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TUTORIA UCXI – CENÁRIO 4 Em países em desenvolvimento, quase todas

as crianças estão infectadas aos 10 anos de


GASTRITE idade. Após a infância é difícil adquirir o H.
DEFINIÇÃO E INTRODUÇÃO pylori.

Gastrite: inflamação do revestimento do Nos grupos mais velhos, em países


estômago associada à lesão da mucosa industrializados, após alcançado um pico, há
gástrica. um decréscimo da taxa de prevalência da
infecção. Isso pode ser facilmente explicado pela
Possui 3 etiologias principais: infecção crônica história natural da gastrite causada pelo H. pylori,
pelo Helicobacter pylori, afecções autoimunes, e a qual tende a progredir para atrofia após muitos
agressões químicas, como o uso de AINEs e anos. Quando a atrofia é acentuada na área do
álcool. estômago, a bactéria perde seu nicho
ecológico, formado pelas células mucosas, e
O estudo da gastrite é difícil porque, mesmo com
desaparece.
alterações acentuadas da mucosa, ela é, na
maioria das vezes, assintomática e sem FISIOLOGIA GÁSTRICA
aspectos radiológicos, gastroscópicos ou
sorológicos específicos. Seu diagnóstico é, Múltiplos tipos celulares dentro das glândulas da
então, essencialmente histopatológico. mucosa gástrica produzem ácido gástrico (HCl),
enzimas, hormônios e moléculas parácrinas.
O Helicobacter pylori (H. pylori) é o fator
etiológico mais frequentemente associado à  Células G: secretam gastrina. Estimulada
gastrite. pela presença de aminoácidos, de
peptídeos no estômago e por distensão do
A maioria das pessoas infectadas pela bactéria estômago, café, reflexos neurais (peptídeo
pode desenvolver gastrite aguda e esta resolver liberador de gastrina - GRP); Ação da
espontaneamente. gastrina: promover a liberação de ácido que
age diretamente nas células parietais e
Essa infecção aguda está associada ao
indiretamente estimulando a liberação de
desenvolvimento de hipocloridria e infiltração
histamina.
neutrófila à biópsia gástrica.
 Células parietais: secretam o ácido
Após a infecção aguda, a maioria das gastrites gástrico (HCl). Bombeiam H contra o
evolui para gastrite crônica ativa, que é gradiente (pH luminal < pH celular); Funções
caracterizada histologicamente por células do HCl: liberação e a ativação da pepsina
mononucleares, predominantemente de (enzima que digere proteínas), liberação de
linfócitos, plasmócitos e macrófagos. somatostatina pelas células D, desnatura
proteínas, ajuda a destruir bactérias e outros
PREVALÊNCIA microrganismos ingeridos, inativa a amilase
A prevalência total de gastrite crônica e a salivar, cessando a digestão de carboidratos
que iniciou na boca.
prevalência de gastrite crônica acompanhada por
estádios de atrofia do antro e corpo aumentam A secreção ácida inicia quando o H+ do citosol da
com a idade. É rara em crianças dos países célula parietal é bombeado para o lúmen do
industrializados, mas a sua frequência aumenta estômago em troca por K, que entra na célula, por
mais tarde, de maneira linear, com a idade. uma H-K-ATPase. O Cl, então, segue o gradiente
elétrico criado por H, movendo-se através de
Em média, mais da metade da população,
canais de cloreto abertos. O resultado líquido é a
mesmo nesses países, tem alto grau de gastrite
secreção de HCl pela célula. Enquanto o ácido
crônica nos grupos etários acima de 50 a 60
está sendo secretado no lúmen, o bicarbonato
anos.
produzido a partir de CO2 e OH da água é
Estudos epidemiológicos mostram que a absorvido para o sangue (alcalinização
prevalência da gastrite crônica relacionada sanguínea).
com o H. pylori depende da posição
socioeconômica da população, sugerindo que a O estômago produz duas enzimas: pepsina e
uma lipase gástrica.
infecção é mais frequente em populações em
países com baixo padrão de higiene ambiental,  Pepsina: secretada na forma inativa
comparados com aqueles de padrão mais elevado. pepsinogênio pelas células principais das
Populações com alta prevalência de gastrite glândulas gástricas, tem como função a
crônica geralmente mostram um início precoce da digestão inicial de proteínas;
infecção por H. pylori, e vice-versa.  Lipase gástrica: co-secretado com a
pepsina, quebram triacilgliceróis (menos de
1/3 da digestão de gordura ocorre no contra a atividade lítica de macrófagos e
estômago). neutrófilos polimorfonucleares, impedindo
uma resposta inflamatória eficaz do
