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VALVOPATIA

AÓRTICA
VALVA AÓRTICA

■ Composta por três válvulas de tamanhos


semelhantes (folheto coronariano esquerdo,
folheto coronariano direito e folheto não
coronariano)

■ Área de vazão valvar de aproximadamente


3 – 4 cm² no adulto
VALVA AÓRTICA
NORMAL
ESTENOSE AÓRTICA
ETIOLOGIA

CONGÊNITA (valva bicúspide em 2% da


população; aos 50 anos metade desenvolve
estenose aórtica)

REUMÁTICA

DEGENERATIVA (geralmente senil)


ESTENOSE AÓRTICA
CLASSIFICAÇÃO
■ LEVE (AVV : 1,6 – 2,5 cm²)
■ MODERADA (AVV : 1,0 – 1,5 cm²)
■ SEVERA (AVV : < 1,0 cm²)
■ CRÍTICA (AVV : < 0,8 cm²)

■ GRADIENTE SISTÓLICO MÉDIO (VE/AO)


com função cardíaca normal (F.Ej. > 52 ou 54)
(leve: < 25 mmHg – moderada: 25-40 mmHg
severa: > 40 mmHg)
ESTENOSE AÓRTICA
ESTENOSE AÓRTICA
ESTENOSE AÓRTICA
FISIOPATOLOGIA
O grau de estenose determina o gradiente
sistólico entre o VE e a Aorta (enquanto a
função ventricular estiver mantida)
É um processo gradual que permite a
adaptação do VE (hipertrofia concêntrica)
A HVE eleva o consumo de oxigênio pelo
miocárdio e provoca disfunção diastólica,
elevando a pressão de enchimento do VE
e provocando congestão pulmonar
ESTENOSE AÓRTICA
■ TRÍADE CLÁSSICA
Angina, Síncope e Dispnéia
■ MORTE SÚBITA correlaciona-se com a presença dos
sintomas
Angina (em 35%) - sobrevida de 50% em 5 anos.
Por aumento da demanda (HVE) e diminuição da
oferta de O2.
Síncope (em 15%) - sobrevida de 50% em 3 anos.
Por redução da perfusão cerebral
Dispnéia (em 50%) - sobrevida de 50% em 2 anos
ESTENOSE AÓRTICA
QUADRO CLÍNICO

■ Mais frequente em Homens acima de 50 a.


■ Ictus Cordis intenso, não desviado
■ PAS baixa e PAD elevada
■ Pulso periférico parvus e tardus
■ Estalido protossistólico (abertura da V Ao.)
■ Sopro sistólico ejetivo (em diamante), rude
em foco aórtico (na ICC o sopro diminui)
ESTENOSE AÓRTICA
EX. COMPLEMENTARES
■ ECG
Sobrecarga (hipertrofia) do VE
(alterações secundárias do seg. ST-T)
Pode ser encontrado ainda BRE e SAE (por
disfunção secundária da V. Mitral)
■ RX de TORAX
Dilatação pós-estenótica da aorta
Calcificação do anel aórtico
Área cardíaca normal ou VE pouco aumentado.
ESTENOSE AÓRTICA
EX. COMPLEMENTARES
■ ECODOPPLER

Determinação da AVV
Determinação da massa do VE (HVE)
Gradiente sistólico VE – AORTA
Diâmetro da raiz da aorta (dilatação da aorta)
Calcificação do anel aórtico
Fração de ejeção do VE
ESTENOSE AÓRTICA
EX. COMPLEMENTARES
■ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (ou RNM)
AVALIA (principalmente para implante de TAVI)
Anatomia e dimensões do arco aórtico
Tamanho e forma do anel valvar
Distância do anel valvar dos óstios coronarianos
Número das cúspides valvares (magnitude da calcificação)
Presença de aneurismas e trombos
■ CATETERISMO CARDÍACO
Determina gradiente sistólico (de pico) transvalvar
(< 25 mmHg leve; 25 - 40 mmHg moderado; > 40 mmHg severo)
ESTUDO HEMODINÂMICO
(cateterismo cardíaco)
PACIENTES VALVARES:
■Pacientes com mais de 40 anos.
■Pacientes com risco de DAC (história familiar ou risco
cardiovascular alto)
■Avaliação da HP severa (hiperresistência)
■Quando há desacordo entre o quadro clínico e os exames
complementares
TESTE ERGOMÉTRICO: quando há dúvida quanto a
sintomatologia ou para avaliar a resistência física ao
esforço. Contraindicado em E.Ao. importante
ESTENOSE AÓRTICA
TRATAMENTO CLÍNICO
■ PROFILÁTICO (da endocardite / da febre
reumática)
■ PACIENTES ASSINTOMÁTICOS
controle da PA e manutenção do rítmo sinusal
■ MEDICAMENTOSO
de eficiência limitada (diurético, nitrato,
IECA)
ESTENOSE AÓRTICA
TRATAMENTO CIRÚRGICO
■ Estenose aórtica importante com SINTOMAS
(considerar quando da exacerbação dos sintomas)

