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Sistema reprodutor feminino Cap.

Gameta sexual
Óvulo + espermatozoide - 23 cromossomos cada.
Formam o zigoto. *a determinação do sexo biológico é definida na fertilização.

● Antes da 7 semana as gônadas dos dois sexos têm aspecto idêntico.


A distinção da genitália tem início em torno da 9 semana e se completa na 12 .

Sistema reprodutor feminino


Interno=
2 ovários = Estruturas ovais com atividade endócrina (liberação de hormônios ovarianos) e
formação e desenvolvimento de gametas sexuais. [Os ovócitos primários encontram-se nos
folículos ovarianos, a partir da adolescência sob ação hormonal começam a crescer e se
desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam estrogênio. A cada mês, apenas
um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e
liberando o ovócito secundário (gameta feminino)
fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante
transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona
e estrogênio. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou
branco, uma pequena cicatriz fibrosa que permanecerá no ovário].
2 tubas uterinas = Ductos que unem o útero ao ovário, possui epitélio revestido por celular
ciliadas que através dos movimentos peristálticos das tubas uterinas impulsionam o gameta
feminino até o útero.
útero (endométrio = Tecido vascularizado rico em glândulas. Miométrio = camada
intermediária com parede muscular espessa e musculatura lisa.
Perímetrio= camada mais externa).
vagina.

Externo = monte pubiano, clítoris (formado por tecido esponjoso erétil), grandes e
pequenos lábios, introito vaginal e glândulas de bartholin (secretam muco lubrificante). =
vulva.

Ossos da pelve:
2 ilíacos (ílio,ísquio [tuberosidades isquiáticas* pontos de referência para a mensuração do
segmento inferior da pelve e espinhas isquiáticas * ponto de referência de avaliação da
progressão fetal] e púbis),
sacro= formado pela fusão de 5 vértebras, possui o promontório sacral.
cóccix= formato triangular e compõe a parte terminal da coluna vertebral.

Ciclo menstrual
Interação dinâmica e cíclica no eixo hipotálamo-hipófise-ovário.

Ciclo ovariano =
Ciclo uterino =
Endométrio proliferativo
Endométrio secretor
Endométrio menstrual

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O começo da gravidez

Zigoto= sua clivagem da origem a blastômeros


Mórula = 16 blastômeros *4 dia após a fecundação
5 dia após a fecundação = blastocisto e chega até o útero
6 dia após a fecundação = nidação *acontece na parte mais vascularizada do endométrio e
termina aproximadamente no 10 dia.
Embrioblasto = futuro feto
Troflobasto = se implanta no endométrio e se divide em 2 camadas: citotrofoblasto
(estrutura responsável pela invasão placentária, de maneira a ancorar a placenta à decídua
e ao miometrio) e sinciciotroflobasto (epitélio especializado que recobre as vilosidade
placentárias, responsável pelo transporte de gases, nutrientes, metabólicos e produção de
hormônios [estrogenio, progesterona, glicocorticoides, lactogenio placentário e hCG = inibe
a involução do corpo lúteo] que irão participar no controle metabólico, materno e fetal.

Períodos da gestação e diagnóstico de gravidez


Ovo: produto da concepção, fases iniciais
Embrião: concepto na fase de diferenciação orgânica (2-8 semana)
Feto: 9 semana até o nascimento
Abortamento: <22s ou <500g
Pré-termo: 23s a 36s e 6 d.
A termo: 37s a 41s e 6d.
Pós-termo: >42s.

Sinais de presunção
Amenorreia
Náuseas e vômitos (5 e 6s)
Sialorreia (produção excessiva)
Alteração do apetite e fadiga
Polaciúria (6s)
Cloasma gravídico
Linha nigra
Sinal de Halban (lanugem na testa, nos limites do couro cabeludo)
Alterações mamárias (hipersensibilidade)
Rede de Haller
8s areola primária (hiperpigmentação e espessamento) e os Tubérculos de Montgomery (12
a 15)
20s = sinal de Hunter - areola secundária com limites imprecisos

Sinais de probabilidade

Alterações de vulva e vagina (6 a 8s) = Aspecto violáceo da mucosa vulvar (sinal de


Chadwick ou Jacquemier) e vaginal (sinal de Kluge), resultante de grande aumento da
vascularidade, causado por uma congestão venosa.

Alterações na forma e consistência do útero (6 a 8s)


Sinal de Piskacek - caracteriza-se pelo abaulamento e amolecimento na zona de
implantação do blastocisto.
• Aumento Do Diâmetro Anteroposterior Do Útero
• 12 semanas - aumento do volume abdominal,quando útero torna-se palpável logo acima
da sínfise púbica.

Alterações anatômicas cervicais (6 a 8s)


Amolecimento do colo do útero (cérvice) detectado
Sinal de Hegar- O útero assume consistência elástica amolecida,sobretudo na região do
istmo. Esse fato possibilita a flexão do corpo sobre ocolo uterino, quando é realizado
o'toque bimanual, conforme ilustrado. A sensação é semelhante à separação do corpo do
útero da cérvice.
Sinal de Nobile Budin: A matriz de piriforme fica globosa, sendo percebida pelo toque no
fundo de saco de Douglas.

Diagnóstico hormonal =
TIG - teste imunológico de gravidez, na urina
Teste para gravidez (B-hCG) - no sangue = detecta a presença do hormônio no primeiro dia
após a implantação do ovo fertilizado, aproximadamente entre o 8 ao 10 dia após a
fecundação.

