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Dor Edição de 2006: a elevação da temperatura nas
Dor = contrações uterinas vigorosas que são responsáveis primeiras 24h é comum e pode não ser devido à
pela contenção do sangramento uterino infecção. No 2º-3º dia de pós-parto, pode ocorrer
O reflexo da sucção faz o útero contrair por liberação de elevação de temperatura por ingurgitamento mamário
ocitocina durante as mamadas Edição de 2011: puérperas poderão apresentar
Este desconforto não dura mais do que até o final da 1ª elevação de temperatura como o início de uma
semana infecção ou de um quadro de ingurgitamento mamário.
Congestão de vasos pélvicos ao final da gravidez, os vícios Quando a paciente apresentar aumento de
posturais e a presença de varizes nos MMII: também são temperatura axilar, a temperatura bucal ou retal deve
causas de dor no puerpério ser medida para confirmação e tratamento adequado
Pode ser necessária a administração de analgésicos Distúrbios do Humor
Lóquios Alterações do ritmo circadiano e do humor: comum,
Involução uterina e regeneração da ferida placentária → transitório
eliminação de considerável quantidade de exsudatos e Disforia pós-parto (Blue syndrome, maternity blue)
transudatos misturados com elementos celulares Ocorre em 60% das puérperas
descamados e sangue Alterações de humor transitórias, benignas e
Estas secreções, típicas do puerpério → lóquios autolimitadas
Lóquios: eritrócitos, células epiteliais, fragmentos Tristeza e do choro fácil
deciduais e bactérias A puérpera afirma que gosta do RN e tem vontade de
Lóquios avermelhados após 2 semanas + subinvolução amamentar (≠ depressão pós-parto)
uterina: possibilidade de restos placentários Geralmente inicia no 3º dia após o parto e desaparece
Odor forte e desagradável: vaginose bacteriana por volta do 14º dia
Odor forte e desagradável + febre + lóquios com cor Evolução para depressão maior é rara
achocolatada: infecção puerperal (endometrite) Etiopatogenia: alterações hormonais intensas do pós-
Coloração: parto + fatores psicossociais da gravidez
Lochia rubria: primeiros 3-4 dias (avermelhados) FR p/ depressão pós-parto: história de depressão em
Gradativamente se tornam róseos ou serossanguíneos gestações ou puerpérios anteriores, gestação
(lochia fusca) indesejada, eventos traumáticos na gestação e parto,
2ª semana: lóquios serosos, descorados (lochia serosa baixo suporte social, baixo nível socioeconômico,
ou flava) adolescência, história de TPM com sintomas
Lochia alba: em torno do 10º dia (coloração depressivos ou presença de transtornos de humor ou
esbranquiçada ou amarelo-claro) mentais prévios, tabagismo ou drogas ilícitas,
Freitas: hiperêmese gravídica
Lochia rubra: sangue vivo que é eliminado nos
primeiros dias após o parto Assistência Pós-Natal
Lochia serosa: depois de 3 a 4 dias de pós-parto, a
eliminação fica descorada Puerpério Imediato
Lochia alba: em torno do 10º dia após o parto, a
Avaliação dos Sinais Vitais
eliminação fica esbranquiçada
Perda de Peso Avaliar FC, PA e T°
Redução de 5 a 6 kg de peso corporal na puérpera Princ. na 1ª h após o parto ou 4º período (avaliar a cada 15
(esvaziamento uterino e da perda sanguínea) min)
Redução de 1 a 2 kg de líquido (regressão do edema com No alojamento conjunto: avaliar no mínimo 2x/dia
depleção de sódio em virtude de excessiva diurese) Paciente pode apresentar calafrios → aquecer e observar
Peso pré-gestacional: ao final do 6º mês pós-parto Avaliação das Perdas Vaginais e Palpação Uterina
Elevação de Temperatura Corporal Caracterizar perdas vaginais (intensidade, alterações do
Primeiros 3 dias de puerpério: temperatura corporal pode cheiro ou da cor) no puerpério imediato, principalmente
estar elevada (relação com a apojadura) → febre do leite na 1ª h
Fisiológico se durar < 48h Palpar o fundo uterino (detectar hipotonia ou atonia
uterina) → se não estiver adequadamente contraído,
