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Crescimento diferencial – os órgãos não crescem todos ao mesmo ritmo e ao mesmo tempo.
Valor para a relação overjet - overbite – 2-3 mm (2.5mm) isto é o normal num adulto, mas quando nascemos,
ainda sem dentes, já temos uma relação de overjet estabelecida que é de 6mm, porque a mandibula está recuada
em relação à maxila, isto acontece para que o estímulo da amamentação reponha a mandíbula no sítio, mais
anteriormente. Se formos ver no 2º mês de vida, já temos um overjet negativo, porque a mandíbula está à frente
da maxila, com amamentação, por volta dos 6-8 meses, a relação overjet – overbite, já está correta.
Posteriormente, quando se inicia a mudança dos dentes, e os inferiores estão a erupcionar, devido ao crescimento
da parte inferior, transforma o overjet em 0mm, considerado o topo a topo transitório, (falso prognatismo), não
necessita de tratamento, porque passados 4-6 meses quando erupcionam os incisivos superiores, há um
crescimento acentuado, transformando o overjet em 4-5 mm (pode ir até estes valores). Mais tarde há um
crescimento mandibular que anula esse crescimento sozinho.
TESTE: se o professor perguntar qual o valor normal da relação overjet-overbite temos de saber qual a idade.
Os dentes temporários são, segundo este conceito, direitos, porque são perpendiculares ao plano oclusal e às
tábuas ósseas. Mas dentes direitos não é aplicável quando estamos a falar de dentes permanentes.
O conceito de dentes direitos só é aplicável em dentes temporários porque os dentes não têm curva de Spee nem
curva de Wilson.
Ortodontia:
Colocação artificial dos dentes na sua posição correcta! (sendo que o correcto para cada dente não é o mesmo),
e tem de ser visto nos 3 planos no espaço.
Dentes alinhados é diferente de dentes na posição correta. Então é errado dizer que na ortodontia vamos colocar
nos dentes alinhados.
Ortodontia Corretiva
(muitas vezes a ortodontia
• Fixos (colados nos dentes, que o paciente não pode tirar) corretiva só é requerida
porque já falharam outros dois
• Removíveis (o paciente pode tirar)
Pierre Fauchard (século XVIII, França): colocou o 1º Dispositivo identificável como aparelho ortodôntico.
Ortodontia Preventiva
É um tipo de ortodontia que não recorre a aparelhos. Tenta ajudar a natureza a colocar os dentes correctamente.
Destina-se a preservar o que em cada momento se considera normal (principal objetivo). Não é fácil reconhecer
a normalidade devido à continua variação do normal numa criança em crescimento e desenvolvimento.
É uma ortodontia que é efetuada sem resolução prévia, e isso passa por tomar decisões, oferecer recomendações
que simplesmente ajudam a natureza a colocar os dentes corretamente, preservando ou equilibrando o sistema
de forças do crescimento e desenvolvimento, sem recorrer a aparelhos.
Exemplos: ensinar a escovar os dentes, aplicação de flúor.
Ortodontia Intercetiva
Intercetar significa que nós vemos que há possibilidade de acontecer alguma coisa que não queremos e vamos
lá bloquear.
Para se intercetar é necessário que ocorram desvios reais ou potenciais do normal! Já recorre a aparelhos embora
estes sejam mais simples móveis ou fixos, muitas vezes de duração limitada, que são utilizados para cumprir o
objetivo da intercetiva que é parar os desvios potenciais ou reais do normal.
Desvio potencial – espaço que aparece logo após a extração do dente (devemos de montar um sistema que
impede a invasão do espaço)
Desvio real – quando o espaço já foi consumido em parte ou totalmente por outros dentes
Exemplos: colocação de um mantenedor de espaço para impedir que o espaço seja absorvido ou repor (Desvio
potencial) o dente na posição normal depois da invasão do espaço (Desvio real)
Consequências:
• Disfunção muscular e oclusal
• Dedos
• Risco de traumatismos (fratura, avulsão, perda)
• Estética facial
“Os hábitos de sucção digital representam uma situação anormal?” SIM OU NÃO?
12ª semana de gestação as crianças já têm o hábito de sucção, tratando-se de uma situação normal.
Há indivíduos que só começam a chupar no dedo passado minutos ou horas depois do nascimento, outros
passado dias ou meses e outros só passado anos.
Há diferentes formas de chupar no dedos: os entusiastas, chupar os dedos em gancho, chupar o dedo tipo biberão
…
Uma ação terapêutica intercetiva praticada numa criança, por mais inofensiva que possa parecer, pode
comprometer gravemente o seu crescimento e desenvolvimento, se não for guiada por um conhecimento
completo da situação.
Ortodontia – colocação dos dentes na posição correta (cada dente tem uma posição correta específica de acordo
com as curvas de compensação de Spee e de Wilson nos 3 planos do espaço)
Sucção digital – é típica até no útero (sucção para alimentar – reflexo dos pontos cardeais para toque no lábio
superior → indicador do reflexo de maturidade do sistema estomatognático à nascença; desimpedimento das
vias aéreas respiratórias)
→ Hábito persistente com o avançar da idade = NEFASTO
→ Hábito em bebé = NORMAL
Num individuo em:
CRESCIMENTO – aumento de células
DESENVOLVIMENTO – caminho para a maturidade
CRESCIMENTO DIFERENCIAL – crescimento dos diferentes tecidos não se processa em todos ao mesmo
tempo nem à mesma velocidade … a dinâmica é uma constante.
Uma ação terapêutica interceptiva praticada numa criança, por mais inofensiva que possa parecer, pode
comprometer gravemente o seu crescimento e desenvolvimento, se não for guiada por um conhecimento
completo da situação.
