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MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ

Jeito de andar - “Anserino”; aumento de peso.

ÚTERO: Aumento acentuado no tamanho Aumento do suprimento sanguíneo – 20 a 40 vezes; Hipertrofia e


alongamento dos ligamentos; Aumento da vascularização e edema da cérvix e vagina, vulva e períneo: Colo macio,
encurtado e mais elástico; Canal tamponado com muco; Aumento da secreção vaginal. 4cm por mês; Atinge cerca
de 35cm do fundo à SP; Crescimento miometrial mais acentuado na região fúndica; Colo mais macio e vascularizado.

MAMAS: Aumento do volume e vascularização; Aumento da sensibilidade, sensação de peso e, as vezes; Prurido;
Mamilos e aréolas maiores e mais escuros; Presença de colostro.

ABDOME: Distensão gradativa; Alteração no contorno com a progressão da gravidez; Músculos se sobrecarregam
para suportar o peso do útero gravídico e feto – Podem surgir estrias.

SISTEMA RESPIRATÓRIO: Congestão capilar e edema da mucosa respiratória; Movimentos respiratórios mais
profundos e frequencia respiratória ligeiramente elevada; Hiperventilação já no 1o trimestre – Alterações hormonais
aumentam sensibilidade do centro respiratório (CR); Dispnéia

HORMÔNIOS PLACENTÁRIOS: Progesterona: produção placentária para a manutenção da gravidez – Efeito sedativo
sobre as contrações uterinas – Efeito relaxante sobre os MM lisos; Estrogênios: produção placentária para a
manutenção da gravidez – Hiperplasia e hipertrofia dos útero e das mamas

SISTEMA ENDÓCRINO: Tireóide -Aumenta tamanho; Pouca elevação dos hormônios ; Níveis T3 e T4 normais; TSH
não se modifica → melhor marcador de função tireoidiana na gravidez

Pâncreas - Elevação produção insulina; Tendência à hipoglicemia (1a metade)

SISTEMA CARDIOVASCULAR: Aumento do débito cardíaco – ↑no ritmo cardíaco e no volume sistólico; Resistência
vascular sistêmica diminuída – hormônios vasodilatadores; Grande ↑ do volume plasmático – Aumento FC 10% -
20%.

Deslocamento do coração para cima e para a esquerda – Alteração dos sons cardíacos e aparecimento de sopros;
Tendência para estase venosa e edema de MMIII.

SISTEMA CIRCULATÓRIO: Pressão Arterial -Queda resistência vascular sistêmica; Efeito vasodilatador da
progesterona. Leve queda PAS; Acentuada queda PAD; Mais acentuado 2o trimestre; Volta aos valores pré-
gravídicos no final da gestação. Posição do útero mais elevada → sentada, Mais baixa → DLE.

SISTEMA URINÁRIO: Rins aumentam de volume – Aumento volume intersticial – Aumento fluxo sanguíneo;
Dilatação da pelve e renal e ureteres; Ação progesterona – Estagnação da urina no sistema coletor; Compressão dos
ureteres – Vasos sanguineos dilatados e útero aumentado; Compressão uterina → tendência à estase; Facilita ITU,
mobilização cálculos Aumento do índice de filtração glomerular em cerca de 50%. Decorrer da gravidez: retenção
cumulativa gradual de Na + retenção hídrica. Proteinúria é anormal = SINAL DE PRÉ-ECLÂMPSIA ou doença renal

EDEMA: Discreto edema é esperado a partir da 30a semana – Extremidades inferiores, face e mãos – Retenção de
líquido e edema podem aumentar o peso em 2 a 4Kg

• Manter repouso no leito em decúbito lateral (esquerdo)

• Manter MMII elevados sempre que possível

SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO: Amolecimento das cartilagens pélvicas; Relaxamento dos ligamentos;
Relaxamento e ↓ tônus MM abdominais; Lordose aumentada
ALTERAÇÕES DA PELE: Aumento do fluxo sanguíneo; Hiperpigmentação; Aumento das atividade das glândulas
sebáceas e sudoríparas; Surgimento de estrias – Principalmente no abdome; Pode surgir prurido cutâneo; Pode
aparecer cloasma – Máscara da gravidez; Cloasma (Melasma);

