Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Este manual tem como objetivo orientar os nossos profissionais quanto ao padrão de atendimento RHMED|REHVIDA,
assim como disseminar boas práticas, conduta esperada e procedimentos adotados pela nos exames e atendimentos
ocupacionais e assistenciais.
Deverá ser consultado pela nossa Equipe para esclarecer dúvidas quanto aos exames médicos, acolhimento e triagem
de enfermagem, para redução de riscos à saúde dos colaboradores dos nossos clientes e eventualmente, o
diagnóstico de doenças, através da busca ativa de casos.
Nós da RHMED|RHVIDA, oferecemos um atendimento humanizado que valoriza a dimensão subjetiva e social, em
todas as práticas de atenção e de gestão da saúde, fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão,
destacando-se o respeito às questões de gênero, etnia, raça e orientação sexual. Consideramos a integralidade da
“unidade de cuidado”, pressupomos a união entre a qualidade do atendimento técnico e a qualidade do
relacionamento que se desenvolve entre paciente, familiares e equipe, dentro dos padrões éticos.
Para um atendimento com qualidade, deve ser feita uma boa anamnese antes de um bom exame clínico, de forma
criteriosa e dirigida, priorizando a relação médico e paciente, com respeito, clareza, prontidão e cordialidade.
Dados levantados:
Os DORT’s tem por característica uma dor aguda que pode se tornar crônica e se manifesta principalmente nos membros
superiores (braços, ombros, antebraços, punhos, mãos e dedos), podendo também acometer a coluna e os membros
inferiores (quadris, joelhos, tornozelos e pés). Portanto, o exame físico deverá ser bem minucioso.
1) Cotovelo - Teste para disfunção neurológica (sinal de Tinel): A finalidade é testar a integridade do nervo ulnar. É
realizada a percussão da área do nervo ulnar no sulco entre o olécrano e o epicôndilo medial. Considera-se o sinal
positivo quando o paciente refere uma sensação de formigamento na distribuição ulnar do antebraço e na mão,
distal ao ponto de compressão do nervo.
2) Punho: Observar a ocorrência de dor; limitação de movimentos; nódulos palpáveis deformidades e cicatrizes
cirúrgicas
Síndrome do Túnel do Carpo: É a compressão do nervo mediano ao nível do túnel do carpo. O conteúdo do túnel do
carpo consiste em: 9 tendões flexores (4 do flexor superficial dos dedos, 4 do flexor profundo dos dedos e 1 do flexor
longo do polegar). Os limites do túnel do carpo são: anterior (retináculo flexor) e posterior (ossos do carpo).
As causas são diversas e vão desde tendinite até tumorações. O quadro clínico cursa com dor geralmente irradiada para
a mão, podendo acometer o antebraço e braço; parestesia; hipoestesia; paresia dos músculos tênares e tipicamente, os
sintomas se exacerbam durante à noite.
Os testes para avaliação do quadro incluem: Teste de Phalen (Solicita-se ao paciente que mantenha seus punhos em
flexão completa e forçada, empurrando as superfícies dorsais de ambas as mãos juntas por 30-60 segundos. Ao
comprimir o nervo mediano, sintomas como: pontada; formigamento ou queimação no polegar, indicador, dedo médio
e anelar são considerados sinais positivos e sugerem S.T.C) e Finkelstein (já descrito).
Não deixar de informar sobre os benefícios e ganhos quanto a identificação formal de PCD.
Alteração na audiometria
No exame admissional: Será considerado APTO até 40dB definida como deficiência auditiva leve. A partir de deficiência
auditiva moderada, será considerado INAPTO. O método consiste na média aritmética de 500Hz, 1KHz, 2KHz e 4KHz. Também
serão considerados INAPTOS os casos que apresentarem rebaixamento auditivo unilateral ou bilateral acima de 55 dB sem
presença de rolha de cerúmen nas frequências de 6KHz e 8 KHz.
No exame periódico:
Ação: Comunicar médico coordenador em caso de alteração. Será utilizado para fins epidemiológicos e de acompanhamento -
critério sugerido pela NR7- Portaria 19 e OS 608 para indicação de CAT.
ORIENTAÇÕES
Exame Clínico:
• Solicitar que o paciente retire o casaco e acessórios de pulso e pescoço, para melhor exame clínico. Quando possível, pedir
que arregace as mangas;
• Observar possíveis cortes nos pulsos (profundos ou não) e outras marcas corporais, que possam caracterizar desvios
psiquiátricos;
Atendimentos realizados in loco: Comunicar ao Médico Coordenador local ou a Supervisão Médica RHMED|RHVIDA, pois o
mesmo tem acesso a informações e histórico de saúde do colaborador paciente, podendo assim, proporcionar uma conduta
mais assertiva.
