Você está na página 1de 28

Traumatologia Avaliação secundária

Aula 2 – Prof Netto •Tem inicio após a avaliação primária ter sido concluída, ou
seja, quando o paciente foi estabilizado
15/02
•A avaliação secundária inclui uma avaliação objetiva e

Atendimento inicial subjetiva do paciente traumatizado


|->Avaliação subjetiva consiste basicamente na anamnese
ao trauma |->A avaliação objetiva consiste na inspeção, palpação,
percussão, auscultação, radiografias, tomografias, exames de
maxilofacial sangue, estado neurológico do paciente da cabeça aos pés, com
objetivo de saber a condição atual do paciente
Como o paciente com trauma vai chegar para nós dentistas?
•O atendimento inicial no âmbito hospitalar para o paciente Exame físico
que chega com trauma é feito na sala de trauma (sala •É realizado através da inspeção e da palpação
vermelha) pela equipe médica da cirurgia geral, ou seja, esse |->Inspeção - Avaliar visualmente se tem algum
atendimento inicial é feito por médicos e não pelo cirurgião trauma/laceração e é utilizada geralmente para avaliar
dentista com especialidade em buco traumas em tecidos moles
•A equipe médica da cirurgia geral faz a avaliação e a |->Palpação - palpar para observar presença de trauma e é
estabilização do paciente, para que assim as outras áreas utilizada geralmente para avaliar traumas/fraturas em tecidos
(neuro, otorrino, oftalmologista, bucomaxilofacial) possam ósseos
atuar
•O cirurgião dentista só atende o paciente quando ele já está *OBS.: Primeiro deve-se avaliar o tecido mole para depois
estabilizado avaliar o tecido ósseo
|->Quando o paciente chega com traumas na face e é I. Couro cabeludo e pele da face
necessário que faça a estabilização nesses traumas faciais, o •Primeiramente deve-se inspecionar/procurar a presença de
dentista faz a estabilização necessária na sala de trauma (sala algum sangramento
vermelha), para que depois ele possa ser encaminhado •Devemos saber como aconteceu o acidente para que possa
novamente para o dentista classificar a ferida/traumatismo limpo ou contaminado
*OBS.: O suporte médico é fundamental e obrigatório em 100% |->O agente causador da ferida que irá classificar a ferida
dos casos. como limpas ou contaminadas

Avaliação primária II. Osso frontal


•Assim que o paciente traumatizado entra na sala de •Avaliar a parte frontal da testa
reanimação, uma avaliação rápida deve ser feita *OBS.: Dentista bucomaxilofacial só trata se o trauma afeta a
•A avaliação consiste em avaliar: parte do seio frontal, a parte posterior é a equipe de
neurocirurgiões
-Principais lesões
-Sinais vitais
-Mecanismo da lesão
-As vias respiratórias
|->São sempre as primeiras preocupações
*OBS.: A Avaliação deve ser realizada para estabelecer as
prioridades do tratamento
III. Região do complexo NOE  Pitose
•Compreende a região naso-orbito-etmoidal -Queda da pálpebra
- Indica lesão/parestesia do nervo oculomotor
 Anisocoria
-Diferença no tamanho das pupilas
-Indica que o paciente teve um trauma no 3º par do nervo
craniano

 Logoftalmo
-Incapacidade de fechar completamente a pálpebra
-Indica lesão no 7º par do nervo craniano (nervo facial)

 Pupilas de Marcos Gunn


-Assimetria na resposta das pupilas à luz
-Indica que o paciente teve um trauma no 2 par do nervo
craniano (nervo óptico)  Hiperemia conjuntiva
-O direcionamento da luz ao olho sem lesão, fará com que -Dilatação dos vasos da conjuntiva
ambas pupilas se contraiam -Deixa a parte branca do olho vermelha
-O direcionamento da luz ao olho com lesão, fará com que -Melhora sem intervenção
ambas pupilas se dilatem

 Hemorragia subconjuntiva
-Acúmulo de sangue na conjuntiva
-A hemorragia cessa sem intervenção

 Quemose
-Edema da conjuntiva
-Desaparece sem intervenção
 Pupila com forma irregular
-Se a pupila tiver uma forma irregular (ex.: forma de gota)
-Indica que teve trauma no globo ocular
 Pupilas fixas
-Indica algum trauma craniano com lesão neurológica
 Telecanto 3. Região nasal
-Aumento da distância intercantal  Fratura nasal
-A fixação do ligamento cantal do olho fica no nariz e as vezes •Pode ser simples ou desviada
o paciente quebra e o osso se abre, tendo como resultado o
telecanto 4. Região zigomático
•Deve-se avaliar o contorno, a projeção (se está mais para
frente ou mais afundado)
•Quando tem fratura do arco zigomático, pode ter como
consequência a amplitude da abertura bucal
 Epífora •Geralmente está associada com fratura orbitária
-Lacrimejamento excessivo, ou seja, o paciente fica o tempo
todo chorando 4. ATM
-É observado quando se tem dano ao ducto lacrimal •Apalpar para sentir o côndilo
 Distopia •Pedir para o paciente fazer os movimentos de lateralidade,
-Posicionamento vertical desigual dos globos oculares protrusão, abertura

5. Região mandibular
•Fazer a palpação do rebordo de toda a extensão da mandíbula
para averiguar se tem fratura
•Pedir para o paciente fazer os movimentos de lateralidade,
protrusão, abertura
 Enoftalmia
-Deslocamento anterior do globo ocular 5. Região intabucal
|->Quando o olho está para dentro •Avalia os dentes, mobilidade, oclusão, contato prematuro
•Balança a maxila para avaliar se ela está solta
•Na mandíbula, é feito o balance/avaliação bimanual
•Barra EDGE é um tipo de contenção para fratura maxilar e
mandibular

 Exoftalmia Ordem de avaliação do exame físico na face


-Deslocamento posterior do globo ocular 1. Couro cabeludo e face
|->Quando o olho está para fora 2. Osso frontal
3. Complexo de NOÉ
4. Região nasal
5. Região mandibular
6. Intrabucais