■ Pacientes assintomáticos
Com disfunção sistólica importante do VE
Com EAo importante (AVV menor que 1 cm²)
Com coronariopatia grave, mesmo com estenose
aórtica moderada (AVV maior que 1 cm²)
TAVI
transcatheter aortic valve implantation

■ INDICAÇÕES:
Sintomáticos com expectativa de vida maior que
1 ano e com contraindicações: alto risco
cirúrgico ou risco proibitivo para cirurgia
convencional de implante de prótese.
Vem sendo ampliada as indicações
Por via transfemural (preferêncial) ou transapical
TAVI
TAVI
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
FRAÇÃO DE REGURGITAÇÃO
■ < 30% leve; 30 – 50% moderada; > 50% grave/severa

■ Análise pela penetração do jato regurgitante (DOPPLER


COLORIDO)
LEVE: < 2 cm
MODERADA: 2 - 4 cm
GRAVE/SEVERA: > 4 cm (atinge a parede contralateral)

■ Vena contracta (cm):


LEVE: < 0,30
MODERADA: 0,30 – 0,60
GRAVE: >0,60
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
ETIOLOGIA
■ DOENÇA REUMÁTICA
■ MALFORMAÇÃO CONGÊNITA (CIV tipo I)
■ DOENÇAS DEGENERATIVA
■ DOENÇAS INFLAMATÓRIAS
■ ENDOCARDITE INFECCIOSA
■ SÍNDROME DE MARFAN
■ ANEURISMA DA AORTA (tipo A)
■ DISSECÇÃO AGUDA DA AORTA (tipo A)
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
FISIOPATOLOGIA

■ Sobrecarga volumétrica do VE
■ Hipertrofia e dilatação do VE
■ Diminuição da fração de ejeção do VE
■ Diminuição do volume sistólico do VE
■ Aumento do volume diastólico final do VE
■ Aumento da pressão diastólica final do VE
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
QUADRO CLÍNICO

■ Assintomático por até 20 anos


■ Sobrevida em 10 anos (85% - 90%)
■ CRÔNICA: sintomas progressivos de ICC
(dispnéia)
■ AGUDA: edema agudo de pulmão
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
QUADRO CLÍNICO
■ Pulsos amplos em martelo d’agua (Sinal de Corrighan)
■ Sinal de Musset (movimentação da cabeça com os
batimentos cardíacos)
■ Sinal de Muller (pulsação da úvula)
■ Sinal de Minervini (pulsação da base da língua)
■ Sinal de Quincke (pulsação dos capilares sub-ungueais)
■ Sinal de Traube (ruído sistólico e diastólico, audível na
artéria femural)
■ Ictus cordis desviado para baixo e para esquerda
(hiper-dinâmico)
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
QUADRO CLÍNICO
■ AUSCULTA CARDÍACA
2ª bulha hipofonética em foco aórtico.
Sopro diastólico aspirativo em foco aórtico e
aórtico acessório decrescendo.
Sopro de Austin-Flint ruflar mesodiastólico na
região mitral sem estalido (IAo severa).

■ Pressão arterial sistólica normal ou elevada,


diastólica baixa (diferencial alargada)
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
EX. COMPLEMENTARES

■ ECG
Sobrecarga (hipertrofia) do VE
Sobrecarga de AE (alteração tardia)

