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Apostila Costureiro

Curso
COSTUREIRO

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Apostila Costureiro

Sumário
O que é ser Costureiro? ................................................................................................................ 6
Utensílios Básicos ...................................................................................................................... 6
O espaço de trabalho ................................................................................................................ 6
Metodologia organizacional 5s ................................................................................................. 8
Segurança e Ergonomia ................................................................................................................. 9
EPI’S Básicos ............................................................................................................................ 10
No setor de corte é obrigatório: .............................................................................................. 10
No setor de costura é obrigatório: .......................................................................................... 11
Saúde Mental .......................................................................................................................... 12
Qual a importância da saúde mental no trabalho? ............................................................. 13
Como promover ações de saúde mental no trabalho? ....................................................... 14
Dados Brasileiros ................................................................................................................. 14
Setor Do Vestuário ...................................................................................................................... 14
Indústria Têxtil ......................................................................................................................... 15
Processos de produção de fios ................................................................................................ 15
Processo De Transformação Da Fibra Textil Em Produto Do Vestuário ................................... 15
Tecidos ......................................................................................................................................... 16
Fibras Vegetais......................................................................................................................... 16
Algodão ............................................................................................................................... 16
Linho .................................................................................................................................... 16
Rami..................................................................................................................................... 17
Fibras Animais ......................................................................................................................... 18
Lã ......................................................................................................................................... 18
Seda ..................................................................................................................................... 18
Fibras Minerais ........................................................................................................................ 20
Amianto ............................................................................................................................... 20
Fibras Sintéticas ....................................................................................................................... 20
Poliéster............................................................................................................................... 20
Poliamida ............................................................................................................................. 20
Acrilico ................................................................................................................................. 21
Fibras Artificiais ....................................................................................................................... 21
Viscose ................................................................................................................................. 21
Modal .................................................................................................................................. 21

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Estrutura Têxteis .......................................................................................................................... 22


Tela/Tafetá ............................................................................................................................... 23
Sarja ......................................................................................................................................... 23
Cetim ....................................................................................................................................... 24
Canelado.................................................................................................................................. 24
Malha ...................................................................................................................................... 25
Beneficiamento Têxtil .............................................................................................................. 26
Sistema Produtivo Fabricação Própria......................................................................................... 27
Planejamento de coleção ........................................................................................................ 27
Pilotagem ................................................................................................................................ 28
Ficha Técnica............................................................................................................................ 28
Compra de Material ................................................................................................................ 31
Modelagem ............................................................................................................................. 32
Modelagem Bidimensional:................................................................................................. 32
Modelagem Tridimensional................................................................................................. 32
Modelagem Vetorizada ....................................................................................................... 33
Planejamento do Processo Produtivo ..................................................................................... 33
PCP ...................................................................................................................................... 33
Funcionários do Setor ......................................................................................................... 35
Setor De Corte ............................................................................................................................. 35
Encaixe..................................................................................................................................... 35
Risco e Métodos ...................................................................................................................... 36
Enfesto..................................................................................................................................... 36
Corte ........................................................................................................................................ 37
Métodos de Corte ............................................................................................................... 37
Controle de qualidade o setor de corte .............................................................................. 38
Ambiente do setor de corte ................................................................................................ 38
Funcionários do Setor de Corte ........................................................................................... 39
Possíveis desperdícios do Setor de Corte ............................................................................ 39
Estocagem de Matéria-Prima ...................................................................................................... 40
Setor de Costura .......................................................................................................................... 40
Preparação Para A Costura ...................................................................................................... 40
Costura .................................................................................................................................... 40
Partes de uma Máquina Reta Industrial .................................................................................. 43
Partes de uma Máquina Overlock Industrial ........................................................................... 44
Tecidos e Agulha de Máquina ................................................................................................. 45

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Como Tirar Medidas .................................................................................................................... 46


Tirando as Medidas: ................................................................................................................ 47
Tabela de Medidas ...................................................................................................................... 50
Tabela de Medidas Femininas ................................................................................................. 50
Tabela Medida Infantil ............................................................................................................. 51
Tabela Medidas Masculinas .................................................................................................... 52
Administrar o Tempo ................................................................................................................... 53
Como organizar o tempo? ....................................................................................................... 53
MATRIZ DE EISENHOWER .................................................................................................... 53
Benefícios: ........................................................................................................................... 54
Vantagens de boa gestão de tempo: ....................................................................................... 55
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – CDC ............................................................................ 55
Direitos básicos do Consumidor .............................................................................................. 56
Prazos para Reclamação .......................................................................................................... 57
Direito de Arrependimento ..................................................................................................... 57
Principais Entendimentos dos Tribunais Superiores sobre Direito do Consumidor ................ 57
Direitos e Deveres do Consumidor .......................................................................................... 58
Clientes ........................................................................................................................................ 58
Cliente externo ........................................................................................................................ 58
Cliente interno ......................................................................................................................... 58
Esses dois tipos de clientes são essenciais .............................................................................. 58
Como realizar um bom atendimento? .................................................................................... 59
Pedido...................................................................................................................................... 60
TEMPO + PEDIDOS + CLIENTES + FINANCEIRO E AGORA? ...................................................... 61
Scrum................................................................................................................................... 61
Como Funciona o Scrum...................................................................................................... 62
Benefícios ............................................................................................................................ 63
Valores ................................................................................................................................. 64
Matemática porquê sim .............................................................................................................. 64
Adição e Subtração .................................................................................................................. 64
Propriedades da Adição ...................................................................................................... 65
Multiplicação e Divisão ........................................................................................................... 65
Propriedades da Multiplicação ............................................................................................ 66
Propriedades da Divisão ...................................................................................................... 66
Fração ...................................................................................................................................... 66
Leitura da Fração ................................................................................................................. 67

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Regra de Três ........................................................................................................................... 67


Porcentagem ........................................................................................................................... 69
Representações de Porcentagem ........................................................................................ 70
Precificação ................................................................................................................................. 70
Calculando o valor por dia................................................................................................... 71
COMO USAR A TABELA COMO REFERÊNCIA........................................................................ 71

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O que é ser Costureiro?


Costureiro (a) é o profissional que atua no mercado de trabalho na confecção de roupas ou
acessórios
• Costureiro (a) autônomo, tem seu ateliê sendo na sua casa ou locado em um espaço
externo e trata direto com o consumidor final. Pode ser costureiro sob medida ou de
consertos e ajustes.
• Costureiro (a) Faccionista, trabalha por produção (seja por peça) tem seu próprio
maquinário.
• Costureiro (a) Industrial, trabalha geralmente de CLT para uma confecção.
• Costureiro (a) diarista, trabalha por dia e atende diversas empresas.

Utensílios Básicos
• Máquinas de Costuras
• Tesoura para tecido
• Tesoura para papel
• Tesoura de arremate (Tic Tac)
• Fita Métrica
• Ferramentas de marcação (Giz de alfaiate, Lápis, Caneta Fantasma, Giz Panda, Giz)
• Linhas (Cone, Retrós, Linha de pesponto, Lastex)

O espaço de trabalho
• Máquinas de costura, de corte, tesouras, são ferramentas cortantes, que geram pó e
podem machucar.
• Manter o ambiente organizado e limpo diminui as chances de acidentes e facilita o dia
a dia da costureira.
• Uma mesinha de apoio é imprescindível para realizar as atividades do cotidiano,
principalmente em uma confecção de mais de duas costureiras.
• Cadeiras ergonômicas contribuem para o não adoecimento dos trabalhadores.
• Boa iluminação e ventilação no ambiente diminuem a causa de dores e estresse.]

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Apostila Costureiro

Metodologia organizacional 5s

O 5s é um método voltado para a organização de empresas, em diversos níveis


estruturais. De modo geral, a proposta é que ela funcione com os recursos que precisa, que
preserve os colaboradores, que esteja sempre limpa e que se mantenha em bom nível
de produtividade.

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O Japão acabava de sair da Segunda Guerra Mundial, momento histórico que deixou
marcas profundas no país, inclusive estruturalmente. A proposta era se reerguer como nação
após esse episódio, principalmente por conta dos ataques atômicos a Hiroshima e Nagasaki,
mas também avançar economicamente para se tornar a grande potência que é hoje. A
metodologia, a partir desse momento, passou a ser aplicada em diversos setores da sociedade
japonesa, tendo destaque nas grandes empresas. Por conta dessa nova postura diante
da gestão das companhias, o desenvolvimento com base em métodos rigorosos foi possível.

A origem do nome do método 5s é inspirado em 5 termos que dão origem aos seus
pilares. São eles:

• Seiri (senso de utilização);


• Seiton (senso de organização);
• Seiso (senso de limpeza);
• Seiketsu (senso de normalização);
• Shitsuke (senso de disciplina).
Perguntas que auxiliam a metodologia:
• É necessário? (imprescindível, descartável)
• Onde? (Em qual ambiente, setor)
• Quando? (Frequência)
• Quantas pessoas? (comum ou individual)
• Quantos ciclos em cada setor? (Setorização por equipe, mesa, máquina)

Segurança e Ergonomia
A preocupação com a saúde e segurança do trabalhador é um tema recorrente na
agenda das empresas e deve estar entre as suas prioridades. Porém, ainda assim, o Brasil é o
quarto país do mundo que mais registra acidentes em atividade ocupacionais. Segundo dados
levantados pelo Ministério do Trabalho, por ano, em todo o País, ocorrem cerca de 700 mil
acidentes laborais, com causas majoritariamente relacionadas com falta de segurança e
ergonomia.

O descuido, a falta de equipamentos de segurança e até a exaustão e o estresse são os


principais fatores que afastam os profissionais das suas atividades. E por isso é necessário estar

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atento à segurança do trabalho, ou melhor, a essa ciência que atua na prevenção de acidentes
durante a jornada laboral. Sua função é evitar que os profissionais das mais diversas áreas
sofram riscos ocupacionais e, por isso, sua missão é: prevenir acidentes e incêndios e promover
a saúde e treinamentos. Portanto, os profissionais do setor – sejam eles médicos, enfermeiros
ou engenheiros – são orientados a eliminar ou minimizar as principais causas de acidentes de
trabalho:

• Condições inseguras (quando o ambiente de trabalho não é seguro ou saudável);


• Ato inseguro (quando o próprio trabalhador contraria as normas de segurança e se
coloca em uma situação de risco).
No Brasil, as regras de segurança estão previstas na legislação trabalhista e a sua
regulamentação é feita pelas Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE).

A ergonomia surge como uma ciência que ajuda a eliminar a falta de segurança nos
ambientes de trabalho. Sua função é reduzir o risco de acidentes ao aplicar técnicas de
adaptação de elementos do ambiente de trabalho ao ser humano e aumentar a produtividade
dos colaboradores. Por isso, dizemos que ela é fundamental quando o assunto é segurança de
trabalho. Ao adotar práticas ergonômicas é possível:

• Avaliar as atividades desempenhadas com um olhar clínico – são feitas análises


quantitativas (combinando a medição dos equipamentos e mobiliário com as variáveis
do corpo de cada trabalhador) e/ou qualitativas (que são um resultado da opinião dos
próprios colaboradores sobre o ambiente) para se chegar às melhores condições de
trabalho.
• Monitorar a maneira como as tarefas desempenhadas
• Conhecer aquelas atividades que provocam riscos aos colaboradores
• Melhorar o conforto nos postos de trabalho
• Estimular a produtividade dos trabalhadores
Afinal, manter um ambiente de trabalho seguro e saudável é dever da companhia e deve
acontecer em conjunto com o trabalho desenvolvido por aqueles responsáveis pela política de
segurança da empresa.

EPI’S Básicos
Equipamentos de Proteção Individual

No setor de corte é obrigatório:


1. Luvas de proteção em aço - Além do manejo adequado
do equipamento de corte, o
uso da luva de aço impede
acidentes;

2. Máscara Facial – evita os


riscos químicos causados pela
poeira no corte de tecidos de
algodão e/ou poliéster;

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3. Protetor auricular – o risco de comprometer a audição


fica minimizado se usando o protetor

4. Adequação da mesa de corte – contribui para uma


postura adequada;

No setor de costura é obrigatório:


1. Óculos de proteção - equipamento essencial
para assegurar a proteção aos olhos e segurança durante o
ato de costurar;

2. Protetor auricular –
o risco de comprometer a
audição fica minimizado
se usando o protetor;

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Apostila Costureiro

3. Botina de segurança –
protege os pés contra
queda de equipamentos
pesados e/ou perfurantes.

4. Cadeira Ergonômica –
contribui para uma postura
adequada diminuindo risco
à saúde;

Saúde Mental
A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever um nível
de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de uma doença mental. Na
perspectiva da psicologia positiva ou do holismo, a saúde mental pode incluir a capacidade de
um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para
atingir a resiliência psicológica.

A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde
mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes
afetam o modo como a "saúde mental" é definida.

A lei 10.216, de 06 de abril de 2001, redireciona e regulamenta o atendimento em


saúde mental. O artigo 1º estabelece que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) poderão
se constituir nas modalidades: CAPS I, CAPS II e CAPS III, definidas nessa ordem pela
abrangência populacional e complexidade, o atendimento pode ser não intensivo, semi-
intensivo e intensivo respectivamente (BRASIL, 2011).

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O artigo 3º dessa mesma lei responsabiliza o Estado no planejamento e


desenvolvimento de políticas de saúde mental, assim como a assistência e promoção a pessoas
com transtornos mentais. Sendo assim, no artigo 4º fica afirma que o internamento hospitalar
não será priorizado, sendo indicado apenas em situações extremas, onde o atendimento
prestado se mostre ineficaz.

A rede de atenção à saúde mental brasileira, foi instituída no Brasil na década de 90,
como parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS). Compartilhando dos mesmos
princípios do SUS, é uma rede pública, com base municipal, comunitária e articulada, voltadas
para os cuidados da saúde mental.

Essas redes são compostas por Centros de atenção Psicossocial (CAPS); Centros de
Convivência; Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); Ambulatórios de Saúde Mental e
Hospitais Gerais. Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de saúde e as Conferências de
Saúde Mental, garantem que haja a participação e o protagonismo dos usuários de saúde
mental e de seus familiares na gestão do SUS, assim como na construção da rede de atenção à
Saúde Mental

As Redes de Saúde Mental é uma rede ampla, não se restringindo apenas aos serviços
de saúde mental do município. Para a construção dessa rede estão articuladas, de forma
permanente, outras associações, instituições, cooperativas, e vários espaços da cidade, com o
objetivo de promover a emancipação das pessoas em sofrimento mental. A rede de Saúde
mental também busca incluir essas pessoas, que foram estigmatizadas ao longo do tempo,
promovendo autonomia e a cidadania dessas pessoas.

Trabalhar é bom e faz bem. Mas com o ritmo cada vez mais acelerado nas empresas,
a saúde do colaborador pode correr riscos. Cobrança por resultados, medo de demissão, clima
organizacional ruim são algumas das razões que podem levar profissionais a se sentirem
cansados, preocupados, nervosos e sem energia, afetando diretamente sua saúde mental no
ambiente de trabalho. Mas a importância da saúde mental no trabalho ainda é vista como um
tabu.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é um estado


de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do
estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. Ou seja, vai muito além
da ausência de doenças mentais.

