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Cateterismo Gástrico,

Entérico e Retal
Trato Gastrintestinal

Formado pela boca, esôfago, estômago,


intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo)
e intestino grosso (apêndice, cólon
ascendente, transverso, descendente e
sigmóide), reto e ânus
Processos de Nutrição
◼ INGESTÃO

- Processo de trazer alimentos e fluidos para


dentro do trato digestivo (tubo muscular de
6,8m de comprimento)
◼ DIGESTÃO

- Inicia-se pela ação da saliva na boca e

continua no estômago e intestino delgado

- Processo de desdobramento que transforma


pedaços grandes de comida em pedaços
menores que podem ser absorvidos no
intestino
◼ DIGESTÃO

- O estômago mistura a comida às enzimas


digestivas através do peristaltismo formando
o quimo

- A presença de gordura no intestino delgado


causa liberação de bile que atua na
emulsificação das gorduras

- Não ocorre na nutrição parenteral


◼ ABSORÇÃO

- Mudança do alimento digerido no TGI


para o sangue, linfa e células.

- Maior absorção de nutrientes ocorre no


intestino delgado (bolo alimentar
liquefeito).

- A água e as fibras seguem para o


intestino grosso (bolo fecal formado).
◼ ELIMINAÇÃO

- Resíduos alimentares não digeridos e


absorvidos são eliminados

- Colostomias, Ileostomias, Via reto-anal,


Sondagem retal (Enema, Clister ou
Enteróclise)
Indicações

◼ Obstrução no esôfago

◼ Paralisia

◼ Trauma

◼ Coordenação inadequada da mastigação e


deglutição

◼ Cirurgias
Finalidades
• Alimentar (GAVAGEM)

• Aspirar conteúdo gástrico

• Administrar medicamentos orais que não


podem ser engolidos pelo paciente
Finalidades

• Obtenção de amostra de secreções para testes


diagnósticos

• Realização de LAVAGEM gástrica (retirada de


resíduos do estômago)

• Controlar hemorragias gástricas


(COMPRESSÃO OU TAMPONAMENTO)
Cateterismo

◼ Inserção de um cateter ou sonda no estômago


ou no intestino através do nariz ou boca.
TIPOS:
◼ OROGÁSTRICA – da boca ao estômago
◼ OROENTÉRICA – da boca até o intestino
◼ NASOGÁSTRICA – do nariz até o estômago
◼ NASOENTERAL – do nariz até o intestino
Sondas Gástrica e Entérica
Material
◼ Cuba rim

◼ Luva de procedimento/estéril

◼ Sonda de Levine/ Dobbhoff

◼ Lubrificante hidrossolúvel

(Xylocaína gel)

◼ Gazes, Micropore (esparadrapo)

◼ Seringa

◼ Estetoscópio

◼ Copo com água


Técnica

-Reunir o material

- Lavar as mãos

- Explicar o procedimento ao paciente pedindo sua


colaboração

- Acomodar o paciente no leito

- Calçar luvas de procedimento

- Abrir o pacote de sonda pelo picote


Técnica
- Tomar a medida com a sonda, que corresponde ao
percurso do estômago: lobo da orelha – asa do nariz –
processo xifóide

- Marcar com esparadrapo este ponto da sonda

- Lubrificar a sonda com a ajuda da gaze

- Passar a sonda (pelo nariz ou boca) até o local


marcado (Para SNG o pescoço deve estar em
hiperestensão ou em flexão)
Técnica

- Aspirar a sonda com a seringa para obter resíduo


gástrico
- Localize o diafragma do estetoscópio no estômago e
injete 5ml de ar para AUSCULTAR a passagem de ar
- Mergulhe a ponta externa da sonda em um copo de
água para observar o aparecimento de bolhas de AR,
caso esteja na traquéia.
- Fixar a sonda na face do paciente com esparadrapo
Sonda Nasoenteral (SNE)
◼ Sonda de silicone flexível, que contém um metal
pesado(Tungstênio ou Mercúrio) em sua extremidade
interna que ficará no duodeno.

◼ O material e a técnica são as mesmas da SNG,


diferenciado-se apenas pelo uso de um mandril (guia) no
interior da SNE, que é retirado após sua passagem.
Acrescentar +/-20cm de sonda na medição.
Cuidados com o Paciente

◼ Promover a higiene nasal e oral


◼ Umidificar lábios com algodão embebido em
água
◼ Avaliar estado nutricional
◼ Monitorizar débito urinário
Cuidados com as Sondas

◼ Fixação da sonda
◼ Avaliação do resíduo Avaliação do
funcionamento da sonda
◼ Lavagem da sonda antes e após a alimentação
favorece a não obstrução.
Cuidados com a Sonda Gástrica

◼ Medir resíduo gástrico antes da gavagem e


anotar volume e características
◼ Lavar a SONDA com água após a
administração de alimento ou medicamento.
◼ Renovar a fixação da sonda sempre que
necessário.
Cuidados com a Sonda Entérica

◼ Deve ser feito ainda um RX abdominal para


certificação da posição da SNE no duodeno, antes de
administrar a primeira dieta.
◼ Lavar a SONDA com água após a administração de
alimento ou medicamento.
◼ Renovar a fixação da sonda sempre que necessário

OBS: Não deve haver resíduo gástrico.