 MOE (Movimentos oculares extrínsecos) alterada


•Pinçamento/encarceramento dos músculos extrínsecos,
fazendo com que o movimento do olho é comprometido, ou
seja, o olho não movimenta
|->Pode causar ditopia, ou seja, vê 2 coisas ao mesmo
tempo
Traumatologia -Aula 3  Viscerocrânio
01/03/2023 •Forma o esqueleto da face
Prof. Anna •14 ossos regulares
\->Articulações fibrosas - suturas
Anatomia cirúrgica \->Mandíbgula - Articulação sinovial
•Já é a face propriamente dita
•É onde o buco trabalha
aplicada a cabeça e \->Obs.: O buco também atua no osso frontal, porém só
atua quando teve envolvimento da parte anterior
pescoço \->Pois quando tem o envolvimento da parte posterior do
osso frontal, teve contato com o encéfalo, fazendo necessário a
•Planos anatômicos: atuação da neurocirurgia
\->Cortes que se usa na tomografia
-Plano coronal •Ossos que fazem parte do viscerocrânio:
-Planoaxial -2 Maxilas
-Plano sagital -2 Zigomáticos
-2 Nasais
-2 Conchas nasais inferiores
-2 Lacrimais
-2 Palatos
-1 Vômer
-1 Mandíbula

Osteologia
Neurocrânio
O crânio é dividido em 2 partes:
 Neurocrânio
•Arranjam-se para construir a cavidade do crânio
•Aloja o encéfalo Viscerocrânio
•É o que forma a calota craniana propriamente dita

•Ossos que fazem parte do neurocrânio:


-1 Frontal
-2 Parietais
-2 Temporais
-1 Occiptal
-1 Esfenóide
-1 Etmnóide

Esfenóide e Etmóide:
- Ossos localizados na região interior do crânio
-São os ossos que separam o neurocrânio do viscerocrânio
•Corpo da mandíbula - da distal do molar até a distal do canino
\->Ex.: Fratura localizada entre os pré-molares é
considerada uma fratura do corpo mandibular
\->OBS.: Tem o corpo da mandíbula direito e o corpo
da mandíbula esquerdo
2 1 •Sínfese mandibular - da distal do canino direito até a distal
do canino esquerdo
\->Ex.: Fratura localizada entre o canino e o incisivo
3 4 5 6 7 lateral é considerada uma fratura de sínfise mandibular
12
 Osteotomia da parte posterior da mandíbula
10 9

11

1. Osso frontal 12. Osso palatino


2. Osso parietal
3. Osso temporal
4. Osso occiptal
5. Osso esfenóide
6. Osso etmóide
7. Osso nasal
•Ângulo mandibular - posterior ao último dente até o ramo
8. Osso da Mandíbula
damandíbula
9. Osso da maxila
\->Ex.: Fratura localizada após o último dente da arcada
10. Osso zigomático
até o início do ramo mandibular é considerada uma fratura do
11. Osso vômer
ângulo mandibular
\->OBS.: Tem o corpo da mandíbula direito e o corpo
Osteologia - Anatomia da mandíbula
da mandíbula esquerdo
•OBS.: Precisa saber a Anatomia da mandíbula, pois o nome da
fratura será a posição em que ocorreu a fratura da mandíbula Processos - são prolongamentos ósseos que fazem conexão com
 Osteotomia anterior da mandíbula outros ossos
\->Processos da mandíbula - processo coronóide e
processo do côndilo ou processo da cabeça da mandíbula

•Processos coronóide - prolongamento do ramo da mandíbula


•Processo condilar/cabeça da mandíbula - prolongamento do
ramo da mandíbula, que faz parte da ATM (articulação
temporomandibular)
\->OBS.: A ATM vai articular o côndilo da mandíbula com
a eminência d o osso temporal
 Forames da mandíbula Osteologia - Anatomia da maxila
•É necessário conhecer os forames, pois é nele que passam os
•A maxila é composta por 2 ossos:
nervos, artérias, veias
\->O osso maxilar direito e esquerdo

F. Lingual

Forame infra- Osso maxilar Osso


orbitário (Palato) Palatino

F. Mentoniano
*OBS.: O osso palatino faz uma junção com o osso maxilar
F. Mandibular \->Osso maxilar - É o palato duro
\->Osso palatino - É o palato mole
•Forame mandibular (FMA)
-Localizado no ramo da mandíbula na parte interna  Processos maxilares
-O nervo alveolar inferior, “entra”no forame mandibular *OBS.: Processos são prolongamentos ósseos que fazem
-Técnica anestésica- técnica do nervo alveolar posterior conexão com outros ossos
inferior
-Língula - a pontinha localizada no forame mandibular
\-> Ela protege a entrada do forma mandibular
B) C)
D)
•Forame mentoniano (FMEN) A)
-Localizado na parte externa da mandíbula entre o ápice
radicular dos pré-molares
-Nervo mentual
-É prolongamento do nervo alveolar inferior
\->Ou seja, se faz anestesia no nervo alveolar inferior, por A)Processo alveolar - comunicação do osso maxilar com os
difusão o anestésico também irá anestesiar o nervo mentual e alvéolos dos dentes
o nervo labial B)Processo zigomático da maxila - comunicação do osso
maxilar com o osso zigomático
•Forame lingual C)Processo frontal da maxila - comunicação do osso maxilar
-Localizado na região lingual na apófise mandibular com o osso frontal
D)Processo palatino - comunicação do osso maxilar com o osso
palatino
Osteologia e Miologia - Anatomia da órbita
 Ossos da órbita
-A órbita é composta por 7 ossos (QUESTÃO DE PROVA)

5 6
4
3 7

•Quais ossos formam a órbita: (QUESTÃO DE PROVA)


1. Osso frontal
2. Processo frontal da maxila Ossos da periórbita
Ossos externos da órbita
3. Osso zigomático  Quais as inervações dos músculos extrínsecos do olho:
4. Osso lacrimal •São 3 pares nervos cranianos que fazem parte dos músculos
5. Osso esfenóide extrínsecos do olho
6. Osso etmóide
Ossos internos da órbita
\->3º par craniano (Oculomotor)
7. Osso palatino \->6º par craniano (Abducente)
\->4º par craniano (Troclear)
 Musculatura extrínseca do olho
-4 Músculos retos
-2 músculos oblíquos

E
B
E
•3º par craniano (Oculomotor)
A D -Todos os músculos extrínsecos retos (exceto o músculo
extrínseco reto lateral) + Músculo extrínseco oblíquo inferior
C
F \->são inervado pelo oculomotor
F

•6º par craniano (Abducente)


A. Músculo reto lateral - fica na parte externa da face - Músculo extrínseco reto lateral -> Inervado pelo abducente
B. Músculo reto superior \->Lembrar da academia - cadeira abdução - abre a perna
C. Músculo reto inferior para lateral
D. Músculo reto medial - fica na parte mediana da face - na
parte do nariz •4º par craniano (Troclear)
E. Músculo oblíquo superior - Músculo extrínseco oblíquio superior -> Inervado pelo
F. Músculo oblíquo inferior troclear
Músculos da mastigação
 Pterigoideu Lateral
•Tem como função auxiliar na:
-Mastigação
-Fala
-Deglutição

