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Vulva e vagina
▪ Tumefação/hipertrofia dos músculos lisos: produção de hormônio pelo corpo
lúteo
▪ Consistência amolecida (afrouxamento
do tecido conjuntivo)
▪ Tonalidade arroxeada (aumento da
vascularização)
o Vulva e parede vaginal: sinal de
Jacquemier ou Chawdick (após a
8ª semana)
o Colo: sinal de Kluge (após a 8ª
semana)
▪ Espessamento da mucosa vaginal
▪ Pulsação em fundo de saco lateral: sinal de Osiander – no toque vaginal
bidigital/bimanual, estruturas ao redor do colo que por ação hormonal e
vasodilatação, há pulsação desde o início da gravidez (não é via de regra)
Colo do útero
▪ Sinal de Kluge
▪ Consistência amolecida: sinal de Goodell
▪ Eversão do epitélio colunar: ectrópio > hiperplasia e hipertrofia de glândulas
cervicais > a ectocérvice fica friável e sangrante ao menor traumatismo. O
epitélio colunar avança da endocérvice para a ectocérvice que era epitélio
escamoso. Algumas mulheres descobrem a gravidez por relação sexual que
sangra.
Útero
▪ Diminuição da consistência (especialmente do istmo; região acima do colo): sinal
de Hegar / consistência de pudim
▪ Aumento assimétrico (maior no local da nidação): sinal de Piskacek /
abaulamento
▪ Mudança da forma piriforme para globosa (preenchimento nos fundos de saco
laterais): sinal de Nobile-Budin
Mamas
▪ Aumento do volume a partir de 5-6 semanas (hiperplasia dos elementos
glandulares) podendo ficar túrgidas e dolorosas
▪ Surgimento de delicadas veias abaixo da pele: rede de Haller
▪ Aumento da pigmentação dos mamilos e aréolas: sinal de Hunter
▪ Hipertrofia das glândulas sebáceas periareolares: tubérculos de Montgomery
Tubérculos de Montgomery
Postura e marcha
▪ Deslocamento anterior do centro
gravitacional do corpo (peso adicional
do útero, do feto, dos anexos e das
mamas)
▪ Alteração postural de forma
compensatória
o Lordose lombar acentuada: a
paciente joga o corpo para trás
o Marcha anserina
(deambulação dos gansos):
ampliação da base de
sustentação, andar oscilante,
passos curtos e lentos
▪ Flexão mantida do pescoço: dor cervical
Pele
▪ Hiperpigmentação: linha alba do abdome (linha nigra), cicatriz umbilical, face e
pescoço (cloasma gravídico ou melasma gravidarum)
▪ Aumento da vascularização da pele: eritema palmar, eritema plantar,
telangiectasias
▪ Estrias: alteração do colágeno e hiperdistensão da pele
Metabolismo hidroeletrolítico
▪ Aumento da volemia materna: mais ou menos 7,5L de água
▪ Aumento da quantidade de sódio e água mediada pelo SRAA:
hiperaldosteronismo secundário da gravidez
“Faz-se necessário o ajuste contínuo do volume sanguíneo materno ao aumento do leito
vascular para garantir que uma corrente sanguínea adequada e abundante alcance o
ventrículo esquerdo a todo momento.” (Gauer e Henry, 1976)
Alterações hematológicas
▪ Necessidade de ferro e ácido fólico: incremento da demanda
▪ Aumento do volume das hemácias (33%) com diminuição da concentração
sanguínea
▪ Aumento do volume plasmático em 45%
▪ Aumento da hemodiluição > diminuição da concentração final de hematócrito e
hemoglobina (costumam ser normais no primeiro trimestre e depois decaem)
▪ Leucocitose sem desvio (ppm a conta dos neutrófilos) – até 18.000 é
considerado normal
▪ Aumento de VHS
▪ Diminuição da resposta imune: propensão a infecções
▪ Aumento de fibrinogênio e outros fatores coagulantes: estado crônico de CIVD,
onde a síntese excede o consumo – explicado para evitar hemorragia no parto
Diagnóstico de gravidez
Diagnóstico hormonal
▪ Produção de gonadotrofina coriônica humana (HCG)
▪ Dosagem de fração beta no sangue: beta-HCG – existem reações cruzadas com
essa fração
o Teste positivo: valores acima
de 25mUI/mL
o Teste quantitativo: dá noção da
idade gestacional
o Pode ser dosado na urina:
teste imunológico da
gravidez (TIG)
Diagnóstico ultrassonográfico
▪ Saco gestacional: a partir de 5 semanas
▪ Vesícula vitelina: a partir de 5/6 semanas
▪ Ecos embrionários (imagem do bebê): a partir de 6 semanas
▪ Embrião com atividade cardíaca presente: a partir de 7 semanas
(obrigatório)
Redução da vesícula
Atrofia da vesícula
BCF
Excesso de beta-HCG: pode indicar gravidez múltipla. Ex.: 4ª semana com beta-HCG
de 15.000
Beta-HCG acima de 15.000 é obrigatório já ter imagem ultrassonográfica do feto.
1. História clínica
a) Identificação: nome completo, idade, data de nascimento, raça, grau de
instrução, profissão/ocupação, estado civil/união.
b) Antecedentes familiares: hipertensão arterial, DM, doenças congênitas,
gemelaridade, partos prematuros, doenças infecto-contagiosas (TB,
doença de Chagas, toxoplasmose), parceiro sexual portador de DSTs.
c) Antecedentes pessoais: HAS, cardiopatias, anemias, doenças
pulmonares e renais crônicas, distúrbios nutricionais (desnutrição,
sobrepeso, obesidade), doenças neurológicas e doenças psiquiátricas,
doenças da tireoide e outras endocrinopatias, alergias, hanseníase, TB
ou outras doenças infecciosas, AIDS, infecção urinária de repetição,
hemotransfusões, perdas gestacionais anteriores (abortos, neomortos,
natimortos, prematuros), cirurgias, história vacinal.
d) Antecedentes ginecológicos: menarca, tipo de ciclo menstrual (precisão
do primeiro dia da última menstruação – DUM), métodos
anticoncepcionais prévios, infertilidade e esterilidade, mamas (alterações
e tratamentos), última colpocitologia oncótica.
e) Antecedentes obstétricos: número de gestações, número de partos e
tipo, número de abortos (especificar se espontâneo ou provocado),
intervalo entre as gestações (ideal: 2 anos – se paciente está grávida no
intervalo menor que isso e o parto anterior foi cesárea, a chance de uma
segunda cesárea é maior), aloimunização Rh, peso dos RN, natimortos
e neomortos, intercorrências ou complicações em gravidezes ou
Se houver diferença de até 5 dias da conta até a primeira USG, é confiável. Se não,
pegar a segunda USG para decidir qual conta vai valer. A primeira USG é a mais fiel
da idade gestacional. Quanto mais avanço na gravidez, menor é a certeza do cálculo.
