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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS, CONDUTA E

PROCEDIMENTOS NAS AVALIAÇÕES E


ATENDIMENTOS MÉDICOS E DE ENFERMAGEM
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Este manual tem como objetivo orientar os nossos profissionais quanto ao padrão de atendimento RHMED|REHVIDA,
assim como disseminar boas práticas, conduta esperada e procedimentos adotados pela nos exames e atendimentos
ocupacionais e assistenciais.

Deverá ser consultado pela nossa Equipe para esclarecer dúvidas quanto aos exames médicos, acolhimento e triagem
de enfermagem, para redução de riscos à saúde dos colaboradores dos nossos clientes e eventualmente, o
diagnóstico de doenças, através da busca ativa de casos.

Nós da RHMED|RHVIDA, oferecemos um atendimento humanizado que valoriza a dimensão subjetiva e social, em
todas as práticas de atenção e de gestão da saúde, fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão,
destacando-se o respeito às questões de gênero, etnia, raça e orientação sexual. Consideramos a integralidade da
“unidade de cuidado”, pressupomos a união entre a qualidade do atendimento técnico e a qualidade do
relacionamento que se desenvolve entre paciente, familiares e equipe, dentro dos padrões éticos.

Para um atendimento com qualidade, deve ser feita uma boa anamnese antes de um bom exame clínico, de forma
criteriosa e dirigida, priorizando a relação médico e paciente, com respeito, clareza, prontidão e cordialidade.
Dados levantados:

• Queixas e motivos da consulta


• História Patológica Pregressa e Atual (identificando doença e medicações)
• Histórico ocupacional (ocupação atual, há quanto tempo, uso de EPI ou EPC, acometimento ou não
de doença ocupacional)
• Histórico de exposição ambiental e ocupacional
• Afastamentos e acidentes de trabalho com emissão de CAT
• História social e estilo de vida (atividade física, alimentação, etilismo, tabagismo e outros hábitos de vida)
• Carteira de Vacinação (desejável ter de todos, porém é obrigatório para
as equipes de limpeza e saúde)

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AVALIAÇÕES E ATENDIMENTOS MÉDICOS E DE ENFERMAGEM
FLUXO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL MÉDICO

Exame clínico Avaliação Biométrica


Tem como objetivo principal verificar se o Pode ser realizada pela equipe de saúde
paciente apresenta condições de saúde antes da consulta ou durante o exame
satisfatórias que garantam o bom físico, porém deverá ser registrada pelo
desempenho da atividade laboral. Deve ser médico em prontuário: peso, altura,
minucioso e investigativo. circunferência abdominal e IMC.
Atenção: Não considerar a biometria

Exame do abdômen informada pelo examinado verbalmente.


Inspecionar: forma, volume, pele, simetria,
hérnias, cicatrizes, diástases. Realizar a palpação Exame do aparelho respiratório

abdominal, atentando para a presença de Descrever: de forma concisa, a


massas, tumorações e pontos dolorosos, caso ausculta respiratória.
manifestados. Verificar o perímetro abdominal.

Exames de cabeça e pescoço Exame geral do tórax


Inspecionar: a cabeça e couro cabeludo, olhos Avaliar: pele, gânglios,
(testar Acuidade Visual e Campos Visuais, um olho observar retrações e
de cada vez. Avaliar as pupilas, conjuntivas e abaulamentos, presença de
escleróticas), Inspecionar ouvidos, nariz e boca cicatrizes, simetria, lesões,
(inspeção dentária), palpar todas as cadeias de presença de atrofias
linfonodos, Inspecionar e palpar a traquéia e musculares, alterações
tireóide. ósseas e articulares.

Exame do sistema neurológico e equilíbrio Exame do aparelho


Registrar: queixas de dificuldade para subir escadas e cardiovascular
para levantar da posição sentada; queixas de fraqueza
Registrar: abaulamentos e
muscular nos membros inferiores; alteração das
retrações; batimentos ou
sensibilidades: táctil, térmica, dolorosa e vibração;
movimentos visíveis ou
alteração da coordenação motora; movimentos
palpáveis; frêmito
anormais; alterações da marcha e equilíbrio (Realizar
cardiovascular; ritmo;
o Teste de Romberg).
frequência; ausculta
cardíaca; pulsos.
O paciente deve permanecer em pé com os pés
juntos, mãos ao lado do corpo e olhos fechados por 1
minuto. O teste é considerado positivo quando se
observa o paciente balançar irregularmente ou cair).