•Os 4 principais são:


-Masseter
-Pterigoideu Medial
-Pterigoideu Lateral
-Temporal
-Digástrico

Origem - é a localização do músculo que está firme no osso e


não tem movimentação
Inserção - é a localização em que o músculo vai fazer a
 Temporal
movimentação

 Masseter

 Digástrico

Todos os músculos da mastigação protraem a mandíbula o


 Pterigoideu Medial único que retraí a mandíbula é o temporal

Nervos cranianos - Pares cranianos


•1º par craniano - Nervo olfatório
•2º par craniano - Nervo óptico
•3º par craniano - Nervo oculomotor
•4º par craniano - Nervo troclear
•5º par craniano - Nervo trigêmeo
•6º par craniano - Nervo abducente
•7º par craniano - Nervo facial •Nervo Maxilar - inerva o terço médio da face
•8º par craniano - Nervo vestibulococlear
1 . Forame redondo
•9º par craniano - Nervo glossofaringeo 2 . Nervo infra-
orbitário
•10º par craniano - Nervo vago 3 . Nervo alveolar
superior posterior
•11º par craniano - Nervo acessório 4 . Nervo alveolar
superior médio
•12º par craniano - Nervo hipoglosso 5 . Nervo alveolar
superior anterior
6 . Nervo infra-
orbitário
 5º par craniano - Nervo trigêmeo 7 . Ramos terminal
dental
8 . Ramos terminal
periodontal

•Ramos dos nervos mandibular

•Origem - Tronco encefálico na região da ponte


\-> O nervo trigêmeo sai do crânio e inerva toda a face
•Gânglio do nervo trigêmeo - é onde vai dividir os 3 ramos

•3 ramos:
- Oftálmico  7º par craniano - Nervo facial
- Maxilar •É um nervo motor
- Mandibular •Ramos do nervo facial:

•Saída no crânio dos ramos do nervo trigêmeo


- Oftálmico - Fissura orbital superior
- Maxilar - Forame redondo
- Mandibular - Forame oval

H
Traumatologia -Aula 3
08/03/2023 Classificação de LE FORT
Prof. Netto
•Criado por René Lê FORT (1869-1951)
\-> Queria descobrir o padrão de fraturas faciais que o
Fraturas terço crânio teria no impacto frontal
•Definiu três níveis mais fracos do terço médio frente a um
médio trauma frontal
\-> Essas linhas de fraturas foram direcionadas a partir
de uma força unidirecional, menor que os vetores
multidirecionais encontrados na atualidade
Divisão da face em terços
•A face é dividida em terços:  São classificados como as fraturas
-Le Fort I
-Le Fort II
-Le Fort III

Le Fort I

- Terço superior
- Terço médio
- Terço inferior - vai da espinha nasal até base da mandíbula

Terço médio  Localização da fratura e quais ossos podem fraturar:


•É uma fratura que resulta de uma força direcionada acima dos
•Funções: dentes superiores
- Estética facial •Envolve as três paredes do seio maxilar (anterior, posterior e
- Ressonância vocal lateral) e os processos pterigoides, levando a disjunção da
- Visão maxila
- Olfato \->Disjunção da maxila é quando solta a maxila do crânio,
- Respiração deixando a maxila solta
•Induz a flutuação do palato
•Cuidados iniciais de emergência em pacientes com fraturas
no terço médio da face: *OBS.: Na cirurgia ortognática, faz a fratura Le Fort I, ou seja,
-Avaliação das vias aéreas separa a maxila do resto do crânio
-Cuidados com a proteção cervical
-Avaliação de perda de sangue
 A fratura óssea de Le Fort I vai envolver: •FMM (fixação maxilomandibular) também pode ser usada
•Incisões intra-orais, preservando pedículo para nutrição

Le Fort II
Abertura piriforme nasal

•A fratura ocorre no nível da abertura piriforme e envolve as


paredes anterior e laterais do seio maxilar, paredes nasais
laterais e, por definição, as porções pterigoides
 Localização da fratura e quais ossos podem fraturar:
•O septo nasal também pode ser fraturado e a cartilagem nasal
•Fratura piramidal superior
pode estar curvada
\-> Estende-se da sutura fronto nasal até o rebordo infra-
•Pode ocorrer unilateral
orbitário
•Decorre de uma força gerada no nível do osso nasal
 Envolvimento dos músculos na fratura Le Fort I:
•Ocasiona a mobilidade do terço médio da face através das
•A tração dos músculos pterigoides medial e lateral pode
órbitas e região média facial
contribuir para o deslocamento do segmento fraturado em uma
•Separa os ossos da maxila e nasal do osso da órbita e do
direção posterior e inferior, resultando em uma deformidade
zigomático
de mordida aberta
\->Fratura que “solta”o nariz e a maxila do resto do
crânio
*OBS.: As fraturas maxilares tem pouca ação muscular,
enquanto as fraturas mandibulares tem grande ação muscular
 A fratura óssea de Le Fort II vai envolver:
•Porções póstero-laterais dos seios maxilares
•Está fratura pode apresentar-se impactada, imóvel ou como
•Normalmente passa pela região infraorbitário
um segmento livre, com flutuação maxilar
•Os ossos lacrimais e/ou etmóides podem estar envolvidos
 Deve avaliar a mobilidade da maxila nas três dimensões:
 O que avaliar na fratura Le Fort II:
-Maloclusão
•Mobilidade da maxila
-Parestesia/Paralisia
\->Vai mexer a maxila e o nariz
-Equimose palatal
•Região infra-orbitária com mobilidade
•Edema recobrindo os locais fraturados
 Tratamento para fratura Le Fort I:
•Sinal de guaxinim - paciente que chega com o olho roxo
•Extravasamento de LCR (líquido emcefálico) traumático pelo
nariz (rinorreia)
\->Líquido claro/transparente que sai pelo nariz
•Epistaxe - sangramento nasal
•Hipoestesia - parestesia
•Maloclusão
•A apreensão da maxila na região anterior e a realização de
movimentos anteroposteriores facilitam a avaliação do
deslocamento na sutura frontonasal e no rebordo orbital
•RAFI (redução aberta com fixação rígida) com a restauração inferior
do contorno facial é o método preferido
\->Expor a localização da fratura e fixar com placas
 Tratamento da fratura Le Fort II: Fraturas palatinas
•RAFI (redução aberta com fixação rígida)
•Fraturas isoladas do palato são raras
•Suspensão craniofacial - Placa de EDGE
•As indicações da presença deste tipo de fratura no exame
•Incisões extraorais adicionais
clínico incluem lacerações no lábio e de gengiva e de palato, e
alteração na oclusão com o segmento maxilar deslocado
Le Fort III
anterolateralmente

