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AFECÇÕES CLÍNICAS DO

SISTEMA DIGESTÓRIO
 CONTEÚDO:

 CÁLCULO DO REQUERIMENTO
ENERGÉTICO BASAL (REB)
 ALIMENTAÇÃO “FORÇADA”
▪ SONDA NASOESOFÁGICA
▪ TUBO ESOFÁGICO
▪ TUBO GÁSTRICO
▪ SONDA DE ENTEROSTOMIA Me Giorgio Queiroz Pereira
 CÁLCULO (Kcal/dia):

[(30 X peso) + 70] x fator de correção

 Fator de correção:
 Repouso = 1,25
 Pós-op. = 1,3
 Trauma e lipidose = 1,5
 Sepse = 1,7
 Queimadura = 2
 CÁLCULO:

[(30 X peso) + 70] x fato de correção

 Proteínas (gramas) = 3,8 a 4,4/kg/dia


 Cuidados
 Administração sempre lenta
 Não mais do que 30-45ml/kg por refeição
 Sempre adm água antes e após
VANTAGENS DESVANTAGENS

 Comumente usada  Sonda pequeno calibre


 Fácil e eficiente  Dietas líquidas de baixa
 Boa tolerância do viscosidade
paciente  Risco de colocação
 Facilidade no cuidado inadvertida na traquéia
 Paciente consegue  Remoção prematura
comer e beber pelo paciente
 Pode ser removida a  Risco no vômito e/ou
qualquer momento regurgitação
 Como colocar:
 Anestesia leve ou sedação?!
 Anestésico tópico
▪ Proparacaína 5% (0,5 a 1 ml) na cavidade nasal – 2x
▪ Lidocaína tópica 2% (1 a 2 ml)
 Lubrificar a ponta da sonda com lidocaína 5%
 Tamanho da sonda?
▪ Plano nasal até o 7º ou 8º EIC
▪ Marcar a sonda
 Como colocar:
 Após introduzir 2-3 cm sente-se o contato
com o septo
 “normalmente” a sonda entra na orofaringe,
estimulando o reflexo de deglutição
 Após “confirmar” o local, suturar ou colar
 Uso obrigatório de colar elizabetano
 Colocar um “coluna de água” antes de tampar
 Como confirmar:

1. Verificar pressão negativa


2. Injetar 3 a 5 ml de SF estéril – tosse?
3. Injetar 6 a 12 ml de ar e auscultar
borborigmos
4. Conectar a sonda a um capnógrafo
5. Visualizar a sonda através de RX de tórax
 Evitar:

 Hiperflexão ou hiperextensão cervical no


momento da colocação da sonda
 Gatos: evitar contato com bigodes
 Não atravessar o esfíncter esofágico inferior
▪ Incompetência esfincteriana
▪ Refluxo esofágico de HCl
▪ Esofagite
▪ Vômitos
 FARINGOSTOMIA OU ESOFAGOSTOMIA ?
 INDICAÇÕES:

 Pacientes anoréticos sem vômitos


▪ Qualquer causa (lipidose, IR, IH, cetoacidose...)
 Incapazes ou avessos a alimentação oral
▪ Distúrbios cavidade oral
▪ Fenda palatina
▪ Fratura de maxila / mandíbula
▪ Neoplasia oral – casos de eletroquimioterapia
VANTAGENS DESVANTAGENS

 Facilidade de colocação  Contra-indicadas em


 Aceitação pelo paciente pacientes com
 Sondas de maior calibre disfunção esofágica
 Facilidade nos cuidados  Precisa de anestesia
 Paciente pode comer e geral
beber  Sondas de
 Pode ser removida a qq faringostomia podem
momento sem sutura tocar a laringe e dar
 Evita incômodos no TR ânsia de vômito
 FARINGOSTOMIA OU ESOFAGOSTOMIA