Exemplo:
4. Exames complementares:
Exames de primeira rotina de pré-natal
Vacinação
1. Permitidas
a. Antitetânica
i. 3 doses há menos de 10 anos: 1 dose de reforço da DTPa
ii. 3 doses há mais de 10 anos: fazer 3 doses (30/30 dias ou 60/60
dias)
iii. Vacinação prévia incompleta: completar esquema
b. Influenza (H1N1): dose única (anualmente)
Consultas subsequentes
▪ Controles fetais:
o Batimentos cardíacos fetais
o Movimentação
o Resultados de ultrassonografias
Denomina-se bacia ou pelve o canal ósseo formado pelos dois ilíacos – o sacro
e o coccígeo – com as respectivas articulações: sínfise púbica, sacro-ilíacas e sacro-
coccígeas.
A bacia se
divide em
grande bacia
(sem
expressão
obstétrica) e
pequena bacia
ou escavação,
que é
considerada o
trajeto duro do
parto. A grande
bacia se separa
da pequena pelo anel do estreito superior. A pequena bacia se acha limitada acima
pelo estreito superior (do promontório até a borda superior da sínfise púbica) e
abaixo pelo estreito inferior (da ponta do cóccige até a borda inferior da sínfise
púbica), contendo também o estreito médio (no nível das espinhas ciáticas).
1. Estreito superior:
➔ Diâmetros anteroposteriores
o Conjugata vera
anatômica: do
promontório à borda
superior do pube, que
mede 11 cm
o
o Conjugata vera
obstétrica: do
promontório à face
posterior do pube, que
mede 10,5 cm. É o
mais importante na
obstetrícia, porque
representa o espaço
real do trajeto da
cabeça fetal.
o Conjugata diagonalis:
linha que une o
promontório e a borda
inferior do osso púbico,
que mede 12 cm. Na avaliação pelo toque vaginal, esta é a
medida empregada para estimativa do diâmetro da conjugata
vera obstétrica. Em geral, o diâmetro da conjugata vera obstétrica
é 1,5cm menor que a conjugata diagonalis.
➔ Diâmetro transverso máximo, que vai de uma linha inominada a do
outro lado (junção do 1/3 posterior com 2/3 anteriores do diâmetro
anteroposterior) e mede 13 a 13,5 cm.
➔ Diâmetros oblíquos: começam nas
eminencias ileopectíneas e terminam
na articulação sacroilíaca. Medem
cerca de 12,5cm. O primeiro oblíquo
é discretamente maior que o
segundo oblíquo, o que pode
justificar a maior ocorrência de
insinuações fetais neste diâmetro.
3. Estreito inferior
➔ Diâmetro anteroposterior: é a conjugata exitus, que vai do cóccige à
borda inferior do pube, medindo 9,5cm. Após a retropulsão do cóccige
(pelo movimento da cabeça fetal durante o desprendimento), ele é
substituído pelo diâmetro subsacro subpúbico, medindo 11cm.
➔ Diâmetro transverso ou bi-isquiático ou intertuberoso: vai de um
ísquio ao outro contra-lateral, que mede 11 cm.
Planos da bacia
A Estática Fetal diz respeito as relações do feto com a bacia e com o útero.
a) Atitude fetal: relação das diversas partes fetais entre si. Graças a flexibilidade
da coluna, o feto se aloja na cavidade uterina em flexão generalizada, que dá
a ele a forma ovóide, o ovóide fetal, que apresenta dois polos, o cefálico e o
pélvico.
Insinuação
A insinuação ou encaixamento é a passagem da maior circunferência da
apresentação através do anel do estreito superior da escavação. Nessa condição,
pelo geral, o ponto mais baixo da apresentação está à altura das espinhas ciáticas
(plano 0 de De Lee ou 3 de Hodge).
No início, com a
cabeça fetal ainda acima do
estreito superior, ela está
em flexão moderada e
com a sutura sagital
orientada no sentido do
diâmetro oblíquo esquerdo
ou do transverso e com a
pequena fontanela
(lambdóide) voltada para
a esquerda: OEA. Nesse
Descida
A cabeça migra até a proximidade do assoalho pélvico, exagerando a flexão. A
circunferência máxima da cabeça se encontra agora no estreito médio. O movimento da
cabeça é turbinal: penetração rotativa de “Fernando Magalhães”. Dois movimentos
importantes acontecem:
1. Rotação interna da cabeça: quando a cabeça sofre uma rotação que levará a
sutura sagital a se orientar no sentido ântero-posterior da saída do canal.
2. Insinuação das espáduas: simultaneamente com a rotação da cabeça, ocorre a
penetração das espáduas (ombros) através do estreito superior. Os ombros se
aconchegam e, a partir daí, se orientam no sentido de um dos diâmetros oblíquos
ou no transverso do estreito superior.
Desprendimento
Terminada a rotação interna, a nuca fetal vai se posicionar sob a arcada
púbica, ficando a sutura sagital em sentido ântero-posterior. Dada a curvatura inferior
do canal de parto, o desprendimento se processa por deflexão da cabeça com seu
basculamento em direção para cima.
Com esse movimento de báscula,
estando a nuca apoiada sob a arcada
púbica, liberta-se o diâmetro
subocciptobregmático, seguindo-se o
subocciptofrontal, subocciptonasal e
assim por diante até o desprendimento
completo da cabeça.
A partir do desprendimento completo
da cabeça acontecem novos e
sincronizados movimentos:
Cardiotocografia
Visualização de hipóxia
fetal a cada contração
materna.
Expulsão
Ao se iniciar essa fase, fica a parturiente, pelo geral, agitada, experimentando, a
maioria delas, desejo de defecar (tenesmo retal). As metrossístoles ficam mais
frequentes e intensas, somando-se a elas as contrações voluntárias da prensa
abdominal (puxos). A dilatação já atingiu seu ápice, 10 cm, e a apresentação se
encontra bem penetrada no estreito inferior. É nesse momento que devemos conduzir
a parturiente à mesa de parto.
Face materna
Face fetal
Face fetal
Face materna
Parto à fórcipe
Kielland
Simpson
Barton
Piper
Indicações
▪ Fetal: sofrimento fetal presumido
▪ Materna
o Condições médicas em que se deseja evitar os puxos, como cardiopatias
classe III ou IV, crise hipertensiva, doença cerebrovascular, miastenia
gravis, lesão medular, etc.
o Exaustão da parturiente
▪ Parada de progressão (com a apresentação aflorando à vulva; final de TP)
o Nulíparas: parada de progressão do segundo período por 3 horas com o
uso de analgesia espinhal ou por 2 horas sem analgesia
o Multíparas: parada de progressão do segundo período por 2 horas com
uso de analgesia espinhal ou por 1 hora sem analgesia
Parto cesáreo
Indicações relativas
▪ Cesárea prévia há menos de 2 anos: risco de rotura uterina
▪ Discinesias: parada de progressão por falha na contratilidade uterina
▪ Placenta prévia total: indicação absoluta
▪ Descolamento prematuro da placenta (DPP)
▪ Apresentação córmica
▪ Apresentação pélvica em primípara
▪ Sofrimento fetal agudo: visto na cardiotocografia
▪ Diabetes gestacional: feto geralmente macrossômico
▪ Prolapso e procedência de cordão ou de membros
▪ Gestação gemelar
Técnica
A anestesia utilizada é a raquimedular, a peridural ou a geral. Deve-se passar
uma sonda vesical de demora (Foley) e colocar a paciente em Trendelemburg (elevação
das pernas em 35º a 45º).