 Localização da fratura e quais ossos podem fraturar:


•Resulta de uma força direcionada no nível orbital
•Causa a disjunção craniofacial ou separação de todo o terço
médio do esqueleto craniomaxilofacial da base do crânio

 A fratura óssea de Le Fort III vai envolver:


•Fissuras orbitais superiores
•Ossos lacrimais
•Ossos etmóides
•Ossos nasais
•Asas maiores do osso esfenóide
Fraturas da parede orbitária
•Suturas frotozigomáticas
•Podem resultará em complicações oftálmicas, tais como,
 O que avaliar na fratura Le Fort III: diplopia, enoftalmia e diplopia vertical
•Os sintomas incluem uma deformidade clássica de face em
forma de prato e mobilidade do complexo zigomatoalveolar  Fraturas BLOW-OUT - olho vai para fora da caixa
•Vazamento de LCR, edema, equimose periorbital, telecanto orbitária (enoftalmia)
traumático e epífora podem ser observados

 Tratamento da fratura Le Fort III:


•Há duas filosofias gerais de pensamento sobre a sequencia de
reparo:
|->Gruss
|->Markowitz e Manson  Fraturas BLOW-IN - olho vai para baixo da caixa
*obs.: Minuto 33, o professor disse que não iria cobrar as duas orbitária (distopia)
formas de tratamento de fratura Le Fort III
•O acesso para a cirurgia de reparo da fratura Le Fort III se dá
através do coronal
Fraturas do complexo de NOE (naso-orbital-etmoidal) MIN 47 -Equimose subconjuntival
-Crepitação do enfisema
•São mais fáceis de acontecer
-Deslocamento da rima pálpebral
•Alargamento do dorso nasal e do ligamento frontal
-Níveis pupilares desiguais
•Ocorre a distopia e exofltamia
-Diplopia
-Enoftalmia

 Tratamento da fratura CZM:


•Importante reduzir essa fratura
•A fixação da fratura nem sempre é necessária

Fraturas CZM (zigoma)


•Zigoma é o que da volume na face e está localizado no terço
médio da face
•Proeminente na face
•Articulação com o maxilar, ossos frontais, maxilares e
esfenoidal
•O osso zigomático pode estar fraturado de diferentes formas:
-Pode estar rodado para dentro
-Pode estar rodado para fora

 O que avaliar na fratura CZM:


-Equimose e Edema periorbital
-Aplainamento da proeminência malar
-Aplainamento sobre o arco zigomático
-Dor
-Equimose do sulco vestibular maxilar
-Deformidade do pilar zigomático da maxila
-Deformidade da margem orbital
-Trismo
-Anormalidade de sensibilidade nervosa
-Epistaxe
Traumatologia C. Ângulo - Região triangular limitada pela borda anterior
Aula 3 - 15/03/2023 do músculo masseter à inserção posterior superior do
Prof ANNA mesmo

Fraturas da
mandíbula
Causas
•Queda
-Da própria altura D. Ramo - Delimitada pelo aspecto superior do ângulo e duas
-De altura linhas formando um ápice na chanfradura sigmoide
•Práticas esportivas \->Fratura do ramo da mandíbula
•Acidentes com veículo motor (carro, moto) E. Processo condilar - Envolve todo o côndilo até a linha do
•Violência interpessoal ramo
•PAF (projétil de arma de fogo) \->Fratura de côndilo
•Acidentes de trabalho F. Processo coronóide - Região triangular limitada pela
•Condições patológicas borda anterior do músculo masseter à inserção posterior
•PAB (uso de arma branca - faca, facão) superior do ramo
\->Fratura do processo coronóide
Classificação G. Processo alveolar - Região que contém os dentes
 Quanto a região anatômica \->Fratura que envolve toda a região dos dentes,
A fratura recebe o nome da região anatômica que se encontra mas que não envolve a base da mandíbula, é considerada
fratura do processo alveolar

 Maior acometimento das fraturas


•Automobilístico - Corpo mandibular
•Bicicleta ou motocicleta - Côndilo
•Agressões - Ângulo mandibular

A. Sínfise - Delimitada por linhas verticais distais a dentes


caninos
\->Se acometeu a região até a distal dos caninos, é
considerada fratura de sínfise
B. Corpo - A partir da distal dos caninos até a linha do
masseter
\->Se acometeu a região posterior da distal do
canino até a distal do último dente, é considerada fratura de
corpo
\->OBS.: Se o paciente for edêntulo, toda a região
que acomodaria os dentes, será considerada fratura de corpo
*OBS.: Se tem comunicação com ligamento periodontal é
 Quanto a complexidade: considerada fratura aberta, pois o sulco gengival tem
1. Fratura em galho verde comunicação com o ligamento periodontal
4. Cominutiva

•Fratura incompleta com flexibilidade do osso •O osso é estilhaçado ou esmagado


\->É uma fratura que acomete somente uma cortical •Presença de múltiplos fragmentos
do osso •Arma de fogo (infecção e necrose), traumatismos de alto
\->A mandíbula tem a cortical vestibular (mais impacto
rígida); cortical lingual (mais rígida); e no meio tem uma *OBS.: Se for uma fratura aberta + cominutiva, considera-
cortical esponjosa se somente como fratura cominutiva
•Mobilidade mínima
•Normalmente acontece na fratura de côndilo 5. Fraturas múltiplas
\->Pois o côndilo é muito vascularizado e mais
maleável