Ortodontia
A ortodontia é um dos melhores meios de resolver problemas estéticos e funcionais do complexo dento-maxilo-
facial… pode igualmente ser um dos meios potencialmente mais perigosos para os provocar quando mal
manipulada
Objetivos da ortodontia
➢ Conservar e ou melhorar a estética dentária da expressão facial
➢ Assegurar boa função oclusal e muscular
➢ Proteção periodontal e da ATM
➢ Contribuir para a estabilidade e longevidade do aparelho estomatognático
➢ Incrementar a autoestima e adaptação social do indivíduo
3ª AULA TEÓRICA DE ORTODONTIA I (01/10/2021)
Objetivos da ortodontia
➢ Conservar e ou melhorar a estética dentária da expressão facial
➢ Assegurar boa função oclusal e muscular
➢ Proteção periodontal e da ATM
➢ Contribuir para a estabilidade e longevidade do aparelho estomatognático
➢ Incrementar a autoestima e adaptação social do indivíduo
Crescimento/Desenvolvimento
A. Genética
➢ Combinação infeliz de genes (ex.: dentes do pai e maxila da mãe)
➢ São difíceis de interpretar: não há prevenção nem intercepção
➢ Tratamento em duas fases
➢ Gene autossómico dominante
É o caso da classe III esquelética e alguma classes II divisão II
B. Congénita
➢ São defeitos do desenvolvimento (in útero)
➢ Ex.: fenda palatina (35% com relação genética) e labial
C. Funcionais
➢ Perturbação funcional que envolve vários grupos musculares, que perturbam o desenvolvimento ósseo;
músculo com mais rigidez que o osso.
➢ É o caso da respiração bucal e também da mordida aberta, que ocorre por persistência da deglutição infantil
(interfere com o normal crescimento das arcadas)
D. Ambientais
➢ É o caso da sucção digital (pressão que altera a normalidade)
➢ São factores externos que atingem o desenvolvimento das arcadas
➢ Os tratamentos ortodônticos são um efeito ambiental; são pressões que contrariam a anormalidade
Notas: As cartilagens são preparadas para suportar o peso, pelo que não têm inervação nem irrigação; é o no
osso intramembranoso que nos é possível introsuzir efeitos ortopédicos o crescimento pode ser restringido
porque tem cartilagem no côndilo.
Resumo:
- Objetivos da ortodontia e ortopedia dento-facial
- Tipos básicos de aparelhos – conceito de aparelho móvel e fixo
- Efeitos ortopédicos e cirúrgicos
- Campos etiológicos básicos das anomalias – define interações
- Idade para tratamento ortodôntico
Diagnóstico
Objetivos:
▪ Agir com oportunidade – tempo adequado para intervir, ver a melhor fase de intervir
▪ Atitudes clínicas ajustadas – meios desproporcionados lavam a equívocos
▪ Evitar iatrogenia – ações prejudiciais para o paciente
O diagnóstico é difícil de fazer em indivíduos que estão em desenvolvimento, no adulto varia pouco, na criança
o normal muda com muita rapidez.
“Na criança, o conceito de normal é uma verdade em constante mutação”. Na criança, a informação do
normal muda com muita rapidez. É necessário atender à variabilidade individual, por exemplo: a cronologia
eruptiva varia de indivíduo para indivíduo).
Recém-nascido
▪ Situação normal até 6 meses - distoclusão fisiológica (mandíbula para distal, recuada 5-6 mm face à maxila
; é a forma que a natureza arranjou para permitir a amamentação);
▪ A amamentação (natureza) estimula a mandíbula para trás, posicionando de forma correta a mandíbula para
não ficar com prognatismo mandibular;
▪ O biberão não permite o crescimento da mandíbula.
Criança
Anomalia classe II;
▪ Dentes afastados e pressão anormal, pode ter sido resultado de uma alimentação carente em alimentos duros,
não promovendo a estimulação mandibular.
▪ A falta de amamentação cria um grau aumentado de sensibilidade a anomalias e a sucção digital.
▪ A amamentação é um fator de prevenção da classe II e da sucção digital.
2- Sobrevalorização da mecânica
Um diagnóstico simplista conduz a uma “ortodontia mecânica”
Diagnóstico ..................................20%
Motivação ......................................20%
Mecânica ........................................60%
➔ Tal traz uma tendência para a prescrição médica e o uso de múltiplos equipamentos → focados em
aspetos técnicos e económicos, ao invés do diagnóstico – prejudica os resultados e a qualidade dos
tratamentos (só privilegiam a “inteligência metálica” → problema grave)
Diagnóstico
70%
Simples
25%
Médios
Grau de dificuldade
da má oclusão 5%
Difíceis
T. O. P.
Tratamento ortodôntico prévio
Ortodontia Preventiva
5
Preservar o crescimento e desenvolvimento normais
Ortodontia Interceptiva
Redirecionar os desvios do normal
Quando já há um desvio do normal, exemplo: mordida cruzada (arcadas ficam estreitas ) / aberta (língua
interposta nos dentes para permitir a deglutição), projeção dentária – usar grelha lingual.
Ortodontia Corretiva
Tratar a má-oclusão declarada
Ortodontia Preventiva
O selamento de fissuras é algo de natureza preventiva, isto é, prevenir áreas que são + suscetíveis à cárie.
O 1º M permanente é o 1º dente a aparecer e o 1º a ser extraído, devido ao motivo de aparecerem cerca de 90%
cáries no sulco. Assim, o selamento de fissuras é uma ótima medida preventiva.
Além disto, o 1º M apresenta defeitos de fusão de esmalte microscópicos que favorecem o aparecimento de cárie
e a sua evolução rápida pelos canalículos dentinários.
É importante conservar 1º M!
O selamento de fissuras é relevante na ortodontia!
Imagens:
Temos presente uma situação de desvio do normal – falta de um dente (1º M decíduo) promove a migração
mesial do dente adjacente. 2º M temporários por si só não têm capacidade de migrar, mas em dentição mista
(após erupção do 1º M permanente) sofrem pressão dos permanentes para se moverem.
Quando as cáries progridem por perda de substância, então criados espaços para migrações dentárias (o mesmo
se sucede nas extrações). Assim, quando os dentes permanentes quiserem erupcionar não vão ter espaço.
Cáries e extrações prematuras – são fatores ambientais que podem causar dificuldades na erupção dos dentes
permanentes. Ou ainda uma outra situação de falta de espaço para erupção dentária, pode dever-se à diferença
existe ao nível do perímetro ósseo disponível e o perímetro para a colocação dos dentes na arcada =
Discrepância Dento-Maxilar (por fatores ambientais ou transmissão de genes). A mandíbula alarga, mas cresce
para trás, em forma de “V”.
Mas a falta de espaço nem sempre é sinal de extrações prematuras.