Secreção parácrinas (histamina, somatostatina hospedeiro;
e fator intrínseco):
• Enzimas degradativas: a produção de
 Histamina: secretado pelas células proteases A e fosfolipases leva à degradação
semelhantes às enterocromafins (células das membranas das células epiteliais e do
ECL) em resposta à estimulação por complexo lipídico-glicoprotéico da camada de
gastrina ou por acetilcolina, tem como muco, aumentando a solubilidade do mesmo,
função a estimulação da secreção ácida, por acarretando danos à mucosa gástrica;
se ligarem a receptores H2 nas células • Adesinas: destacam-se a hemaglutinina
parietais; fibrilar e a fímbria, que representam o passo
 Fator intrínseco: proteína secretada pelas final da associação do microrganismo com a
células parietais, ajuda na absorção da mucosa gástrica;
vitamina B12; • Mecanismos de escape: o lipopolissacarídeo
 Somatostatina: hormônio inibidor do (LPS) presente na parede celular bacteriana
hormônio do crescimento, é secretada por possui baixa imunogenicidade, importante no
células D no estômago. processo de escape da bactéria ao sistema
imune do hospedeiro;
Sob condições normais, a mucosa gástrica • Ilha de patogenicidade cag: lócus com 31
protege a si mesma da autodigestão por ácido e genes, responsáveis pela codificação de
enzimas com uma barreira muco-bicarbonato. O potentes fatores de virulência; seu principal
muco forma uma barreira física, e o bicarbonato marcador é o gene Cag A que codifica uma
cria uma barreira tamponante química subjacente citotoxina que atua como antígeno de
ao muco. superfície imunodominante da Helicobacter
pylori;
A secreção de muco aumenta quando o
• Gene da Citotoxina Vacuolizante (Vac A): a
estômago é irritado, como pela ingestão de ácido
combinação em mosaico das duas regiões do
acetilsalicílico ou de álcool.
gene Vac A é o que determina a produção da
Observação: A hiperacidez no estômago supera os citotoxina e seu potencial patogênico.
mecanismos protetores normais e causa úlcera
Transmissão do H. pylori pode ocorrer por via
péptica. Na úlcera péptica, o ácido e a pepsina
oral-oral (a regurgitação do suco gástrico pode
destroem a mucosa, criando orifícios que se
contaminar a boca), via fecal-oral e por
estendem para dentro da submucosa e muscular
transmissão iatrogênica.
do estômago e do duodeno.
Fatores intrínsecos, como idade, sexo e etnia,
HELICOBACTER PYLORI
fatores ambientais e contextuais ligados ao nível
O H. pylori é um bacilo gram-negativo, de forma socioeconômico, são tidos como sendo de risco
curva ou espiralar, que exibe múltiplos flagelos para a aquisição da infecção pela H. pylori.
polares, em hélice, que está associada ao antro e
Fatores de Risco: crianças < 5 anos, baixo nível
apresenta como fatores de virulência:
socioeconômico, tabagismo, etilismo, dieta e
• Flagelos: proporciona motilidade no suco e exposição ocupacional.
muco gástrico, permitindo assim penetração
Histologicamente, observa-se infiltrado
na mucosa e sobrevivência do organismo no
infamatório composto de plasmócitos e
estômago humano;
linfócitos na lâmina própria. A infamação ativa é
• Urease: altos níveis desta enzima que
evidenciada pela presença de neutrófilos na
hidrolisa a ureia, fisiologicamente presente no
camada glandular e na superfície epitelial. Graus
suco gástrico, em bicarbonato e amônia iônica,
variados de infamação podem ser detectados.
elevando o pH da mucosa gástrica,
Agregados linfoides são frequentemente
protegendo o microrganismo dos efeitos
observados na mucosa.
deletérios do pH ácido do estômago podendo
ter acesso à camada protetora de muco; DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Proteínas de choque térmico: aumentam a
atividade da urease e influenciem na Teste Rápido de Urease – TRU: coleta de
habilidade da H. pylori tolerar as condições material da mucosa do antro gástrico e a
extremas do estômago; colocação deste em frasco contendo ureia e um
indicador de pH. A grande produção da enzima
• Catalase e a Superóxido Dismutase: atuam
na neutralização da ação oxidativa tóxica de urease pelo H. pylori leva a ureia a ser hidrolisada
radicais livres, conferindo proteção à bactéria e formar CO2 e amônia, aumentando o pH e
promovendo a mudança na cor da solução de
amarela para avermelhada. Quando ocorre
mudança de coloração em até 24 horas, o teste
é considerado positivo.