ORIENTAÇÕES

✓ Tendência para tropeços e lombalgia


✓ Marcha anserina
✓ Fazer relaxamento e cuidar da postura
✓ Exercícios leves e moderados
✓ Uso de calçados baixos e confortáveis
✓ Evitar roupas apertadas
✓ Pequenos momentos de repouso durante o dia
✓ Exercícios com o períneo
✓ Manter repouso e relaxamento adequados
✓ Fazer caminhadas ou exercícios leves
✓ Comer bolachas secas ou torradas e evitar ingestão de líquidos ao acordar
✓ Fracionar a dieta e aumentar o número de refeições
✓ Ingerir muitas fibras e líquidos
✓ Higiene bucal com cuidado
✓ Visita regular ao dentista

DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ

✓ Desconhece os métodos para evitar;


✓ Cultural: ela não pode assumir sua vida sexual ativa.
✓ Usam-se métodos com maior índice de falhas: Coito interrompido, tabelinha, etc.

DEFINIÇÃO – HCG GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA: O HCG é um hormônio glicoproteico denunciador de


tecido trofoblástico.• produzido pelas células do sinciciotrofoblasto da placenta e também pelo Corpo Lúteo.

FUNÇÃO DO HCG: Manter o Corpo Lúteo para que ele continue secretando estrógeno e progesterona ( esteroides
gonadais ) no 1o trimestre de gestação: Este equilíbrio melhora as condições de implantação do oócito (óvulo)
fertilizado e mantém o zigoto até que a placenta possa desempenhar esta função. Se não ocorrer fertilização... O
Corpo Lúteo começa a regredir após 14 dias ( LUTEÓLISE ) e é substituído por uma cicatriz avascular que o torna um
Corpo Lúteo Atrésico (CORPUS ALBICANS).

SUB-UNIDADES

Possue duas sub-unidades proteicas unidas a um núcleo glicídico: Alfa e Beta

➢ Alfa-HCG: possue relação com FSH, LH e TSH.

➢ Beta-HCG: especificidade imunológica

OBS: deve-se utilizar a fração Beta para se evitar reação cruzada em aluns métodos de análise.

CARACTERÍSTICAS DO BHCG

Detectável a partir do 2o dia de atraso menstrual; Detectável de 12 a 16 dias após a concepção; Único hormônio
exclusivo da gravidez; É positivo em 100% dos casos de gravidez ectópica. Níveis vão duplicando a cada 36/48 horas
no início da gestação; Níveis caem pela metade a cada 36/48 horas na perda fetal; Queda abrupta indica má
evolução da gestação.
PRESENÇA DE BHCG: É um marcador de tumor trofoblástico - mola hidatiforme – coriocarcinoma - tumor
trofoblástico de sítio placentário; Aborto precoce; Gravidez ectópica.

BHCG QUALITATIVO - VALORES DE REFERÊNCIA

✓ 7 à 10 dias após concepção: 25 a 30 mUI/mL


✓ 12 sem: “pico” hormonal
✓ 20 sem: ocorre queda e se mantém estável até final da gravidez.
✓ Valores muito altos: gemelar ou tumores

SINAIS DE PRESUNÇÃO

✓ 4 semanas – amenorréia
✓ 5 semanas – náuseas, vômitos, salivação excessiva, sonolência, congestão mamária
✓ 8 semanas – tubérculos de Montgomery e secreção amarelada (colostro)
✓ 16 semanas – rede de Haller
✓ 20 semanas – aréola secundária (sinal de Hunter)

SINAIS DE PROBABILIDADE

Amolecimento da cérvice Uterina, BetaHCG positivo, aumento da vascularização vaginal; Aumento do volume
uterino: fora da gestação é intrapélvico (abaixo do estreito superior).

✓ Sinal de Hegar: amolecimento do ístimo


✓ Sinal de Piskacek: crescimento se acentua na zona de implantação, algumas vezes formando um sulco
✓ Sinal Nobile-Budin: fundo de saco cheio
✓ Sinal de Puzos: rechaço fetal ( 14 semanas)
✓ Sinal de Kluge: aumento vascularização da vagina
✓ Sinal de Jacquemier ou Chadwick: hiperpigmentação e tumefação da vulva e vagina
SINAIS DE CERTEZA

✓ 12 semanas: identificação dos batimentos fetais através da ausculta


✓ USG transvaginal: presença de saco gestacional a partir de 5 semanas
✓ 18 semanas: percepção, palpação dos movimentos e segmentos fetais

DIAGNÓSTICO HORMONAL: Constitui atualmente o melhor parâmetro para diagnóstico – exatidão e precocidade

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