cerebral, onde existem saliências denominadas giros,
que são separados por sulcos. Essa organização em giros e sulcos aumenta a superfície
do cérebro e, conseqüentemente, a quantidade de neurônios, trazendo vantagens
significativas para o sistema nervoso, uma vez que amplia a capacidade do cérebro.
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Na porção mais inferior e profunda do cérebro estão duas regiões importantes. Uma
delas é o tálamo, relacionado com a interpretação dos estímulos dolorosos. A outra é o
hipotálamo, responsável pelo controle da temperatura corporal, do estado de hidratação e
das funções hormonais do sistema endócrino.
Por fim, temos o tronco cerebral que, apesar de pequeno, é vital para todo o
organismo.
Ele é composto de três partes - bulbo, ponte e mesencéfalo -, por onde passam as
fibras nervosas levando impulsos nervosos do cérebro para a medula ou da medula para o
cérebro. Além disso, ele possui centros reguladores de funções vitais como o centro
cardioacelerador e o centro respiratório que, se forem lesados, acarretam a morte. No
tronco cerebral, a substância cinzenta está organizada em acúmulos regionais - chamados
de núcleos - em meio à substância branca.
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produção de secreções.
Esse sistema é formado pelos nervos, que são feixes de axônios. Quando esses
feixes partem do encéfalo, são chamados de nervos cranianos, e quando partem da
medula espinhal, recebem o nome de nervos espinhais.
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Quando estudamos o sistema nervoso, vimos que ele é uma estrutura complexa,
capaz de perceber estímulos Internos e externos, interpretá-los e produzir respostas a
eles. Mas, para que isso seja possível, são necessários órgãos sensitivos especializados
na captação dos estímulos do meio ambiente: os órgãos dos sentidos.
Esses órgãos estão relacionados aos cinco sentidos: visão, audição, olfato, gustação
e tato, o funcionamento de cada um deles depende da existência de três tipos de
estruturas — os receptores, os condutores e os intérpretes, que podemos analisar
acompanhando.
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VISÃO
Cada globo ocular é composto por três camadas envoltórias: a esclerótica, a coróide
e a retina.
Observe que a esclerótica é a membrana mais externa do olho. Ela também é a mais
resistente, porque tem a função de proteger e dar forma ao globo ocular. Seu aspecto é
esbranquiçado, sendo responsável por formar o branco do olho. Sua porção mais anterior,
a córnea, é mais fina, transparente e abaulada e dá passagem aos raios luminosos.
Abaixo da esclerótica está a coróide, cuja função é absorver o excesso de luz que
entra no olho, além de conter os vasos sangüíneos que nutrem o globo ocular. A porção
mais anterior da coróide, situada sob a córnea, é a íris, que contém a pigmentação que dá
cor ao olho. No meio da íris há uma abertura chamada de pupila, por onde passam os
raios luminosos para dentro do olho.
Na íris, ao redor da pupila, existem fibras musculares inervadas pelo sistema nervoso
autônomo que provocam a dilatação (midríase) ou a contração (miose) da pupila,
regulando a quantidade de luz que entra no globo ocular. Assim, quando estamos num
ambiente escuro, onde a luz é escassa, a pupila sofre midríase - ou seja - se dilata, para
capturar a maior quantidade possível de raios luminosos. E o oposto ocorre quando
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estamos num ambiente com excesso de luminosidade, em que a pupila se contrai para
proteger o interior do olho do excesso de luz.
A retina, por fim, é a camada mais interna do olho, que difere das
outras por ser basicamente constituída de tecido nervoso. Nela estão
células especializadas que vão transformar a imagem em estímulos
nervosos a serem conduzidos ao cérebro. Existem dois tipos de receptores retinianos: os
cones e osbastonetes.
Dentro dos três envoltórios que compõem o globo ocular existem duas câmaras
preenchidas por material líquido-gelatinoso separadas por uma lente chamada de
cristalino. A câmara anterior fica entre a córnea e o cristalino, e é preenchida pelo humor
aquoso. Já a câmara posterior fica atrás do cristalino, entre ele e a retina, sendo
preenchida pelo humor vítreo, que é mais consistente que o humor aquoso e ajuda a dar a
forma esférica ao globo ocular.
O cristalino é uma lente natural que focaliza as imagens sobre a retina. Ele é capaz
de sofrer acomodações, tomando-se mais espesso ou mais fino, de acordo com a
necessidade de ver objetos mais próximos ou mais distantes. Com o avanço da idade, o
cristalino vai perdendo a capacidade de se acomodar, não permitindo a focalização
perfeita, defeito chamado de presbiopia, ou vista cansada, que pode ser corrigido com o
uso de óculos.
O globo ocular funciona mais ou menos como uma máquina fotográfica. Ele capta as
imagens do ambiente através de um diafragma (pupila) e focaliza a imagem sobre um
filme (retina), por meio de uma lente (cristalino). E assim, como na câmara, a imagem
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projetada sobre a retina fica invertida, mas quando é interpretada pelo cérebro a Imagem é
posta na posição correta.
AUDIÇÃO
Os sons que ouvimos nada mais são do que ondas propagadas pelo ar.
Mas, para que possamos tomar consciência desses sons e de seu significado,
necessitamos de um órgão que decodifique essas ondas: a orelha.
Podemos dividir a orelha, sob o ponto de vista anatômico, em orelha externa, média
e interna.
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A orelha média, também chamada de caixa timpânica, é uma câmara que contém
três ossinhos:
A orelha média tem uma abertura através de um longo canal, a tuba auditiva, que
desemboca na faringe. A função desse canal é a de conduzir o ar da faringe para a orelha
média, com a finalidade de manter o equilíbrio entre a pressão da orelha média e a
pressão externa.
A orelha interna é formada por duas porções. A primeira é a cóclea ou caracol, que
recebe as vibrações da caixa timpânica e as interpreta por meio de filamentos nervosos
que se reúnem e formam o nervo coclear. A segunda porção é o vestíbulo, formado por
três canais semicirculares que têm grande importância no equilíbrio e na percepção da
posição do corpo. Essa função se deve a um líquido existente no vestíbulo que provoca
estímulos no nervo vestibular, informando ao cerebelo a posição do nosso corpo. O nervo
vestibular se junta ao nervo coclear, formando o nervo vestíbulo-coclear que, por sua vez,
leva esses estímulos nervosos para serem interpretados no cérebro.
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GUSTAÇÃO OU PALADAR
O sabor dos alimentos só pode ser percebido pelas papilas se eles estiverem em
estado líquido. Por isso os alimentos sólidos são, em primeiro lugar, dissolvidos pela
saliva, e só depois é que entram em contato com as papilas linguais, causando estímulos
que são recebidos pelos receptores gustativos. Esses estímulos são então levados ao
cérebro pelos nervos facial, glossofaríngeo e vago, de onde vêm as respostas
identificando os sabores.
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dos alimentos não é bem percebido se o cheiro também não for. Por esta razão, uma
pessoa com o nariz obstruído não sente muito bem o sabor dos alimentos.
OLFATO
O olfato permite perceber pequenas partículas que são desprendidas dos objetos e
transportadas pelo ar até as fossas nasais, onde são interpretadas como odores. Os
receptores de olfato estão na mucosa nasal olfatória, a parte superior da cavidade nasal
por onde passa o ar durante a inspiração, deixando ali as partículas odoríficas que vão
ativar os receptores. Dali, então, os impulsos nervosos são transmitidos ao cérebro pelo
nervo olfatório.
TATO
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