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Manual de Biossegurança

1. RISCOS

É a probabilidade de um evento acontecer, seja ele uma ameaça, quando


negativo, ou oportunidade, quando positivo. É o resultado obtido pela
efetividade do perigo.

GRUPO 1: RISCOS FÍSICOS

Situações que colocam o trabalhador em situações de vulnerabilidade física:


Piso escorregadio, iluminação do ambiente, conforto térmico, radiação solar.

GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS


Risco associado às substâncias químicas que oferecem perigo a vida dos
trabalhadores, que podem estar trabalhando direta ou indiretamente com elas.

 Substâncias inflamáveis: álcool, gasolina, querosene.


 Substâncias explosivas: pólvora.
 Substâncias corrosivas: ácidos e bases fortes.
 Substâncias irritantes: fumaças, fuligem de escapamento de carro,
borrachas.

GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOS


Agente biológico, é um organismo que traz alguma ameaça (principalmente) à
saúde humana, com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou
de transmissão desconhecida. Nem sempre está disponível um tratamento
eficaz ou medidas de prevenção contra esses agentes. Causam doenças
humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação
na comunidade e no meio ambiente.

Constituem risco biológico o lixo hospitalar, amostras de microrganismos, vírus


ou toxinas de origem biológica que causam impacto na saúde humana. Pode
incluir também substâncias danosas a animais. São considerados como riscos
biológicos os microrganismos patogênicos como os vírus, as bactérias, os
parasitas, os protozoários, fungos e bacilos.
GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS

Risco ergonômico é todo fator que possa interferir nas características


psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde.
Exemplos de risco ergonômicos:

Levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade,


postura inadequada de trabalho.

LER/DORT

O termo LER é a abreviatura de Lesões por Esforços Repetitivos e consiste em


uma entidade, diagnosticada como doença, na qual movimentos repetitivos, em
alta frequência e em posição ergonômica incorreta, podem causar lesões de
estruturas do Sistema tendíneo, muscular e ligamentar. É ela descrita em
diversos outros países com outras denominações, CTD (Cumulative Trauma
Disorders) – Repetitive Strain Injury (RSI) etc. Em 1998 o INSS introduziu o
termo DORT – Doenças Osteoarticulares Relacionadas ao Trabalho
equiparandoo à LER.

A DORT só é caracterizada quando o fator gerador da doença LER tenha sido


o trabalho e para tanto é imprescindível uma vistoria no posto de trabalho para
comprovar a existência da tríade – lesão – nexo e incapacidade.

O diagnóstico de DORT só deverá ser firmado quando houver comprovação


que o trabalho executado e regido pela CLT, for o causador da lesão.  Dr.
Antônio Carlos Novaes Especialista em Reumatologia e Medicina do Trabalho.

GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES

Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar


sua integridade, e seu bem-estar físico e psíquico, como por exemplo as
máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão,
armazenamento inadequado, etc.

TABELA 1- Classificação dos tipos de riscos em grupo.


O objetivo desta classificação é universalizar os riscos, de modo que um
mesmo grupo e cor seja identificável em qualquer empresa, fábrica ou
indústria, facilitando a vida e memória dos funcionários.

MAPAS DE RISCOS

É uma representação gráfica em planta baixa que contém círculos de vários


tamanhos e cores identificando as áreas onde há mais ameaças.

Tais condições acontecem em diversos elementos do processo de trabalho


como:
materiais, equipamentos, instalações, suprimentos, espaços físicos, forma de
organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho,
turnos de trabalho, postura de trabalho, treinamento etc.).

A realização de mapeamento de riscos tornou-se obrigatória para todas as


empresas do país que tenham Cipa, através da portaria nº 5 de 17/08/92 do
Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do
Trabalho. De acordo com o artigo 1º da referida portaria cabe às CIPAs a
construção dos mapas de riscos dos locais de trabalho. Através de seus
membros, a Cipa deverá ouvir os trabalhadores de todos os setores da
empresa e poderá contar com a colaboração do Serviço Especializado de
Medicina e Segurança do Trabalho (SESMT) da empresa, caso exista. Os
riscos deverão ser representados em planta baixa ou esboço do local de
trabalho (croqui) e os tipos de riscos relacionados em tabelas próprias, anexas
à referida portaria. Posteriormente os mapas deverão ser afixados em locais
visíveis em todas as seções para o conhecimento dos trabalhadores.

Além de informar, o gráfico faz com que a equipe se torne mais cautelosa e
mais preparada para lidar com as ocorrências laborais.

Quando pronto, ele serve de indicador do nível dos riscos e pode ser único
para toda a empresa ou individualizado por setor. Ele também serve de
estímulo para a busca de soluções e utilização de novos métodos de
prevenção de acidentes.

Assim como qualquer método de prevenção, o Mapa de Risco tem o objetivo


de reduzir o número de acidentes de trabalho e danos à saúde do trabalhador
dentro da empresa.

Com a identificação dos riscos, integração e conscientização dos funcionários,


o mapa se torna uma importante ferramenta de benefícios para a equipe e para
a imagem da instituição.

Assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável garante funcionários


empenhados e participativos, numa certeza de tranquilidade e produtividade
para a empresa.
1.3.4 A VALIDADE DE UM MAPA DE RISCO

O mapa deve ser refeito sempre que houver qualquer alteração no ambiente ou
processo de produção, uma vez que pode acarretar novos riscos para o local e
para a equipe. Portanto ele não possui uma validade, deve ser sempre
renovado de acordo com mudanças.

1.3.5 AVALIAÇÃO QUANTO ÀS LIMITAÇÕES DA PORTARIA

Esta portaria tem sido objeto de muita discussão nas empresas e nos
sindicatos patronais, sendo alegadas dificuldades no seu cumprimento por
parte dos técnicos e das direções das empresas, no que diz respeito a sua
construção, ou seja, quanto à simbologia empregada (uso de círculos de
diferentes dimensões e cores) e à definição dos riscos ambientais (onde foram
introduzidas duas novas categorias, além das três já existentes).

Talvez a grande falha desta portaria seja a de atribuir somente à Cipa a tarefa
de sua execução, cabendo apenas aos trabalhadores o direito de opinarem
sobre a sua construção, quando na realidade estes deveriam ser os reais
construtores, conforme a ideia original.

2. SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO

Reside nesta tarefa uma das maiores dificuldades dos trabalhadores, que se
acentua tanto quanto mais baixa for a escolaridade dos mesmos. Mas a
limitação antes de tudo está na própria portaria ministerial que aleatoriamente
ou arbitrariamente estabeleceu grupos de riscos (físicos, químicos, biológicos,
ergonômicos e mecânicos) sem conceituá-los, apenas exemplificando aspectos
que estariam contemplados e deixando a porta aberta através de um genérico
“outros”, ao final de cada relação de grupo.

Neste particular, os autores da proposta não seguiram sequer os pais da


matéria (os italianos), que categorizaram os riscos em quatro grupos: “O 1º
compreende os fatores presentes também no ambiente em que o homem vive
fora do trabalho (nos locais de habitação) … luz, temperatura, ventilação e
umidade.
O 2º engloba os fatores característicos do ambiente de trabalho: poeiras,
gases, vapores e fumaças. O 3º compreende os fatores que exigem trabalho
físico, provocam fadiga física e mental. Por fim, o 4º compreende as condições
de trabalho que geram estresse e a organização de trabalho”. (São et al., 1993:
2) Não adotando uma conceituação de cada grupo, estabeleceu-se a discórdia
e mesmo a dúvida: o que se entende por riscos ergonômicos.

FIGURA 1– Representação gráfica de um mapa de risco.

FIGURA 2– Legenda padrão para um mapa de risco.

2.1 PREVENÇÃO DE RISCOS


Para prevenção de riscos se faz necessário o uso de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI): Todo dispositivo ou produto de uso individual,
utilizado pelo trabalhador com o intuito de protegê-lo dos riscos capazes de
ameaçar a sua segurança e a sua saúde.

2.3 OS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) MAIS

COMUNS SÃO:

Proteção auditiva; abafadores de ruídos ou protetores auriculares: É um


equipamento de proteção auditiva individual. Utilizado na prevenção da perda
auditiva induzida pelo ruído (PAIR) quando a exposição a uma fonte sonora
não pode ser controlada ou eliminada.

Proteção respiratória; Máscaras e filtro: Utiliza-se como filtro para evitar a


inalação de substâncias tóxicas, fumaças, poeiras e gases, que podem causar
danos à saúde.