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Exame do sistema músculo-esquelético


Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT’s) representam as "síndromes clínicas" decorrentes da
utilização excessiva do sistema músculo esquelético que estando associado a posturas forçadas durante o ritmo de
trabalho, provocam queixas de incapacidade.

Os DORT’s tem por característica uma dor aguda que pode se tornar crônica e se manifesta principalmente nos membros
superiores (braços, ombros, antebraços, punhos, mãos e dedos), podendo também acometer a coluna e os membros
inferiores (quadris, joelhos, tornozelos e pés). Portanto, o exame físico deverá ser bem minucioso.

1) Cotovelo - Teste para disfunção neurológica (sinal de Tinel): A finalidade é testar a integridade do nervo ulnar. É
realizada a percussão da área do nervo ulnar no sulco entre o olécrano e o epicôndilo medial. Considera-se o sinal
positivo quando o paciente refere uma sensação de formigamento na distribuição ulnar do antebraço e na mão,
distal ao ponto de compressão do nervo.
2) Punho: Observar a ocorrência de dor; limitação de movimentos; nódulos palpáveis deformidades e cicatrizes
cirúrgicas

As principais patologias que acometem a região do punho são:


• Tenossinovite Estenosante de De Quervain: É uma inflamação da bainha tendinosa, com encarceramento dos tendões
do abdutor longo e extensor curto do polegar. O agravamento dos sintomas ocorre com o Teste de Finkelstein (flexão
do polegar combinada com o desvio ulnar do punho).
• Dedo em gatilho: É uma tenossinovite estenosante com espessamento nodular da bainha tendinosa dos flexores dos
dedos (um ou mais). Frequentemente produz um “estalo ” ao realizar a flexão ou extensão do dedo. Os dedos mais
acometidos são: médio e anular.
• Contratura Fibrótica de Dupuytren: É uma inflamação com subseqüente contratura da aponeurose (fascia) palmar, de
causa desconhecida.

Síndrome do Túnel do Carpo: É a compressão do nervo mediano ao nível do túnel do carpo. O conteúdo do túnel do
carpo consiste em: 9 tendões flexores (4 do flexor superficial dos dedos, 4 do flexor profundo dos dedos e 1 do flexor
longo do polegar). Os limites do túnel do carpo são: anterior (retináculo flexor) e posterior (ossos do carpo).

As causas são diversas e vão desde tendinite até tumorações. O quadro clínico cursa com dor geralmente irradiada para
a mão, podendo acometer o antebraço e braço; parestesia; hipoestesia; paresia dos músculos tênares e tipicamente, os
sintomas se exacerbam durante à noite.

Os testes para avaliação do quadro incluem: Teste de Phalen (Solicita-se ao paciente que mantenha seus punhos em
flexão completa e forçada, empurrando as superfícies dorsais de ambas as mãos juntas por 30-60 segundos. Ao
comprimir o nervo mediano, sintomas como: pontada; formigamento ou queimação no polegar, indicador, dedo médio
e anelar são considerados sinais positivos e sugerem S.T.C) e Finkelstein (já descrito).

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Importante: Manobras obrigatórias que deverão fazer parte do


prontuário:
1) Phalen
2) Finkelstein
3) Tinel

Avaliação de pessoa com deficiência (PCD)


Para fins de enquadramento (Decreto 5296/2004). Deficiência é toda perda ou
anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou
anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade,
podendo ser classificada como: física, visual, auditiva e mental.
Portanto, o colaborador com possível enquadramento, deverá ser
orientado a comparecer em consulta com o médico do trabalho, onde
comparecerá com a cópia do laudo.
Não esquecer de finalizar o prontuário com a conduta médica, sendo desde
orientações gerais, encaminhamentos, até sinalização à Coordenação Médica.

