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TRAUMATISMO OCULAR
Trauma ocular é aquele que atinge o globo ocular e seus anexos
É uma causa comum de cegueira unilateral em crianças (< 10 anos) e jovens
Atinge pplmente homens jovens (<30 anos), especialmente através de acidentes ocupacionais e automobilísticos (airbag),
assaltos violentos, explosões, ferimentos em esportes (paintball) e jogos infantis
Pcte com trauma ocular, geralmente tem outras lesões não oculares → Tem que dar prioridade às lesões potencialmente letais e
colocar uma proteção ocular até que o pcte seja estabilizado.
Corresponde a 10% dos traumas em geral, embora os olhos correspondam a apenas 0,1% da superfície corporal
Cerca de 80-90% dos traumas oculares são preveníveis
ETIOLOGIA
- Mecânica: Aberto → Laceração, ruptura, perfuração do globo ocular
Fechado → Corpo estranho, contusão
- Não-Mecânico: Físico → Radiação e agentes térmicos
Química → Ácidos e bases
Elétrica
> Exame Físico: Em todos os casos de traumatismo ocular, deve-se examinar ambos os olhos
- Acuidade Visual (AV) → É medida em ambos os olhos. Ela serve p/ acompanhamento da evolução do pcte e avaliação da
gravidade do caso (pq quanto menor a AV inicial, menor é a chance de recuperação)
- Exame Ocular Externo → Edema palpebral (observar se existe proptose ou enoftalmia)
Lacerações palpebrais e se elas acometem a borda da pálpebra ou as vias lacrimais
Superfície da córnea → Corpo estranho, ferimentos e abrasões e se ela está transparente
Profundidade e claridade da câmara anterior
Conjuntiva bulbar → Hemorragia, corpo estranho e lacerações
Sensibilidade cutânea periorbitária e defeitos na rima orbitária óssea
Presença de hemorragias conjuntivais (hiposfagma) ou na câmara anterior (hifema)
Caso haja lesão no globo ocular → Avaliar pálpebras, conjuntiva palpebral e fórnix com + cuidado, com
eversão da pálpebra superior.
- Reflexos Pupilares → Avaliar e comparar o reflexo fotomotor direto e consensual
A pupila dilatada e pouco reativa à luz pode ser decorrente de lesão direta do esfíncter da íris, lesão do nervo oculomotor
ou secundária a HIC nos casos de traumas contusos severos
- Teste de Motilidade Ocular → Pede p/ o pcte acompanhar o dedo do examinador em todas as direções. Se houver restrição na
movimentação, provavelmente existe fratura orbitária com encarceramento dos músculos extrínsecos, ou lesão do nervo
(oculomotor, troclear ou abducente)
- Oftalmoscopia → Direta e indireta para observação do cristalino, humor vítreo, papila óptica e retina. Verificar presença de
edema ou palidez de papila, hemorragia vítrea retiniana, roturas ou descolamento de retina
- Avaliar Pares Cranianos → P/ definir se houve lesão nervosa
- Biomicroscopia (lâmpada de fenda) → É realizados pelo oftalmologista
TERAPIA IMEDIATA
Na ruptura do globo ocular → Evitar a manipulação até que o pcte receba anestesia geral
Não aplicar colírios ciclopégicos ou ATB tópico antes da cirurgia, pq são tóxicos ao tecido intra-ocular exposto
Colocar um campo do tipo Fox em torno do olho
Adm ATB EV de amplo espectro e, se necessário, dar analgésicos, antieméticos e toxina antitetânica
Restrição hídrica e alimentar, devido à correção cirúrgica em breve
Em lesões graves, a manipulação desnecessária pode causar danos adicionais ao olho ferido
Os medicamentos colocados diretamente no olho ferido devem ser estéreis
Em politraumas, o tto de condições sistêmicas que impõem risco de vida precede o tratamento da lesão ocular
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
1 - ABRASÕES E LACERAÇÕES DA PÁLPEBRA
Avaliar a ocorrência de outras lesões (laceração canalicular, trauma oculto ao globo ocular, fratura orbitária, corpo estranho)
Questionar a respeito do objeto que causou a laceração, o momento e a severidade do tratamento.
> Diagnóstico
- Anamnese → Determinar as circunstâncias e o tempo decorrido após a lesão.
Mordidas de animais e por humanos merecem atenção particular → Adm de ATB apropriados.
O local da lesão deve ser inspecionado p/ identificação de qualquer tecido perdido.
Qlqr tecido amputado encontrado no local da lesão deve ser preservado e colado rapidamente em gelo. Na maioria dos casos
esse tecido pode ser suturado de volta no local adequado.
- Avaliação Laboratorial e Radiográfica → Avaliação sanguínea completa e as análises bioquímicas do soro são necessárias p/ fins
anestésicos.
Avaliar cascata de coagulação pode ser útil.
Exame de imagem (ppmente TC) → Se suspeita de fraturas orbitais
US de conteúdos do globo ocular, músculos extraoculares, nervo óptico e órbita pode ser uma análise auxiliar importante.