Proteção visual e facial; Óculos e viseiras: São necessários para proteger


quem trabalha em ambientes com risco de impactos, respingos, luminosidade
ou radiação. Estes óculos/viseiras são utilizados durante a execução de
esmerilhamentos, cortes e outros tipos de trabalho que geram partículas
sólidas e fagulhas.

Proteção da cabeça; Capacetes: É obrigatório em muitas áreas profissionais.


Destina-se à proteção da cabeça do trabalhador contra impactos causados por
quedas de materiais, batidas e, dependendo do modelo, até mesmo contra
choques elétricos.

Proteção de mãos e braços; Luvas e mangotes: São responsáveis por proteger


as mãos e os dedos durante as atividades, cada uma com sua funcionalidade.
Luvas protetoras: Agentes abrasivos e escoriantes, agentes cortantes e
perfurantes, choques elétricos, entre outros.

Manga para proteção do braço e do antebraço contra: Agentes abrasivos e


escoriantes, agentes cortantes e perfurantes, contra agentes térmicos, etc.
Proteção de pernas e pés; sapatos, botas e botinas: Sua principal função é
manter os pés do trabalhador protegidos de quaisquer perigos externos, como
objetos cortantes, pregos, chão escorregadio, objetos caindo, entre outros. O
calçado de segurança é um EPI de uso obrigatório, que deve ser utilizado
sempre que o trabalhador estiver em seu local de trabalho.

FIGURA 3 – EPIs mais utilizados pelo profissional esteticista.

2.3.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

Trata-se de todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à


preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a
de terceiros.

2.3.2 OS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

MAIS COMUNS SÃO:

Exaustores para gases e vapores: Funcionam para exaurir vapores, gases e


fumos, mas serve também, como uma barreira física entre as reações químicas
e o ambiente de laboratório, oferecendo assim uma proteção aos usuários e ao
ambiente contra a exposição de gases nocivos, tóxicos, derramamento de
produtos químicos e fogo.

 Placas sinalizadoras:
São instrumentos importantes para garantir a comunicação eficaz e a
segurança dos clientes, já que os estabelecimentos de saúde podem oferecer
alguns riscos e trazer consequências aos clientes.
 Piso antiderrapante:
São ideais para dar segurança em diversos ambientes residenciais e
comerciais. Com ele os escorregões praticamente desaparecem, garantindo a
tranquilidade e reduzindo os acidentes.

 Sistema de purificação do ar:


A forma mais eficiente de melhorar e manter a qualidade do ar dentro de casa
ou no trabalho, é usando aparelhos como purificadores ou esterilizadores de ar.
A principal função desses equipamentos é combater alergias, asma, micróbios,
eliminar poeiras, fumaças de cigarro e odores.

 Extintores de incêndio:
É recomendado em caso de fogo em materiais elétricos e líquidos inflamáveis.
Além disso, o gás carbônico tem o poder de abafar o fogo, já que ele
rapidamente substitui o oxigênio ao redor do fogo, sufocando a chama.

 Chuveiro de emergência:
É um equipamento projetado para promover uma descontaminação eficiente,
por meio de um fluxo controlado de água, com velocidade relativamente alta
para o fim ao qual se destina, porém inofensiva ao usuário.

 Caixa de descarte de perfurocortantes:


Todos os materiais perfurocortantes devem ser descartados no local em que
foram gerados, separadamente e de maneira imediata após o seu uso, sempre
em algum recipiente específico para esse uso, rígido e resistente a vazamentos
e rupturas e ao processo de esterilização.

FIGURA 4 – Chuveiro de emergência e extintores de incêndios.

FIGURA 5 – Caixa de descarte de perfurocortantes.


3. MEDIDAS PREVENTIVAS: IMUNIZAÇÃO

É imprescindível a imunização dos profissionais da área da estética e saúde, já


que estão expostos, cotidianamente, direta e/ou indiretamente, a diversos
microrganismos, que podem gerar quadros de infecção, ocasionando, assim,
consequências para as instituições, para esses profissionais e para os clientes.
Tais doenças como: Sarampo, Influenza, Hepatite B, Tétano.

3.1 CONTROLE DE RISCOS

Os resíduos de serviços de saúde gerados em estabelecimentos estéticos,


conforme RDC nº 222/2018, representam uma pequena parcela do total de
resíduos gerados pela sociedade, sendo que aproximadamente 50 a 80% deles
são resíduos semelhantes aos domésticos.

Segundo Bidone e Povinelli (1999), os resíduos de serviços de saúde são


fontes potenciais de disseminação de doenças que podem oferecer perigo para
a equipe de trabalhadores dos estabelecimentos de saúde, os pacientes e os
envolvidos na sua gestão. Demonstram, inclusive, que o manuseio dos
resíduos de saúde oferecem riscos de ferimentos com perfurocortantes, em
contato com sangue contaminado e por produtos químicos. Segundo Schneider
e Rego (2001), os resíduos de serviços de saúde representam riscos
associados ao manuseio, à infecção hospitalar e ao meio ambiente. A
incidência de acidentes com perfurocortantes e a possível contaminação com
agentes infectantes estão relacionadas com o gerenciamento inadequado dos
resíduos de serviços de saúde em todas as etapas, seja intra estabelecimento
(segregação, acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento), seja
nas etapas posteriores de transporte (tratamento e disposição final).
De acordo com a RDC nº 222/2018, a mesma se aplica aos geradores de
resíduos de serviços de saúde cujas atividades envolvam quaisquer etapas do
gerenciamento dos resíduos da saúde sejam eles públicos e privados,
filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino
e pesquisa. Diante dessa resolução, o CONAMA publicou a Resolução n° 358,
de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos
resíduos de serviços de saúde e dá outras providências, nas quais os
geradores de resíduos de serviços de saúde em operação ou a serem
implantados devem elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), de acordo com a legislação 34
vigente, especialmente as normas da Vigilância Sanitária (CONAMA, 2005). Foi
apenas com a publicação da Resolução n° 306 da ANVISA e da Resolução n°
358 do CONAMA que se conseguiu estabelecer harmonização entre os órgãos
regulatórios a respeito dos resíduos.

Em relação aos resíduos de serviços de saúde no Brasil, a obrigação do


gerenciamento está direcionada apenas para hospitais e postos de saúde
(CUSSIOL, 2005). No entanto, todos os estabelecimentos geradores de
resíduos de serviços de saúde devem ser sensibilizados sobre a importância
do manejo adequado desse tipo de resíduo, considerando que as condições de
segurança ambiental e ocupacional são condições imprescindíveis a serem
analisadas (BRASIL, 2006). Além disso, devido ao crescimento do número de
estabelecimentos do ramo estético, aumenta a geração de resíduos, tornando-
se fundamental a regularização desses locais a fim de reduzir os impactos,
tanto na saúde pública quanto nos recursos naturais. Em vista disso, justifica-
se que a biossegurança e o gerenciamento de resíduos da área estética se faz
importante e necessária, a fim de desenvolver os procedimentos estéticos com
maior segurança.

3.2 DESCONTAMINAÇÃO

3.2.1 LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A limpeza e desinfecção do nosso local de trabalho é essencial. Não apenas


por estética ou conservação do ambiente, mas principalmente para zelar pela
saúde dos funcionários e clientes.
Limpeza é a retirada de impurezas como sangue ou secreções com o uso de
água, sabão ou detergente. O mais correto é usar uma escova específica para
retirar resíduos mais aderidos. A seguir vem o enxágue com bastante água e,
por fim, a secagem com papel toalha. A utilização de luvas de borracha grossa
é essencial;

 Desinfecção é a eliminação das formas mais frágeis de micro-


organismos dos materiais e ambiente de trabalho (macas, bancadas, cadeiras,
paredes, piso e teto). Os seguintes produtos são os mais recomendáveis:
o Álcool a 70%: Permanece mais tempo em contato com a
superfície, concentração ideal e elimina os germes
o Hipoclorito de sódio a 1%: Se obtém diluindo 10 ml de cloro
puro (com registro na ANVISA e rótulo indicando sua origem) em um litro de
água limpa.
o Sabonetes enzimáticos: Esse tipo de sabonete vem em pó, isso
porque eles têm uma formulação diferente, as enzimas são compostas
orgânicos que servem para estimular uma certa reação química. No entanto
esses sabonetes atuam na quebra de moléculas que obstruem poros e causam
cravos.
o Clorexidina: É um antisséptico químico, antifúngico e um
bactericida capaz de eliminar tanto bactérias gram-positivas quanto bactérias
gram-negativas.
 Esterilização: Descarte dos resíduos gerados
O lixo gerado pelos hospitais e em outros órgãos de saúde deve ser separado
do lixo comum, pois existem diversos produtos químicos que podem ser
prejudiciais ao ser humano.

