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Ortodontia - TOTAL DE: 45 PÁGINAS


1. Introdução à Ortodontia – 2 Páginas;

2. Etiologia das Maloclusões – 7 Páginas;

3. Classificação das Maloclusões – 5 Páginas;

4. Hábitos Bucais – 4 Páginas;

5. Mordida Cruzada – 6 Páginas;

6. Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial – 5 Páginas;

7. Mordida Aberta – 5 Páginas;

8. Extração Seriada – 4 Páginas;

9. Cefalometria – 7 Páginas.

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Ortodontia – 8º Semestre - 1ª Unidade – Aula 1 –  Ortodontia Interceptativa:
Introdução à Ortodontia  Conjunto de procedimentos efetuados
para impedir a progressão de uma
 Ortodontia: maloclusão constatada e, se possível,
 Ortodontia é o ramo da odontologia corrigindo-a;
relacionado com o estudo do crescimento do  Intervenção de um problema de
complexo craniofacial, com o desenvolvimento maneira precoce;
da oclusão e com o tratamento das anomalias
 Manutenção do Espaço:
dentofaciais; o Procedimento preventivo, feito
 Ao pé da letra, significa o alinhamento dos para manter o espaço após ter
dentes e conformação do paciente; perdido um dente;
 O objetivo vai ser diagnosticar, reconhecer e
 Recuperação/Controle de Espaço:
indiciar precocemente os pacientes para uma o Utilizamos o recuperador de
provável ortodontia; espaço.
 Tipos:  Mordida cruzada deve ser tratada para
 Ortodontia Preventiva: não gerar uma assimetria esquelética
 Conjunto de procedimentos efetuados  Mordida aberta pode ser interceptada
para impedir a instalação de uma e gerar o transpasse vertical.
maloclusão;
 Orientação:  Ortodontia Corretiva:
o Higienização;  Alinhamento dos dentes e correção da
o Restauração de dentes oclusão – dentição permanente:
comprometidos; o Correção de erros esqueléticos –
o Acompanhar o cirurgia;
desenvolvimento/cronologia da o Estética e perfil são prioridade;
erupção dentária. o Processo corretivo.
 Hábitos Intrínsecos:
o Deglutição atípica;  Tipos de força:
o Fonação atípica;  Forças Mecânicas:
o Repouso da língua;  Produzidas pelo próprio aparelho;
o Interposição lingual;  Forças Funcionais:
o Interposição.  Produzidas pela musculatura,
 Hábitos Extrínsecos: principalmente durante a deglutição sendo
o Mamadeira; transferidas às arcadas através de algum
o Chupeta; tipo de aparelho.
o Dedo;
o Objeto;  Campos de atuação:
o Postura.  Más oclusões dentárias;
 Respiração Bucal:  Displasia do crescimento craniofacial;
o Mudanças de feição no  Problemas sintomático-funcionais da
crescimento facial. neuromusculatura buco-maxilo-facial e das
ATMs.

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 Consequências prováveis:
 Comprometimento estético;
 Comprometimento na eficiência mastigatória;
 Maior predisposição a problemas periodontais
e às cáries;
 Disfunções crânio-mandibulares;
 Distúrbios fonéticos.

 Grampos Ortodônticos:
 Grampos Passivos:
 Retenção vestibular;
 Retenção interproximal;
 Grampo gota;
 Grampo circunferencial;
 Grampo de Adams;
 Grampo de Hawley.
 Grampos Ativos:
 Helicoidal (Mola).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOYERS, R.E. Ortodontia. Trad. Martins, D.R. 3a ed.

PROFFIT, W.R. Ortodontia Contemporânea. Pancast


Editorial

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Ortodontia - 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 –
Etiologia das Maloclusões  Moyers (1979):
 Usou a “Equação Ortodôntica” ou
 As maloclusões têm origem multifatorial: “Equação Dockrell” para interpretar a
 Influencia no desenvolvimento dos etiologia das maloclusões;
MAXILARES;
 1 em cada 4 indivíduos apresentam má
CAUSAS --- atuam em um ---> TEMPO --- sobre ---> TECIDOS ---
oclusão;
produzindo ---> EFEITOS.
 Evolução do Homem (escala filogenética);
 Desenvolvimento Craniofacial;
 Hábitos Alimentares e Sociais;  Equação ortodôntica para interpretação
 Miscigenação Racial. da etiologia da má oclusão;
 Representa uma expressão concisa do
 Teoria da Redução Terminal da Face Humana: desenvolvimento de todas as
 O processo evolutivo proporcionou a redução deformidades dentofaciais;
do tamanho da face e dos maxilares devido às
mudanças alimentares ao longo do tempo –  Etiologia dos Problemas Ortodônticos:
redução da quantidade de alimentos sólidos;  Durante o processo de diagnóstico é
 Desta forma o espaço para acomodar todos os necessário identificação da causa do
dentes torna-se limitado; problema, já que esta é multifatorial.
 Consequentemente o último dente de cada
série tende a desaparecer (3º Molar, 2º Pré-  Classificação de Graber:
molar e Incisivo Lateral) 1. Extrínsecos ou Gerais:
 Esse processo possui caráter hereditário:  Agem à distância;
 Primeiro os antecessores apresentaram  Muitas vezes durante a formação do
dentes com forma anômala; indivíduo.
 Depois, alguns sucessores já não mais 2. Intrínsecos ou Locais:
possuíram esses dentes.  Fatores mais diretamente relacionados a
 Mudanças alimentares: cavidade bucal;
 Fator contribuinte para a “involução” da  Mais controlado pelo ortodontista.
face;
 Ocorreu a transição de alimentos duros e
fibrosos à alimentos pastosos,
1. EXTRÍNSECOS OU GERAIS:
necessitando de menor participação da
1.1. Hereditariedade:
musculatura e, com isso, comprometendo
 Influência Racial Hereditária:
o crescimento e desenvolvimento da face;
o Miscigenação racial;
 O esforço da musculatura facial é
 Em populações raciais
importante para o desenvolvimento dos
homogêneas (grupo
maxilares.
geneticamente puro) quase não
 Histórico:
se observa má oclusão;
 Salzmann (1996):
 Já em populações miscigenadas,
 Classificou as Maloclusões em pré-natais e
ocorre o aumento das más
pós-natais;
oclusões;
 Graber (1966):
o Má oclusão de classe II e III tem
 Dividiu em 2 grupos: intrínsecos ou locais
componente genético na sua
& extrínsecos ou gerais;
etiologia.
 Classificação mais usada e mais fácil
didaticamente.

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 Tipo Facial Hereditário:  Varia desde fissura cicatricial no
o Braquifaciais: lábio superior até um
 A largura facial predominando rompimento completo do palato
sobre a altura; primário envolvendo o lábio
 Tendência a sobremordida superior, rebordo alveolar,
profunda; assoalho da fossa nasal,
o Dolicofaciais: terminando na região do forame
 A altura facial predomina sobre incisivo.
a largura;  Podem ser:
 Tendência à mordida aberta; - Unilaterais: direita, esquerda
o Mesofaciais: (completa/incompleta);
 Características intermediárias - Bilaterais (completa /
entre braquifacial e dolicofacial. incompleta);
- Medianas (completas /
1.2. Moléstia ou Deformidades Congênitas: incompletas).
 Lábios Leporinos ou Fendas Palatinas:
o Caracteriza-se pela falta de fusão o Grupo II:
entre os processos palatinos e/ou  Fissura Trans-Forame Incisivo;
segmentos que formam o lábio  Fissuras que englobam o lábio
superior e comprometem superior e o palato em toda a
invariavelmente a arcada superior sua extensão. Todos possuem
em maior ou menor extensão de má oclusão;
acordo com o tipo de fissura;  Podem ser:
o Prevalência: 1 para cada 650 mil - Unilaterais: direita/esquerda;
indivíduos; - Bilaterais.
o Fissuras de palato são mais
frequentes e mais graves/extensas no o Grupo III:
sexo feminino devido ao dimorfismo  Fissuras Pós-Forame Incisivo;
sexual:  Pouco comprometimento
 O palato secundário de estético;
embriões femininos se fecha  Envolvimento anatômico limita-
numa velocidade mais lenta que se à região posterior;
os embriões masculinos;  Podem ser:
 No embrião masculino, - Total (Palato duro e mole);
durante a 7ª semana de vida - Parcial (Somente palato mole).
intrauterina enquanto no sexo
feminino, este período coincide o Grupo IV:
com a 8ª semana de vida  Fissuras Oblíquas;
intrauterina.  Fissuras Transversais;
 Classificação de acordo com a  Fissuras Lábio Inferior.
localização (referência
anatômica: forame incisivo);

o Grupo I:
 Envolve somente o Palato
Primário;

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o Características:

 Torcicolo:
o Causado pela atrofia do
esternocleidomastóideo;
o Leva a:
 Assimetrias faciais;
A. Fissura Pré-Forame Unilateral
 Desvio da linha média dental;
Incompleta;
o Restringe o crescimento da mesma
B. Fissura Pré-Forame Bilateral
forma que uma cicatriz;
Incompleta;
C. Fissura Pré-Forame Unilateral
 Febres Exantematosas:
Completa;
o Rubéola, catapora, sarampo e
D. Fissura Pré-Forame Bilateral
escarlatina podem afetar o
Completa
desenvolvimento dos dentes;
E. Fissura Transforam Unilateral;
o Hipoplasia do esmalte;
F. Fissura Transforame Bilateral;
o Erupção retardada;
G. Fissura Pós-Forame Completa;
H. Fissura Pós-Forame Incompleta.

 Paralisia Cerebral: 1.3. Meio Ambiente:


o Hipotonia por causa de uma falta de  Influência Pré-Natal:
comando correto; o Posição intrauterina do feto;
o Essa hipotonia leva ao desequilíbrio o Fibromas uterinos;
das forças necessárias para o correto o Rubéola e uso de drogas;
desenvolvimento do terço inferior da o Dieta e metabolismo materno.
face:  Influência Pós-Natal:
 Crescimento vertical excessivo; o Ingestão de antibióticos;
 Extrusão dos dentes superiores; o Lesões traumáticas ao nascer;
 Mordida aberta superior. o Fratura de côndilo;
o Tecido cicatricial por queimadura;
 Disostose Cleidocraniana: o Anquilose condilar.
o Hipoplasia da clavícula;
o Retrusão maxilar; 1.4. Ambiente Metabólico e Enfermidades
o Protrusão mandibular; Predisponentes:
o Erupção tardia dos permanentes;  Poliomielite;
o Frequência de supranumerário;  Distrofia muscular;
o Hipoplasia do cemento.  Endocrinopatias da hipófise, tireóide e
paratireoide.
 Sífilis Congênita:  Variam de acordo com o excesso ou
o A principal manifestação oral são os carência de metabolismo dos hormônios
dentes de Hutchinson: produzidos pelas glândulas;
 Dentes em forma de chave de  Disfunções Endócrinas causam:
fenda ou molares em amora; o Hipoplasia dos dentes;