Sinais de certeza
Ausculta dos bcf a partir de 12s com o sonar-Doppler ou 20s com o estetoscópio de Pinard.
Percepção dos movimentos fetais ativos, após 18 a 20s.
Visualização do embrião pelo USG.
Sinal de Puzos: realizar uma manobra no colo do útero, tornando possível sentir o choque
do feto quando impulsionado pelo dedo do examinador. Após impulsionado, ofeto volta a
ocupar sua posição, mergulhando no líquido amniótico e na cavidade uterina.

Cap. 2
Modificações fisiológicas na gravidez

Mamas
Hipersensibilidade (diminui até a 10s)
Rede de Haller = veias subcutâneas
Areola primária
Sinal de Hunter = areola secundária
Tubérculos de Montgomery = glândulas sebáceas

Útero - se modifica na consistência, no volume, no peso, na forma, na posição e na


coloração.

Hipertrofia e Elasticidade - miométrio antes da gravidez = 7 a 12mm, nos primeiros meses


até 20s chega a 25mm, com 5 meses começa a assumir uma forma ovóide e começa a
afinar, alcançando no termo da gestação 4 a 10mm.
A estimulação da hipertrofia e hiperplasia uterina se dá, em um primeiro momento, em
função dos hormônios que promovem a manutenção da gestação (essencialmente pela
ação do estrogênio e da progesterona). No 2 trimestre, o aumento do tamanho uterino
está relacionado com o efeito da pressão exercida pelo feto em desenvolvimento.

Contratilidade uterina
Contrações de Braxton Hicks - inicialmente irregulares e indolores. No 3 trimestre pode
assumir certo ritmo e aumento da frequência.

Alterações de tamanho, forma e posição


Inicialmente aumenta de tamanho de maneira desigual, crescendo mais a zona de
implantação (sinal de Piskacek)
À medida que a gravidez avança, o corpo e o fundo do útero assumem uma configuração
globosa. Daí até a 20s, o aumento uterino continua pela hipertrofia das fibras musculares,
chegando ao limite por isquemia no final do 3 trimestre. Nesse momento, ele fica ovóide,
devido ao alongamento das fibras musculares.

Colo uterino, ovários e tubas uterinas

Colo uterino - formado por tecido conjuntivo, com poucas fibras musculares. Ao longo das
primeiras 4 semanas após a fecundação, surgem um amolecimento e cianose pronunciados
do colo uterino, ou seja, alterações precoces de gravidez resultantes do aumento da
vascularização em sua consistência, tornando-o edemaciado (ao toque, colo amolecido -
sinal de Godell).
As glândulas cervicais também vivenciam um processo de hipertrofia e secretam no início
da gestação um muco opaco muito espesso que resulta na obstrução do canal cervical,
denominado tampão mucoso ou rolha de Schroeder.
Ovários - cessam o processo ovulatório durante a gravidez, assim como o desencadear da
maturação de novos folículos.
O corpo lúteo que se originou previamente a nidação da atual gestação mantém seu
funcionamento durante as primeiras 10s, produzindo progesterona até que a placenta, ao se
formar por volta de 10 a 12s, assuma essa função.
*As tubas uterinas não sofrem alterações significativas.

Vagina e períneo
Sofrem aumento da vascularização, assim como amolecimento do tecido conjuntivo dessa
reunião. O aumento do fluxo sanguíneo torna a mucosa mais arroxeada ou violácea (sinal
de Chadwick).
As células musculares lisas das paredes vaginais ficam hipertrofiadas, aumentando a sua
espessura e perdendo sua rugosidade característica. A vascularização aumentada causa
mudança de tonalidades das paredes vaginais para um tom arroxeado (sinal de Kluge).
As secreções cervicais e vaginais estão consideravelmente aumentadas na gravidez e
consistem em um muco espesso, de coloração branca, com pH ácido (3,5- 6,0) que resulta
de um aumento da produção de ácido láctico a partir do glicogênio do epitélio vaginal por
ação do Lactobacillus acidophilus.

Sistema circulatório
Débito cardíaco (volume de ejeção vs FC) normal da mulher não grávida = 5L
Começa a aumentar com 5-6s, alcançando níveis mais elevados a partir de 24s e pico em
torno da 32-34s, com níveis de 30 a 50% acima do normal. Permanece nesses níveis até a
36-38s, com pequena queda até o parto.
O DC eleva-se por aumento da volemia e por diminuição da resistência vascular periférica,
ocasionando aumento da FC em 10-15 bpm.
O processo de hipervolemia induzida pela gravidez tende a suprir as necessidades de um
útero extremamente aumentado, com um sistema vascular muito hipertrofiado, além de
salvaguardar a mãe das perdas sanguíneas desencadeadas no processo de parturição.
O fluxo sanguíneo aumentado também é direcionado para órgãos como rim e pele,
especialmente nos pés e nas mãos (sensação de calor), com o propósito de dissipar o calor
excessivo produzido pelo aumento do metabolismo.
Quando o volume plasmático se eleva na gestante e fisiologicamente não ocorre o aumento
da massa eritrocitária, há queda do hematócrito por hemodiluição. A elevação da massa
eritrocitária, em geral, aumenta na medida em que a demanda de ferro e ácido fólico são
repostos na gestação. Torna-se necessária a reposição, pois, a quantidade de ferro
absorvida na dieta, juntamente com o ferro mobilizado das reservas, é insuficiente para
atender às demandas impostas pela gravidez.
A placenta obtém ferro da mãe em quantidades suficientes para o feto manter uma
concentração de hemoglobina normal mesmo quando a mãe apresenta uma anemia grave.
Por outro lado, essa deficiência de ferro na mulher grávida pode aumentar o risco de
abortamento e partos prematuros.

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