Não deixar de informar sobre os benefícios e ganhos quanto a identificação formal de PCD.

O exame clínico deverá ser realizado pelo Médico local

Alteração na audiometria

OBS: Apenas quando solicitado pelo Cliente. Para sites/unidades que


estejam contemplados no PCA.

São considerados dentro dos limites normais, os casos cujos

audiogramas, mostram limiares auditivos menores ou iguais a 25 dB

(NA), em todas as frequências examinadas.

No exame admissional: Será considerado APTO até 40dB definida como deficiência auditiva leve. A partir de deficiência
auditiva moderada, será considerado INAPTO. O método consiste na média aritmética de 500Hz, 1KHz, 2KHz e 4KHz. Também
serão considerados INAPTOS os casos que apresentarem rebaixamento auditivo unilateral ou bilateral acima de 55 dB sem
presença de rolha de cerúmen nas frequências de 6KHz e 8 KHz.

No exame periódico:

Ação: Comunicar médico coordenador em caso de alteração. Será utilizado para fins epidemiológicos e de acompanhamento -
critério sugerido pela NR7- Portaria 19 e OS 608 para indicação de CAT.

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ORIENTAÇÕES
Exame Clínico:

• Solicitar que o paciente retire o casaco e acessórios de pulso e pescoço, para melhor exame clínico. Quando possível, pedir
que arregace as mangas;

• Observar possíveis cortes nos pulsos (profundos ou não) e outras marcas corporais, que possam caracterizar desvios
psiquiátricos;

• Analisar se há tremor nas mãos;

Alterações Atípicas Durante o Periódico:

Atendimentos realizados in loco: Comunicar ao Médico Coordenador local ou a Supervisão Médica RHMED|RHVIDA, pois o
mesmo tem acesso a informações e histórico de saúde do colaborador paciente, podendo assim, proporcionar uma conduta
mais assertiva.

Atendimentos realizados nas clínicas credenciadas: Comunicar a Supervisão Médica RHMED|RHVIDA, via e-mail ou
telefone, para a definição de conduta.
Diversidade

Cada vez mais temos que saber tratar deste tema, pois a inclusão social é uma verdade nas empresas que
trabalhamos.

Uma das vertentes deste tema, é formada pela população LGBTQ+ que fazem parte do quadro de funcionários das
diversas empresas que atendemos.

Transgêneros

Pedimos que haja muito cuidado e tato nos atendimentos de funcionários transgêneros, além
disso, em algumas empresas é pratica comum a adoção do nome social escolhido pelo próprio
indivíduo.

Importante: A orientação sexual, não deve ser um fator que determine uma tratativa
diferenciada nos atendimentos destes profissionais. O conforto durante o procedimento, deve
ser o mesmo para todos. Pedimos que se evite ao máximo, qualquer situação que gere
constrangimento.
QUANDO IDENTIFICADOS CASOS DE:
Hipertensão Arterial Sistêmica com níveis superiores a 160 x 110 mmHg e com outros fatores de risco associados

Para as atividades especiais, o alinhamento da conduta deverá ser realizado entre Médico Examinador e
o Médico Coordenador ou a Supervisão Médica da RHMED|RHVIDA.
Conduta:
• Realizar no mínimo 3 aferições dos níveis pressóricos no intervalo de 20 min, registrando em Ficha
Médica;
• Encaminhar o candidato para repouso no ambulatório e praticar conduta médica padrão;
• Caso seja necessário, encaminhar ao Pronto Socorro para tratamento do pico hipertensivo - 160x
110mmHG
Importante: O ASO ficará pendente de conclusão até a apresentação de
laudo/documento que corrobore o atendimento médico.
.

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QUANDO IDENTIFICADOS CASOS DE:


Glicemia alterada

Em algumas empresas o exame de glicemia é realizado no exame admissional, para funções com
atividades especiais. O valor limite da glicemia para essas atividades é de até 125 mg/dl
Conduta:
• Acima deste valor, o candidato/colaborador deverá repetir a glicemia, permanecendo o valor acima
de 125 mg/dl;
• Solicitar parecer endocrinológico e;
• Comunicar ao Médico Coordenador ou a Supervisão Médica na RHMED para conduta.
Diabetes Mellitus com sinais e sintomas de descompensação diabética

Ação: Comunicar Coordenador Médico local. (Está em acompanhamento? Em uso de medicação?);

Obs.: No caso da identificação de doenças crônicas, que estiverem controladas e em acompanhamento com o
especialista, não serão pertinentes as solicitações de avaliações e/ou pendências para a liberação do ASO.