Se a laceração palpebral é de espessura parcial (superficiais), que não envolvem a margem palpebral → Corrige cirurgicamente,
igual outras lacerações de pele.
Se a lesão é de espessura total, envolvendo a margem palpebral → Repara cuidadosamente, p/ evitar cicatrização e triquíase
3 – ABRASÃO DE CÓRNEA
Defeitos epiteliais na córnea desencadeados por:
- Trauma mecânico direto → Unha ou objetos do tipo borda de papel
- Uso excessivo de lentes de contato
- Queimadura por raio UV
- Corpo estranho na córnea → Ppmente após a sua retirada
> Sintomas → Dor significativa, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, blefaroespasmo e, algumas vezes, ↓acuidade visual.
> Diagnóstico → Testar a AV, observar presença de hazes (zonas translúcidas) no estroma corneano
- Fluoresceína cora a membrana basal exposta (devido a uma lesão epitelial), podendo aparecer um padrão de marcas verticais na
córnea. Quando há ferimento penetrante pode-se visualizar a saída de humor aquoso (teste de seidel +)
Deve-se excluir ceratite por herpes simples, que pode simular abrasão.
Importante diferenciar de uma úlcera de córnea e afastar a possibilidade de um corpo estranho na conjuntiva tarsal da pálpebra
(fazer eversão da pálpebra)
Corpo estranho na conjuntiva tarsal causa abrasão vertical na córnea durante o ato de piscar.
> Diagnóstico → Coloração por fluoresceína → Cora a membrana basal exposta, devido a uma lesão epitelial corneana.
Teste de Seidel (+) → Ferimento penetrante e pode ver a saída de humor aquoso
Se há um padrão de marcas verticais na córnea → Indica corpo estranho na conjuntiva tarsal da pálpebra superior
O uso excessivo de lentes de contato causa edema de córnea
* Corpos estranhos Extra-oculares → Pequenos corpos estranhos (partículas de aço, carvão ou areia) geralmente impactam na
superfície corneana ou conjuntival. Subsequentemente a tal impacto, alguns corpos estranhos podem:
- Ser lavado pelo filme lacrimal para o sistema de drenagem lacrimal.
- Aderir à conjuntiva palpebral superior no sulco subtarsal e abrasar a córnea qnd piscar → Um sinal patognomônico de abrasão
corneana linear pode ser visto, tem que everter a pálpebra.
- Ascender e alojar-se no fórnix conjuntival superior, causando conjuntivite crônica. Tal corpo estranho é facilmente perdido, a
menos que a pálpebra seja duplamente evertida e o fórnix examinado.
- Impactar na conjuntiva bulbar.
- Impactar no epitélio corneano ou estroma numa profundidade proporcional à velocidade do corpo estranho.
- Um corpo estranho com uma velocidade muito alta pode penetrar na córnea ou esclera e alojar-se intraocularmente.
* Corpos estranhos corneanos → São mtoo comuns e causam irritação considerável.
Infiltração leucocítica pode tbm se desenvolver em torno do corpo estranho de alguma duração.
Qnd há a permanência do corpo estranho, há um risco de infecção secundária, ulceração corneana.
Uveíte secundária leve é comum com miose irritativa e fotofobia.
Corpos estranhos ferruginosos, msm c/ poucos dias de duração, geralmente causam mancha de ferrugem no leito da abrasão.
> Tratamento →
Corpo estranho subtarsal → Deve-se realizar eversão palpebral superior e inferior p/ avaliar a possibilidade de corpo estranho na
conjuntiva tarsal. Remover o corpo e, se houver abrasão corneana, tratar.
Corpo estranho conjuntival → Deve-se realizar sua remoção com pinça e usar colírio ATB
Defeitos simples do epitélio da córnea → Pomada ATB e curativo compressivo (por 24h), para imobilizar a pálpebra
Remoção de corpo estranho corneano:
- Adm de anestésico tópico
- Exame cuidadoso na lâmpada de fenda é essencial para localizar a posição exata e profundidade do corpo estranho.
- Espátula ou agulha fina p/ remoção do corpo estranho durante exame com lâmpada de fenda → Não usar cotonete
Anéis metálicos circundando fragmentos de cobre ou ferro podem ser retirados com aparelho a bateria e ponta romba
Materiais inertes profundos (vidro, carbono) podem permanecer na córnea
Se precisar fazer remoção do fragmento profundo, ou se houver perda do aquoso → Realizar microcirurgia
- Após remoção do corpo estranho → Pomada ATB e curativo oclusivo
O colírio de ATB 4x/dia por 3-5dias evita ceratite infecciosa ou fúngica, pplmente por S. epidermidis (estafilococo coagulase - )
Se houver suspeita de ceratite microbiana associada → Raspar, corar e fazer cultura da córnea.
Qlqr supuração, infiltrado ou uveíte significativa deve levantar suspeita de infecção bacteriana secundária. A conduta, então,
deve ser para uma úlcera corneana.
Corpos estranhos metálicos são geralmente estéreis devido à alta aguda na t° durante a passagem pelo ar
Corpos estranhos orgânicos e pedras, entretanto, trazem um alto risco de infecção.