 Resíduos infectantes ou biológicos: são aqueles que contêm a


presença de agentes biológicos, eles são extremamente perigosos e têm alto
potencial para causar infecções, como por exemplo: sangue, excreções e
membrana.
 Resíduos químicos: São aqueles que contêm alguma substância
química apresentando riscos à saúde ou ao meio ambiente, como por exemplo:
efluentes de equipamentos, medicamentos, substâncias utilizadas para revelar
raio-X, resíduos saneantes, desinfetantes, reagentes e desincrustastes.
 Resíduos radioativos: São quaisquer resíduos com carga radioativa, o
que também caracteriza um fator de risco, são exemplos: resíduos de
radioterapia ou da medicina nuclear.
 Resíduos perfurocortantes: São objetos, instrumentos ou quaisquer
outros materiais que possam furar ou cortar, como por exemplo: lâminas,
bisturis, vidro, ampolas, escalpes e agulhas.
 Resíduos comuns: aqui estão os resíduos que não foram
contaminados e não apresentam as características citadas acima, alguns
exemplos são: luvas, sobras de alimentos e gesso.
Muitas vezes a falta de informação faz com que esses resíduos sejam
descartados de maneira errada, o que pode trazer graves prejuízos tanto a
saúde individual ou coletiva quanto ao meio ambiente. Vários materiais são
capazes de provocar doenças ao entrar em contato direto ou indireto com o ser
humano e também podem causar contaminação a água e o solo sendo assim
gerando infecções e outros danos à saúde.

Sempre que for fazer o descarte use acessórios de proteção como luvas,
óculos e outros acessórios.

3.2.2 COMO DEVEM SER DESCARTADOS CADA RESÍDUO:

 Infectantes ou biológicos: devem ser colocados em sacos especiais e


autolaváveis, etiquetados com um alerta de risco. Em seguida eles são levados
a desinfecção, valas assépticas ou incineração em último caso.
 Radioativos: devem ser colocados em embalagens protegidas e
blindadas, nesse caso elas precisam ficar guardadas até atingirem um nível
que permita levá-los ao seu destino final, que costumam ser em depósitos
específicos para esse tipo de resíduo.
 Químicos: devem ser coletados em suas embalagens originais e
colocados em recipientes inquebráveis envolvidos em um saco plástico, o seu
destino de descarte costuma ser seus próprios fabricantes.
 Perfurocortantes: devem ser colocados em recipientes rígidos, como
caixas de papelão específicas, seu destino é coleta para depósitos especiais, a
desinfecção ou incineração.
 Comuns: estes podem ser reciclados na maioria das vezes, eles
precisam ser levados a centros de reciclagem ou a postos de coletas seletivas.
Na área da estética, a biossegurança requer atenção e consciência para ações
de prevenção de doenças no ambiente de trabalho, sendo essencial redobrar a
atenção para medidas de cuidado e segurança nos locais de trabalho. Os
cuidados devem ser iniciados a partir do ambiente de trabalho.

3.2.3 AMBIENTE DE TRABALHO

Para a realização de procedimentos de estética e embelezamento, os


estabelecimentos
devem possuir área mínima de 10 m², com largura mínima de 2,50 m, para o
máximo de 02 cadeiras (5 m² por cadeira). Os compartimentos de atendimento
deverão ser separados por divisórias de no mínimo 2 m de altura.

O mobiliário deverá estar em condições ergonômicas adequadas e permitir a


adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto e segurança.
Recomenda se que cada estabelecimento de beleza, dependendo do tipo de
atividade desenvolvida, determine locais adequados no próprio ambiente de
trabalho (nos diversos setores, se possuir). Recepção, área de espera, espaço
para atendimento aos clientes, salas específicas de acordo com o tratamento,
vestiários e banheiros, com placas de identificação e acessibilidade para todos
com maior conforto.

A organização, limpeza, desinfecção e esterilização é essencial tanto para os


aparelhos como para os ambientes, sem isso pode causar danos à saúde do
profissional e do cliente. Os revestimentos de piso, paredes e teto devem ser
lisos e impermeáveis, o ambiente deve ser claro e ventilado, os kits devem ser
organizados em quantidade suficiente e proporcional à clientela para possuir
melhor acesso, os lavatórios devem ser equipados com dispositivos de parede
para sabonete líquido e papel toalha, para que os funcionários lavem as mãos
antes e após cada atendimento, pia exclusiva para a limpeza do material de
trabalho, também é necessário um tanque exclusivo para a limpeza do material
de higienização, como pano de chão, lixeiras com tampa acionada por pedal e
revestidas por saco plástico em todos os setores do estabelecimento, utensílios
de trabalho, cosméticos, alimentos e produtos de limpeza devem ser
armazenados separadamente. Todos os produtos devem ser estocados em
prateleiras, armários ou sobre estrados.

Os profissionais que atuam na área de estética devem fazer o uso de


equipamentos de proteção individual durante procedimentos de limpeza de
pele, aplicação de produtos químicos, massagens e procedimentos similares,
pois os mesmos podem entrar em contato com microorganismos patógenos
nas mãos, roupas, cabelos e equipamentos, prejudicando assim ambos.

Entre os diversos micro-organismos causadores de doenças, estão: Hepatite A,


B e C (transmitidas pelo sangue, secreções, lágrimas e suor), Herpes Labial e
Genital (uso de equipamentos em outro cliente contaminado sem devida
esterilização e limpeza), Gripes (incluindo a H1N1), Tuberculose (por isso é
importante o uso de máscaras do profissional), Micoses (oriundas de
equipamentos compartilhados) e a AIDS (em contato com agulhas
contaminadas).²

A contaminação pode ocorrer pela via direta ou indireta, a via direta se baseia
na transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou
vetores. Exemplos: transmissão aérea por bioaerossóis, transmissão por
gotículas, contato com a mucosa dos olhos e via cutânea. Via Indireta –
transmissão do agente biológico por meio de veículos ou vetores. Exemplos:
transmissão por meio de mãos, como em perfurocortantes, luvas, roupas,
instrumentos, vetores, água, alimentos e superfícies.

4. RISCOS ENVOLVENDO SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

Vamos falar sobre os riscos químicos encontrados em uma clínica de estética.


Um desses riscos é o armazenamento inadequado de produtos, pois podem
ocasionar vazamentos, que em contato com a pele e olhos ou até mesmo com
a ingestão, causam danos ao corpo.

4.1 DERRAMAMENTO DE PRODUTOS

Em ocasião de derramamento ou vazamento de qualquer produto químico no


local de trabalho é indispensável que o profissional siga as instruções
fornecidas na rotulagem do produto ou nas fichas com informações do
fabricante e tome muito cuidado ao segui-las, evitando contato com partes do
corpo, para prevenir outros problemas. Ademais, é importante isolar o local e
procurar formas de conter o derramamento, podendo utilizar bandejas de
contenção, diques, mantas, caneletas pluviais ou outros utensílios capazes de
resolver o problema em questão e, em seguida, deve-se tomar providências
para que o líquido não vaze mais (pode-se fechar a embalagem ou fazer uso
de algum material absorvente que previna o derramamento de substâncias).
Após o uso dos materiais, os mesmos devem ser descartados e o ambiente
higienizado e ventilado, para que não permaneçam resquícios nocivos da
substância derramada.
4.2 ARMAZENAMENTO ADEQUADO

É importante conservar os itens de beleza, higiene pessoal e perfumes em


ambientes arejados, secos, na sombra (pois a radiação solar pode acarretar
problemas na composição do produto, aumentando o risco de reações
indesejáveis), com variação de temperatura de até 30ºC e com embalagem
bem fechada, pois o lacre correto evita que a umidade cause danos ao produto
e aumente a proliferação de fungos e bactérias, que podem afetar a pele com
irritações e até infecções graves.

Caso estes cuidados não sejam tomados com as maquiagens, por exemplo,
estes produtos podem perder água, compactar-se ou quebrar, além de
perderem a pigmentação original. Além disso, é necessário lembrar que os
conservantes contidos em produtos manipulados exigem um armazenamento
com condições de temperatura entre 2 e 8ºC. Essas orientações são
recomendadas pelo profissional da manipulação.