A restauração de um dente é uma medida de ortodontia preventiva, estabelecendo a dimensão M-D.
Ortodontia Interceptiva
Falta de espaço
Com a faltas de espaço a vítima é o último dente a erupcionar
• Canino na maxila
• 2º Pré-molar na mandíbula
É no momento dos 6-8 anos na erupção dos incisivos que se pode diagnosticar clinicamente e sem grandes meios
a falta de espaço (com a avaliação clínica temos de perceber que se trata de falta de espaço severa)
Se nada fizermos a situação vai piorar e gerar inevitavelmente um “acidente” que implica necessidade complexas
de tratamentos demorados (cuidado: aparelhos causam (micro)reabsorções radiculares)
Extrações como meio intercetivo
1. Extrações seriadas – extrações programadas
2. Extracção terapêutica – erupção dirigida
Se fizer extrações na mandíbula, também as tenho de efetuar na maxila, por uma questão de simetria.
Nota: Os últimos dentes a extrair são os Caninos.
Quando falta o 2º M decíduo ou qualquer outro temporário, extraído fora da época normal (cárie), é necessário
impedir a migração do 1º M permanente recorrendo a um mantenedor de espaço. Isto evitará a perda de 1 a
2mm, que significaria a vestibularização do canino.
Quando o espaço interproximal é ocupado, o resultado é apinhamento dentário, exemplo: caninos superiores
(dentição permanente tem áreas limitadas à erupção dentária) ou 2º PM inferiores.
Correção → se os dentes permanentes estiveram mal inclinados e se ainda existir espaço vazio
Falência da Interceção
Exemplo 1
Quando não há espaço suficiente para erupcionarem IL, antes de extrair os caninos temporários verificamos 1º
se existem ou não IL. Se não tiver espaço por volta dos 6 anos, optar por extrair caninos temporários.
1 Ano – falta de espaço para erupção dos M permanentes vamos optar por extrair 4 PM, um de cada vez e à
medida que vamos extraindo a dentição fica + próxima da sua posição normal e diminui o risco de complicações
(reabsorções radiculares, problemas periodontais...) basta um tratamento simples (+ fácil, menos risco -
extrações) para colocar a arcada corretamente.
Exemplo 2
1. Criança 7-8 anos
2. Erupcionado IC e IL inferiores
3. Falta de espaço para IL superiores
▪ 1º Verificar se IL estão presentes (ortopantomografia)
▪ não é necessário recorrer a aparelhos, basta só ter em conta o funcionamento / posicionamento da língua em
repouso (encostada nos Incisivos Inferiores)
▪ a língua funciona como um aparelho fantástico.
Exemplo 3
1. Criança com 8 anos
2. Grande falta de espaço na maxila
3. Apinhamento dos Incisivos Inferiores
4. Será que a língua chega ou haver necessidade de utilizar algum dispositivo?
▪ 1º Extracção de caninos temporários
▪ 2º Extracção 1º M temporário
▪ 3º Extracção 1º PM permanente colocação dentária correta por si só
Aos 12 anos, os PM ficaram com grande falta de espaço, mal orientados, originando mordida cruzada –
solucionar com aparelho ortodôntico.
Exemplo 4:
Mordida aberta
falta de espaço na maxila
ligeiro apinhamento na mandíbula
Tratamento:
extrações na altura certa!!!
Passado alguns anos, sem o uso de dispositivo, os dentes na mandíbula posicionaram-se corretamente.
“Ortodontia Interceptiva – os aparelhos não conseguem fazer movimentos feitos pela natureza sem correr
riscos”.
“Em algumas situações, o tratamento ortodôntico chega a ser evitado”.
Recorrer a extrações e não ao uso de aparelhos...
Exemplo 5:
Mordida aberta – com o uso de aparelho podemos fazer contensão para direita/esquerda, mas não impedimos os
dentes de subir na arcada.
Tratamento:
extracção de 2 dentes decíduos que funcionavam como suporte da mordida aberta
com ortodontia conseguimos evitar a cirurgia (só é feita a partir dos 18 anos).
Exemplo 1
1. uso de aparelho com grelha lingual há + de 2 anos – que só impedia a colocação da língua entre os dentes.
2. tratamento não solucionou problema, porque o acrílico não foi cortado, impedindo os dentes de descer.
Originou-se hipertrofia gengival e mordida aberta = iatrogenia.
3. É necessário usar bem os instrumentos!
Exemplo 2
1. criança de 7-8 anos
2. diastemas entre incisivos
Tratamento: colocação de 4 brackets nos incisivos.
Exemplo 3
Assimetria facial – que originou falta de dimensão transversal da maxila e alterações ósseas
- maxila + estreita que mandíbula
- as cúspides da maxila batem contra as cúspides da mandíbula e levam a um desvio funcional desta.
Tratamento:
- 1º Intercepção (dispositivo simples)
- 2º Devolver à maxila a sua dimensão, restabelecendo a oclusão
- 3º Acompanhar sempre o paciente
Quisto Dentígero
IL com inclinação para distal, aquando da erupção dos caninos estes dentes voltam à sua posição normal. Mas,
quando isto não acontece e o “canino não quer descer” ou então há alguma barreira física Sinal de Quiteno
.
Desconfiar sempre das pequenas diferenças, como por exemplo: um IL direito corretamente posicionado e do
lado esquerdo um IL com um espaço fazemos Rx para ver o que se passa e observamos um quisto dentígero.
Mordida aberta : anomalia em que o sentido vertical dos dentes não contactam – complexo e difícil de tratar e
estabilizar
• Fase ativa → correção
• Fase passiva → manter na posição
NOTA: problema de estabilidade (tendência de recidiva sistemática)
TIPOS DE MORDIDA ABERTA:
• Dento-alveolar : decorrente da chupeta (+ fácil)
• Estruturais : hiperdivergência óssea mandibular (+ difícil) → o pico de crescimento pubertário vai
agravar bastante
TRATAMENTO: ortodontia ou cirurgia ortognática (esta última só depois dos 18 anos)
Sobremordida vertical excessiva com desvio funcional OU de conveniência → desvio da linha média, queixo
para um lado e arco fácil (labial) assimétrico
• Interferência com C temporários (dentes temporários), desvia a mandibula, gera mordida cruzada
• Tratar com simetria
• Controlo de 6-8 meses
Que estímulo?