2. Simples/fechada

•Duas ou mais linhas de fratura no mesmo osso


•Fraturas não se comunicam
\->Se as fraturas se comunicarem, é considerada
fratura cominutiva
•Completa transecção do osso, pois a de galho verde é  Quanto a direção da fratura e ação do
incompleta músculo:
•Mínima fragmentação na região fraturada a) Desfavorável
•Não produz ferida aberta em contato com o ambiente •Quando os músculos masseter, temporal e pterigoideo medial
externo deslocam o fragmento ósseo proximal para cima e mediamente
durante a sua contração
3. Composta/aberta/exposta •Quando a força muscular faz com que a fratura fique
desalinhada ou movimente a fratura, é considerada fratura
favorável

b) Favorável
•Não ocorre deslocamento dos cotos ósseos quando a linha de
fratura está contra a ação muscular. Quanto mais anterior a
•Comunicação da margem do osso com o meio externo fratura estiver no corpo mandibular, o deslocamento para cima
\->Envolve pele, mucosa ou ligamento periodontal dos músculos é contrabalanceado pela força para baixio dos
músculos milo-hioideo
•Quando a força muscular faz com que a fratura fique alinhada, A tração da musculatura resultará em deslocamento do coto
é considerada fratura favorável ósseo fraturado

c) Horizontalmente favorável
OBS.:
Fratura horizontalmente - músculo masseter
Fratura verticalmente - músculo pterigoideu medial e lateral e
temporal

*OBS.: Fratura desfavorável bilateral de sínfise


A ação da musculatura traciona de forma a auxiliar a junção •Muito perigoso
dos cotos ósseos •Tem o deslocamento da sínfise pelos músculos:
-Digástrico
d) Horizontalmente desfavorável -Gênio-hioideo
-Gênioglosso
•Quando o paciente tem fratura bilateral de sínfise, esses
músculos puxam a sínfise para trás, causando uma queda da
base da língua e todos os músculos vão para trás, levando a
obstrução das vias aéreas
\->Paciente morre por asfixia
•Manobras de manutenção das vias aéreas liberadas:
A tração da musculatura resultará em deslocamento do coto -Chin Lift
ósseo fraturado -Jaw Thrust

e) Verticalmente favorável

 Outras classificações:
1. Fratura complexa/complicada

A ação da musculatura traciona de forma a auxiliar a junção


dos cotos ósseos

f) Verticalmente desfavorável
•Lesão considerável de tecido mole adjacente
•Normalmente envolve outros ossos da face conjuntamente 5. Fratura de côndilo
•Também pode ser simples ou composta

2. Patológica

•A) Fratura condilar - Fratura da parte superior ou do pescoço


condilar extracapsular
•B) Fratura subcondilar - Fratura baixa ou subcondilar
•C) Fratura diacapitular - Fratura alta de côndilo intracapsular
*OBS.: Traça uma linha da parte mais inferior da concavidade
entre o côndilo e o coronóide, se a fratura estiver:
\->Acima da linha - Fratura condilar
\->Abaixo da linha - Fratura subcondilar
•Ocorre a partir de uma lesão leve, a partir de uma doença \->Sem relação com a linha/na cabeça do côndilo-
preexistente Fratura diacapitular

3. Atrófica  Presença ou ausência de dentes (Rowe e


Killey):
•Classe I - Dentes presentes em ambos os lados da linha da
fratura
•Classe II - Dentes presentes em apenas um lado da linha da
fratura
•Classe III - Fragmentos que não possuem dentes; pacientes
edêntulos

•Fratura espontânea resultante da atrofia ósseos Diagnóstico


•Ex.: Mandíbula edêntula  Clínico
•Manifestações físicas no paciente
4. Indireta •Principais sinais clínicos:
-Mordida aberta anterior e/ou lateral
-Edema em terço inferior da face
-Distopia oclusal - Degrau em plano oclusal
-Crepitações
-Mobilidade anormal da mandíbula
-Parestesia - Quando perde a sensibilidade
 Radiológico
•Evidencia em exame de imagem
•Tipos de exames radiográficos:
-PA da face - Avalia sínfise e ramo
-PA de mandíbula (towne) - Avalia Ramo e côndilo
•Fratura distante do local do ferimento -Panorâmica - Avalia toda a extensão da mandíbula
-Lateral oblíquas de mandíbula - Avalia corpo e ângulo
mandibular
-Tomografia - Avalia toda a extensão da mandíbula
\->Detalhes em 3D
Tratamento  Tratamento aberto - Cirúrgico
•Indicações
 Objetivos do tratamento, visando a reabilitação -Deslocamento contínuo dos segmentos ósseos
máxima do paciente -Fraturas desfavoráveis
•Rápida cicatrização óssea -Fratura cominutiva
•Resultado estético facial dentário aceitável -Alteração de oclusão
•Retorno da mastigação, fala e deglutição \->Quando não for possível reduzir com a BMM
•Restabelecimento da respiração estável •Técnicas:
-Redução aberta com fixação interna rígida - RAFIR
 Princípios cirúrgicos básicos:
•Redução da fratura - reposição dos segmentos ósseos em suas
corretas posições
•Fixação dos segmentos ósseos - imobilizar os segmentos
ósseos no local da fratura
•Oclusão estável - restabelecimento da oclusão original (prévia
ao trauma)
•Erradicar ou previnir infecções - evitar possíveis infecções no •Observações:
local da fratura Alguns pacientes optam pela cirurgia, pois:
-Retorno mais rápido da função
 Tratamento fechado - Conservador -Não há necessidade da BMM em quase todos os casos
•Reestabelecimento da oclusão
-FMM (fixação maxilomandibular) •Vantagens da fixação interna rígida
-FIM (fixação intermaxilar) -Diminuição do desconforto pelo usado BMM
-BMM (bloqueio maxilomandibular) -Melhora das condições de higiene e nutrição
-Maior segurança para pacientes com distúrbios psicológico e
•Fornece estabilização adequada durante a fase inicial de convulsivos
cicatrização óssea -Melhores condições para tratamento de múltiplas fraturas
•Duração:
- Adultos - 21 a 45 dias
- Crianças - 2 semanas