4.3 INGESTÃO E CONTATO IMPRÓPRIO COM PELE E OLHOS

A inalação, ingestão, absorção imprópria e contato de produtos químicos com


pele e olhos podem promover uma diversidade de malefícios para o organismo,
como intoxicações, asfixia, queimaduras e podem até levar a morte. Em casos
de acidentes como o contato indevido com essas substâncias deve-se
imediatamente tomar medidas como retirar as roupas, tomar uma ducha de
água, lavar bem os olhos ou a parte do corpo atingida, e em casos mais graves
devese procurar ajuda emergencial (ambulância ou bombeiros).

Para ampliar o entendimento relacionado a essas substâncias e seus riscos o


profissional deve consultar a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de
Produtos Químicos), que fornece dados como: identificação do produto,
medidas de segurança, riscos ao fogo, propriedades físico-químicas,
informações ecotoxicológicas e dados gerais. Sobre o hidróxido de sódio (soda
cáustica), por exemplo, a ficha mostra os seus efeitos, informa que é corrosivo,
que pode vir a provocar queimaduras, e as medidas a serem tomadas em
diversos tipos de imprevistos, além de outras informações bem específicas.
5. INSALUBRIDADE NO LOCAL DE TRABALHO

A insalubridade faz parte de uma sociedade atual. É marcada por uma


preocupação crescente, em garantir a melhor qualidade de vida a todos os
indivíduos. Para tal, muitas vezes é necessária a criação de atividades que
podem pôr em risco a segurança e saúde de quem as realiza, e as quais são
designadas atividades insalubres. Conceitualmente, a palavra insalubridade
tem origem latina significando tudo aquilo que origina doença, ou seja, que não
é saudável.

O direito ao adicional de insalubridade é uma obrigação do empregador


perante seu colaborador, quando este exerce atividades classificadas como
insalubres.

5.1 INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

Estes dois conceitos são comumente confundidos quando se fala do ambiente


e das condições de trabalho, uma vez que as avaliações, a peritagem e as
suas consequências práticas são muito semelhantes entre si.

 Insalubridade: É caracterizada quando durante o período de trabalho é


exposto a elementos que podem pôr em risco a sua saúde.
 Periculosidade: Os termos legais estão estipulados na NR 16 e este é
um conceito associado ao perigo mais eminente na área da saúde e segurança
no trabalho e relaciona-se com o risco de vida a que o trabalhador é exposto
quando executa a sua função.
A principal diferença entre insalubridade e periculosidade recai no impacto do
risco, assim como no tempo de exposição. No entanto, os trabalhadores que
exercem funções em ambientes de periculosidade estão expostos a riscos em
momentos particulares do período de trabalho. Contudo, os perigos a que são
sujeitos são de maior dimensão.  No caso das situações de perigo, basta
qualquer momento no qual o trabalhador esteja submetido a situações de
gravidade, pondo em causa a sua vida, podendo ser apenas um ato pontual, no
qual haja risco de invalidez.

5.2 RISCOS PESSOAIS AO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA


O profissional de estética é vulnerável a certas doenças assim como qualquer
outro profissional da área da saúde. Ao ter contato com objetos
perfurocortantes, sangue e secreções o risco de contrair essas doenças é
maior.

AIDS, hepatites B e C e tétano, são doenças transmitidas por objetos


perfurocortantes contaminados com sangue ou secreções.

Micose, pediculose e escabiose, são doenças transmitidas pelo material de uso


comum que não foi limpado de forma correta (maca, toalha) e também pela
falta de luva por exemplo ou qualquer outro EPI (equipamento de proteção
individual). Outro risco que o profissional corre também, são as doenças
ocupacionais como LER/DORT que é causada pelo esforço repetitivo.

6. MANUSEIO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS UTILIZADAS EM COSMÉTICA

Primeiramente para a segurança tanto do profissional quanto do cliente são


necessários vários tipos de cuidados, desde a compra, a mistura, a
conservação, utilização e cuidados até com o descarte de certos produtos.
Deve-se observar na compra desses produtos a embalagem, a data de
validade, se tem registro junto ao Ministério da Saúde, informações exigidas
pela ANVISA e que de certa forma representa uma garantia para o cliente.

Outras recomendações são o local em que devem ser armazenados, devem


ser protegidos da luz excessiva e onde não tenha variações muito bruscas de
temperatura. Os utensílios devem ser devidamente desinfectados e
esterilizados para o manuseio dos produtos por parte do profissional de
estética, além do uso de descartáveis durante a aplicação do produto.

Esses são alguns dos cuidados que devemos ter.

6.1 O EXEMPLO DOS ÁCIDOS

São os mais procurados para tratamento dermatológico de manchas, espinhas,


rugas e outros. Mesmo proporcionando uma série de benefícios para a pele, é
importante usar de maneira correta e só em casos indicados.
Os ácidos são ativos que proporcionam diversos benefícios, como a renovação
da pele. A esfoliação tem a função de eliminar as células mortas, que previne o
surgimento de cravos e espinhas; a produção de colágeno e elastina,
proporciona uma pele mais firme e protege contra o envelhecimento precoce. E
também clareia as manchas escuras de melasma solar ou de acne.

As fórmulas manipuladas à base de ácidos, são prescritas por médicos pois


depende de cada tipo de pele e qual o problema que tem que ser resolvido, e
podem ter uma concentração maior do que os cosméticos prontos. Eles são
sem dúvidas mais eficazes e podem ser suficientes, pois, a eficácia de cada
ácido depende de um conjunto de fatores, como concentração, se é creme, gel
etc., o tipo de pele. Cada paciente deve ser avaliado individualmente. Alguns
tipos de ácidos e suas funções cosméticas.

 Glicólico: Tem a função de renovação celular, estimula a produção de


colágeno, atua no fechamento dos poros e revitalização dos poros e revitaliza a
pele.
 Hialurônico: É um componente natural da pele. Ele é aplicado de
maneira que hidrate, impedindo a perda de água pela cútis e também é um
ativo preenchedor, quando injetado, o que melhora o aspecto das rugas e
flacidez facial.
 Retinóico: É derivado da vitamina A, é um dos componentes mais
estudados para tratamento de envelhecimento, seja intrínseco, ou determinado
geneticamente. Esse ácido estimula o colágeno da pele e atua como
despigmentante da pele.
 Kójico: Ele vem de diversas espécies de fungos, e age contra a
melanina e das ações de bactérias. Conforme o uso, o ativo do ácido promove
uma descamação da epiderme e a produção de novas células nas fundas
camadas da pele. O ácido kójico se renova e clareia a pele.

6.2 AS MISTURAS ENTRE SUBSTÂNCIAS COMPATÍVEIS

O ácido glicólico pode ser usado junto com o ácido hialurônico, sendo o
glicólico como dito acima, tem função de produzir colágeno, facilitando a
penetração de outros componentes, e, portanto, como o hialurônico que é
aplicado de maneira hidratante e traz firmeza para a pele, juntos, ambos
proporcionam uma hidratação e rejuvenescimento de forma sinérgica.

O ácido retinóico é usado para tratar envelhecimento seja do tempo ou


genético, e o kójico promove a descamação que ajuda também no combate às
rugas, clareando a pele e renovando as células. Eles podem ser usados juntos
pois um vai auxiliar o outro na renovação da pele e na diminuição de rugas.

6.3 MISTURA ENTRE SUBSTÂNCIAS INCOMPATÍVEIS

Para a realização de alguns procedimentos estéticos, é necessária a utilização


e mistura de cosméticos e dermocosméticos, mas isso demanda atenção, pois
pode haver uma incompatibilidade química ou física entre eles.

Incompatibilidade entre substâncias químicas é quando alguma mistura pode


anular seu efeito, gerar resultados indesejados ou causar riscos de acidentes,
incompatibilidade física é quando ocorre alterações no aspecto físico de algum
cosmético, como separação de fases, cristalização, entre outras. Seus efeitos
podem ser gerados por contato ou através do método de armazenamento.

Os componentes de um cosmético podem ser divididos em ativos aditivos,


produtos de correção e veículos, é no equilíbrio e mistura deles que pode haver
uma incompatibilidade.

Ativos é uma substância química, natural ou sintética, responsável pela ação


de um produto. Aditivo é uma substância complementar que visa maximizar o
tempo útil, como conservantes, corantes, pigmentos e essências. Produtos de
correção visam ajustar características para obter o resultado esperado, como
corretores de pH, emolientes, emulsificantes, entre outros. Veículos são
estruturas que podem levar o princípio ativo hidrossolúvel (solúvel em água) ou
lipossolúvel (solúvel em gordura) para dentro da epiderme, como
ciclodextrinas, fitossomas, lipossomas, entre outros.