Os dentes movem-se se alguma força lhes for aplicada.
1. Fisiológica
2. Traumática
3. Ortodôntica
A. Estímulo Fisiológico:
▪ Erupção (hereditariedade e ambiente hormonal) – movimento de grande amplitude
Traz o dente da base apical até à oclusão
EXCEÇÃO: PM têm o centro de massa dentro de si mesmos pois estão verticais na arcada e tende a ir para trás
Extrusão: tendência de compensação, é levada a cabo pelo aumento do cimento no ápice radicular e ao fim de
alguns anos a coroa clínica aumenta – produzindo-se hipersensibilidade porque à exposição amelocementária.
Extrusão passiva: ocorre ao longo da vida, é destinada a compensar o desgaste oclusal que ocorre ao longo da
vida.
Quando temos soluções de continuidade com esta capacidade de invasão é um problema.
B. Ação Traumática
▪ Oclusal (forças ligeiras intermitentes) – gera recessão gengival
Geralmente intermitente, que só ocorrem quando os dentes entram em contacto, podem levar à perda de
dentes, retração gengival, reabsorção óssea no caso de por exemplo existir uma prematuridade.
▪ Acidental (forças intensas de curta duração) – podem causar fraturas, avulsões, intrusões...
Causa avulsões ( em caso de avulsão deve-se atuar rapidamente: após 30 min fora do alvéolo o
prognóstico não é favorável) → o sucesso da reimplantação depende do tempo de atuação.
COMO ATUAR EM CASO DE AVULSÃO?
Não lavar, não tocar nem raspar. Colocar em soro fisiológico, leite ou saliva
C. Ação Ortodôntica
▪ Contínuas (Ap. fixos - molas flexíveis de longa duração de ação)
▪ Intermitentes (Ap. móveis - molas rígidas de menos duração de ação)
▪ Funcionais (Ap. funcionais - tiram partido da força muscular)
Ex: uso de para-choques labial acoplado a bandas e que está afastado dos dentes, o lábio inferior fica
projetado e tende ele mesmo a aplicar nas bandas a força que vai levar ao movimento dentário –
aproveitamento da dinâmica da língua
8 cm2 3 cm2
Radiculares Radiculares
533 245 321 282 194 230
475 240 237 270 208 170
Conceito de ancoragem
Tenho de criar uma biomecânica de forças assimétricas controladas e contrariar a 3ª lei de Newton: Lei da Ação-
Reação
Máxima: não posso perder espaço
Média: posso perder algum espaço
Mínima: posso permitir que os dentes venham bastante
Movimento Dentário
A. Movimento de inclinação
Pressão = gera reabsorção óssea
Tensão = gera aposição óssea
Pressão – provoca tensão no ligamento
Reabsorção óssea – acontece no osso
- +
+ -
+ -
C. Movimento de intrusão
♥ Dente posicionado ao longo do seu eixo para entrar dentro do alvéolo → a raiz tem de entrar em contacto
com todo o alvéolo, logo, é necessária Osteólise generalizada na parede alveolar (assegurada pelos
osteoclastos – reabsorção óssea de toda a substância inorgânica – quer seja dente quer seja osso)
♥ Ap. removíveis perdem a retenção.
♥ Se o dente for intruído, o dente entra em contacto com as paredes alveolares lateralmente, reabsorção
lateral, chegada ao ápice.
♥ Retenção: através de dispositivos de retenção
♥ Ancoragem: move dentes à custa de outros dentes (envolve dentes apenas no movimento)
♥ Uma força tem uma reação equivalente e de sentido contrário, logo aparelhos removíveis têm ganchos
para reter o aparelho (dispositivos de retenção), e quando lhe é aplicada uma força em sentido de intrusão
tende a deslocar o aparelho, não deve, portanto, ser usada para provocar intrusão.
♥ Para provocar intrusão a força tem de ser aplicada ao longo do eixo do dente, e estas forças deverão ser
forças ligeiras (40 a 60g).
Este movimento foi por muito tempo considerado um movimento impossível.
Desmitificado por RICKETTS (arco base): arcos segmentares, que permite usar dentes posteriores como apoio
para mover outros. BIOMECÂNICA SEGMENTAR → bypass à curva de Spee
Ex: 160g dá para intruir os 4 incisivos, ou seja, forças leves. (20g por Incisivo inferior + 40g por Incisivo
superior)
Curva de Spee: zona central curva → dentes PM e M tendem a sair e I a entrar no alvéolo quando lhe é aplicada
um arame reto/contínuo
É mais fácil extrair o dente, só rompe as fibras (sair do alvéolo) do que recolocar, implica reabsorção óssea
(entrar no alvéolo)
Movimento de extrusão
♥ É oposto à intrusão. Neste caso o dente é puxado para fora do alvéolo.
♥ Aposição generalizada na parede alveolar. É um movimento perigoso porque pode ser feito com uma
velocidade maior, que não permita o acompanhamento do feixe vasculo-nervoso.
Necrose do dente
♥ Movimento fácil de efectuar, favorável á tendência natural dos dentes e apenas requer a ruptura das fibras
do ligamento. → Mas arriscado de se fazer
♥ Há osteólise, mas comparada com os outros movimentos é muito pequeno.
Ao longo do maior eixo do dente, mas no sentido da saída do alvéolo. Movimento envolvendo quando risco de
necrose pulpar! Se o processo alveolar não acompanha o movimento, o que vai acontecer é a raiz ficar à mostra.
Se o osso vem com o dente, a coroa fica com o mesmo tamanho; se vem só o dente, a coroa fica muito grande,
trazendo muitas desvantagens. Cuidado com o ritmo e a idade, pois enquanto ocorre crescimento activo, o
processo alveolar tem tendência a acompanhar o dente; mas no adulto, o processo alveolar não acompanha, e a
raiz fica exposta, mesmo num adulto jovem.
♥ 3ª lei da Dinâmica de Newton – AÇÃO-REAÇÃO (uma ação tem uma reação igual no sentido contrário)
− Não há ações isoladas
− Quando promovemos a extrusão de um dente , promovemos a extrusão de outro dente.
