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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS


HOSPITAL VETERINÁRIO UNIVERSITÁRIO DE PEQUENOS ANIMAIS: AMBULATÓRIO
VETERINÁRIO

Laira Marques Araújo


Larissa Tereza de Oliveira

Sorocaba-SP
24 de maio de 2023
Sumário

1. Introdução 3
2. Informações sobre a estrutura física do ambulatório 3
2.1. Sala de espera 3
2.2. Área de triagem 3
2.3. Salas de consulta 4
3. Diretrizes de biossegurança e medidas de controle de infecção. 5
4. Referências 6
1. Introdução

Esta cartilha tem como objetivo oferecer uma visão geral de um ambulatório
veterinário ideal e fornecer informações relevantes sobre serviços e infraestrutura.

2. Informações sobre a estrutura física do ambulatório

2.1. Sala de espera

1. Assentos confortáveis: Disponibilizar cadeiras ou bancos confortáveis para os


tutores dos animais. Considerar acomodações separadas para tutores de
cães e gatos, se possível.
2. Distrações para animais de estimação: Oferecer distrações adequadas para
os animais de estimação na sala de espera, como brinquedos interativos ou
jogos, e também ter feliway para climatizar o ambiente para felinos. Isso pode
ajudar a mantê-los entretidos e distraídos enquanto aguardam.
3. Iluminação e ventilação: Manter a sala de espera bem iluminada e com boa
ventilação para proporcionar um ambiente agradável.
4. Água e área para necessidades básicas: Fornecer acesso a água fresca para
os animais e considerar a disponibilização de uma área designada para as
necessidades básicas dos cães, como um local para se aliviar, e também
saquinhos para o tutor coletar as fezes do seu animal.
5. Acesso a informações: Disponibilizar informações úteis, como folhetos
educacionais sobre cuidados com animais de estimação, promoções
especiais, informações de contato e horários de funcionamento.
6. Atendimento ao cliente: Garantir que a equipe seja atenciosa e amigável,
pronta para fornecer informações, responder a perguntas e fornecer suporte
aos tutores durante o tempo de espera.

2.2. Área de triagem

1. Espaço designado: A área de triagem deve ser uma seção específica e


separada dentro do ambulatório, onde os animais podem ser avaliados
inicialmente antes de serem encaminhados para os devidos procedimentos.
2. Localização estratégica: É benéfico que a área de triagem esteja localizada
próxima à entrada principal ou à sala de espera, facilitando o acesso e
permitindo uma triagem eficiente.
3. Equipamentos básicos: A área de triagem deve ser equipada com os itens
essenciais para realizar uma avaliação inicial, como uma balança para pesar
os animais, termômetro para medição de temperatura, esfigmomanômetro e
doppler para pressão arterial, estetoscópio para auscultação cardíaca e
respiratória, e instrumentos para verificar sinais vitais, como pulso e
frequência respiratória.
4. Área de contenção: É importante ter um espaço seguro e adequado para
conter os animais durante a triagem, ter a disposição focinheiras e guias de
contenção.
5. Superfícies fáceis de limpar: Como a área de triagem pode estar sujeita a
possíveis contaminações, é importante ter superfícies fáceis de limpar e
desinfetar, como pisos de fácil manutenção e bancadas impermeáveis.
6. Iluminação adequada: Garantir que a área de triagem tenha iluminação
adequada para permitir uma avaliação clara dos animais.
7. Acesso a suprimentos: A área de triagem deve ter acesso a suprimentos
básicos, como luvas descartáveis, algodão, gaze, produtos de limpeza e
desinfetantes, para garantir que a equipe possa atender às necessidades
imediatas dos animais. Além de limpar e desinfectar a cada paciente para
evitar contaminações.
8. Anotações e registros: Disponibilizar uma área ou sistema para anotações e
registros das observações iniciais dos animais durante a triagem. Isso inclui
informações sobre os sintomas relatados, histórico médico, dados de contato
dos tutores e outras informações relevantes.