■RX. DE TÓRAX
Aumento do VE
Dilatação da aorta
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
EX. COMPLEMENTARES
■ ECOCARDIOGRAFIA (ANÁLISE)
Do grau da insuficiência (jato regurgitante)
Dos folhetos (mobilidade, calcificação)
Da função do VE
Da raiz da aorta (calcif. e dilatação do anel, dissecção)
■ TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Quando há suspeita de doenças da aorta
■ CATETERISMO CARDÍACO
Pacientes com risco de DAC (análise da raiz da aorta,
análise do jato regurgitante)
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
TRATAMENTO
■ CLÍNICO – IAo CRÔNICA
Profilático da F. reumática e Endocardite
Tratamento da insuficiência cardíaca com IECA e
diuréticos (evitar Bbloq.)
■ CLÍNICO – IAo AGUDA
Considerar como urgência (EAP)
Considerar cirurgia de urgência quando não
compensar clinicamente
■ CIRÚRGICO
Sintomático classe funcional III e IV (NYHA)
Exarcebação dos sintomas
CIRURGIA
das
VALVOPATIAS
CIRURGIA
MOMENTO IDEAL
■ Manifestações sintomáticas restritivas para
qualidade de vida do paciente (exacerbação
dos sintomas).
■ Antes que aconteça comprometimento
signi-ficativo da função cardíaca (disf. do VE).
■ Antes do aparecimento de complicações como:
disritmias, fenômenos tromboembólicos, trombo
atrial, endocardite infecciosa.
CIRURGIA
MOMENTO IDEAL
■ V. AÓRTICA, AVALIAR:
Quadro clínico, faixa etária
Tipo e intensidade da lesão
Disfunção de VE
Comorbidades (DAC)

■ V. MITRAL, AVALIAR:
Quadro clínico
Tipo e intensidade da lesão
Disfunção de VE
Hipertensão pulmonar
CIRURGIA SÔBRE AS
VALVAS CARDÍACAS
■ COMISSUROTOMIA (mais utilizada na V.
mitral, V. pulmonar e raramente na V.
aórtica)
■ PLASTIA VALVAR com ou sem anel
(utilizada mais na V. mitral e V. tricúspide)
■ PRÓTESES (mais utilizadas em posição
aórtica e mitral)
SUBSTITUTOS VALVARES
(PRÓTESES)

■ BIOLÓGICAS (de pericárdio bovino ou


valva aórtica do porco)
■ HOMOENXERTOS (CIR. de ROSS)
■ METÁLICAS DE DUPLO DISCO

■ METÁLICAS DE BOLA
■ METÁLICAS DE DISCO BASCULANTE (disco único)
COMPLICAÇÕES DO USO DE
SUBSTITUTOS VALVARES
DISFUNÇÃO DA PRÓTESE
■ENDOCARDITE BACTERIANA ou FÚNGICA
(biológicas/mecânicas)
■ROTURA DE FOLHETO (biológica)
■TROMBOSE E EMBOLIA (mecânicas)
■ HEMORRAGIAS p/ ANTICOAGULAÇÃO (mecânicas)
■GRADIENTE TRANSPROTÉTICO consiste em estenose
residual (mecânicas/ biológicas); mais frequente em posição
aórtica)
■REFLUXO PARAVALVAR (biológicas/mecânicas)
PRÓTESE MECÂNICA
PRÓTESES MECÂNICA
PRÓTESE BIOLÓGICA
PRÓTESE BIOLÓGICA

Stentless
ANEL MITRAL
DISFUNÇÃO EM
BIOPRÓTESE
INDICAÇÕES CIRÚRGICAS nas VALVOPATIAS
Sintomas A. V. V. PSAP(mmHg) Diâmetro F. Ej. Ve.
NYHA cm2 Grad. Med. Sist. VE
EM III / IV < 1,5 >50-60 Normal
I / II < 1,0 >50-60 Normal
IM I / II 50-60 mmHg >45mm Disf. Vent.
IM III / IV >45mm C/S Disfun.

E Ao III / IV < 1,0 >40mmHg C/S Disfun.

E Ao I / II < 0,8 >40mmHg Disf. Vent.


I AO III / IV >55mm F.E.< 50%
Diast > 70
SOPROS

VALVARES

CARDÍACOS
■ EAO (alta frequência)
SS ejetivo e rude, em diamante (crescendo e decrescendo)
com irradiação para fúrcula esternal e carótidas
Com estalido de abertura protossitólico
Fenômeno de Gallarvardin (SS no ápice)
■ IAO (alta frequência)
SD aspirativo, decrescendo de F. Ao para aórtico acessório
S. de Austin-Flint (ruflar mesodiastólico sem estalido em FM)
■ EM (baixa frequência)
SD (ruflar diastólico) em ápice com estalido de abertura
Hiperfonese de primeira bulha
■ IM (alta frequência)
SS holossitólico no ictus até axila esquerda, pode ser piante
Hipofonese da primeira bulha
■ IT
SS holossitílico que aumenta de intensidade na inspiração profunda
(Fenômeno de Rivero-Carvallo)
“ O COMPORTAMENTO É UM
ESPELHO EM QUE CADA UM
MOSTRA SUA IMAGEM”

Goethe

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