Retrusão/Extrusão (3ª Lei de Newton)
♥ Movimento predominantemente extrusivo (nunca é um movimento puro)
♥ Movimento retrusivo com componente extrusivo (para baixo e para trás, é o que se pretende no caso de
mordida aberta)
Temos que fazer a movimentação de acordo com o tratamento que vai ser feito a seguir. (para quem vai compor
a estética, por exemplo)
Movimento de rotação
♥ Osteólise generalizada na parede alveolar.
♥ Movimento típico dos aparelhos fixos (porque necessita de 2 pontos de aplicação).
♥ Movimento com grande risco de recidiva! → requer maior tempo de contenção. A recidiva é devido à
distorção das fibras gengivais, ou seja, a recidiva vem da gengiva → daí contenções demoradas.
♥ Fibras supra-alveolares têm uma tremenda resistência à fratura.
♥ Mais usado em dentes monorradiculares.
Fibrotomia – corte das fibras para evitar recidiva.
Osteólise considerada em todo o processo alveolar em mono, bi e plurirradiculares; a rotação provoca uma
osteólise completa. A osteólise recupera em 3 meses, ficando completa em volta do dente. Do ponto de vista
periodontal, as fibras rompem, mas em 5 dias recuperam. A gengiva segue o dente, a fibrotomia em torno do
dente é o suficiente para a gengiva voltar ao sítio. Os incisivos quando rodados ocupam menos espaço – são os
únicos, depois é ao contrário. O simples facto de inverter a rotação dá espaço – é o que mais recidiva, mesmo
que se vá buscar 2-3mm. Quanto maior o numero de raízes, maior a osteólise. A tendência de recidiva não tem
nada a ver com a osteólise (ao fim de 2-3 meses está tudo normalizado), mas com a distorção que ocorre ao nível
periodontal (não o ligamento, pois quando está em movimento activo, as fibras rompem e reorganizam-se em 5
dias) também não é, pois a gengiva é que tem mais influencia. Ex: tatuagem na gengiva. Segue o dente –
distorção ao nível periodontal, mas uma fibrotomia é suficiente para eliminar a tensão.
♥ Os dentes dos setores laterais rodados ocupam mais espaço. → a sua correção é um forma de arranjar espaço
na arcada . Requer 2 pontos de aplicação para a rotação do dente
♥ Os dentes dos setores anteriores rodados ocupam menos espaço. → a sua correção implica re-ordenamento
da arcada, senão vai haver muita tendência à recidiva para distorção das fibras transeptais.
Movimento de torque
♥ O eixo de rotação biológico é transferido para a coroa clínica → Movimento da raiz dentro do osso
♥ Tem o eixo de rotação na coroa! Movimento de inclinação em que a maior quantidade do movimento ocorre
na raiz.
♥ Queremos que a raiz se mova mais do que a coroa, ou seja, é basicamente o movimento de inclinação
invertido – este torque é muito difícil de executar
♥ Movimento típico dos aparelhos fixos (2 pontos de aplicação)
♥ É um movimento da raiz dentro do osso, logo, é pouco percetível pelo paciente – só altera a inclinação do
dente
Torque – dente
o Torque radiculo-vestibular → raiz vem para vestibular
o Torque radiculo-lingual → raiz vem para lingual
Torção – arame (algo aplicado no arame para obter o torque) → arame retangular
♥ Antigamente era necessária torção manual do arame para fazer o torque. Atualmente, já há arame pré-torcido
para fazer o torque.
♥ Há brackets que já trazem a informação do torque incluída. A altura da ranhura dos brackets é diferente,
dependendo dos dentes – brackets pré-torcados.
♥ Também há os brackets zero, que não têm torção e tem que ser dada ao arame.
O eixo de rotação biológico é transferido para a coroa clínica. Movimento feito à custa da raiz, corre o risco de
se aproximar demais da cortical vestibular ou lingual/palatina. Quando próximo das corticais, a raiz para alem
de ser uma área pouco irrigada tem muitos osteoclastos. Os movimentos que implicam osteólise considerada,
são movimentos com reabsorção considerada → é o movimento ilustrativo dos aparelhos fixos → manter a coroa
no mesmo sítio e grande amplitude do movimento da raiz → conseguido com 2 pontos de aplicação na coroa
(movimento de inclinação invertido, difícil de realizar/executar).
Ao contrário dos movimentos de inclinação (1/3 apical e 1/3 médio da raiz) este movimento exige osteólise
considerada, pois a raiz movimenta-se num todo. As corticais, histológicamente, são iguais ao osso medular,
mas diferentes da intensidade trabecular.
+ + = Torque – dente
(arame)
+ + = Torção – arame
(arame)
Torção no arame com uma determinada inclinação/graus – 20º, por exemplo. O arame ao ser forçado na ranhura
já vai fazer a inclinação, são os chamados brackets pré-torcados. Com arames redondos não há qualquer
movimentação, porque não dá para os 2 pontos. Triangular – melhor para afastar os 2 pontos de aplicação.
Há 2 categorias de brackets:
♠ Zero graus – inclinação neutra – com arame retangular: não ocorre nada, pois fica neutro, não ocorre
movimento de força
♠ Mas se se quer este movimento, é necessário torcer e angular o arame (ex: Incisivos Centrais Superiores, 22º
inclinação)
♠ Introduzir 22º ao bracket, já não é necessário torcer o arame, pois já efetua ao entrar no encaixe do bracket,
este está pré-torcado.
Remodelação óssea: (processo natural que vai continuamente substituir osso por outro, que ocorre quando o
dente é impulsionado para ocorrer movimento do dente)
Com o aumento da idade as forças mais leves e contínuas (mais favoráveis, mais indutoras à remodelação óssea).
Quando ocorre uma fractura numa criança, esta é resolvida rapidamente, ao passe que no adulto demora muito.
Quanto mais avança a idade, a remodelação diminui, tendo que se usar forças mais leves e contínuas (aparelhos
fixos).
Os adultos estão cada vez mais a fazer tratamentos ortodônticos, daí termos que ter em conta a remodelação
óssea.
