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PRÉ-PROJETO
O objetivo deste trabalho é o planeamento de uma época desportiva num atleta júnior,
praticante de atletismo na modalidade de Salto em Comprimento. Traçamos para o atleta o
objetivo de conseguir chegar aos cinco primeiros classificados do campeonato nacional. Para
realizarmos a periodização traçamos objetivos físicos, técnicos, psicológicos, competitivos de
forma a enquadrarmos a periodização ao nosso atleta e também de acordo com o calendário
competitivo do salto em comprimento. Temos ainda presente o processo de avaliação.
O projeto conta ainda com três artigos resumidos que foram essenciais para perceber
melhor a temática do nosso trabalho.
Por fim, temos presentes a entrevista realizada ao professor/treinador Pedro Pinto que
foi bastante importante na abordagem à periodização, processo de avaliação e na
disponibilidade de artigos que possuía, os quais ajudaram-nos bastante na realização do
projeto.
Abstract
The objective of this work is the planning of a sports season in a junior athlete,
athletics practitioner in the Long Jump modality. We set the goal for the athlete to
reach the top five in the national championship. To carry out the periodization, we set
physical, technical, psychological and competitive objectives in order to fit the
periodization to our athlete and also according to the long jump competitive calendar.
We still have the evaluation process.
The project also has three summarized articles that were essential to better
understand the theme of our work.
Finally, we have the interview carried out with the teacher/coach Pedro Pinto,
which was very important in the approach to the periodization, the evaluation process
and also the availability of articles he had in his possession, which helped us a lot in
carrying out the project.
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Índices
Resumo ....................................................................................................................... 2
Abstract........................................................................................................................ 2
Índices.......................................................................................................................... 3
Caracterização do Atleta.........................................................................................4
Caracterização da Modalidade................................................................................4
Objetivos Táticos.....................................................................................................6
Objetivos Competitivos...........................................................................................6
Calendário competitivo...............................................................................................9
Resumo de entrevista...............................................................................................14
Referências bibliográficas........................................................................................17
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Caracterização da modalidade e de equipa/atleta/aluno/praticante
Caracterização do Atleta
O nosso atleta é do sexo masculino, tem 20 anos, 72kg, 1,85m de altura é um atleta e
compete na categoria de júnior. A sua especialidade é o salto em comprimento tendo
alcançado a sua melhor marca no campeonato regional saltando 6,36 metros. O objetivo que
possuímos para ele é que fique nos cinco primeiros classificados da competição nacional .
Caracterização da Modalidade
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Objetivos (físicos, técnicos, táticos, competitivos, psicológicos, etc.)
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Estas duas fases do salto não devem ser treinadas separadamente sem que haja uma
boa ligação entre elas. Devem ser realizados exercícios que promovam o
desenvolvimento destas capacidades em simultâneo. (Hay, 1993).
Outros dois erros que observamos no nosso atleta é a realização de um salto muito
horizontal e só realiza uma tesoura no momento do salto. Com a ajuda do professor
entrevistado ajudou-nos a solucionar estes problemas com exemplos de exercícios.
Ter um salto muito horizontal quer dizer que na chamada não consegue produzir força
para ganhar altura suficiente. Os exercícios que podemos colocar para melhorar este aspeto
são: diminuir a velocidade e a distância da corrida e colocar uma caixa na zona da chamada. 1º
exercício – corrida de balanço de 6 passos na chamada colocar uma caixa de 10 centímetros,
2º exercício – corrida de balanço com 8 passos, na chamada colocar uma caixa de 10
centímetros, 3º exercício – corrida de balanço com 10 passos, na chamada colocar uma caixa
de 10 centímetros…
A realização de uma tesoura na técnica de tesoura na fase de voo é resolvida se
tivermos mais tempo na fase aérea, exercícios para resolver este problema pode ser a
utilização de caixas na zona de chamada para estar mais tempo na fase aérea e permitir ter
mais tempo para realizar as tesouras.
Objetivos Táticos
O objetivo tático do nosso atleta será realizar o seu primeiro salto garantindo que
cumpre os mínimos estabelecidos, de seguida deverá realizar o seu melhor salto no segundo
salto, por fim, e chegando ao último salto, este poderá realizar uma tentativa que supere a
marca do seu salto anterior.
Objetivos Competitivos
De maneira a motivar o nosso atleta o foco será atingir a meta dos campeonatos
nacionais (atingir a meta do Top 5). O saltador participa em campeonatos regionais com o
objetivo de se qualificar para provas distritais. Uma vez qualificado para provas distritais
trabalhará para atingir pelo menos os mínimos solicitados em provas de carácter nacional.
Chegando às competições nacionais deverá trabalhar com vista a ser classificado entre os
cinco primeiros.
Objetivos Psicológicos
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O objetivo a adotar em termos psicológicos será o foco na estratégia individual,
independentemente da estratégia dos adversários. Pretende-se que o atleta consiga fazer a
sua melhor performance em competição e deixe de lado o nervosismo da competição.