•Técnicas:
-Arco (barra) de Erich

-Método de Gilmer
-Botão de Kazandjian
-Método de Stout
-Amarrias de Ivy
-Fios de Risdon
Traumatologia Exame clínico
Aula 5 - 23/03/2013
Prof Netto  O que avaliar no exame clínico:
•Avaliação dos tecidos moles - Laceração, abrasão, contusão
|->Laceração - “corte na pele”
Fraturas Dento
Alveolares
|->Abrasão - “ralado”
•Ocorrem com frequência
*OBS.: Fratura dentoalveolar é mais frequente do que a fratura
óssea
•Pode ser causado por: |->Contusão - “roxo na área do trauma”
-Quedas
-Acidentes automobilísticos
-Esportes de contato
-Agressões físicas
-ETC *OBS.:Geralmente em fratura dentoalveolar as lesões dos
•Podem ser acusados por forças diretas e indiretas tecidos moles estão associadas
\->Força direta - a força incidiu direto no local do trauma
-EX.: Murro, batida direto no dente •Fratura dentoalveolar
\->Força indireta •Dos ossos da face (1ªaula)
•Presença de lesões em tecidos •Fraturas coronárias
•Fraturas dentoalveolar são consideradas urgências •Deslocamento de dentes
•Mobilidade dentária
Fraturas dentoalveolar são consideradas urgência •Maloclusão
odontológica, porque deve ser tratado imediatamente, pois o •Sangramento
tempo que levou para tratar a fratura altera o sucesso do
tratamento, ou seja, + tempo demorou para tratar – chance Exames radiográficos
de sucesso / – tempo demorou para tratar + chance de *OBS.: Exames radiográficos são exames complementares, ou
sucesso seja, não é necessário pedir para todos os pacientes
História do trauma •Diversos tipos de exames podem ser solicitados, como:
1. Quando aconteceu? -Oclusal São as mais pedidas para avaliar
2. Onde aconteceu? -Periapical fratura dentoalveolar São as radiografias
-Panorâmica odontológicas
3. Como aconteceu?
4. Quais medidas tomadas? -Tomografia
5. Trouxeram os dentes? -Radiografia de abdômen
6. Mordida alterada? -Radiografia de tórax São as radiografias
\->Muito importante para se ocorreu trauma/fratura \->PA de tórax (perfil póstero anterior) médicas
dentoalveolar \->PA lateral de tórax (perfil lateral)

•Mais comumente solicitados são periapicais e oclusais


•Podem ser necessário variação de angulação
\->Técnica de CLark
•As radiografia médicas são importantes, quando se tem Classificação
alguma suspeita que o paciente engoliu/broncoaspirou o dente
 Fratura coronária
•Fratura somente da coroa
•O tratamento é determinado pela profundidade da fratura
PA de tórax \->Fraturas sem comprometimento pulpar
\->Fraturas com comprometimento pulpar

 Fratura corono-radicular
•Fratura da coroa e da raiz
•Depende da localização da fratura
Radiografia oclusal \->Fraturas acima da crista óssea
\->Fraturas abaixo da crista óssea
\->+ apical – favorável X + cervical + faborável
•O fragmento deve ser removido para melhor avaliação da
profundidade

 Fratura radicular
•Fratura somente da raiz
Radiografia periapical

•Fratura horizontal terço cervical - Núcleo e prótese


\-> Quanto + coronal +favorável
•Fratura horizontal terço médio
-Com deslocamento = EXO
-Sem deslocamento = Endo e prótese
•Fratura horizontal terço apical - Cirurgia paraendodôntica
\->Quanto + apical + favorável

 Concussão
•Lesão no ligamento periodontal
•Rompimento de fibras periodontais
Deve-se usar de metade à 1/3 da exposição
•Não há sangramento visível
normal para radiografias de tecido mole
•Sem deslocamento
•Sem mobilidade
•Tratamento - Ajuste oclusal
•Acompanhamento clínico e radiográfico da saúde pulpar e
periodontal

 Mobilidade
•Mobilidade dentária
•Luxação e subluxação
\->Luxação - + mobilidade; mobilidade acentuada
\->Subluxação - – mobilidade; discreta mobilidade
•O tratamento depende do grau de mobilidade
-Se o dente está apenas ligeiramente móvel, a retirada do
contato oclusal já basta
-Se o dente está extremante móvel, é recomendada fazer o •Se um dente estiver minimamente deslocado, a parede
ajuste oclusal e a esplintagem aos dentes adjacentes alveolar correspondente fraturada pode não estar muito
deslocada
Esplintagem •Tratamento
•É a contenção semi-rígida de um dente com trauma/fratura -Dente deslocado com pouca alteração da parede alveolar -
oclusal fazer o reposicionamento e esplintagem semi-rígida
•É colocada no dente traumatizado/fraturado, nos dois dentes --Dente deslocado com associação à grande fratura de osso
anteriores e nos dois dentes posteriores alveolar/parede alveolar - reposicionar o dente e todo o osso
alveolar/parede alveolar + esplintagem rígida + sutura dos
•Esplintagem semi-rígida - é feita quando o trauma acometeu tecidos moles
somente o dente
•Esplintagem rígida - é feita quando o trauma acometeu o  Avulsão
dente e o osso •Trauma/fratura mais grave que pode ocorrer
•Dente sai totalmente do alvéolo
 Intrusão •Avaliar:
•O dente entra no alvéolo -Quanto tempo o dente ficou fora do alvéolo
\->O dente fica em infra-oclusão -O meio em que o dente ficou após avulsionado
•Tratamento -Os cuidados que o paciente teve com o dente após avulsionado
-Reposicionamento cirúrgico ou aguardar a reerupção •Os fatores mais importantes para determinar o sucesso do
-Dente com ápice aberto - provavelmente o dente volta para o tratamento são:
lugar certo -O tempo em que o dente ficou fora do alvéolo
-Dente com ápice fechado - necrose pulpar provável -O estado do dente avulsionado
-Tracionamento ortodôntico -O estado dos tecidos periodontais
-Dente decíduo - avaliar o permanente para evitar trauma no -Maneira pelo qual o dente foi preservado
permanente
\-> raiz próxima do dente permanente, deve-se Quanto mais cedo o dente for reimplantado, melhor será o
remover o dente decíduo prognóstico
\->raiz longe do dente permanente, deve-se aguardar
o dente esfoliar naturalmente •Deve-se observar a condição do ligamento periodontal que
esteja no dente avulsionado
 Extrusão \->Quanto + tempo fora da boca, pior o ligamento
•O dente sai do alvéolo periodontal fica
•Tratamento - Reposicionar o dente na posição ideal *OBS.: Não se deve tocar na raiz para que não “estrague” o
\->Dependendo do tempo que passou após o trauma, ligamento periodontal é importante lembrar que não se deve
poderá não conseguir reposicionar dente, pois o alvéolo triscar/segurar o dente somente pela coroa, em hipótese
poderá já estar preenchido alguma deve triscar/segurar o dente pela raiz, por conta do
•Fazer esplintagem semi-rígida por 3 semanas ligamento periodontal
•Provavelmente precise de tratamento endodôntico
•Armazenamento
 Luxação lateral -A água é o menos indicado, pois é hipotônico e causa lise
•O dente pode estar deslocado para mesial, distal, anterior e celular
posterior \->A água por ser hipotônico, ela vai “sugar” o ligamento
•Avaliar se só o dente foi deslocado com pouca alteração da periodontal, causando a lise celular do ligamento periodontal
parte óssea/parede alveolar ou se teve deslocamento do dente -A saliva mantém o dente úmido, mas não é ideias em razão da
com grande alteração da parte óssea/parede alveolar osmolaridade e do pH incompatíveis, bem como a presença de
bactérias
-O meio mais adequado de armazenamento é a solução salina  Fratura do processo alveolar
balanceada de Hánks •Fratura do osso alveolar causando mobilidade no osso e no
\->A solução salina balanceada de Hánks tem a dente
osmolaridade e pH mais compatível com o ligamento •Tratamento - reposicionamento do fragmento + 4 semanas
periodontal de estabilização rígida para permitir a cicatrização óssea
OU
-O leite é a melhor alternativa de armazenamento, pois pode Tipos de contenção
ser rapidamente adquirido, tem pH e osmolaridade compatível
com o ligamento periodontal e está relativamente livre de
bactérias