A ANVISA determina que todos os produtos devem passar por uma avaliação
de estabilidade, comprovando sua qualidade e segurança. A orientação é que
os produtos passem testes sob simulações de estresse do dia a dia, buscando
encontrar sinais de incompatibilidade, avaliando características organolépticas
(aspecto, cor, odor, sabor e tato), características físicasquímicas (valor de pH,
viscosidade, densidade, umidade, entre outras) e características
microbiológicas (conservantes e contagem microbiana).
Sendo os seguintes testes: estabilidade preliminar, estabilidade acelerada,
longa duração, compatibilidade entre formulação e material de
acondicionamento, transporte e distribuição. Após aprovação, o produto pode
passar a ser utilizado e comercializado.

Exemplos de algumas substâncias de uso cosmético que


apresentam incompatibilidade quando misturadas:

 Ácido salicílico com alfa-hirdroxiácidos.


 AHA (ácido araquidônico) com vitamina C ou retinol.
 Álcool esteárico com agentes oxidantes ou hidróxidos metálicos.
 Álcool etílico: em condições ácidas, soluções etanólicas podem reagir
violentamente com agente oxidantes; misturas álcalis podem escurecer devido
a quantidade de residuais de aldeídos; substâncias biológicas e gomas podem
precipitar; loções hidroalcoólicas acima de 20° pode inativar os lipossomas.
 Butilenoglicol com reagentes oxidantes.
 Cera de ésteres cetílicos com ácidos ou bases fortes.
 Glicerina: insolúvel em todos os tipos de óleo, quando em baixas
temperaturas pode cristalizar.
 Monoestearato de glicerila com substâncias ácidas.
 Niacinamida com vitamina C.
 Óleo mineral com agentes oxidantes.
 Óleos vegetais com agentes oxidantes fortes.
 Propilenoglicol 400 com alguns corantes.
 Quaternários de amônio (tensoativos) com íons de ferro e metais
pesados.
 Vitamina C com peptídeos com cobre.

6.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) NA ESTÉTICA E

SAÚDE

Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) são todos os dispositivos ou


produtos, de uso individual utilizados pelo profissional, com a finalidade de
proteção do contato com microrganismos provenientes de pacientes através de
sangue, fluidos orgânicos, secreções e excreções, substâncias irritantes e
tóxicas, materiais perfurocortantes e materiais submetidos a aquecimento ou
congelamento. Os profissionais da estética e saúde precisam de EPI´s para
zona corporal, tais como:
 Luvas cirúrgicas: As luvas são utilizadas como barreira de proteção
precavendo contra contaminação das mãos ao manipular materiais
contaminados, diminuindo a probabilidade de que microrganismos presentes
nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos. Portanto as luvas
descartáveis devem ser usadas em todos os procedimentos, desde coleta,
transporte, manipulação até o descarte das amostras biológicas, pois elas são
uma barreira de proteção contra agentes infecciosos. É significativo que as
luvas deve ser colocadas com cuidado, com o propósito de não rasgar e que
fique bem aderida a pele, evitando acidentes, porém o uso das luvas não
substitui a lavagem das mãos, por este motivo deve lavar as mãos
corretamente antes e depois do processo a ser realizado.
 Touca: Como equipamento de proteção da cabeça a touca impede a
queda dos cabelos que correspondem a uma importante fonte de infecção, já
que podem conter inúmeros microrganismos, na área do procedimento. Ela
oferece uma barreira mecânica para a possibilidade de contaminação dos
cabelos e evita que os cabelos do profissional tenham contato com
microrganismos indesejáveis e, além do mais, é uma forma de segurança e de
higiene tanto para o profissional quanto para o cliente, que também deverá
utilizá-la. O profissional deve prender os cabelos sem deixar mechas
aparentes, de modo que a touca cubra todo o cabelo e orelhas. Ao remover a
touca, a mesma deve ser puxada pela parte superior central e descartada no
lixo, devendo ser trocada entre os atendimentos sempre que houver
necessidade, devido ao suor e às bactérias.
 Jaleco: o jaleco é um bloqueio de proteção que reveste a roupa do
profissional, e reduz a oportunidade da transmissão de microrganismos, da
mesma forma que protege a pele do mesmo contra sangue e fluídos corpóreos.
Seu uso restringe-se somente ao local de atendimento do cliente pois os
jalecos também podem ser abrigo para bactérias ou fungos, e ao serem
levados a outros ambientes, podem transferir esses microrganismos ou adquirir
mais destes, fazendo com que haja troca excessiva de organismos e apresente
risco de contaminação para as pessoas. Ademais, deve haver restrições de
limpeza e temperatura quanto ao ambiente onde o jaleco é guardado.
 Avental descartável: diante do cenário atual de contaminação com o
COVID-19, se faz necessário reduzir ainda mais os níveis de
contaminação/infecção, e o avental descartável é um produto indicado para uso
em ambiente clínico e laboratorial, usados sobre o jaleco, a fim de proteger o
corpo do paciente e do profissional da saúde.
 Máscaras: a máscara simboliza uma importante forma de proteção das
mucosas da boca e do nariz, contra a ingestão ou inalação de microrganismos.
Inclusive é essencial para a medida de proteção das vias superiores contra os
microrganismos passíveis de transmissão durante a fala, tosse ou espirro.
Necessitam sempre ser utilizadas no atendimento de todos os clientes e são
obrigatoriamente descartáveis. Diante da possível contaminação do vírus da
Covid-19, ressalta-se a importância da utilização de 2 máscaras a fim de
reforçar a proteção do profissional. Outra medida que pode potencializar a
proteção contra o Covid-19 e outras patologias, principalmente respiratórias e o
uso de máscaras do tipo face-shield, que protegem o profissional do contato
com as gotículas infectadas pelos vírus exaladas por terceiros.
 Protetor ocular: os óculos de proteção assim como as máscaras,
formam uma barreira com o intuito de prevenir o contato com microorganismos
e substâncias químicas na via ocular. Existem especificações de lentes para os
óculos de proteção e dentre estas, são indicadas as lentes incolores para os
profissionais esteticistas, por serem de uso ideal para ambientes claros sem
deficiência de luminosidade intensa. O protetor ocular auxilia na proteção do
profissional do contato com as excreções provenientes da extração de
comedões.
 Proteção de pés e pernas: para os pés, os calçados permitidos na
clínica estética devem ser fechados e com solas antiderrapantes para evitar
quedas, tais como: botas, tênis, sapatos ou os famosos babuches. E os propés
usados em ambientes clínicos, composto por propileno sete que servem como
barreira entre os sapatos e o chão do ambiente, evitando proliferação de
agentes contaminados de fora do ambiente de trabalho trazidos pelos sapatos.
Para a proteção das pernas, faz-se necessária a utilização de calças,
preferencialmente brancas, conforme padrão.

6.5 PARAMENTAÇÃO

A paramentação é necessária para realizar um procedimento estético.


Lembrando que os equipamentos de paramentação quando possível devem
ser descartáveis e caso os mesmos não sejam eles devem estar todos
esterilizados de maneira correta.  

 Blusas: é necessário usar blusas de manga longa ou curta, que seja


com o tecido resistente, de preferência na cor branca.
 Sapatos fechados e Calças compridas : são permitidos usar os
sapatos fechados, botas ou tênis , e que tenha sola antiderrapante, as calças
devem ser cumpridas em tecido resistente, no intuito de evitar secreções
orgânicas ou materiais de trabalho que sejam lançados sobre os pés dos
profissionais, é um procedimentos de segurança adotados com intuito de
evitando acidentes e às transmissão de doenças.
 Jóias e bijuterias: não é permitido o uso de anéis, pulseiras e relógios,
durante o atendimento. Só é permitido o uso de brincos que sejam em um
tamanho pequeno e discreto.
É de extrema importância o uso do jaleco, ele serve para proteger nossas
roupas durante o trabalho e também evitar trazer microorganismos
provenientes da rua para dentro da cabine ou consultório. Por isso é importante
usá-lo apenas dentro do espaço de trabalho e quando sair, trocar de roupa ou
tirá-lo.

As vestimentas sempre devem estar limpas e passadas. Além disso, são


preferíveis roupas discretas, sem decotes e confortáveis. Os sapatos também
devem ser confortáveis e de preferência, com solado emborrachado, para
evitar ruídos enquanto o cliente está em um procedimento. Ademais, os
equipamentos de proteção individual (EPI´s) no geral e citados acima, são
imprescindíveis.