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o Retardamento ou aceleração do 1.7. Enfermidades Sistêmicas:
crescimento;  Febres agudas, infecções crônicas, paralisias
o Distúrbios no fechamento das cerebrais, distrofias musculares quando
suturas, na erupção e na reabsorção presentes na fase de crescimento e
dos dentes decíduos; desenvolvimento podem expressar
alterações na cavidade bucal.
 Hipotireoidismo:
o Cretinismo: 1.8. Hábitos e Pressões Anormais:
 Arco Dental diminuído;  Hábitos de Sucção de Dedo e Chupeta:
 Macroglossia; o A sucção dos dedos, língua e lábios é
 Retardo no período da erupção uma atitude instintiva dos mamíferos;
e no desenvolvimento da o Ao nascimento, o bebê apresenta a
dentina e da raiz; função de sucção completamente
 Hipoplasia do esmalte; desenvolvida;
 Erupção retardada. o A percepção bucal é meio de
comunicação da criança com o meio
 Hipoparatireoidismo: exterior;
o Podem causar interferência na o O ato de sugar traz sentimento de
mineralização das raízes dentais; conforto, segurança e satisfação
o Raízes curtas; emocional;
o Esmalte alterado. o No caso de impossibilidade de
amamentação materna, é recomendado
1.5. Deficiência Nutricional: o uso mamadeira com bico ortodôntico
 São capazes de produzir distúrbio na pois o orifício de saída do alimento é
amelogênese: reduzido, exigindo que o bebê succione
o Distúrbios nutritivos com carência de modo muito semelhante à
proteica; amamentação no peito.
o Deficiência de ácidos graxos;
o Carência de vitaminas e minerais.
 Fatores Nutricionais:
o Falha nutritiva nas crianças em
crescimento e desenvolvimento, Bico Convencional X Bico Ortodôntico
provoca um retardo dos centros de
ossificação;
o Deficiência de vitamina A, B, C, D,
Riboflavina e Iodo: contribui para as
más formações esqueléticas e
dentárias.

1.6. Endocrinopatias:
 Relacionados às glândulas tireoide,
paratireoide e hipófise;
 Variam de acordo com o excesso ou
carência de metabolismo dos hormônios
produzidos pelas glândulas.

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 Causas adquiridas proximais – Hábitos
Bucais:
o Uma oclusão normal é construída com o Uso de chupeta:
base no:  Mordida aberta, de forma circular e
 Equilíbrio entre as bases ósseas, a bem circunscrita.
musculatura adjacente e a
musculatura intra e extrabucal;
 Engrenamento dos arcos dentários,
ou seja, proporção correta entre
maxila e mandíbula;
 Posicionamento dentário;
 Função normal dos músculos do
sistema estomatognático.
o Mecanismo do Bucinador: o Sucção Digital:
 Equilíbrio de forças entre a língua,  Inclinação dos incisivos superiores
os lábios e as bochechas sobre os para vestibular, surgindo diastemas
dentes e as estruturas ósseas. entre eles, com os incisivos
inferiores inclinados para lingual.
 Outros fatores relacionados à
sucção digital:
- Respiração Bucal:
- Retrognatismo mandibular;
-Musculatura labial superior
hipotônica;
 Considera-se normal a sucção de - Atresia do palato;
dedo ou chupeta no início do - Interposição lingual;
desenvolvimento infantil; - Calo ósseo na região do polegar;
 A oposição dos pais ao hábito de - Assimetria anterior;
sucção, geram consequências - Atresia do arco superior;
psicológicas; -Musculatura labial inferior
 À medida que a criança começa a hipertônica;
desenvolver outros meios de - Prognatismo maxilar.
comunicação externa, acaba por
abandonar o hábito de sucção; 1.9. Postura:
 A persistência do hábito a partir da  Uma postura inadequada pode ser causa de
dentadura mista, com a irrupção más oclusões;
dos incisivos permanentes, constitui  A projeção do pescoço para frente tende a
um potente fator etiológico das levar a um retrognatismo mandibular e uma
más oclusões; protrusão maxilar.
 O dedo e a chupeta, durante a
sucção, interpõem-se entre os
incisivos superiores e inferiores,
restringindo a irrupção destes
dentes, enquanto os dentes
posteriores continuam a
desenvolver-se no sentido vertical.

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1.10. Acidentes e Traumatismo podem causar: o Durante o desenvolvimento da
oclusão:
 Descoloração do esmalte;  A inserção do freio paulatinamente
 Hipoplasia do esmalte; desloca-se para a superfície
 Dilaceração coronária; vestibular do processo alveolar,
 Má formação semelhante a um odontoma; alcançando as proximidades do
 Duplicação de raiz; limite mucogengival.
 Dilaceração radicular;
 Interrupção na formação da raiz; 2.4. Perda prematura de dentes decíduos:
 Desaparecimento de todo o germe dental;  Leva à mesialização dos dentes
 Impactação do dente permanente; posteriores, distalização dos dentes
 Erupção ectópica prematura ou tardia. anteriores e extrusão dos antagonistas. A
1.11. Acidentes e Traumatismo. associação desses fatores reduz o espaço
para os dentes permanentes, instalando-
se uma má oclusão.

2. INTRÍNSECOS OU LOCAIS:
2.1. Anomalias de Número:
 Anadontias e supranumerários; 2.5. Via de erupção anormal:
 Possuem origem hereditária;  Possíveis causas:
 Associada a deformidades congênitas o Rizólise tardia;
(displasia ectodérmica/Disostose o Anquilose do dente decíduo;
cleidocraniana); o Agenesia do sucessor permanente;
 Dentes supranumerários e agenesias o Distúrbios endócrinos.
(associam-se a evolução humana);
2.6. Anquilose:
2.2. Anomalias de Forma:  Frequência entre 6 e 12 anos;
 Macrodontia;  Causa:
 Microdontia; o Lesão, que ocasiona alterações no
 Dentes conóides; ligamento periodontal com formação
 Talon Cusp ou Cuspide de Garra; de uma ponte óssea unindo o
 Fusão; cemento e a lâmina dura.
 Geminação;
 Geminação e Fusão 2.7. Cárie Dental:
 Interproximais:
2.3. Freios Labiais e Mucosa: o Responsáveis pela redução do
 Freio Labial Superior: comprimento do arco dentário;
o Consiste em uma  No geral, as cáries provocam a extração
lâmina fibrosa de prematura de dentes decíduos;
tecido conjuntivo  A incidência de cárie no Brasil ainda é a
com forma maior responsável pelo aumento do
triangular; número de más oclusões.
o Nos recém nascidos 2.10. Outros fatores:
o freio estende-se desde o lábio  Retenção prolongada de dentes decíduos;
superior até inserir-se na papila lingual,  Erupção tardia dos dentes permanentes;
cruzando o rebordo alveolar;  Restaurações Inadequadas;

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2.11. Diagrama representativo dos 3 fatores
etiológicos básicos das más oclusões:

OBS.: Fatores extrínsecos podem causar problemas


intrínsecos. Estes fatores estão associados.

 O que seria a oclusão perfeita?


 Oclusão normal:
 Complexo constituído pelos dentes,
maxila e mandíbula, e em posição
normal dos planos inclinados dos
dentes, em harmonia com suas bases
ósseas e forças musculares, apresentam
pontos de contatos proximais e
inclinações axiais corretas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOYERS, R.E. Ortodontia. Trad. Martins, D.R. 3a ed.

PROFFIT, W.R. Ortodontia Contemporânea. Pancast


Editorial

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Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 –  Linha de oclusão:
Classificação das Maloclusões  Relacionamento oclusal e interarcos quando a
posição dos molares está estabelecida;
 Histórico:  Maxila:
 Edward H. Angle, cuja influência começou a ter  A linha passa pela
destaque por volta de 1890, foi responsável fossa central de cada
por grande parte do desenvolvimento de um molar superior e
conceito de oclusão na dentição natural;
através do cíngulo dos
 O estabelecimento da classificação da má caninos e incisivos
oclusão de Angle na década de 1890 foi um superiores.
passo importante no desenvolvimento da
ortodontia não somente porque ela subdividiu
 Mandíbula:
os principais tipos de má oclusão, mas também  A linha passa pelas
porque foi a primeira definição clara e simples cúspides vestibulares e
de oclusão normal em uma dentição natural; bordas incisais dos
 O postulado de Angle afirmava que os
dentes inferiores.
primeiros molares superiores eram a chave da
oclusão e que os molares superiores e
inferiores deveriam se relacionar de modo que
 Tipos de Face:
a cúspide mesiovestibular do molar superior
ocluísse no sulco vestibular do molar inferior;  Braquicefálico:
 Se os dentes estivessem dispostos em  Possui rosto largo e
musculatura facial
uma curva suave de oclusão, e esta
relação de molar existisse então se teria hipertônica;
como resultado uma oclusão normal;  Em caso de mordida aberta
 As classificações não servem como sistema de devido ao uso de chupeta, a
diagnóstico ou para determinar prognóstico; reversão pode ser feita
 Além disso, não define tratamento. apenas com a interrupção do
hábito até os 3 anos, devido à
 Importância das classificações: força da musculatura.
 Reunir um grupo de casos clínicos para facilitar
a manipulação e a discussão;
 Facilita a referência;  Dolicocefálico:
 Serve de comparação;  Possui rosto longo e
 Facilita a autocomunicação; musculatura facial hipotônica;
 Organização:  A reversão natural de
 Simplicidade; problemas oclusais em
 Clareza; decorrência de hábitos bucais é
 Praticidade; mais difícil devido à força reduzida da
 Precisão; musculatura.
 Ser completa.
 Importante que a classificação seja feita de  Mesocefálico:
forma completa.  Proporções medianas;
 Corresponde à maior parte da
população.

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 Classificação de Angle:  Uma oclusão normal deve possuir:
 Maloclusão é um termo mais expressivo e  Overjet e overbite adequados: 1 a 2 mm;
abrangente que envolve cúspides, coroas,  Ausência de giroversões;
raízes, arcadas entre si, músculos, lábios e  Presença de chave de molares e caninos.
harmonia facial;
 O sistema de Angle é baseado nas relações  CLASSES:
anteroposteriores dos maxilares um com o
outro;
 A teoria dele é que o primeiro molar superior
permanente está invariavelmente na posição
correta – constância da posição do 1º molar
permanente;
 Classificação estritamente dentária;
 Os caninos auxiliam na classificação.
 A classificação de Angle tem quatro classes:
1. Oclusão normal;
2. Má oclusão Classe I;
 ANGLE CLASSE I
3. Má oclusão Classe II;
(neutroclusão):
4. Má oclusão Classe III.
 Cúspide mesiovestibular
 A oclusão normal e a má oclusão Classe I
do 1º molar superior
compartilham a mesma relação molar, mas
oclui no sulco
diferem na disposição dos dentes em relação
mesiovestibular do 1º
à linha de oclusão;
molar inferior;
 A linha de oclusão pode ou não estar correta
 Há harmonia entre as arcadas, isto é,
nas Classes II e III.
comprimento do osso da maxila compatível
com o comprimento da mandíbula.
Classificação de Angle  Características:
Vantagens Críticas  Cúspide mesiovestibular do 1º molar
- Não considera as superior oclui no sulco mesiovestibular do
- Tradicional;
discrepâncias num plano 1º molar inferior (neutroclusão).
- Prática;
vertical ou transversal;  Perfil facial: normalmente é reto, mas
- Simples;
- Baseada na posição dos
- Clara; pode ser convexo (biprotrusão);
1ºs molares superiores;
- Popular.  Tipo facial: normalmente é mesocefálico;
- Puramente dentária.
 Ausência de problemas esqueléticos;
 Pequenos desvios dentários:
 Princípios básicos: o Desvios do ponto de contato;
 O corpo da mandíbula e seu correspondente o Apinhamento;
arco dentário devem ocupar na anatomia o Giroversões;
craniana uma posição; o Desarmonia do alinhamento.
 Os primeiros molares permanentes  Quando os incisivos estão vestibularizados
superiores ocupam uma posição fixa e o perfil do paciente será convexo.
definida em relação à anatomia craniana;  Etiologia:
 Se houver modificação na posição dos  Perda prematura dos decíduos;
primeiros molares superiores esta se  Retenção prolongada;
evidenciará pela mudança das inclinações  Dentes supranumerários;
axiais da arcada superior, principalmente dos  Freios labiais;
caninos;  Caninos inclusos e biprotrusão.

