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TEIXEIRA DE FREITAS
2022
LUZINETE DE SOUZA SANTOS
TEIXEIRA DE FREITAS
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO……………………………..…………………..…….……….……4
CAPITULO 1 ......................................…………….………….………………….6
CAPITULO 2..................................................................................................11
CAPITULO 3..................................................................................................15
REFERÊNCIAS ………………………………………..…..………….....……….19
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1. INTRODUÇÃO
nos últimos 150 anos, uma tipologia do jogo. Para Johan Huizinga, o jogo é: uma
atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites
de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente
obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de
tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da “vida quotidiana” .
A definição pedagógica dos jogos estar na linha da ludicidade, são atividades
lúdicas que podem ser inseridas de diversas maneiras.
De acordo com Bruini (s/d),brincar é colocar a imaginação em ação. O bom
jogo não é aquele que a criança pode dominar corretamente, o importante é que a
criança possa jogar de maneira lógica e desafiadora, e que o jogo proporcione um
contexto estimulador para suas atividades mentais e amplie sua capacidade de
cooperação e libertação.
De acordo com Bruini (s/d), ainda contribui que nesse sentido, o lúdico tem
caráter de liberdade e subversão da ordem que contrapõe a lógica da produtividade;
indica pistas para definição de papéis sociais e da cultura humana subjetiva.
Os jogos e as brincadeiras ajudam as crianças a vivenciarem regras
preestabelecidas. Elas aprendem a esperar a sua vez e também a ganhar e
perder. E com isso, incentivam a autoavaliação da criança, que poderá
constatar por si mesma os avanços que é capaz de realizar, fortalecendo
assim sua autoestima.( BRUINI ,s/d).
De acordo com Sousa (s/d,p. 2) ao destacar que o jogo inclui sempre uma
intenção lúdica do jogador e caracteriza-se pela não literalidade (quando as
situações de brincadeira caracterizam-se por um quadro no qual a realidade interna
predomina sobre a externa, por exemplo, o urso de pelúcia servir como filhinho),
efeito positivo (prazer ou alegria), flexibilidade (caracteriza-se pela disposição de
ensaiar novas combinações de ideias e de comportamento, a busca de alternativas
de ação da criança), prioridade do processo (ressalta a importância na atividade em
si e não em seus resultados),livre escolha (adesão espontânea e livre) por fim o
controle interno (os próprios jogadores determinam o desenvolvimento dos
acontecimentos).
No ambiente escolar, o jogos não traz apenas atividades recreativas, são
introduzido outros aprendizados, para isso o professor precisa entender a
importância dos jogos em seu cotidiano educativo, de acordo com Sousa (s/d ,p.3
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apud MOYLES e MACEDO) Perceber o jogo numa dimensão educativa é uma das
características do professor que visa estimular certos tipos de aprendizagem
especificas e o desenvolvimento seja cognitivo, social, afetivo, linguístico, moral ou
físico motor através de estímulos ou desafios. “Identifica situações potencialmente
lúdicas, fomentando-as, de modo a fazer a criança avançar do ponto em que está na
sua aprendizagem e no seu desenvolvimento”. (MOYLES, 2002, p.22).
Nesta perspectiva, a ação intencional da criança para o brincar deve ser
respeitada. É imprescindível que o educador insira o jogo em um projeto educativo,
tendo objetivos claros, ressaltando a importância para a aprendizagem e
desenvolvimento do educando, distanciando-se assim de práticas espontaneístas.
“As aquisições relativas a novos conhecimentos e conteúdos escolares não estão
nos jogos em si, mas dependem das intervenções realizadas pelo profissional que
conduz e coordena as atividades”. (MACEDO, 2000, p.46)
De acordo com Monteiro (2011,p. 14 apud KORSAKAS, 2002), destaca que:
para que o esporte possa se constituir em ação educacional, é necessário pautar-se
nos seguintes princípios: totalidade, emancipação, coeducação, regionalismo,
cooperação e participação. Além disso, deve, obrigatoriamente, estar vinculado a
três áreas de atuação pedagógica: integração social, desenvolvimento psicomotor e
atividades físicas educativas.