O bem-estar no ambiente de trabalho se torna fundamental em uma sociedade em


que as pessoas passam mais tempo nas empresas do que em suas próprias casas. Um
ambiente organizacional saudável é aquele no qual existe uma identificação do colaborador
com a cultura da empresa e onde há uma relação de companheirismo e confiança entre os
colegas de equipe

Qual a importância da saúde mental no trabalho?


Uma pesquisa realizada pelo instituto britânico de saúde mental Mind, revela que 90%
das pessoas que ficaram longe do trabalho devido ao estresse não o citaram como razão de
sua ausência. A pesquisa ainda aponta que a maioria dos profissionais que contaram sobre
seus problemas mentais para seus empregadores foram discriminados ou, até mesmo,
dispensados. Daqueles que disseram aos seus chefes sobre sua condição, 6% mencionaram ter
sido forçados a sair e 2% foram demitidos.

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Nesse cenário, promover um ambiente de trabalho saudável é uma forma de cuidar


da saúde mental dos colaboradores e, consequentemente, ajudar a aumentar a produtividade
da equipe, uma vez que as pessoas se sentem importantes para a empresa e, com isso, se
dedicam mais aos seus afazeres.

Por isso, é essencial que as empresas abram espaço para debater sobre a saúde
mental no trabalho e apoiem seus colaboradores no tratamento de transtornos psicológicos,
evitando aumentar os índices de absenteísmo e presenteísmo.

Absenteísmo, ou absentismo, significa a falta de pontualidade e assiduidade no cumprimento


de um dever ou obrigação. No trabalho, o absenteísmo está relacionado a faltas ou atrasos do
colaborador.

O presenteísmo configura uma forma de ausência em que o trabalhador se apresenta a seu


posto de trabalho, mas é incapaz de se dedicar completamente às suas tarefas.

Como promover ações de saúde mental no trabalho?


Muitas empresas adotam programas voltados à saúde física do colaborador,
como ginástica laboral, massagens anti-estresse, dentre outras atividades. Porém,
um programa de atendimento psicológico dentro ou fora da organização, também é uma
forma de preservar a saúde mental do trabalhador.

Palestras motivacionais e atividades voltadas à melhoria do clima organizacional,


como dinâmicas de grupo, coffee breaks e confraternizações também podem ajudar. Outras
formas de evitar os transtornos mentais dos seus colaboradores são oferecer:

• Flexibilidade da jornada de trabalho;


• Feedbacks positivos;
• Desenvolvimento de uma boa comunicação com sua equipe;
• Oportunidades de crescimento;
• Formação de bons líderes, que apoiam seus colaboradores;

Dados Brasileiros
Segundo a OMS, o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da
população. Outros dados também mostram que 86% dos brasileiros sofrem com algum
transtorno mental, como ansiedade e depressão. A Organização Mundial da Saúde alerta ainda
que uma em cada quatro pessoas sofrerá com algum transtorno mental ao longo da vida.

Outro levantamento, feito pela Vittude, plataforma online voltada para a saúde mental
e trabalho, aponta que 37% das pessoas estão com estresse extremamente severo,
enquanto 59% se encontram em estado máximo de depressão e a ansiedade atinge níveis
mais altos, chegando a 63%.

Por isso, é fundamental que as empresas saibam da importância da saúde mental no


trabalho e quais medidas devem ser implementadas para evitar que seus colaboradores
passem por esse sofrimento.

Setor Do Vestuário
O mercado da moda e vestuário é bastante amplo, já que conta com lojas diversas de
varejo (como as especializadas apenas em moda, as multimarcas e as lojas de departamentos).

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Além delas, ainda existem as confecções de setores variados como moda adulto, feminina e
masculina, infantojuvenil, moda praia, moda íntima etc.

Indústria Têxtil
As indústrias têxtil e de confecção englobam desde os processos de produção de fibras,
fiação, tecelagem e aviamentos, até o desenvolvimento e produção do vestuário, incluindo as
fases de criação, modelagem, pilotagem, costura, beneficiamento e estamparia.

Processos de produção de fios


O processo da fiação começa com a limpeza do algodão, sendo que esta é realizada em
duas máquinas: de abertura/limpeza e batedor. Após a limpeza, o algodão segue para a
máquina abridora onde é feito o alinhamento das fibras desse material, formando assim uma
manta.

Processo De Transformação Da Fibra Textil Em Produto Do Vestuário

FIBRA TÊXTIL

NATURAL QUIMICA

PREPARAÇÃO Processo

Produto
FIAÇÃO

OUTROS
TECIDOS
FIOS TECELAGEM
BENEFICIAMENTO
MALHARIA

INDÚSTRIA DE
CONFEÇÇÃO DO
VESTUÁRIO

PROCESSO
PRODUTO DO
PRODUTIVO
VESTUÁRIO

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Tecidos

Fibras Vegetais
Algodão
São as fibras que são
colhidas manualmente ou com
a ajuda de máquinas. Sendo
que a forma manual de coleta
é feita normalmente nos
arbórea e traz um produto
muito mais livre de impurezas.
De uma forma ou de outra, as
fibras sempre contêm
pequenas sementes negras e
triangulares que precisam ser
extraídas antes do
processamento das fibras. As
fibras são, de facto, pêlos originados da superfície das próprias sementes. Estas sementes ainda
são aproveitadas na obtenção de um óleo comestível. Pesquisas indicam que o
composto gossipol, extraído da semente, pode ser empregado como contraceptivo masculino.

Linho
Não se conhece a data e o local em que o homem utilizou pela primeira vez as fibras
flexíveis do linho para confeccionar tecido, nem quando a planta começou a ser cultivada.
Desde 2500 anos a.C. o linho era cultivado no Egito, e o Livro de Moisés refere-se à perda de

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Apostila Costureiro

uma colheita de linho como uma


“praga” ou desgraça, tal a sua
importância na vida das
populações. O linho vem
também mencionado no Antigo
Testamento. As cortinas e o Véu
do Tabernáculo e as Vestes de
Arão como oficiante eram em
“linho fino retorcido”. A túnica
de Cristo era de linho sem
costuras.

Encontram-se hoje em
dia quase exclusivamente
na Europa. A Bégica e os Países Baixos fornecem as melhores qualidades de linho. Qualidades
insuperáveis obtêm-se na Bélgica, na região do rio Lys, como o linho Courtai. Países produtores
quanto ao volume: França, Polônia, Bélgica, Países Baixos, antiga Checoslováquia, Romênia e
Portugal.

• Plantam-se três tipos de linho:


• Linho de fibras (linho para debulhar), para a obtenção de fibras têxteis;
• Da semente, para a obtenção de óleo de linhaça;
• Linho de cruzamento, conseguido pelo cruzamento do linho de fibras com óleo foi
desenvolvido para dar um rendimento suficiente de fibras e óleo. A fibra, contudo,
ainda não satisfaz as esperanças nela depositadas pela indústria.

Rami
O rami (Boehmeria nivea) é
uma planta da família Urticae-a,
nativa da Ásia Oriental. Trata-se de
uma planta herbácea perene que
cresce a alturas de até 1 a 2,5
metros; as folhas têm forma de
coração, com 7 a 15 cm de
comprimento e 6 a 12 cm de largura,
e brancas na sua face inferior devido
a numerosos "pelos", o que lhe dá
uma aparência prateada; porém, ao
contrário das urtigas, os pelos não
são urticantes. O rami verdadeiro
(erva da China ou rami branco) é a
variedade cultivada na China. Conhece-se um segundo tipo, conhecido como rami verde que se
crê ser originário da península Malaia. Este tipo possui folhas menores, verdes na face inferior,
e parece ser melhor adaptado a condições tropicais. Foi introduzida no Brasil em 1939, no sul
do estado de São Paulo.

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Apostila Costureiro

Fibras Animais

A lã é derivada
da pelagem da ovelha, da vicunha,
da alpaca, da alpama ou da lhama que,
depois de tosquiado, é processado
industrialmente para usos têxteis,
limpeza e coloração. O tecido feito de
pelo que serve como isolante
térmico não esquenta tanto sob
o sol (mantém a temperatura do corpo
em média 5 a 8 graus mais baixa em
comparação com tecidos
sintéticos expostos ao sol), como luvas,
gorros e cachecóis.

Há pelo menos 1400 raças adapta


das às condições mais adversas do
mundo. As mais conhecidas são:

• Merino - uma das raças mais


antigas e produz a mais valiosa
de das lãs por ser fina e mais
flexível.

• Polwarth ou Ideal - obtidas


através de cruzamentos do
carneiro inglês Lincoln com a
raça Merino.

• Corriedale – ovinos criados na


Nova Zelândia, por cruzamento
de raças Merino lá fina, com
Lincoln lá grossa.

Cores naturais de lã (do mais comum ao mais raro)

• Branca
• Preta
• Acinzentada
• Bege
• Caramelo

Seda
A fibra de seda natural é um filamento contínuo de proteína, produzido pelas lagartas
de certos tipos de mariposas, sendo uma das matérias-primas mais caras. As lagartas expelem
através das glândulas o líquido da seda (a fibroína) envolvido por uma goma (a sericina), os
quais se solidificam imediatamente quando em contato com o ar.

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Apostila Costureiro

A seda é utilizada para se produzir


tecidos leves, brilhantes e macios. Os
tecidos são usados em camisas, vestidos,
blusas, gravatas, xales, luvas, roupa de
dormir etc. A seda tem uma aparência
cintilante, devido à estrutura triangular da
fibra, parecida com um prisma, que refrata
a luz.

Em 3600 a.C., a seda tem sua primeira


aparição na China. Acredita-se que os
chineses começaram a produzir seda por volta do ano 2700 a.C.. Reza a lenda que a imperatriz
Si Ling Chi descobriu a seda quando um casulo de bicho-da-seda caiu de uma amoreira dentro
de sua xícara de chá. Depois de experimentar algumas vezes, ela, finalmente, conseguiu tecer o
filamento da seda em um pedaço de tecido. A seda era considerada a mais valiosa mercadoria
da China e gerou a famosa rota da Seda, a mais importante rota comercial da época. A
manufatura da seda era um segredo de estado, muito bem guardado até o ano 300, quando se
tornou conhecida na Índia. Ou seja: 3 000 anos após sua descoberta pelos chineses.

Algodão
Sementes e frutos
Fibra de coco
Cânhamo
Linho
Vegetais Caules Juta
Rami
Basho
Sisal
Folhas
Rami
Naturais
Carneiro (Ovelha) Lã
Cabra Lã
Coelho Lã
Lhama Lã
Alpaca Lã
Animais
Camelo Lã
Vicunha Lã
Iaque Lã
Cavalo, Asno, Boi Crina
Lagartas Seda

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Apostila Costureiro

Fibras Minerais
Amianto
Amianto (ou asbesto) é o nome de
uma família de minérios encontrados
amplamente na natureza e muito utilizados
pela indústria no último século. Por ter
propriedades físico-químicas vantajosas,
como grande resistência mecânica em altas
temperaturas e boa resistência aos ataques
de ácido, alcalino e bactérias, além de
possuir baixo custo de exploração, tal
material foi considerado essencial por
muito tempo Contudo, todas as suas
formas são cancerígenas.

Fibras Sintéticas
Poliéster
Para entender o que é poliéster, é preciso começar explicando que ele se classifica,
dentro da química, como uma categoria de polímeros, na qual tem o grupo funcional éster na
cadeia principal. Trata-se de uma fibra sintética produzida a partir do petróleo. O poliéster é
um tecido bastante popular e ainda possui diversas derivações.

No entanto, o termo serve como sinônimo de politereftalato de etileno, também


conhecido como PET, sendo tecnicamente um plástico. Uma das principais características do
poliéster é que ele é termoplástico. Isso significa dizer que esse material consegue ser
aquecido em altas temperaturas sem perder suas propriedades químicas.

Dessa forma, ele pode ser moldado para a fabricação de diversos materiais diferentes,
como é o caso de roupas de cama. Os responsáveis pela criação desse material foram os
químicos britânicos John Rex Whinfield e James Tennant Dickson. Em 1941 eles patentearam o
politereftalato de etileno (PET) com o apoio da pesquisa de Wallace Carothers. O
primeiro poliéster criado por eles levou o nome de terylene.

Após 10 anos, em 1951, a empresa Dupont lançou o dacron, a segunda fibra de


poliéster criada. Ela foi desenvolvida a partir da compra dos direitos autorais do terylene. Na
década seguinte, em 1960, a produção de fibras de poliéster começou a crescer ainda mais,
chegando a uma fatia de 30% do consumo nos Estados Unidos. Atualmente, o poliéster é um
tecido amplamente popular em todo o mundo.

O avanço da tecnologia, também permitiu transformações na fibra de poliéster, que fez


com que ele expandisse em relação às suas aplicações possíveis no mercado.

Poliamida
Poliamida, ou PA, é um polímero termoplástico composto por monômeros de amida
conectados por ligações peptídicas, podendo conter outros grupamentos. A primeira poliamida
foi sintetizada na DuPont, por um químico chamado Wallace Hume Carothers, em 1935. As
poliamidas como o náilon, aramidas, começaram a ser usadas como fibras sintéticas, e depois
passaram para a manufatura tradicional dos plásticos.

20
Apostila Costureiro

Atualmente, a poliamida tem estreita relação com uma família de polímeros


denominados poliamídicos, e sua produção é feita a partir de quatro elementos básicos,
extraídos respectivamente: do petróleo (ou gás natural), de aromas, do ar e
da água (carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio).

Tais elementos são combinados por processos químicos especiais, dando origem a
compostos conhecidos como ácido adípico, hexametilenodiamina, caprolactama e outros
compostos, que por sua vez, sofrem reações químicas, de forma a constituírem
as macromoléculas que formam a poliamida, um polímero sintético.

Podemos ver a poliamida sendo usada para fabricação de carpetes, airbags, patins,
relógios, calçados esportivos, uniformes de esqui, cordas para alpinismo, barracas. Também
podemos ver que um automóvel tem hoje pelo menos dez quilos de seus materiais em
poliamida, apresentando vantagens exclusivas e diminuindo o peso do carro e, em
consequência, reduz o consumo de combustível.

Acrilico
O uso do PMMA está aumentando progressivamente, o que acarretará num maior
descarte deste material nas próximas décadas e sua produção gera mais que o dobro de gases
do efeito estufa que a produção de outros polímeros, como o polipropileno.

Pensando nisso e visando a redução dos impactos ambientais causados pelo ciclo de
vida do PMMA, é possível coletá-lo, separá-lo de outros polímeros e materiais e realizar sua
reciclagem mecânica (por picotamento) ou a reciclagem do monômero que o constitui, sendo
esta segunda mais eficiente.