Histopatologia: realizado após endoscopia a


partir da retirada de dois ou mais fragmentos da
região do corpo e antro gástrico. O
microrganismo pode ser identificado por diversas
colorações histológicas, sendo que duas são mais
GASTRITE CRÔNICA
amplamente empregadas: a coloração a base de
prata (Warthin-Starry), no qual patógeno é visto A gastrite crônica (GC) é uma condição
aderido ao epitélio ou sob o muco gástrico e o infamatória da mucosa gástrica que pode afetar
método de Giemsa modificado. diferentes regiões do estômago e exibir graus
diferentes de lesões da mucosa.
Observação: a coloração hematoxilina-eosina é
empregada para a avaliação da gastrite, ou seja, Seu maior fator causal, o H. pylori, tem um
a histopatologia das amostras de biópsias longo período latente de infecção subclínica,
gástricas fornece ainda outras informações além durante o qual causa infamação e dano da
da comprovação de infecção, incluindo grau e mucosa.
padrão de inflamação, atrofia, metaplasia intestinal
e displasia do epitélio gástrico. Observação: A presença do H. pylori no estômago
está sempre associada com lesão tecidual e
Teste respiratório com ureia marcada: teste não achados histológicos de gastrite crônica ativa.
invasivo, o qual se baseia na coleta de amostra de Tipicamente, embora presente no antro e no corpo,
ar expirado 30 minutos antes e 30 minutos após a o organismo é mais comumente encontrado no
ingestão de uma solução contendo ureia marcada antro, onde encontra as condições ideais para
com C14 (radioativo) ou C13 (não radioativo), sua sobrevivência.
sendo o composto com marcação por C13 mais
utilizado. Se houver infecção pelo H. pylori, sua Histologicamente, observa-se infiltrado
enzima urease hidrolisará a ureia em amônia e infamatório composto de plasmócitos e
carbonato, desta forma, em seguida é possível linfócitos na lâmina própria.
medir a quantidade de CO2 liberado após o São reconhecidos três tipos de gastrite:
paciente expirar em um recipiente para detectar a pangastrite, predominante de antro e
presença dos marcadores. predominante de corpo.
Sorologia: método de diagnóstico não invasivo útil
na fase inicial da infecção e em inquéritos
epidemiológicos, tendo como princípio a
identificação de anticorpos específicos, porém,
requer validação e padronização local antes do
uso (ELISA).

Testes rápidos: São bem variados, geralmente


realizados utilizando como amostras sangue, soro
ou fezes diluídas do paciente, e podem ser feitos
através de métodos de aglutinação em látex, por
tiras cromatográficas onde há absorção de
antígenos específicos ou por placas
imunocromatográficas. Apresentam baixo custo,
rapidez de resultado e fácil realização.

Outros testes: Imuno-histoquímica e Técnica de


Hibridização Fluorescente; Cultura; Métodos
moleculares; Reação em cadeia da polimerase –
PCR; Pesquisa de antígeno fecal.
HISTÓRIA NATURAL DA GASTRITE CRÔNICA