Epilepsia
No exame admissional:
É um critério excludente para trabalho especial (em altura, espaços confinados, entre outros) e demais cargos.
Ação: Informar ao Coordenador Médico ou a Supervisão Médica da RHMED|RHVIDA para conduta.
No exame periódico:
Ação: Comunicar o Coordenador Médico local. Solicitar laudo do especialista, aguardar 15 dias a apresentação do laudo.

Obesidade
(IMC > 35 Kg/m²) sem comorbidades para funções administrativas.
Ação: Comunicar o Coordenador Médico ou a Supervisão Médica da RHMED|RHVIDA para conduta.

(IMC > 35 Kg/m²) sem e com comorbidades - é um critério excludente para trabalho especial.
Ação: Comunicar o Coordenador Médico ou a Supervisão Médica da RHMED|RHVIDA para conduta .
Importante: Muito cuidado e tato, durante a abordagem desses casos.
Doenças Psiquiátricas

Psicose, Depressão, Ansiedade Generalizada; Distúrbio Bipolar, Síndrome do


Pânico; Histórico de dependência química (álcool e drogas).

Critério excludente para a realização de atividades especiais no admissional e periódico

Funções administrativas: alerta Médico Coordenador ou a Supervisão Médica da RHMED|RHVIDA.


Exame Periódico: Solicitação de parecer para acompanhamento com o Médico do site e solicitação de parecer: “não
para inaptidão?”;
Ação: Comunicar o Coordenador Médico da empresa, quando houver. (investigar: Está em tratamento? há quanto
tempo? Usa medicamento?)

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QUANDO IDENTIFICADOS CASOS DE:


Cardiopatias graves

Síndrome de Insuficiência Coronariana Crônica refratária à terapêutica sem indicação cirúrgica, arritmias por bloqueios
atrioventriculares de 2º e 3º graus, extrassistolias e taquicardias ventriculares, cardiopatias congênitas com importantes
manifestações sistêmicas. Critério excludente para trabalho especial.

Exame periódico: Solicitação de parecer para acompanhamento com o Médico local. Inaptidão para trabalho especial.
Ação: comunicar Coordenador Médico da empresa. (Está em acompanhamento? Medicações? etc);

Cirroses hepáticas e tumores hepáticos malignos:

Critério excludente para trabalho especial.


Exame periódico: Solicitação de parecer para acompanhamento com o Médico local.
Ação: comunicar coordenador médico local. (Está em acompanhamento? Medicações?).

Gravidez
No exame admissional, se constatada gravidez, finalizar o ASO como APTO e sinalizar a gestão da empresa (não solicitar
exame/teste/laudo) relativo ao estado de gravidez.
No exame demissional, concluir o ASO como APTO e sinalizar a gestão da empresa.

Alterações ortopédicas
Tendinopatias, Alterações da Coluna Vertebral com sintomatologia e Artroses e Doenças Osteomusculares (com a
descrição das manobras específicas de cada caso).
Síndrome do Túnel do Carpo: Concluir o exame como INAPTO nos exames admissionais.
No exame periódico solicitar avaliação do especialista (Ortopedista).
Critério excludente para trabalho em altura, para as seguintes patologias: Síndrome do manguito rotador, hérnias
discais, coxartrose, alterações degenerativas dos joelhos e tendinopatias.
Exame Periódico: Solicitação de parecer para acompanhamento com o Médico local.
Ação: Comunicar coordenador médico local. (Qual patologia? Há quanto tempo? Está em acompanhamento?
Tratamento?).

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ENFERMAGEM

A nossa empresa preza, nos atendimentos dos ambulatórios, a cordialidade, o acolhimento e expertise
técnica nas demandas ocupacionais e assistenciais.
A nossa equipe técnica é responsável por todos os atendimentos e orientações aos colaboradores e
terceiros que chegam ao ambulatório médico.

