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INSTRUÇÃO DE TRABALHO POP - QUEDAS

PREVENÇÃO DE QUEDAS
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1. Objetivo

Reduzir a ocorrência de quedas de pacientes hospitalizados e o dano dela decorrente,


através da implementação de medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente,
garantam o cuidado multiprofissional e um ambiente seguro e promovam a educação do
paciente, familiares e profissionais. Essas medidas devem resguardar a dignidade do
paciente

2. Abrangência

As recomendações deste protocolo aplicam-se ao hospital, incluem todos os pacientes que


recebem cuidado neste serviço e abrangem todo o período de permanência do paciente e
todos os ambientes do hospital.

3. Descrição das Atividades / Responsabilidades

Executante (s): Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem .

3.1. Competência do Enfermeiro

 Avaliar e classificar os fatores de risco do paciente hospitalizados na admissão,


colher a história, realizar o exame físico e preencher o impresso do Histórico de
Enfermagem – SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem);
 Avaliar diariamente a evolução do paciente, fazer a mensuração e realizar o registro
no Histórico de Enfermagem e/ou Evolução de Enfermagem da SAE;
 Avaliar diariamente a evolução da ferida e registrar no prontuário;
 Seguir prescrição médica no uso da cobertura no leito da ferida;
 Realizar o Debridamento mecânico de feridas;
 Fazer a orientação de cuidados na alta, visando à integridade cutânea e a prevenção;
 Avaliar as condições clínicas do paciente para detectar os fatores que podem estar
interferindo negativamente no processo de cicatrização, estabelecendo condutas
para saná-las ou minimizá-las;
 Encaminhar o paciente para a continuidade do tratamento na Unidade Básica de
Saúde se necessário;
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Nome: Enfª Aretuza Prechitko de Souza Nome: Enfª Vanessa Prechitko de Souza Nome: Dr Jose Artur Cilurzo
Rute Fernandes da Silva Enfº Rute Fernandes da Silva
Vanessa Prechitko de Souza Enfº Vanessa Prechitko da Silva
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3.2. Competência do Auxiliar/Técnico de Enfermagem

 Seguir a prescrição médica e da enfermagem;


 Executar o curativo na técnica asséptica;
 Auxiliar o Enfermeiro na execução do curativo;
 Registrar no prontuário do paciente as características da ferida, procedimentos
executados, bem como queixas apresentadas e/ou qualquer anormalidade,
comunicando o Enfermeiro a intercorrência.

3.3. Definição

Queda: Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior a posição inicial,
provocado por circunstancias multifatoriais, resultando ou não em dano. Considera-se
queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante o deslocamento,
necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão e pode ocorrer da própria altura, da
maca/cama ou de assentos (cadeiras de rodas).
Dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito deletério dele
oriundo, incluindo-se doenças, dano ou lesão, sofrimento, incapacidade ou disfunção e
morte. Pode, assim, ser físico, social ou psicológico.
Fatores contribuintes: circunstâncias, ações ou influências que desempenham um papel
na origem ou no desenvolvimento de um incidente ou no aumento do risco de incidente

3.4 Intervenções:

Avaliação do risco de queda A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da
admissão do paciente com o emprego de uma escala adequada ao perfil de pacientes da
instituição. Esta avaliação deve ser repetida diariamente até a alta do paciente.
Neste momento também se deve avaliar a presença de fatores que podem contribuir para o
agravamento do dano em caso de queda, especialmente risco aumentado de fratura e
sangramento. Osteoporose, fraturas anteriores, uso de anticoagulante e discrasias
sanguíneas são algumas das condições que podem agravar o dano decorrente de queda.
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3.5 Fatores de risco

a) Demográfico: crianças < 5anos e idosos > 65 anos.


b) Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão, ansiedade.
c) Condições de saúde e presença de doenças crônicas: acidente vascular cerebral prévio,
hipotensão postural, tonteira, baixo índice de massa corpórea, anemias, insônia,
incontinência ou urgência miccional, artrite, osteoporose, alterações metabólicas (como, por
exemplo, hipoglicemia).
d) Funcionalidade: dificuldade no desenvolvimento das atividades da vida diária (AVD),
necessidade de dispositivo de auxílio à marcha, fraqueza muscular, problemas articulares e
deformidades nos membros inferiores.
e) Comprometimento sensorial: comprometimento da visão, audição ou tato.
f) Equilíbrio corporal: marcha alterada.
g) Uso de medicamentos: benzodiazepínicos, antiarrítmicos, anti-histamínicos,
antipsicóticos, antidepressivos, digoxina, diuréticos, laxativos, relaxantes musculares,
vasodilatadores, hipoglicemiantes orais, insulina, Polifarmácia (uso de 4 ou mais
medicações).
h) Obesidade mórbida.
i) História prévia de quedas.

3.6 Paciente com alto risco de queda

a) Paciente independente, que se locomove e realiza suas atividades sem ajuda de


terceiros, mas possui pelo menos 1 (um) fator predisponente.
b) Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar suas atividades, com ou sem a
presença de algum fator predisponente. Anda com auxílio ou se locomove em cadeiras de
rodas.
c) Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando a realização de exames ou
transferência, com ou sem a presença de fatores predisponentes.