A infamação aguda inicial pelo H. pylori afeta


todo o estômago. Esse envolvimento por igual do
antro e corpo pode ser o responsável pela
profunda hipocloridria que ocorre logo após a
infecção. Isso permite uma colonização maior da
mucosa do corpo pelo H. pylori e a retenção da Observação: Embora o Sistema Sydney
virulência dos organismos. Atualizado seja universalmente utilizado, ele não
proporciona aos clínicos informações terapêuticas
A seguir, ocorre uma redução gradual da e prognósticas imediatas, e a maioria deles é
densidade bacteriana no corpo, como incapaz de perceber os diferentes riscos
consequência do desenvolvimento da resposta associados com os diferentes termos utilizados.
imune, e uma alteração do perfil de quimocinas
pode conduzir ao restabelecimento da função HISTOLOGIA
da célula parietal.
Ramo topográfco: mostra a distribuição da
Na maioria dos indivíduos, a produção de ácido gastrite (antro, corpo ou todo estômago).
continua a aumentar como consequência da
recuperação das células parietais e da Ramo morfológico: descreve as cinco variáveis
hipergastrinemia induzida pelo H. pylori, histológicas (infamação crônica, atividade
tornando a mucosa oxíntica relativamente neutrofílica polimorfonuclear, atrofa glandular,
hostil à infecção pelo H. pylori. metaplasia intestinal e densidade de H. pylori) e a
intensidade de todos aspectos descritos (leve,
Outro fator importante para o resultado clínico da moderada, acentuada).
infecção pelo H. pylori é o estado secretor do
hospedeiro. • A infamação crônica é caracterizada pelo
aumento de linfócitos e plasmócitos. Após a
Em pessoas com perfil de secreção alta de erradicação do H. pylori, desaparece muito
ácido, a infecção pode conduzir a uma gastrite lentamente, levando cerca de 1 ano na
predominante de antro, com pouca ou nenhuma mucosa de corpo e até 4 anos na de antro.
infamação no corpo – padrão de gastrite • A atividade neutrofílica polimorfonuclear
predominante de antro. Esse padrão é mais avalia a presença de polimorfonucleares entre
comum em áreas industrializadas do mundo e está o processo infamatório crônico mononuclear.
associado a um maior risco para úlcera duodenal. Sua presença indica continuidade da
infamação aguda e suas consequências.
Entretanto, em pessoas com baixa secreção de
Desaparece 6 a 8 semanas após a
ácido, a infecção pelo H. pylori pode causar
erradicação do H. pylori. Sua persistência
gastrite progressiva no antro e corpo, com
quase sempre indica falha no tratamento.
consequente diminuição da secreção de ácido –
• As gastrites crônicas podem se acompanhar
gastrite difusa ou predominante de corpo. Esse
de atrofia glandular, ou seja, a perda das
padrão é mais prevalente nas camadas menos
glândulas especializadas de antro e/ou corpo
privilegiadas da população; está associada a
como resultado de um processo infamatório
hipocloridria, atrofia gástrica, úlcera gástrica e
prolongado e difuso ou de lesão tecidual
aumento da incidência de adenocarcinoma.
acentuada (erosão, úlcera), tendo como
QUADRO CLÍNICO consequência adelgaçamento da mucosa e
redução da função secretora gástrica.
Embora a gastrite crônica seja considerada uma • A metaplasia intestinal é uma reação
doença assintomática, mesmo quando adaptativa à infamação crônica da mucosa, na
acentuada, suas manifestações clínicas podem qual as células foveolares ou glandulares do
ser confundidas com outros processos, como a estômago são substituídas por dois tipos de
dispepsia funcional e a doença do refluxo epitélio intestinal, os quais podem ser vistos
gastroesofágico (DRGE). pela coloração hematoxilina-eosina: 1)
enterócitos absortivos, semelhantes aos do
Na prática clínica, muitos pacientes com queixas
intestino delgado, com bordo em escova e
funcionais do aparelho digestivo são
células caliciformes totalmente desenvolvidas;
erroneamente rotulados como portadores de
e 2) células colunares com citoplasma
gastrite (“gastrite nervosa”).
esponjoso e sem bordo em escova.
Quando o clínico é procurado, as queixas são
Ramo etiológico: se houver (H. pylori, autoimune
muito variáveis, podendo ocorrer desconforto e
etc.).
estufamento pós-prandial, náuseas, vômitos e
dor epigástrica, geralmente relacionadas com a ATENÇÃO: Múltiplos fragmentos de biópsias
ingestão de determinados alimentos, bebidas deveriam ser obtidos para explorar os
alcoólicas ou conflitos emocionais. diferentes compartimentos da mucosa.
Os sintomas dispépticos não são peculiares a Recomendam-se, ao menos, cinco amostras de
nenhum tipo de gastrite. biópsias:
SISTEMA SYDNEY
• Grande e pequena curvaturas do antro distal O sistema de estadiamento OLGA proporciona
(A1 e A2 = mucosa mucossecretora); aos clínicos uma percepção imediata, global, da
• Pequena curvatura na incisura angularis (A3), extensão da doença gástrica e também fornece
na qual ocorrem principalmente as alterações informações referentes ao risco de câncer,
atrófco-metaplásicas mais precocemente; especialmente do tipo intestinal.
• Paredes anterior e posterior do corpo proximal
(C1 e C2 = mucosa oxíntica).

Nesse sistema, os estádios III e IV estão


significativamente associados ao desenvolvimento
de CG e são consistentes com a assertiva
biológica de que a extensão e a localização da
atrofia têm correlação com o risco de câncer.

O segundo sistema de estagiamento (OLGIM –


Operative Link on Intestinal Metaplasia
Assessment) basicamente incorpora o mesmo
sistema de estagiamento OLGA, substituindo o
escore “global” de atrofia (nas suas diferentes
variedades fenotípicas) por uma avalição
semiquantitativa da metaplasia intestinal (local
e extensão), no estômago proximal e distal.