No Brasil, o PMMA é identificado, juntamente a outros polímeros com diferentes


propriedades, pelo código de número 7 ou "outros" e pode-se utilizar ainda a sigla do polímero
abaixo do número

Fibras Artificiais
Viscose
É uma fibra artificial de celulose, fabricada a partir de cavacos de madeira de árvores
pouco resinosas ou do línter da semente do algodão. É formada uma pasta celulósica que
por extrusão em fieiras e com o contacto de outras soluções é feita a fibra. Em 1905, a
Courtauld's começou a produzir raiom de viscose. A viscose é utilizada em malhas, vestidos,
casacos, blusas e trajes esportivos.

Também conhecido como seda Javanesa (em mistura com o acetato).

Modal
O modal é produzido da celulose da madeira. A palavra “modal” faz referência a
uma fibra modificada de raion.

Essa fibra é um tecido sintético da década de 30 que, em princípio, foi criado para uso
industrial em mangueiras, correias e pneus. Só depois começou a ser aproveitado pela
indústria da moda.

Essa fibra de faia se diferencia do algodão por algumas características próprias como:

• não encolher;
• ser mais fino;

21
Apostila Costureiro

• não esquentar;
• ser muito macio;
• ter um poder melhor de absorção.

Raiom (acetato e viscose)


Matéria-prima
Modal
natural vegetal
Tencel (Liocel)
Amianto
Fibra de Carbono
Matéria-prima
Vidro
Artificiais natural mineral
Metálica: Ouro, prata,
cobre, aluminio, latão
Quimicas
Matéria-prima
Lanital
natural animal

Acrílico
Elastano (Lycra®)
Obtidas do
Sintéticas Poliamida (Nylon®)
petróleo
Poliéster
Polipropileno

Estrutura Têxteis
O processo tem três passos:

1. Abertura da cala: Formar a manta do urdume fazendo duas camadas, uma mais alta e
uma mais alta.

2. Inserção da trama: Por baixo da manta do urdume ou por cima da manta do urdume.

3. Batida do pente: Quando o tecelão ou a máquina junta os fios da trama que foi
inserida. A abertura da cala é o que define o ligamento do tecido, ou seja, o ligamento
(ou padrão) do tecido é definido acordo com a escolha dos fios que vão estar na
camada mais baixa e na camada mais alta do urdume. Existem alguns ligamentos
básicos de tecelagem:

22
Apostila Costureiro

Tela/Tafetá
Ligamento tela ou tafetá É o mais simples. A trama do ligamento tela cruza o urdume
passando um fio por cima e um fio por baixo, sucessivamente. Na volta, urdume que estava por
cima, fica por baixo. Quanto mais grosso for o fio e quanto mais próximas estiverem as
carreiras, mais firme será o material. Entre os tecidos de ligamento tela estão o chiffon, o
mousseline, a organza, o shantung e o tafetá.

• CHITA – Tecido brasileiro.

• VOAL DE ALGODÃO – Tecido leve com urdume de 2 fios em algodão ou com fios de
fibras artificiais.

• GEORGETTE.

• ORGANZA DE SEDA – Tecido leve, fino e transparente feito de filamentos conpnuos


(fios de seda ou algodão). Também podem ser uUlizados fios sintéUcos.

• CHIFON – Tecido leve, macio e levemente transparente.

• LONA – Tecido de algodão ou algodão misto, firmemente. entrelaçado.

• CAMBRAIA – Tecido de algodão ou linho de peso médio com fios de urdume brancos e
fios de trama coloridos.

Sarja
O ligamento sarja tem uma repetição mínima de três fios de urdume e de trama, formando
uma diagonal. O entrelaçamento diagonal é bem mais firme que o ligamento tela. Essa firmeza
também deixa o ligamento sarja mais resistente a sujeira, mas torna lavagem mais difícil. Entre
os tecidos com ligamento sarja estão o brim, o denim/jeans, a sarja, o tweed e o gabardine. No
avesso desses tecidos você vê claramente a diagonal.

• SARJA DE SEDA.

• GABARDINE DE ALGODÃO.

• BRIM – Normalmente feito de algodão Ungido pelo fio ou de misturas de algodão.

• TWEED – Ligamento SARJA que utiliza diferentes fios coloridos e estruturas de trama
para criar uma padronagem.

• ESPINHA DE PEIXE – Ligamento SARJA com uma diagonal direita, cuja fileira é
regularmente invertida para formar um padrão ziguezague.

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Apostila Costureiro

• PIED-DE-POULE (PÉ DE GALINHA) – Como o Tweed, também é utilizado fios coloridos e


estruturas de trama para cria a padronagem.

Cetim
É bem parecido com a sarja, mas costuma ter repetições de cinco a doze fios de
urdume e trama. No cetim, a diagonal não é tão visível porque o número de repetições é muito
grande. Essas repetições deixam o tecido liso e brilhante. Usam esse tipo de ligamento o cetim,
o crepe de seda e o veludo de seda.

Em cima desses ligamentos básicos também foram criados outros ligamentos, mais
complexos. Um deles é o jacquard, que é aquele entrelaçado fio a fio, formando desenhos.

• CETIM DUPLA FACE – O lado direito e avesso do tecido têm um acabamento de linha
de cetim macio, pois o tecido é composto de dois fios de urdume e um fio de trama.

• CREPE DE CETIM – Esse tipo de CETIM é tecido com um fio de crepe de alta torção no
avesso e um fio de baixa torção que dá um acabamento liso e acetinado frente.

• CETINETAS – Normalmente esses tecidos são feitos de fios de algodão.

• TECIDOS DE CETIM – Costuma ser feitos de filamentos com baixa torção.

• JACQUARD

Canelado
São normalmente feitos tendo dois ou mais fios de urdume juntos, se entrelaçando
como um fio com uma trama individual, ou dois ou mais fios de tramas juntos, se entrelaçando
como um fio com um fio individual de urdume. Tecidos com efeitos CANELADOS são reversíveis
a não ser que um lado seja transformado em face através de acabamento ou estamparia. A
repetição do CANELADO é maior na direção do comprimento.

Um tecido com grupos de dois


fios de urdume entrelaçados com
um simples fio de trama é referido
como um CANELADO DE TRAMA 2
x 2 porque cada fio de trama passa
por dois fios de urdume, em
sequência por baixo dos próximos
dois, e continua nesta sequência
ao longo do tecido. Se os fios de
trama são agrupados como os fios
de urdume mencionados, o
tecimento então terá um efeito
CANELADO DE URDUME 2 x 2

VELUDO COTELÊ – O fio de trama é tecido deixando saliências regulares , que são
navalhadas e escovadas para formar linhas felpadas que podem ter espessuras variáveis. As
linhas finas são conhecidas como needle cord; as linhas grossas são conhecidas como jumbo
cord.

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Apostila Costureiro

Malha

Malha – Processo de malharia

A malha é feita entrelaçando os fios sempre no mesmo sentido: ou todos na trama ou


todos no urdume. O processo de malharia é feito com agulhas e é bem parecido com o tricô.

Meia-malha

É uma malha bem leve, com a estrutura mais simples do que a malha comum.

Piquet

O piquet é uma combinação de algodão e poliéster, bem resistente. Ele encolhe pouco
e tem uns micro furinhos, que dão uma textura leve e deixam a pele respirar bem.

Moletom

No moletom, a estrutura de malha é feita com uma espécie de lã, o que faz dele um
material bem macio, flanelado dos 2 lados. O entrelaçamento deixa os fios do lado de dentro
da malha soltos e, ao passar pela “peluciagem”, eles ficam fofinhos e quentes, porque não
deixam o calor do corpo passar pra fora da roupa.

Ribana

A estrutura da ribana é feita em teares duplos, dando um efeito canelado que deixa a
malha bem elástica, maleável e consequentemente, muito confortável.

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Apostila Costureiro

COMP. do AGULHA
PESO E TIPO DE TECIDO LINHA
PONTO TIPO TAM.
Delicado
Fina de poliéster, 2020 07/55 à
Tule; Chiffon; Renda fina; 2 - 2,5
Náilon ou algodão 15x1 10/70
Organza; Veludo de Seda
Leve Poliéster misto com
Cambraia; Organdi; Voal; algodão; 100%
2020 09/65 à
Tafetá; Crepe; Plástico fino; poliéster; Algodão
2-3 15x1 11/75
TNT; Cetim, Seda macia; Palha mercerizado 50;
de Seda; Shantung; Brocado Náilon "A"; Seda "A"
Médio
Algodão Leve; Tricoline; linho; Poliéster misto com
Percal; Piquet; Cambraia de algodão; 100%
2020 11/75 à
linho; Veludo cotelê fino; poliéster; Algodão 2,5 - 3,5
15x1 14/90
Veludo de Algodão; Casimira; mercerizado 60;
Vinil; Tecidos de veludo; Lã Algodão 60; Seda "A"
fina; Flanela
Médio Pesado Poliéster misto com
Garbadine, Tweed, Lona, Brim, algodão; 100%
2020 14/90 à
Algodão grosso; Jeans, Sarja; poliéster; Algodão 3-4
15x1 16/100
Jacquard; Tecidos duplos; Vinil; mercerizado grosso;
Courino; Lã Algodão 40 a 60;
Pesado Poliéster misto com
algodão; 100%
Tecidos para sobretudo, Jeans, 2020 16/100 à
poliéster; Algodão 4-5
Tecidos para estofamentos, 15x1 18/110
mercerizado grosso;
Lona grossa,
Algodão 40;
Malhas e Tecidos Elásticos 2045
Poliéster misto com Ponta
Malhas Duplas; Malhas
algodão; 100% redon
Fechadas; Spandex; Tricô de 12/80 à
poliéster; Algodão 2-3 da
Náilon; Tricô Oleado; Jersey; 14/90
mercerizado 50; (faixa
Pelúcia; Helanca; Veludo tipo
Seda "A"; amarel
helanca.
a)
Couros Poliéster misto com
Camurça, Pelica; Couro Verniz; algodão; 100%
2020 16/100 à
Cobra; Couros Forrados; Couros poliéster; Algodão 4-5
15x1 18/110
naturais; Couros Sintético; mercerizado 50;
Napas; Seda "A";

Beneficiamento Têxtil
É um processo pelo qual o tecido passa após a tecelagem para aprimorar o aspecto e o
toque do material, além de receber estampas ou efeitos.

O beneficiamento têxtil consiste em três estágios:

• primário (prepara o material para receber tintura e acabamento final);

• secundário (confere ao tecido uma nova coloração uniforme)

• terciário (melhora as características do tecido, como brilho e toque).

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Apostila Costureiro

Sistema Produtivo Fabricação Própria

ESTOQUE DE PLANEJAMENTO DE
PILOTAGEM
MATERIAIS COLEÇÃO

PLANEJAMENTO
COMPRA DE
MODELAGEM DO PROCESSO
MATERIAIS
PRODUTIVO

ENCAIXE E RISCO ENFESTO CORTE

PREPARAÇÃO
COSTURA LIMPEZA DA PEÇA
PARA COSTURA

ESTOQUE DOS
PASSADORIA EMBALAGEM
PRODUTOS

EXPEDIÇÃO CLIENTES

Planejamento de coleção
O planejamento de coleção de moda é uma ferramenta criada para auxiliar na
organização cronológica das tarefas e garantir que elas sejam concluídas no prazo ideal. Além
de otimizar as ações e garantir resultados, ele ajuda a compreender as tendências do mercado,
o perfil do público-alvo e a imagem e conceito da marca.
É nesse setor que o estilista/designer cria a coleção que será lançada, através das
pesquisas de tendência, da informação do publico alvo que a marca trabalha, qual será a
estação.
Com base nessas informações, o setor de marketing cria a data de lançamento, divulgação da
coleção.

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Apostila Costureiro

Pilotagem
Este trabalho possibilita entendimento sobre a importância da construção da peça
piloto na indústria do vestuário. A peça piloto contribui na produção em escala do produto de
moda, visando à qualidade no processo produtivo, O setor de produção de uma empresa deve
ser o setor de maior clareza das especificações do produto. Assim sendo a produção fluirá com
êxito desde o setor de criação até o setor de expedição, pois com a peça piloto tudo fica mais
objetivo.

É nesse momento que se corrige erros de modelagem, corte, costura e assim melhora o
processo de confecção. Também é criada a ficha técnica operacional. Uma espécie de
“manual/receita” de como fazer o produto. Composto pela modelista da empresa e piloteira

Ficha Técnica
A ficha técnica de produto para confecção de roupas é um recurso de comunicação
essencial. Esse instrumento está presente praticamente de ponta a ponta na cadeia produtiva
de uma confecção, da criação à embalagem. A ficha técnica de vestuário tem o papel de fazer a

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Apostila Costureiro

informação circular entre as diferentes etapas de construção da peça e, para que não haja
ruídos nesse percurso, é importante que alguns pontos sejam preenchidos de modo correto.

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Apostila Costureiro

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Apostila Costureiro

Compra de Material
Após o planejamento de coleção, a criação, pilotagem das peças, se faz a compra de
material que não há no estoque.

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Apostila Costureiro

Modelagem
A modelagem é um processo essencial na confecção de roupas. É ela a responsável por
traduzir as ideias e conceitos de estilo em moldes que se transformam em peças concretas e
precisas.

Nesse setor, após o planejamento de coleção, de acordo com as pesquisas, se faz a gradação
dos moldes, aprovados pelo setor de pilotagem.

Gradação: Criação da Grade de tamanho da modelagem da peça pilto.

Há três tipos de modelagem: Modelagem Plana, Modelagem Tridimensional ou Moulage e


Modelagem Vetorizada.

Modelagem Bidimensional:
A modelagem bidimensional ou plana é iniciada a partir de uma tabela de medidas.
Com esses dados, o modelista faz uma transposição gráfica do desenho, figura ou peça para o
papel em função da geometria espacial.

O uso de réguas, curvas francesas, esquadros e outros instrumentos de medição –


através de linhas retas, curvas, paralelas e perpendiculares – dão origem aos chamados moldes
básicos.

Interpretar visualmente o modelo desejado é de suma importância, uma vez que suas
características são transpostas no papel de forma bidimensional. Detalhes, formas, volumes,
medidas, tipos de costuras e montagens fazem parte da análise e são representados neste tipo
de modelagem.

Vantagens

• Trabalho no plano bidimensional, o que facilita o corte dos moldes pela modelista;
• Gera menos desperdício, o que é importante para adotar práticas sustentáveis dentro
da confecção;
• Utiliza-se de materiais relativamente simples e mais baratos, se comparado às outras
técnicas. (Réguas, papel, lápis, caneta, fita métrica, borracha)
Desvantagens

• É preciso dominar a técnica para produzir moldes precisos e evitar retrabalhos, o que
pode demandar anos de experiência;
• A transposição do molde em duas dimensões para o corpo tridimensional pode não ser
precisa e gerar retrabalhos que podem atrasar o cronograma da confecção.
Modelagem Tridimensional
A modelagem tridimensional, também conhecida como moulage (termo em francês)
ou drapping (termo em inglês), é fundamentada e construída a partir de um corpo ou busto de
prova, seja feminino, masculino ou infantil.