Atendimentos realizados nas clínicas credenciadas: Comunicar a Supervisão Médica RHMED|RHVIDA, via e-mail ou
telefone, para a definição de conduta.
Diversidade
Cada vez mais temos que saber tratar deste tema, pois a inclusão social é uma verdade nas empresas que
trabalhamos.
Uma das vertentes deste tema, é formada pela população LGBTQ+ que fazem parte do quadro de funcionários das
diversas empresas que atendemos.
Transgêneros
Pedimos que haja muito cuidado e tato nos atendimentos de funcionários transgêneros, além
disso, em algumas empresas é pratica comum a adoção do nome social escolhido pelo próprio
indivíduo.
Importante: A orientação sexual, não deve ser um fator que determine uma tratativa
diferenciada nos atendimentos destes profissionais. O conforto durante o procedimento, deve
ser o mesmo para todos. Pedimos que se evite ao máximo, qualquer situação que gere
constrangimento.
QUANDO IDENTIFICADOS CASOS DE:
Hipertensão Arterial Sistêmica com níveis superiores a 160 x 110 mmHg e com outros fatores de risco associados
Para as atividades especiais, o alinhamento da conduta deverá ser realizado entre Médico Examinador e
o Médico Coordenador ou a Supervisão Médica da RHMED|RHVIDA.
Conduta:
• Realizar no mínimo 3 aferições dos níveis pressóricos no intervalo de 20 min, registrando em Ficha
Médica;
• Encaminhar o candidato para repouso no ambulatório e praticar conduta médica padrão;
• Caso seja necessário, encaminhar ao Pronto Socorro para tratamento do pico hipertensivo - 160x
110mmHG
Importante: O ASO ficará pendente de conclusão até a apresentação de
laudo/documento que corrobore o atendimento médico.
.
Em algumas empresas o exame de glicemia é realizado no exame admissional, para funções com
atividades especiais. O valor limite da glicemia para essas atividades é de até 125 mg/dl
Conduta:
• Acima deste valor, o candidato/colaborador deverá repetir a glicemia, permanecendo o valor acima
de 125 mg/dl;
• Solicitar parecer endocrinológico e;
• Comunicar ao Médico Coordenador ou a Supervisão Médica na RHMED para conduta.
Diabetes Mellitus com sinais e sintomas de descompensação diabética
Obs.: No caso da identificação de doenças crônicas, que estiverem controladas e em acompanhamento com o
especialista, não serão pertinentes as solicitações de avaliações e/ou pendências para a liberação do ASO.
Epilepsia
No exame admissional:
É um critério excludente para trabalho especial (em altura, espaços confinados, entre outros) e demais cargos.
Ação: Informar ao Coordenador Médico ou a Supervisão Médica da RHMED|RHVIDA para conduta.
No exame periódico:
Ação: Comunicar o Coordenador Médico local. Solicitar laudo do especialista, aguardar 15 dias a apresentação do laudo.
Obesidade
(IMC > 35 Kg/m²) sem comorbidades para funções administrativas.
Ação: Comunicar o Coordenador Médico ou a Supervisão Médica da RHMED|RHVIDA para conduta.
(IMC > 35 Kg/m²) sem e com comorbidades - é um critério excludente para trabalho especial.
Ação: Comunicar o Coordenador Médico ou a Supervisão Médica da RHMED|RHVIDA para conduta .
Importante: Muito cuidado e tato, durante a abordagem desses casos.
Doenças Psiquiátricas
Síndrome de Insuficiência Coronariana Crônica refratária à terapêutica sem indicação cirúrgica, arritmias por bloqueios
atrioventriculares de 2º e 3º graus, extrassistolias e taquicardias ventriculares, cardiopatias congênitas com importantes
manifestações sistêmicas. Critério excludente para trabalho especial.
Exame periódico: Solicitação de parecer para acompanhamento com o Médico local. Inaptidão para trabalho especial.
Ação: comunicar Coordenador Médico da empresa. (Está em acompanhamento? Medicações? etc);
Gravidez
No exame admissional, se constatada gravidez, finalizar o ASO como APTO e sinalizar a gestão da empresa (não solicitar
exame/teste/laudo) relativo ao estado de gravidez.