2.3. Salas de consulta

1. Equipamentos médicos: O consultório deve estar equipado com os


instrumentos e equipamentos necessários para realizar exames clínicos,
como estetoscópio, termômetro, otoscópio, oftalmoscópio, doppler entre
outros.
2. Mesa de exame: A mesa de exame é o principal local onde o animal é
posicionado para o exame clínico. Ela é projetada para ser resistente, fácil de
limpar e pode ser ajustável em altura para acomodar animais de diferentes
tamanhos. Além disso, pode ter uma superfície antiderrapante para garantir a
segurança do animal.
3. Iluminação e ventilação adequada: A iluminação no consultório deve ser
adequada para permitir uma visualização clara dos animais e facilitar o
exame clínico. Uma combinação de iluminação geral e focos direcionais é
recomendada, e também instalação de ar condicionado para melhor conforto
do tutor e do animal.
4. Área de armazenamento: É importante ter um espaço para armazenar e
organizar os suprimentos médicos, como medicamentos, focinheiras,
curativos, luvas, almotolias, agulhas, seringas e descarpak para um correto
descarte de perfurocortantes. Deve-se ter todas as medicações e objetos
mais usados na rotina disponível na sala para evitar ter que sair buscar,
correndo o risco de fuga e agitação do animal.
5. Mobiliário e decoração: O consultório pode ter mobiliário funcional, como
armários ou prateleiras para armazenamento de documentos e equipamentos
adicionais. A decoração deve ser agradável e reconfortante, com elementos
como cores suaves e imagens de animais. A sala deve possuir uma ou duas
cadeiras para tutores.
6. Proteção: as janelas devem possuir telas firmes para evitar fugas, portas
devem ser fechadas adequadamente.
7. Limpeza e desinfecção: O consultório deve ser mantido limpo e desinfetado
regularmente a cada troca de paciente para garantir um ambiente higiênico e
livre de agentes patogênicos.
8. Sala de felinos: Ter uma sala separada para atender somente os felinos,
reforçar telas das janelas, ter enriquecimento ambiental na sala com nichos e
brinquedos próprios para gatos, ter feliway e ar condicionado no consultório
para climatizar e proporcionar um ambiente mais confortável ao felino.

3. Diretrizes de biossegurança e medidas de controle de infecção.

1. Higiene pessoal: A equipe veterinária deve seguir rigorosamente as práticas


de higiene pessoal, como lavar as mãos regularmente com água e sabão
antes e após o atendimento de cada animal, usar luvas descartáveis quando
apropriado, evitar tocar o rosto e usar roupas de proteção adequadas. Isso
deve estar sinalizado em todos os ambulatórios disponíveis.
2. Esterilização e desinfecção: Todos os equipamentos e instrumentos devem
ser esterilizados ou desinfetados adequadamente antes de serem utilizados
em diferentes animais. Superfícies de trabalho, mesas de exame e outras
áreas do ambulatório também devem ser limpas e desinfetadas
regularmente.
3. Controle de resíduos: É importante ter um sistema adequado para o descarte
de resíduos, incluindo resíduos biológicos, seringas, agulhas e outros
materiais contaminados. Esses resíduos devem ser manuseados e
descartados de acordo com as regulamentações locais.
4. Isolamento de animais: Se um animal apresentar uma doença contagiosa, é
importante isolá-lo dos outros animais para evitar a disseminação da
infecção. Áreas designadas para isolamento devem ser fornecidas, com
procedimentos claros de entrada e saída.
5. Vacinação adequada: É fundamental que todos os animais sejam vacinados
adequadamente de acordo com os protocolos recomendados. Isso ajuda a
prevenir a ocorrência de doenças transmissíveis.
6. Educação e treinamento da equipe: Todos os membros da equipe veterinária
devem ser treinados nas diretrizes de biossegurança e medidas de controle
de infecção. Eles devem estar cientes dos protocolos a serem seguidos e
atualizados sobre as melhores práticas para garantir a segurança e a saúde
de todos.
7. Registros e monitoramento: Manter registros precisos das doenças
observadas, protocolos de tratamento e medidas de controle de infecção
ajuda a identificar tendências, monitorar a eficácia das medidas adotadas e
facilitar a resposta a surtos ou problemas de saúde.
8. Triagem e triagem prévia: Realizar triagem adequada e obter histórico médico
dos animais antes de sua chegada ao ambulatório pode ajudar a identificar
possíveis doenças contagiosas e tomar medidas apropriadas para prevenir a
disseminação.
9. Ventilação adequada: Garantir uma ventilação adequada nas áreas do
ambulatório ajuda a reduzir a concentração de patógenos no ar e a melhorar
a qualidade do ambiente interno.
10. Atualização constante: É importante estar atualizado com as diretrizes de
biossegurança e medidas de controle de infecção, uma vez que novas
doenças ou variantes podem surgir.

Referência:

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA (Brasil). Resolução nº 1015, de


09 de novembro de 2012. Conceitua e estabelece condições para o funcionamento
de estabelecimentos médicos veterinários, e dá outras providências. Disponível em:
https://l1nq.com/SQVxk . Acesso em: 19 mai. 2023.

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