“O jogo também estimula o trabalho individual em prol do coletivo, o respeito às
regras e o espírito de luta e participação”.(BRUN,s/d,p.1)
Quando falamos em jogos no contexto escolar, não se limita apenas as
atividades voltas a disciplinar de educação física ou matemática, pois os jogos são
ferramentas e/ou conteúdos a serem trabalhados de forma interdisciplinar, pois os
jogos possuem em suas modalidades a essência destacada por Monteiro (2011,p.
14)
O jogo não deve ser realizado somente pelo ato de jogar em si. A cada
partida, devemos resgatar os pontos positivos e negativos da atividade para,
assim, conversando com os nossos alunos, ajudarmos não só no seu
desenvolvimento físico, mas no seu desenvolvimento integral. (BRUN
s/d ,p.1),
Atividades que são realizadas com mais de uma pessoa possibilitam uma
aproximação entre si. Nas atividades com jogos e em especial jogos esportivos, há
inúmeras possibilidade de haver uma interação entre os participantes, as vezes há
conflitos, mas acontece um convívio social.
De acordo com Ferreira (2007,p. 9 ), no que diz respeito à Educação Física,
sabe-se que oportunidades de movimento, adequadas às características e
necessidades das crianças, são fundamentais para seu desenvolvimento global. No
entanto, é necessário especificar que o conceito de movimento, nesse sentido,
implica muito mais do que o deslocamento do corpo e dos membros produzidos
como uma consequência do padrão espaço temporal da contração muscular. É
através do 10 movimento que o ser humano se relaciona com o meio ambiente para
alcançar seus objetivos. Comunicando-se, expressando seus sentimentos e sua
criatividade, por meio do movimento, o ser humano interage com o meio físico e
social, aprendendo sobre si mesmo e sobre o outro. (Tani, 1988; Freire, 1989)
citados por (FERRAZ, 2001).
Assim sendo, este capitulo busca apresentar jogos esportivos na educação
física escolar e o processo de inclusão.
Quando se fala em inclusão deve ser visto com uma inclusão para todos, não
para que apresentam alguma deficiência física, do contrário, far-se-á uma exclusão.
Incluir significa abrir-se para o que o outro é e para o que se é em relação
ao outro. Por isso, a educação inclusiva supõe, sobretudo, uma mudança
em nós, em nosso trabalho, nas estratégias que utilizamos no trabalho, nos
objetos na sala de aula, no modo como organizamos o espaço e o tempo
em sala de aula”. (FERREIRA,2007, p. 5 apud MACEDO, 2005 p.22).
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São vistos em muitas atividades das aulas de educação física alunos com
deficiência afastado observando as atividades por ser impossibilitado de participar.
Neste contexto não estar havendo uma inclusão escolar, pois inclusão escolar, não
é apenas aceitar a matricula do aluno com deficiência física, ter uma escola
adaptada para recebe-los se não acontece a inclusão na essência.
Há muitas possibilidades de todas as disciplinas promover a inclusão e/ou a
participação de todos os alunos nas atividades escolares, pois é o ensino que deve
se adaptar ao aluno, e não o aluno se adaptar a norma preestabelecida, em especial
nas aulas de educação física, pois suas atividades em sua maioria são atividades
práticas.
De acordo com FMU Centro Universitário de São Paulo (2020) Podemos dizer
que há duas linhas na Educação Física quando se trabalha com portadores de
necessidades especiais. São duas modalidades de atuação que dependem muito
mais dos educadores do que propriamente dos alunos.
Ainda de acordo com FMU Centro Universitário de São Paulo (2020), uma
das modalidades é a Educação Física Adaptada, na qual os alunos com deficiência
praticam atividades físicas separados dos seus colegas.
A outra é a Educação Física Inclusiva, na qual todos participam das
mesmas atividades propostas.
A prática das duas modalidades requer um ambiente acessível, que
ofereça oportunidades iguais, com inclusão social e valorização das diferenças,
estimule o desenvolvimento de habilidades e valorize as competências individuais.