Este tipo de modelagem consiste em uma forma escultural de desenvolver o


modelo com precisão, destacando-se por sua grande liberdade de construção e, até mesmo,
poucos ou nenhum ajuste em relação aos resultados obtidos – ou seja, proporciona maiores
acertos no quesito vestibilidade da peça.

Podemos considerar que os gregos, romanos e egípcios foram os precursores dessa


técnica de modelagem, uma vez que era grande o número de roupas drapeadas inseridas no
contexto de vestimenta histórica desses povos.

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Apostila Costureiro

Modelagem Vetorizada
A modelagem vetorizada, o chamado CAD – desenho auxiliado por computador (em
inglês, Computer Aided Design) –, é iniciada a partir da modelagem bidimensional, inserida de
forma vetorial, no qual o processo é informatizado.

Essas ferramentas vêm ganhando espaço nas confecções e estão se tornando cada vez
mais evoluídos e precisos na modelagem e desenvolvimento das peças. Os softwares para
confecção têm grande capacidade de acelerar o processo de ampliação e redução dos moldes,
bem como o encaixe e riscos dos tamanhos a serem cortados.

Atualmente, há uma grande procura dos profissionais da área em se especializar


na construção dos moldes diretamente no computador (diagramas e adaptações de modelos).
Afinal, construir bases e adaptá-las diretamente no CAD tem gerado maiores vantagens, mais
rapidez e minimizado o tempo de produtividade.

Planejamento do Processo Produtivo


Dentro do planejamento de produção existe o Plano e Controle da Produção (PCP) que são as
diretrizes que auxiliam todo os setor de planejamento . O PCP é um conjunto de atividades
para planejar todo o período produtivo de uma indústria, determinando o que produzir,
quando, quanto, onde, como e para quem.

Este planejamento tem como objetivo alinhar a demanda da empresa e a linha de suprimento
necessária para garantir que a produção aconteça de forma eficaz, mantendo a fábrica
operando de forma eficiente e os clientes bem atendidos.

Com isso a fábrica pode evitar diversos problemas, como por exemplo:

• Paradas na produção (Gargalos)


• Atrasos nas entregas;
• Problemas com fornecedores;
• Perdas e desperdícios na produção;
• Funcionários desmotivados e baixa produtividade;
PCP
PCP (sigla de: Planejamento e Controle da Produção) nada mais é que um sistema
utilizado para programar as operações produtivas de indústrias, auxiliando no gerenciamento
das etapas da produção.

Por meio do PCP a indústria consegue planejar o tempo de fabricação dos produtos,
estabelecer a quantidade de itens que precisa ser produzida, e definir o local para elaboração
das peças. Além disso, ainda consegue determinar a quantidade ideal de matéria-prima e a
ordem exata que os produtos devem ser produzidos.

O PCP é extremamente importante dentro da empresa, uma vez que ajuda a garantir
que o chão de fábrica possui os componentes necessários para produzir itens com qualidade e
de acordo com o planejado.

Se não consegue planejar, programar e nem controlar a sua produção, a indústria corre
o sério risco de perder qualidade e desempenho. Algo que, consequentemente, pode
prejudicar a sua competitividade e reputação no mercado.

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Apostila Costureiro

Vale ressaltar que o planejamento é feito baseado nas expectativas e previsão de


vendas da empresa, mas isso pode acabar mudando na prática e é necessário o controle da
produção para realizar os ajustes necessários.

Para criar o planejamento, todas as atividades que são realizadas na empresa precisam ser:

• Cronometradas
• Quantificadas
• Ordenadas
• Avaliadas
• Validadas
• Fiscalizadas
Esse planejamento pode ser feito de longo, médio ou curto prazo e com objetivos diferentes,
sendo eles:

• Curto prazo: previsões de demanda, ajustes no planejamento, atende os objetivos


operacionais.

• Médio prazo: previsões de demanda desagregada, determinação de contingência e


recursos, atende os objetivos financeiros e operacionais.

• Longo prazo: previsões de demanda agregada e atende os objetivos financeiros de


longo prazo da empresa.

1.Produção sem paradas: É claro que imprevistos acontecem e eventualmente podem acabar
parando ou desacelerando sua produção. Entretanto, você pode reduzir drasticamente as
paradas na produção com um bom planejamento de produção.

O planejamento de produção é capaz de evitar problemas como por exemplo:


• Equipe parada esperando informações
• Equipe para esperando materiais
• Máquinas paradas esperando materiais
2. Entregas no prazo: Com um bom planejamento de produção sua indústria será capaz de
determinar prazos precisos para seus clientes. Isso é ótimo para aumentar a satisfação dos
clientes e melhorar sua credibilidade. Indústrias que não planejam a produção,
frequentemente acabam atrasando pedidos e perdendo clientes.

3. Redução de problemas com fornecedores: Continuando a lista de benefícios do


planejamento de produção está a redução de problemas com fornecedores. Ou seja, com um
bom planejamento é possível fazer análises e previsões quanto aos prazos, a qualidade e a
disponibilidade dos fornecedores da sua fábrica.

4. Redução de desperdícios: Ao reduzir o tempo de máquinas e operadores parados e matérias


primas com problema ou atraso, sua indústria estará reduzindo os desperdícios e
economizando dinheiro.

5. Materiais na quantidade certa: Com um bom planejamento de produção sua indústria estará
mais preparada para trabalhar com níveis de estoque de matéria prima ideais. Ou seja, você é
capaz de determinar de forma mais precisa quanto material precisará comprar para atender a
atual demanda de seus clientes e do mercado.

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Apostila Costureiro

Funcionários do Setor
ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO

- Cria o PCP de acordo com os valores da empresa;


- Distribui sequência e prioriza o trabalho em toda a fábrica;
- Controla a qualidade e produção;
- Motiva e mantém ordem e disciplina.
- Analisa sempre possíveis mudanças no PCP

ESTOQUISTA

- Responsável por fazer a gestão de todo o estoque.


- Recebe mercadorias;
- Organização e Separação de Produtos;
- Manter atualizado a quantidade de produtos;

SUPERVISOR/ENCARREGADO

- Fiscaliza o andamento da produção;


- Distribui sequência operacional;
- Controla a qualidade e produção;
- Motiva e mantém ordem e disciplina.
- Auxilia o trabalho do Eng. de produção.

AUXILIAR DE PRODUÇÃO

- Recebe ordens do supervisor/encarregado e do engenheiro


- Ajuda alimentar todos os setores
- Diminui a sobrecarga quando há possíveis gargalos;

Setor De Corte
Encaixe
É a distribuição de uma quantidade de moldes que compõe um modelo sobre uma
metragem de tecido ou papel, visando o melhor aproveitamento.

Tipos de Encaixe:

• Encaixe par : O encaixe é par quando distribuímos sobre o tecido todas as partes que
compõe um modelo. Neste encaixe quando o molde tiver a indicação 2x (cortar 2x)
será riscado 2x espelhado. No encaixe par o enfesto poderá ser ímpar ou par, porque a
peça que será riscada sairá inteira por folha. Este é o tipo de encaixe a ser feito com
moldes simétricos e assimétricos.

• Encaixe ímpar (único): O encaixe é ímpar quando distribuímos sobre o tecido apenas
metade dos moldes. São aqueles em que a quantidade de vezes indicada nas partes
componentes de uma modelagem pode ser riscada pela metade. Assim, se houver no
molde a indicação 2x será riscado 1x apenas. No encaixe ímpar o enfesto terá que ser
obrigatoriamente par. Este tipo de encaixe só pode ser usado para moldes simétricos.

• Encaixe misto: O encaixe é misto quando distribuímos sobre o tecido todos os moldes
de uma peça (encaixe par) e alguns moldes de outra peça (encaixe ímpar). Este

35
Apostila Costureiro

processo é bastante utilizado quando o setor trabalha com grande produção diária,
pois ganha tempo em todas as operações: no encaixe, no enfesto e no corte.

Por exemplo: se tivéssemos que atender uma ordem de corte com a seguinte grade:
Tamanho P cortar 20 peças Tamanho M cortar 10 peças Poderíamos encaixar uma modelagem
completa do tamanho P e metade da modelagem do tamanho M (a ser compensado no
enfesto). Isso faria com que não tivéssemos que desenvolver todo o processo (encaixe, risco,
enfesto, corte) duas vezes, por causa da diferença de quantidades.

No caso de tecidos tubulares a parte assimétrica pode ser riscada pela metade na
dobra do tecido.

1. Manual com moldes em tamanho normal: Encaixe obtido deslocando-se


manualmente as partes que compõe cada um dos modelos. Esta operação deverá ser
repetida após cada corte.

2. Computadorizado com moldes em miniatura (sistema CAD): Encaixe obtido após


criação ou digitalização dos moldes no computador. Com a gradação pronta o operador
indica a grade e a largura do tecido. O encaixe poderá ser realizado de três formas:
- Manualmente – deslocando-se as peças no monitor como se fosse em uma mesa de
corte.
- Automaticamente – autorizando o computador na otimização do tecido.
- Por analogia – o computador encaixa as peças a partir de outro encaixe já arquivado
que seja similar.

Risco e Métodos
Risco manual direto no tecido: pouco usado atualmente.

Executado sobre a última folha do tecido, ou a primeira, contornando os moldes, por meio de
giz especial, lápis ou caneta.

Risco Automatizado: muito usado atualmente.

Quando o encaixe se encontra concluído no monitor e o operador satisfeito com o rendimento,


então instrui o sistema para que trace o risco em tamanho normal, em papel especial, através
de uma plotter.

Enfesto
É a operação pela qual o tecido é estendido em camadas, completamente planas e
alinhadas, a fim de serem cortadas em pilhas. O enfesto é feito sobre mesa de corte que deve
ser totalmente plana e um pouco maior que a medida que se a realiza o trabalho.

O ideal é uma mesa com pelo menos 2mt de largura por 3mt de comprimento.

Fatores para ficar atento:

• Alinhamento
• Tensão do tecido;
• Enrugamento
• Corte de pontas

36
Apostila Costureiro

Existem dois tipos de enfesto:

- ENFESTO PAR: tecido direito com direito, a correr em sentidos opostos, também
chamado de ziguezague.

- ENFESTO IMPAR ou ÚNICO: tecido com direito e com avesso, a correr em um sentido;

TIPOS DE
TIPO DE ENCAIXE TIPO DE ENFESTO
MOLDES
SIMÉTRICO PAR, ÍMPAR OU MISTO PAR OU ÍMPAR

OBRIGATORIAMENTE
ASSIMÉSTRICO OBRIGATORIAMENTE ÍMPAR
PAR

Corte
É o cortar o tecido ou enfesto, que já foi encaixado e riscado, transformando-os em
pedaços que compõe uma peça de roupa.

Métodos de Corte
- Manual: corte na tesoura. É utilizado somente para reposicionamento e corte de duas
folhas no máximo, sendo necessário muito cuidado para que as folhas saiam iguais.
Muito usada para cortar a peça piloto.

- Mecanizado: corte a máquina pode ser:

• De Disco (ou lâmina redonda) : é utilizado para


enfestos baixos de poucas folhas. Não permite cortar bem
as curvas muito acentuadas, é um dos mais utilizados. Não
dá para fazer piques.

• De Faca (ou vertical):


boa para enfestos altos
permite cortar qualquer
tipo de enfesto também
para as curvas.

• Máquina de Balancim

(prensa) : permite o corte com

37
Apostila Costureiro

fôrma, é de alta exatidão. Deve ser usado com pouca altura. Essa máquina é tipo uma
chapa. Para cortar precisa-se de um espaço de tecido em volta (gera desperdício),
muito utilizado para cortar entretela.

• Serra Fita: é cortado em cortes de precisão num enfesto baixo. A habilidade do


cortador é que dará a precisão no corte (mesmo modelo da máquina de açougueiro),
não faz curvas, bom pra a cortar bolso sextavado.

• Máquina para Fazer Furos: muito parecida com a máquina vertical, serve para
marcações de pences, é feito o furo no local onde serão marcadas as pences,
aconselhável fazer os furos antes do corte para as peças não dançarem.

• Eletrônico: sistema de corte por lâmina ou laser. Todas as duas funcionam


eletronicamente.

• Laser: após o sistema CAD ela enfesta e corta


automático é cortado a lazer (custo muito elevado)

• Lâmina: a lâmina vai passando por cima do


enfesto e cortando automático.

Controle de qualidade o setor de corte


Considerar os seguintes aspectos:

- Antes do corte: selecionar peças da mesma tonalidade, se existir diferenças de


tonalidades fazer de acordo com informação da ordem de fabricação, marcar defeitos
nas peças com giz, linha, etiqueta etc...

- Controle de máquinas de corte e fitas de corte: lâminas bem afiadas de corte e fitas de
corte, lubrificação das lâminas é fundamental.

- Etiquetagem: pode ser feito inspeção de 100% das peças cortadas, separando e
rejeitando as inadequadas.

- Defeitos na seção de corte: peça mal cortada (corte fora do risco), peça maior/menor
que a modelagem usada, peças com bordas desfiadas (lâminas de corte sem fio), peça
com bordas repuxadas (lâmina ruim que puxa o elastano e quando solta acaba
franzindo o tecido), peças com bordas fundidas (fibra sintética por aquecimento das
lâminas e acontece a fusão dos fios)

Quando o controle de qualidade é efetivo, não é necessário ter-se uma revisão final. A
qualidade faz-se durante o processo, depois de pronto é tarde.

Ambiente do setor de corte


A sala de corte obrigatoriamente deve ser um local ventilado e iluminado. Nela deve conter:

• Mesas para corte:


• Espaço suficiente para se trabalhar e transitar entre elas;
• Espaço nas suas extremidades para manusear as peças de tecidos

38
Apostila Costureiro

• Área para um pequeno estoque de tecido


• Área para estoque de lotes cortados
Funcionários do Setor de Corte
ENCARREGADO

- Recebe ordens de fabricação do setor PCP;


- Distribui sequência e prioriza o trabalho no setor;
- Controla a qualidade e produção;
- Motiva e mantém ordem e disciplina.
RISCADOR - Prepara os riscos marcadores encaixando os moldes corretamente e aproveitando
o máximo do tecido. Essa atividade mal executada gera sérios prejuízos para a organização.
Qualquer economia é bem vinda, principalmente de matéria-prima.

- Faz cópia ampliando os riscos em miniatura procurando manter a cópia fiel do original.
- Arquiva os moldes para que se mantenham em perfeito estado.
- Procura manter-se sempre adiantado à produção dos Infestadores.

ENFESTADOR: Enfesta manualmente ou com máquina;

- Controla a qualidade do tecido a ser enfestado;


- Elimina os defeitos durante o infestamento;
- Controla a utilização dos tecidos de acordo com os padrões;
- Controla a utilização dos tecidos para corrigir combinações diferentes.