Tipos de incisão
Camadas incisadas
1. Pele: transversal (Pfannenstiel)
2. Tecido celular subcutâneo (TCSC): mesmo sentido da pele
3. Aponeurose: mesmo sentido do TCSC
4. Músculo reto-abdominal: longitudinal (afastando os músculos)
A cirurgia
Nas cirurgias pélvicas, o cirurgião se coloca à esquerda do paciente. No entanto,
na cesariana, convencionou-se que o obstetra se coloca à direita. A pinça Kelly deve
ser utilizada, junto com os dedos, para divulsionar a ferida operatória, e a mão deve ser
usada para alavancar a apresentação.
O auxiliar cirúrgico deve comprimir o fundo uterino para ajudar a saída
fetal. Após isso, ocorre a retirada do feto, o clampeamento do cordão e a retirada da
placenta. Por fim, revisão da cavidade uterina, fechamento de todos os planos incisados
e curativo oclusivo.
Vantagens
➔ Para a criança
o Alimento completo do lactente até os 6 meses
o Menor incidência de doenças diarreicas e, caso adquira, são de menor
gravidade
o Sofre menos risco de infecções do TRI, de otite média, de meningite
bacteriana, entre outras
o Maior vínculo afetivo
o Diminui probabilidade de maus tratos
➔ Para a mãe
o Favorece a involução uterina, a perda de peso e diminui a hemorragia
pós-parto
o Diminui risco de câncer de mama, ovário e endométrio
o É mais barato, prático e limpo
o Método contraceptivo
Anatomia da mama
A mama é formada pelo
tecido glandular (alveolar),
sistema de ductos e canais,
tecido conjuntivo, adiposo,
vasos sanguíneos e linfáticos. A
glândula mamária é composta por
15 a 20 unidades lactíferas que são
formadas pelos alvéolos (células
secretoras circundadas por células
mioepiteliais/ejetoras), canalículos,
ductos lactíferos e seio lactífero,
localizado logo abaixo da aréola.
Contraindicações da amamentação
➔ Maternas
o Doenças graves: endocardite, ICC, eclâmpsia
o Doenças bacterianas: TB, gonorreia, doença por estreptococos do grupo
A
o Doenças virais: varicela (enquanto estiver com vesículas), HIV
o Drogas: antineoplásicas, imunossupressores, substâncias radioativas
(iodoterapia), lítio, drogas ilícitas
➔ Da criança: erros inatos do metabolismo
o Galactosemia
o Fenilcetonúria
Patologias da lactação
Hipogalactia
É a baixa produção do leite, que é dividida em
▪ Primária: surge desde o início da amamentação e depende diretamente da
glândula mamária
o Hipoplasia mamária: natural ou pós-cirúrgica (mamoplastia)
o Nutrição deficiente da mãe
o Doenças consumptivas
o Fatores emocionais, como depressão pós-parto
▪ Secundária: mostra-se no decorrer da amamentação e é
consequência do esvaziamento incompleto da mama
o Erro de técnica: pega errada
o Malformação do aparelho bucal do RN: lápio
leporino, fenda palatina
o Alterações de conformação dos mamilos: plano ou
invertido
o Presença de lesões mamilares: rachaduras e fissuras
Ingurgitamento mamário
Caracteriza-se pelo aumento do volume das mamas, que se apresentam
túrgidas, distendidas e dolorosas a ponto de impedir a amamentação. O que aparece
no segundo ou no terceiro dia de pós-parto,
quando surge o leite de transição, é consequente
à congestão venosa e ao edema da mama e é
considerado fisiológico. O patológico, por sua
vez, é de aparecimento tardio e o distúrbio de
base de sua fisiopatologia é a retenção de leite
nas mamas por acotovelamento dos canais
galactóforos e consequente falta de
esvaziamento da mama. É muito comum em
mulheres com mamas volumas e pendulares.
➔ Diagnóstico
o Hipogalactia secundária
o Distensão tecidual excessiva, causando grande desconforto
o Febre e mal-estar
o Mama aumentada de tamanho, dolorosa, com áreas difusas
avermelhadas, edemaciadas e brilhantes
o Mamilos ficam achatados, dificutando a pega do bebê
➔ Tratamento
o Boa sustentação das mamas com sutiã apropriado para alívio da dor e
manutenção dos ductos em posição anatômica
o Ordenhar manualmente um pouco de leite antes da mamada para facilitar
a pega
o Amamentar com frequência, em livre demanda
o Usar analgésicos sistêmicos ou antiinflamatórios (ibuprofeno ou
paracetamol)
o Usar compressas frias após as mamadas para diminuir o edema, a
vascularização, e a dor
Mastite
A mastite puerperal ou da lactação é um processo infeccioso agudo das
glândulas mamárias que acomete mulheres em fase de lactação, de difícil tratamento.
➔ Fatores predisponentes
o Anomalias do mamilo: invertido, plano, grande
o Condições de higiene local
o Pega ruim para fazer a sucção
o Ingurgitamento mamário
➔ Quadro clínico
o Dor espontânea ou, principalmente, no
momento da amamentação
o Febre
o Calafrios
o Mal estar
o Ingurgitamento mamário
o Hiperemia
o Calor local
o Ponto de flutuação da pele quando se formou
abscesso
Cardiotocografia basal
A CTG é realizada com um
aparelho específico para medir os
batimentos fetais. Esse exame não deve
ser realizado rotineiramente nem para
todas as gestantes, apenas aquelas que
relatam movimentos diminuindo e em
pacientes com fatores de risco para
prognóstico fetal adverso.
Apesar de ser um método de
análise válido, se houver disponibilidade
no hospital, é preferível realizar o
doppler.
Convencionou-se que uma CTG normal garante ao feto a segurança de seus
batimentos fetais normais por uma semana. Essa convenção é, no entanto, relativa,
porque o comportamento correto da frequência cardíaca fetal depende de dois fatores
básicos:
SAÚDE DA MULHER | NATHALIA CARDOZO | MEDICINA UFRJ MACAÉ 2020.1 59
➔ Da integridade do SNC: centros cerebrais cardioacelerador (simpático) e
cardioinibidor (parassimpático), situados no diencéfalo.
➔ Da integridade da inervação autônoma do coração
➔ Categoria II: não pode ser incluída na I ou III. Embora os traçados não sejam
preditivos de alterações ácido-base, requerem avaliação contínua e
complementar (doppler). Nesta categoria inclui-se qualquer uma das seguintes
alterações
o Variabilidade mínima
o Variabilidade ausente não acompanhada de desacelerações recorrentes
o Variabilidade aumentada
o Ausência de acelerações transitórias depois de estímulo
o Desacelerações variáveis acompanhadas de variabilidade mínima ou
normal
o Desacelerações prolongadas (>2min e <10min de duração)
o Desacelerações tardias recorrentes com variabilidade normal
Dopplervelocimetria fetal
Quanto menor a velocidade do fluxo durante a diástolle, maior a resistência
periférica do território vascular examinado e vice-versa. Os principais índices usados
são:
▪ Índice de pulsatilidade (IP): Sístole (S) – Diástole (D)/Velocidade Média (VM)
▪ Índice de resistência (IR): S-D/S
▪ Relação S/D ou relação A/B: S/D
Puerpério imediato
Com o objetivo de retornar ao estado pré-gravídico, as estruturas maternas
sofrem modificações estruturais e hormonais. Os fenômenos involutivos das estruturas
hipertrofiadas ou hiperplasiadas da gravidez são definidos pelo termo crise genital.