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o Associado a respiração bucal;
 Classe I – biprotrusão: o Perfil facial: convexo;
 Incisivos vestibularizados = perfil convexo; o Tipo facial: dolicocefálico;
o Ausência de problemas
esqueléticos;
o Lábio superior curto;
o Incisivos a mostra;
o Base do nariz estreita;
o Mandíbula para trás;

 Etiologias:
o Sucção do lábio inferior;
o Sucção do dedo polegar;
o Respiração bucal;
o Falta de crescimento da mandíbula;
o Crescimento exagerado do maxilar

 Angle Classe II – 2ª DIVISÃO:


 Características:
o Incisivos centrais bem
verticalizados;
 ANGLE CLASSE II (distoclusão): o Incisivos laterais superiores a frente
 Características: dos centrais;
 Cúspide mesiovestibular do 1º molar o Overjet menor que a classe I;
superior oclui na vertente distal do 2º pré- o Overbite exagerado;
molar inferior (distoclusão). o Curva de Spee plana;
 Relação distal da mandíbula em relação à o Apinhamento anterior superior;
maxila; o Arcos amplos e achatados na região
anterior (inclinação para lingual);
o Perfil facial: reto ou levemente
convexo;
o Tipo facial: normalmente
braquicefálico;
o Falta de harmonia anteroposterior;
 Angle Classe II – 1ª DIVISÃO: o Boa competência labial.
 Características:
o Overjet acentuado;
o Overbite
exagerado;
o Curva de
Spee
acentuada;
o Arcos estreitos;
o Palato profundo;
o Hiperatividade do músculo
mentoniano;

Ortodontia – 8º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Classificação das Maloclusões - @resumodontologia Página 3

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 Etiologias:  CLASSIFICAÇÃO DE LISCHER:
 Falta de crescimento anteroposterior da  Além das relações dos arcos classificou as
mandíbula; posições dentárias;
 Crescimento alterado, levando ao  Classifica a situação de cada dente de acordo
deslocamento da maxila pra baixo e para com o desvio apresentado;
frente.  Referência: linha de oclusão;
 Nomenclatura: [direção do desvio dentário (1
 Angle Classe II - SUBDIVISÕES: ou mais pré-fixos) + versão]
 Quando a distoclusão ocorre apenas de
um lado do arco, por exemplo: 1. LABIOVERSÃO:
o Classe II (divisão 1) do lado direito e  Dente inclinado para a região labial;
classe I do lado esquerdo:  Usado para dentes anteriores.
- Classe II, divisão 1ª, subdivisão
direita.
o Classe II (divisão 2) do lado esquerdo
e classe I do lado direito:
- Classe II, divisão 2ª, subdivisão
esquerda.
 1º molar inferior relaciona-se 2. VESTIBULOVERSÃO:
mesialmente com o superior;  Dente inclinado para a região do vestíbulo
 Há uma relação mesial da mandíbula com oral;
a maxila.  Usado para dentes posteriores.

 ANGLE CLASSE III (mesioclusão):


 1º molar inferior relaciona-se mesialmente
com o superior;
 Há uma relação mesial da mandíbula com a
maxila.
 Característica: 3. LINGUOVERSÃO:
 Sobremordida exagerada ou mordida  Dente inclinado para a região lingual;
aberta;  Usado para dentes inferiores.
 Perfil facial: normalmente côncavo;
 Tipo facial: pode ser braquicefálico,
dolicocefálico ou mesocefálico;

4. PALATOVERSÃO:
 Dente inclinado para a região do palato;
 Usado para dentes superiores.

 Subdivisão:
 Quando a mesioclusão ocorre apenas de
um lado do arco, por exemplo:
o Classe III do lado direito e classe I do
lado esquerdo
- Classe III subdivisão direita.
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10. TRANSPOSIÇÃO:
 Dente que se encontra na posição de outro
5. MESIOVERSÃO: dente.
 Dente inclinado para o lado mesial,
tomando a linha média como referência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6. DISTOVERSÃO:
MOYERS, R.E. Ortodontia. Trad. Martins, D.R. 3a ed.
 Dente inclinado para distal, tomando a
linha média como referência. PROFFIT, W.R. Ortodontia Contemporânea. Pancast
Editorial

7. GIROVERSÃO:
 Dente girado sobre seu próprio eixo.

8. INFRAVERSÃO:
 Dente em infraoclusão;
 Se encontra abaixo da linha de oclusão.

9. SUPRAVERSÃO:
 Dente que se encontra acima da linha da
oclusão:

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Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 1 – 1) Deglutição Normal:
Hábitos Bucais 1.1. Fase Bucal:
 Mandíbula em descanso;
 Hábitos Bucais:  Língua em descanso, com a
 O cirurgião-dentista possui a responsabilidade ponta contra os incisivos;
de detectar precocemente alguns problemas,  Lábios em contato passivo;
como a respiração oral e a instalação de  Palato mole inclinado para
hábitos deletérios como a sucção de chupeta e
baixo e apoiado contra o dorso da
dedo; língua;
 Hábito é um comportamento adquirido que,  Ao deglutir:
muitas vezes praticado, torna-se inconsciente  Lábios passivos;
e passa a ser incorporado à personalidade da
 Mandíbula estabilizada;
pessoa;  Dentes em contato;
 A sua instalação ocorre por ser agradável e  Língua apoiada rapidamente nas faces
trazer satisfação e prazer no início, mas, em linguais dos dentes (ponta e lateral);
função da repetição contínua, automatiza-
 Palato mole abaixa ainda mais.
se, aperfeiçoa-se e torna-se inconsciente.
 A criança possui impulsos naturais, mesmo
antes de nascer;
1.2. Fase Faríngea:
 Psique: Ato de relação do ser com o mundo:
 1º ato: entrada de ar no pulmão – dor,  O palato mole se levanta para fechar a
choro. passagem da nasofaringe;
 A epiglote posiciona horizontalmente,
 A sucção é considerada um impulso natural do
bebê, sendo que, para Freud, a fase oral se obliterando a laringe, juntamente com os
estende até o primeiro ano de vida; músculos;
 A amamentação é um ato de sucção  Ocorre controle respiração/deglutição
importante para a nutrição, para o
desenvolvimento emocional, para a respiração
e também para a deglutição;
 Após a fase de sucção vem a da apreensão,
seguida do ato de morder, quando nascem os
primeiros dentes, e, por fim, a fala, já que os
dentes são considerados de extrema
importância nesse processo;
 A fase da apreensão coincide com o período
1.3. Fase Esofágica:
da introdução de outros alimentos;
 O bolo alimentar se desloca para o esôfago
 Quando a criança começa a morder (7 a 8
com o movimento da epiglote.
meses de vida), recomenda-se a
estimulação com brinquedos para aliviar os
sintomas relacionados à erupção dos
primeiros dentes.
 Quando o bebê não consegue amamentar, é
necessário uma investigação mais detalhada
para detectar a causa, que pode ser tanto
relacionada à criança (inserção do freio lingual,
por exemplo), quanto à mãe (adversidades nas
mamas).

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2) Deglutição Atípica:

2.1. Causas:

 Desequilíbrio do controle nervoso;


 Ex: pacientes com paralisia cerebral.
 Tonsilas inflamadas;  Dificuldade para mastigar e engolir
 Macroglossia; alimentos duros;
 Anquiloglossia;  Atresia da arcada superior, podendo
 Freio labial anormal; causar mordida cruzada posterior;
 Logo ao nascer, o bebê passa por  Postura corporal comprometida, com o
avaliação do freio com um fonoaudiólogo pescoço para frente, os ombros curvados
– teste da linguinha. comprimindo o tórax e o peito afundado;
 Perdas dentárias precoces; o Essas alterações faz com que a
 Diastemas; respiração seja rápida e curta, o que
 Desnutrição; causa um cansaço constante;
 Hábitos alimentares inadequados na primeira  Face alongada.
infância;
 Respiração bucal;  Sinais e Sintomas:
 Sucção de dedo.  Lábios entreabertos;
 Ronco, sono agitado e
pesadelos;
2.2. Tipos:  Baba durante o sono,
pois dorme de boca
 Com pressão atípica de lábio:
aberta;
 Mordida profunda.
 Olheiras e aspecto de cansado;
 Com pressão atípica de língua:
 Irritabilidade por noites mal dormidas,
 Mordida aberta.
podendo ficar hiperativos ou sonolentos
durante o dia;
 Hábitos Bucais:
 Respiração barulhenta;
1) Respiração Oral:
 Por causa da flacidez na boca e na língua,
 É a situação onde a boca assume o papel do
o processo de mastigação e deglutição
nariz durante a respiração;
também ficam comprometidos;
 Pode alterar o crescimento da fase, das
 Assimetria da face e narinas estreitas;
arcadas dentárias e comprometer o
 Come rápido, mastiga pouco, utiliza
desenvolvimento global da criança.
líquido para auxiliar na hora de engolir e
 Características:
prefere alimentos pastosos;
 Desenvolvimento assimétrico dos
 A fala, sono e concentração sofrem danos;
músculos faciais, ossos do nariz, lábios e
bochechas; A criança não precisa apresentar todas as alterações,
 Lábio inferior curto; mas é importante que a família fique atenta. O
 Mandíbula posicionada para trás e pouco atendimento precoce significa melhor qualidade de
desenvolvida; vida.
 Alteração da musculatura da face que
pode influenciar a posição e forma dos
arcos dentários;
 Dentes projetados para frente;
 Palato ogival (céu da boca alto e
profundo);

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 Aspectos Radiográficos:  Classificação:
 Radiografia Panorâmica:  Intrínsecos:
o Radiopacidez na cavidade nasal, o Sucção de língua ou lábios;
especialmente de um lado. o Hábito de morder a bochecha.
 Extrínsecos:
o Chupeta, dedo e caneta.

 Tipos:
 Sucção não nutritiva:
o Sucção de chupeta;
o Sucção digital.
 Hábitos de morder:
NORMAL o Objetos;
o Unha (onicofagia);
o Bruxismo.
 Hábitos parafuncionais:
o Respiração bucal;
o Deglutição atípica;
o Alteração de fala.

 Causas:
ALTERADO  Fisiológicas:
o Respiração bucal
 Telerradiografia: por hipertrofia das
o Volume reduzido da orofaringe. adenoides, desvio
de septos e pólipos
nasais.