Para o atendimento clínico, algumas medidas de prevenção também devem ser


adotadas pelo profissional de estética e saúde para que não ocorram
contaminações derivadas de uma higienização incorreta.

 Antissepsia das mãos: o procedimento de lavagem das mãos é uma


técnica simples e que, desde que bem realizada e na frequência correta,
minimiza e muito os riscos de contaminação direta e cruzada. Pelo menos
antes e após cada atendimento deve ser realizada cuidadosamente.
 Antissepsia da pele do cliente de forma criteriosa: a antissepsia
cuidadosa da pele dos clientes antes de qualquer procedimento parece ser
algo óbvio também, no entanto, muito profissionais não investem tempo nesta
etapa preparando-a para receber modernos e tecnológicos recursos para
tratamentos estéticos, além de que, com esta etapa bem feita removemos a
flora transitória da pele (mais patogênica) evitando possíveis contaminações.
 Assepsia de equipamentos, eletrodos e acessórios: todos os
materiais e acessórios, bem como todo espaço de atendimento, devem seguir
uma rotina de procedimentos de limpeza a cada uso. A forma de limpeza e
desinfecção deve ser realizada de acordo com o fabricante para evitar danos e
prolongar a vida útil dos materiais.
 Uso de agulhas: o uso de agulhas descartáveis para extração de
millium, por exemplo, requer cuidados especiais no manejo, visto que precisa
ser apoiada em uma bandeja de inox ou lugar onde não haja o risco de
perfuração, tampouco pode ser revestida novamente após seu uso. Ela sempre
deve ser descartada em caixa específica para este fim e recolhida junto com
lixo infectante.
 Gerenciamento de resíduos: lixo comum e lixo Infectante (Infectante e
Perfurocortante): tão importante quanto a separação dos lixos comuns dos
infectantes dentro de um espaço de estética, é o armazenamento e a coleta
feita de forma correta pelos profissionais. É necessário o contato com uma
empresa que faça a coleta de resíduos hospitalares em sua cidade, peça todas
as informações para se inscrever e receber a coleta periodicamente.
 Retirada de produtos das embalagens: após separar a quantidade de
produto para serem utilizadas durante um procedimento, as sobras (se houver)
nunca devem voltar para a embalagem original. Portanto deve-se separar
somente a quantidade ideal para o procedimento.

7. PRODUTOS UTILIZADOS NA ESTÉTICA


Loções tônicas, cosméticos higienizadores, cremes faciais, cremes corporais,
cremes redutores de medida, máscaras, esfoliantes, óleos, entre outros.

7.1 FORMA CORRETA DE ARMAZENAR OS COSMÉTICOS

Armazenar os cosméticos corretamente garante a qualidade e segurança do


produto, além de preservar seus princípios ativos e evitar contaminações de
fungos e bactérias.

Nosso ambiente pode estar cheio desses microorganismos que podem alterar
a fórmula do produto modificando cor, textura, cheiro, podendo causar reações
na pele. Para que não tenha problemas, o produto deve ser armazenado em
local limpo, arejado, que não sofra variações bruscas de temperatura, sem
exposição ao sol.

O cosmético deve ser manuseado sempre com materiais desinfetados e


esterilizados, a assepsia das mãos deve ser realizada antes do manuseio.
Retirar a quantidade necessária para o atendimento e logo em seguida fechar a
embalagem do produto. Essa ação evita a contaminação do produto por
microorganismos presentes no ambiente.

Não utilizar produtos cosméticos vencidos, pois a utilização do produto após


seu prazo de validade pode ser um risco tanto para o profissional, quanto para
o cliente, uma vez vencido o produto pode oxidar e ter alterações em seu pH,
podendo desencadear reações alérgicas, eritemas, descamação, dermatites,
obstrução de óstios, entre outras lesões.

Para evitar a utilização de cosméticos vencidos, é necessário fazer uma


limpeza verificação mensal dos produtos cosméticos, verificando as datas de
validade, e fazer o descarte correto do produto não apto para uso, para se
evitar possíveis reações indesejadas, como por exemplo:

 Reações Irritativas: São dermatites provocadas por agressões físicas


ou químicas, os principais agentes químicos irritantes são ácidos e bases
fortes, álcoois, fósforo, xampus, sabonetes e cremes depilatórios. As reações
irritantes podem ser imediatas ou acumulativas, a imediata observa-se logo ao
aplicar o produto na pele como no caso dos cremes depilatórios. A cumulativa
percebe-se irritação na pele depois de exposição consecutiva ao produto como
os antiacneicos. Os principais sinais da irritação são vermelhidão, calor, dor e
inchaço.
 Reações Alérgicas: conhecida como dermatite alérgica de contato, a
reação pode ser imediata (de contato, urticária) ou tardia (hipersensibilidade). A
urticária de contato é uma resposta inespecífica a uma substância química
aplicada topicamente, os principais sintomas são coceira e queimação.
 Hipersensibilidade: tem duas características importantes. Nas
respostas a cosméticos a hipersensibilidade tardia que é manifestada pela
dermatite alérgica de contato, podem ocorrer erupções eritematosas e
púrpuras. E a hipersensibilidade anafilática ou reação alérgica imediata,
observa-se sinais minutos após a exposição ao antígeno. É caracterizada por
reação inflamatória aguda, podendo ocorrer urticária, edema angioneurótico,
edema de laringe e choque anafilático.

7.2 EQUIPAMENTOS

O profissional de estética tem contato diário com pessoas, substâncias


químicas, matérias infláveis e aparelhos elétricos. Portanto faz-se necessário o
cuidado para com a seguridade coletiva dos profissionais e dos pacientes que
podem frequentar o ambiente da clínica estética, o qual se dá pelo
cumprimento das normas relacionadas aos equipamentos requeridos, tais
como:

 Exaustor: Esse equipamento é de extrema importância por conta da


diversidade de produtos químicos encontrados numa clínica de estética, onde
os mesmos são usados para alisamentos capilares, colorações e tratamentos.
Ele é responsável pela troca de ar no ambiente, para que não haja casos de
contaminação ou reações alérgicas nos olhos, pele ou no trato respiratório de
qualquer pessoa que circule por aquele local.
 Kit de primeiros-socorros: Em qualquer espaço existe a possibilidade
da ocorrência de acidentes, ainda que haja medidas de proteção e seguridade.
Desta forma, o kit de primeirossocorros torna-se necessário para que, caso
ocorra algum incidente, possa ser realizado algum tipo de pré atendimento até
que a vítima seja encaminhada para um setor médico ou hospitalar.
 Extintor de Incêndio: No ambiente clínico os mesmos produtos
químicos que podem causar reações alérgicas e demais produtos como
aparelhos elétricos, tomadas e outros, podem também causar incêndios. À
vista disto, é de extrema importância que haja algum tipo de extintor de fácil
acesso no local.
 Estufa/autoclave: É necessário que os utensílios (como: alicates,
cortadores de unha, tesouras, escovas e pentes de cabelo, entre outros) sejam
muito bem esterilizados para que todos os microrganismos, que poderiam
apresentar alguma ameaça à saúde do profissional ou do cliente, sejam
removidos daqueles materiais. Em virtude disso, é explícita a necessidade de
haver uma estufa autoclave disponível para uso no mesmo estabelecimento.
 Torneiras com acionamento por pedal: Durante um atendimento
estético são utilizados inúmeros produtos passíveis de transferência a outras
superfícies, bem como cremes, máscaras, misturas, entre outros. Além disso, o
contato com o cliente durante um procedimento pode ocasionar o
encostamento das luvas da esteticista em secreções que podem ou não ser
transmissoras de antígenos patogênicos. Em virtude destes fatos e
possibilidades, pode-se concluir que há a necessidade de que a profissional
faça uso de torneiras automáticas, ou com acionamento por pedal, para que as
propriedades contidas na luva da esteticista não sejam passadas para outras
superfícies e ao invés disso, sejam descartadas imediatamente.
 Utensílios descartáveis: Muitos utensílios são compostos por materiais
esterilizáveis, os quais possibilitam o reuso da ferramenta. Por outro lado,
muitos materiais que, mesmo sendo ainda utilizados mais de uma vez por
descuido de profissionais, não são de composição útil para reuso, logo, devem
ser descartados após sua utilização. São utensílios estéticos descartáveis:
pincéis de maquiagem, abaixador de língua, agulhas utilizadas na limpeza de
pele, roller de microagulhamento, agulhas de eletrolifiting, entre outros.
 Lixeiras: Os resíduos devem estar separados em resíduos sólidos,
semissólidos e líquidos que apresentam periculosidade efetiva e potencial à
saúde humana e requerem cuidados especiais quanto ao acondicionamento,
coleta, transporte, armazenamento e tratamento. Os sacos de
acondicionamento devem ser colocados em lixeiras com tampa sem contato
manual. A identificação deverá ser realizada especificando o tipo de resíduos
de forma clara e visível nos sacos de lixo conforme o que se pede na norma
NBR 7500, ABNT, 2000. Resíduos biológicos, grupo A, são os detritos que têm
contato direto com micro-organismos ou materiais biológicos, e devem ser
depositados num saco plástico branco leitoso. Nos resíduos químicos, grupo B,
estão as matérias químicas que podem apresentar risco à saúde pública
ou ao meio ambiente. Esse tipo de resíduo deve ser depositado em recipientes
rígidos e com tampa fechada. Os detritos recicláveis, grupo D, possuem as
mesmas características do lixo doméstico e podem ser acondicionados em
sacos comuns de qualquer coloração. Resíduos perfurocortantes pertencem ao
grupo E e correspondem às lâminas de bisturi, pinças, cortadores de unha,
espátulas, navalhas, tesouras e objetos quebrados que apresentam perigo de
corte. Para o descarte de resíduos do grupo E é necessário colocá-los em
recipientes resistentes, sem o perigo de ruptura e deverá conter identificação
na tampa de acordo com a norma NBR 13853, ABNT, 1997. O transporte
destes resíduos tem de ser realizado longe da aglomeração de pessoas. Os
recipientes utilizados no transporte carecem de ser compostos de material
rígido, lavável, impermeável, com tampa articulada ao próprio equipamento,
extremidades arredondadas, sendo identificados com o símbolo que
corresponde ao resíduo transportado. Os resíduos comuns poderão ser
descartados em aterros sanitários, já os resíduos hospitalares devem passar
por tratamento como esterilização, incineração, irradiação, antes de serem
depositados em aterros, segundo a NBR 12810, ABNT, 1993.