Após lesão corneana, não prescrever anestésico tópico contínuo, pq retarda a cicatrização, mascara danos, pode causar
cicatrização corneana permanente, infiltração da córnea e ulceração.
Enquanto houver defeito epitelial, deve-se evitar o uso de corticoide.
Um corpo estranho intra-ocular pode traumatizar o olho mecanicamente, levar a infecção ou causar outros efeitos tóxicos nas
estruturas intra-oculares.
Dentro do olho, o corpo pode se alojar em qlqr estrutura (desde a câmara anterior até a retina e coroide)
Efeito mecânico importante é a formação de catarata secundária à lesão capsular, liquefação vitrea, hemorragia e rupturas
retinianas.
Corpos estranhos orgânicos e pedras são + propensos a infecção.
Mtas substâncias (vidro, plásticos, ouro e prata) são inertes. Mas, ferro e cobre podem passar por dissociação e resultar em
siderose e calcose respectivamente.
Calcose → A reação ocular de um corpo estranho intra-ocular com um ↑ conteúdo de cobre é um quadro violento tipo
endoftalmite, geralmente com progressão para phthisis bulbi.
Por outro lado, uma liga tal como latão ou bronze, com ↓ conteúdo de cobre, resulta em calcose → A dissociação eletrolítica do
cobre deposita-se intra-ocularmente, causando um quadro similar ao visto na doença de Wilson.
Com isso, desenvolve-se um anel de Kayser-Fleischer, uma catarata anterior em "girassol".
O cobre é menos tóxico à retina do que o ferro, então a retinopatia degenerativa não se desenvolve e a função visual pode ser
preservada.
> Sintomas → Quando sintomático, pode causar visão turva ou desconfortável, ↓acuidade visual, dor ocular.
> Diagnóstico →
- Exame oftálmico → Inspecionar porção anterior do olho com lupa ou lâmpada de fenda em busca de ferimento de entrada.
Fluoresceína tópica pode ser útil p/ identificar uma ferida de entrada.
Gonioscopia e fundoscopia → Devem ser realizadas.
Analisar sinais associados, como laceração palpebral e lesões em estruturas do segmento anterior.
Realizar Rx de crânio ou TC* dos tecidos moles orbitais → Não realizar RM, pq pode haver um corpo estranho metálico
Método geométrico de Sweet, lentes de Comberg, US e TC de orbital → p/ localizar o corpo estranho
> Tratamento → Os corpos estranhos identificados devem ser removidos sempre que possível, pq partículas de cobre ou ferro
podem sofrer siderose ou calcose e causar desorganização posterior dos tecidos oculares por causa das alterações tóxicas
degenerativas.
Vidro e porcelana são inertes, então podem ser tolerados indefinidamente e é melhor deixa-los lá.
- Se corpo estranho na zônula do cristalino anterior → Remover com incisão do limbo da córnea anterior
- Se corpo estranho atrás do cristalino e anterior ao equador → Removido pela área pars plana
- Se corpo estranho atrás do cristalino e posterior ao equador → Por via pars plana por vitrectomia e fórceps intraocular
Técnica de remoção
- Remoção magnética: - Uma esclerotomia é realizada próxima ao corpo estranho
- Diatermia de baixa intensidade é aplicada na coróide para prevenir sangramento
- O corpo estranho é removido com um ímã
- Crioterapia pode ser aplicada na ruptura induzida da retina e retina adjacente
- Enfaixamento escleral pode ser realizado para reduzir o risco de descolamento, mas este é opcional.
- Remoção com fórceps: P/ corpos estranhos não magnéticos que não podem ser removidos com segurança com um ímã.
- Uma vitrectomia completa pars plana é realizada.
- Fórceps intra-ocular é introduzido.
- Um corpo estranho pequeno pode ser removido através da pars plana.
- Um corpo estranho grande num olho afácico pode ser removido segurando-o pelo espaço pupilar, introduzindo um
bisturi corneano e retirando-o através de uma incisão límbica
* Qualquer área lesada da retina deve ser tratada com diatermia, fotocoagulação ou coagulação com endolaser para evitar o
descolamento da retina.
* Profilaxia de endoftalmite com ATB intravítreo em caso de ↑risco (corpo estranho contaminado com terra ou vegetal)
* Administração de ATB EV e colírios ciclopégicos
b) Perfurantes: laceração que atinge toda a espessura da parede ocular, havendo via de entrada e saída
c) Contusas: causa ↑ da PIO e deformação do globo, com rompimento da parede escleral (geralmente no limbo superonasal –
local + comum de ruptura do globo) → Tem pior prognóstico, devido à maior incidência de descolamento da retina, avulsão e
herniação do tecido intra-ocular
Podem resultar em distúrbios de mobilidade, hemorragia subconjuntival, edema corneano, irite, hifema, glaucoma,
midríase traumática, ruptura do esfíncter da íris, paralisia da acomodação, deslocamento do cristalino e catarata
Lesões em estruturas posteriores podem causar hemorragia retiniana ou vítrea, edema, deslocamento ou perfuração de
retina, contusão ou avulsão do nervo óptico.