Atendimentos aos exames ocupacionais


(Admissional, Demissional, Periódico, Retorno ao Trabalho e Mudança de Função)

Orientações:

A depender da empresa cliente, o RH ou a Equipe de Enfermagem deverá convocar os colaboradores para a realização dos
exames ocupacionais.

A programação do cronograma dos exames deve começar com 60 dias de antecedência da data de vencimento do ASO e as
convocações devem ser realizadas com 30 dias desta data.

A Equipe de Enfermagem deverá imputar o atendimento do Colaborador no sistema, solicitar preenchimento da ficha de
avaliação clínica, triagem de enfermagem (pressão arterial, pulso, peso, altura, IMC) e em algumas empresas o questionário
SRQ20.

Em alguns ambulatórios são realizados pela Equipe de Enfermagem exames complementares, tais como: Eletrocardiograma,
Acuidade Visual, Espirometria entre outros.

Após a realização de todos os exames complementares será gerado o ASO e o Colaborador encaminhado para a avaliação
médica. No ASO deverá constar a assinatura do Médico e do Colaborador.

Agendamentos de Exame Ocupacional em Clínica Credenciada


A Equipe de Enfermagem é responsável por realizar os agendamentos externos em clínicas credenciadas, utilizando o sistema
de gestão e deve acompanhar a liberação dos mesmos.

Todavia, a Equipe de Enfermagem é responsável por captar uma cópia desse atendimento e anexar no prontuário do
Colaborador, até que os originais sejam enviados ao ambulatório local.

Em muitos casos, os Colaboradores utilizam as clínicas credenciadas para realizarem apenas os exames complementares e o
exame clínico é realizado no próprio ambulatório com Médico local.

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Registro de Atestado Médico

A Equipe de Enfermagem recebe os atestados médicos dos Colaboradores, caso o


motivo do afastamento não esteja claro, caberá a Equipe de Enfermagem abordar
o colaborador, de forma acolhedora, para melhor entendimento do motivo, antes
de lançar o atestado no sistema de gestão utilizado.

Após o lançamento do atestado no sistema de gestão do ambulatório, lançar


também no sistema de folha de pagamento do cliente, ou informar ao RH local os
atestados médicos do período.

De acordo com a política da empresa e fluxo combinado, a Equipe de Enfermagem


deve agendar uma consulta com o médico local, a depender da quantidade de dias
e número de atestados apresentados por período determinado, para melhor
entendimento, orientação e acompanhamento de saúde do colaborador.

Atendimentos assistenciais

A Equipe de Enfermagem na ausência do médico do trabalho, irá realizar os atendimentos assistenciais aos colaboradores
e terceiros.

1º passo: Perguntar o motivo da queixa;

2° passo: Verificar sinais vitais;

3° passo: Orientação de enfermagem;

4° passo: Verificar a necessidade de remoção para unidade hospitalar;

5° passo: Seguir protocolo ou fluxo de remoção terrestre;

6° passo: Em caso de remoção acionar os canais de referência por email ou telefone (Equipe Segurança do Trabalho,
gestor do colaborador, RH ou outros);

7° passo: Imputar atendimento no sistema de gestão;

8° passo: Fazer acompanhamento do caso até a alta e reportar o atendimento externo;

9° passo: Atualizar o caso no sistema de gestão.

Controle de documentação

A Equipe de enfermagem deve verificar a validade de todos os documentos que regem o funcionamento do ambulatório:

- PPRA (RHMED|RVIDA e cliente)


- PCMSO (RHMED|RVIDA e cliente)
- RT Médica
- RT Enfermagem
- Alvará de Funcionamento
- Licença Sanitária

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- PGRSS
- Calibração dos equipamentos
- ASO e escala da equipe local, entre outros
É imprescindível a solicitação de renovação dos documentos ao setor responsável. Os documentos devem ser
organizados para questões de fiscalização e auditoria.