CORTADOR: Corta toda a produção, com a ferramenta certa considerando o enfesto unitário),
lâmina redonda (poucas camadas), faca reta, serra fita ou prensa (bastante camadas);

- Checa a qualidade periodicamente para conseguir combinações diferentes;


- Faz piques e furos.
- O profissional desta atividade, além de ser treinado para ser cuidadoso na utilização do
seu equipamento, deve ser alertado a observar que qualquer deslize seu, todo o
trabalho (risco, enfesto, etc.) poderá ser inutilizado, causando com isso danos
consideráveis.

ETIQUETADOR/EMPACOTADOR

- Opera as máquinas de etiquetar para o controle de tonalidade;


- Divide o enfesto em pacotes de acordo com o lote a ser produzido.
- Depois das peças cortadas, elas deverão ser identificadas e separadas adequadamente
para facilitar o manuseio de costura, bem como garantir a qualidade do

AUXILIAR DE CORTE/PRODUÇÃO

- Prepara o tecido e os riscos para o enfestador;


- Transporta as peças cortadas para o empacotador;
- Alimenta o setor de costura com ordens de cortes completas.

Possíveis desperdícios do Setor de Corte


• Desperdício de planejamento;

39
Apostila Costureiro

• Desperdício de encaixe;
• Desperdício de tecido;
• Desperdício de maquinário (falta de manutenção, limpeza, causa curto-circuito em
sistemas elétricos, queima de motor e etc.)

Estocagem de Matéria-Prima
CRITÉRIOS PARA ARMAZENAMENTO DE TECIDOS:

• Manipular rolos de tecidos com cuidado, sem jogá-los ao chão principalmente na


vertical.
• Nunca deixar rolos de tecidos armazenados na vertical.
• Não sobrepor no formato cruzamento (fogueira), sempre dispor os rolos paralelamente
uns aos outros;
• Não deixar diretamente sobre o chão, manter sempre embalado, se possível na
embalagem original de fábrica, pois assim preservará a etiqueta com referência e
informações de lote, cor e etc.
• Altura máxima de armazenamento de 1,5metro;
• Armazenar em superfície plana.
• Ambiente arejado e livre de umidade, insetos de pragas.

Setor de Costura
Preparação Para A Costura
- Separação dos blocos de moldes cortados
- Marcações de piques, penses e etiquetagem dos blocos de moldes;
- Estocagem dos lotes, organizados por ordem de produção;
- Transporte de lotes a serem entretelados, estampados ou bordados.
Costura
As máquinas de costura consistem em um equipamento profissional usado no ramo
de confecção para fazer reformas em diferentes tecidos. Os instrumentos manuais e
automáticos estão presentes em indústrias, ateliês e também em residências.

Contudo, para ajudar os procedimentos de costuras, o mercado disponibiliza modelos


destinadas a diversas funções, como criação de jeans, malhas, lã, entre outras opções.

É necessário destacar que os profissionais de costura


que procuram uma máquina ágil com reduzida manutenção
podem selecionar o modelo mais adequado ao perfil dos
tecidos a serem trabalhados.

• Doméstica / Portátil: Embora a máquina de costura


portátil seja um modelo compacto, ela apresenta
diversas funções, como acabamentos e costura em
ziguezague. Sem falar dos acessórios, como
calcadores para zíper invisível e franzido. Além disso,
o equipamento apresenta o braço livre para acabamentos em barras de calça e
punhos.

40
Apostila Costureiro

• Reta Industrial: Própria para


confecção de grande volume de peças, a
máquina de costura reta industrial
apresenta tamanho grande e, por isso,
deve se manter em local fixo. O
equipamento é projetado para trabalhar
em materiais pesados, como jeans, lona
e couro. Ele conta com acessórios,
como calcadores e colocadores de
elástico, mas costura apenas em ponto
reto.

• Overlock: A overloque é própria


para acabamentos em lingeries, biquínis,
maiôs e sungas. Além disso, o equipamento
pode ser usado na confecção de jeans,
toalhas, tapetes. A overloque industrial deve
se manter em local fixo devido ao seu
tamanho avantajado. Já a overloque caseira
(conhecida como ultraloque) é menor e de
fácil transporte.

• Interlock: Usada na confecção de camisas e


malhas, a interloque possui três agulhas, que
fazem costuras retas, inclusive em tecidos
elásticos. Seu tamanho é compacto, o que
facilita o transporte de um local a outro.

• Galoneira: A galoneira utiliza entre


uma e três agulhas, além de duas linhas e
um fio. Sua função é realizar acabamentos
em tecidos de malha e lingeries. O
equipamento não apenas coloca viés como
também rebate elásticos.

41
Apostila Costureiro

• Pespontadeira: A pespontadeira
conta com duas a três agulhas
para pesponto em jeans e
tecidos pesados. Normalmente,
ela é utilizada para otimizar os
processos na linha de produção
de jeans. O equipamento
também é utilizado para
pesponto em bancos de carros
na indústria automobilística.

• Travete: A travete é uma


máquina de costura robusta, perfeita
para fazer travas em bolsos de calças
jeans e passantes de cinto, onde há
maior tensão. O equipamento
também tem a função de aplicar
zíperes com grande eficiência.

• Caseadeira: A caseadeira
industrial é própria para fazer
caseados com vários tamanhos
e espessuras, o que facilita o
trabalho da costureira.

• Bordadeira: A bordadeira computadorizada


conta com programas para bordados em alto e
baixo relevo. Conforme o tipo de bordado, são
utilizadas cores e linhas variadas. Como é um
equipamento grande, deve permanecer em local
fixo.

• Fechadeira: A fechadeira é uma máquina de


costura própria para fechar cós e laterais de
roupas, inclusive, em jeans, o que descarta a
necessidade da máquina overloque.

42
Apostila Costureiro

Partes de uma Máquina Reta Industrial

43
Apostila Costureiro

Partes de uma Máquina Overlock Industrial

44
Apostila Costureiro

Tecidos e Agulha de Máquina

Peso Tecidos
Delicado Tule; Chiffon; Renda fina; Organza; Veludo de Seda
Cambraia; Organdi; Voal; Tafetá; Crepe; Plástico fino;
Leve TNT; Cetim, Seda macia; Palha de Seda; Shantung;
Brocado
Algodão Leve; Tricoline; linho; Percal; Piquet; Cambraia
Médio de linho; Veludo cotelê fino; Veludo de Algodão;
Casimira; Vinil; Tecidos de veludo; Lã fina; Flanela
Garbadine, Tweed, Lona, Brim, Algodão grosso; Jeans,
Médio Pesado
Sarja; Jacquard; Tecidos duplos; Vinil; Courino; Lã
Tecidos para sobretudo, Jeans, Tecidos para
Malhas e Tecidos Elásticos
estofamentos, Lona grossa
Malhas Duplas; Malhas Fechadas; Spandex; Tricô de
Couros Náilon; Tricô Oleado; Jersey; Pelúcia; Helanca; Veludo
tipo helanca.

Tipo de Comprimento Agulha


Linha
Tecido do Ponto Tipo Tamanho
Fina de poliéster, Náilon 2020 07/55 à
Delicado 2 – 2,5
ou algodão 15x1 10/70
Poliéster misto com
09/65 à
algodão; 100% poliéster; 2020
Leve 2–3 11/75
Algodão mercerizado 50; 15x1
Náilon "A"; Seda "A"
Poliéster misto com
algodão; 100% poliéster; 2020 14/90 à
Médio 2,5 – 3,5
Algodão mercerizado 60; 15x1 16/100
Algodão 60; Seda "A"
Poliéster misto com
algodão; 100% poliéster; 2020 14/90 à
Médio Pesado 3–4
Algodão mercerizado 15x1 16/100
grosso; Algodão 40 a 60;
Poliéster misto com
algodão; 100% poliéster;
2020 16/100 à
Pesado Algodão mercerizado 4–5
15x1 18/110
grosso; Algodão 40;

2045
Poliéster misto com
Malhas e Ponta
algodão; 100% poliéster; 12/80 à
Tecidos 2 -3 redonda
Algodão mercerizado 14/90
Elásticos (faixa
grosso; Algodão 40;
amarela)
Poliéster misto com
algodão; 100% poliéster; 2020 16/100 à
Couros 4–5
Algodão mercerizado 50; 15x1 18/110
Seda "A";

45
Apostila Costureiro

COMPRIMENTO
NOME GROSSURA UTILIZAÇÃO PRINCIPAL
(mm)

DB x 1 7 a 22 29,6 Costura Reta (agulha curta)

DB x 1 7 a 25 33,8 Costura Reta (é mais usada no Brasil)

Costura Reta igual à DB x 1 para grossuras


DB x 95 11 a 22 33,8
superiores a 18

DC x 27 6 a 21 28,6 Overloque e Interloque

Ponto fixo 2 agulhas; zig-zag; caseadeira, agulha


DP x 5 6 a 25 33,9
cabo grosso

DV x 63 7 a 22 39,0 Galoneira

EB x 755 8 a 21 33,0 Caseadeira e Travete

TQ 1 8 a 22 37,2 Botoneira;

TV 3 19 a 24 39,0 Fechadeira; cós e galoneira

TV 5 8 a 24 41,4 Fechadeira de braço

TV 7 8 a 24 37,0 Fechadeira ponto corrente

UY 128 8 a 21 39,0 Máquinas fechadeira, cós e galoneira.

Como Tirar Medidas


• As medidas devem ser tiradas rente ao corpo, sem apertar ou afrouxar a fita métrica.

• Coloque um cadarço, elástico ou uma fita ao redor da cintura para marca-la, para que
todas as medidas que partem da cintura comecem no mesmo lugar.

• A pessoa a ser medida é aconselhável estar com uma roupa que não faça volume.

• Sutiãs e cintas de modelar podem alterar as medidas, confere se essas peças intimas
são similares ao que a pessoa usará com a roupa a ser feita ou ajustada.

• Necessita de um caderno e uma caneta para anotar as medidas, e anotar também a


data que a medição está sendo feita.

46
Apostila Costureiro

1 – Busto 10 – Distância do Busto

2 – Cintura 11 – Altura do Busto

3 – Quadril 12 – Comprimento do Braço

4 – Pescoço 13 – Altura do Quadril

5 – Toráx 14 – Altura do Joelho

6 – Largura braço 15 – Comprimento da Calça

7 – Largura Mão 16 – Altura Entrepernas

8 – Altura Cintura Costas 17 – Altura Gancho

9 – Largura das Costas ou Cava a Cava


costas

Tirando as Medidas:
1. BUSTO - Medida de contorno do corpo na altura dos mamilos. Para medir a
circunferência do busto, cuide para que a fita não deslize nas costas, fique reta na linha
da axila e passe na frente sobre os mamilos. Se der número ímpar, use o número par
imediatamente superior a fim de facilitar as divisões para o traçado da base.

2. CINTURA - Medida de contorno na altura da cintura. Geralmente, essa altura fica a


2,0cm cima do umbigo para as mulheres e no umbigo para os homens. Como no busto,
se der número ímpar, use o número par imediatamente superior.

47
Apostila Costureiro

3. QUADRIL - Medida de contorno na altura onde o quadril é mais saliente. Geralmente,


fica 20,0cm abaixo da cintura. Como no busto e na cintura, se der número ímpar, use o
número par imediatamente superior.

4. PESCOÇO - Medida de contorno na base do pescoço.

5. TÓRAX - Medida de contorno acima do busto e logo abaixo das axilas . É geralmente
bem menor que a medida do busto. A diferença entre o busto e o tórax vai determinar
a profundidade da pence do busto na base do corpo, quando quisermos trabalhar sob
medida. No nosso caso, de acordo com a tabela de medidas, essa diferença é sempre
4,0cm, fazendo que a pence permaneça com a mesma medida em todos os
manequins.

6. BRAÇO - Medida de contorno do braço logo abaixo da axila, na parte mais grossa do
braço.

7. PUNHO - Medida utilizada para o traçado da base da manga. Nesse caso, medimos o
contorno da mão em vez do punho (pulso) propriamente dito. A medida é tirada na
parte mais larga da mão, com os dedos esticados e o polegar encostado na palma.
Dessa forma, temos a medida mínima que a boca da manga precisa ter para vestir sem
a necessidade de qualquer abertura.

8. ALTURA DAS COSTAS - Medida de altura, no centro das costas, entre a base do pescoço
e a linha da cintura.

9. LARGURA DAS COSTAS - Distância entre as Medida do ombro


Largura das costas
cavas nas costas, tomada numa altura
correspondente à metade da altura entre o 34 11
ombro e a dobra da axila. A medida deve ser 35 11,5
tirada com os braços cruzados na frente. Existe
uma relação entre a largura das costas e a 36 12
medida do ombro, use a tabela ao lado para 37 12,5
conferir se esta medida foi tirada
corretamente. No entanto, em pessoas gordas 38 13
esta medida geralmente está aumentada 39 13,5
devido ao acúmulo de gordura nas costas,
nesse caso a medida do ombro deverá ser 40 14
corrigida após o traçado molde básico. 41 14,5
10. DISTÂNCIA DO BUSTO - Distância entre os 42 15
mamilos. Geralmente, equivale a 20,0cm.

11. ALTURA DO BUSTO - Distância entre a linha da cintura e a linha do busto (mamilo).

12. COMPRIMENTO DA MANGA - Distância entre o ombro e o punho, tomada com o braço
dobrado em um ângulo de 90°.

13. ALTURA DO QUADRIL - Distância entre a linha da cintura e a linha do quadril, tomada
pela lateral. Geralmente, fica 20,0cm abaixo da cintura.

14. ALTURA DO JOELHO - É a distância entre a linha da cintura e a linha do joelho, tomada
pela lateral.

48
Apostila Costureiro

15. COMPRIMENTO DA CALÇA - Distância entre a linha da cintura e o chão, tomada pela
lateral com a pessoa descalça.

16. ALTURA DA ENTREPERNA - Distância entre a virilha e o chão. A medida é tomada


colocando-se uma régua encostada na virilha, perpendicular ao chão, medindo-se essa
distância.

17. ALTURA DO GANCHO - É a diferença entre a medida 15 (comprimento da calça) e a


medida 16 (altura da entreperna).

OUTRAS MEDIDAS:

• OMBRO – Meça da base do pescoço à extremidade do ombro.

• JOELHO – É a medida da circunferência do joelho

• TORNOZELO - É a medida da circunferência do tornozelo

• ALTURA DA FRENTE – Meça da base do pescoço, passando pelos mamilos até a linha
da cintura. Geralmente é 2 a 3 cm maior que a altura das costas.

• ALTURA DA CAVA – Há duas medidas básicas para a cava, são elas:

❑ Menor cava: É utilizada para modelos sem manga, ou seja, cavados, de modo que a
axila não fique excessivamente exposta. Equivale à metade da largura das costas.

❑ Cava ideal: Destina-se a receber a manga ideal, ou seja, aquela que é medida conforme
a largura do braço, sem ser ampla ou estreita em excesso. Esta medida baseia-se na
tabela abaixo, conforme a largura do braço.