Fratura explosiva → Descompressão rápida ocorre qnd a parede do olho se rompe e o conteúdo orbital se hérnia p/ os seios
adjacentes.
Muitas dessas lesões podem não ser vistas durante o exame externo ou podem levar dias ou semanas para ocorrer depois de um
ferimento, como a catarata
> Sintomas → ↓ da acuidade visual, hipotonia, câmara anterior rasa ou plana, pupila com alteração de tamanho, formato ou
posição, trilhas visíveis através do cristalino ou vítreo marcando a linha de passagem de um corpo estranho.
Quemose conjuntival (líquido claro sob a conjuntiva) ou hemorragia subconjuntival.
Pode ter hifema total com PIO normal ou baixa (o hifema com globo intacto geralmente tem ↑ PIO).
> Diagnóstico → - Teste de Seidel → Pode detectar uma perfuração ocular ou vazamento pela ferida
Aplica o bastão de fluoresceína umedecida diretamente na área suspeita de perfuração e
observa com um biomicroscópio com luz de cobalto (filtro azul). → Se tiver vazamento, o contraste dilui pelo humor aquoso e vai
aparecer como uma faixa verde dentro do contraste concentrado laranja-escuro.
- RM → Não fazer pq pode haver um corpo estranho metálico; TC é apropriada
- Qualquer lesão que cause hemorragia intra-ocular aumenta o risco de hemorragia secundária retardada,
possibilidade de glaucoma intratável e dano permanente ao globo ocular
> Tratamento → - Oclusor rígido sobre o olho, qnd não estiver sendo examinado
- Antieméticos
- Sedativos
- Analgésicos e sedativos
- Profilaxia para tétano, se necessário
- ATB EV profilática
- Restrição hídrica e alimentar, devido à correção cirúrgica em breve
Evitar: - Fazer pressão sobre o globo durante o exame
- Colocar pomada ou colírio no globo
- A manipulação até que o pcte receba anestesia geral. Em lesões graves, a manipulação desnecessária pode causar danos
adicionais ao olho ferido
- Cirurgia → É o tto definitivo. Faz a reconstrução e sutura de feridas → Exceto nos casos em que há ruptura do globo ocular,
muitas das consequências da contusão ocular não precisam de correção cirúrgica imediata
Lesões graves que causam hemorragia intra-ocular aumentam o risco de hemorragia secundária retardada, glaucoma intratável,
dano permanente ao globo ocular.
Íris encarcerada ou corpo ciliar exposto por menos de 24h podem ser repostos no globo com viscoelásticos ou através da
introdução de uma espátula de ciclodiálise pela incisão no limbo ou retirando o tecido do ferimento.
Enucleação/Evisceração primária → Só se houver ruptura maciça do globo ocular, que fica mto desorganizado.
O prognóstico de deslocamento traumático da retina é ruim, devido a lesão macular, laceração gigante da retina e formação de
membrana fibrovascular intravítrea que ocorre na lesão penetrante → Vitrectomia é o tto eficaz
7 - HIFEMA
É a presença de sangue na câmara anterior.
Ela pode ocorrer de forma: - Espontânea → Retinoblastoma, neovascularização da íris
- Após cirurgia ocular → Catarata, lensectomia
- Lesão traumática → Especialmente trauma fechado
Pode ser microscópico ou completo, sendo graduado de acordo com a altura do sangue acumulado (em mm) → O coágulo está
na posição inferior
A força contusa pode romper vasos da íris e lesionar o ângulo da câmara anterior
Coágulos que causem um bloqueio pupilar ou céls e fibrina bloqueando a rede trabecular podem causar glaucoma agudo.
Glaucoma de ocorrência tardia pode aparecer meses ou anos depois
Hifema Espontâneo → Hifemas podem ocorrer espontaneamente ou após trauma menor em pctes com tendência a hemorragias
ou condições que causam a neovascularização ou anomalias vasculares das estruturas de câmara anterior do seguinte modo:
- Diabetes mellitus
- Iris melanoma, retinoblastoma, e outros tumores oculares
- Xantogranuloma juvenil
- Distúrbios de coagulação (eg, trombocitopenia, hemofilia, doença de Von Willebrand)
- Os medicamentos que inibem a função plaquetária, como a varfarina ou aspirina
Condições predisponentes
- Pcte com doença falciforme → Tem ↑ risco p/ complicações de hifema, tais como: ↑ da PIO, atrofia óptica e hemorragia
secundária que os coloca em maior risco de perda permanente da visão quando comparados a pctes sem mutações falciformes.
A falcização de céls vermelhas do sangue é + provável no ambiente de ↓O 2 no humor aquoso e estas céls falciformes podem
obstruir a malha trabecular que leva ao ↑ da PIO
- Pcte com distúrbios de coagulação ou uso de anticoagulantes → Tem maior risco de perda de visão devido à maior frequência
de novo sangramento.