Alinhado com o Sistema Sydney, o sistema


OLGIM também requer um mínimo de cinco
amostras de biópsias para o estagiamento da
O Sistema Sydney Atualizado reconhece três gastrite, conforme o protocolo do Sistema Sydney
modelos morfológicos: Atualizado. Nesse sistema, os estágios III e IV
também estão signifcativamente associados com o
 Gastrite aguda: o diagnóstico da gastrite
desenvolvimento de CG.
aguda é raro com a realização de biópsias,
já que ela é, geralmente, uma condição Observação: Ainda é motivo de debate qual dos
transitória. O diagnóstico baseia-se em um dois sistemas é o mais eficiente na prática clínica,
infiltrado infamatório da mucosa mas ambos são consistentes no seu propósito de
predominantemente de neutrófilos, sendo estratificar os pacientes com gastrite em diferentes
mínimo, se houver, o aumento de linfócitos e classes de risco para o CG, tendo como resultado
plasmócitos. Outros aspectos, como edema, um subgrupo de pacientes com alto risco (estágios
erosões e hemorragia, são comuns. III e IV OLGA/ OLGIM), para os quais é
 Gastrite crônica: há um aumento de recomendada vigilância dessas lesões.
linfócitos e plasmócitos no interior da
lâmina própria, não acompanhados de DIAGNÓSTICO
modelos organizados reconhecíveis como O diagnóstico de gastrite somente pode ser
uma “forma especial”. A atividade da gastrite estabelecido por biópsia gástrica.
crônica é dada pelo infiltrado de neutrófilos
que pode acompanhá-la na lâmina própria, A gastroscopia permite avaliar a mucosa do
criptas gástricas e epitélio superficial. estômago e retirar múltiplos fragmentos de
 Formas especiais: essa categoria contém tecido, de modo dirigido.
uma variedade de entidades nas quais o
ENDOSCOPIA CONVENCIONAL DE LUZ
epitélio ou o infiltrado infamatório tem um
BRANCA (CLB)
modelo reconhecido, com implicações clínicas
ou patogênicas estabelecidas, embora seja Aceita-se que não há evidência de gastrite
desconhecida a etiologia exata. Pode ser a endoscópica quando a mucosa gástrica
manifestação gástrica de uma doença apresenta uma coloração rósea regular sem
sistêmica. descoloração ou alterações estruturais, as
pregas gástricas não são mais espessas que 5
SISTEMA DE ESTADIAMENTO OLGA E OLGIM
mm e expande-se bem à insuflação de ar.
Entretanto, as alterações infamatórias induzem à A endoscopia convencional, baseada em
apoptose e dano glandular subsequente, o qual alterações morfológicas grosseiras, é limitada para
pode conduzir a regeneração, fibrose ou detectar lesões.
metaplasia.
Nem sempre é possível visualizar
As alterações infamatórias, tais como endoscopicamente a infecção pelo H. pylori e
mudanças estruturais ou de cor, são atrofia gástrica utilizando a endoscopia
observadas nos achados endoscópicos e são convencional.
denominados de gastrite endoscópica.
O progresso da endoscopia com magnificação
Sistema Sydney Atualizado, divisão endoscópica, permitiu a observação direta da microestrutura
compilou uma série de alterações macroscópicas da superfície mucosa gástrica.
inequívocas que permitiriam o diagnóstico de
anormalidades gástricas ou duodenais: No corpo, a quase totalidade dos pacientes com
estômago normal à histologia, sem infecção
pelo H. pylori, apresentou endoscopicamente
uma estrutura característica: padrão de
capilares verdadeiros formando uma rede,
circundando cada glândula gástrica e
retornando para as vênulas coletoras junto
com criptas gástricas que tinham a aparência
de furos de alfinete. Essa visão endoscópica
magnifcada foi denominada Z-0, e há grande
concordância entre ela e a presença de RAC na
endoscopia convencional.

A observação endoscópica magnifcada do corpo


na gastrite induzida pelo H. pylori foi claramente
diferente da observada na Z-0, classificada em três
tipos: Z-1, Z-2 e Z-3.

• A Z-1 é constituída pela presença dos


capilares verdadeiros sem evidência das
vênulas coletoras.
• A Z-2 é constituída de sulcos e criptas
gástricas esbranquiçadas sem as vênulas
coletoras ou os capilares verdadeiros.
• A Z-3 é constituída de criptas com aberturas
mais alargadas e circundadas por
enantema.

Com base nesses critérios, os achados da


endoscopia com magnifcação de alta resolução de
corpo gástrico foram classificados em quatro tipos:

 Tipo 1: SECN em favo de mel com distribuição


uniforme das vênulas coletoras e das criptas
esféricas. Esse tipo corresponde à mucosa
gástrica normal (especificidade de 100% e
sensibilidade de 92,7%).
 Tipo 2: SECN em favo de mel com criptas
esféricas uniformes, com ou sem sulcos, mas
com perda das vênulas coletoras.
 Tipo 3: perda da SECN normal e das vênulas
coletoras, criptas alargadas e esbranquiçadas
circundadas por enantema.
 Tipo 4: perda da SECN e criptas esféricas,
com distribuição irregular das vênulas
coletoras, as quais podem ser vistas
novamente, graças à progressão da atrofia,
ENDOSCOPIA COM MAGNIFICAÇÃO DE ALTA que torna a mucosa mais delgada.
RESOLUÇÃO
 Tipo 3: Criptas gástricas ovais ou
tubulovilosas, bem demarcadas, com vasos
espiralados ou ondulados claramente visíveis.