Largura do Altura da Largura do Altura da Largura do Altura da


braço Cava ideal braço Cava ideal braço Cava ideal
23 18 30 21,5 37 23,5
24 18,5 31 21,5 38 24
25 19 32 22 39 24,5
26 19,5 33 22,5 40 24,5
27 20 34 22,5 41 25
28 20,5 35 23 42 25,5
29 21 36 23,5

49
Apostila Costureiro

Tabela de Medidas
Tabela de Medidas Femininas
Tamanho PP P M G GG EGG EXGG
Descrição Medida
Numero 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62
Torax 78 82 86 90 94 98 102 106 110 114 118 122 123 130
Busto 82 86 90 94 98 102 106 110 114 118 122 126 130 134
Cintura 66 70 74 78 82 86 92 94 98 102 106 110 114 118
Quadril 88 92 96 100 104 108 112 116 120 124 128 132 136 140
Altura Busto 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
Altura Cintura 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53
Distância Do Busto 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
Altura Cava 19 19,5 20 20,5 21 21,5 22 22,5 23 23,5 24 24,5 25 25,5
Largura Costas 34 35 26 37 38 39 39 40 40 41 42 43 44 45
Ombro 11 11,5 12 12,5 13 13,5 14 14,5 15 15,5 16 16,5 17 18,5
Largura Braço 26 26 27 28 30 32 34 35 36 37 38 40 42 43
Largura Punho 14 14,5 15 15,5 16 16,5 17 17,5 18 18,5 19 19,5 20 20,5
Altura Manga Longa 55 56 57 58 58,5 59 59,5 60 60,5 61 61,5 62 62,5 63
Altura Manga Curta 16 16,5 17 17,5 18 18,5 19 19,5 20 20,5 21 21,5 22 22,5
Altura Quadril 18 18 19 19 20 20 20 21 21 21 21 22 22 22
Altura Gancho 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38
Altura Joelho 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65
Largura Joelho 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
Altura Tornozelo 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105
Largura Tornozelo 20,5 21 21,5 22 22,5 23 23,4 24 24,5 25 25,5 26 26,5 27

50
Apostila Costureiro

Tabela Medida Infantil

51
Apostila Costureiro

Tabela Medidas Masculinas

CAMISA SOCIAL (COLARINHO) 36 38 40 42 44 46

CAMISA ESPORTE (TAMANHO) 0 1 2 3 4 5

CALÇA (TAMANHO/CINTURA) 36 38 40 42 44 46

TÓRAX (PEITO) 88 92 96 100 104 108

CINTURA 72 76 80 84 88 92

QUADRIL 88 92 96 100 104 108

PESCOÇO (COLARINHO) 36 38 40 42 44 46

PUNHO (MÃO) 21 22 23 24 25 26

ALTURA DAS COSTAS 44,5 45 45,5 46 46,5 47

LARGURA DAS COSTAS 39 40 41 42 43 44

COMPRIMENTO MANGA 60,5 61 61,5 62 62,5 63

COMPRIMENTO DA CALÇA 107 108 109 110 110 112

ALTURA ENTREPERNA 84,25 84,5 84,75 85 85,25 85,5

ALTURA DO GANCHO 22,75 23,75 24,25 25 25,75 26,5

ALTURA DO JOELHO 61,5 62 62,5 63 63,5 64

52
Apostila Costureiro

Administrar o Tempo
A administração do tempo é a ação de gerenciar a sua rotina, assumir controle do seu
próprio tempo ao otimizar os recursos e tarefas que deve realizar ao longo do seu dia a dia. É
importante salientar que isso não significa controlar 100% do seu dia.

Como organizar o tempo?


1. Faça listas: O primeiro passo para você se organizar e otimizar seu tempo é fazer listas.
Coloque em um papel, na sua agenda, na sua área de trabalho ou qualquer outro lugar que
seja visível todas as suas atividades do dia. Conforme for terminando as tarefas, você vai
fazendo uma marcação de conclusão. Isso ajuda a ter noção da quantidade de trabalho que
você tem para fazer no dia ou na semana e a se planejar melhor para cada obrigação. A tática
de riscar o que já foi feito vai te trazer uma sensação boa de dever cumprido e você vai
conseguir ver o que consegue fazer em um determinado período de tempo!

2. Estabeleça níveis de prioridade: Determinar o que é mais importante e o que precisa ser
feito primeiro entre suas atividades. Quando fizer as listas, você pode colocar em ordem de
prioridade o que tem mais urgência e o que não é necessariamente para aquele dia. Assim,
você consegue organizar o seu tempo e até desenvolver as atividades com mais calma. Fica
muito mais fácil cumprir os prazos e a entrega pode ser feita com uma qualidade maior!

MATRIZ DE EISENHOWER
Desenvolvida pelo 34° presidente dos
Estados Unidos, Dwight D.
Eisenhower, a matriz que carrega seu
sobrenome também pode ser
conhecida como Matriz de
Gerenciamento de Tempo. Em
outras palavras, é uma
ferramenta utilizada
para priorizar tarefas e orientar
os processos de tomada de
decisões, tanto pessoais quanto
organizacionais.

Divida em 4 quadrantes
(que posteriormente serão explicados
um a um), podemos definir que a
Matriz de Eisenhower como uma
forma de agrupar as atividades que
devem ser realizadas de acordo com
duas variáveis: importância e urgência.

Sendo assim, a principal intenção da metodologia é ajudá-lo a priorizar suas tarefas.


Para isso, ela cria uma espécie de trilha de afazeres que deverão seguir uma ordem
cronológica, evitando que você perca tempo com algumas atividades menos importantes ou
menos urgentes. Portanto, cabe à matriz o papel de auxílio na organização de sua rotina para
que as prioridades sejam distribuídas de forma correta.

53
Apostila Costureiro

Benefícios:
O principal benefício que pode ser retirado da utilização da Matriz de Eisenhower é o saber
priorizar as tarefas urgentes e importantes, tanto na sua vida pessoal quanto para o seu
negócio. Ademais, algumas outras vantagens são:

• saber por onde começar;


• reduzir a ansiedade;
• ajudar a desenvolver critérios;
• dar enfoque no que realmente importa;
• deixar as tarefas claras e organizadas;
• eliminar desperdício de tempo;
• aumentar a produtividade.

3. Não seja multitarefas: Evite executar várias atividades ao mesmo tempo! Isso faz com que
você perca o foco, não consiga realizar bem as tarefas e até não possa completá-las, gastando
um tempo valioso e gerando frustrações por não terminar as obrigações do dia. O melhor é se
programar e fazer uma coisa de cada vez.

4. Faça pausas: Você pode estar achando essa dica estranha, mas fazer pausas durante o
período de trabalho te ajuda com a otimização do tempo. Quando você descansa um pouco
entre uma atividade e outra, bebe uma água, toma um café, vai ao banheiro, anda um pouco,
faz toda a diferença! Ao voltar para as atividades, seu cérebro estará descansado e você
conseguirá focar melhor nas tarefas. Isso te ajuda a ser mais produtivo e, consequentemente, a
otimizar o tempo gasto em cada trabalho.

5. Tenha um foco: Crie metas, saiba exatamente o que você precisa fazer e entregar. Com foco
você não se perde nas suas atividades, sabe onde concentrar os seus esforços e não gasta
tempo fazendo coisas desnecessárias que não vão te trazer nenhum retorno!

6. Preveja imprevistos: Durante o expediente, o telefone irá tocar, as notificações vão subir em
sua tela, novos e-mails irão chegar em sua caixa de entrada. Se você tentar agendar seus
afazeres sem nenhum respiro entre eles, estará sempre atrasado/a. Resultado: você ficará
desanimado/a para se replanejar. Por isso, fazer uma gestão do tempo imbatível é antecipar
pequenos espaços para as interrupções no seu planejamento.

7. Realize atividades parecidas em sequência: Procure executar todas as tarefas de um mesmo


tipo em sequência e veja como seu tempo rende. Quando você se familiariza com um tipo de
atividade pela repetição, seu raciocínio e suas mãos fluem mais naturalmente por elas. A ideia
aqui é que, quanto mais experiente em determinada função ou atividade, mais produtivo você
se torna.

8. Defina prazos realistas: Quando uma tarefa ficar se arrastando e você já não suportar mais
trabalhar nela, tente a técnica mais radical: definir um prazo. Quando você define que deve
enviar X e-mails em tal horário, isso inibe distrações. É uma daquelas pressões saudáveis.

9. Aprenda a dizer NÃO: Aceite que você não pode atender a cada ligação nem – atenção! –
responder todos os e-mails imediatamente. Se você precisa concluir um projeto, deixe o
telefone tocar e ative o modo silencioso. Não vá cair na emboscada de reagir a cada solicitação.
Se não precisa de uma resposta sua imediata, não se disponha.

54
Apostila Costureiro

10. Conte com a ajuda da tecnologia: conte com a ajuda de ferramentas online! Através delas,
você vai conseguir montar suas listas, organizar os seus horários e ter tudo o que você precisa
para organizar o tempo de forma simples e rápida.

O Trello é uma boa opção! Ele é um site onde você pode gerenciar suas tarefas em
cartões, colocando em listas do que você tem pra fazer, o que já está em andamento e o que já
foi feito. Tudo fica exposto de forma clara e com um visual bem leve, assim você consegue ter
uma noção geral de como anda o seu desempenho.

O Google Agenda é uma outra opção que pode te ajudar na organização do tempo.
Trata-se de uma agenda online que se integra ao seu celular e ao seu Gmail, te lembrando de
todas as atividades e compromissos.

Essas duas opções são gratuitas e podem ser usadas tanto no computador como no celular.

Vantagens de boa gestão de tempo:


• Menos estresse: Organizando e otimizando o seu tempo você fica menos estressado,
pois tudo estará planejado e as atividades não ficam para a última hora. Assim você
trabalha bem, mais feliz e tem uma melhor qualidade de vida.

• Menos retrabalho: Outro benefício da organização do tempo é que você consegue


realizar as atividades com mais calma e assim evitar erros. Consequentemente, você
não perde tempo tendo que refazer as tarefa do seu dia.

• Mais produtividade: Se organizando e gerindo bem o seu tempo, você consegue ser
mais produtivo. Isso porque sem se atrapalhar em meio a tantas atividades, você
consegue estabelecer prioridades e desenvolver as tarefas no tempo correto.

• Mais qualidade: Com menos estresse, retrabalho e mais produtividade você vai
conseguir produzir os seus trabalhos com mais qualidade. O tempo bem organizado faz
com que você tenha prazos maiores, consiga focar melhor e executar bem cada tarefa!

• Melhores resultados: Juntando todos os outros benefícios, você vai conseguir ter um
desempenho cada vez melhor e alcançar os resultados que espera. Assim, você fica
mais motivado e tem o seu trabalho valorizado na empresa!

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – CDC


O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor (CDC) é, no ordenamento
jurídico brasileiro, um conjunto de normas que visam a proteção aos direitos do consumidor,
bem como disciplinar as relações e as responsabilidades entre o fornecedor (fabricante de
produtos ou o prestador de serviços) com o consumidor final, estabelecendo padrões de
conduta, prazos e penalidades. Entrou em vigor em 1o. de Março de 1991 em todo o território
nacional.

Uma das premissas essenciais para se estabelecer a chamada relação de consumo, são os
conceitos legais para palavras como consumidor, serviço ou produto. Elas estão estabelecidas
nos artigos iniciais do CDC:

• Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço
como destinatário final. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. (art. 2º)

55
Apostila Costureiro

• Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira, bem como os entes despersonalizados que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. (art. 3º)

• Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. (art. 3º, § 1º)

• Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo mediante


remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. (art. 3º, § 2º)

Direitos básicos do Consumidor


Antes de mais nada, o CDC reconhece a vulnerabilidade do consumidor nas relações de
consumo e tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à
sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da
sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo.

Por isso, estabeleceu os 9 principais direitos do consumidor:

1. Proteção da vida e da saúde: O Código de Defesa do consumidor garante o direito de


proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos. Portanto, os
fornecedores devem ser transparentes quanto possíveis riscos que determinados
produtos ou serviços podem oferecer à saúde ou segurança.

2. Educação para o consumo: É outro direito que o consumidor receba orientação sobre
o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a
igualdade nas contratações.

3. Informação Adequada: A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e


serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição,
qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
Esse item obriga que os fornecedores sejam transparentes para com o consumidor. No
ramo alimentício, principalmente, a composição de um produto é imprescindível, haja
vista que muitos consumidores possam ter alergia ou intolerância a determinado item.

4. Proteção contra publicidade enganosa: Ademais, O CDC garante proteção contra a


publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem
como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e
serviços. Dessa forma, se o que foi prometido não for cumprido, tem o consumidor
direito de cancelar a compra e receber de volta a quantia paga. Além disso, a
publicidade enganosa e abusiva é considerada crime, segundo o art. 67 do CDC.

5. Proteção Contratual: O consumidor tem direito contra a modificação das cláusulas


contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de
fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas. Nestes casos, por mais
que estejam em contrato, as cláusulas podem ser anuladas ou modificadas por um
juiz.

6. Direito de Indenização: Quando prejudicado, inclusive por danos morais, patrimoniais,


individuais, coletivos e difusos, tem o consumidor direito de ser indenizado.

56
Apostila Costureiro

7. Acesso à Justiça: O Código de Defesa do Consumidor garante acesso aos órgãos


judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica,
administrativa e técnica aos necessitados. Dessa forma, é permitido recorrer à justiça
mesmo antes da ocorrência do dano, como forma preventiva.

8. Facilitação dos direitos do consumidor: É garantido, outrossim, a facilitação da defesa


dos direitos do consumidor, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. Como o consumidor é o
elo mais frágil, em alguns casos com recursos limitados, tem, portanto, certas
prerrogativas contra o fornecedor. Inclusive, pode ser que o fornecedor tenha que
provar que o serviço prestado foi adequado, sob pena de ter a causa perdida (inversão
do ônus da prova).

9. Qualidade dos serviços públicos: Como definição, o Estado também é um fornecedor


de serviços, tendo, consequentemente, o cidadão garantia sobre a qualidade dos
serviços prestados.

Prazos para Reclamação


O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

• 30 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;


• 90 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
Inicia-se a contagem do prazo a partir da entrega efetiva do produto ou do término da
execução dos serviços. Ademais, o prazo acima será congelado nas hipóteses:

Em virtude da reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o


fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser
transmitida de forma inequívoca; Na instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
Entretanto, tratando-se de vício oculto, o prazo inicia-se no momento em que ficar
evidenciado o defeito.

Direito de Arrependimento
O consumidor pode desistir do contrato de compra, no prazo de 7 dias a contar de sua
assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial,
especialmente por telefone ou internet.

Principais Entendimentos dos Tribunais Superiores sobre Direito do Consumidor


Veja alguns entendimentos importantes acerca dos direitos dos consumidores,
emitidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Súmula 297, STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.

Súmula 302, STJ: É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a
internação hospitalar do segurado.

Súmula 469. STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de
saúde.