Para isso, cabe ao professor planejar as aulas de acordo com as especificidades
dos alunos de cada turma. (FMU CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SÃO
PAULO,2020).
Criar uma educação física adaptada onde todos possam participar, não surgiu de
uma ideia de um professor, há um contexto histórico por traz disso, de acordo com
Caiusca (2019) ,os esportes voltados para pessoas com deficiência se firmaram ao
final da Segunda Guerra Mundial, a partir dos jogos do Stoke Mandeville Hospital, na
Inglaterra, criados para soldados em reabilitação.
Ainda de acordo com Caiusca(2019), o evento realizado em Stoke Mandeville
desencadeou os Jogos Paralímpicos - maior evento esportivo mundial envolvendo
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pessoas com deficiência -, realizado pela primeira vez no ano de 1960, na cidade de
Roma.
De acordo com Caiusca (2019)o esporte adaptado chegou ao Brasil por volta
da década de 50 e aos poucos foi inserido no contexto escolar. A princípio, os
estudantes com deficiência eram frequentemente dispensados das aulas, afinal a
disciplina era seletiva e pessoas com algum tipo de limitação não se enquadravam.
Deste modo, a Educação Física Inclusiva surge no país com a proposta de
promover a equiparação de oportunidades e respeito às diferenças. Professores,
funcionários e demais estudantes, antes de tudo, precisam ser sensibilizados sobre
o tema para então acolher os deficientes. (CAIUSCA, 2019).
Segundo Lara e Pinto ( 2016,p. 69), a educação física inclusiva deve ter como
eixo o aluno, para que se desenvolvam competências e condições igualitárias,
buscando, portanto, estratégias para dirimir a exclusão ou segregação. É por meio
das atividades de educação física que os alunos podem ampliar esses contatos
interpessoais, já que as atividades físicas propiciam o ensino de limites e superação,
além de dar uma visão de competitividade e, também, a ter contatos físicos que são
propostos pelas dinâmicas das práticas educativas que valorizem a diversidade e o
respeito entre os alunos (AGUIAR; DUARTE, 2005)
Na educação física escolar, o professor, é o principal é maior responsável por
promover a inclusão, pois se a escola se apresenta adaptada, com recursos
apropriados, mas o professor não for dinâmico para que a inclusão aconteça será
tudo vão.
Diante disso de acordo com Ferreira (2007,p. 10), É de vital importância para
o professor de Educação Física conhecer o perfil do seu aluno com deficiência, faz-
se necessário perguntar ao aluno o que ele quer fazer, do que gosta saber sua
opinião, antes de privá-lo de participar das atividades propostas à turma com o
pretexto de protegê-lo.
Segundo Lara e Pinto ( 2016,p. 68), o professor tem grande importância nos
processos de inclusão, enfrentando os desafios vivenciados no ensino regular. É
preciso que o professor promova programas com qualidade e segurança, que
conheça algumas características fundamentais sobre cada deficiência e, sobretudo,
consiga perceber as potencialidades diferenciadas presentes nas crianças,
independentemente das deficiências que possam apresentar (GORGATTI, 2008).
Ainda segundo Lara e Pinto ( 2016,p. 68), o professor é primordial nessa
relação e nesse processo inclusivo, pois essa forma de educação propõe grandes
desafios. O professor é o principal mediador nas relações entre os alunos, é por
meio da intervenção crítica e social do professor que os alunos podem ter uma nova
visão sobre as diferenças entre os outros e entre si. (MARTINS, 2005).
Há inúmeros benefícios na educação física inclusiva, Caiusca (2019), destaca
alguns:
• Desenvolvimento motor
• Contribuição para a integração social;
• Colaboração no desenvolvimento autoconfiança;
• Melhora na autoestima;
• Redução do estresse;
• Prevenção de doenças do coração e respiratórias.
Todos benefícios citados podem e ser estendidos aos estudantes que
possuem qualquer tipo de deficiência, afinal esses são os efeitos esperados com a
Educação Física Inclusiva, conclui (CAIUSCA,2019).