 Emocionais:
o Cobrança excessiva dos pais;
o Comportamento maduro;
o Aceitação da responsabilidade;
o Inconstância no comportamento dos
pais;
o Nascimento de um irmão;
o Ansiedade;
NORMAL ALTERADO o Insegurança;
o Medo.
 Hábitos Deletérios:
 Podem começar ainda na fase intrauterina,
 Aprendizado condicionado:
como o hábito de sucção de dedo;
o Comportamento aprendido para alívio
 Podem interferir no crescimento e
de um desconforto.
desenvolvimento dos ossos da face;
 Necessita de estudos interdisciplinares em
relação às suas origens nos meios médico,
psicológico, fonoaudiológico e odontológico.

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1) Sucção NÃO Nutritiva:  Problema que podem ser observados em crianças
 Quando a criança faz de 6 a 8 anos:
sucção digital, ela está  Excesso de espaço;
mantendo a pressão nos  Apinhamento;
maxilares, que ocasionará  Mordida aberta;
futuramente uma má  Sobremordida;
oclusão, denominada de  Sobressaliência;
mordida aberta;  Erupção anormal;
 Os fatores ambientais são determinantes na  Mordida cruzada anterior;
incidência da maloclusão em idade precoce,  Mordida cruzada posterior;
assim como os problemas de ordem genética  Mordida cruzada total.
são em idades mais avançadas;
 Os distúrbios funcionais podem ser  Aparelhos auxiliares:
considerados como agentes etiológicos  Aparelho ortodôntico removível com
primários ou secundários, além de poder grade lingual;
corroborar com a predisposição a desordens  Placa lábio ativa;
temporomandibulares;
 Está relacionada com a distoclusão, mordida
aberta, mordida cruzada e mordida profunda;
 Impactos sociais:
 Gagueira;
 Tendência antissocial;
 Perversão social.
 Tratamento:
 Reportar ao fator etiológico.

Cada criança é única e cada família tem suas crenças


2) Bruxismo:
 É uma atividade parafuncional caracterizada que devem ser respeitadas. Cabe ao profissional
pelo hábito de ranger ou apertar os dentes, esclarecer sobre os prós e contras de cada atitude em
ocorrendo com maior frequência no período relação ao desenvolvimento da criança e cabe à
noturno, especialmente em crianças muito família escolher qual atitude adotar, visando sempre o
ansiosas; bem estar do indivíduo que está em desenvolvimento.
 Geralmente é identificado pelos pais, devido à
intensidade do ruído;
 Na criança, a maioria dos desgastes produzida
é mínima e, portanto, o tratamento
odontológico não é indicado, recomendando-
se apenas um acompanhamento psicológico.
No entanto, quando a frequência, a
intensidade e a duração do hábito ultrapassam
um limite tolerável, a intervenção
odontológica é necessária.

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Ortodontia – 8º Semestre – 2ª Unidade – Aula 2 –  A mordida cruzada de todos incisivos raramente é
Mordida Cruzada encontrada em crianças que não possuam uma
relação esquelética de Classe III;
 Diagnóstico:  Um ou dois dos dentes anteriores podem estar
 O diagnóstico da mordida cruzada deve ser cruzados em uma criança que tenha boas
feito analisando a face de forma proporções faciais;
tridimensional, observando:  Há uma tendência do ILS erupcionar à lingual;
 Transversal;
 A recidiva da mordida cruzada é improvável na
 Vertical; ausência de problema esquelético;
 Antero posterior/sagital.  Tipos:
 Dentária:
 Tipos de Mordida:
 Tipicamente se desenvolvem enquanto
 Problemas anteroposteriores e/ou os incisivos permanentes erupcionam;
transversos:  As diagnosticadas depois do
 Mordida cruzada anterior: estabelecimento da sobremordida
o Quando envolve os dentes requerem terapia com aparelhos para
anteriores; sua correção;
 Mordida cruzada posterior:  Características:
o Quando envolve os dentes o Mudança na inclinação axial;
posteriores, independente do o Boa relação esquelética basal;
envolvimento dos dentes o Palato-versão dos incisivos
anteriores. superiores;
 Tanto para a mordida cruzada posterior o Lábio-versão do incisivo inferior;
quanto para a anterior é importante a o Combinação de ambos.
distinção entre etiologia dentária e  Esquelética:
esquelética.  Desarmonia da base óssea;
 Presença de retrognatismo maxilar ou
de prognatismo mandibular;
 Pode haver uma combinação de ambos.
 Funcional:
 Decorrente de acomodação postural da
mandíbula;
 Problema Vertical:  Ocorre devido a uma adaptação
 Mordida aberta; funcional às interferências dentárias,
 Mordida profunda. como contato prematuro, levando a um
desvio mandibular.
MORDIDA CRUZADA ANTERIOR

 A maioria das crianças com mordida cruzada  Etiologia:


anterior, especialmente se mais de um ou dois  O fator etiológico mais comum para as
dentes estão cruzados, tem um problema mordidas cruzadas anteriores não
esquelético; esqueléticas é a falta de espaço para os
 Se múltiplos dentes estão em mordida cruzada incisivos permanentes, sendo importante
anterior, é quase certo que o problema seja de focar o plano de tratamento na
discrepância entre as bases ósseas, e não de mau administração do espaço total e não apenas
posicionamento dentário; na mordida cruzada;
 Já a esquelética ocorre por atresia maxilar ou
alargamento mandibular;

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 Plano inclinado fixo:
 Desvio da direção de irrupção também pode o Possui a mesma finalidade que a
levar a mordida aberta anterior, sendo tala de madeira, porém o aparelho
causado por: é fixado nos dentes em questão.
 Trauma no dente decíduo;
 Retenção prolongada do dente decíduo;
 Presença de supranumerários;
 Deficiência no comprimento do arco.
 Os hábitos bucais possuem forte influência
no aparecimento dessa má oclusão,
destacando-se:
 Interposição de lábio;
 Uso incorreto de chupeta;  Placa com mola digital (batente + mola):
 Contatos prematuros; o Também necessita da colaboração
 Padrão esquelético desfavorável. do paciente;
o É móvel e deve ser removido
 Tratamento: apenas durante as refeições e
 Se a mordida cruzada em desenvolvimento higienização;
for descoberta antes da completa erupção e o A ativação é feita a cada 15 dias.
a sobremordida ainda não estiver
estabelecida, os dentes decíduos adjacentes
poderão ser extraídos para fornecer o espaço
necessário;
 A primeira preocupação é o espaço
adequado para o movimento dentário, o que
normalmente requer desgastes bilaterais,
extração dos dentes decíduos adjacentes ou
abertura de espaço para o movimento  Arco lingual com molas digitais:
dentário; o Um dos aparelhos fixos mais
 A avaliação de diagnóstico deve determinar simples para
se a inclinação irá proporcionar correção correção do
adequada. apinhamento dos
 Dentária ou Funcional: incisivos
 Tala de Madeira: superiores com
o Deve ser usada 4h por dia durante 1 mordida cruzada
a 2 semanas; anterior
o Necessita da colaboração do moderada;
paciente; o Algumas vezes denominadas mola
o A tala deve ser colocada na palatina chicote;
dos dentes superiores, aplicando a o Por ser fixo, é indicado para
força para vestibular. crianças em que se pode prever
problemas de colaboração;
o Quando essas molas são ativadas
adequadamente a cada visita
mensal, elas produzem movimento
dentário a uma taxa ótima de 1 mm
por mês;

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o Os maiores problemas são  Esquelética:
distorção e quebra devido à pouca  Pacientes Jovens:
colaboração do paciente e má o Pode ser usada uma máscara facial
higiene oral, que pode levar a para tração reversa e um disjuntor
descalcificações e deterioração. palatino que servirá de suporte
para a máscara;
 Bimler C: o Tipos de disjuntor:
o É projetado para correção precoce 1. Hyrax – dentossuportado;
das classes III e mordidas cruzadas 2. Hass – dentomucossuportado
anteriores;
o O objetivo é estimular o
crescimento da maxila e posicionar
a mandíbula em uma posição
retruída.

 Pacientes Adultos:
o Pode ser feita apenas a
compensação dentária ou realizar
uma cirurgia ortognática.
 Aparelho 4x2:
o São usadas 2 bandas nos molares e
4 bráquetes colados nos incisivos;
o Esta pode ser a melhor escolha para MORDIDA CRUZADA POSTERIOR
um paciente mais velho em
 Tipos:
dentição mista;
 Dentária:
o Vários incisivos podem ser
 Comprometimento das angulações
corrigidos com esse método em um
axiais;
período curto de tempo;
 Afetam alguns dentes;
o A correção não será mantida se a
 Menos severas;
mordida cruzada for esquelética e
 Lingual:
não dentária;
o Cúspide vestibular do superior na
o Em casos em que é necessário
fossa do inferior.
levantar a mordida do paciente,
 Lingual completa:
coloca-se resina nas oclusais, para
o Face vestibular do superior
permitir a movimentação dos
totalmente pela lingual.
dentes anteriores para vestibular e
 Vestibular:
descruzar a mordida.
o Face palatina do superior na face
vestibular do inferior.

SÍNDROME DE BRODIE

Má oclusão que se caracteriza por uma relação


anormal no sentido vestibulo-lingual entre a maxila e
a mandíbula, onde a maxila engloba toda a
mandíbula, ou seja, em mordida cruzada vestibular

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total. Pode resultar de um excesso de largura maxilar  A recidiva é improvável na ausência de
ou de uma atresia severa mandibular. problema esquelético;
 Correção precoce simplifica o tratamento
 Funcional: futuro.
 Ocorre por interferência dentária;  Esqueléticas:
 Unilateral;  As mordidas cruzadas esqueléticas, que
 Observar o desvio de linha média. geralmente resultam de uma maxila
 Esquelética:
estreita e às vezes de uma mandíbula
 Comprometimento das bases ósseas; excessivamente larga, em geral são
 Múltiplos dentes envolvidos; tratadas com forças intensas para abrir a
 Falta harmonia entre as larguras dos sutura palatina mediana e alargar a
maxilares;
maxila.
 Inclinação axial correta;
 Linha média coincidente;  Dentárias:
 Atresia de maxila.  As mordidas cruzadas dentárias são
tratadas pela movimentação dos dentes
 Etiologia: com forças menos intensas;
 A mordida cruzada posterior bilateral com  Forças intensas e expansão rápida não
envolvimento completo de uma cúspide estão indicadas na dentição decídua ou
quase sempre tem um componente no início da mista, pois há risco
esquelético; significativo de distorção do nariz se
 A mordida cruzada posterior unilateral quase esse procedimento for executado em
sempre ocorre devido ao mau crianças jovens.
posicionamento dentário, mas pode ser
resultante de assimetria esquelética;  Funcional:
 Hábitos viciosos, força postural, respiração  Em poucos casos, observados
bucal e fenda palatina também estão
principalmente na dentição decídua ou
envolvidos na etiologia. início da mista, a posição levemente
lingual dos caninos decíduos pode levar
 Tratamento: a interferências oclusais, resultando em
 Difere de acordo com sua causa subjacente; deslocamento que se transforma em
 Existem três abordagens básicas para o mordida cruzada posterior;
tratamento das mordidas cruzadas  Nesse caso, é necessário de apenas um
posteriores moderadas nas crianças: pouco de desgaste dos caninos decíduos
 Desgastes para eliminar o deslocamento para eliminar a interferência e o
mandibular; deslocamento lateral que resulta em
 Expansão do arco superior constrito; mordida cruzada.
 Reposicionamento individual dos dentes  Aparelhos:
para eliminar a assimetria intra-arco.
 Finalidades do tratamento: Para eliminar
Desgaste do dente decíduo
 Eliminar os desvios funcionais, o prematuridades
desgaste nos dentes permanentes já Sistema banda-elástico
erupcionados e a possível assimetria Placa expansora
Para efeito dentário
Arco de Porter
dento-alveolar;
Quadri-hélice
 Aumentar o perímetro do arco e
Para efeito esquelético e
promover mais espaço para os dentes dentário
Disjuntor palatino
permanentes.