No exame demissional, concluir o ASO como APTO e sinalizar a gestão da empresa.
Alterações ortopédicas
Tendinopatias, Alterações da Coluna Vertebral com sintomatologia e Artroses e Doenças Osteomusculares (com a
descrição das manobras específicas de cada caso).
Síndrome do Túnel do Carpo: Concluir o exame como INAPTO nos exames admissionais.
No exame periódico solicitar avaliação do especialista (Ortopedista).
Critério excludente para trabalho em altura, para as seguintes patologias: Síndrome do manguito rotador, hérnias
discais, coxartrose, alterações degenerativas dos joelhos e tendinopatias.
Exame Periódico: Solicitação de parecer para acompanhamento com o Médico local.
Ação: Comunicar coordenador médico local. (Qual patologia? Há quanto tempo? Está em acompanhamento?
Tratamento?).
A nossa empresa preza, nos atendimentos dos ambulatórios, a cordialidade, o acolhimento e expertise
técnica nas demandas ocupacionais e assistenciais.
A nossa equipe técnica é responsável por todos os atendimentos e orientações aos colaboradores e
terceiros que chegam ao ambulatório médico.
Orientações:
A depender da empresa cliente, o RH ou a Equipe de Enfermagem deverá convocar os colaboradores para a realização dos
exames ocupacionais.
A programação do cronograma dos exames deve começar com 60 dias de antecedência da data de vencimento do ASO e as
convocações devem ser realizadas com 30 dias desta data.
A Equipe de Enfermagem deverá imputar o atendimento do Colaborador no sistema, solicitar preenchimento da ficha de
avaliação clínica, triagem de enfermagem (pressão arterial, pulso, peso, altura, IMC) e em algumas empresas o questionário
SRQ20.
Em alguns ambulatórios são realizados pela Equipe de Enfermagem exames complementares, tais como: Eletrocardiograma,
Acuidade Visual, Espirometria entre outros.
Após a realização de todos os exames complementares será gerado o ASO e o Colaborador encaminhado para a avaliação
médica. No ASO deverá constar a assinatura do Médico e do Colaborador.
Todavia, a Equipe de Enfermagem é responsável por captar uma cópia desse atendimento e anexar no prontuário do
Colaborador, até que os originais sejam enviados ao ambulatório local.
Em muitos casos, os Colaboradores utilizam as clínicas credenciadas para realizarem apenas os exames complementares e o
exame clínico é realizado no próprio ambulatório com Médico local.
Atendimentos assistenciais
A Equipe de Enfermagem na ausência do médico do trabalho, irá realizar os atendimentos assistenciais aos colaboradores
e terceiros.
6° passo: Em caso de remoção acionar os canais de referência por email ou telefone (Equipe Segurança do Trabalho,
gestor do colaborador, RH ou outros);
Controle de documentação
A Equipe de enfermagem deve verificar a validade de todos os documentos que regem o funcionamento do ambulatório:
- PGRSS
- Calibração dos equipamentos
- ASO e escala da equipe local, entre outros
É imprescindível a solicitação de renovação dos documentos ao setor responsável. Os documentos devem ser
organizados para questões de fiscalização e auditoria.
Os documentos legais devem ser expostos no quadro de informações do ambulatório ( RT Médica e de Enfermagem,
Alvará de Funcionamento e Licença Sanitária)
temperatura exposto com os dias de verificação preenchido com início e término das atividades do ambulatório.
Esse controle é realizado por formulários que devem ser arquivados para possíveis questões de auditoria e fiscalização
dos órgãos reguladores.
A geladeira deve ser utilizada apenas para guarda de vacinas ou medicações que precisam ser mantidas a uma
temperatura de 2°C a 8°C, sendo proibido guardar qualquer tipo de alimento ou bebida.
A geladeira deve ser higienizada a cada 15 dias, devendo ser mantido no congelador peças de gelox para caso seja
necessário o transporte de algum desses fármacos.
Controle de medicação
É de responsabilidade da Equipe de Enfermagem realizar controle do estoque, validade e vencimento das medicações
que são ofertadas no ambulatório médico, além de realizar novos pedidos de medicações e insumos.
Segundo a ANVISA - A abertura de embalagens não fracionáveis para comercialização de itens de forma independente e
o corte de embalagens não fracionáveis com tesoura caracterizam-se como adulteração de produtos e são ações sujeitas
à penalização ao estabelecimento em caso de fiscalização por parte da vigilância sanitária, bem como encaminhamentos
na esfera ética ao farmacêutico envolvido.