57
Apostila Costureiro

Direitos e Deveres do Consumidor


Os direitos são os benefícios que uma pessoa possui. Nós temos o direito à vida, direito
à educação, direito de ser respeitado, etc. Os direitos existem para que cada um de nós tenha
uma vida digna e decente. Já os deveres são as obrigações que devemos cumprir para vivermos
em sociedade.

Clientes
Para oferecer um atendimento de excelência em ambos os casos, primeiro você precisa
entender o que é um cliente interno e o que é um cliente externo.

Cliente externo
O cliente externo é o perfil correspondente às pessoas em geral que adquirem produtos ou
serviços da sua marca. Por exemplo, quando João precisa adquirir um móvel para sua nova
casa, ele pesquisa na internet e acaba entrando em contato com campanhas de marketing de
diferentes empresas moveleiras. Então, ele observa os prós e os contras de cada marca de
acordo com suas necessidades e decide fazer a aquisição do móvel vendido pela empresa X.

Assim, João torna-se cliente externo da empresa X. Mas quem seriam os clientes internos desta
mesma empresa?

Cliente interno
Você já esteve em alguma loja cujo vendedor ou consultor recomendou determinado produto
porque ele mesmo o adquiriu e utiliza em seu dia a dia? Este colaborador da loja é um cliente
interno, assim como podem ser os funcionários da área de marketing responsáveis pela
produção da campanha que levou João a comprar seu móvel. Os clientes internos têm papel
fundamental na conquista e fidelização dos externos, pois ao utilizarem produtos e serviços
fornecidos pela empresa em que trabalham, atuam como testemunhas de sua qualidade e
levam outras pessoas a consumirem artigos da mesma marca.

Além disso, é importante lembrar que os clientes internos também são responsáveis
pela atração dos externos por conta de sua atuação. Uma campanha de marketing bem
desenvolvida e um bom atendimento, por exemplo, são responsabilidade dos seus
colaboradores que vão levar os clientes externos a se interessarem pela sua empresa.

Por isso, é importante investir, além da qualidade dos seus produtos ou


serviços, no clima organizacional, no engajamento e na capacitação dos colaboradores. Em
resumo, o cliente externo é aquele que não faz parte da organização, mas é o responsável pela
manutenção do negócio a partir do consumo de seus produtos ou serviços.

Já o cliente interno é aquele que compõe o quadro de funcionários da empresa e


confia na marca sendo testemunha de sua qualidade e de seus benefícios.

Esses dois tipos de clientes são essenciais


Ambos, clientes internos e externos, precisam ser valorizados pela gestão da empresa,
para que ela cresça de maneira produtiva e lucrativa. Mas como fazer isso em termos práticos?
Como oferecer um atendimento ao cliente interno e externo que seja sempre eficiente e
satisfatório?

O primeiro passo é o conhecimento sobre as expectativas e necessidades desses dois tipos de


cliente.

58
Apostila Costureiro

Quanto ao cliente externo, é preciso conhecer seu perfil e entender suas expectativas
prestando atenção às suas dúvidas e buscas mais recorrentes.

Já as necessidades do cliente interno costumam estar relacionadas a:

• Oportunidades de crescimento na carreira;


• Reconhecimento de seus esforços e habilidades;
• Ambiente de trabalho agradável;
• Alinhamento das causas em que ele acredita com as causas defendidas pela empresa;
• Envolvimento da empresa com a comunidade.
Em resumo, tudo tem a ver com relacionamento e com o estabelecimento de uma parceria.

Como realizar um bom atendimento?


Conheça seus clientes

Para estabelecer qualquer tipo de relacionamento bem estruturado e duradouro é


preciso conhecer bem a pessoa com quem você pretende se relacionar.

Em tempos de atendimento personalizado e humanizado, sua marca deve se posicionar como


uma pessoa, com sua missão, visão e valores atuando conjuntamente para garantir um
bom relacionamento com os clientes.

Essa regra é a mesma para o atendimento aos clientes internos e externos. Não há
forma mais eficaz de obter engajamento e fidelização do que se empenhar em conhecer as
demandas deles. É importante estar em sintonia com os clientes internos e externos, entender
seus gostos, preferências e interesses, saber quais plataformas eles gostam de utilizar e com
qual linguagem se identificam.

Esse tipo de informação pode ser obtido a partir de pesquisas de satisfação e da solicitação de
feedbacks no pós-venda e, entre os colaboradores, após determinado intervalo de tempo.

Saiba quais são as metas e objetivos dos seus clientes

Mais do que simplesmente vender um produto ou serviço, a empresa, para ter um


atendimento satisfatório ao cliente interno e externo, precisa ajudá-lo a alcançar um objetivo.

Esse objetivo pode ser simples ou complexo, de grande ou pequeno impacto. Mas a empresa
precisa atuar como uma parceira nas metas dos clientes. Seu cliente pode ter, por exemplo, o
objetivo de otimizar seu tempo gasto em atividades domésticas para ter mais tempo de lazer e
o produto que você vende vai ajudá-lo com isso. Ou ele pode ter o objetivo amplo de contribuir
com a causa ecológica, reduzindo a poluição em sua cidade, e a sua empresa, compartilhando
dessa mesma preocupação e tendo responsabilidade ambiental, vai ajudá-lo a cumprir sua
meta.

Tenha empatia

Empatia é uma palavra de ordem para a criação de um relacionamento com o cliente e


de um atendimento humanizado. No atendimento ao cliente interno, a empatia pode se
traduzir, por exemplo, no incentivo à qualificação e nas ações que melhorem a qualidade de
vida do colaborador, além da valorização de seu trabalho. Já quando o foco é o cliente
externo, a empatia diz respeito justamente à personalização do atendimento para que os
problemas e necessidades específicos dele sejam solucionados. Isso fará os colaboradores

59
Apostila Costureiro

produzirem mais e melhor e os clientes tornarem-se fiéis, sendo verdadeiros parceiros da


marca.

Faça-se presente

Estar presente nas plataformas que seu cliente mais utiliza cotidianamente é uma
forma de fazer com que sua empresa seja lembrada quando ele precisar de uma solução que
você oferta. E, mais do que isso, é importante oferecer soluções e conteúdos que o ajudem
em seu dia a dia para que ele crie um vínculo com a sua marca.

Você pode, por exemplo, alimentar um blog semanalmente com conteúdos interessantes
dentro da sua área de atuação e criar um chatbot para tirar as dúvidas dos clientes.

Não se esqueça também de criar perfis para a sua marca nas redes sociais mais usadas pelo
seu público-alvo e responder a todas as mensagens recebidas.

Pedido
O recibo de pedido de compra ou de prestação de serviço é uma ferramenta
indispensável para quem vende ou faz serviços por encomenda. Isso porque com o documento, é
possível detalhar os itens quantidades, os preços e o prazo. Por isso é indispensável o uso de um
modelo de pedido de compra para sua empresa com o objetivo de garantir a organização, além de
transmitir profissionalismo e credibilidade aos fornecedores, e claro, tanto a empresa quando o
consumidor ter respaldo pela justiça caso algo não ocorra como o combinado.

• Nome, dados de contato, dados jurídicos da empresa fornecedora;


• Nome, dados de contato, dados jurídicos da empresa cliente;
• Quantidade do item;
• Descrição;
• Valor unitário;
• Total – Valor unitário multiplicado pela quantidade dos itens;
• Dados para faturamento;
• Condições de pagamento;
• Endereço de entrega;
• Data desejada de entrega;
• Observações

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Apostila Costureiro

TEMPO + PEDIDOS + CLIENTES + FINANCEIRO E AGORA?


Scrum
Se você trabalha em equipes de produto, engenharia ou desenvolvimento, ou ainda com
projetos relacionados, é provável que já tenha ouvido falar em Scrum. Trata-se de uma
estrutura projetada para equipes que criam e iteram com rapidez. A implementação dos
processos do Scrum pode ajudar você e seus colegas a trabalhar em conjunto para resolver
problemas complexos. Mesmo que não faça parte de uma equipe de produto, engenharia ou
desenvolvimento, você também pode se beneficiar do Scrum.

O conceito de “Scrum”, como o conhecemos hoje, foi apresentado no artigo da Harvard


Business Review The New Product Development Game, escrito por Hirotaka Takeuchi e Ikujiro

61
Apostila Costureiro

Nonaka em 1986. O nome “Scrum” vem do rúgbi, e os articulistas explicaram o termo dizendo
que “como no rúgbi, a bola é passada dentro da equipe à medida que esta se move como uma
unidade campo acima”.

O Scrum foi posteriormente desenvolvido e codificado por Ken Schwaber e Jeff


Sutherland em 1995 nas publicações Agile Manifesto e SCRUM Development Process.

O Scrum concebido por Schwaber e Sutherland foi em parte uma rejeição ao modelo de
desenvolvimento de software em cascata, no qual os projetos são fragmentados em fases
sequenciais, e os entregáveis de cada fase servem para desbloquear o trabalho da fase
seguinte. Schwaber e Sutherland acreditavam que os desenvolvedores de software poderiam
se beneficiar de uma abordagem mais flexível e iterativa que lhes permitisse responder e
adaptar-se continuamente ao ambiente, a fim de criar o melhor produto possível para os
clientes.

Desde a sua publicação inicial, Schwaber e Sutherland lançaram o Guia do Scrum, um


documento dinâmico que atualizam com regularidade. De acordo com o documento, o Scrum
incentiva as equipes a “analisar a eficácia das suas técnicas de trabalho e as desafia a evoluir e
se aperfeiçoar continuamente”.

Como Funciona o Scrum


Se for executar um processo do Scrum, a coisa mais importante que você precisa saber
é que a estrutura do Scrum depende de um sistema de melhoria contínua. Nele, você
reconhece que talvez não saiba muita coisa no início de um sprint (progresso), mas pode
ajustar os seus processos e necessidades com base nas informações obtidas durante o seu
desenvolvimento.

Momentos comuns do Scrum

Então, o que é o Scrum exatamente? O que a sua equipe fará ao usar o Scrum? Veja como
funciona o processo:

1. Organização do Backlog (Acúmulo). Para começar um sprint do Scrum, o líder da sua


equipe identificará os trabalhos a serem extraídos do seu acúmulo, ou seja, o trabalho
que precisa ser feito. Para fazer o melhor quadro e progresso de Scrum possível, você
precisa ter documentado o acúmulo de trabalho de modo claro em um único lugar.

2. Realizar uma sessão de planejamento do progresso. Antes de começar, você precisa


saber o que deverá enfocar. Durante a sessão de planejamento do sprint, você avaliará
o trabalho em que a sua equipe precisará se concentrar neste quadro específico do
Scrum.

3. Início do quadro do Scrum. Comumente, um quadro leva duas semanas, contudo pode-
se ter mais curtos ou mais longos, dependendo do que for melhor para a sua equipe.
Durante o progresso do quadro a equipe trabalhará nos itens listados durante a sessão
de planejamento.

4. Realização de encontros diários do Scrum. Planeje reuniões diárias de 15 minutos com


a sua equipe do Scrum. Esses encontros diários são a sua chance de informar os
projetos em que vocês estão trabalhando e identificar bloqueios inesperados que
vocês encontraram.

62
Apostila Costureiro

5. Apresentação do trabalho durante a revisão do quadro. Depois de concluir o progresso


do Scrum, a sua equipe deve-se reunir para realizar uma revisão. Durante essa ocasião,
a equipe do Scrum apresentará o trabalho que estiver “Feito” para a aprovação ou
inspeção dos participantes.

6. Interações e reflexões durante a retrospectiva do sprint. Após a conclusão do sprint,


dedique algum tempo para discutir como ele correu e o que pode ser melhorado no
futuro. Lembre-se de que o Scrum depende de um processo de melhoria contínua, por
isso não tenha medo de experimentar novos processos ou estratégias de retrabalho
que aparentem ser menos eficazes no seu próximo sprint.

O que se entende por “Feito/DONE”?

Antes de começar com o Scrum, a sua equipe deve ter o mesmo entendimento do que “Feito”
quer dizer. O Scrum se baseia num processo de melhoria contínua, o que talvez não seja tão
óbvio como parece. No Scrum, nada é tratado como perfeito, porque a sua equipe é flexível e
melhora constantemente. Sendo assim, “Feito” não quer dizer que é impossível melhorar algo,
mas sim que a sua equipe do Scrum pode parar de trabalhar no assunto por enquanto.

Benefícios
1. Controle do processo empírico. As equipes de Scrum se pautam pela transparência,
inspeção e adaptação.

2. Organização pessoal. Embora a sua equipe de Scrum tenha funções e tarefas


específicas, cada membro é responsável pelas próprias tarefas e trabalho. O Scrum
acredita que a responsabilidade compartilhada resulta em equipes mais criativas e
dinâmicas.

3. Colaboração. A equipe entregará os melhores resultados possíveis se vocês


trabalharem juntos durante e depois do sprint do Scrum.

63
Apostila Costureiro

4. Priorização pautada pelo valor. A meta de um sprint do Scrum é agregar o melhor valor
comercial possível. Para isso, você deve priorizar o seu trabalho desde o princípio do
processo do Scrum.

5. Timebox. O processo do Scrum tem muitas atividades de ordem temporal, tais como o
próprio sprint, os encontros diários e a retrospectiva. Como o Scrum se pauta pela
melhoria contínua, é importante definir períodos para o trabalho, prática conhecida
por timebox, a fim de avançar para a próxima tarefa e melhorar o trabalho futuro.

6. Desenvolvimento interativo. No Scrum, o seu produto não estará perfeito na primeira


tentativa. Contudo, a criação incremental ou iterativa dará à sua equipe mais
capacidade de se adaptar às necessidades do cliente e modificar o produto e os seus
resultados com base na priorização pautada pelo valor.

Valores
Para se beneficiarem do Scrum, as equipes precisam aderir aos cinco valores principais do
Scrum

1. Compromisso: a equipe do Scrum é uma unidade, e os seus membros precisam confiar


uns nos outros. Eles se comprometem com o sprint pela duração estipulada para ele e
se dedicam a fazer melhorias contínuas para encontrar a melhor solução.

2. Coragem: durante o Scrum, a equipe pode deparar-se com problemas difíceis para os
quais não há uma resposta certa. As equipes do Scrum mostram coragem ao fazer
perguntas abertas e difíceis e responder honestamente a fim de encontrar a melhor
solução.

3. Foco: durante um sprint do Scrum, o trabalho da equipe parte do backlog do projeto. A


equipe do Scrum se concentra no trabalho do backlog que ela escolheu a fim de
cumprir com os seus entregáveis ao fim do sprint.

4. Abertura: nem tudo sairá perfeitamente no Scrum. Os membros da equipe do Scrum


devem estar abertos a novas ideias e oportunidades que ajudem cada um a aprender e
que possam auxiliar na melhoria dos produtos ou processos.

5. Respeito: a colaboração é fundamental para o Scrum, e a fim de favorecer a


colaboração na equipe, os seus membros precisam respeitar-se uns aos outros, o
mestre do Scrum e os processos do Scrum.