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 Aparelho em arco em W ou de Porter: sobre a qual os pacientes e seus pais
 É um aparelho fixo construído com fio devem ser avisados.
de aço de soldado às bandas dos  Banda/botão elástico:
molares;  Se os dentes de ambos os arcos
 É ativado simplesmente abrindo-se os contribuem para o problema, o uso de
ápices do W e é facilmente ajustado elásticos cruzados em acessórios
para proporcionar mais expansão bandados ou colados em ambos os arcos
anterior do que posterior, ou vice-versa, pode reposicionar os dentes superiores
se assim for desejado; e inferiores;
 Não é incomum que os dentes e a maxila
se movam mais de um lado que do
outro, dessa forma a expansão bilateral
precisa é exceção e não regra, mas
posicionamento dentário e correção
aceitáveis são quase sempre
conseguidos.

 O vetor de força dos elásticos cruzados é


diretamente vertical, bem como
vestibulolingual, o que irá extruir os
dentes posteriores e reduzir a
sobremordida;
 Dessa forma, os elásticos cruzados
devem ser usados com cuidado em
crianças com aumento do terço inferior
 Quadri-hélice: da face ou sobremordida limitada.
 É uma versão  Mordidas cruzadas tratadas com
mais flexível do elásticos devem ser sobrecorrigidas e os
arco em W; acessórios mantidos em posição
 Os helicoides imediatamente após o tratamento ativo;
localizados na  O problema mais comum nessa forma
porção anterior de correção da mordida cruzada é a falta
do palato são de colaboração da criança, já que é
volumosos e podem servir como necessário a retirada durante a
lembrete para interromper o hábito de alimentação e higienização.
sucção, quando este estiver presente;
 A combinação de mordida cruzada  Placa expansora:
posterior e hábito de sucção digital é a  Usada para expandir a arcada – o foco é
melhor indicação deste aparelho. o dente e não o osso (diferente da placa
 A quantidade de fio extra incorporado a disjuntora);
este aparelho lhe dá amplitude de ação
ligeiramente superior ao arco em W,
mas as forças são equivalentes;
 Atentar quanto à irritação dos tecidos
moles;
 Tanto o arco em W, quando o quadri-
hélice, deixam uma impressão na língua,

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 É um aparelho removível, seccionado de
forma assimétrica, o que tem o efeito de
contrapor mais dentes com menos
dentes;
 Seu sucesso depende da qualidade de
seus grampos e da colaboração do
paciente.

 Esquelética:
 Pacientes Jovens:
 Uso de disjuntor palatino:
o Hyrax – dentição mista e
permanente;
o Hass – dentição mista e
permanente;
o Macnamara – dentição decídua.

Cuidado com lesões no palato.

 Expansão rápida da maxila:


o Ativação: ¼ de volta pela manhã e
pela noite;
o Ativar até mordida de Brodie;
o Tempo de uso: 15 dias da fase ativa
e mantido por aproximadamente 3
meses;
o Quando mais idade o paciente tiver,
mais difícil é a disjunção;
o Vantagens:
- Mais estabilidade pós tratamento;
- Ganho de espaço no perímetro do
arco;
- Ajuda nos apinhamentos;
- Melhora a respiração nasal e
apneia obstrutiva do sono, devido à
expansão da cavidade nasal.

 Pacientes Adultos:
 Compensação dentária;
 Cirurgia ortognática.

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Ortodontia – 8º Semestre - 3ª Unidade – Aula 1 – 1) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial  Crescimento e desenvolvimento, apesar de
estarem intimamente relacionados, não são
 Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial: sinônimos:
 A falta ou excesso de crescimento, ou ambos, 1.1) Crescimento:
em diferentes maxilares, pode explicar uma  É, em grande parte, um fenômeno
maloclusão e é necessário detectar a causa anatômico;
para realizar o tratamento adequado;
 Altera o volume de um tecido;
 Aparelhos ortodônticos:  Resultado do aumento do número de
1. Mentoneira: Não se usa mais devido ao células e do volume celular.
risco de deslocamento condilar; 1.2) Desenvolvimento:
 É fisiológico e comportamental;
 Resultado da maturação de uma estrutura
que entra em função e do aumento da sua
complexidade;
 Crescimento + diferenciação +
deslocamento.
 Deslizamento:
 Crescimento real promovido pela
remodelação óssea (reabsorção e
2. Máscara de Prostração: usado para aposição);
favorecer o crescimento maxilar;  A estrutura sempre desliza para o lado da
aposição.
 Deslocamento:
 Movimento do osso como um todo,
afastando-se de sua articulação;
 Pode ser primário ou secundário;

1. Primário: quando a própria estrutura que está


crescendo (deslizando) se desloca. É próprio do osso e
no sentido oposto ao de deposição.

3. AEB (Aparelho Extrabucal): usado para 2. Secundário: quando uma estrutura se desloca
inibir o crescimento maxilar. (desliza) e provoca ao deslocamento passivo de outra.
Ocorre pelo crescimento de ossos vizinhos ou
distantes. Ex.: osso esfenoide desloca a maxila.

2) PADRÃO DE CRESCIMENTO:

 Padrão em crescimento também representa


proporcionalidade, mas de um modo ainda
mais complexo, porque se refere não somente
ao conjunto de relações proporcionais num
determinado período de tempo, mas às
alterações nestas relações proporcionais
através do tempo:
 Na vida fetal, por volta do terceiro mês de
desenvolvimento intrauterino, a cabeça

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representa quase 50% do comprimento 2ª Etapa:
total do corpo;
 Na época do nascimento, o tronco e os  6 e 7 anos no sexo feminino;
membros cresceram mais rápido do que a  7 e 9 no sexo masculino.
cabeça e a face, de tal maneira que a 3ª Etapa (pré-puberal):
proporção do corpo inteiro compreendida
pela cabeça decresceu cerca de 30%;  10 e 11 anos no sexo feminino;
 12 e 13 anos no sexo masculino.

4ª Etapa (puberal):

 12 e 13 anos no sexo feminino;


 14 e 15 anos no sexo masculino.

3) TEORIAS DE CRESCIMENTO

 Teoria de Sicher (Dinâmica Sutural) – 1952:


 O padrão total de crescimento,  As suturas são os centros primários de
consequentemente, segue este curso, crescimento e impulsionam o crescimento
com uma redução progressiva do facial com forte determinação genética;
tamanho relativo da cabeça para cerca de  Há proliferação do tecido conjuntivo dos
12% no adulto. ossos nas suturas;
 Ao nascimento, a face e os maxilares são  As suturas devem ser consideradas áreas
relativamente subdesenvolvidos comparados à reativas, e não determinantes primários;
sua extensão no adulto. Como resultado, há  As suturas da maxila são áreas de
muito mais crescimento facial do que das crescimento, mas não são centros de
estruturas cranianas após o nascimento. crescimento.

 Teoria de Scott (Domínio Cartilaginoso) –


1953:
 O crescimento facial dependente a
princípio das cartilagens (cartilagem nasal)
e periósteo, tendo as suturas como
2.1) Etapas do Crescimento: elementos secundários e passivos;
 As cartilagens epifisárias e as sincondroses
da base do crânio podem agir e agem
1ª Etapa:
como centros de crescimento
 3 anos de idade; independentes, como o faz o septo nasal
 Geralmente não se intervém, pois é um (talvez em menor grau);
momento emocionalmente crítico para a  Os côndilos removidos não fornecem
criança, muitas vezes esta ainda se encontra na suporte para a ideia de que a cartilagem
fase oral e a manipulação ortodôntica pode ser do côndilo mandibular é um centro
um processo doloroso psicologicamente. importante.

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 Teoria de Moss (Domínio Funcional) – 1960:  Intramembranoso:
 Teoria mais aceita;  O osso origina-se a partir de membranas
 Uma matriz funcional periosteal influencia conjuntivas (periósteo e endósteo);
a aposição e reabsorção do tecido ósseo  Suturas e ligamento periodontal.
adjacente e controla a remodelação,
tamanho e forma do osso;
 O tecido esquelético cresce somente em
resposta ao crescimento dos tecidos
moles:
o Olhos – cavidade orbitária;
o Cérebro – calota craniana;
o Dentes – osso alveolar;
o Músculos bucinador e língua – maxila
e mandíbula.

 Teoria de Enlow:
 Teoria do crescimento em “V”; 5) CRESCIMENTO
 O crescimento sobre os extremos livres
aumenta a distância entre as
5.1) MAXILA
extremidades;
 A maxila
 O crescimento transversal da mandíbula
desenvolve-se no
na região do côndilo é maior que o
período pós-natal,
crescimento transversal ocorrido na
inteiramente por
região anterior.
ossificação
intramembranosa;
 Por não haver
4) PROCESSO DE OSSIFICAÇÃO substituição de
 Endocondral: cartilagem, o crescimento ocorre de duas
 Alteração morfogenética que proporciona maneiras:
a produção de osso em regiões com níveis 1 - Por aposição do osso nas suturas que
de compressão relativamente altos articulam a maxila ao crânio e à base do
(articulações); crânio;
 Ocorre na base do crânio, ossos longos e 2 - Por remodelação da superfície.
côndilo.  Deslocamento para baixo e para frente;
 À medida que o crescimento dos tecidos
moles circunjacentes translada a maxila para
baixo e para a frente, novo osso é adicionado
em ambos os lados das suturas.
 Áreas de aposição:
 Túber;
1. Processo de ossificação ou  Processo alveolar;
substituição do tecido cartilaginoso por  Espinha nasal anterior;
ósseo (à semelhança dos ossos longos);  Suturas (fronto-maxilar, zigomático-
2. Revestimento fibroso (crescimento maxilar, pterigopalatina);
aposicional);  Superfície bucal do palato.
3. Cartilagem Hialina.