 COMO COLOCAR:
 Anestesiar e entubar o paciente
 Decúbito lateral direito
 Antissepsia cirúrgica
 Manter a boca do animal aberta – “abre-boca”
 Medir a sonda previamente (polivinil 16 a 24 Fr)
▪ Local da incisão até o 7º-8º EIC
 FARINGOSTOMIA OU ESOFAGOSTOMIA
 COMO COLOCAR:
 Aplicar pressão no local da incisão de dentro pra fora
▪ Faringostomia – dedo
▪ Esofagostomia – pinça grande curva (ex.: Rochester),
guia?!
 Fazer incisão de 1-2 cm sobre a área
 Dissecção com a pinça (SC, mm e mucosa) até
aparecer pela incisão
 Prender e puxar a sonda, depois reintroduzir e fixar
 FARINGOSTOMIA
 ESOFAGOSTOMIA
 FARINGOSTOMIA
 ESOFAGOSTOMIA
 ESOFAGOSTOMIA – com guia
 SONDAS DE GASTROTOMIA

 Indicações:
 Pacientes anoréticos com TGI funcional
 Doentes anoréticos com vômito controlado
 Submetidos a cirurgia em cavidade oral, laringe, faringe
ou esôfago

 Contra-indicação:
 Paciente com doença gástrica (gastrite, ulceração,
neoplasias)
VANTAGENS DESVANTAGENS

 Bem tolerada  Anestesia geral


 Sondas de maior  Invasão peritônio
calibre  Equipamentos
 Facilidade no manejo  Endoscópio
 Paciente pode comer e  Método “brasileiro”
beber  Cirurgia
 Não pode ser removida
antes de 7-14 dias
 Risco de peritonite
maior em cães gdes
 SONDAS DE GASTROTOMIA

 Métodos de colocação:

 Gastrotomia percutânea às cegas


 Gastrotomia percutânea endoscópica
 Colocação cirúrgica
▪ Abordagem pelo flanco esquerdo
▪ Abordagem pela linha média
VANTAGENS DESVANTAGENS

 Dispensa  Estômago não fixado


instrumentação cirurgicamente
especial
 Peritonite
 Baixo custo e fácil de
colocar  Aprisionar omento,
mesentério ou baço
 GASTROTOMIA PERCUTÂNEA AS CEGAS

 Anestesia geral, tricotomia e antissepsia

 Tricotomia – região da última costela e caudal

 Usar uma sonda com ponta em forma de cogumelo

 Cortar um pedaço de fio NY longo


 SONDAS DE GASTROTOMIA
 Cateter urinário / sonda de Pezzer
 GASTROTOMIA PERCUTÂNEA AS CEGAS
 Passar um aplicador de sonda de alimentação rígido (guia)
até que possa ser palpável a parede corporal esquerda, 1 a 2
cm caudal a última costela
 GASTROTOMIA PERCUTÂNEA AS CEGAS

 Inserir uma agulha hipodérmica 18G através da pele


para o lúmen do guia
 Colocar o fio através da agulha e empurrar o mesmo
dentro do guia até sair pela boca
 Remover o guia

 * o fio penetra no estômago através do flanco esquerdo


e sai pela cavidade oral
 GASTROTOMIA PERCUTÂNEA AS CEGAS
 GASTROTOMIA PERCUTÂNEA AS CEGAS

 Passar e amarrar o fio pela ponta (oposta ao cogumelo)


– preparada / adaptada (tampa agulha, ponteira pipeta)

 Puxar o tubo sentido esôfago / estômago

 Sentir o tubo e alargar a incisão para saída do mesmo –


puxa o tubo até o “cogumelo” ficar contra a parede

 Vedar e suturar – ficar pelo menos 7-14 dias


 GASTROTOMIA PERCUTÂNEA AS CEGAS
 GASTROTOMIA PERCUTÂNEA AS CEGAS
 INDICAÇÕES
 Doença gástrica, intestinal ou pancreática
 Cirurgia do trato biliar
 “evitar” estômago ou duodeno

 CONTRA-INDICAÇÃO
 Doenças envolvendo cólon

 REQUER LAPAROTOMIA / LAPAROSCOPIA


 AFECÇÕES DO FÍGADO E DO
PÂNCREAS EXÓCRINO
 giorgio.queiroz@unifil.br

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