Paciente em crescimento
O paciente adapta-se ao tratamento ortodôntico. → ideal manter a contenção até ao final do crescimento
Paciente adulto
O tratamento ortodôntico deve ser adaptado ao paciente. (por múltiplas razões)
+ -
+ -
+ -
Osso alveolar
Pressão = reabsorção óssea (-) (feita pelos osteoclastos)
Tensão = aposição óssea (+) (feita pelos osteoblastos)
Osteoblastos/osteócitos - osteoclastos
1 Osteoclasto – 100 osteoblastos (sempre que a proporção se altera, temos ou mais aposição ou mais reabsorção)
Aquilo que os osteoblastos fazem, 1 só osteoclasto destrói.
Osteócito
Osteoblasto Osteócito (28000/mm3) (muito abundantes)
Osteócito
Osteócito = regulador de calcemia
O osso osteóide não é reabsorvido porque os clastos não o reconhecem, porque este não é mineralizado.
Calcemia normal = 10mg% (± 0,3) (margem muito estreita, dá muitos problemas – ex: tetania)
(morte em tetania a 6,5%)
Osteoclasto
Osteoclasto – célula de origem hemática (os seu precursores são os Monócitos que podem diferenciar-se em
Macrófagos ou Clastos, conforme se se encontram em substrato não mineralizado ou mineralizado.)
∞ Duram de 40-45 dias de vida (curto ciclo de vida)
∞ Célula grande e multinucleada (mais de 100 núcleos – quimiotaxia)
∞ Mobilização do cálcio é irreversível – atuam e destroem também as proteínas orgânicas, para além de matéria
inorgânica.
Cimento
∞ Recobre a superfície radicular
∞ Pode ser reabsorvido durante o movimento dentário ortodôntico
∞ Forças exageradas – raízes curtas e/ou hipercimentose
∞ Aumenta a espessura do colo para o ápice; menos espesso no colo (aumenta a espessura do colo para o ápice)
∞ Erupção passiva (formação de cimento no apéx)
∞ A sua formação é mais lenta do que a do osso
Cimento
Cimentoblasto Cimentócito
(superfície do cimento) (interior do cimento) quando está envolvida a raiz
Existe na superfície da raiz com excepção de 2mm no colo do dente. Ocorre com muita frequência nesta zona a
reabsorção externa de natureza idiopática.
∞ Colo do dente (2mm) (não existe cimento) → erradamente designado cimento acelular! → só não tem
cimento à superfície mas tem em profundidade
∞ Cimentogénese: 60-70 dias
∞ 30 anos para formar 0,6mm de cimento! (10 vezes mais que osteogénese)
Servem para dissipar cargas – até zonas bastante distantes → modificação da arquitetura facial
Aplicação de cargas em dentes cuja raiz ainda está em formação pode levar a: bainha de Hertwing fecha
indevidamente e causa perda de 1/3 da raiz e perda de 1/3 de amortecimento. Pode causar retração gengival.
Ligamento periodontal
• Fibras colagéneas (não elásticas) tipo Sharpey (osso - periósseo)
• Onduladas e com diferentes orientações ao nível da raiz – esta ondulação parece dar movimento ao dente
quando este é estirado
• 50% do volume são vasos (amortecedor hidrodinâmico) movimento fisiológico
• 50% do volume são fibroblastos (origem dos osteoclastos)
• Movimento dentário = ruptura a meio do ligamento e nova fixação (5-7 dias) = movimento ortodôntico
• 28 dias para remodelação = movimento dentário
mm
Compressão
2º Período Hialinização
0,6
0,5 Reabsorção óssea
0,4 1º Período
0,3
0,2
Dias
5 10
A força mastigatória:
• TEM intensidade…
• NÃO TEM duração NEM frequência …
… para intruir o dente no osso, ainda que estes se movimentem como êmbolos
• Os pontos de contacto passam a superfícies de contacto por desgaste interproximal
Quando o dente não se move é porque a força está excessiva! Logo é necessário diminuir a força. Não se pode
acelerar o processo – ritmo biológico
Reabsorção radicular
Força excessiva = lesão extensa = reabsorção substitutiva
Osteogénese: 7-10 dias Vs Cimentogénese: 60-70 dias
CONCLUSÃO:
A ortodontia baseia-se no tripé:
1. Remodelação óssea
2. Remodelação periodontal
3. Ausência de remodelação do cimento
8ª AULA DE ORTODONTIA I (05/11/2021)
Mantenedores de espaço
Análise clínica
Análise radiográfica
Análise da discrepância de modelos
• Idade
• Cronologia
• Avaliação de dentes remanescentes
Idade vertebrais, calculadas a partir da imagem das vértebras cervicais vistas numa
radiografia cefalométrica lateral
• Rx da mão e do pulso ou Telerradiografia
• Mapas
Desenvolvimento da Dentição
Dentição Temporária – Dentição Permanente
Entre as áreas: incisivos e primeiros molares fica uma parte da arcada dentária: A zona
de suporte
A erupção dos primeiros molares permanentes ocorre numa grande parte dos
casos, em simultâneo com a mudança dos incisivos, embora também possa
acontecer antes ou depois da esfoliação dos incisivos
Fase transitória após erupção dos incisivos permanentes (variável)
Diferença de tamanho
• Espaço remanescente da zona de suporte
• “lee way space”
• Espaço de deriva mesial
• Espaço de Nance
Por hemi-arcada
• Maxilar: sobra cerca de 1,7 mm
• Mandibular: sobram cerca de 3,4 mm
➔ Engrenagem inter-arcadas
➔ Resolução de pequenas faltas de espaço
Segundo molar evolui em paralelo com a zona de suporte
O espaço começa a formar-se após a erupção do primeiro molar
• Por volta dos 9 anos tem a dimensão de meio molar
• Nalguns casos, o segundo molar não tem o espaço suficiente
para erupcionar, mas “consegue impulsionar” o primeiro molar e
aproveitar o espaço sobrante da zona de suporte para se colocar.
Nestes casos, é só nesta altura que se estabelece a engrenagem
completa dos primeiros molares.
Dentição Permanente
Discrepância Dento-maxilar
A solução para a DDM severa são extrações programadas!...