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f) Processo Zigomático:
 Formação externa e absorção interna;
 Aumento lateral e vertical.

g) Órbita:
 Reabsorção lateral;
 Aposição posterior;
 Princípio do V.

h) Cavidade Nasal:
a) Pré-Maxila:  Aumento lateral e vertical;
 Remodelação por:  Princípio do V.
 Aposição
anterossuperior;
 Reabsorção
ântero-inferior.
5.2) MANDÍBULA:
b) Palato:  Ao contrário do que ocorre com a maxila, as
 Crescimento vertical: atividades tanto endocondral quanto do
 Aposição inferior; periósteo são importantes no crescimento da
 Reabsorção superior. mandíbula;
 Princípio do V.  Na cartilagem da ATM ocorre hiperplasia,
hipertrofia e substituição endocondral. Todas
as outras áreas da mandíbula são formadas e
crescem por aposição direta na superfície e por
remodelação;
 Áreas de aposição:
 Processo condilar, coronoide e alveolar;
c) Arco Maxilar:  Borda posterior do ramo mandibular;
 Princípio do V.  Borda inferior do corpo mandibular;
d) Processo Alveolar:  Mento.
 O crescimento
depende da
presença dos
dentes;
 Ocorre de forma
vertical (40%),
transverso e antero-
posterior.
e) Tuberosidade:
 Ocorre deposição posterior; Deslocamento mandibular para baixo e para frente e
 Aumento do comprimento do arco para condilar para trás.
erupção dos molares permanentes;
 Crescimento ântero-posterior;
 Princípio do V.

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a) Côndilo:
 Princípio do V;
 Aposição na cabeça;
 Absorção no colo;
 Crescimento anteroposterior e vertical.

b) Ramo:
 Aposição posterior;
 Reabsorção anterior;
 Crescimento anteroposterior para
acomodação dos molares;
 Em casos em que há desenvolvimento
mandibular exagerado, pode-se fazer a
remoção precoce dos 3ºs molares para reduzir
esse processo.
 Crescimento transverso (princípio do V).

c) Processo Alveolar:
 Crescimento vertical e transverso.

d) Arco Mandibular:
 Princípio do V.

e) Processo coronoide:
 Aposição posterior, superior e medial;
 Absorção anterior.

f) Corpo mandibular:
 Crescimento anteroposterior e
transverso;
 Aposição ântero-inferior;
 Reabsorção anterossuperior.

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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 2 - precocemente possível, evitando alterações
Mordida Aberta estruturais e funcionais graves.

 A mordida aberta se dá quando 1) FREQUÊNCIA


há ausência de contatos incisais  Manifesta-se com maior frequência na região
dos dentes envolvidos em anterior, porém pode ser encontrada na
relação cêntrica; posterior;
 A sobremordida é definida como
 Na região posterior, está relacionada a
trespasse vertical dos incisivos. hábitos como interpor objetos entre os
Normalmente as bordas incisais inferiores tocam dentes posteriores (ex.: morder caneta) ou
a superfície lingual dos incisivos superiores a anquilose.
(normalmente de 1 a 2mm). Na mordida aberta, o
 Na região anterior, está mais relacionado a
trespasse vertical é inexistente e a separação hábitos de sucção (digital ou de chupeta);
vertical dos incisivos é medida para quantificar  A frequência dessa má oclusão alcança,
sua severidade; aproximadamente, 16% da população
 Pode haver ou não trespasse horizontal; melanoderma e 4% da população leucoderma
 A força dos lábios e língua permitem o contato americana;
incisal dos dentes anteriores e,  Varia de 1 a 11% da população, sofrendo
consequentemente, o estabelecimento de uma influência do fator idade (maior prevalência
sobremordida normal. A mordida se abre quando em crianças menores, tendendo ao
há um desequilíbrio entre essas forças; fechamento da mordida quando da eliminação
 Na sucção, a forma do arco é afetada pela do hábito);
alteração no equilíbrio entre as pressões da  A prevalência sofre grande alteração entre os
língua e das bochechas; grupos étnicos e faixas etárias;
 Se o polegar é colocado entre os dentes, a  Na dentadura decídua, varia de 31,1% a
língua se abaixa, o que diminui a pressão pela 36,8%, quando está associada aos hábitos
língua contra a superfície palatina dos dentes
bucais deletérios, decrescendo na
superiores posteriores. Ao mesmo tempo, a dentadura mista (13,5 a 18,6%), com o
pressão das bochechas contra esses dentes abandono dos hábitos e amadurecimento
aumenta à medida que o músculo bucinador emocional da criança.
se contrai durante a sucção. A pressão das
bochechas é maior nos cantos da boca, e isto 2) CONSEQUÊNCIAS
provavelmente explica por que o arco maxilar  Alteração na estética do indivíduo;
tende a obter uma forma em “V”, com maior  Dificulta a apreensão e corte dos alimentos;
constrição nos caninos do que nos molares;  Prejudica a pronúncia de alguns fonemas;
 Uma criança que suga os dedos  Acarreta em condições psicológicas
vigorosamente tem maior possibilidade de desfavoráveis.
ter um arco superior estreito do que uma que
apenas coloca o polegar entre os dentes. 3) FATORES ETIOLÓGICOS
 A instalação de uma má oclusão não depende  Nas fases de dentadura decídua e mista, os
apenas na existência do hábito, mas também do fatores mais encontrados para o
padrão de crescimento facial que a criança possui, desenvolvimento da mordida aberta são os
bem como da duração, intensidade e frequência extrínsecos, como a hipertrofia das amídalas,
com que o hábito é realizado; a respiração bucal e, principalmente, os
 Apesar de transmitirem sensação de segurança e hábitos bucais deletérios;
conforto, é importe que os hábitos bucais  Os hábitos bucais deletérios interferem no
deletérios sejam abandonados o mais padrão de crescimento facial de cada

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indivíduo de acordo com suas características posteriores do que teria ocorrido de outra
genéticas, com alguns fatores determinantes forma;
como hereditariedade, desnutrição, doenças  O padrão de mordida causada pela chupeta
e clima. é diferente da causada pela sucção de
dedo:
a) Padrão de crescimento: o Sucção de chupeta: abertura de forma
 A hereditariedade é um fator de extrema circular e bem circunscrita;
importância na etiologia da mordida aberta o Sucção digital: Inclinação dos incisivos
anterior; superiores para vestibular, surgindo
 Quanto mais vertical for o vetor de diastemas entre eles, com os incisivos
crescimento, maior será a probabilidade de inferiores inclinados para lingual.
existir uma tendência a mordida aberta  Apesar de os hábitos de sucção serem uma
anterior; contribuição poderosa para a má oclusão, a
o Pacientes dolicofaciais são mais sucção por si só irá criar uma má oclusão
suscetíveis à mordida aberta. grave se o hábito persistir durante os anos
 Um paciente com tendência ao crescimento da dentição mista:
vertical apresenta: o Um deslocamento suave dos incisivos
o Rotação mandibular no sentido decíduos é geralmente percebido em
horário, ângulo goníaco aberto, ramo uma criança com o hábito de sucção
mandibular curto, divergência entre os entre 3 e 4 anos de idade; porém, se a
planos palatino e mandibular, sucção parar nesta fase, a pressão dos
superirrupçãodos dentes póstero- lábios e bochechas logo restabelecerá
superiores e aumento na altura facial os dentes para as suas posições
anterior inferior (AFAI). corretas;
o Se o hábito persistir após o início da
b) Deglutição atípica: erupção dos incisivos permanentes, o
 Pode ser causada pela hipertrofia das tratamento ortodôntico poderá ser
amídalas; necessário para corrigir o
 Quanto maior a hipertrofia, maior a deslocamento resultante dos dentes.
dificuldade para deglutir e, com isso, o
paciente interpõe a língua entre os incisivos d) Interposição lingual:
para facilitar a passagem do bolo alimentar,  Se um paciente tem uma postura de
levando ao aparecimento da mordida descanso da língua para frente, a duração
aberta. desta pressão, mesmo que muito leve,
poderia afetar a posição dentária, vertical
c) Sucção de chupeta/digital: ou horizontalmente;
 São os fatores mais comuns envolvidos no  A protrusão da ponta da língua durante a
aparecimento de mordida aberta anterior; deglutição está algumas vezes associada a
 Quando o polegar ou dedo é colocado entre uma alteração na postura da língua. Se a
os dentes anteriores, a mandíbula é posição de onde se iniciam os movimentos
posicionada para baixo para acomodá-los. A da língua é diferente da normal, de tal
interposição direta do polegar impede a forma que o padrão de pressão em
erupção dos incisivos. Ao mesmo tempo, a descanso é diferente, parece existir, então,
separação dos maxilares altera o equilíbrio um efeito sobre os dentes.
vertical dos dentes posteriores e, como
resultado, há mais erupção dos dentes

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e) Respirador bucal:  Características:
 A respiração bucal obriga o paciente a o Apresenta mordida cruzada devido ao
manter a boca aberta para suprir a estreitamento encontrado na maxila;
deficiência de ar respirado; o Apresenta mordida aberta anterior
 O equilíbrio vestibulolingual é removido, devido à falta de pressão no lábio
alterando o equilíbrio da musculatura facial. superior sobre os incisivos, e os dentes
 As necessidades respiratórias são o abertos para facilitar respiração;
determinante principal na postura dos o Palato ogival, pois a pressão negativa
maxilares e da língua (e da própria cabeça, do ar entrando pela cavidade bucal, ao
em um grau menor); invés de entrar pelo nariz, faz com que
 Um padrão respiratório alterado, tal como a o palato cresça para cima, provocando
respiração bucal, pode mudar a postura da desarmonias oclusais e apinhamento,
cabeça, dos maxilares e da língua. Isto, por devido à atresia do arco;
sua vez, poderia alterar o equilíbrio de o Mento retraído.
pressões nos maxilares e nos dentes e
afetar tanto o crescimento dos maxilares f) Macroglossia verdadeira:
como a posição dentária;  Devido ao volume aumentado da língua, há
 Para se respirar pela boca é necessário uma pressão maior sobre os dentes,
abaixar a mandíbula e a língua e inclinar a podendo ocorrer problemas oclusais;
cabeça para trás;  Em alguns casos, pode ser necessário
o Se essas mudanças posturais forem realizar uma cirurgia pra redução desse
mantidas, a altura facial aumenta, os músculo.
dentes posteriores supererupcionam, a
mandíbula rotaciona para baixo e para g) Anquilose e anormalidades na erupção:
trás, abrindo a mordida anteriormente.  Dentes anquilosados, principalmente
 A obstrução respiratória crônica pode ser posteriores, são fatores etiológicos para o
produzida por inflamação prolongada da aparecimento de mordida aberta posterior;
mucosa nasal, associada a alergias ou  Esses dentes apresentam-se em
infecções crônicas. Também pode ser infraoclusão e, durante a oclusão, não se
tocam, abrindo a mordida posteriormente.
produzida por obstrução mecânica em
qualquer local do sistema nasorrespiratório,
h) Alterações anatômicas e na tonicidade dos
desde as narinas até as coanas nasais
músculos peribucais e linguais:
posteriores;
 Tais alterações levam ao desequilíbrio entre
 Sob condições normais, o tamanho das as forças, o que pode causar má oclusões.
narinas já é um fator limitante à passagem
de ar nasal. As amígdalas ou adenoides 4) DIAGNÓSTICO
faringianas normalmente estão a) Análise facial:
aumentadas nas crianças, e a obstrução  Observar a proporção entre os terços da
parcial desta natureza pode contribuir para face;
uma respiração bucal em crianças;  Nível de exposição dos incisivos inferiores;
 Os indivíduos que tiveram obstrução  Espaço interlabial;
crônica podem continuar a respirar  Perfil do paciente;
principalmente pela boca, mesmo após a  Vedamento labial;
ocorrência do alívio desta obstrução. Neste  Altura facial anterior inferior (AFAI).
caso, a respiração bucal pode, muitas vezes, b) Avaliação cafalométrica;
ser considerada um hábito. c) Avaliação dentária com exame clínico e de
modelos.