Os tipos 2 e 3 são consistentes com infecção


pelo H. pylori (especificidade de 92,7 e 100%,
respectivamente). Histologicamente os graus mais altos de
infamação crônica são observados nos tipos 2 e 3
O tipo 4 corresponde à gastrite atrófica, com e de atrofa e metaplasia intestinal no tipo 3.
sensibilidade de 90% e especificidade de 96%.
Pode-se prever a ocorrência de metaplasia
A identificação do câncer gástrico e condições intestinal pela presença do padrão de mucosa do
pré-malignas, como a atrofia gástrica e a tipo 3 com 73,3 e 95,6% de sensibilidade e
metaplasia intestinal, é um dos principais especifcidade, respectivamente.
objetivos da endoscopia digestiva alta. Essas
condições são observadas principalmente no ENDOMICROSCOPIA CONFOCAL A LASER
padrão tipo 4, e são recomendadas biópsias (CLE)
dirigidas nesses locais, o que pode reduzir o
Nos últimos anos, a endomicroscopia confocal a
tempo e o custo, comparados à prática de obter
laser (CLE) foi desenvolvida para realizar a
espécimes múltiplos de maneira randomizada.
histologia in vivo.
ENDOSCOPIA COM SISTEMA DE IMAGEM EM
A CLE associa a videoendoscopia padrão com
BANDA ESTREITA
a imagem de microscopia confocal da mucosa
Técnica endoscópica para a visualização gastrointestinal durante a endoscopia.
aprimorada das estruturas microscópicas da
A vantagem da CLE é a sua magnificação de 500
mucosa superficial e seus padrões capilares,
a 1.000 vezes, o que permite obter “biópsias
que pode ser útil para a o diagnóstico endoscópico
óticas” da camada mucosa, com níveis de
preciso, mais próximo do histológico.
resolução celular e subcelular.
O padrão normal do corpo gástrico: criptas
Existe uma boa associação entre os aspectos
gástricas pequenas com uma rede uniforme de
vistos à CLE e o diagnóstico de infecção pelo
SECNs intercaladas com vênulas coletoras.
H. pylori.
Os padrões anormais da mucosa em três
Sua limitação é a impossibilidade de examinar
categorias, de acordo com as estruturas da
as camadas mais profundas da mucosa.
mucosa e da microvasculatura vistas com a
Infiltrados infamatórios na lâmina própria são
magnifcação pelo NBI:
frequentemente mascarados pela florescência do
 Tipo 1: Criptas gástricas esféricas, levemente tecido conjuntivo.
alargadas, com SECNs irregulares ou pouco A CLE pode distinguir com precisão a mucosa
nítidas. gástrica normal da infectada pelo H. pylori,
 Tipo 2: Criptas gástricas ovais, nitidamente havendo boa correlação entre a intensidade da
alargadas ou alongadas, com aumento da gastrite à CLE com seus parâmetros
densidade de vasos irregulares. correspondentes da gastrite histológica.
RELAÇÃO COM DOENÇAS GÁSTRICAS Gastrite e atrofia do antro tendem a aumentar o
risco de úlcera péptica, enquanto a gastrite com
CÂNCER GÁSTRICO atrofia do corpo tende a diminuí-lo.
A gastrite crônica é uma condição pré-cancerosa e As úlceras gástricas são subdivididas em úlceras
parece estar particularmente relacionada ao proximais, localizadas no corpo do estômago,
carcinoma gástrico do tipo intestinal. além de úlceras distais, localizadas no antro e no
A carcinogênese gástrica é um processo ângulo do estômago.
multifatorial, relacionado com a interação de As úlceras gástricas estão localizadas
fatores genéticos do hospedeiro (secreção principalmente ao longo da curvatura menor,
ácida gástrica e polimorfismos genéticos nas em particular na zona de transição da mucosa
citocinas pró-infamatórias), diversidade genética típica do corpo para a antral.
do H. pylori infectante (presença ou não de
fatores virulentos – cepas com ilha de  Pacientes estressados por uma condição
patogenicidade cag intactas) e fatores clínica severa, como um trauma importante,
ambientais como os hábitos dietéticos e de sepse, queimaduras extensas, lesão cefálica
higiene pessoal. ou insuficiência múltipla dos órgãos, podem
desenvolver úlceras de estresse no estômago
A infamação gástrica de longa duração induzida
ou no duodeno.
pelo H. pylori frequentemente conduz à gastrite
atrófica, que é considerada o primeiro passo As úlceras de estresse podem ocorrer
importante na histogênese do câncer gástrico. independentemente de colonização por H. pylori.
Sua distribuição é geralmente multifocal e As úlceras associadas à lesão cefálica são
frequentemente associada à perda glandular e conhecidas como úlceras de Cushing, e as
intestinalização da mucosa gástrica. associadas a queimaduras extensas são
conhecidas como úlceras de Curling.
A atrofia gástrica, principalmente quando afeta
uma grande parte do corpo gástrico, tem, como  Pacientes com uma grande hérnia de hiato
consequência, hipossecreção de ácido e níveis podem apresentar úlcera gástrica proximal,
diminuídos de pepsinogênio. denominada úlcera de Cameron ao nível do
hiato, onde o estômago é comprimido. Estas
A baixa acidez do suco gástrico permite a
úlceras normalmente são assintomáticas, mas
colonização do estômago por outras bactérias,
podem causar sangramentos ocultos ou
as quais, por sua vez, podem promover a formação
visíveis.
de fatores carcinogênicos.