Freitas:
massagear o útero
Deambulação Precoce
Prevenir TVP/TEP, estimular micção e funcionamento ferida (obesidade, DM, imunossupressão, anemia e
intestinal alterações da hemostasia)
MMII Infecção da FO:
Avaliar MMII diariamente (risco de eventos Incidência de 3-15%
tromboembólicos) Profilaxia antimicrobiana: < 2%
Se FR para eventos trombóticos (> 35 anos, com síndrome Seroma, hematoma e infecção → abertura dos pontos
antifosfolipídeo, parto operatório, multiparidade, e a drenagem da secreção serosa ou purulenta com
obesidade importante, com válvulas cardíacas mecânicas e observação rigorosa quanto à área de eritema ou ao
HMP de trombose) → pode usar heparina para profilaxia aparecimento de necrose
Higiene Curativos diários com soro fisiológico e gaze inserida
Banho de chuveiro: logo após estabelecer deambulação ATB: quando houver área de celulite ou sinais de
Higiene da região perineal e da ferida operatória com água infecção
corrente e sabonete Intensificar os cuidados nas pacientes de risco (obesas,
Cuidados com a Episiorrafia ou com a Ferida Operatória DM, imunossuprimidas, em uso de corticoterapia,
Episiorrafia: não é necessário o uso de antissépticos e de anêmicas ou com alteração de hemostasia)
curativos na região Cuidados com as Mamas
Imediatamente após o parto: aplicação de gelo no As mamas e as papilas não precisam ser higienizadas antes
períneo para reduzir a dor e o edema locais e após a amamentação (isso favorece o aparecimento de
Analgesia: acetaminofeno 500 mg e/ou dipirona 600 fissuras)
mg e codeína, se necessário, para evitar o Prevenção do ingurgitamento mamário: massageamento
aparecimento da dor das mamas antes da mamada, seu esvaziamento completo
Higiene após as eliminações fisiológicas com água e alternância do seio oferecido
corrente e sabonete Profilaxia da Aloimunização pelo Antígeno Rh(D)
Edema + dores importantes na episio: hematoma Mãe Rh -, não sensibilizada (teste de Coombs indireto -)
Infecção da episio: 0,1% dos casos, aumentando para 1- com RN Rh + → imunoglobulina anti-Rh (D)
2% quando for após lacerações de 3º e 4º graus 300 mcg IM nas primeiras 72h após o parto
Patógenos + frequentes são os associados à flora
vaginal ou geniturinária (Strepto, Staphylo e Orientações na Alta Hospitalar
Enterococcus, bacilos gram- e anaeróbios)
Se presença de celulite: cobertura ATB de amplo Maioria: alta em até 48h após o PV ou em 72h após PC
espectro com fechamento por 2ª intenção Agendada consulta no 7º dia pós-parto (avaliar a ferida
Infecção superficial de episiotomia: analgesia + cirúrgica ou a episiorrafia, avaliar as condições clínicas,
observação da evolução estimular a manutenção do aleitamento materno e
Infecção de fáscia superficial: ATB de amplo espectro esclarecer sobre dúvidas)
(ampicilina + aminoglicosídeo + clindamicina) com Revisão puerperal tardia: em torno do 30º dia pós-parto,
cicatrização por 2ª intenção quando é dada alta obstétrica
Indicação de exploração se: Orientação sobre o planejamento familiar, discutir a
Eritema e edema que se estendem além da liberação para os exercícios físicos e para atividade
incisão com flutuação e/ou necrose sexual
S/ melhora clínica após 24 a 48 h de ATB Dieta
Manifestação sistêmica Incentivar a ingesta de líquidos
Fascite necrosante: amplo desbridamento cirúrgico + Alimentação de fácil digestão, hiperproteica, com bom
ATB de amplo espectro teor calórico
Mionecrose (extremamente rara): amplo Dietas constipantes devem ser evitadas, princ. na 1ª
desbridamento cirúrgico + penicilina semana
Ferida operatória (cesariana): descobrir a ferida cirúrgica a Desestimular uso de temperos e bebidas alcoólicas
partir do 2º dia de pós-op (melhor observação) (podem modificar o sabor e a composição química do
Inspecionar a ferida (seroma, hematomas, infecção) leite)
Higiene apenas com água corrente e sabonete Anticoncepção
Os cuidados gerais com a ferida devem ser A amamentação suprime o efeito pulsátil de liberação de