Deve ser elaborado um controle interno para os vencimentos de calibração e enviado a gestão de ambulatório da
RHMED|RHVIDA ou caso sejam equipamentos próprios do cliente, sinalizar ao responsável do contrato sobre os
vencimentos.
A formalização de uma denúncia deverá constar: data, horário, local. A sindicância será instaurada mediante denúncia
escrita ou verbal, com identificação completa do denunciante, na qual conste o relato circunstanciado dos fatos, e quando
possível, a qualificação completa do médico denunciado, com a indicação das provas documentais.
A denúncia deverá ser dirigida ao CRM, devidamente assinada pelo denunciante, seu representante legal ou por
procurador devidamente constituído.
Definições:
I – Garantia da qualidade: totalidade das ações sistemáticas necessárias para garantir que os serviços prestados estejam
dentro dos padrões de qualidade exigidos, para os fins a que se propõem;
II - Gerenciamento de tecnologias: procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e
técnicas, normativas e legais, com o objetivo de garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade e segurança da
informação;
III - Humanização da atenção e gestão da saúde: valorização da dimensão subjetiva e social, em todas as práticas de
atenção e de gestão da saúde, fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às
questões de gênero, etnia, raça e orientação sexual;
IV – Licença atualizada: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou dos
Municípios, contendo permissão para o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de
vigilância sanitária;
V - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): documento que aponta e descreve as ações
relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas 3 características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos de
saúde, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
VI - Política de qualidade: refere-se às intenções e diretrizes globais relativas à qualidade, formalmente expressa e
autorizada pela direção do serviço de saúde.
VII - Profissional legalmente habilitado: profissional com formação superior ou técnica com suas competências atribuídas
por lei;
VIII - Prontuário do paciente: documento único, constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registrados,
gerados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter
legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da
assistência prestada ao indivíduo;
IX - Relatório de transferência: documento que deve acompanhar o paciente em caso de remoção para outro serviço,
contendo minimamente dados de identificação, resumo clínico com dados que justifiquem a transferência e descrição ou
cópia de laudos de exames realizados, quando existentes;
X - Responsável técnico - RT: profissional de nível superior legalmente habilitado, que assume perante a vigilância
sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de saúde, conforme legislação vigente;
XI - Segurança do Paciente: conjunto de ações voltadas à proteção do paciente contra riscos, eventos adversos e danos
desnecessários durante a atenção prestada nos serviços de saúde;
XII - Serviço de saúde: estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência à população na prevenção de doenças,
no tratamento, recuperação e na reabilitação de pacientes.
III - As reclamações sobre os serviços oferecidos devem ser examinadas, registradas e as causas dos desvios da qualidade,
investigadas e documentadas, devendo ser tomadas medidas com relação aos serviços com desvio da qualidade e
adotadas as providências no sentido de prevenir reincidências.
Segurança do Paciente:
I. Mecanismos de identificação do paciente;
II. Orientações para a higienização das mãos;
III. Ações de prevenção e controle de eventos adversos relacionada à assistência à saúde;
IV. Mecanismos para garantir segurança dos procedimentos;
V. Orientações para administração segura de medicamentos, sangue e hemocomponentes;
VI. Mecanismos para prevenção de quedas dos pacientes;
VII. Mecanismos para a prevenção de úlceras por pressão;
VIII. Orientações para estimular a participação do paciente na assistência prestada;
Prontuário do Paciente:
Art. 24 A responsabilidade pelo registro em prontuário cabe aos profissionais de saúde que prestam o atendimento.
Art. 25 A guarda do prontuário é de responsabilidade do serviço de saúde devendo obedecer às normas vigentes.
§ 1º O serviço de saúde deve assegurar a guarda dos prontuários no que se refere à confidencialidade e integridade.
§ 2º O serviço de saúde deve manter os prontuários em local seguro, em boas condições de conservação e organização,
permitindo o seu acesso sempre que necessário.
Art. 26 O serviço de saúde deve garantir que o prontuário contenha registros relativos à identificação e a todos os
procedimentos prestados ao paciente.
Art. 27 O serviço de saúde deve garantir que o prontuário seja preenchido de forma legível por todos os profissionais
envolvidos diretamente na assistência ao paciente, com aposição de assinatura e carimbo em caso de prontuário em meio
físico.
Art. 28 Os dados que compõem o prontuário pertencem ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis aos
mesmos ou aos seus representantes legais e à autoridade sanitária quando necessário.
e-mail: saudeocupacional@rhmed.com.br