A gastrite crônica atrófica está frequentemente


associada à metaplasia intestinal (MI), e ambas
estão intimamente relacionadas com a infecção
pelo H. pylori.

DOENÇA ÚLCEROSA PÉPTICA

A úlcera péptica é uma falha na mucosa com


diâmetro de pelo menos 0,5 cm que penetra na
muscular da mucosa. Falhas menores da mucosa
são chamadas de erosões.

O papel da gastrite na doença ulcerosa é


complexo: ela pode aumentar ou diminuir o risco
de úlcera, dependendo do seu grau e do tipo
topográfco.
associação com corticosteroides, AAS ou
anticoagulantes; e infecção pelo H. pylori.

Doença ulcerosa complicada:

Hemorragia: Sangrento do TGI superior


(problema relativamente comum, maioria dos
sangramentos não varicosos (70%) é atribuída a
ulcera péptica). Critérios importantes para
hemorragia persistente ou ressangramento: idade
avançada; redução taxa hemoglobina; na
internação: choque, melena e necessidade
transfusão.

Perfuração: Queixa de dor epigástrica aguda


repentina frequentemente grave (para muitos é o
primeiro sintoma de doença ulcerosa). Presença
de ar livre na cavidade abdominal; terão sinais de
peritonite. Doença cirúrgica e o tratamento é
operação de emergência. Localização:
normalmente na primeira porção do duodeno.

Obstrução Gástrica distal: Inflamação aguda do


duodeno pode levar obstrução mecânica com
obstrução funcional de saída, manifestado por
retardo no esvaziamento gástrico, anorexia,
náuseas e vômitos;.

Vômitos persistentes  desidratação. Alcalose


metabólica hipocloremica, hipocalemica,
Medicamentos AINE: secundaria a perda do suco gástrico rico em HCL-
cloreto de potássio.
Risco de ulceração é proporciona à dosagem
diária de AINEs; Inflamação crônica do duodeno  episódio
recorrentes de cicatrização, seguidos de cura e
Risco cresce com idade > 60 anos, em pacientes recorrência de ulceração  leva a fibrose e
com problemas GI anteriores ou o uso estenose do lúmen duodenal;
concomitante de esteroides ou anticoagulantes;
OUTRAS DOENÇAS GÁSTRICAS
Alta relação na patogênese da ulcera,
desenvolvimento de complicações e óbito; Algumas outras doenças gástricas, tais como
pólipos ou tumores neuroendócrinos tipo I
Ulceras induzidas por AINEs são mais (carcinoides), estão também comumente
encontradas no estômago; associados à gastrite crônica.
Gastrite não é frequentemente encontrada nas TRATAMENTO
ulceras induzidas pelos AINEs – somente 25% das
vezes; O tratamento da gastrite depende da sua
etiologia (se puder ser identificada). Deve-se
Pacientes com uso de AINE tem risco quatro vezes erradicar o H. pylori nos indivíduos infectados
maior de complicações como sangramentos, em segundo os esquemas atuais.
relação a não usuários. Fatores de risco:
antecedente de ulcera; idade avançada; presença O tratamento convencional de Helicobacter
de comorbidades; uso em altas doses de AINE; pylori consiste na utilização de antimicrobianos,
aos quais uma minoria expressiva de pacientes traduzido por uma diminuição na produção do
não responde. PG I enquanto o PG II permanece elevado.