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5) LOCALIZAÇÃO  Pode apresentar remissão espontânea, e
a) Mordida aberta anterior: 75% 80% regridem sem a necessidade de
 Presença de um trespasse vertical negativo tratamento.
existente entre as bordas incisais dos
dentes anteriores superiores e inferiores; b) Mordida aberta esquelética:
 Consiste em uma discrepância no sentido  Presença de distúrbios dentoalveolares;
vertical, o que a torna mais difícil de ser  Discrepância na base do crânio, mandíbula
corrigida e seus resultados finais mostram- e maxila;
se menos estáveis;  Os hábitos atuam como fatores agravantes;
 Apresenta um prognóstico que varia de  Os distúrbios miofuncionais orofaciais
bom a deficiente, dependendo de sua seriam adaptações à condição morfológica
gravidade idade ou hoje a ela associada; alterada;
 Frequente na população infantil.  Caracterizam-se pela rotação no sentido
anti-horário do processo palatino;
b) Mordida aberta posterior:  Associada a um aumento da altura facial
 Envolve molares e pré-molares; anteroinferior, com um ângulo goníaco
 Pode estar associada a fatores como acesso aumentado e um ramo mandibular
à vertical da maxila, padrão esquelético, encurtado.
anomalias da erupção dentária,
interposição lingual, anquilose dentária e 7) TRATAMENTO
hiperplasia condilar;  Modificar o comportamento para eliminar
 Caracteriza-se por dentes em infraoclusão e hábitos anormais;
subdesenvolvimento dos processos  Movimentação ortodôntica através da
dentoalveolares nos segmentos extrusão de dentes anteriores ou intrusão de
posteriores, provocando problemas molares;
estéticos e funcionais;  Tratamento ortodôntico convencional com ou
 O tratamento convencional implica sem extrações dentárias;
aparatologia fixa bimaxilar e elásticos  Tratamento ortodôntico associado aos
intermaxilares, de modo a obter extrusão dispositivos de ancoragem temporária;
dentária na região da mordida aberta;  Tratamentos ortodônticos associados à cirurgia
 Em casos graves, a mecânica de tratamento ortognática.
é a cirurgia ortognática.
a) Terapia miofuncional:
6) CLASSIFICAÇÃO  Utilizada para a correção dos hábitos e
a) Mordida aberta dentária: consiste em exercícios para reeducar a
 Normalmente associada a hábitos bucais musculatura orofacial na deglutição,
deletérios; fonação e posição postural de descanso.
 Apresentam um padrão de crescimento
vertical normal; b) Aparelhos:
 Incisivos na maioria das vezes protruídos,  Esporões linguais;
dentes anteriores infraoclusão por  AEb de tração alta;
deficiência vertical alveolar e altura molar  SN3, BIMLER C-Type;
levemente excessiva;  Aparelhos fixos;
 Mais comum em crianças com dentadura  Quadri-hélice;
mista;  Cirurgia
 Aparelhos ortopédicos;
 Grade palatina removível;

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 Grade palatina fixa:
o Com disjuntor;
o Com expansor.

c) Terapia coadjuvante:
 Psicologia;
 Otorrinolaringologia;
 Fonoaudiologia.

 Conclusão:
 O tratamento precoce da mordida aberta
proporciona melhores condições funcionais e
estéticas, podendo ser feito nas fases
dentição decídua, mista e permanente;
 O tratamento precoce pode prevenir
desarmonias ósseas severas e evitar
intervenções cirúrgicas de maior
complexidade;
 Eliminando-se todos os seus fatores
etiológicos, a estabilidade da correção
aumenta significativamente devido à
manutenção do equilíbrio entre as estruturas
do sistema estomatognático;
 Para o tratamento mais eficaz é necessária a
atuação multidisciplinar entre o ortodontista,
o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo,
os quais, após a avaliação, irão encaminhar o
paciente para os especialistas das demais
áreas (psicologia pediatria e fisioterapia),
caso seja pertinente.

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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 –  A extração seriada é direcionada para o
Extração Seriada apinhamento dental severo. Por esta razão é
mais bem utilizada quando não há problema
1) APINHAMENTO DENTÁRIO esquelético e a discrepância de espaço é
 Definição: grande — maior que 10 mm por arco.
 Diferença negativa entre o espaço  Histórico:
presente no arco e o espaço requerido  Angle considerava as extrações seriadas
para o alinhamento.
como uma técnica perniciosa;
 Causas:  O ortodontista deveria se desdobrar para
 Variam desde aspectos hereditários até tratar as maloclusões sem extrair nenhum
fatore ambientais como a perda dente;
prematura de dentes decíduos.
 Hoje as extrações são corriqueiras e,
 Tratamento: quando bem indicadas, se tornam um
 Desgaste interproximal; aliado importante para o bom andamento
 Expansão dos arcos dentários; do caso;
 Extração seriada.  Angle em 1907 relata que as extrações
podem sim apresentar vantagens quando
2) EXTRAÇÕES SERIADAS bem indicadas e planejadas e retifica que:
 O programa de extrações seriadas é definido “o tempo certo para iniciar o tratamento
como um método interceptativo de ortodôntico é aquele mais próximo do
tratamento ortodôntico no período de aparecimento do problema”;
dentição mista;  Kjellgren (1954) foi o primeiro
 Consiste em extrações de dentes decíduos e pesquisador a instituir o procedimento de
permanentes, em sequência ordenada, com extração seriada;
intervalos de tempos que variam  Dewel (1954) foi o primeiro a preconizar
individualmente; uma sequência, nomeando-a “sequência
 Tem a finalidade de harmonizar um
de extrações no arco deficiente”;
determinado volume dentário em bases ósseas  Brodie (1954) afirma que o caminho que
insuficientes; leva às extrações seriadas é complexo e o
 Em muitas crianças com apinhamento severo plano de tratamento deve ser
pode ser tomada a decisão durante o início da individualizado e adequado para cada
dentição mista que a expansão dos arcos não caso;
será proveitosa e que alguns dentes o Em ortodontia não existe receita.
permanentes deverão ser extraídos para  Em 1959 foi definido por Newman os
fornecer espaço para os outros; principais objetivos da extração seriada:
 Uma sequência planejada de remoção dos 1. Diminuir a evolução do problema dento
dentes pode reduzir o apinhamento e a alveolar;
irregularidade durante a transição da dentição 2. Evitar o trauma psicológico da criança;
decídua para a permanente. Também irá 3. Encurtar o tempo de tratamento.
permitir que os dentes erupcionem sobre o  Robert Bunoni (1943) foi o primeiro
alvéolo e através de tecido queratinizado, ao profissional a descrever a técnica,
invés de serem deslocados para vestibular ou sugerindo a extração dos caninos
lingual; decíduos seguidas dos 1ºs pré-molares;
 Esta sequência, chamada normalmente de  Fox (1803) sugeriu a mesma sequência,
extração seriada, simplesmente envolve a seguida dos molares permanentes;
extração programada dos dentes decíduos e,  Newman (1959) relatou que o objetivo
por último, dos permanentes para aliviar o principal a extração seriada era diminuir a
apinhamento severo;

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evolução do problema, evitando o trauma  Tipo II:
psicológico da criança e encurtando o o Não possui os diastemas;
tempo de tratamento no futuro; o Arco mais desfavorável, pois facilita o
 Mayne (1975) também descreveu a apinhamento dos sucessores.
técnica como uma alternativa de evitar o
desenvolvimento de uma maloclusão na b) Espaços primatas:
dentição permanente;  Na maxila: entre incisivos laterais e
 McNamara (1993) diz que não podemos caninos;
deixar de fazer uma análise do  Na mandíbula: entre caninos e 1ºs
desenvolvimento esquelético, muscular molares.
ou dentário de uma criança com dentição
mista, para percebermos o intuito da c) Relação distal dos segundo molares
realização deste programa de extrações decíduos:
seriadas.  O plano terminal guia a erupção do molar
permanente (Classe I, II ou III).
3) SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
 Sistema esquelético:
 Deve ser avaliado o tamanho das
estruturas basais dos maxilares e suas
relações entre si para avaliar a
necessidade das extrações seriadas;
 Um fator importante para o prognóstico
na evolução esquelética é nível de
maturação avaliado na radiografia de mão
e punho;
d) Estágio de Nolla:
 Nos casos de classe I, a extração seriada é
0 – Ausência da cripta;
mais bem sucedida:
1 – Presença da cripta;
o Pacientes portadores de Classe I, com
2 – Início da calcificação;
boa harmonia entre o sistema ósseo
3 – 1/3 da formação da coroa;
e muscular, são ideais para a
4 – 2/3 da formação da coroa;
extração seriada.
5 – Coroa quase completa;
6 – Coroa completa (erupção);
 Sistema muscular:
7 – 1/3 da formação da raiz;
 A musculatura é a forma primária que
8 – 2/3 da formação da raiz;
possibilita o posicionamento dos dentes
9 – Raiz quase completa e ápice aberto;
em erupção;
10 – Raiz completa e ápice fechado
 Auxilia no alinhamento e
(encerra erupção).
reposicionamento dos dentes já
 Se o dente decíduo for extraído após o
erupcionados.
permanente ter iniciado os movimentos
ativos de erupção (estágio 6 de Nolla), o
 Sistema dental:
permanente irromperá precocemente;
a) Classificação de Baume:
 Se o dente decíduo for extraído antes do
 Tipo I:
permamente ter iniciado os movimentos
o Apresenta diastemas nos anteriores;
ativos de erupção, provavelmente sua
o Mais favorável para erupção dos
erupção irá atrasar.
sucessores permanentes.

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e) Perímetro do arco dental:  O perfil deve ser reto ou levemente
 Mais importante das dimensões dos arcos convexo.
dentais;
 O perímetro do arco mandibular diminui b) Contraindicações:
em relação a arcada maxilar, que aumenta  Má oclusão classe I com leve apinhamento;
em função da inclinação vestibular dos  Má oclusão classe III;
incisivos permanentes;  Classe II divisão II;
 Segundo Mayne, a natureza ajuda no  Ausências congênitas de dentes;
posicionamento dos incisivos superiores  Diastemas inter-incisivos;
permanentes, diminuindo discrepâncias  Mordidas abertas severas;
existentes através de quatro formas:  Quando não é possível aplicar ortodontia
1. Aumento da distância intercaninos de 3 corretiva com aparelhagem fixa após as
a 4mm; extrações.
2. Espaços interdentários de 2 a 3mm;
3. Posição mais anterior dos incisivos c) Fases da extração seriada:
permanentes ao fazerem sua erupção:  1ª fase: REVERSÍVEL:
3mm; o Extração dos caninos decíduos;
4. Variações favoráveis na relação de o Extração dos 1ºs molares decíduos.
tamanho entre os incisivos decíduos e  2ª fase: IRREVERSÍVEL:
permanentes. o Extração dos 1ºs pré-molares.