Removiveis Fixos
- Próteses parciais
- Aparelhos removiveis com stops no fio
- Placa de Hawley
- Placas de Hawley com dente em
acrílico (mudar 1 vez por ano) Unilaterais Bilaterais
- Aparelho wraparound com dente em
acrílico (é funcional para ajudar a
mastigação)
- Mantenedores invisíveis
Recuperadores fixos de espaço (quando o espaço já foi efetivamente perdido e vamos ter
de o recuperar)
Dentição definitiva
Brackets colocados na posição ideal
∞ Paratormona (PTH)
∞ Corrente piezoelétrica (corrente gerada para deformação de um cristal = o osso tem
cristais de hidroxiapatite o cristal deforma após a pressão sobre o osso)
Corrente + : convexa
Corrente - : côncava
Gera reabsorção e aposição para retomar a forma original.
Força
Pressão/Tensão
Activam fosfolipase
A2 e C (inibidas por
corticoides anti-
inflamatórios) Anóxia/Hipoxia (Hialinização)
Osteoclastos
Explicação: Força →Pressão/Tensão → Há lise após a falta total (Axónia) de oxigénio. A via
respiratória passa para a via glicolítica (ácido láctico e iões H+) (hipoxia) e avaria as bombas de
iões e as células morrem também (Ca2+ intracelular = lise) → Membranas de fosfolípidos
morrem; os fosfolípidos clivados geram ácido araquidónico → Processo inflamatório:
fosfolipases A2 e C quebram cadeias de carbono e foram ácido araquidónico → Prostaglandinas
E1 e E2: potente agente de reabsorção óssea; agente da dor (processo inflamatório)
ANGIOGÉNESE → Osteoclastos (ALVO)
Mas os corticóides inibe, estas fosfolipases A2 e C. Os não esteróides vão atuar nas Cox
→ 2 formas de travar o processo inflamatório
SOLUÇÃO PARA ALIVIAR A DOR : paracetamol → alivia a dor e não interfere com
a movimentação dentária (analgésico mas não anti-inflamatório)
Pressão/Tensão
(15 min depois de aplicar a força)
Aminas mucopolissacarídeos
Histamina (anti-his) (heparina)
Bradicinina (bromelaina)
Serotonina Retroalimentação
NOTA: a oclusão avalia-se SEMPRE com o paciente sentado senão vai haver
prematuridades e a recidiva ortodôntica surge!
Morfologia Facial
o Perfil convexo (mandibula retruída) dá aparência mais jovem
o Mandíbula em posição distal (3 correntes de hipóteses)
► Influencia traumática do nascimento? Não é justificável porque
acontece em cesariana
► Posição ventral do feto? Não é justificável porque a mandibula
iria para a frente (protrusão da mandíbula)
► Facilitar saída da cabeça? Improvável (Quando nascemos
temos cerca de 44 ossos na cabeça, estes vão-se fundindo com
a idade graças às suturas e os ossos ficam a metade e uns em
cima dos outros)
o Distoclusão do recém nascido
o Alteração da proporção da cabeça (até aos 4/5 anos porque cérebro e
abóbada craniana estão 90% completos aos 5 anos); ao nascimento 1/4
corpo é cabeça; idade adulta 1/8 corpo é cabeça
CONCLUSÃO: Distoclusão do recém-nascido (é normal)
Sobrevivência
o Alimentação
o Liberdade das vias aéreas
Posição postural de repouso (complexo pois exige intercepção de vários
músculos e um comando determinado. Os recém-nascidos conseguem com facilidade
obter esta posição, o que reforça a maturidade do SEG)
Reflexos dos “pontos cardeais” (estimulação do lábio superior deve induzir a
procura de mamar)
o Ex: toque no lábio do bebé e ele procura o dedo para chuchar – reflexo
de sucção – muito importante
O aparelho estomatognático é o aparelho mais desenvolvido à nascença.
Durante muito tempo a criança só se consegue relacionar com o meio através da boca →
fase oral.
Alimentação
Amamentação (2 fases) – Natural
o Sucção (exercício passivo- biberão)
o Pressão (exercício de esforço – avançar e recuar da mandíbula)
Aleitamento (formação de uma câmara de vácuo) – Artificial
o Sucção (o facto de não ter a fase de pressão vai ter repercussões para a
criança)
Sucção
Fechamento hermético anterior (pelos lábios à volta do mamilo)
Fechamento hermético posterior (palato mole e dorso da língua em contacto)
Abaixamento da mandíbula
Abaixamento da língua ( músculo génio e hioglosso)
Pressão
Extremamente dinâmica
Avanço e recuo da mandíbula (ainda não existe tubérculo articular) a olhar para a
mãe (AFETO) → fácil avançar e recuar a mandibula porque ainda não tem ATM
Língua adota forma canalícular → já não há leite na boca
Deglutição
o Cansaço do bebé evita sobrealimentação e obesidade
o Facilita a digestão (aumento do suco gástrico)
o Estimula o desenvolvimento do Aparelho estomatognático,
particularmente da mandíbula
A natureza não sabe da existência de biberões! Mas sabe que a fase de pressão estimula
o crescimento da mandíbula. Daí nascermos com a mandíbula retruída que depois avança.
Distoclusão do recém-nascido
5. Rugas palatinas transversais: divergindo ou não a partir da linha mediana. São mais
aparentes quer na criança ou adulto e destinam-se a fixar o mamilo na fase de pressão,
desaparecem ao fim de 1 ano de vida.
+ adequada
Oclusão escalonada em degrau plana
+ favorável: plana → oferece menor
Oclusão escalonada em degrau obliqua resistência ao avanço e recuo da
mandíbula)
Os dentes vão-se
verticalizando
2º mês fetal
Distoclusão fisiológica
Nascimento
Posição normal
6 meses
Escalão Rotação
DIFERENTE…………..
Transposição semi-circular:
Trajeto semicircular que os gérmens dos dentes temporários fazem por
lingual e em torno dos permanentes, para se lhe colocarem apicalmente ou entre as raízes
(molares temporários)
Está concluído para todos os dentes aos 4 anos
4 anos: PM entre raízes de M temporários entre ápices de I e C
o Gérmens permanentes ligeiramente em lingual → I
permanentes erupcionam ligeiramente por lingual com o
decíduo ainda lá → duplo dente
o Língua orienta os dentes incisivos na arca (alarmante, mas sem
significado)
Incisivos e caninos: iniciam a transposição no período fetal (in útero) e ao
nascer já se encontram por lingual
PM: só iniciam a transposição após o nascimento, até então estão por
oclusal (pode ser a causa de algumas agenesias) → 2º PM são os dentes que mais
costumam faltar
Cronologia eruptiva
Ic 6-8 meses
Ic 4º mês VIU
Il 8-12 meses
Il 4º mês VIU
Dentição permanente tem limitação em termos de espaço, daí poder haver apinhamento.