Útero
O fundo uterino regride e situa-se pouco acima da
cicatriz umbilical, cerca de 12 cm do pube, firmemente
contraído. As contrações rítmicas prosseguem, indolores,
mas causando, às vezes, cólicas mais intensas. Reflexo útero-mamário: as cólicas
mencionadas são mais frequentes
Os orifícios vasculares de onde se situava a nas mulheres que amamentam. A
secreção de ocitocina nessas
placenta sofrem trombose. Além disso, há retração e mulheres sinaliza que os miócitos
contração do miométrio (globo de segurança de Pinard). uterinos precisam contrair, o que
Esses dois processos geram uma hemostasia fisiológica. causa cólicas, e acelera a involução
uterina.
O ritmo de involução é acelerado entre o 3º e o 10º
dia e depois fica mais lento. Até o 10º dia, o útero ainda é abdominal, e depois retorna
à pelve.
Puerpério tardio
É o período de transição que começa com o 10º dia
após o parto, no qual fica mais evidente a recuperação
genital, influenciada pela lactação, e vai até o 45º dia.
O período de resguardo por 42
O útero continua a regredir, mas lentamente, até 6 dias é recomendado, sem relação
semanas pós-parto. A cavidade uterina refaz seu epitélio sexual, porque o risco de infecções
é maior devido a todas as
inteiramente, processo que fica finalizado por volta do 25º alterações do puerpério.
dia.
O epitélio vaginal mantém um padrão atrófico, no qual predominam as camadas
profundas, até o 25º dia. A partir de então, na mulher que amamenta, mantém-se esse
padrão, enquanto naquela que não amamenta, há aceleração do processo evolutivo.
Puerpério remoto
Começa a partir do 45º dia após o parto e é um período de duração imprecisa,
dependendo, também, da lactação.
A vagina torna-se normoestrogênica, mas diversas mulheres referem
ressecamento vaginal, com dispareunia. A menstruação retorna, podendo ser
Sistema endócrino
▪ HCG e HPL: eram produzidos pela placenta, logo, a queda é brusca e rápida
▪ Estrogênio e progesterona: têm queda acentuada, pois, durante a gravidez, seus
níveis são aumentados graças à atividade placentária. Retornam aos níveis
normais gradativamente, dependendo da lactação.
Sistema cardiovascular
▪ Débito cardíaco: aumentado em 10% na primeira hora do pós-parto e se mantém
assim por cerca de 1 semana
▪ Pressão venosa dos MMII: está elevada na gravidez e normaliza-se
imediatamente
▪ Varizes e hemorroidas: atenuam-se
▪ Edemas: desaparecem gradativamente
Sistema hematológico
▪ Série vermelha: inalterada
▪ Série branca: apresenta leucocitose até 25.000 glóbulos, reduzindo à metade
em 48h e normalizada após 5 dias
▪ VHS: acelerada na gravidez e volta a aumentar no pós-parto, regularizando entre
5 e 7 semanas
▪ Hematócrito: volta a níveis não-gravídicos em 6 semanas
▪ Coagulabilidade: risco aumentado de trombose por aumento na tendência à
coagulação
Sistema digestivo
▪ Anatomia: as vísceras abdominais retornam, vagarosamente, às suas posições
após o esvaziamento do útero
▪ Motilidade: até 4 dias após o parto, há hipomotilidade intestinal
Sistema cutâneo
▪ Estrias: na região do abdome e das mamas, as estrias perdem a cor vermelho-
arroxeada e ficam algumas semanas branco-nacaradas
▪ Hiperpigmentação: o cloasma e a linha nigra regridem
Peso
Nos primeiros 10 dias, há perda acentuada de peso, por causa da saída do
feto, da maior diurese, da secreção láctea e da eliminação loquial. Depois deste tempo,
Alterações psíquicas
Pela quantidade de mudanças, é normal que a paciente tenha uma instabilidade
emocional, denominada blues puerperal. Isso acomete >50% das pacientes nas
primeiras duas semanas.
Isso se torna preocupante quando a mãe passa a rejeitar o neném de alguma
maneira, se recusa a vê-lo ou a cuidar dele. A partir deste ponto, considera-se avaliação
de depressão pós-parto.
Assistência pós-natal
Puerpério patológico
As modificações descritas acima são parte do puerpério fisiológico, isto é, são
naturais e fazem parte do progresso de involução das características gravídicas.
Quando não seguem este padrão, patologias aparecem, desde o delivramento
Hemorragia puerperal
➔ Incidência: 5 a 8% de todos os partos. É uma importante causa de mortalidade
materna e pode ter como consequência choque hipovolêmico, necessidades
transfusionais, e síndrome de Sheehan (amenorreia secundária a hipóxia
hipofisária)
➔ Classificação
o Hemorragia puerperal precoce: acontece nas primeiras 24h, e pode ser
causada por atonia uterina, lacerações no canal de parto, retenção
placentária, rotura uterina, inversão uterina e transtornos da coagulação
o Hemorragia puerperal tardia: entre as 24h e 6 semanas de pós-parto,
tendo como causas sub-involução do sítio placentário uterino e retenção
de restos placentários.
➔ Fatores de risco
o Sobredistensão uterina: gravidez gemelar, polidramnia, macrossomia
fetal
o Multiparidade
o Trabalho de parto prolongado
o Infecção ovular
o Placenta prévia
o Parto prematuro
Retenção placentária
A placenta é considerada retida quando o secundamento não se completou
decorridos 30min da expulsão fetal. Diante dessa observação, pode-se concluir que
houve:
▪ Descolamento retardado: quando ocorre
por hipotonia uterina ou por anormalidade
anatômica das aderências placentárias
(acretismo placentário);
▪ Encarceramento: quando as contrações
espasmódicas do orifício cervical (anel de
Bandl) aprisionam a placenta; ou
▪ Retenção de fragmentos: quando ocorre
retenção de membranas ou de
cotilédones. Por isso, é bom examinar a
placenta ainda na mesa de parto, para Pedaço de placenta faltando
checar se está completa.
Para tratar a retenção placentária,
administra-se infusão venosa de líquidos e
eletrólitos ou de sangue total, para conter a
hemorragia, primeiramente. Após isso, existem
três maneiras de desfazer a retenção:
Balão intrauterino
Infecção puerperal
Também é denominada infecção febril puerperal, é a infecção que se origina no
aparelho genital após o parto recente, com febre maior que 38ºC ocorrida entre o
segundo e o décimo dia de pós-parto. Cerca de 8% de todos os partos tem essa
complicação.
Fatores de risco:
▪ Parto cesáreo
▪ Amniorrexe prematura prolongada
▪ Parto prolongado
▪ Toques ginecológicos frequentes
▪ Baixa higiene
Endometrite e miometrite
É a mais frequente infecção puerperal,
surge na área de implantação da placenta e se
origina da ascensão de patógenos do trato
genital inferior. Os agentes envolvidos nessas
infecções são mais comumente Staphyloccocus
aureus, Streptoccocus pyogenes, Clostridium
perfringens, Escherichia coli, Chlamydia
tracomatis, Bacteroides fragilis.