Matemática porquê sim


Adição e Subtração
A adição é a operação matemática que reúne objetos que possuem a mesma natureza,
mas que estão em dois grupos distintos.

Por exemplo: João possuía uma caixa com 12 lápis de cor. Quando chegou em casa, ganhou de
seus pais uma nova caixa com outros 12. Agora ele possui 24 lápis de cor. Nesse exemplo, os
lápis foram somados.

A subtração é a operação matemática que retira elementos de mesma natureza de um


grupo. Por exemplo, se João resolvesse dar 4 de seus lápis a um amigo, ficaria apenas com 20.

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Apostila Costureiro

Propriedades da Adição
1 – A ordem em que dois números são somados não altera o resultado da soma.
Matematicamente:
a+b=b+a
Essa propriedade é chamada de comutatividade.
2 – Em uma soma de três números: a + b + c, somar a + b e depois c tem o mesmo resultado
que somar b + c e depois a. Matematicamente:
(a + b) + c = a + (b + c)
Essa propriedade é chamada de associatividade.
3 – Existe um número, chamado de elemento neutro (nesse caso, zero), que não influencia o
resultado da soma. Assim:
a+0=0+a=a
4 – Para todo número x existe um número – x em que a soma entre eles é igual a 0.
x + (– x) = 0
Essa última propriedade permite compreender a subtração como uma adição de
inversos aditivos. Isso, de certa forma, permite incluir a operação subtração na operação
adição, tornando-as uma só. Contudo, para melhor compreensão dos alunos, esse detalhe é
pouco mencionado em sala de aula.

Assim, a subtração 77 – 42 pode ser vista como a seguinte adição:


77 + (– 42)
Por isso, foram criadas regras de sinais para adição de números reais, que são as seguintes:

a) Se os sinais dos números forem positivos, o resultado da soma será positivo;


b) Se os sinais dos números forem negativos, o resultado da soma será negativo;
c) Se os sinais dos números forem diferentes, deveremos diminuí-los e manter no
resultado o sinal daquele que possui o maior módulo, ou seja, aquele que é maior,
independentemente do sinal.
Ou seja:
Sinais iguais, soma e conserva.
2+5=7
Ou
-2 + -5 = -7
Sinais diferentes, subtrai e conserva o sinal do maior.
-2 + 5 = 3
Ou
2 + -5 = -3
Multiplicação e Divisão
Algo parecido acontece com a multiplicação e divisão. Todavia, antes de expor esse
fato, é necessário compreender essas operações e conhecer suas propriedades.

A multiplicação é entendida como uma sequência de somas em que as parcelas são números
iguais.
Veja uma soma que contém 8 parcelas:
4+4+4+4+4+4+4+4
A multiplicação substitui a notação da soma pela seguinte:
8.4
8 é o número de parcelas e 4 é o número que está sendo somado.
Observando que o resultado da multiplicação acima é 32, pois a soma de 8 parcelas do
número 4 é igual a 32, podemos definir a divisão como operação inversa: 32 objetos divididos
igualmente em 8 partes. Cada parte ficará com 4 desses 32 elementos.

65
Apostila Costureiro

As operações multiplicação e divisão também são inversas, o que nos faz pensar se,
assim como adição e subtração, também é possível compreender a divisão como
uma multiplicação por inversos. A resposta é sim e isso depende de uma das propriedades da
multiplicação.

Propriedades da Multiplicação
1 – A ordem em que os fatores são multiplicados não altera o resultado do produto (sinônimo
de multiplicação). Matematicamente:
a·b = b·a
Essa propriedade é chamada de comutatividade.
2 – Em uma multiplicação que envolve 3 números, multiplicar os dois primeiros e depois o
último tem o mesmo resultado que multiplicar os dois últimos e depois o primeiro. Observe:
(a·b)·c = a·(b·c)
Essa propriedade é chamada de associatividade.
3 – Existe um elemento (nesse caso, o número 1), chamado de elemento neutro, que não
influencia o resultado de uma multiplicação. Matematicamente:
a·1 = 1·a = a
4 – Para todo número, existe um elemento inverso, e a multiplicação de um número pelo seu
inverso resulta no elemento neutro. Assim:
a·(1/a) = 1

O elemento inverso da multiplicação é representado por uma fração e dá precedentes


para que qualquer divisão seja a multiplicação de um número por algum inverso. Por exemplo,
a divisão 16:4 é o mesmo que a multiplicação a seguir:

16·1/4

O resultado dessa multiplicação é 4.

Também existem regras de sinais para a multiplicação. Elas são as seguintes:

“Em uma multiplicação, sinais iguais têm como resultado um número positivo e sinais
diferentes têm como resultado um número negativo.”

Propriedades da Divisão
Existe ainda uma propriedade que envolve multiplicação e adição ao mesmo tempo. Assim,
conforme o discutido acima, também envolve divisão e subtração igualmente.

Dados os números reais a, b e c, vale:


a.(b + c) = a.b + a·c
Fração
A fração é uma representação da divisão entre dois números. O número que fica em cima é o
numerador, e o número que fica embaixo é o denominador.

O número que fica em cima é conhecido como


numerador da fração e representa quantas partes
temos em relação ao todo. O número que fica
embaixo é o denominador da fração e representa
em quantas partes o todo foi dividido. As classificações das frações são: própria, imprópria,
aparente, equivalente, irredutível e mista.

66
Apostila Costureiro

Ao comparar duas
frações, dizemos que elas são
equivalentes quando
representam a mesma
quantidade. Podemos realizar
operações envolvendo fração
— é possível calcular a
adição, a subtração, a
multiplicação e a divisão
entre frações.

A fração é uma
maneira de representar uma
divisão entre dois números.
Uma interpretação
interessante para fração é a
de que o numerador
representa as partes que
possuímos de um todo, e o
denominador representa em
quantas partes esse todo foi
dividido.

Leitura da Fração FRAÇÃO LEITURA


O que nomeia a fração é o seu 1
denominador, assim, pronunciamos o Um meio
2
numerador em sua forma cardinal e
1
alteramos a pronúncia do denominador Um terço
3
para sua forma fracionária:
2
Dois quartos
A partir dos denominadores 4
maiores que 10, adicionamos a palavra 3
Três quintos
“avos” ao nome do número cardinal do 5
denominador. 4
Quatro sextos
Quando o denominador é 100, o nome 6
será o numerador seguido da palavra 5
Cinco sétimos
centésimo, e quando o denominador é 7
1000, da palavra milésimo. 6
Seis oitavos
17 8
100
→ dezessete centésimos
7
Sete nonos
9 9
1000
→ nove milésimos
8
Oito décimos
10
2
Regra de Três Dois Doze Avos
12
A Regra de Três é uma ferramenta simples,
mas muito poderosa. Ela é utilizada para descobrir um valor desconhecido, que segue a

67
Apostila Costureiro

mesma razão de outros já conhecidos. De maneira mais simples, trata-se de descobrir um


quarto valor a partir de outros três – daí vem o nome da regra. Para começar, vamos esclarecer
alguns conceitos importantes.

Razão é a divisão de um número por outro.

Proporção é a igualdade entre


razões

Vejamos um exemplo simples que utiliza as ideias apresentadas:

Na rua Alcântara, a razão entre o número de moradores pelo número de casas é de 3,4.
Sabendo que há 40 casas na rua, quantos moradores habitam ela?

Aqui, ainda não há os três valores de um problema típico de regra de três, mas já é
possível aplicar uma relação de proporção. Embora 3,4 não
seja uma fração comum, não deixa de ser uma razão, ou seja,
uma divisão de um número por outro (número de moradores
pelo número de casas). Assim, montamos a seguinte
proporção:

Uma regra de três segue raciocínio semelhante e nada é mais é do que usar uma
proporção para encontrar um valor.

Por isso, ela só vale quando as grandezas relacionadas forem proporcionais, ou seja, se uma
delas aumentar ou diminuir na mesma proporção que a outra. Uma grandeza pode ser o
número de pacotes de biscoito e outra, o número de biscoitos, por exemplo.

Duas grandezas são diretamente proporcionais quando uma aumenta na mesma


proporção que outra. Para ilustrar o raciocínio, vamos ver um exemplo simples:

Dois pacotes de biscoitos contêm, juntos, 10 biscoitos. Se Maria comprar seis pacotes,
quantos biscoitos terá ao final?

A resposta é 30 biscoitos, mas é preciso enxergar o raciocínio por trás:


Podemos fazer um esquema com os três dados do problema:
2 pacotes →10 biscoitos
6 pacotes →? biscoitos
O número de biscoitos aumenta na mesma proporção que o
número de pacotes aumenta, ou seja, são grandezas diretamente
proporcionais. Isso permite expressar o mesmo esquema da seguinte
forma:
Aqui, temos duas razões, isto é, temos duas frações. A relação de igualdade entre essas
razões forma a proporção, em que o numerador se altera conforme o denominador se altera.
Multiplicando em cruz, temos que:
2x=60
x=30 biscoitos
Podemos aplicar a regra de três neste outro exemplo:

No bar Hanói, servem-se quinze drinques em duas horas. Quantos drinques serão
servidos em doze horas?

Aqui, temos de volta uma regra de três típica, com grandezas diretamente proporcionais.

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Apostila Costureiro

Em ambos os casos, as grandezas eram diretamente proporcionais.

Nem sempre uma grandeza aumenta junto com a outra.

Por exemplo, quanto mais pedreiros trabalham em uma obra, menos


tempo ela levará para ser concluída. Para dois pedreiros levam nove
dias para erguer um muro. Se mais um pedreiro for contratado, quanto tempo levarão para
fazer a mesma obra?

Caso as grandezas fossem diretamente proporcionais, seria aplicada a seguinte proporção:

Como elas são inversamente proporcionais, basta inverter uma das razões:

É possível ainda haver uma regra de três composta, com uma proporção que relaciona mais de
duas razões. É o caso dos seguintes exemplos:

Cinco costureiras trabalham 8 horas por dia e produzem 100 peças por dia. Se a
jornada de trabalho reduzisse para 6 horas diárias, quantos costureiras seriam necessários para
produzir 90 peças por dia?

Analisemos: se apenas o número de costureiras aumenta, o número de horas por dia diminui e
o número de peças por hora aumenta.

5 costureiras →8 horas por dia e 100 peças por dia


x costureiras →6 horas por dia e 90 peças por dia
Faremos a seguinte proporção: no lado esquerdo, escrevemos a primeira razão; no lado
direito, o produto das outras razões. Como “horas por dia” é inversamente proporcional à
primeira razão (“costureiras”), esta razão é escrita de modo invertido.

Porcentagem
Porcentagem, representada pelo símbolo %, é a divisão de um número qualquer por
100. A expressão 25%, por exemplo, significa que 25 partes de um todo foram divididas em 100
partes. Há três formas de representar uma porcentagem: forma percentual, forma
fracionária e forma decimal. O cálculo do valor representado por uma porcentagem
geralmente é feito a partir de uma multiplicação de frações ou de números decimais, por isso o
domínio das quatro operações é fundamental para a compreensão de como calcular
corretamente uma porcentagem.

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Apostila Costureiro

Representações de Porcentagem
Forma Percentual: A representação na forma percentual ocorre quando o número é seguido do
símbolo % (por cento).
Exemplos:
5%
0,1%
150%
Forma Fracionada: Para realização de cálculos, uma das formas possíveis de representação de
uma porcentagem é a forma fracionária, que pode ser uma fração irredutível ou uma
simples fração sobre o número 100.

Exemplo:
Forma decimal A forma decimal é uma possibilidade de representação também. Para encontrá-
la, é necessária a realização da divisão.
Exemplo:
A forma decimal de 25% é obtida pela divisão de 25 : 100 = 0,25.
Macete

Lembrando que a nossa base é decimal, então, ao dividir por 100, basta andar com a
vírgula duas casas para a esquerda.

Exemplos:
• Forma percentual para a forma decimal:
30% = 0,30 = 0,3
5% = 0,05
152% = 1,52
Alguns exercícios pedem para fazermos o contrário, ou seja, transformar um número
decimal em porcentagem. Para isso, basta andarmos com a vírgula duas casas para a direita
(aumentando o número) e acrescentar o símbolo %.

• Forma decimal para a forma percentual:


0,23 = 23%
0,111 = 11,1%
0,8 = 80%
1,74 = 174 %

Precificação
Para que a precificação saia corretamente, é necessário definir padrões aplicados em
gestão financeira, mas eles são simples e fáceis de colocar em prática; apenas exigem
organização. Salário é um custo fixo do seu empreendimento e só começamos com ele porque
é algo que muitos autônomos não dão importância. Aproveitando o gancho, pegue uma folha e
papel ou anote em uma planilha o valor do salário que você quer receber por mês.

Custo variável são valores que dependem do mês, não possui um preço ou frequência
estável, como por exemplo: materiais, comissões, etc; são todos valores que vão depender do
mês para serem gastos ou não.

Custo fixo são valores que você tem todo mês, independente de produção ou época,
como: luz, internet, aluguel, etc.

Essa é uma informação importante para que você saiba como precificar seu trabalho,
produto corretamente. O lucro é o valor que você colocará ao final do cálculo de custos fixos e

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Apostila Costureiro

variáveis e servirá para reinvestir. Por isso, não tire do seu salário o valor do investimento. No
cálculo, já consideramos o seu salário diferente do lucro e eles pertencem a espaços diferentes

Calculando o valor por dia


Conforme a tabela abaixo, o valor total de tudo deve ser dividido pelas horas
trabalhadas. Para isso faça o seguinte:

Descobrir quantidade de Horas


Horas Dias da Semana Horas x Dias Horas x Semanas
8 5 8 x 5 = 40 40 x 4 sem = 160h mês
Depois disso, divida todos os seus valores pelo resultado “Horas x Semanas”. Na tabela
que verá no próximo tópico, todos os valores por hora estão divididos por 160.

COMO USAR A TABELA COMO REFERÊNCIA


Atenção: Essa tabela é um exemplo, e o ideal é analisar os custos empresariais
divididos dos seus custos pessoais e assim criar a sua tabela com os conceitos aqui
apresentados

CUSTO FIXO
Descrição Valor Valor por Hora
Salário R$ 1.500,00 R$ 9,38
Celular R$ 65,00 R$ 0,41
Produtos de limpeza R$ 100,00 R$ 0,63
Luz R$ 150,00 R$ 0,94
MEI R$ 75,00 R$ 0,47
Anúncio R$ 87,00 R$ 0,54
Total R$ 1.977,00 R$ 12,36
CUSTO VARIÁVEL
Descrição Valor Valor por Hora
Embalagens R$ 180,00 R$ 1,13
Impostos R$ 98,00 R$ 0,61
Transporte R$ 280,00 R$ 1,75
Total R$ 558,00 R$ 3,49
Soma dos custos fixos e variáveis R$ 15,84
Lucro para Reinvestir (45%) R$ 7,13
Total de Mão de obra por hora R$ 22,97

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