3.7 Paciente com baixo risco de queda

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a) Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de terceiros,


com ou sem fatores predisponentes.
b) Indivíduo independente e sem nenhum fator predisponente.

3.8 Ação preventiva

3.9 Medidas Universais


Os serviços de saúde deverão adotar medidas universais para a prevenção de quedas de
todos os pacientes, independente do risco. Essas medidas incluem a criação de um
ambiente de cuidado seguro conforme legislação vigente15 – por exemplo: pisos
antiderrapantes, mobiliário e iluminação adequados, corredores livres de entulho –, o uso de
vestuário e calçados adequados e a movimentação segura dos pacientes2,3. Para os
pacientes pediátricos, deve-se observar a adequação das acomodações e do mobiliário à
faixa etária.
A utilização de estratégias de educação dos pacientes e familiares não só sobre o risco de
queda e de dano por queda como também sobre como prevenir sua ocorrência é
fundamental. Essas ações devem ocorrer na admissão e durante a permanência do
paciente no hospital. A elaboração e a distribuição de material educativo devem ser
estimuladas.

4 Medidas Individuais

Todos os pacientes internados devem ter o seu risco de queda avaliado diariamente.
O resultado da avaliação do risco de queda e de dano da queda do paciente deve ser
registrado no prontuário.
O hospital deve estabelecer o profissional que será responsável por definir as ações de
caráter preventivo para pacientes com risco de queda.
Na presença ou no surgimento de risco de queda, este deve ser comunicado aos pacientes
e familiares e a toda equipe de cuidado. Por exemplo, pacientes em anticoagulação que
começam a receber sedativos têm seu risco de queda aumentado.
O hospital deve ter mecanismos de supervisão dos pacientes em uso de sedativos e
hipnóticos, tranquilizantes, diurético, anti-hipertensivo e antiparkinsoniano.

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Processos devem ser estabelecidos para assegurar a comunicação efetiva entre


profissionais e serviços sobre o risco de queda e risco de dano da queda nas passagens de
plantão.
Deve-se fazer a reavaliação dos pacientes em caso de transferência de setor, mudança do
quadro clínico, episódio de queda durante a internação ou na identificação de outro fator
predisponente.
Medidas preventivas adequadas a cada paciente devem ser prescritas e implementadas.
É necessário individualizar as medidas, visto que os fatores contribuintes podem ser
diferentes de acordo com o paciente.
No caso da ocorrência de queda, esta deve ser notificada e o paciente avaliado e atendido
imediatamente para mitigação dos possíveis danos.

4.1. Análise dos pacientes

A realização de análise dos pacientes que sofreram queda permite a identificação de


fatores contribuintes e serve como fonte de aprendizado para o redesenho de um processo
de cuidado mais seguro.

4.2 Procedimentos Operacionais

4.3 . Avaliação inicial do risco de queda do paciente (pacientes internados, pacientes no


serviço de emergência e pacientes externos).
4.4. Identificação do profissional responsável pela definição das medidas específicas de
prevenção de queda.
4.5. Orientação do paciente e dos familiares sobre as medidas preventivas individuais,
sendo sugerida a entrega de material educativo específico.
4.6 Colocação de sinalização visual para identificação de risco de queda, a fim de alertar
toda equipe de cuidado.
4.7. Implementação dos procedimentos específicos para a prevenção de queda nos
pacientes com risco.
4.8. Definição da supervisão periódica no caso de pacientes em uso de medicação que
aumente o risco queda.
4.9. Anotação no prontuário do paciente de todos os procedimentos realizados.
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5. Adoção de processos para garantir o atendimento imediato ao paciente sempre que este
solicitar ou necessitar.
5.1. Avaliação e tratamento dos pacientes que sofreram queda e investigação do evento.

5.2. Estratégias de monitoramento e indicadores

Criação de um sistema de notificação de quedas e avaliação de suas causas.

5.3. Indicadores
 Proporção de pacientes com avaliação de risco de queda realizada na admissão.
 Número de quedas com dano.
 Número de quedas sem dano.
 Índice de quedas [(nº de eventos / nº de paciente-dia)*1000]: este indicador pode ser
monitorado utilizando um diagrama de controle, visando não só construir a série
histórica do evento, como também auxiliar a estabelecer metas e parâmetros de
avaliação.

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Rute Fernandes da Silva Enfº Rute Fernandes da Silva
Vanessa Prechitko de Souza Enfº Vanessa Prechitko da Silva
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5.4 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 http://www.sobende.org.br/pdf/protocolo_tratamento_feridas_201402.pdf acesso 20/09/18


às 11:50 hs;

 http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/ANEXO-RESOLU%C3%87%C3%83O-567-
2018.pdf acesso 25/09/2018 às 10:39hs

 https://consultaremedios.com.br/bula acesso 03/12/2018 às 10:00 hs.

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