Os documentos legais devem ser expostos no quadro de informações do ambulatório ( RT Médica e de Enfermagem,
Alvará de Funcionamento e Licença Sanitária)

Controle de temperatura geladeira

Segundo a RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 197 da ANVISA,

todo estabelecimento de saúde que possua geladeira deve ter controle de

temperatura exposto com os dias de verificação preenchido com início e término das atividades do ambulatório.

Esse controle é realizado por formulários que devem ser arquivados para possíveis questões de auditoria e fiscalização
dos órgãos reguladores.

A geladeira deve ser utilizada apenas para guarda de vacinas ou medicações que precisam ser mantidas a uma
temperatura de 2°C a 8°C, sendo proibido guardar qualquer tipo de alimento ou bebida.

A geladeira deve ser higienizada a cada 15 dias, devendo ser mantido no congelador peças de gelox para caso seja
necessário o transporte de algum desses fármacos.

Controle de medicação

É de responsabilidade da Equipe de Enfermagem realizar controle do estoque, validade e vencimento das medicações
que são ofertadas no ambulatório médico, além de realizar novos pedidos de medicações e insumos.

Não é permitido recortar as embalagens ou tablets de medicações na hora de ofertar ao colaborador.

Segundo a ANVISA - A abertura de embalagens não fracionáveis para comercialização de itens de forma independente e
o corte de embalagens não fracionáveis com tesoura caracterizam-se como adulteração de produtos e são ações sujeitas
à penalização ao estabelecimento em caso de fiscalização por parte da vigilância sanitária, bem como encaminhamentos
na esfera ética ao farmacêutico envolvido.

Gestão Controle Calibração


A Equipe de Enfermagem é responsável pelo controle de calibração de todos os equipamentos seja sob a gestão da
RHMED|RHVIDA ou do cliente.

Deve ser elaborado um controle interno para os vencimentos de calibração e enviado a gestão de ambulatório da
RHMED|RHVIDA ou caso sejam equipamentos próprios do cliente, sinalizar ao responsável do contrato sobre os
vencimentos.

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PROTOCOLOS E CONDUTAS NOS ATENDIMENTOS
MÉDICOS E DE ENFERMAGEM

I. Código de Conduta do Médico do Trabalho ANAMT


Deveres do Médico do Trabalho:
 Atuar visando, essencialmente, a promoção da saúde dos trabalhadores.
 Buscar, com meios que dispõem, a melhor adaptação do trabalho ao homem e a eliminação ou controle dos riscos
existentes no trabalho.
 Exercer suas atividades com total independência profissional e moral, com relação ao empregador e ao empregado.
 Conhecer os ambientes e condições de trabalho dos trabalhadores sob seus cuidados, para o adequado desempenho
de suas funções nos exames ocupacionais e demais atribuições profissionais.
 No exame admissional, compatibilizar a aptidão do candidato do ponto de vista médico, ao posto de trabalho.
 Não marginalizar, nos exames admissionais, portadores de afecções ou deficiências físicas, desde que estas não sejam
agravadas pela atividade a ser desempenhada e não exponham o trabalhador ou a comunidade a riscos.
 Não considerar a gestação como fator de inaptidão ao trabalho, desde que não haja risco para a gestante e para o feto
na atividade a ser desempenhada.
 Ao constatar inaptidão por motivos médicos para determinado posto de trabalho, informar o interessado dos motivos.
 Ao constatar enfermidade ou deficiência que incapacite o trabalhador para a função que vinha exercendo, informá-lo e
orientá-lo para a mudança de função.
 Informar empregados e empregadores sobre riscos existentes no ambiente de trabalho, bem como as medidas
necessárias para seu controle.
 Não permitir que seus serviços sejam utilizados no sentido de propiciar direta ou indiretamente o desligamento do
empregado.
 Orientar o empregador e o empregado no tocante à assistência médica, visando melhor atendimento à população sob
seus cuidados.
 Manter sigilo das informações confidenciais da empresa, técnicas e administrativas, de que tiver conhecimento no
exercício de suas funções, exceto nos casos em que este sigilo cause dano à saúde do trabalhador ou da comunidade.