Para quadros associativos bacterianos com úlcera H. pylori: pacientes infectados pelo H. pylori,
gastroduodenal, ativa ou cicatrizada, linfoma mas sem evidência de atrofia, têm risco de
MALT de baixo grau, pós-cirurgia para câncer câncer semelhante àqueles não infectados e
gástrico avançado, em pacientes submetidos à com estômago normal. O grupo com gastrite
gastrectomia parcial, pós-ressecção de câncer atrófica apresentou risco acentuadamente
gástrico precoce, endoscópica ou cirúrgica e aumentado, independentemente da sorologia para
gastrite histológica intensa, os esquemas de H. pylori. Foi concluído que a realização somente
tratamento incluem: do teste sorológico para detecção do H. pylori
é de limitado valor em determinar o risco de
• Inibidor de bomba protônica (IBP) em dose desenvolvimento eminente de câncer gástrico e
padrão + amoxicilina 1,0 g + claritromicina que a detecção de gastrite atrófica pelos
500 mg, duas vezes ao dia, durante 7 dias. pepsinogênios do soro é o teste mais importante.
• IBP em dose padrão, uma vez ao dia +
claritromicina 500 mg duas vezes ao dia + ENDOSCOPIA
furazolidona 200 mg duas vezes ao dia,
A gastrite crônica atrófica se desenvolve da
durante 7 dias.
pequena curvatura do corpo gástrico inferior e
• IBP em dose padrão, uma vez ao dia +
se estende para cima e lateralmente no corpo.
furazolidona 200 mg três vezes ao dia +
A presença de MI na pequena curvatura do corpo
cloridrato de tetraciclina 500 mg quatro
tem forte associação com o risco de câncer.
vezes ao dia, durante 7 dias.
Com essas observações, entende-se que a
Observação: Tratamentos alternativos para a demarcação da gastrite atrófica e da MI pode ser
infecção têm sido propostos, incluindo o uso de de grande utilidade para entender o grupo de alto
antioxidantes com destaque crescente à vitamina risco.
C, ao se demonstrar que concentrações da mesma
A vantagem da endoscopia no diagnóstico da
no estômago de indivíduos infectados com H.
gastrite atrófica sobre as biópsias múltiplas é a sua
pylori são, substancialmente, menores do que as
capacidade de avaliar precisamente a
de indivíduos saudáveis.
distribuição e a quantificação da atrofia ou IM.
PREVENÇÃO DO CÂNCER GÁSTRICO
Atrofia gástrica foi classificada por Tekemoto em
Segunda causa de mortes por câncer no mundo, e seis tipos:
60% dos casos ocorrem em países em
O tipo fechado (closed-type) indica que a borda
desenvolvimento.
da atrofia permanece na pequena curvatura
A hipótese de Correa sugere que a mucosa gástrica, tendo três divisões: no tipo C-1, as
gástrica sofre uma série de transformações alterações atróficas são visíveis apenas no
seguindo a infecção pelo H. pylori que conduzem antro; nos tipos C2 e C3, as bordas de atrofia
à gastrite crônica, atrofia, metaplasia intestinal ficam somente na pequena curvatura da porção
e displasia antes do desenvolvimento de câncer distal e proximal, respectivamente, do corpo.
gástrico (cascata de Pelayo Correa). A atrofia
O tipo aberto (open-type) significa que a borda da
gástrica é uma condição pré-maligna, e o risco de
atrofia já não existe mais na pequena
desenvolvimento do câncer gástrico aumenta
curvatura, mas estende-se para as paredes
significativamente com a sua intensidade e
anterior e posterior do estômago, até atingir a
extensão ao diagnóstico inicial.
grande curvatura.
SOROLOGIA

Pepsinogênios: Os pepsinogênios (PG) existem


sob duas formas: tipos I e II. O tipo I é produzido
exclusivamente pelas células principais e mucosas
do colo das glândulas fúndicas, ao passo que o
pepsinogênio tipo II é secretado por essas células
e também pelas glândulas pilóricas e de Brunner.
Quando ocorrem a gastrite e a infamação leve,
ambos os tipos estão aumentados. À medida
que a infamação progride e vai se tornando
mais extensa e intensa, as células principais são
substituídas por glândulas pilóricas. Esse fato é
metaplasia intestinal extensa e intensa no antro
e corpo gástrico, a cada três anos.

CONTROLE DE OUTROS FATORES DE RISCO

Consumo adequado de frutas e vegetais parece


reduzir o risco e diminui a incidência de câncer
gástrico. A erradicação do H. pylori é a principal
estratégia para a sua prevenção em pessoas
com GA e MI, mas a alteração da dieta, com
suplementos de vitamina C, ácido fólico e
betacaroteno, pode ajudar.

ERRADICAÇÃO DO H. PYLORI

Sua erradicação é acompanhada de remissão


das alterações infamatórias da mucosa
gástrica em um determinado período de tempo,
em pacientes sem alterações histológicas mais
avançadas (gastrite atrófca e metaplasia
intestinal).

Observação: Ainda é controverso se a erradicação


pode ou não melhorar a atrofia gástrica e a MI.

O diagnóstico, então, e tratamento da infecção


pelo H. pylori em pessoas mais jovens, antes do
desenvolvimento de gastrite atrófica, poderia ser a
estratégia de tratamento mais eficiente para
prevenção.

Outros grupos de risco nos quais a erradicação


formal está plenamente justificada são:
familiares de primeiro grau de portadores de
câncer gástrico, após ressecção endoscópica de
câncer gástrico inicial ou ressecções gástricas de
doenças benignas (p. ex., úlcera péptica), outras
neoplasias gástricas, como o adenoma e linfoma
MALT e pacientes que vão necessitar ou estão em
uso prolongado de inibidores da bomba de
prótons.

SEGUIMENTO PARA DETECÇÃO DO CÂNCER


GÁSTRICO INICIAL

A taxa de sobrevida de cinco anos em pessoas


com câncer gástrico inicial é maior que 90%, e as
cirurgias são cada vez menos necessárias,
graças aos recentes avanços da tecnologia e das
técnicas de ressecções endoscópicas.

O intervalo de seguimento para o câncer


gástrico ainda está em discussão.

O III Consenso Brasileiro do Helicobacter pylori


recomenda seguimento endoscópico, em nosso
meio, para pacientes com atrofia e/ou

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