A gestão dos saltos “nulos” é muito importante para a motivação do atleta, não se deve
desconcentrar ao pensar nos resultados dele.
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Processo de avaliação
A avaliação ao nosso atleta será feita no final de cada mês através de uma bateria de
testes, para observarmos se o atleta está a evoluir com os treinos que nós aplicamos. Esses
testes são: testes de força (teste da potência de agachamento), teste da velocidade (velocidade
máxima) e o teste dos Multisaltos – que é medida a capacidade do atleta produzir força num
curto espaço de tempo. Em cada atleta vamos perceber se o ciclo muscular de alongamento e
encurtamento (CMAE) está devidamente trabalhado ou não. Dentro dos multisaltos avaliamos
um CMAE lento ou mais rápido – mais tempo de contacto com o solo ou menos tempo de
contacto com o solo – tirando o counter movement jump (CMJ) que medimos, temos ainda dois
mais específicos: o penta-balanço, o penta-parado em que o atleta parte parado faz 4 steps e o
quinto para a areia, e faz outro exatamente igual mas com balanço (vem a correr faz 4 steps e
o quinto para a areia). Estes testes medem não só a capacidade da força explosiva ou reativa,
porque parte da posição de parado e, portanto, o 1.º salto é primeiro explosivo e depois reativo
e o 2.º é meramente reativo. O teste usado para a flexibilidade é o Sit and Reach.
Estas avaliações ao serem realizadas mensalmente ajudam o treinador a ver a
evolução do atleta e caso os resultados não estejam a ser os esperados, o treinador pode fazer
alterações na periodização ao longo da época.
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Calendário competitivo
29 e 30/Mai Campeonato Nacional de Provas Combinadas Sub18, Sub20, Sub23 Vila Real
e Seniores Santo
António
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Periodização da época desportiva (Macro e Meso estruturas)
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Resumo de 3 artigos – sobre temáticas distintas – determinantes na
realização deste projeto
Artigo 1
Kakihana, W., & Suzuki, S. (2001). The EMG activity and mechanics of the running jump as a
function of takeoff angle. In Journal of Electromyography and Kinesiology (Vol. 11).
www.elsevier.com/locate/jelekin
Kakihana & Suzuki (2001), com este artigo têm como objetivo caracterizar a atividade
eletromiográfica (EMG), utilizando forças de reação no solo e cinemática no salto em corrida
em diferentes ângulos de descolagem.
Neste estudo foram examinados dois saltadores (sujeito TM e sujeito YS) habilidosos
do sexo masculino
No método, os dois saltadores realizaram uma técnica de descolagem como se
estivessem em competição e realizaram saltos de corrida em diferentes velocidades de
aproximação variando o número de passos (3 a 9) na corrida. Na medição da força de reação
foi utilizada uma plataforma de forças. A determinação da cinemática do movimento foi feita
através de filmagem e identificação de vários pontos anatómicos. A medição da atividade EMG
foi feita com a utilização de elétrodos descartáveis em alguns músculos da perna.
Nos resultados do estudo, os autores concluíram que o padrão da atividade EMG da
perna de descolagem foi diferente entre os dois sujeitos. Esta diferença alterou o controlo da
perna de descolagem, isto refletiu-se nas diferenças dos componentes Fz e Fy da força de
reação do solo e medidas do resultado do salto, que é a velocidade do salto. Para o sujeito TM,
o reto femoral apresentou um aumento da intensidade e duração da ativação ainda antes da
primeira metade da fase de descolagem e sobrepôs o vasto medial como velocidade de
aproximação. O sujeito YS, não se observou o mesmo padrão EMG. Este padrão, no sujeito
TM, segundo os autores ocorreu devido ao posicionamento do seu pé no momento da
descolagem que se encontrava com um ângulo do joelho mais estendido e uma inclinação mais
para trás do corpo.
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Artigo 2
Coyne, J., Coutts, A., Newton, R., & Haff, G. G. (2021). Training Load, Heart Rate Variability, Direct
Current Potential and Elite Long Jump Performance Prior and during the 2016 Olympic Games.
Journal of Sports Science and Medicine, 482–491. https://doi.org/10.52082/jssm.2021.482
O artigo realizado por Coyne et al., (2021) tem como objetivo investigar as relações
entre carga de treino, variabilidade da frequência cardíaca e o potencial da corrente contínua
com o desempenho do salto em comprimento em atletas antes e durante os jogos olímpicos.
A amostra deste estudo é composta por quatro atletas masculinos (A, B, C e D) com
uma média de 25 anos, média de altura 1,82 metros, média de peso 68,9 kg e a média do
melhor salto pessoal 8,22 metros. Todos os atletas participaram nos Jogos Olímpicos de 2016,
menos o atleta D que foi suplente do elenco olímpico)
Nos procedimentos, os atletas foram acompanhados e foram registados as cargas de
treino durante as sessões de treino, foram registas sessões técnicas e não técnicas, e cargas
de competição incluída. A variabilidade da frequência cardíaca e a potencial de corrente
contínua foram avaliadas utilizando um aparelho próprio. A percentagem de treino
sobrecarregada por lesão ou doença em comparação com o tempo total do treino também foi
considerado.
