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BACHARELADO EM MEDICINA
Objetivos :
1. Conhecer a semiologia do abdômen
2.Conhecer a gastrite definindo seu quadro clinico
3.Citar os tipos de gastrite
4.Entender a fisiopatologia da gastrite gerada pela H-PYLORI
5.Compreender como é feito o diagnóstico da gastrite citando o diagnostico
diferencial
6.Compreender o tratamento para gastrite incluindo o manejo terapêutico para H-
PYLORI
7. Compreender a ação farmacológica dos IBP e antiácido .
Na maior parte das vezes a causa da gastrite crônica é a infecção pela Helicobacter
pylori (H. pylori).É uma bactéria que infecta a parede do estômago. O uso prolongado
de medicamentos como aspirina ou antiinflamatórios não esteroidais (AINES) são
considerados fármacos de riscos.
Diversos estudos sugerem que o fator genético tem menor influência que os
fatores relacionados às condições de moradia. A prevalência da infecção por H. pylori
aumenta com a idade, apesar da infecção ser mais recorrente na infância. Isso se deve
sobretudo ao efeito de coorte, no qual o risco de adquirir a infecção foi maior na
infância daqueles nascidos há mais tempo em comparação com os mais recentes, e não
por refletir a aquisição contínua na idade adulta.
Um pouco mais fundo na glândula está o istmo, que contém as células mucosas
do pescoço. A base da glândula oxíntica contém o epitélio especializado, que inclui a
célula enterocromafim (serotonina), a célula tipo enterocromafim (histamina), a célula
principal (pepsinogênio), a célula D (somatostatina) e a célula parietal (ácido e fator
intrínseco). Pregas gástricas aumentadas ou gigantes são decorrentes de hipertrofia
difusa da mucosa, que pode ser decorrente de uma gastropatia hiperplásica ou não
hiperplásica: - Gastropatia hiperplásica: as células epiteliais gástricas que compõem as
glândulas oxínticas tornam-se hiperplásicas e dão origem a pregas mucosas gigantes.
Fator de secreção tipo IV: substâncias que vão modificar o citoesqueleto da célula e
causar perturbação osmótica com futura morte celular - Citotoxina vacuolizante:
formam vacúolos dentro das células acarretando na morte celular, além de estimular a
migração de neutrófilos para a mucosa. exotoxina VacA e CagA é libertada com o
metabolismo e crescimento da bactéria.
O gene que codifica a citotoxina vacuolizante (VacA) e o gene que codifica uma
proteína denominada citotoxina vacuolizante associada (CagA) estão presentes em todas
as cepas de H. pylori e são considerados fatores importantes de virulência para induzir
danos ao DNA. Neutrófilos geram espécies reativas de oxigênio e/ou de nitrogênio
quando são ativados e podem induzir danos oxidativos no DNA relacionado às células
epiteliais na fase precoce de infecção pelo H. pylori.
FATORES DE RISCO
● Herança Genética
● Sedentarismo
● Etilismo e Tabagismo
● Estresse e Ansiedade
TRATAMENTO
● Medicamentoso.
Esses fármacos podem inibir por completo a secreção ácida e ter uma ação
prolongada. Promovem a cicatrização ulcerosa e também têm importante papel nos
esquemas de erradicação de H. pylori. Os inibidores da bomba de prótons substituíram
os bloqueadores H2 em muitas situações clínicas por causa da eficácia.
Pacientes com maior risco de úlceras induzidas por AINE (isto é, como os
idosos, os pacientes com história de úlcera ou complicação ulcerosa, e os pacientes que
também tomam corticoides) são candidatos ao uso de misoprostol oral 200 mcg 4 vezes
ao dia com alimentos junto com o AINE. ● Sucralfato Este fármaco consiste em um
complexo de sacarose-alumínio que se dissocia no ácido gástrico e forma uma barreira
física sobre uma área inflamada, protegendo-a contra ácido, pepsina e sais biliares.
Também inibe a interação entre a pepsina e seus substratos, estimula a produção de
prostaglandinas pela mucosa e adsorve sais biliares.
Não medicamentoso.
● Atividade Física
A infecção por H. pylori persiste geralmente por toda a vida, a menos que seja
tratada com antibióticos ou auto-erradicada quando uma infecção de longa data causa
atrofia e metaplasia generalizada da mucosa gástrica com acloridria. Uma infecção
transitória pode ocorrer em alguns lactentes. Em adultos que foram tratados, a
reinfecção é rara nas regiões de maior e menor prevalência.
A reinfecção pode ser confundida com recrudescência quando a infecção é
suprimida transitoriamente, abaixo do limiar de detecção por testes, mas não foi
erradicada pelos antibióticos.
O tratamento de primeira linha deve ser feito com amoxicilina 1g + claritromicina 500
mg + omeprazol 20 mg (ou outro IBP – por exemplo: pantoprazol 40 mg, lansoprazol
30 mg, esomeprazol 20 mg, dexlansoprazol 60 mg), todos os medicamentos a cada 12
horas, por 14 dias. - Terapia tripla com claritromicina (IBP-AC)
Outros esquemas de tratamento (que também podem ser usados como primeira
em alérgicos à penicilina) podem ser feitos substituindo-se a amoxicilina por
furazolidona ou metronidazol e combinado com uma IBP e claritromicina (IBP-MC). 2.
Escolha da terapia de erradicação de Segunda Linha Para retratamento, o esquema de
segunda linha ou de resgate mais utilizado é feito com a substituição da claritromicina
por levofloxacino. Este esquema pode ser feito por 10 a 14 dias. - Terapia quádrupla
com bismuto (7-14d) e terapia tripla com levofloxacino (10-14d) - Terapia tripla à base
de rifabutina (IBP-AR) - Dupla dose de IBP com amoxicilina (IBP-A) Esquemas
quádruplos são alternativas eficazes, embora tenham uma posologia mais complexa. Em
pacientes com úlcera péptica, recomenda-se a extensão do uso de IBP por 4 a 8 semanas
após o término do esquema de erradicação
A dosagem de IBP uma vez ao dia por cinco dias inibe a produção máxima de ácido
gástrico em aproximadamente 66 por cento. Uma vez que os IBPs inibem apenas a
enzima ativada presente na membrana canalicular, a redução da secreção de ácido
gástrico após uma dose inicial provavelmente será abaixo do ideal.
À medida que a enzima inativa é recrutada para o canalículo secretor, a secreção ácida
recomeça, embora em nível reduzido. Após a administração da segunda dose no dia
seguinte, mais HK-ATPase terá sido recrutada e subsequentemente inibida e, após a
terceira dose, provavelmente ocorrerá recrutamento adicional e maior inibição ácida.
Assim, o uso ocasional de um IBP tomado "conforme necessário" não fornece inibição
ácida adequada de forma confiável e não produz uma resposta clínica consistente ou
satisfatória.