4) ANÁLISE DA DENTADURA MISTA 1. Extração dos caninos decíduos:


 ER = distância mesiodistal de cada dente;  Ocorre entre 8 e 9 anos;
 EP = perímetro do arco.  Finalidade de permitir a erupção e
 Discrepância positiva: ER < EP; alinhamento dos incisivos laterais;
 Discrepância nula: ER = EP;  A posição do incisivo lateral corrigido
 Discrepância negativa: ER > EP. previne a migração mesial dos caninos.
 Para extração seriada é necessário haver
discrepância negativa de 5mm em cada 2. Extração dos 1ºs molares decíduos:
hemiarco.  Ocorre entre 9 e 10 anos;
 O objetivo é influenciar os primeiros pré-
5) TÉCNICA DE EXTRAÇÃO SERIADA molares permanentes a erupcionarem
a) Indicações: antes dos caninos, então eles podem ser
 Pacientes com dentição mista; extraídos e os caninos podem se
 Má oclusão de Classe I de Angle, bilateral; movimentar distalmente nesse espaço;
 Bom perfil facial e com discrepância  Os pré-molares superiores geralmente
dentoalveolar; erupcionam antes dos caninos, então a
 Relação esquelética craniofacial em sequência de erupção raramente é um
equilíbrio nos sentidos anteroposterior problema no arco superior. No arco inferior
vertical e mesiolateral com discrepância de os caninos geralmente erupcionam antes
tamanho de dente; dos primeiros pré molares, o que provoca o
 A discrepância deve ser de no mínimo 5 deslocamento dos caninos para vestibular.
mm em cada quadrante;
 Não deve haver mordida aberta ou
sobremordida;
 Deve haver ausência de diastema fisiológico
na dentição decídua;

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 Vai ocorrer o alinhamento anterior e os
caninos permanentes vão erupcionar.

a) Imperfeições deixadas pela extração


seriada:
 Diastemas;
 Giroversões;
 Para evitar este resultado, os primeiros  Mordida cruzada;
molares decíduos devem ser extraídos após  Verticalização das raízes dos caninos e
os primeiros pré-molares terem segundo pré-molar.
ultrapassado o estágio 6 de Nolla (coroa
completamente formada). Isto irá b) Vantagens:
geralmente acelerar a erupção do pré-  Melhora na estética;
molar e causar sua entrada no arco antes  Diminuição do tempo de uso do
do canino; aparelho fixo no futuro;
 Pode ocorrer uma complicação se o  Melhora a higiene com a dissolução do
primeiro molar decíduo for extraído cedo e apinhamento;
o primeiro pré-molar não erupcionar antes  Reduz a má oclusão ocasionada por
do canino. Isto pode levar à impacção do discrepância dentoalveolar;
pré-molar, o que requer sua posterior  A técnica pode facilmente ser utilizada
remoção cirúrgica; em pacientes com problemas psíquicos.
 A forma coronária convexa dos segundos c) Desvantagens:
molares decíduos pode interferir na  Inclinação lingual dos incisivos
erupção do primeiro pré-molar. inferiores;
 Sobremordida;
3. Extração dos 1ºs pré-molares:  Aumento da curva de spee.
 Só deve ser realizado após nova avaliação
diagnóstica;  Considerações Finais:
 Finalidade de permitir ao canino irromper  Não há uma única orientação da técnica;
distalmente no espaço criado pela extração.  Raramente proporcionam relações oclusais
ideais;
6) TÉCNICA DE EXTRAÇÃO SERIADA – TWEED  Necessita de tratamento após a fase de
1. Extração dos 1ºs molares decíduos: extrações;
 Realizado até os 8 anos, mantendo os  Há ainda que se ter em mente que se deve
caninos decíduos no arco; individualizar o tratamento às características
 Diminuição da inclinação lingual exagerada da má-oclusão presente na criança;
dos incisivos;  A técnica é uma aliada para interceptação de
 Diminuição da sobremordida; maloclusões. Independente da técnica e
 Diminuição da concavidade do perfil; sequência das extrações, o mais importante
 Não se preocupa com apinhamento será um diagnóstico correto, pois de este não
anterior. for feito corretamente, os resultados podem
ser desastrosos.
2. Extração dos 1ºs pré-molares e caninos
decíduos:
 Exodontia quando eles chegam ao nível
gengival e é extraído junto com os caninos
decíduos;

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Ortodontia – 8º Semestre – 3ª Unidade – Aula 4 –  TRAÇADO CEFALOMÉTRICO
Cefalometria  A análise cefalométrica é realizada a partir de
reparos ósseos pré-estabelecidos e por meio
 Estuda as mudanças de feição no crescimento de:
facial; 1. Pontos;
 Realiza as análises: 2. Linhas;
1. Esquelética; 3. Planos;
2. Dentária;
4. Ângulos.
3. Perfil.
 Para obtenção da radiografia, é necessário o uso 1) ESTRUTURAS DO TRAÇADO
do cefalostato, no qual permite que o paciente
a) Sela turca
fique imóvel durante a realização do exame;
 Esse aparelho possui duas olivas que se
encaixam no ouvido do paciente e uma parte
anterior que se encaixa na região da glabela.

b) Corpo do esfenoide

 Objetivos:
 Estudar as telerradiografias de frente ou de
perfil, determinando pontos, planos e
ângulos, a partir de reparos ósseos pré-
estabelecidos, para estudar as modificações
pelo crescimento e desenvolvimento
craniofacial ou a magnitude das anomalias a
serem tratadas.

 Importância: c) Fissura ptérigo-maxilar


 Estudo do crescimento craniofacial;
 Diagnóstico das desarmonias dentárias e
craniofaciais (classe II e III esquelética,
assimetrias, etc);
 Avaliação dos casos tratados;
 Predição do tratamento ortocirúrgico;
 Comunicação dos objetivos pretendidos.

 Radiografias:
 Telerradiografia frontal – PA;
 Telerradiografia de perfil;
 45°.

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d) Pório h) Maxila e dentes superiores

e) Posicionador auricular do cefalostato


i) Mandíbula e dentes inferiores

f) Ossos frontal e nasal j) Sínfise mandibular

g) Órbita e processo zigomático k) Contorno do perfil mole

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2) ANÁLISE DE TWEED  Longo eixo do incisivo inferior:
a) Pontos o Linha vertical que passa pelo incisivo
S – Sela tuca inferior:
N – Sutura frontonasal
Po – Ponto superior da superfício do pório
Or – Órbita
A – Concavidade maior da maxila
B – Concavidade maior da mandíbula
Pg – Pogônio (parte mais convexa da
mandíbula)
Pg’ – Parte mais convexa do perfil mole
Me – Sai do mento para o início do corpo da
mandíbula.

c) Ângulos
 Ângulo IMPA:
o Formado pela linha do incisivo com o
plano mandibular;
o Angulação: 90o (+/- 2 o);
 Se o ângulo estiver aumentado,
o incisivo está vestibularizado;
 Se o ângulo estiver diminuído, o
incisivo está lingualizado.

b) Planos
 A união dos planos forma um triângulo e a
soma dos ângulos é igual a 180o.
 Plano horizontal de Frankfort:
o União do Po com Or:
 Pório  Or.
 Plano mandibular:
o União do Me com a porção inferior
da mandíbula.
 Mento  Mandíbula (porção
inferior).

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 Ângulo FMA d) Triangulo diagonal facial
o Formado pelo plano de frankfort com  IMPA + FMA + FMIA = 180°
o plano mandibular;
o Angulação: 25o (+/- 2 o);
 Se o ângulo estiver aumentado,
a mandíbula rotacionou no
sentido horário – maior
crescimento vertical da
mandíbula;
 Se o ângulo estiver diminuído,
a mandíbula rotacionou no
sentido anti-horário – maior 3) ANÁLISE DE STEINER
crescimento horizontal da a) Pontos:
mandíbula.
S – Sela S

N – Násio

Ponto A

Ponto B

Ponto D (sínfise)

Pog – Pogônio

Gn – Gnátio

Go – Gônio
 Ângulo FMIA
o Formado pelo plano de frankfort com b) Planos e linhas
a linha do incisivo;
o Angulação: 65o (+/- 2 o); Plano mandibular
o Inversamente proporcional com o Plano oclusal
IMPA (se o IMPA aumenta, o FMIA
diminui e vice versa); Longo eixo do ICS
 Se um aumentar e o outro
Longo eixo do ICI
continuar normal, o plano de
frankfort é que está alterado. Linha Sela-Násio –
SN

Linha Násio-A – NA

Linha Násio-B – NB

Linhas Násio-D – ND

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c) Ângulos  Ângulo ANB:
 Ângulo SNA: o Obtido pela subtração entre SNA e
o União entre os pontos: S (sela turca), SNB;
N (násio) e A (concavidade maior da
maxila); SNA – – SNB = 2o (+/- 2o).
o Intersecção no N (násio); o Se o ângulo estiver aumentado,
o Angulação: 82o (+/- 2 o); paciente Classe II esquelética;
 Se o ângulo estiver aumentado,  Se o ângulo estiver diminuído
a maxila está protruída; (ângulo negativo), paciente
 Se o ângulo estiver diminuído, a Classe III esquelética.
maxila está retruída.

 Ângulo Inc Sup-Na:


 Ângulo SNB:
o União entre a linha do incisivo
o União entre os pontos: S (sela turca),
superior com a NA (násio -
N (násio) e B (concavidade maior da
concavidade maior da maxila);
mandíbula);
o Angulação: 22o (+/- 2 o);
o Intersecção no N (násio);
 Se o ângulo estiver aumentado,
o Angulação: 80o (+/- 2 o);
o incisivo está vestibularizado;
 Se o ângulo estiver aumentado,
 Se o ângulo estiver diminuído, o
a mandíbula está protruída;
incisivo está lingualizado.
 Se o ângulo estiver diminuído, a
mandíbula está retruída.

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 Distância Inc Sup-NA:  Distância Inc Inf-NB:
o Distância da bossa do incisivo o Distância da bossa do incisivo inferior
superior até a linha NA (násio - até a linha NB (násio - concavidade
concavidade maior da maxila); maior da mandíbula);
o Distância: 4mm; o Distância: 4mm;
 Se a distância estiver  Se a distância estiver
aumentada, o incisivo está aumentada, o incisivo está
protruído; protruído;
 Se a distância estiver  Se a distância estiver diminuída,
diminuída, o incisivo está o incisivo está retruído.
retruído.

 Ângulo Inc Inf-NB: d) Avaliação de tecidos moles


o União entre a linha do incisivo  Linha S:
inferior com a NB (násio - o Linha que vai da parte mais convexa
concavidade maior da mandíbula); da base do nariz até o Pog’ (pagônio
o Angulação: 25o (+/- 2 o); – parte mais convexa do perfil mole);
 Se o ângulo estiver aumentado, o Serve para avaliar a posição dos
o incisivo está vestibularizado; lábios (superior e inferior).
 Se o ângulo estiver diminuído,
o incisivo está lingualizado.

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 Considerações Finais:
 A radiografia cefalométrica é um instrumento
de grande valor no diagnóstico, planejamento
e avaliação do tratamento ortodôntico, bem
como no estudo do crescimento e
desenvolvimento do complexo craniofacial;
 A cefalometria conferiu precisão à ortodontia,
mas não se pode ser usada como método
único para estabelecer a etiologia, diagnóstico
e plano de tratamento, embora seja um
instrumento valioso.

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