II. Orientações sobre os atendimentos para minimizar impactos ou desvios de conduta


 Exame Físico: Tem como objetivo principal verificar se o colaborador tem condições de saúde satisfatórias que garantam o
bom desempenho da sua atividade laboral e a manutenção da sua saúde. No momento do exame físico comunicar aos
colaboradores sobre as partes do corpo que serão avaliadas.
 Biometria: Pode ser realizada pela equipe de saúde antes da consulta ou durante o exame físico, porém o registro deve ser
realizado pelo médico em Prontuário Médico. São eles: peso; altura; IMC e circunferência abdominal.
 Sinais Vitais: aferir pressão arterial; frequência respiratória; pulso; temperatura corporal.
 Segmentos Avaliados: Cabeça e Pescoço; Coração; Pulmão; Pele; Abdome; Músculo Esquelético; Visão; Audição; Inspeção
Mental; Inspeção Dentária.
 Avaliação da Pessoa com Deficiência (PCD): Para fins de enquadramento, utilizar o Decreto 5296/04. Deficiência é toda
perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o
desempenho de atividade, podendo ser classificada como: física; visual; auditiva e mental. O protocolo descrito deverá ser
aplicado respeitando o sigilo, lisura e ética que são inerentes ao exercício da profissão, sendo previstos no código de ética
médica e respectivos conselhos de classe regionais.

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III. Orientações aos nossos clientes sobre denúncia ao Conselho de Classe

A formalização de uma denúncia deverá constar: data, horário, local. A sindicância será instaurada mediante denúncia
escrita ou verbal, com identificação completa do denunciante, na qual conste o relato circunstanciado dos fatos, e quando
possível, a qualificação completa do médico denunciado, com a indicação das provas documentais.
A denúncia deverá ser dirigida ao CRM, devidamente assinada pelo denunciante, seu representante legal ou por
procurador devidamente constituído.

Definições:
I – Garantia da qualidade: totalidade das ações sistemáticas necessárias para garantir que os serviços prestados estejam
dentro dos padrões de qualidade exigidos, para os fins a que se propõem;
II - Gerenciamento de tecnologias: procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e
técnicas, normativas e legais, com o objetivo de garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade e segurança da
informação;
III - Humanização da atenção e gestão da saúde: valorização da dimensão subjetiva e social, em todas as práticas de
atenção e de gestão da saúde, fortalecendo o compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às
questões de gênero, etnia, raça e orientação sexual;
IV – Licença atualizada: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou dos
Municípios, contendo permissão para o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de
vigilância sanitária;
V - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): documento que aponta e descreve as ações
relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas 3 características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos de
saúde, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
VI - Política de qualidade: refere-se às intenções e diretrizes globais relativas à qualidade, formalmente expressa e
autorizada pela direção do serviço de saúde.
VII - Profissional legalmente habilitado: profissional com formação superior ou técnica com suas competências atribuídas
por lei;
VIII - Prontuário do paciente: documento único, constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registrados,
gerados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter
legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da
assistência prestada ao indivíduo;
IX - Relatório de transferência: documento que deve acompanhar o paciente em caso de remoção para outro serviço,
contendo minimamente dados de identificação, resumo clínico com dados que justifiquem a transferência e descrição ou
cópia de laudos de exames realizados, quando existentes;
X - Responsável técnico - RT: profissional de nível superior legalmente habilitado, que assume perante a vigilância
sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de saúde, conforme legislação vigente;
XI - Segurança do Paciente: conjunto de ações voltadas à proteção do paciente contra riscos, eventos adversos e danos
desnecessários durante a atenção prestada nos serviços de saúde;
XII - Serviço de saúde: estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência à população na prevenção de doenças,
no tratamento, recuperação e na reabilitação de pacientes.

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Boas Práticas do Ambulatório:


I. O serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços dentro dos padrões de qualidade exigidos, atendendo aos requisitos
das legislações e regulamentos vigentes.
II - O serviço de saúde deve fornecer todos os recursos necessários, incluindo:
a) Quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e identificado;
b) Ambientes identificados;
c) Equipamentos, materiais e suporte logístico;
d) Procedimentos e instruções aprovados e vigentes.