Se o pcte usa anticoagulante → Reversão rápida ou cessação de anticoagulantes + manejo do hifema deve ser feita alguns
pacientes, mas outros (pcte com próteses valvares ou stents vasculares) podem ter risco inaceitável com esta abordagem.
> Sintomas → Se traumático, costuma estar associado a outros sinais de trauma fechado → Abrasão corneana, irite traumática,
ruptura do esfíncter pupilar
Perda de visão e dor nos olhos são comuns.
Além disso, náuseas e vômitos podem acompanhar esta lesão.
A história, na maioria dos casos, revela trauma contuso no olho
Pcte ou histórico familiar de hemoglobinopatia falciforme, incluindo o traço falciforme, identifica um maior risco de glaucoma,
atrofia óptica e perda de visão, o que complica hifema traumático
- Exame de Imagem → P/ pcte com suspeita de olho aberto ou preocupação com lesão grave orbital.
Além disso, os pctes com câmara anterior ou hemorragia vítrea que obscurece a visão do segmento posterior exigir de imagem
p/ avaliar por danos a estruturas posteriores.
TC → Indicado p/ pcte com suspeita de olho aberto, corpo
estranho intraocular, hemorragia intra-orbital e em pctes com TCE
já submetidos CT para outras indicações.
US Orbital → Se estiver disponível, o US da órbita avalia danos
por lente, corpos estranhos intra-oculares, descolamento de
retina e hemorragia de coróide, evitando o risco de exposição à
radiação inerente à TC.
Pcte com hifema visível >5% da câmara anterior → Ficar em repouso, colírio de corticoide no olho afetado por 5 dias
Dilatação pupilar pode ↑risco de nova hemorragia → Evitar até que o hifema tenha regredido
Cirurgia → Indicada, se: - PIO continuar elevada (>35mmHg por 7 dias ou >50mmHg por 5 dias) msm com tto.
- Sintoma persistir após tto clínico
- Grandes hifemas persistentes (≥Grade III para> 10 dias)
- Sangue manchando na córnea
Fazer drenagem cirúrgica p/ evitar danos ao nervo óptico e impregnação corneana.
Se o pcte tem hemoglobinopatia, faz a drenagem antes.
Nenhuma tentativa deve ser feita para extrair o coágulo do ângulo da câmara anterior ou do tecido da íris → Fazer iridectomia
periférica.
Tbm pode-se limpar a câmara anterior com a evacuação viscoelástica
Internação hospitalar → Indicada, se: - Grandes hifemas (sangue ocupando 50 por cento ou mais da câmara anterior)
- Hifemas com pressão intra-ocular elevada
- Hifemas em pacientes com hemoglobinopatia falciforme (doença ou característica)
- Pcte com tendência a sangramento ou coagulopatia
8 - TRAUMA ORBITÁRIO
a) FRATURA ORBITÁRIA → Geralmente ocorrem por traumatismo facial de forte intensidade, pplmente esmagamento
As fraturas geralmente atingem o assoalho da órbita (com preservação da borda) ou parede medial
Geralmente, são causadas por objetos que são maiores que o diâmetro da reborda orbitária. Se for menor, causa ruptura do
globo.
Ocorrem mais comumente entre os jovens adultos e adolescentes do sexo masculino.
A ↓ prevalência de fraturas orbitais em crianças mais jovens podem estar relacionados com o seguinte:
* O rosto delas é pequeno comparado com a cabeça, então a maioria das fraturas envolve a face superior e crânio
* A proporção de esponjoso para o osso cortical é maior, proporcionando + elasticidade para os ossos faciais. Além disso,
cavidades nasais estão pouco desenvolvidas.
* As crianças são menos propensas a ser expostas a trauma ocupacional, assaltos, acidentes com veículos.
Tipos de fraturas
- Fratura na Região Zigomática Orbital → É a fratura + comum do aro orbital. Geralmente, ela é resultado de um golpe de alto
impacto para a órbita lateral. Há muitas vezes uma fratura associada do assoalho da órbita.
- Fratura na Região Naso-Etmoidal → Do aro orbital medial também são comuns.
- Fratura no Assoalho da Órbita (Blowout) → Normalmente ocorrem qnd um pequeno objeto redondo (bola de beisebol) salta aos
olhos. Causada por um ou ambos dos mecanismos: - ↑ PIO, como o deslocamento posterior resultado do globo (teoria hidráulica)
- Um golpe direto na borda infraorbital
Entre as crianças, o assoalho da órbita é + flexível, então, pode fraturar em um padrão
linear que se encaixe para criar uma fratura "trap-door".
Nos adultos, o assoalho da órbita é + fino e + propenso a quebrar qnd expostos a
forças → Há equimose, edema, diploplia, enoftalmo, dano ao nervo intraorbital.
- Fratura do Teto Orbital → + comuns em pcte jovem (<10 anos). Há hematoma da pálpebra
superior e equimose periocular que se desenvolve após umas horas e pode mais tarde espalhar
para o lado oposto
> Sintomas → Qnd a órbita recebe um golpe, pode fraturar as finas paredes inferior e medial e causar prolapso e extravasamento
de tecidos moles.