 Equipamentos eletrotermofoterápicos: com os avanços tecnológicos


existem vários equipamentos para obtenção de benefícios estéticos e para a
saúde. Os aparelhos estéticos em sua maioria, induzem a reações bioquímicas
e fisiológicas a nível celular, reações essas que podem ser propagadas por
meio de correntes elétricas, com o uso de eletroterapias. Com diferentes
intensidades de correntes elétricas, os aparelhos de eletroterapia são utilizados
nas clínicas de estética e em outras áreas da saúde, para terapias faciais,
capilares e corporais. A eletroterapia utilizada para fins estéticos, consiste no
uso de aparelhos que utilizam estímulos elétricos de baixa intensidade para
melhorar diversas funções do corpo, como a circulação, o metabolismo, a
nutrição e a oxigenação da pele, auxiliando na produção de colágeno e
elastina. Quanto a proteção e prevenção de riscos aos de profissionais e
pacientes, é crucial as clínicas de estética investirem em bons equipamentos
que tenham certificados pela ANVISA e INMETRO.  
 Aparelho aquecedor de gel: é um aparelho utilizado para aquecer o gel
neutro, muito utilizado em procedimentos estéticos, deixando-o com uma
temperatura agradável proporcionando mais conforto para a paciente durante o
tratamento estético.
Para evitar acidentes evite:

 Utilizar o aparelho em locais com umidade e/ou molhados;


 Verificar sempre se o cabo de alimentação não está danificado, e se
caso estiver, fazer a troca do mesmo rapidamente em um agente autorizado,
ou pessoa qualificada.
 A utilização do aparelho deve ser sempre supervisionada por
profissional capacitado ao seu uso.
 Manta Térmica: é um aparelho essencial para os tratamentos estéticos
e para tratamentos de reabilitação. Tem ação termoterápica, que utiliza o calor
sob a forma de raios infravermelhos, que promovem um aumento da circulação
sanguínea e a perfusão de cosméticos, potencializando a ação dos mesmos e
os resultados dos tratamentos.
Cuidados necessários:

 Limpe a manta somente quando estiver desligada da tomada e em


temperatura ambiente;
 Utilize álcool diluído em 70% de água ou sabão neutro;
 Use um pano levemente úmido (não coloque a manta na água);
 Sempre faça a higienização após o uso
 NÃO utilizar a manta térmica nas situações abaixo:
1. Associada a receitas caseiras feitas com frutas cítricas como limão,
laranja, morango, kiwi ou abacaxi;
2. Associada a qualquer produto químico sem orientação de um
profissional de sua confiança;
3. Quando apresentar furos, rasgos ou desgaste; excessivo do tecido de
cobertura do equipamento;
4. Nunca utilizar a manta dobrada (sobreposta) ou enrolada (tipo
rocambole) sobre o utilizador;
5. Nunca use lençol de TNT ou qualquer produto que possa queimar a
manta e a maca;

 Não deixe o equipamento ligado por mais de 40 minutos seguidos. Isso


causa acúmulo de energia térmica e pode elevar a temperatura da manta,
apresentando sérios riscos ao utilizador;
 Nunca permita que o utilizador adormeça sobre a manta, pois pode
ocorrer riscos de queimaduras;
 Utilizar somente tecido de algodão e lençóis de alumínio.
o Aparelho de radiofrequência: é um equipamento para
tratamento médico, estético e cosmético, que gera energia de radiofrequência
não ablativa (alta frequência em média de 27,12 MHz, ou conforme cada
especificação do fabricante, diferenciando conforme marcas e modelos) sob a
forma de radiação eletromagnética intencional para fins terapêuticos. O
equipamento deve ser usado somente sob prescrição e supervisão de um
profissional licenciado. O manuseio dos acessórios do aparelho de
radiofrequência deve ser feito com cuidado. A manipulação inadequada dos
acessórios pode afetar suas características técnicas, vindo a trazer a
probabilidade de riscos, com danos físicos ao paciente, como a possibilidade
de provocar queimaduras na pele. O profissional esteta deve tomar alguns
cuidados antes mesmo do tratamento, sendo necessário conhecer os
procedimentos operacionais para os tratamentos disponíveis, bem como, as
indicações, contraindicações, advertências e precauções do aparelho. Essa
ação se faz necessária pois uma boa parte de terapias com tecnologias
estéticas, são contraindicadas a muitas patologias humanas. Portanto, antes de
cada uso, verifique o estado de isolamento das ponteiras dos aplicadores, do
cabo de conexão do aplicador e do cabo de alimentação. Também certifique-se
que os cabos tenham sido posicionados corretamente. Desligue o plug da
tomada antes de limpar ou desinfetar a unidade, para evitar o choque elétrico.
Siga as orientações do fabricante quanto ao manuseio dos eletrodos e
ponteiras. Queimaduras internas podem ocorrer com a aplicação incorreta da
radiofrequência, devido à intensidade ou tempo de exposição excessivo. Como
a radiofrequência eleva a temperatura local, o profissional de estética e saúde
deve observar constantemente se a temperatura do local em tratamento não
ultrapassa os 41ºC. Deve- se também manter o equipamento sempre em
movimentos circulares, para que assim seja evitado o sobreaquecimento de
uma determinada região, diminuindo o risco de queimadura. Execute reparos
no seu equipamento somente em locais autorizados. Mantenha todas as
pessoas desnecessárias fora do local de tratamento. Nenhuma outra pessoa
deve estar localizada a um raio de 3 metros da unidade (vide manual-
contraindicações). Os efeitos de campos de alta frequência sobre embriões e
fetos em desenvolvimento ainda não foram suficientemente estudados,
recomendamos às operadoras grávidas que permaneçam a pelo menos a 10
metros do aplicador quando o equipamento for ligado (vide manual-
contraindicações). As pessoas com marca-passos ou implantes devem
permanecer fora da área de tratamento durante a diatermia por radiofrequência
(vide manual-contraindicações). Ninguém usando um marca-passo cardíaco
deve estar no raio de 10 metros de uma unidade operacional (vide manual-
contraindicações). Equipamento não adequado ao uso na presença de uma
MISTURA ANESTÉSICA INFLAMÁVEL COM AR, OXIGÊNIO ou ÓXIDO
NITROSO. O equipamento não é de categoria AP nem APG. é um
equipamento de radiofrequência de alta tecnologia para aplicações médicas,
estéticas e cosméticas e pode causar lesões térmicas na pele, no caso do uso
de energia excessiva.
o Aparelho de Ultrassom: é um equipamento de ultrassom para
terapia destinado às áreas de fisioterapia e estética, possui os modos de
operação contínuo e pulsado, que permite o tratamento de várias disfunções. O
ULTRASSOM apresenta versões de 1 MHz e 3 MHz.
O profissional de estética e saúde deve se atentar aos cuidados com o
aparelho, verificando suas especificações e principalmente as
contraindicações. Dentre elas é importante salientar as seguintes precauções:

 Antes de ligar o equipamento, certifique-se que está ligando-o conforme


as especificações técnicas localizadas na etiqueta do equipamento;
 Nunca desconecte o plugue da tomada puxando pelo cabo de força;
 Manuseie o transdutor com cuidado, pois impactos mecânicos podem
modificar desfavoravelmente suas características;
 Inspecione constantemente o cabo de força e o cabo do transdutor,
principalmente próximo aos conectores, verificando se existe presença de
cortes na isolação dos mesmos.
 Caso perceba qualquer problema no aparelho, siga os procedimentos
descritos para manutenção do equipamento e leve em uma assistência
autorizada para os devidos reparos.
 Garanta a integridade do equipamento seguindo as regras de manuseio
e limpeza do equipamento conforme instruções do fabricante.
 Aparelhos de correntes excito motoras : são equipamento que
possuem variados tipos de corrente com diferentes modulações e formas de
uso, como a RUSSA (2.500 Hz modulado por baixa frequência na faixa de 1 à
120 Hz), AUSSIE (4.000 Hz ou 1.000 Hz modulado por baixa frequência na
faixa de 1 à 120 Hz) e ELETROLIPÓLISE (2.500 Hz modulado por baixa
frequência de 5 Hz). São técnicas que não causam dependência, podendo ser
utilizado em todos os tratamentos em traumato-ortopedia e dermato-funcional
(estética).
 Os aparelhos de correntes excito motoras, são equipamentos de fácil
manuseio, porém isso não isenta o profissional de estética e saúde de obter
alguns cuidados.
 Para que não ocorram choques elétricos, evite utilizar o plug do aparelho
com um cabo de extensão, ou outros tipos de tomadas a não ser que os
terminais se encaixem completamente no receptáculo. Desconecte o plugue de
alimentação da tomada quando não utilizar o aparelho por longos períodos.
 Evite locais sujeitos às vibrações e instale o aparelho sobre uma
superfície firme e horizontal, em local com perfeita ventilação, evitando,
portanto, apoiar o aparelho sobre tapetes, almofadas ou outras superfícies
fofas que obstrua a ventilação.
 Evite locais úmidos, quentes e com poeira e não introduza objetos nos
orifícios do aparelho e não apoie recipientes com líquido.
 Não utilize substâncias voláteis (benzina, álcool, thinner e solventes em
geral) para limpar o gabinete, pois elas podem danificar o acabamento. Use
apenas pano macio, seco e limpo para manutenção da integridade do
equipamento.
o Aparelho fototerápicos: são aparelhos que empregam através
do LED de diferentes cores, do Laser e luz pulsada, a emissão de radiação
eletromagnética no corpo, para diversos fins terapêuticos. Os aparelhos
fototerápicos emitem uma luz, que é responsável por estimular ou inibir um
tecido biológico com base no cumprimento da onda e diversas frequências de
modulação. Para realizar os procedimentos estéticos com segurança, o
profissional de estética e saúde deve seguir as orientações de instalação e
manuseio do equipamento conforme as instruções do fabricante. O
equipamento fototerápico fora de uso deve ser protegido contra utilização não
qualificada. Operador e Paciente devem utilizar os óculos de proteção toda vez
que iniciar o tratamento com um aparelho fototerápico. Recomenda-se que o
equipamento seja instalado em lugares que trabalhem de acordo com a norma
NBR 13534, que diz respeito a instalações de clínicas e hospitais. O
equipamento é pretendido para uso somente por profissionais de saúde. Este
equipamento pode causar rádio-interferência ou pode interromper a operação
de equipamentos próximos. Pode ser necessário tomar medidas mitigatórias,
como reorientação ou realocação do equipamento ou blindagem do local.
o Aparelho de Carboxiterapia: é um aparelho que promove
terapias de várias disfunções, através de aplicações subcutâneas de
concentrações controladas de gás carbônico (CO 2 padrão/grau USP). Esse
procedimento deve ser manuseado seguindo alguns cuidados:
o
 Nenhuma parte do equipamento deve passar por assistência ou
manutenção durante a utilização com um paciente.
 O operador e toda a equipe envolvida com a operação do equipamento
deve utilizar de meios apropriados de prevenção contra descargas
eletrostáticas. Exemplo: Utilização de pulseira anti-estática durante o manuseio
do equipamento.
 Antes do manuseio do equipamento é imprescindível a leitura do item
entendendo e prevenindo descargas eletrostáticas, este deve ser verificado
sempre que surgir dúvidas.
 A inalação indevida do gás CO2 em pequenas quantidades pode
resultar em enxaquecas, lentidão de raciocínio, irritação nos olhos e perda de
habilidade manual. A inalação de níveis de CO2 mais elevados pode levar aos
seguintes sintomas: náuseas, convulsões, perda de consciência e, em
situações mais graves, pode levar o indivíduo a óbito por asfixia.
 Deve-se seguir todas as orientações do fabricante quanto ao tocante do
manuseio, higienização e manutenção do equipamento.
 Aparelhos crioterápicos: são equipamentos que promove uma ação de
resfriamento no local de tratamento, promovendo tratamentos de disfunções
estéticas corporais e faciais, como nos tratamentos estéticos de redução de
lipodistrofia localizada, rejuvenescimento, fibrose, fibro edema gelóide, flacidez
tissular, entre outros. A terapia crioterápica também é indicada nos tratamentos
de dor crônica e aguda, fibromialgia, edemas e inflamações, tendinite, bursite e
outros. Os equipamentos crioterápicos precisam de acompanhamento
constante durante sua aplicação, manuseio, transporte e conhecimento técnico.
Portanto se faz necessário seguir rigidamente as orientações do fabricante,
como algumas citadas aqui neste manual:

1. Evite locais sujeitos às vibrações, portanto instale o aparelho sobre uma


superfície firme e horizontal, e em local com perfeita ventilação. Em caso de
armário embutido, certifique-se de que não haja impedimento à livre circulação
de ar na parte traseira do aparelho.
2. Evite locais úmidos, quentes e com poeira.
3. Proteja a parte externa do equipamento de produtos corrosivos, fogo e
água.
4. Os acessórios devem ser guardados limpos e desconectados.
5. Tomar cuidado durante o tratamento sobre áreas contraindicadas à
aplicação da terapia, com pessoas de pele fina, regiões com muitos vasos tais
como canto do olho, fronte, pescoço, cantos da boca, osso malar etc.
6. Siga corretamente as regras de aplicação da terapia.
Os aparelhos e produtos para a estética e saúde, devem ser projetados e
fabricados de modo que os clientes ou os profissionais estejam protegidos de
riscos mecânicos provenientes de, por exemplo, resistência, estabilidade ou
peças móveis.

Os aparelhos que têm emissão de ruído e vibrações devem ser elaborados de


forma que se reduzam ao menor nível possível essas oscilações, salvo é claro,
se essas oscilações fazem parte das especificações previstas para o produto.
Aparelhos e produtos que produzem termoterapia ou crioterapia, devem
apresentar e alcançar temperaturas que não representem perigo ao profissional
esteta e de saúde.

Quanto aos riscos associados às condições do meio-ambiente medianamente


provável, tais como os campos magnéticos, influências elétricas externas,
descargas eletrostáticas, pressão, temperatura ou variações de pressão e de
aceleração, essas características devem ser citadas com ação de aviso e
alertas em seus manuais de forma clara e concisa.

Porém de nada adianta tanto cuidados com avisos e alertas por parte dos
fabricantes se os profissionais de estética e saúde não se conscientizarem da
necessidade de capacitação profissional para manuseio dos equipamentos
com segurança, de assegurar um espaço de atendimento seguro, de oferecer
um ambiente seguindo todas regras de controle e prevenção de riscos.

Todos profissionais devem se conscientizar de não obter em seu espaço de


atendimento, aparelhos ou produtos que não tem aprovação da ANVISA e do
INMETRO, pois a obtenção de aparelhos não aprovados, o profissional tem a
dificuldade de uma assistência técnica especializada, além de expor a riscos a
si e aos pacientes. Essa consciência se faz mais importante do que tudo.

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