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Luciano Martins
1 Repercussões Medicina-UFCG
da gravidez no
organismo
materno OBSTETRÍCIA- 2023
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Quando essas alterações
acontecem?
Fecundação do óvulo
Embriogênese
Nidação no endométrio
Desenvolvimento do feto
Estado gravídico- puerperal
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Fator hormonal
Fator mecânico
Fator fetal
Surgimento de novos problemas orgânicos
Percepção das mudanças estruturais do corpo
4 FATOR HORMONAL
HORMÔNIOS PROTEICOS
#Gonadotrofina coriônica humana(HCG)
HORMÔNIOS ESTERÓIDES
#Progesterona, Estrogênio (Estriol)
HORMÔNIOS NEUROPEPTÍDIOS
#Hormônio liberador da gonadotrofina coriônica humana (GnRH)
#Fator liberador da tireotrofina coriônica humana (TRF)
#Somatostatina coriônica humana(SS)
#Fator liberador de corticotrofina coriônica humana(CRF)
5 FATOR HORMONAL
HORMÔNIOS PROTEICOS
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Alterações bioquímicas e
metabólicas
Metabolismo dos carbohidratos
Na primeira metade da gestação a homeostase da
glicose é alterada por aumento dos níveis de
estrógeno e progesterona.
Os estrógenos parecem aumentar a eficácia da
insulina, por estimular a secreção de insulina
endógena e melhorar a utilização periférica da glicose.
Existe diminuição dos níveis glicêmicos em jejum,
melhor tolerância à glicose e maior armazenamento
de glicogênio tissular.
Os níveis de glucagon estão relativamente suprimidos
após as refeições, o que permite período de
13 anabolismo facilitado.
14 Alterações bioquímicas e
metabólicas
Metabolismo hidrossalino
O aumento total de sódio durante a gravidez acumulado no organismo
materno, é estimado em 900-950 mEq (25 g Na, 60 g NaCl) com um acúmulo
médio de 4 mEq/dia.
O crescimento fetal, o aumento do líquido amniótico e a expansão do líquido
extracelular são os principais responsáveis pelo aumento na retenção de
sódio.
Mais de 60% deste aumento fica distribuído no compartimento materno. A
concentração de sódio está na dependência da função renal.
O sistema renina-angiotensina na gravidez estimula a secreção de
aldosterona que, por sua vez, previne a perda de sódio pela urina.
17 Alterações hemodinâmicas
Sistema cardiovascular
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20 Função vesical
O crescimento do útero eleva a bexiga e a
achata.
Aumento da frequência das micções pelo
estimulo mecânico.
Aumento da capacidade de retenção urinaria
=1500ml
Volume residual de 60ml; pré -gravídico cerca de
15ml.
Persistência das alterações até 3 meses pós-
parto.
Alterações do aparelho
digestivo: cavidade oral
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Alterações do aparelho digestivo:
estômago e esôfago
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Alterações do aparelho digestivo:
intestino delgado, grosso e apêndice
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24 Alterações do aparelho digestivo:
vesícula biliar e fígado
Diminuição do esvaziamento biliar
Presença de maior volume residual
Espessamento da bile
Aumento da saturação do colesterol favorecendo
ao surgimento de cálculos
A forma do fígado praticamente não se altera
Fosfatase alcalina pode estar aumentada em até
2x seu valor pela ação das isoenzimas
placentárias
Relação albumina/globulina menor na gravidez
25 Alterações do aparelho respiratório
A ventilação-minuto e o consumo de oxigênio
aumentam na gravidez mas a frequência
respiratória praticamente não se altera.
A hiperventilação causa uma redução no CO2. A
tensão de oxigênio alveolar se mantém dentro dos
limites normais.
A hiperventilação materna se deve à ação da
progesterona sobre o centro respiratório.
A hiperventilação materna é considerada uma
medida protetora para evitar que o feto possa ficar
exposto a concentrações excessivas de CO2.
Alterações hematológicas
Aumento do volume sanguíneo às custas das ações
hormonais: sistema renina-angiotensina-aldosterona,
bem como pelo papel mediador do estrogênio e da
progesterona.
Inicia no primeiro trimestre, atingindo o platô na 30ª
semana.
Forma compensatória para as perdas durante o parto
transvaginal em torno de 500-600ml e na
cesariana,1000ml.
Na série vermelha existe o incremento da massa
eritrocitária. Com a administração de ferro e o
aumento do volume plasmático, o hematócrito cai
por conta da hemodiluição, simulando uma “anemia”.
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Alterações hematológicas
Necessidade de administração de ferro suplementar
devido ao aumento da massa eritrocitária.
A quantidade de ferro adicional requerida durante a
gravidez é de 900 mg. Aproximadamente 500-600
mg para atender o aumento da massa eritrocítica e
300 mg para o feto e placenta.
Na gravidez a taxa de absorção aumenta para 20%.
Dois terços do ferro fetal ficam incorporados na
hemoglobina e um terço é estocado no fígado sob a
forma de ferritina e usado pela criança nos primeiros
meses de vida.
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Alterações hematológicas
O número de leucócitos aumentam na gravidez,
podendo chegar a 16.000/ml
No trabalho de parto e puerpério pode chegar a
23.000-30.000/ml
As plaquetas sofrem aumento aparente na gravidez
e seu consumo progressivo, também.
Fatores de coagulação estão aumentados ,
principalmente o fibrinogênio (fator I) e fator VIII
(globulina anti-hemofílica). Também estão
aumentados, mas em menor extensão, os fatores VII,
IX,X e XII.
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29 Alterações hematológicas
Entende-se que estas alterações são necessárias para controlar duas das
mais graves complicações da gestação que são a hemorragia e o
tromboembolismo, ambos causados por problemas no mecanismo de
homeostase.
30 Alterações dermatológicas
A grande maioria das gestantes apresenta algum grau de escurecimento da
pele.
Esta alteração é mais intensa, principalmente, em determinadas áreas como
aréola, mamilo, períneo, vulva e umbigo.
A linha alba, normalmente hipopigmentada, torna-se hiperpigmentada
passando a chamar-se linha nigra. Cloasma é observado com frequência na
segunda metade da gravidez.
Nevo pigmentado ou benigno pode ser encontrado em algumas mulheres.
Hirsutismo leve, especialmente da face, não é raro na gestação. Observa-se,
no primeiro trimestre, crescimento de pêlos na face, mas podem estar
envolvidos também braços, pernas e abdome.
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Estrias abdominais
Hidratação abdominal
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Queda de cabelo
Eritema palmar
Edema
Hemangioma
ALTERAÇÕES DO SISTEMA
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ÓSTEO-ARTICULAR
A lordose progressiva é um achado
característico na gravidez normal para
compensar o peso do abdome (em
posição anterior).
Devido ao crescimento do útero é que
ocorre a lordose, responsável pelo
deslocamento do centro de gravidade
para trás.
Acentua-se a mobilidade das
articulações sacroilíaca, sacrococcígea
e junção púbica, durante a gravidez,
presumivelmente como resultado das
modificações hormonais.
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Dor sacroilíaca
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