*OBS.: O leite tem se mostrado efetivo na manutenção da virada


das células do ligamento periodontal
*OBS2.: Entre o leite e o soro fisiológico para armazenar é
melhor o leite

Ordem de meios de armazenamento •Toda vez que tem fratura dentoalveolar, pode acontecer de
1. Solução salina balanceada de Hánks ter que fazer contenção
2. Leite •Tem como objetivo deixar o dente ou osso em posição para
3. Saliva do próprio paciente que ele cicatrize os seus tecidos
4. Água filtrada •Contenção semi-rígida - Contenção usada em trauma que
ocorreram somente em dentes, pois os dentes não estão
•O que fazer se o reimplante ocorrer antes ou depois de 20 totalmente rígidos no alvéolo por conta do ligamento
minutos após o trauma: periodontal
\->Se faz contenção rígida em dente, não está
preservando a mobilidade que o dente tem por conta do
ligamento periodontal, podendo causar uma anquilose
•Contenção rígida - Contenção usada em trauma que envolve
osso
*OBS.: Quanto mais fino for o fio da contenção, maior
mobilidade terá, mais semi-rígida será a contenção
*OBS.: Doxicilina é um antibiótico, basta diluir na água Quanto mais grosso for o fio da contenção, menos
mobilidade terá, mais rígida será a contenção
•É necessário fazer após o reimplante:
-Colocar contenção semi-rígida •Para fazer a contenção do dente com trauma deve-se colocar
-Reforço da vacina anti-tetânica a contenção no próprio dente, em dois dentes anteriores e dois
-Uso de antibiotico recomendado pelo dentista dentes posteriores
-Avisar que o dente reimplantado pode ter reabsorção e \->Ex.: Luxação do dente 21 - contenção no próprio dente
anquilose (21), em dois dentes anteriores (11 e 12) e em dois dentes
posteriores (22 e 23)
•Condições que deve avaliar para fazer o reimplante:
-Não pode ter doença periodontal
-Alvéolo preservado
-Sem contraindicação ortodôntica (ex.: apinhamento)
-Considerar período extra-alveolar/pós trauma
-Estágios de desenvolvimento radicular
Esplintagem é a mesma coisa que contenção

 Tempo de esplintagem/contenção
Traumatologia
Aula 6 – 29/03/2023 Viscerocrânio
Prof Netto
- É a parte esquelética que forma a face, que está relacionado
aos sistemas respiratório, digestório e sensorial/parte anterior
Manifestações faciais do crânio
- É formado por x ossos - 1 maxilar, 1 vômer, 2 maxilas, 2
dos traumas cranianos palatos, 2 zigomáticos, 2 nasais, 2 conchas nasais inferiores e
2 lacrimais
•É importante saber identificar quando paciente pode ter
traumatismo craniano e qual o sinal de consciência do paciente Sistema nervoso - divisão anatômica

Traumatismo craniano
•O traumatismo craniano é uma lesão que atinge somente o
crânio, normalmente ocasionado por um forte impacto
•Pode causar danos graves ao cérebro, como contusão ou
coágulo sanguíneo, sendo chamado de traumatismo
cranioencefálico (TCE)

Revisão anatômica

 Cabeça - É a parte superior do corpo que está fixado ao


tronco pelo pescoço

 Crânio •Sistema nervoso central - encéfalo e medula espinhal


•É a parte esquelética da cabeça que forma uma caixa óssea, •Sistema nervoso periférico - gânglios e nervos
ou seja, é o esqueleto da cabeça
•Funções: Sistema nervoso central (SNC)
-Abriga e protege o encéfalo •Composto pelo encéfalo e medula espinhal
-Abriga e protege os órgãos da sensibilidade (visão, audição,
olfato e gustação), além de vasos e nervos
 Encéfalo
-Dá passagem ao ar e alimento através de aberturas
-Participa da mastigação através da maxila, mandíbula, dentes
e local de inserção de músculos
•É dividido em: Neurocrânio e Viscerocrânio, que tem no total
de 22 ossos

Neurocrânio
•Cérebro
• É a parte esquelética que forma uma caixa óssea que envolve
-O cérebro corresponde à maior parte do encéfalo e é o
o encéfalo, o cérebro, as meninges cefálicas, partes proximais
responsável por coordenar as funções do nosso corpo, sendo
dos nervos cranianos e vasos sanguíneos
responsável por nossas ações voluntárias e involuntárias
• Formado por 8 ossos - 1 frontal, 1 occiptal, 1 etmóide, 1
-Recebe os sinais e os transmite para as partes específicas do
esfenóide, 2 parietais e 2 temporais
corpo
• É dividido em:
\->Os neurônios são as células do sistema nervoso que se
-Teto - calota craniana
comunicam entre si e reconhecem os estímulos internos e
-Base
externos, porque eles são os responsáveis por transmitir  Classificação quanto ao mecanismo
impulsos para o cérebro •Classifica-se o trauma em fechado (contuso) ou penetrante
\->Trauma fechado (contuso) pode estar associado a acidentes
•Tronco encefálico de trânsito, quedas e agressões, pois não há comunicação com
o meio externo
\->Trauma aberto (penetrante) geralmente está relacionado
com ferimentos causados por armas de fogo ou arma branca,
pois a a fratura da face em comunicação com o meio externo