Gavagem

◼ Administração de alimentação líquida pela


sonda

◼ Por ação da gravidade ou com impulsão

◼ Contínua ou de horário
Tipos de Gavagem

◼ Contínua – infusão sem interrupção em bomba de


infusão contínua

◼ Por gotejamento (ação gravitacional) – 4 a 6 vezes /


dia em 60 a 120 min.

◼ Cíclica - infusão por 8 a 12 h com pausa de 16 ou 12 h


Alimentação Transabdominal

◼ GASTROSTOMIA: inserção de sonda para


alimentação em uma estomia no estômago

◼ JEJUNOSTOMIA: inserção de sonda para


alimentação no jejuno
Fórmulas

◼ São absorvidas quase totalmente, ficando pouco


resíduo para o intestino grosso e formação e fezes.

◼ Volume: 2000 a 2500ml/dia para incapacidade de


ingesta oral.

◼ Composta de: carboidratos, proteínas, lipídios,


vitaminas, minerais e água.
Nutrição Parenteral

◼ Minerais, vitaminas, aminoácidos eletrólitos e água


administrados diretamente na veia

◼ Por acesso venoso central

◼ Técnica de administração deve seguir rigores para


não haver contaminação (luvas, máscara,
manipulação, temperatura, tempo de administração)

◼ Não ocorre a digestão


Cateterismo Retal
(Enema/Enteróclise/Clister)

◼ Introdução de uma solução no interior do reto


para ajudar na eliminação das fezes e dos
gases do intestino
FINALIDADES

◼ Aliviar a constipação
◼ Remover a impactação fecal
◼ Limpar o intestino antes de exames
radiológicos ou endoscópicos
◼ Evitar contaminação durante ato cirúrgico
◼ Reduzir quadros febris
TIPOS

De limpeza ou lavagem intestinal

◼ Remoção de fezes do cólon. Usa-se água


morna, solução salina, detergentes líquidos.
Ex: glicerina. Volume: 100 ml até 1500 ml no
adulto.
TIPOS

Emoliente ou oleoso de retenção

◼ Casos severos de constipação ou condição anal


dolorosa. O óleo funciona como lubrificante
facilitando a evacuação. A quantidade varia
entre 150 a 200 ml e o paciente deve reter o
enema por 1 h.
TIPOS

Carminativo

◼ Promovem a expulsão de flatos. Consiste na


associação de ingredientes que liberam gases,
distendendo o colón e estimulando a
peristalse. Volume: 200 a 350 ml
TIPOS

Com medicação

◼ Deve ser retido por determinado período


de tempo. As quantidades são reduzidas
para evitar o estímulo a defecação.
TIPOS

De refluxo

◼ Denominado lavagem de Harris, para expelir


flatos. A solução deve ser repetidamente
inserida no cólon e drenada. São instilados
200 a 300 ml. O frasco é abaixado para
permitir que o líquido reflua para o frasco
MATERIAL

Sonda retal
Recipiente contendo o enema
Equipo
Lubrificante
Comadre
Impermeável
PROCEDIMENTO

◼ Lavar as mãos e explicar o procedimento ao


paciente e solicitar sua cooperação
◼ Acomodar o paciente na posição de SIMS ou
em DLE, com os joelhos fletidos
◼ Lubrificar a sonda
PROCEDIMENTO

◼ Conectar equipo ao recipiente do enema


◼ Conectar o equipo à sonda retal e retirar o ar
◼ Solicitar que o paciente respire
profundamente e prenda a respiração
PROCEDIMENTO

◼ Introduzir cerca de 5 a 7,5cm da sonda no


reto (crianças 3,5 a 5cm)

◼ Abrir a pinça do equipo e deixar a solução


fluir para evitar lesão na mucosa
PROCEDIMENTO

◼ Ao término do procedimento a sonda retal é


pinçada e retirada, devendo o paciente
permanecer na mesma posição e reter o enema
por 10 min.
◼ Após a eliminação, fazer a higiene local e
registrar o procedimento (horário,
características, volume, intercorrências)
Sinfonagem

◼ Indicado quando paciente não consegue


expelir o enema dentro de 30 min. após sua
administração

◼ É a retirada da solução de enema com


emprego de pressão positiva, pressão negativa
e gravidade
Sinfonagem

◼ Posiciona-se o paciente em DLD, assim o


cólon descendente fica mais elevado,
facilitando a retirada da solução por ação
da gravidade
PROCEDIMENTO

◼ Introduza cerca de 150 a 200ml de água


morna no recipiente da solução do enema.
◼ Retire o ar do equipo e insira a sonda retal.
◼ Abra a pinça para que a água flua para o reto
◼ Abaixe a sonda sobre a comadre permitindo a
drenagem do líquido.

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