Quadro clínico:
▪ Febre de 38,5º a 39ºC entre o 4º e 5º dia
de pós-parto
▪ Calafrios
▪ Dor hipogástrica
▪ Queda do estado geral, com inapetência
▪ Lóquios purulentos, com odor fétido
▪ Útero amolecido e doloroso à mobilização
Tratamento
▪ Antibiótico específico após resultado de urocultura para cistite não complicada
▪ Internação e antibiótico parenteral em caso de pielonefrite: ampicilina,
cefalosporinas ou aminoglicosídeos
▪ Analgésicos e antitérmicos
Peritonite
Causada por S. aureus, S. pyogenes, C. perfringes, E. coli, Chlamydia
trachomatis, B. fragilis, Peptococcus spp.
Tromboflebite pélvica
Quadro clínico
▪ Febre puerperal persistente, a despeito da Coágulo
antibioticoterapia
▪ Dor abdominal mal localizada
Agente
Tratamento infeccioso
Choque séptico
Quadro grave, habitualmente causado por E. coli.
Quadro clínico
▪ Febre constante
▪ Calafrios
▪ Taquicardia
▪ Estado geral comprometido
▪ Hipotensão arterial
▪ Útero pode ser indolor à palpação e os lóquios discretos
Tratamento
▪ UTI: igual ao da endometrite
▪ Investigação e drenagem de abscesso
▪ Laparotomia com HTA e pesquisa de outros focos abdominais (em resistência)
Fatores de risco
Hematoma retro-ovular
Ovo deformado
Incompetência istmocervical
Diagnóstico
Tratamento
Gestação ectópica
Fatores de risco
Forma subaguda
Essa gravidez geralmente ocorre na porção ampular. Nesse caso, o quadro
clínico é inespecífico, de evolução insidiosa. O saco gestacional crescente distende a
trompa e provoca dor abdominal e a separação parcial do trofoblasto e da placenta,
também devido à distensão da trompa, provoca perda sanguínea para a cavidade
abdominal. Assim, estabelece-se uma irritação peritoneal localizada, que pode estar
ausente.
Forma aguda
É mais comum em gravidezes que ocorrem
no istmo, no qual são mais frequentes as roturas.
Geralmente, a rotura é espontânea, mas traumas
associados ao coito ou ao exame bimanual podem
ser causas também.
O quadro clínico da forma aguda é
exuberante, com irritação abdominal e sinais bem
específicos:
➔ Sinal de Laffont: dor escapular
➔ Sinal de Cullen: equimose periumbilical
➔ Sinal de Proust: abaulamento em fundo de
saco
➔ Grito de Douglas: dor excessiva ao toque
vaginal no fundo de saco de Douglas
Fatores de risco
Classificação
Mola completa: feto, cordão e membranas estão ausentes. O
cariótipo pode ser 46XX ou 46XY, todos os cromossomos são de
origem paterna. Evolui para neoplasia em até 30% dos casos.
Mola parcial: feto, cordão e membrana amniótica estão
frequentemente presentes. O cariótipo é triplóide, com par
adicional de cromossomos. Evolui para neoplasia em até 10%
dos casos.
Diagnóstico
Clínico: sangramento vaginal de repetição tipo suco de uva/ameixa, útero amolecido,
em geral indolor e de tamanho aumentado para a idade gestacional, náuseas e vômitos
intensos pelos altos níveis de β-HCG, toxemia gravídica precoce. É comum o uso do
termo “útero em sanfona”: o útero aumenta de tamanho, o conteúdo é expelido e
o útero fica amolecido, aumentando novamente depois.
USG transvaginal: melhor método não invasivo para o diagnóstico. A imagem que
aparece é descrita como em nevasca/tempestade de neve. Na mola completa,
observa-se útero contendo material ecogênico, com múltiplas vesículas anecóicas de
tamanhos diferentes e ausência de feto. Na mola parcial, observa-se placenta grande,
de aspecto normal com lesões intraplacentárias anecoicas difusas.
β-HCG: na mola completa, está muito elevado (> 200.000mUI/mL), enquanto na parcial
está normal ou pouco aumentado.
SAÚDE DA MULHER | NATHALIA CARDOZO | MEDICINA UFRJ MACAÉ 2020.1 91
Tratamento
Consiste no esvaziamento molar por aspiração. Antes do esvaziamento, é
imprescindível solicitar hemograma completo, grupo sanguíneo e fator Rh,
determinação do nível de β-HCG e RX de tórax.
Após o tratamento, o β-HCG deve ser avaliado 48h após o esvaziamento molar,
e depois dosado semanalmente. Quando o resultado for negativo por 3 semanas
consecutivas, deve ser dosado mensalmente, por 6 meses. Finalmente, quando
negativo por 6 meses, o médico pode permitir a gravidez da paciente.
MEDCURSO 2019
Diagnóstico
▪ Anamnese: pesquisar fatores de risco; sensação de útero maior do que o
esperado para IG
▪ Exame físico: aumento exagerado da circunferência abdominal e do fundo
uterino, individualização de partes de dois fetos, palpação da cabeça fetal,
pequena para o tamanho do útero, ausculta dos BF de dois ou mais fetos
(identifica-se uma zona de silêncio entre os focos de ausculta e uma diferença
de FC de 10bpm entre os focos)
▪ Exames complementares: dosagem de beta-hCG (> 50.000mUI/mL levanta a
suspeita), USG (até 7 semanas de IG já é possível visualizar atividades de dois
embriões), ou RM (uso não é comum).
Outras complicações
▪ Anemia
▪ Hiperêmese gravídica
▪ Síndromes hipertensivas
▪ Diabetes gestacional
▪ Polidramnia
▪ Abortamento (monozigóticas > dizigóticas)
▪ Amniorrexe prematura
▪ Parto prematuro
▪ Crescimento intrauterino restrito
▪ Placenta prévia
▪ DPP
▪ Anomalias congênitas
▪ Hemorragias pós-parto
▪ Insuficiência placentária
▪ Morte fetal intraútero
▪ Gêmeos conjugados: monozigóticas, monocoriônicas, monoamnióticas.
▪ Gêmeo acárdico ou perfusão arterial reversa do gemelar
Via de parto
As particularidades do parto múltiplo levam em consideração as possíveis
complicações mais frequentes nesse tipo de gestação. As gestações gemelares têm
maior incidência de hemorragia pós-parto, logo, o uso de ocitócicos e massagem uterina
é indicado.
Apesar de haver uma tendência à cesariana nos casos de gestação gemelar, as
indicações da via alta são praticamente as mesmas da via baixa – isto é, o parto normal
pode acontecer normalmente, salvo casos específicos:
▪ Trigemelares ou mais: associados a apresentações fetais anômalas,
prematuridade, prolapso de cordão, hemorragia por separação de placentas
▪ Monoamnióticas: podem complicar por prolapso ou enovelamento de cordões e
colisão de partes fetais
▪ Gêmeos unidos
▪ STFF
▪ Anomalias congênitas
▪ Fetos com vitalidade comprometida
SAÚDE DA MULHER | NATHALIA CARDOZO | MEDICINA UFRJ MACAÉ 2020.1 97
▪ Gestações diamnióticas com prematuridade extrema
Em alguns casos, após o parto via vaginal do primeiro gemelar, o segundo pode
mudar de posição, modificando, portanto, sua apresentação. Essa e outras
complicações (prolapso de cordão, apresentação atípica, sofrimento fetal agudo, DCP,
espasmos uterinos e complicações maternas) são indicação de cesárea para o
segundo gemelar.