Todos os benefício são vistos e vividos quando há uma inclusão em sua
realidade e essência, assim Lara e Pinto ( 2016,p. 69), de acordo com Darido
(2008), a educação física, como prática escolar, integra o aluno na cultura corporal,
ajudando na formação cidadã, para que este possa reproduzir e até mesmo
transformar essa cultura. Segundo o mesmo autor, a prática da educação física tem
um papel de desenvolver aspectos individuais e coletivos, além de trabalhar o
desenvolvimento motor, a aptidão física e o bem-estar social. No modelo
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Na educação física escolar, suas atividades não estão voltadas apenas nas
atividades físicas ou jogos esportivos que promovem movimentos. Na educação
física escolar, é importante trabalhar de forma interdisciplinar, assim há outras
modalidades de ensino através de jogos que não sejam apenas esportivos que deve
fazer parte das aulas em seu cotidiano.
Nesta linha de pensamento FMU Centro Universitário São Paulo (2020)
destaca que a Educação Física Escolar não deve ser pensada só como esporte. Ela
deve ser pensada influenciando o cotidiano dos praticantes através de uma
interdisciplinaridade. O educador tem que ir além de sua área e buscar pontos de
contato com outras disciplinas.
Ainda de acordo FMU Centro Universitário São Paulo (2020) É na
interdisciplinaridade que o professor de Educação Física pode colaborar para o
completo desenvolvimento tanto individual quanto coletivo dos alunos, sem excluir
os estudantes menos favorecidos, seja por deficiência física ou intelectual, social ou
psicológica.
Nas aulas de Educação Física, os alunos podem mostrar seu potencial
através do movimento e do raciocínio. Seja em um jogo ou em uma brincadeira, elas
oportunizam o convívio, a socialização e o respeito. FMU CENTRO
UNIVERSITÁRIO SÃO PAULO (2020).
Ao se promover atividades com jogos inúmeros são os benefícios seja este de
qualquer modalidade.
para outro de forma que cada criança pode modificar sua brincadeira e
aprender e desenvolver vários aprendizados. ( COSTA,2012,p.12)
De acordo Galvão (1996,p. 118) Jogo com regras - inicia-se dos 4 aos 7 anos
de idade e subsiste na idade adulta e desenvolve-se mesmo durante toda a vida
(jogo social, esportes, jogos de cartas, etc. ). "As regras indicam que as coisas não
estão prontas, acabadas, mas devem ser descobertas e os obstáculos vencidos, e
isso estimula a investigação, a análise e o estabelecimento de relações"
(CARNEIRO, 1995, pg. 59).
"A criança é o ponto de partida, o centro e o fim. Seu desenvolvimento, seu
crescimento, é o ideal. Ela sozinha fornece os padrões. Todos os estudos
são subservientes ao crescimento da criança; são instrumentos válidos na
medida em que servem às necessidades do crescimento. A personalidade,
o caráter, é mais do que uma matéria de estudo. O objeto não é o
conhecimento nem a informação, mas a auto-realização. Possui todo um
mundo de conhecimento e perde-se a si mesmo é uma terrível fatalidade na
educação, assim como na religião. Além do mais, uma matéria não pode
nunca entrar na criança a partir de fora. A aprendizagem é alvo ativo. Ela
exige uma ação ativa da mente. Exige a assimilação orgânica a partir de
dentro" (GALVÃO 1996, P.117, apud DEWEY ,1956 ,56).
COSTA Vagneia Lima. A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/5729/1/2012_VagneiaLimaCosta.pdf. Acesso
em: 01 maio 2022
QUINTINO Priscila da Silva, MARINI José Augusto Gonçalves, METZNER Andreia Cristina, Jogos
Pedagógicos Na Educação Física Escolar. Disponível em: https://www.unifafibe.com.br
/revistasonline/arquivos/revistaeducacaofisica/sumario/73/14092018190058.pdf. Acesso em: 01
maio 2022
SILVA Sebastião Gomes da. Educação Física Escolar E A Prática Docente: Uma
Revisão Bibliográfica. Disponível em: https://revista-academica-
online.webnode.com/_files/200000766-6774c6774e/artcient0012242020.pdf. Acesso
em: 05. Abr . 2022
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