Há equimose, edema da pálpebra e bochecha, sangramento nasal, enfisema orbitário e palpebral, limitação do olhar p/ cima e
p/ baixo (fratura em blow-out, no assoalho orbitário), eno ou exoftalmia, perda da sensação na distribuição do nervo infra-
orbitário (bochecha ipsilateral)
O aprisionamento dos músc. extra-oculares pode estimular o reflexo oculocardíaco e causar bradicardia, náuseas e vómitos.
A dor difusa ocorre em hematoma orbital, enquanto a dor com o movimento dos olhos sugere lesão envolvendo os músculos
extra-oculares.
Se o golpe for intenso, pode causar enoftalmia do globo imediatamente ou depois que o edema diminui e há atrofia ou
cicatrização de tecidos moles.
Pode ter lesão intra-ocular associada e causar hifema, recessão do ângulo e descolamento da retina.
Fratura de piso orbitário pode causar hipoestesia.
Perda de visão pode ser causada por dano ao nervo óptico.
Qualquer alteração na visão pode indicar uma lesão intra-ocular grave. Diplopia, particularmente com o olhar para cima, e
dormência abaixo do olho pode ocorrer com fraturas do assoalho da órbita.
Dormência da testa sugere dano ao nervo supra-orbitária como resultado de lesão até a borda orbital superior ou teto da órbita.
Diplopia → Pode ser causada por uma lesão neuromuscular direta ou por edema dos conteúdos orbitários.
Tem que diferencia do aprisionamento do musc. reto inferior e oblíquo → Onde o movimento passivo do olho com fórceps é
restrito (teste de ducção forçada)
> Diagnóstico → Auscultar a órbita devido às fistulas do seio carótido-cavernoso associadas à fratura orbitária
Rx p/ identificação inicial da lesão orbital.
Medida da exoftalmometria anterior ao trauma
- TC deve ser feita p/ localizar a fratura e identificar lesões associadas.
Deve ser realizada em um pcte com trauma orbital com qlqr um dos seguintes achados: - Evidência de fratura no exame físico
- Limitação de motilidade
ocular
- ↓ da diminuição da acuidade visual
- Dor severa
- Tratamento → Se houver fratura do canal óptico com perda visual progressiva → Esteroides e descompressão cirúrgica
Se a perda visual for repentina e completa → Difícil recuperação
Indicações de reparo cirúrgico → Diplopia persistente (com 30° da posição primária do olhar)
Enoftalmia ≥ 2mm
Grande fratura (metade do assoalho orbitário) → Não é uma emergência cirúrgica. Faz pq
provavelmente ela causará uma enoftalmia tardia.
Não é uma emergência → Adiar a cirurgia em 1-2semanas ajuda a avaliar o quanto a diplopia regredirá sozinha.
Pode precisar de procedimentos subsequentes p/ estrabismo e ptose
Todos os pacientes devem ter acompanhamento dentro de uma semana com um oftalmologista.
- Complicações → Cegueira, diplopia, hemorragia, infecção, retração palpebral inferior, extrusão ou migração do implante que
pressiona o saco lacrimal e causa obstrução e dacriocistite.
- Tratamento → Traumas contusos com ↓ da visão → Avaliado por um oftalmologista o mais rápido possível
Traumas contusos leves sem alteração visual → Analgésicos VO, compressas com água fria e orientar que as hemorragias
conjuntivais só desaparecem após 15-20 dias
Traumas contusos moderados sem alteração visual → Qnd existe hemorragia conjuntival importante ou hifema, o pcte
deve fazer uma avaliação oftalmológica em no máximo 24h
c) EXOFTALMIA PULSANTE SEGUIDA DE LESÃO ORBITÁRIA→ Uma lesão penetrante ou contusa pode causar uma exoftalmia
pulsátil, devido à formação de um desvio arteriovenoso
Comumente ocorre devido à fratura óssea do seio cavernoso
- Tratamento → Raramente há regressão espontânea. Faz embolização
9 - QUEIMADURA QUÍMICA
As lesões químicas correspondem a 10-20% dos acidentes oculares, sendo a maioria das vítimas jovem
Possui etiologia variada, mas geralmente é causa por acidente doméstico ou laboratorial → substâncias cáusticas ou ácidas
Os cáusticos são + agressivos, pq penetram profundamente no tecido ocular (dissolvem e fluidificam as proteinas) e tem ação
retardada, já os ácidos formam uma barreira de tecido necrótico (precipitado proteico), o que limita sua penetração e danos
Além disso, as queimaduras por álcalis causam ↑PIO imediato (devido à contração da esclera e lesão trabecular) e tardio (após
2-4h, às custas da liberação de PG)
Queimaduras por álcalis são 2x + comuns do que queimaduras com ácidos, pq os álcalis são largamente utilizados em casa e na
indústria. Os álcalis mais comumente envolvidos são amônia, hidróxido de sódio e cal. Os ácidos mais comumente implicados são
sulfúrico, sulfuroso, fluorídrico, acético, crômico e clorídrico
A gravidade da lesão química está relacionada com as propriedades do químico, a área de superfície ocular afetada, a duração
da exposição (retenção de partículas químicas na superfície do olho) e os efeitos relacionados com dano térmico. Álcalis tendem a
penetrar mais profundamente que ácidos, que coagulam as proteínas da superfície, resultando em uma barreira protetora.