Fatores de risco
▪ Exames invasivos
▪ Incompetência istmocervical
▪ Inserção baixa da placenta
▪ Macrossomia
▪ Polidramnia
▪ Trabalho de parto prematuro
▪ Infecções genitais (strepto B, gonococo)
▪ Tabagismo
▪ Sangramento genital
▪ Vaginose bacteriana
▪ Gestação múltipla
▪ Deficiências nutricionais
▪ Doenças maternas
▪ Atividade sexual
▪ Traumatismo
▪ Passado de parto prematuro
Prognóstico
As mulheres com RPMO podem desenvolver corioamnionite, endometrite e
sepse, além de terem risco aumentado para descolamento placentário e prolapso de
cordão.
O feto e o neonato também podem sofrer complicações, como prematuridade,
sofrimento fetal e malformações – especialmente a síndrome de Potter, decorrente da
compressão fetal na oligodramnia –, porque a maior parte das gestações com RPMO
evolui para o parto pré-termo em menos de uma semana de rotura.
No entanto, o prognóstico depende do volume de líquido amniótico, da
duração entre a rotura e o parto e da idade gestacional.
Conduta terapêutica
Para definir a conduta nos casos de RPMO, deve-se levar em consideração:
1. Presença de infecção: obrigatória a interrupção da gestação independente da
IG, preferencialmente por via vaginal para evitar infecções via cesárea. Nesse
caso, a antibioticoterapia ampicilina 2g IV 6h/6h + gentamicina 5mg/kg por dia
ou 1,5mg/kg 8/8h deve ser iniciada e mantida até 48h após o último episódio
febril. Clindamicina ou metronidazol podem ser adicionados se parto cesáreo.
Há presença de infecção materna ou fetal se 2 ou mais parâmetros:
▪ Leucocitose materna >15.000céls/mm³
▪ Taquicardia materna >100bpm
▪ Taquicardia fetal >160bpm
▪ Sensibilidade uterina
▪ Líquido amniótico com odor fétido
Fatores de risco
Classificação
Diagnóstico
➔ Exame físico: após aferir os sinais vitais da gestante, os achados no exame
obstétrico costumam ser:
o Palpação abdominal: tônus uterino normal, estática fetal alterada –
situações oblíquas e transversas, apresentação pélvica, apresentação
cefálica alta, e outras apresentações fetais anômalas
o Ausculta: BCF presentes e normalmente sem alterações, CTG mostra
boa vitalidade fetal
o Exame especular: realizado cuidadosamente para evidenciar a origem e
a quantidade do sangramento
o Toque vaginal: NUNCA deve ser realizado na suspeita de inserção baixa,
porque pode provocar sangramento intenso. Se for necessário o toque
nessa situação, é recomendado que esteja próximo ao parto e com as
condições estruturais para o parto já preparadas. Na inserção baixa, o
toque vaginal revela a presença de um tecido esponjoso, com ausência
do rechaço fetal.
➔ Exames complementares
o Ultrassonografia: seguro e simples para o diagnóstico da localização
placentária e sua posição em relação ao OI do colo do útero. Pode ser
realizado via abdominal ou transvaginal, este último de maneira
cuidadosa, não introduzindo mais do que 3cm do transdutor na vagina e
SAÚDE DA MULHER | NATHALIA CARDOZO | MEDICINA UFRJ MACAÉ 2020.1 104
este não deve atingir o colo. O ecodoppler obstétrico deve ser realizado
para diagnosticar acretismo placentário sempre que uma placenta
prévia for diagnosticada e também nos casos de implantação anterior
baixa sobre a área de cicatriz de cesáreas anteriores.
1. Na gestação pré-termo
➔ Se não houver sangramento ativo, conduta expectante
➔ Abstinência sexual
➔ Uso de corticoterapia até 34 semanas para acelerar a maturidade
pulmonar – betametasona 12mg IM ou dexametasona 10mg IM.
➔ Suplementação de ferro para evitar anemia
➔ Constante monitoração dos níveis de hematócrito e de hemoglobina
➔ Gestantes Rh-: uso de imunoglobulina anti-D quando apresentar
sangramento
➔ Se sangramento ativo: avaliar a condição hemodinâmica e só internar em
caso de hemorragia excessiva.
2. Na gestação a termo
➔ O parto deve ser realizado. A via de parto é baseada no julgamento
clínico, auxiliado pela informação ultrassonográfica
▪ Se a placenta prévia for marginal, de menor grau, com borda fina
e apresentação cefálica encaixada, pressionando a borda
placentária, o parto vaginal pode ser permitido.
▪ No caso de placenta prévia centro-total, a cesariana é indicação
absoluta, devendo ser realizada com programação planejada.
➔ Solicitar exames: hematócrito e hemoglobina; tipagem sanguínea ABO
Rh; coagulograma.
➔ Gestantes Rh-: uso de imunoglobulina anti-D.
➔ Em todos os casos, a disponibilidade de sangue é mandatória.
Diagnóstico diferencial
Fisiopatologia
Esse sistema é cíclico, permite a progressão da DPP e, desse modo, ela se torna
irreversível. A consequência desse ciclo vicioso é hipóxia grave, devido a redução da
área placentária funcionante e pela hipertonia uterina.
Quadro clínico
▪ Dor abdominal: varia de leve desconforto até dor intensa, associada ou não a
sangramento vaginal. Nos casos da inserção da placenta em posição posterior,
a dor é lombar e, na gestante em trabalho de parto, a dor persiste entre as
contrações.
▪ Sangramento
o Hemorragia exteriorizada: vermelho vivo
ou vinhoso
o Hemoâmnio
o Sangramento retroplacentário
MEDCURSO 2019
Diagnóstico
Classificação
Rotura uterina
Quadro clínico
▪ Deterioração do padrão dos batimentos
cardíacos fetais
▪ Gestante queixa de dor aguda, de forte
intensidade No início da gravidez, o quadro é o abdome
▪ Sangramento vaginal agudo grave. Muitas vezes, não é possível
▪ Parada das contrações distinguir a rotura uterina da gravidez
▪ Subida da apresentação ao toque vaginal: ectópica e o diagnóstico acaba sendo feito
apenas no momento da laparotomia. Na
útero em ampulheta segunda metade da gravidez, o quadro
▪ Partes fetais palpáveis facilmente no tende a ser mais brando, mas com a
abdome materno mesma gravidade.