III - As reclamações sobre os serviços oferecidos devem ser examinadas, registradas e as causas dos desvios da qualidade,
investigadas e documentadas, devendo ser tomadas medidas com relação aos serviços com desvio da qualidade e
adotadas as providências no sentido de prevenir reincidências.

Segurança do Paciente:
I. Mecanismos de identificação do paciente;
II. Orientações para a higienização das mãos;
III. Ações de prevenção e controle de eventos adversos relacionada à assistência à saúde;
IV. Mecanismos para garantir segurança dos procedimentos;
V. Orientações para administração segura de medicamentos, sangue e hemocomponentes;
VI. Mecanismos para prevenção de quedas dos pacientes;
VII. Mecanismos para a prevenção de úlceras por pressão;
VIII. Orientações para estimular a participação do paciente na assistência prestada;

Prontuário do Paciente:
Art. 24 A responsabilidade pelo registro em prontuário cabe aos profissionais de saúde que prestam o atendimento.
Art. 25 A guarda do prontuário é de responsabilidade do serviço de saúde devendo obedecer às normas vigentes.
§ 1º O serviço de saúde deve assegurar a guarda dos prontuários no que se refere à confidencialidade e integridade.
§ 2º O serviço de saúde deve manter os prontuários em local seguro, em boas condições de conservação e organização,
permitindo o seu acesso sempre que necessário.
Art. 26 O serviço de saúde deve garantir que o prontuário contenha registros relativos à identificação e a todos os
procedimentos prestados ao paciente.
Art. 27 O serviço de saúde deve garantir que o prontuário seja preenchido de forma legível por todos os profissionais
envolvidos diretamente na assistência ao paciente, com aposição de assinatura e carimbo em caso de prontuário em meio
físico.
Art. 28 Os dados que compõem o prontuário pertencem ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis aos
mesmos ou aos seus representantes legais e à autoridade sanitária quando necessário.

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS, CONDUTA E PROCEDIMENTOS NAS


AVALIAÇÕES E ATENDIMENTOS MÉDICOS E DE ENFERMAGEM
15

Proteção de Saúde do Trabalhador:


Art. 43 O serviço de saúde deve garantir mecanismos de orientação sobre imunização contra tétano, difteria, hepatite B e
contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores possam estar expostos;
Art. 44 O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores sejam avaliados periodicamente em relação à saúde ocupacional
mantendo registros desta avaliação;
Art. 45 O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores com agravos agudos à saúde ou com lesões nos membros
superiores só iniciem suas atividades após avaliação médica;
Art. 46 O serviço de saúde deve garantir que seus trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos, físicos ou
químicos utilizem vestimentas para o trabalho, incluindo calçados, compatíveis com o risco e em condições de conforto.
§ 1º Estas vestimentas podem ser próprias do trabalhador ou fornecidas pelo serviço de saúde.
§ 2º O serviço de saúde é responsável pelo fornecimento e pelo processamento das vestimentas utilizadas nos centros
cirúrgicos e obstétricos, nas unidades de tratamento intensivo, nas unidades de isolamento e centrais de material esterilizado;
Art. 47 O serviço de saúde deve garantir mecanismos de prevenção dos riscos de acidentes de trabalho, incluindo o
fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, em número suficiente e compatível com as atividades
desenvolvidas pelos trabalhadores.
Parágrafo único. Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual;
Art. 48 O serviço de saúde deve manter registro das comunicações de acidentes de trabalho;
Art. 49 Em serviços de saúde com mais de vinte trabalhadores é obrigatória a instituição de Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA;
Art. 50 O Serviço de Saúde deve manter disponível a todos os trabalhadores:
I - Normas e condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e ambiental;
II - Instruções para uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
III - Procedimentos em caso de incêndios e acidentes;
IV - Orientação para manuseio e transporte de produtos para saúde contaminados.

Contatos Gestão Ambulatório Contatos Supervisão Médica RJ:


Tel: (21) 2158-8023 / (21) 2158-8141
Escritório RJ - (21) 2158-8041
Jefferson Bruno (21) 97417-3004 e-mail: supervisaomedica@rhmed.com.br
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