Amônia e hidróxido de sódio podem produzir lesão grave devido a rápida penetração
Na anamnese, questionar o produto envolvido, há quanto tempo ocorreu o contato, condutas realizadas e uso de proteção
> Causticação Ocular → A maioria das lesões por cáusticos são pequenas e se curam em poucos dias, havendo eritema palpebral,
hiperemia conjuntival, edema conjuntival e despitelização corneana
Nos casos graves, há trombose vascular, opacificação corneana, íris acinzentada e catarata
O íon hidroxila (OH) causa destruição de componentes oculares, desnaturação e desagragação do colágeno e liberação de
mediadores inflamatórios
De acordo com o grau de acometimento ocular, podem ser divididas em lesões de I-IV
Graduação da gravidade Lesões químicas são graduadas p/ permitir tto uadequado e p/ indicar um provável prognóstico final.
Ela é feita baseando-se na transparência da córnea e gravidade da isquemia límbica (pela observação da permeabilidade dos vasos
límbicos superficiais e profundos)
- Grau I: córnea transparente e ausência de isquemia límbica (excelente prognóstico).
- Grau II: córnea opacificada mas com detalhes de íris visíveis e com menos de um terço de isquemia límbica (bom prognóstico).
- Grau III:perda total do epitélio corneano, opacificação estromal obscurecendo detalhes da íris e de um terço à metade (120° a
180°) de isquemia límbica (prognóstico reservado).
- Grau IV: córnea opaca e + da metade (>180°) de isquemia límbica (mau prognóstico). Outras características a notar na
avaliação inicial são a extensão da perda dos epitélios corneano e conjuntival, alterações na íris, situação do cristalino e PIO
> Diagnóstico
Os dados mais importantes são: - Produto envolvido - Há quanto tempo ocorreu o contato
- Condutas realizadas - Uso de proteção
Casos LEVES e MODERADOS Casos GRAVES
Exame Ocular→ Os achados dependem • Eritema da borda palpebral • Vasos sanguíneos trombosados e de cor escura
da severidade da lesão, que está • Hiperemia conjuntival • Opacificação da córnea
relacionada à toxicidade do produto, • Quemose (edema da conjuntiva) • Conjuntiva bulbar branco-acinzentada
concentração, vol. e tempo de • Desepitelização de córnea • Córnea com aspecto de porcelana
• Reação da câmara anterior (células, flare) • Erosões epiteliais
exposição
> Tratamento → Todas as queimaduras químicas devem ser tratadas como emergência ocular
Antes mesmo do transporte do pcte, deve-se realizar lavagem imediata com água
Na sala de emergência, faz uma breve anamnese e exame físico, seguidos de lavagem copiosa da superfície ocular com isotônico
salino ou SF ou água corrente estéreis (vários litros para cada olho ferido)
Se o pH da superfície ocular não estiver entre 7,3 e 7,7 → Retomar a irrigação
Depois da lavagem, dá pomada de ATB e faz curativo compressivo.
Pode ser necessária a remoção mecânica de substâncias sólidas que permanecem em contato com os olhos
Espéculo palpebral e infiltração de anestésico local das pálpebras p/ evitar blefaroespasmos
Geralmente há indicação para uso de analgésico VO, anestésico tópico e colírio ciclopégico
Ácidos → Formam uma barreira de tecido necrótico precipitado que limita a penetração e os danos posteriores.
Álcali → Lesão penetra rapidamente pelo tecido ocular e causa lesão contínua mesmo depois da injúria inicial → Precisa fazer
lavagem + prolongada e verificação contínua do pH.
Essas queimaduras causam contração da esclera e lesão da trama trabecular, levando ao ↑PIO
Há um ↑ secundário da pressão em 2-4h após a liberação de prostaglandinas → Pode levar a uma intensa uveíte
* Tto de emergência→ Uma queimadura química é a única lesão ocular que precisa de tto imediato sem 1º colher a anamnese e
realizar um cuidadoso exame.
I. Irrigação copiosa → P/ ↓ duração do contato com o químico e normalizar o pH no saco conjuntival tão logo seja possível.
Solução salina normal (ou equivalente) deve ser usada para irrigar o olho por 15 a 30 minutos ou até o pH ser normalizado.
2. Dupla-eversão das pálpebras → P/ que qualquer partícula retida nos fórnix, tal como cal ou cimento, possa ser removida.
3. Debridamento de áreas necróticas do epitélio corneano → P/ permitir a reepitelização adequada.
* Tratamento clínico → Lesões leves (graus I e lI) são tratadas com esteroides tópicos por um curto período, cicloplégicos e ATB
profiláticos por 7 dias.