▪ Taquicardia importante e hipotensão grave
Normal x IVC
Quadro clínico
▪ Hemorragia no final da gravidez ou durante o trabalho de parto, no momento do
rompimento da bolsa aminótica, porque a inserção do cordão se dá nas
membranas, fora da região placentária
Diagnóstico
▪ Diagnóstico pré-parto: é difícil, podendo ser
percebido por intermédio do toque vaginal e pela
amnioscopia (com a visualização dos vasos
sanguíneos atravessando as membranas pelo
orifício interno do colo)
▪ USG com doppler colorido: pode detectar a vasa
prévia no anteparto e deve ser considerada em
gestantes de alto risco (placenta prévia, inserção Amnioscopia
velamentosa de cordão)
Predição e diagnóstico
Prevenção
Conduta
8. Cuidados com o RN
o Limpá-lo com compressas macias todas as secreções visíveis logo após
o nascimento e encaminhá-lo para banho com água corrente, ainda na
sala de parto
o Se a aspiração de vias aéreas for necessária, proceder delicadamente,
evitando traumatismos em mucosa
o Iniciar a primeira dose do AZT solução oral, ainda na sala de parto,
ou, pelo menos, nas primeiras 4h após o nascimento
o Acrescentar nevirapina à profilaxia com início nas primeiras 48h de vida
em casos de mães que não têm carga viral < 1.000 cópias/mL
documentada no último trimestre de gestação ou que têm histórico de
não utilização de antirretrovirais
Classificação
1. Hipertensão crônica: observada antes da gravidez, ou antes de 20 semanas
de gestação, ou diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez e não se
resolve após o parto. Este tipo não está associado diretamente às modificações
gestacionais, mas mulheres previamente hipertensas podem sofrer
agravamento do quadro durante a gestação.
2. Pré-eclâmpsia: é a doença exclusiva da gestação e se caracteriza pelo
aparecimento de hipertensão e proteinúria após a 20ª semana de gestação
em gestantes previamente normotensas. Na sua vigência, a mortalidade
perinatal está aumentada em cinco vezes.
a) Pré-eclâmpsia leve: PA ≥140/90mmHg (em duas ocasiões espaçadas de
4h) + proteinúria ≥300mg/24h.
b) Pré-eclâmpsia grave: PA ≥160/110mmHg (em duas ocasiões espaçadas
de 4h) + proteinúria ≥2g/24h ou +
▪ Oligúria menor que 500mL/dia ou 25mL/hora
▪ Níveis séricos de creatinina maiores de 1,2mg/dL ou duplicação
do valor normal na ausência de outras doenças renais
▪ Edema agudo de pulmão *MEDCURSO
▪ Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaleia e distúrbios visuais)
▪ Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito
▪ Evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia
▪ Plaquetopenia <100.000/mm³
▪ Aumento de enzimas hepáticas (AST ou TGO; ALT ou TGP; LDH)
e de bilirrubinas
▪ Presença de esquizócitos em esfregaço de sangue periférico
c) Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica (ou hipertensão
agravada pela gravidez): é o surgimento da pré-eclâmpsia em mulheres
com hipertensão crônica ou doença renal. Nessas gestantes, essa
condição se agrava e a proteinúria surge ou piora após a 20ª semana de
Fatores de risco
A entidade hipertensiva mais importante da obstetrícia é a pré-eclâmpsia.
Nesse sentido, são fatores de risco para o desenvolvimento desse quadro clínico:
➔ Hipertensão arterial crônica
➔ História de doença hipertensiva durante a gestação anterior
➔ Diabetes tipo 1 ou tipo 2
➔ Doença renal crônica
➔ Doenças autoimunes, tais como LES ou síndrome do anticorpo antifosfolipídeo
➔ Primíparas
➔ Idade materna ≥40 anos
➔ Intervalo entre as gestações superior a 10 anos
➔ IMC ≥35 anos na primeira consulta
➔ História familiar de pré-eclâmpsia
➔ Gestação múltipla
Fisiopatologia
A pré-eclâmpsia, principal causa de morte materna no mundo, é conhecida
como a doença das teorias. Nos últimos anos, diversos avanços na área médica
permitiram aprofundar nossos conhecimentos sobre a sua etiopatogenia. Sabemos,
atualmente, que fatores genéticos, como a interação entre HLA paterno e linfócitos
NK maternos, estão envolvidos na origem da placentação deficiente, um dos principais
fatores de risco da pré-eclâmpsia. Fatores imunológicos, como a falha do
MEDCURSO 2019
Conduta terapêutica
➔ Gestantes com fatores de risco para PE: iniciar AAS 100mg/dia, à noite, a
partir de 12 semanas, e manter até 37 semanas.
➔ Pré-eclâmpsia leve
o Tratamento ambulatorial com consultas semanais
o Períodos de repouso diários em decúbito lateral
o Dieta normossódica e hiperproteica
o Não prescrever diuréticos de rotina (apenas em casos específicos)
o Evitar dieta hipossódica
o Avaliação da vitalidade fetal
o Avaliação laboratorial: proteinúria de 24h, clearance de creatinina,
hematócrito, hematoscopia, contagem de plaquetas, ureia, creatinina,
ácido úrico, proteínas totais e frações, enzimas hepáticas e bilirrubinas
Indicações de antecipação do parto
Maternas Fetais
Aumento persistente da PA até níveis de Restrição grave do crescimento fetal
gravidade
Cefaleia grave e distúrbios visuais persistentes
Dor epigástrica grave persistente, náuseas ou Suspeita ou comprometimento da vitalidade
vômitos fetal
Contagem de plaquetas < 100.000/mm³
Deterioração progressiva da função hepática ou Oligodrâmnio (índice de líquido amniótico <p10
renal para a IG
Suspeita de DPP
Trabalho de parto ou sangramento IG confirmada de 40 semanas
➔ Eclâmpsia
o Cuidados gerais: manter o ambiente tranquilo e silencioso, decúbito
elevado a 30º e face lateralizada, cateter nasal com O2 5L/min, punção
de veia central ou periférica calibrosa, e cateter vesical contínuo. Após
estabilização do quadro, iniciar os preparativos para interrupção da
gestação.
o Terapia anticonvulsivante: prevenir convulsões recorrentes em mulheres
com eclampsia e prevenir o aparecimento de convulsões nas mulheres
com pré-eclâmpsia. O sulfato de magnésio é a droga escolhida e deve
ser usada nas seguintes situações:
▪ Gestantes com eclâmpsia
▪ Gestantes com pré-eclâmpsia grave admitidas para conduta
expectante nas primeiras 24h
▪ Gestantes com pré-eclâmpsia nas quais se indica a interrupção
da gestação e existe dúvida se a terapia anticonvulsivante deve
ser utilizada (a critério do médico assistente).
➔ Doença vascular hipertensiva crônica
o Durante a gravidez: pacientes que apresentem PAD > 100mmHg ou que
estavam fazendo uso de medicação anti-hipertensiva antes da gravidez
com bom controle pressórico devam ser medicadas durante a gestação.
As drogas de escolha são alfametildopa, hidralazina,
betabloqueadores (evitar BB no segundo e terceiro trimestre de
gestação, especialmente atenolol e propranolol) e bloqueadores de
canais de cálcio. Os diuréticos devem ser evitados e os inibidores da
ECA são contraindicados.
o No puerpério: inibidores da ECA, betabloqueadores, bloqueadores
do canal de cálcio e diuréticos em pacientes que não estejam
amamentando. Nas lactantes, recomenda-se não utilizar os IECA e os
diuréticos.