 Classificação quanto a morfologia anatômica


•Classifica-se em lesões extracranianas, intracranianas e
 Medula espinhal fraturas do crânio
•É protegida por uma caixa óssea (coluna vertebral)  Lesões extracranianas
\->A coluna vertebral é uma estrutura constituída por -Presença de laceração do couro cabeludo, causando
diversos ossos denominador de vértebras e sua função é dar sangramento e hematomas, como por exemplo, um corte no
sustenção ao corpo e proteger a medula espinhal couro cabeludo ou o hematoma subgaleal
•A medula espinhal passa pelo forame mágno -Hemorragias podem ser:
\->Hemorragias meningea
Especificidades do crânio -Hemorragia epidural - está entre o osso e a
meninge dura máter
•O crânio é um caixote de osso que não se distende -Hemorragia subdural - está entre a meninge
•É forte em resistência e guarda o cérebro em seu interior dura máter e a meninge aracnóide
•Ele apenas se comunica com o meio externo através do forame -Hemorragia aracnóide - está entre a meninge
magno, ligando o cérebro com a medula espinhal aracnóide e o encéfalo
•O cérebro, embora protegido pelas meninges (dura máter, pia \->Hemorragias cerebrais
matér e aracnóide) é frágil por natureza, e sofre lesão com -Hematomas intracerebrais - está dentro do
facilidade quando atingido por algum agente agressor cérebro
Trauma craniano
•Dá-se o nome de traumatismo craniano encefálico ou trauma
cranioencefálico (TCE), toda pancada ou abalo externos, que
gere comprometimento no crânio, resultando em alterações
neurológicas
•Muitas lesões podem ser causadas por um simples impacto
violento que faça o cérebro chocar-se contra as paredes
cranianas como, por exemplo, nas acelerações ou
desacelerações bruscas
•Um TCE pode também produzir ruptura de nervos e de vasos
sanguíneos, agravando suas consequências

Classificação TCE
•O TCE pode ser classificado de acordo com:
-Seu mecanismo,
-Morfologia anatômica
-Gravidade
 Lesões intracranianas - podem ser focais ou difusas •Tabela da escala de coma de Glasgow (ECG)

•Resultado da tabela:
-É a soma do resultado obtido nas variáveis abertura ocular,
reposta verbal e resposta motora
\->A resposta da pupila é uma variável que pode ou não
estar presente

-Pontuação total pode variar de 3 a 15 pontos


\->O valor mínimo que pode obter é 3
-3 pontos - Coma profundo sem qualquer resposta
 Fraturas do crânio - podem ser lineares, cominutiva
-4 pontos- Coma profundo com provável comprometimento do
e com afundamento
diencéfalo (postura em extensão ou de descerebração)
-7 pontos - Coma moderado
 Classificação quanto a gravidade -11 pontos - Coma superficial
•É verificada através da escala de coma de Glasgow (ECG), e o -15 pontos - Normalidade
objetivo é registrar o nível de consciência de uma pessoa após
um TCE, avaliando a reposta verbal, motora e abertura dos *OBS.: 3 é o pior prognóstico e 15 é o melhor prognóstico
olhos *OBS.: Não existe pontuação menor que 3, a não ser que a
\->A escala de coma de Glasgow (ECG), também avalia o variável da resposta pupilar entre
prognóstico do paciente
•A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala neurológica  Classificação quanto ao momento da lesão
que intenciona constituir-se de um método confiável e objetivo •A lesão primária ocorre no momento do trauma, resulta em
para registrar o nível de consciência de uma pessoa, para lesão mecânica direta e pode ser causada pelo mecanismo de
avaliação inicial e contínua após o traumatismo craniano impacto ou pela aceleração e desaceleração do cérebro dentro
•Seu valor também é utilizado no prognóstico do paciente e é do crânio
de grande utilidade na previsão de eventuais sequelas \->Pode desenvolver a perda da consciência na hora
*OBS.: Quem faz a avaliação da escala de coma de Glasgow •A lesão secundária é definida como uma resposta fisiológica
(ECG) é o neurologista e é feita diariamente que inicia após o momento do acidente
•A escala de coma de Glasgow (ECG) avalia e dá notas das \->Essa reação fisiológica pode apresentar alterações
variáveis como: sistêmicas e desordens dentro do crânio, causando hipoxemia
-A abertura ocular (deficiência anormal da concentração de oxigênio no sangue
-Resposta verbal arterial), hipercapnia ou hipocapnia (aumento ou queda da
-Resposta motora concentração de gás carbônico do sangue), hipotensão arterial
-Resposta pupilar
(queda da pressão arterial média), aumento da pressão  Otorréia liquórico
intracraniana, alterações de temperatura e do metabolismo

Fratura da base do crânio - Manifestações faciais, sinais e


sintomas

 Hematoma periorbital •Ocorre quando existe uma comunicação patológica entre o


espaço subaracnóideo e as áreas pneumatização do osso
temporal
•Se associada à perfuração do tímpano ou um defeito na parede
do conduto auditivo externo, observamos a saída do líquor
através deste (otoliquorréia)

 Sinal de Battle

•Também conhecido como sinal de guaxinim


•É um forte indicativo de lesão de base do crânio, e surge
algumas horas após o trauma e indica um trauma direto
*OBS.: O sinal de guaxinim também pode ser encontrado na
fratura de terço médio (Le fort II ou III) ou na fratura de órbita
\->Para diferenciar qual fratura que ocorreu utiliza-se a
tomografia

 Extravasamento de líquor pelo nariz


•Rinoliquorréia é um líquido clarinho que escorre pelo nariz
•O líquido fica escorrendo pelo nariz continuamente, ele não •Trata-se de uma equimose (área roxa) atrás da orelha que
cessa enquanto não fechar a fístula pode ser indicativa de fratura(s) na base do crânio, mais
•Definida como a presença de líquido cefaloraquidiano (LCR) especificamente fratura(s) na região do osso temporal
na cavidade nasal e implica na existência de uma abertura
óssea e dural colocando em comunicação o espaço
subaracnóideo com as cavidades contaminadas das vias aéreas
•Pôde-se investigar fístula através de testes bioquímicos, como
a mensuração da glicose
\->Pode utilizar fitas (dipstick) utilizadas para controle
de diabetes no líquido colhido do nariz ou dosar a glicose
quantitativamente, como em medidas de níveis séricos
\->Níveis > 30mg
*OBS.: Não é totalmente confiável
•O teste mais confiável é a dosagem da Beta2 transferrina
\->Proteína específica do líquor
*OBS.: Muitos hospitais e laboratórios são deficientes na
dosagem dessa proteína

*OBS.: Por ter a comunicação com o meio externo pela fístula


pode causar infecção no cérebro, resultando na meningite
Dúvidas para revisão
•Blow out e blow in (fratura orbitária)
•Diferença entre Le Fort III e fratura da base do crânio

Você também pode gostar