1º M antes do C devido ao tipo de amamentação (poder de mastigação para a transição
exclusiva da amamentação para alimentação semi-sólida).
Entrada em oclusão do 1º
2ª elevação fisiológica da
grande molar / 1º molar
permanente = dentição
6 anos
↑ DVO
12 anos
Possíveis explicações:
1. Hipótese aritmética: espaço E de Nance (deriva, LeeWay space) → válvula de
espaço de segurança - 2,5 mm mandibula; 1,5 mm maxila
2. Convexidade face distal: 1º Molar temporário maxilar (espécie de boca na face
distal que empurra o Molar)
3. Ângulo distal-lingual: 2º Molar temporário maxilar (que empurra o Molar mais
para trás)
B – Preparação para a colocação dos incisivos
Incisivos:
Permanentes maiores que os temporários (média de 6mm)
Área anterior tem que crescer (formação fisiológica de espaços – Blake, 1872 – Sinal de
Bogue)
Sinal de Bogue:
➢ Pode começar a aparecer aos 4 anos ou nem aparecer
➢ Maxila – crescimento sagital + transversal
➢ Mandíbula – principalmente transversal
Avanço da mandibula
Maxila – crescimento sagital + transversal (frente e lados) consentido pelo
Mandíbula – principalmente transversal (lados) alargamento da
maxila→degrau distal
Única explicação: Prognatismo fisiológico muda para mesial →
(mesioclusão fisiológica de Zielinsky) ≠ Classe III neutral
Bruxismo:
Cêntrico:
o Não range, não faz deslizamento
o Apertar os dentes
o Forma de descarga de stress
Excêntrico:
o Range
o Desliza
Funcional:
o “A natureza a querer resolver um problema”
o As cúspides não desgastadas funcionam como prematuridades
o Resulta de uma propensão da mandíbula para avançar
o Não necessita tratamento a não ser colocar papel articular e com broca
adiamantada fazer desgastes
Topo-a-topo dos incisivos: já ocorreu a mesioclusão de Zielinsky
Art. De pol: contacto deslizante
Bruxismo: (ranger os dentes para tender a compensar a falta de desgaste das cúspides)
Cêntrico:
o Não range, não faz deslizamento lateral
o Apertar os dentes
o Forma de descarga de stress
Excêntrico:
o Range
o Desliza
Funcional:
o “A natureza a querer resolver um problema”
o As cúspides não desgastadas funcionam como prematuridades
o Resulta de uma propensão da mandíbula para avançar
o Não necessita tratamento a não ser colocar papel articular e com broca
adiamantada fazer desgastes
Topo-a-topo dos incisivos: já ocorreu a mesioclusão de
Zielinsky
Art. De pol: contacto deslizante
1ª Etapa
Mudança dos incisivos:
❖ Ocorre em simultâneo ou pouco depois da erupção do 1º grande molar
❖ Erupção inicia-se quando 1/3 a ½ da raiz está formada
❖ Ocorre 1º na mandíbula e depois na maxila (3 meses)
❖ Incisivos centrais antes dos laterais
❖ Reabsorção intermitente dos temporários (fixação alterna com mobilidade –
anquilose)
❖ Rizálise inicia-se pelo lado do gérmen (Lingual) mas não necessariamente
❖ Gérmens dos permanentes situados junto ao ápice e por lingual (duplo dente)
❖ Os germens temporários também estão por lingual e apicalmente
❖ Agenesia do permanente não impede rizálise do temporário, mas esta é mais lenta
(permanência do temporário entre 5-15 anos por média = 10 anos) mais verdade
para caninos e molares
❖ Erupção dos incisivos centrais maxilares = 90% do crescimento da pré-maxila
(em sentido sagital, mas sobretudo transversal)
❖ Eixos longitudinais dos incisivos maxilares divergentes/ diastema mediano
❖ Os 2/3 coronais da raiz do permanente dependem de factores genéticos
❖ O 1/3 apical radicular depende de factores ambientais
Duplo dente: incisivos temporários não esfoliam e aparecem os definitivos ao mesmo
tempo. São situações inofensivas, só não é inofensivo quando o dente está cruzado.
Não é um duplo dente, é o trajeto eruptivo anormal dos ICS
1ª Etapa:
❖ 2 Áreas de erupção (molar e incisivos)
❖ Área intermédia (zona de suporte)
▪ Funções:
• Manter intercuspidaçao
• Assegurar a dimensão vertical de oclusão (DVO)
• Assegurar a mastigação
• Assegurar o desenvolvimento do arco alveolar
• Manter o espaço eruptivo dos permanentes – principal função
o É uma zona fundamental
2ª Etapa
• Substituição de caninos e molares temporários
• Espaço de deriva; espaço de E de Nance; Lerway Space (espaço extra de
segurança)
Ou em simultâneo
Cronologia eruptiva:
10 anos 12 anos
Maxilar: 1º PM → canino 2º PM
Leway Space:
2ª Etapa: substituição de caninos e Molares temporários
8 Espaço de deriva = espaço E de Nance = Leway Space:
o Maxila: 1,5mm (3mm dos 2 lados)
o Mandíbula: 2,5mm (5mm dos 2 lados)
Mantenedores de espaço
Tipo Ação
• Fixos • Ativos (produz
• Removíveis movimento)
• Funcionais • Passivos
(aproveita espaço) (recuperadores)
Aproveita forças
musculares para o
movimento
▪ Movimentos de pequena amplitude apenas
Princípios a que devem obedecer os mantenedores de espaço (Graber)
1. Preservar a dimensão mesio-distal do dente(s) perdido(s)
2. Evitar a extrusão dos dentes antagonistas
3. Simples e resistente
4. Não exercer tensão excessiva sobre os restantes dentes
5. Facilmente higienizáveis
6. Não interferir com os normais processos de crescimento e
desenvolvimento, mastigação, fala e deglutição