Diagnóstico
▪ Teste de Coombs indireto: (pesquisa de anticorpos irregulares) positivo com
título 1/16 para anti-D e qualquer título para outros antígenos, especialmente
Kell. A variação da densidade óptica da concentração de bilirrubina fetal no
comprimento de onda de 450nm (ΔDO450) é plotada no gráfico de Liley e define
a conduta a ser tomada.
Conduta
A profilaxia é dever de todos os médicos, para que esta doença seja erradicada.
Na eventualidade do diagnóstico de aloimunização, a gestante deve ser encaminhada
para centros de referência para o acompanhamento da gravidez.
Todo feto anêmico deve ser transfundido para prevenir a hidropisia, que
aumenta o risco de óbito e sequelas neurológicas. Para tanto, é necessária
cordocentese e bolsa de sangue específica para esse procedimento, que deve ser
realizado em centro de Medicina Fetal.
A prevenção da sensibilização pelo fator Rh deve ser realizada pela
administração de imunoglobulina anti-D nas seguintes situações em mulheres Rh
negativo:
▪ Após procedimentos invasivos em mulheres gestantes: amniocentese,
cordocentese, biópsia de vilo corial;
▪ Após aborto, gravidez ectópica ou mola hidatiforme;
▪ Após o parto de mulheres com Coombs indireto negativo e recém-nascidos Rh
positivo;
▪ Após sangramento obstétrico (placenta prévia, por exemplo) com risco de
hemorragia feto-materna significativa.
Idealmente, a imunoglobulina deverá ser administrada até 72 horas após o
parto ou evento obstétrico, mas há evidências de proteção contra sensibilização se
administrada até 13 dias e há recomendações para que seja administrada em até 28
dias. Gestantes Rh negativo submetidas à laqueadura tubária também deverão
receber imunoglobulina anti-D.
SAÚDE DA MULHER | NATHALIA CARDOZO | MEDICINA UFRJ MACAÉ 2020.1 132
Diabetes gestacional
Introdução
A diabetes mellitus gestacional é a intolerância à glicose, de gravidade variável,
com início ou primeiro diagnóstico durante a gravidez e que desaparece após o parto.
Pelos novos critérios preconizados pelo International Association of Diabetes and
Pregnancy Study Group, o diabetes diagnosticado durante a gravidez pode ser
classificado como prévio ou gestacional.
Na gestação normal, são comuns como alterações no metabolismo materno
a hipoglicemia de jejum, o catabolismo exacerbado dos lipídios e a progressiva
resistência à insulina. A partir do segundo trimestre, a prioridade do organismo
materno é transferir o metabolismo de energia da oxidação dos carboidratos para os
lipídios, a fim de preservar a glicose para o feto. Como resposta a isso, há aumento da
produção de insulina.
Fisiopatologia
A resistência a insulina é causada por produção placentária de hormônios
contrainsulínicos (hormônio de crescimento placentário, cortisol, lactogênio
placentário humano e progesterona) e pela associação com aumento do aporte
calórico, deposição de gordura materna e diminuição de exercícios físicos. A resistência
à insulina não é acompanhada pela resposta adequada das células beta-pancreáticas.
Fatores de risco
▪ História familiar de diabetes
▪ IMC pré-gestacional > 30
▪ Ganho ponderal excessivo durante a gravidez
▪ Idade > 25 anos
▪ História de feto > 4kg
▪ História de intolerância à glicose
▪ História de perda fetal inexplicada ou malformação fetal
▪ Peso de nascimento da paciente >4kg ou <2,7kg
▪ Hemoglobina glicada ≥5,7%
▪ Síndrome dos ovários micropolicísticos
▪ Uso regular de glicocorticoides
▪ HAC ou relacionada à gravidez
Rastreamento e diagnóstico
O objetivo do rastreamento é identificar as gestantes assintomáticas que tenham
alta probabilidade de desenvolverem diabetes. Como 90% das gestantes apresentam
algum fator de risco, o rastreio universal parece ser a melhor abordagem.
O método ideal de rastreio ainda é controverso, podendo ser realizado por meio
de glicemia de jejum, glicemia pós-prandial, TOTG, ou curva glicêmica.
SAÚDE DA MULHER | NATHALIA CARDOZO | MEDICINA UFRJ MACAÉ 2020.1 133
O diagnóstico de DM pré-gestacional se dá, na primeira consulta pré-natal, por:
➔ Glicemia de jejum ≥126mg/dL ou
➔ Hemoglobina glicosilada ≥6,5% ou
➔ Glicemia plasmática aleatória ≥200mg/dL
Complicações
Hiperglicemia materna
Abordagem no pré-natal
O objetivo é evitar e identificar precocemente as principais complicações, por
meio do fornecimento de um controle glicêmico adequado. A abordagem multidisciplinar
é mandatória (obstetra, endocrinologista, nutricionista, enfermeiro, psicólogo), para que
haja, em conjunto, dieta adequada, atividade física regular e iniciar insulina, se for
necessário.
Consultas
➔ Primeira consulta
o Avaliação conjunta com a
equipe de endocrinologia
o Monitorização da glicemia em
jejum e 1h pós-prandial Na prática, ajusta-se a dose do hipoglicemiante se a
paciente já utilizava. Na teoria, a ANVISA não aprova, a
o Manter hipoglicemiantes orais conduta correta é suspender e iniciar insulina quando
(se já fazia uso) ou iniciar necessário, pois alguns estudos levantaram dúvidas
insulina, se necessário sobre a associação com malformações fetais. Outros
o Solicitar fundoscopia e países já liberaram a metformina por causa dos seus
benefícios e por ter sido provada em alguns estudos uma
avaliação da função renal, se droga segura. Caso o médico opte por manter a
diabéticas pré-gestacionais medicação, a paciente deve estar alertada sobre a não
o USG para avaliação da liberação da ANVISA.
vitalidade fetal e IG.
Tratamento
▪ Dieta hipocalórica
▪ Exercícios físicos 3-4x/semana, de 20 a 30 min
▪ Glicemia alvo
o Pré-prandial: ≤95mg/dL
o 1h pós-prandial: ≤140mg/dL
o 2h pós-prandial: ≤120mg/dL
▪ Insulinoterapia: indicada para DM tipo 1 e DMG sem controle com dieta
o 1º trimestre: 0,8 U/kg/dia
o 2º trimestre: 1 U/kg/dia
o 3º trimestre: 1,2 U/kg/dia
o Dose total dividida em 2/3 em jejum (2/3 NPH e 1/3 insulina de ação
rápida) e 1/3 ao deitar (1/2 NPH e ½ insulina de ação rápida)
▪ Alternativa à insulina: metformina em dose máxima de 2500mg/dia,
geralmente iniciando 500mg 2x ou 3x ao dia
Interrupção da gestação
Recomendada em pacientes com tratamento só em dieta, até 40 semanas e em
pacientes em uso de insulina de 38/39 semanas. Nas pacientes bem controladas, a
indicação de via de parto é obstétrica.
No pós-parto:
▪ DM pré-gestacional
o Retornar a 1/3 da dose de insulina usada na gestação
o Retornar após 1 semana ao ambulatório de nutrologia
▪ DM gestacional
o Dieta livre
o Não usar insulina de rotina
o Retornar ao ambulatório em 6 semanas para TOTG