Os ppais objetivos do tto das queimaduras + graves são ↓ inflamação, fazer a regeneração epitelial e prevenir a ulceração
corneana
I. Esteróides → ↓ inflamação e infiltração neutrofílica. Mas, tbm podem prejudicar a cicatrização estromal pela ↓ da síntese de
colágeno e inibição da migração de fibroblastos.
Por isso, corticoide tópico pode ser inicialmente usado, mas devem ser suspensos 7-10dias, qnd ulceração corneana
estéril é + provável de ocorrer. Eles podem ser substituídos pelos AINES, que não afetam a função dos ceratócitos.
2. O ácido ascórbico → Reverte um estado escorbútico de um tecido localizado e melhora a cicatrização da ferida pela promoção
da síntese do colágeno maduro pelos fibroblastos corneanos.
Escorbato de sódio tópico a 10% é usado de 2 em 2 horas e a dose sistêmica é de 2 g quatro vezes ao dia.
3. Ácido cítrico → Potente inibidor da atividade dos neutrófilos e ↓ a intensidade da resposta inflamatória.
Quelação de cálcio extracelular por citrato tbm parece ↓ colagenase. Citrato de Na tópico a 10% é dado de 2 em 2 horas
por cerca de 10 dias.
O objetivo é eliminar a segunda onda de fagócitos, que normalmente ocorre 7 dias após a lesão.
4. Tetracidinas (Inibidores da colagenase) → Tbm inibem a atividade dos neurtrófilos e ↓ ulceração.
Elas são administradas tanto tópica como sistemicamente (por exemplo, doxiciclina 100 mg duas vezes ao dia).
* Cirurgia → I. Cirurgia precoce pode ser necessária p/ revascularizar o limbo, restaurar a população de céls límbicas e
restabelecer os fórnices.
2. Cirurgia tardia
>Complicações → Nos casos mto graves, pode ocorrer ceratite necrosante com perda total da visão e em alguns casos sendo
necessário evisceração e colocação de prótese ocular.
Outras complicações incluem: glaucoma de ângulo fechado, ferida corneana, simbléfaro, entrópio e ceratite seca
10 - QUEIMADURA TÉRMICA
O calor pode lesionar os olhos de maneira direta ou, mais frequentemente, de forma indireta (reações químicas com o calor)
As estruturas mais acometidas são as pálpebras e córnea
A exposição ao Rx pode levar a catarata que aparece mtos meses depois da exposição.
> Sintomas → Pode haver dor, eritema, tumefação palpebral, sensação de corpo estranho e, em alguns casos, redução da
acuidade visual, ectrópio e retração palpebral
Os sinais são de hiperemia conjuntival ou ciliar e, caso haja acometimento da córnea, haverá desvitalização, edema, clareamento
e desprendimento facilitado do epitélio corneano
As queimaduras leves curam sem sequelas, em poucos dias
Irradiação ultravioleta (Solda elétrica, reflexo da neve sem proteção por óculos) → mesmo em dose moderada, pode causar
ceratite superficial dolorosa.
A dor começa em 6-12h depois da exposição.
Em casos graves de queimadura pela luz → Anestésico estéril tópico pode ser necessário p/ o exame.
Trata com curtivo compressivo + pomada ATB.
> Queimadura Palpebral > Queimadura Corneana
Se houver irite → Pode usar um midriático.
- Lavagem da ferida com sabão - Retirada do epitélio corneano desvitalizado
- Queimaduras leves → Pomada ATB - Se houver edema palpebral intenso, não
Enxerto de pele total deve ser adiado até que a - Queimaduras moderadas → Curativo precisa de tampão, depois de 2-3 dias o
retração da pele não progrida mais. com SF ou lubrificante após cada ectrópio e a retração palpebral começam
aplicação da pomada ATB, além da - Limpeza dos fundos de saco conjuntivais
ATBterapia VO profilática - Colírio ciclopégico, ATB e curativo
11 - CERATITE ACTÍNICA
compressivo por 24h
Lesão corneana causada pelo contato direto - Analgesia VO nas primeiras horas
com raios UV (soldagem elétrica, permanência
na neve).
Provoca uma ceratite leve e autolimitada.
>Sintomas → É geralmente bilateral, com dor ocular intensa, sensação de corpo estranho, fotofobia, olho vermelho (por
inflamação e injeção conjuntival), lacrimejamento e redução da acuidade visual (pelo edema corneano difuso). os sintomas
desaparecem ao longo de 36-72h
>Tratamento → Terapia através de colírio anestésico estéril (para avaliação), pomada ATB, vendagem compressora e analgesia VO
12 - RETINOPATIA SOLAR
É rara, mas pode ocorrer em usuários de drogas e observadores de eclipse solar
A exposição acidental a laser doméstico (<5 mW de potência) não é capaz de causar lesão retiniana, mas pode produzir
fotocoagulação retiniana em crianças (fixação na luz ≥ 10s)
Causa redução da acuidade visual e escotoma central
Há formação de lesão retiniana central, pequena, arredondada, de bordas nítidas e coloração amarela
Não há necessidade de terapia, visto que a acuidade visual retorna ao normal em meses