intensificados em pacientes com FR para infecção da GnRH pelo hipotálamo e estimula a liberação de
prolactina, o que afeta a liberação do LH pela hipófise e significativos → manter a amamentação e observar o
causa supressão da ovulação lactente
Mesmo com aleitamento materno bem estabelecido, Fármacos que de vem ser usados com cautela durante a
pode, eventualmente, ocorrer ovulação (normalmente amamentação: há evidências de risco de dano à saúde do
após o 2º mês) lactente ou à produção láctea → utilizar levando-se em
Por isso, a proteção contraceptiva não deve ser iniciada conta a relação risco/benefício, ou quando fármacos mais
após o reinício da menstruação seguros não estão disponíveis ou são ineficazes, durante o
Intervalo interparto ideal: 2-3 anos menor tempo e na menor dose possível, observando mais
Minipílula: rigorosamente efeitos sobre o lactente
ACO somente com progestágenos Fármacos contraindicados durante a amamentação:
Eficácia (+ amamentação): em torno de 100%, sem evidências de danos significativos à saúde do lactente,
risco de alterar a produção de leite então o risco do uso do medicamento pela nutriz é maior
Pode ser iniciado imediatamente no dia da alta que os benefícios do aleitamento materno → interromper
hospitalar ou preferencialmente 4 semanas após o a amamentação
parto
Orientar que tem sua eficácia diminuída quando a
frequência das mamadas é diminuída
Preservativo:
Taxa de falha de 3 a 15% *Cefaleia pós-punção de dura-máter:
Vantagem: prevenção de DSTs Punção acidental da dura-máter com perda de LCR e
Indicado para as HIV+ com ou sem parceiro positivo redução da pressão liquórica
Vantagem adicional: evita o contato do sêmen de pH Cefaleia frontal com irradiação occipital, com piora na
elevado em uma mucosa vaginal atrofiada, o que postura ortostática, que pode ser acompanhada de
causaria desconforto tonturas, náuseas, vômitos, distúrbios visuais, dor
interescapular, rigidez de nuca e sintomas auditivos
DIU:
Tratamento: repouso no leito, hidratação e analgesia com
Geralmente é inserido 8 a 12 semanas após o parto,
medicamentos com cafeína
mas poderia ser inserido imediatamente após a
dequitação na cesariana Casos graves: pode usar injeção de sangue da própria
paciente no espaço peridural para fechar o orifício por
Maior taxa de expulsão imediata após o PV,
onde houve o vazamento de LCR
desencorajando seu uso, e 0% de taxa de expulsão
*Necessidade de Supressão da Amamentação
após cesariana
Situações especiais (natimorto, doença grave materna,
Ligadura tubária:
mãe HIV-positivo ou que necessite de alguma medicação
Não é permitido que a esterilização cirúrgica seja feita
absolutamente contraindicada para o recém-nascido ou
no período de parto ou aborto, exceto nos casos de
mães de bebês adotivos)
comprovada necessidade
Envolver o tórax com enfaixamento firme (mas que não
Atividade Sexual
cause dificuldades respiratórias) das mamas com atadura
30 dias após o parto
elástica de 15 cm por vários dias
Freitas: pode após 2 semanas de parto
Em caso de engurgitamento e dor: evitar o esvaziamento
Relações sexuais < 15 dias de pós-parto: aumento das
das mamas, optando-se por analgesia adequada, uso de
taxas de infecção ascendente e de traumatismos
compressas frias e restrição hídrica
Exercícios Físicos
Estrogênios e inibidores da prolactina, como
Após 1 mês de puerpério
bromoergocriptina, podem ser utilizados (EC: eventos
Uso de Medicamentos durante a Lactação
tromboembólicos, hipertensão grave, convulsões, AVE e
Fármacos seguros para o uso durante a amamentação:
IAM)
aqueles cujo uso não apresentou efeitos adversos sobre o
Cabergolina: prolactina!
lactente ou sobre o suprimento lácteo
Fármacos moderadamente seguros para uso durante a
amamentação: não há estudos controlados em nutrizes,
mas há risco de efeitos adversos em lactentes, ou estudos
controlados mostraram efeitos adversos pouco