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Artigo 3
Kyröläinen, H., Avela, J., McBride, J. M., Koskinen, S., Andersen, J. L., Sipilä, S., Takala, T. E. S., &
Komi, P. v. (2004). Effects of power training on mechanical efficiency in jumping. European
Journal of Applied Physiology, 91(2–3), 155–159. https://doi.org/10.1007/s00421-003-0934-z
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Resumo de entrevista
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colocar mais peso de forma rápida. Com estes três testes: velocidade máxima, potência e a
força reativa o atleta estará em forma.
Questionamos ainda o professor relativamente à componente psicológica para um
atleta com estas características, o que seriam bons objetivos psicológicos para ele. Para o
professor, uma grande dificuldade é conseguir que o atleta consiga a sua melhor performance
em competição. Para isso contribuirá se o atleta conseguir ter uma componente técnica e
emocional ao mesmo tempo, de forma a conseguir gerir a energia, a questão nervosa e a
tensão do momento.
Definimos que o nosso atleta tinha alguns erros técnicos, fazia um salto muito
horizontal, uma corrida muito ineficiente e que só realizava uma tesoura, pelo que
questionamos qual o tipo de trabalho é que podia ser desenvolvido para estas dificuldades
serem ultrapassadas.
Ter um salto muito horizontal quer dizer que na chamada, ele não está a conseguir produzir
força e só está a ir para a frente e não para cima, não ganhando altura suficiente. Alteramos a
corrida de balanço para corridas de balanço mais pequenas, com seis passos de balanço e
colocamos na chamada uma caixa de 10cm, com 6 passos tem mais tempo para bater e ganha
mais altura, adicionamos 8 passos e a seguir 10 passos de balanço, mantendo a mesma
estrutura mais vertical. Optamos por corridas mais curtas, aumentando-as progressivamente e
pondo uma caixa na zona de chamada, esta é a forma de corrigir o salto mais horizontal.
De forma a corrigir a corrida ineficiente, aprender a correr é fundamental. Foi sugerido
o atleta passar a correr por cima de pinos ou barreiras pequenas, baixinhas. Aprenderá a correr
de forma eficiente e bem colocado. Para realizar mais tesouras, necessitamos de mais fase
aérea, mais altura, fazer chamadas através da caixa para estar mais tempo no ar e ter tempo
para fazer a segunda tesoura.
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Considerações finais
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Referências bibliográficas
Borges, M. (2016). Teoria e Metodologia do Treino Desportivo - Modalidades Individuais (IPDJ, Ed.;
Vol. 1). Instituto Português do Desporto e Juventude.
Coyne, J., Coutts, A., Newton, R., & Haff, G. G. (2021). Training Load, Heart Rate Variability, Direct
Current Potential and Elite Long Jump Performance Prior and during the 2016 Olympic Games.
Journal of Sports Science and Medicine, 482–491. https://doi.org/10.52082/jssm.2021.482
Hay, J. G. (1993). Citius, altius, longius (faster, higher, longer): The biomechanics of jumping for
distance. Journal of Biomechanics, 26, 7–21. https://doi.org/10.1016/0021-9290(93)90076-Q
Kakihana, W., & Suzuki, S. (2001). The EMG activity and mechanics of the running jump as a
function of takeoff angle. In Journal of Electromyography and Kinesiology (Vol. 11).
www.elsevier.com/locate/jelekin
Kukolj, M., Ropret, R., Ugarkovic, D., & Jaric, S. (1999). Anthropometric, strength, and power
predictors of sprinting performance. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, 39(2),
120–122.
Kyröläinen, H., Avela, J., McBride, J. M., Koskinen, S., Andersen, J. L., Sipilä, S., Takala, T. E. S., &
Komi, P. v. (2004). Effects of power training on mechanical efficiency in jumping. European
Journal of Applied Physiology, 91(2–3), 155–159. https://doi.org/10.1007/s00421-003-0934-z
Manua do Treinador - Nível 1. (2010). In Federação Portuguesa de Futebol.
Markovic, G., & Mikulic, P. (2010). Neuro-Musculoskeletal and Performance Adaptations to Lower-
Extremity Plyometric Training. Sports Medicine, 40(10), 859–895.
https://doi.org/10.2165/11318370-000000000-00000
Mil-Homens, P., Valamatos, M., & Carvalho, C. (2019). A Força Reativa: Fundamentos, Treino e
Avaliação. In P. Mil-Homens, P. Correia, & G. Mendonça (Eds.), Treino Da Força - Princípios
Biológicos e Métodos de Treino (Edições FMH, Vol. 1, pp. 159–189).
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